Reportagem de Capa<strong>PulPaper</strong> 2010 apresenta ofuturo do setor sustentávelpelos avanços tecnológicosO PAPEL - Junho 2010Indústria do papel reúne-se <strong>na</strong>Finlândia, durante a Pulpaper2010, em torno de métodossustentáveis de produção e dasúltimas inovações científicas etecnológicas para produzir cadavez melhorPor Diego Freire, especial para O <strong>Papel</strong>34Por Mari<strong>na</strong> Faleiros
Adespeito de qualquer previsãoapocalíptica sobreo uso do papel após oadvento da informática,o volume de fabricação do produto– engendrado a partir de fibras tãorelevantes à civilização – continuacrescendo no mundo! Assim como ainvenção da televisão não acabou como rádio (cada um hoje tem sua funçãode comunicação), o meio digital nãoexcluiu o papel. Só no <strong>Brasil</strong>, a receitadas exportações do setor no primeirotrimestre de 2010 foi de US$ 1,6 bilhão,valor 41% superior ao do mesmo períodono ano passado (US$ 1,1 bilhão),segundo dados da Conjuntura Setorialda Associação <strong>Brasil</strong>eira de Celulose e<strong>Papel</strong> (Bracelpa).Sendo assim, a questão principalem pauta no setor papeleiro, que teminteração direta e intensa com o meioambiente para gerar sua produção,passou a ser ultimamente a sustentabilidade.Crescer com sustentabilidadeé objetivo de todas as empresasrespeitáveis no mercado, já que o capitalismodeixou de ser aceito em suaforma mais selvagem, ou seja, limitesforam traçados para que a evoluçãotecnológica deixasse de ser destrutivaao meio ambiente.Para tanto, a noção de recursos<strong>na</strong>turais renováveis continua sendoum imperativo para seguir essa trilha.O engenheiro ambiental Michael Suhr,membro do Escritório Integrado dePrevenção e Controle da Poluição daUnião Europeia (IPPC, <strong>na</strong> sigla em inglês),desenvolve pesquisas sobre MelhoresTécnicas Disponíveis (MTDs)<strong>na</strong> produção de papel e celulose eacredita que elas sejam parte da respostaà conquista da sustentabilidadetão sonhada pelo setor.“Produção sustentável requer técnicasde processamento com alta eficiênciade recursos para minimizar perdase desperdícios. O elemento central dasMTDs é a prevenção de problemas ambientais<strong>na</strong> fonte e, quando isso não ésuficiente, a minimização das emissõesrestantes”, defendeu em conferênciarealizada no último dia 1º de junho,em Helsinki, <strong>na</strong> Finlândia, durante a<strong>PulPaper</strong> 2010, onde a ABTCP estevepresente com sua delegação brasileira.(Leia também o artigo Gestão ABTCPnesta edição)As MTDs combi<strong>na</strong>m a eficiênciados recursos ao impacto ambientalminimizado com viabilidade econômica.É a própria tradução da sustentabilidade,se pararmos para refletirde forma mais simplificada. “O queresulta disso é a aplicação contínua deuma abordagem integrada à estratégiaambiental preventiva, para aumentar aecoeficiência e reduzir os riscos paraos seres humanos e o meio ambiente.Em suma, as MTDs promovem o desempenhoambiental, a ecoeficiência,a boa gestão e as tecnologias limpas”,destaca Suhr.No que diz respeito às emissõesprovenientes de indústrias, o IPPC esuas MTDs estão entre os principaisinstrumentos da legislação ambientalda União Europeia. Seus objetivos sãoa prevenção e o controle integrados dapoluição decorrentes de grandes instalaçõesindustriais. O departamentoestabelece uma série de instrumentosde regulação aplicados aos Estadosmembrosda União Europeia para aemissão de licenças a determi<strong>na</strong>dasinstalações que desenvolvam atividadesindustriais.Essas autorizações devem seguircomo referência às MTDs para atingiros altos níveis necessários de proteçãodo ambiente. A metodologia de concessãodas “famosas” licenças ambientaisé específica para cada setor industrial<strong>na</strong> Europa, e o IPPC exige que a UniãoEuropeia organize trocas sistemáticasde informações entre os Estadosmembrose as indústrias interessadas<strong>na</strong>s MTDs, além de medidas de monitoramentoassociadas. Desse processode intercâmbio de informações surgemos documentos de referências técnicas.Para Harald Schoenberger, daUnidade de Produção Sustentável eConsumo da União Europeia, essesdocumentos vêm extrapolando suafi<strong>na</strong>lidade principal, de uso pelosEstados-membros. “O Banco Mundialestá usando essas referências para odesenvolvimento de mais de 60 orientaçõesespecíficas à indústria em geral.A Organização das Nações Unidas,para o Desenvolvimento Industrial(Unido, <strong>na</strong> sigla em inglês), tambémtem considerado esses documentos emsuas ações de orientação à produçãomais limpa”, conta.O conceito de MTDs é aplicadonos níveis dos recursos, dos processose dos produtos. No âmbito doReach, o novo regulamento comunitárioeuropeu sobre substânciasquímicas e sua utilização segura,as técnicas são consideradas <strong>na</strong> elaboraçãode medidas para reduzir aliberação de substâncias prejudiciaisao meio ambiente, por exemplo.Em sistemas de gestão ambiental,como a ISO 14001, elas são aplicadaspara melhorar o desempenhoambiental das empresas e de outrasorganizações. No mercado de créditosde carbono, conceito semelhanteao de MTDs tem sido aplicado paravencer os desafios da economia debaixo carbono. Já <strong>na</strong> instância do produto,o conceito de MTDs é levado emconta <strong>na</strong> elaboração de critérios paraconcessão dos rótulos ecológicos – oselo verde – aos papéis consideradosprovenientes de florestas plantadas. Porúltimo, os requisitos para o tratamentode resíduos e sua desti<strong>na</strong>ção tambémsão fortemente relacio<strong>na</strong>dos às MTDs.O PAPEL - Abril Junho 2006 201035
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