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Brasil na PulPaper - Revista O Papel

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O PAPEL - Junho 201038Um bom exemplo é a <strong>na</strong>nocelulose.Quando a polpa é refi<strong>na</strong>da por <strong>na</strong>nofibras,pode ser usada em inúmerasaplicações e em produtos distintos”,explica Markku Lamsa, gerente doFinNano.Traçando o futuro“<strong>na</strong>nometricamente”Para as gerações <strong>na</strong>scidas no augedo papel como principal meio detransmissão do conhecimento, é difícilacreditar em futurismos digitais comomeios substitutos dessa função socialdos papéis de imprimir e escrever. Nestecenário futurológico, o papel, comotradicio<strong>na</strong>lmente o conhecemos, conviverácom as inovações <strong>na</strong>notecnológicas.Aliás, se vistas em profundidade,as fibras de celulose têm dimensõesde 20-100μm e são verdadeiras <strong>na</strong>noestruturas,assim como muitos de seuscomponentes adicio<strong>na</strong>is.Os elementos que vêm sendoadicio<strong>na</strong>dos ao papel para substituirfibras e melhorar as propriedades deimpressão são <strong>na</strong>nopartículas. Durantea Pulpaper, Hans-Peter Hentze,coorde<strong>na</strong>dor do Centro de PesquisaTécnica da Finlândia, realizou algumasdemonstrações práticas do uso de<strong>na</strong>notecnologia <strong>na</strong> produção de papele celulose. Segundo ele, a indústria dopapel é uma das maiores utilizadorasde <strong>na</strong>notecnologia.Elementos de retenção e auxiliaresde dre<strong>na</strong>gem são adicio<strong>na</strong>dos às máqui<strong>na</strong>sde papel para garantir melhorretenção, enquanto a água é dre<strong>na</strong>da apartir do próprio processo. “A tecnologiaempregada nisso”, revela Hentze, “ébaseada em <strong>na</strong>notecnologia”. Outrosexemplos abundam mundo afora. Das20 maiores máqui<strong>na</strong>s de papel funcio<strong>na</strong>ndo<strong>na</strong> África do Sul, por exemplo,para ser bem atual nos tempos de Copado Mundo, pelo menos metade utiliza<strong>na</strong>nopartículas. Com produção anualMarkku Lamsa, gerente doFinNanode papel de cerca de 2,4 milhões detoneladas, a indústria sul-africa<strong>na</strong> dosetor usa a cada ano 2,9 milhões dequilos de material <strong>na</strong>noparticular.Se isso for extrapolado para oresto do mundo, o consumo de <strong>na</strong>nopartículaspela indústria de celulose epapel é fenome<strong>na</strong>l! O grande impasseno processo, porém, reside <strong>na</strong> falta deentendimento pelo público em geralsobre o que realmente é a <strong>na</strong>notecnologia.Para entender até que ponto vaia imagi<strong>na</strong>ção diante da ignorância (nosentido de desconhecer o assunto),vale resgatar uma lenda popular citada<strong>na</strong> Reportagem de Capa da revista O<strong>Papel</strong> <strong>na</strong> edição de outubro/2007: “Acrença popular é de que as <strong>na</strong>nopartículaspodem voar pelo espaço sem queninguém as veja, infectando pessoas”– o que seria impossível acontecer,porque mesmo durante o processo depreparação, as <strong>na</strong>nopartículas tendema se aglomerar.Contra o ceticismo, Hentze dizque “os fabricantes do setor terão deprovar que o uso da <strong>na</strong>notecnologiaem celulose e papel não irá sobrecarregaros utilizadores fi<strong>na</strong>is da cadeiade abastecimento e que seu uso nãoprejudicará a eficiência e a durabilidadedo produto, entre outras explicações”.Assim, os usos da <strong>na</strong>notecnologiapoderiam chegar aos seus potenciaismáximos de aplicabilidade <strong>na</strong> área dedesenvolvimento da fibra, <strong>na</strong> melhoriada performance da fabricação do papel,do processo de reciclagem e até mesmo<strong>na</strong> descoberta de funcio<strong>na</strong>lidades inovadoraspara produtos de papel.Novas funcio<strong>na</strong>lidades especiaisainda poderiam ser adicio<strong>na</strong>das paraproduzir embalagens invioláveis e documentosde alto grau de segurança. A<strong>na</strong>noeletrônica pode ser usada nessesprodutos para que, quando violados,sejam inutilizados ou destruídos. Revestimentos<strong>na</strong>notecnológicos utilizadosem embalagens de autoajustepoderiam também representar maisuma novidade a ser desenvolvida, comcontrole próprio de sua umidade inter<strong>na</strong>e do ambiente atmosférico do produtoembalado. Para hospitais e produtosde higiene, superfícies de autolimpezaque destroem bactérias e fungos seriamoutras possibilidades de aplicação da<strong>na</strong>notecnologia a serviço da inovação.No que diz respeito à melhoria dasfibras, a modificação de sua estruturapor intermédio da <strong>na</strong>notecnologia poderesultar em alterações importantes desuas taxas de rugosidade superficial,reduzindo o consumo de energia <strong>na</strong>refi<strong>na</strong>ção – que, atualmente, é umprocesso caro, devido a esta alta demandaenergética. As fibras tambémpodem ser protegidas contra produtosquímicos e condições de processodurante a reciclagem com a aplicaçãode <strong>na</strong>nocápsulas. Isso permitiria maiorutilização de fibras recicladas sem acorrespondente perda de resistência.A utilização de <strong>na</strong>notecnologiainovadora poderia levar, ainda, a umsistema mais eficaz de degradação daligni<strong>na</strong>. Fi<strong>na</strong>lmente, a síntese dentrodo lúmen da fibra pode adicio<strong>na</strong>r funcio<strong>na</strong>lidadesimportantes ao produto,Arquivo Pessoal

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