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Grabois - Carta Capital

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5 aviões, entre os quais um jato. Isto em apenas duas horas. Que será? Espero o regresso doJoaq e do Pe para saber o que há. Talvez eles saibam alguma coisa.Como agora estou livre, aproveito o tempo para recordar fatos que antecederam oataque das forças reacionária aos nossos PP AA. Havia muitos indícios de que essa agressãologo se verificaria. A 17 ou 18 de março, encontrava-se num dos PP AA do DC quando Peapareceu inesperadamente e comunicou que chegara um portador de Plo, avisando que umelemento que fugira daquele D fora preso. Era uma notícia grave. O desertor poderia nosdenunciar. Mas o aviso também informava que ele, até então, nada dissera. Isto serviu paraque afrouxássemos a vigilância. Medias concretas foram, no entanto, tomadas. Decidisuspender a minha programação no DC. Este destacamento foi posto em estado deemergência e ordens expressas foram dadas para reforçar a segurança. Os demais DD játinham sido avisados. Mas, apesar disso, não nos preocupamos suficientemente paraenfrentar uma surpresa e responder à altura a um ataque inimigo. Regressei ao PA do DG,onde funcionava a CM. Esta reuniu imediatamente e tomou uma série de outrasprovidências. Chegavam notícias de que em S. Geraldo estava estacionada pequena tropado Exército, mas que lá se encontrava apenas em função da repressão à caça e à pescailegais. Acreditamos em tal conversa. Companheiros nossos estiveram no vilarejo e nadaviram de anormal.Como se aproximava o dia da chegada do Cid, parti, a 9 de abril, juntamente com oJu, para o Peazão, de onde saíram os companheiros que iriam trazer aquele camarada. Bempróximo do nosso destino, ao passar pela casa do último morador, notei que este e maisoutro camponês nos olhavam admirados, dando a impressão de que queriam avisarqualquer coisa. Como não desejasse que conhecessem o Ju, não parei e continuei meucaminho. No Peazão tomei conhecimento de conversas estranhas de alguns camponesesamigos. Falavam de revolução e criticavam o governo. Um chegou a perguntar pelo nosso“fuzilão” e outro nos aplaudiu por armazenarmos sal. Também o Nu e o Nel encontraramcamponeses da região de onde foram obrigados a sair. Eles diziam claramente que sabiamos motivos de sua saída brusca e comprometiam-se a não falar com ninguém. Praticamente,o nosso segredo estava rompido.Na manhã seguinte, quando o Ju já partira para atender alguns doentes do G2, chegou oSand, informando que ele e o Lu encontraram um cidadão de S. Domingos e esteperguntara se eram “mineiros”. Diante da resposta negativa, comunicou que soubera emMarabá que um tenente, dispondo de um croquis que assinalava S. José e Bom Jesus(ambas corrutelas colocadas nos dois caminhos que levam ao Peazão), vinham “juntar” uns“mineiros”, entre os quais havia um velho com duas filhas, conhecido de um coronel, quese achava naquela cidade. Dizia conhece-lo (não sei se do rio Araguaia se do Rio deJaneiro). Não demos a necessária importância à comunicação porque o informante pareciasuspeito pelos seus antecedentes. Assim mesmo, tomaram-se algumas medidas. Decidiu-sedormir fora de casa e despachar o Piauí para S. Domingos para averiguar o que acontecia..Ao meio-dia de 12 de abril apareceram dois camponeses com a informação de dois tiposestranhos, com aspecto de investigadores, estavam investigando o caminho do Peazão.Utilizando um elemento da massa chegara até o entroncamento do caminho do Peazão coma estrada do Mano. Estava para nós bastante claro qual o seu objetivo. Quando nosdispúnhamos a tomar as providências exigidas, chegou a notícia de que soldados seaproximavam e estavam a uma distância que duraria duas ou três horas para percorrer.Assim, o G3 do DA se mobilizou e retirou-se, carregando o que podia. Foram feitas três

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