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Grabois - Carta Capital

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1/10 – Comemora-se nesta data mais um aniversário da instauração da RepúblicaPopular da China. Há 23 anos tornava-se vitoriosa, sob a direção do Partido Comunista,chefiado por Mao-Tsetung, a revolução chinesa. Foi uma luta difícil e prolongada, queserve de exemplo e de estímulo a todos os povos oprimidos que se empenham emconquistar sua emancipação nacional. Os democratas e patriotas brasileiros, ente os quais sedestacam os comunistas, que dão os primeiros passos na luta contra a ditadura, têm naguerra popular do admirável povo chinês uma lição de inestimável valor. Muitos dosensinamentos da revolução vitoriosa na nação mais populosa do mundo podem serutilizados pelo nosso povo, levando-se sempre em conta as condições peculiares de cadapaís. Temos muito que aprender com a experiência chinesa se soubermos apreciá-la demaneira crítica. Mas, por outro lado, estamos fazendo a nossa própria experiência de lutaarmada e é esta experiência que determinará o rumo dos acontecimentos no Brasil. Temosque levar em conta as leis gerais da guerra revolucionária na China, mas a RevoluçãoBrasileira terá suas leis específicas às quais devemos obedecer para alcançar a vitória. No25º aniversário da República Popular da China, precisamos insistir junto aos nossos cosobre a necessidade de estudar os materiais militares de Mao-Tsetung, emérito mestre daguerra popular. Aqui, só quero assinalar que, do mesmo modo que os chineses, seperseverarmos na luta e tivermos em conta a nossa realidade, obteremos êxito.Ontem, a aviação da ditadura esteve particularmente ativa. Dois aviões e parece-meque N. A. caça-bombardeiro, utilizados na II Guerra Mundial pela FAB, sobrevoaram bemem cima de nosso acampamento. Tudo indica que não perceberam nada. No entanto,devemos ser mais rigorosos na camuflagem.2/10 – Completo 60 anos. Não é uma idade própria para um guerrilheiro. Masesforço para cumprir meu dever de revolucionário.Dois terços de minha vida, precisamente 40 anos, dediquei ao P. Fiz as maisdiversas experiências. Ingressei nas fileiras partidárias como soldado e desenvolvi, em 1932e 1933, intensa atividade nos quartéis. Em seguida, durante alguns anos, fui dirigente daVJC. Posteriormente, integrei o Secretariado Regional do Rio de Janeiro (hoje Guanabara).Ocupei durante longo tempo o cargo de Secretário Nacional de Agitação e Propaganda doP. Como deputado federal na legenda do Partido Comunista do Brasil, tornei-me líder dabancada comunista na Câmara dos Deputados. Orientei, durante largo tempo, na função dediretor, o órgão central do C, “A Classe Operária”, principalmente depois da reorganizaçãodo P, em 1962, e do rompimento com o revisionismo.Agora, estou nas matas do Araguaia, ao lado de jovens e bravos lutadores,enfrentando forças militares da ditadura. De todas as tarefas que tive a meu cargo, estamissão é a que eu mais gosto, apesar de Ter a saúde abalada pelo peso dos anos e por longae febril atividade revolucionária.Orgulho-me do meu partido e por ele estou disposto a dar minha vida. Somente oPC do Brasil pode conduzir o nosso povo à vitória na luta pela liberdade, a emancipaçãonacional e o socialismo. Em contato com os corajosos combatentes que aqui se encontram,rapazes e moças, refaço minhas energias, inspiro-me em seu desprendimento e cada vezmais confio no radioso futuro de nosso glorioso destacamento de vanguarda doproletariado.No meu 60Aniversário, volto-me com carinho e admiração para os velhos dirigentes do P, em especialara o camarada Cid, a quem ligam sólidos e inquebrantáveis laços de amizade, forjados, aolongo de dezenas de anos, em duras e difíceis lutas. Lembro-me também da minha

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