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Grabois - Carta Capital

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neutralizar tão infame interferência. A ditadura teme as irradiações da Albânia como odiabo da cruz. Tudo deve ser feito para evitar que ela silencie a poderosa voz da revolução.Ainda sobre as atividades do DA: combatentes daquela unidade guerrilheira, quandotentavam levar a cabo uma emboscada, viram o inimigo se aproximar. Tratava-se, porém,de uma coluna de 40 homens. Era flagrante a esmagadora superioridade das tropas daditadura, o que tornava impossível realizar a projetada operação militar.20/10 – Ontem partiram Ivo e Ari para atender um ponto com Joaq e outro com Ju.Quanto ao primeiro, é quase certo não vir. Mas se nosso "esculápio” entrou em contato como DC, é muito provável que já esteja de volta. Seria muito bom o seu regresso, não só pelaspreciosas informações que com toda a certeza trará, como também pela necessidade de seusserviços médicos.Na solidão da mata tive ontem à noite momentos de imensa satisfação e senti-megrandemente estimulado. Em meio a ruidosa interferência, ouvi na Rádio Tirana amensagem do Comitê Central a mim dirigida por motivo do meu 60º aniversário e pelosmeus 40 anos de ingresso no P. Os camaradas foram por demais generosos comigo.Agradeço-lhes de todo o coração e considero as homenagens que me foram prestadas comohomenagens dirigidas aos jovens e heróicos combatentes das FF GG do Araguaia. Reafirmomais uma vez que tudo farei para cumprir meu dever de revolucionário e de fiel soldado doPC do Brasil.21/10 – Finalmente rompeu-se a cortina de censura sobre os acontecimentosdo Araguaia. A Rádio Tirana transmitiu extratos de uma reportagem publicada em 24 desetembro pelo “O Estado de São Paulo” e pelo “Jornal da Tarde” sobre a guerrilha que temlugar no Sul do Pará. A ditadura não pôde manter o pesado silêncio que baixara, a respeitodos choques armados verificados na selva amazônica. Trata-se de uma vitória do povobrasileiro. A repercussão alcançada pela ação guerrilheira, obrigou o governo dos militaresa deixar que alguns jornais tratassem do assunto. A matéria publicada pelo “Estadão”,embora tendenciosa, é útil para nós. Tornou conhecida para novas camadas da população anossa resistência armada à ditadura. Cuidou unicamente da área do DC, particularmente dasituação em Xambioá e S. Geraldo. Deixou claro, porém, que não somos terroristas, massim guerrilheiros com profundas vinculações com as massas. Destacou os nomes de Paulo,Dina, Daniel, Antonio e Lúcia. Informa que o Daniel morreu, mas penso que houveconfusão com o Jorge. Espero esclarecer a questão com informações do DC. A reportagemfala na mobilização de 5 mil homens, somente na zona entre Xambioá e Araguatins. Dánotícias da morte de um soldado do Regimento de Cavalaria de Guardas de Brasília. Deveser o milico abatido no fustigamento do DB. Também a matéria do “Estadão” dá uma boaidéia do trabalho de massas realizado pelo DC e mostra que os guerrilheiros são pessoasradicadas há muito tempo na região. Penso que a reportagem de página inteira de “O Estadode São Paulo” terá enorme influência em todos os setores da esquerda. Outros jornais, etambém revistas, procurarão romper a censura sobre a ação das FF GG do Araguaia.22/10 – Não apareceram o Joaq e o Ju> Nossos mensageiros irão nospróximos pontos e talvez tenham mais sorte.Diminuiu a interferência da reação nas emissões da Rádio Tirana.Esta estação radiofônica transmitiu artigo da “Classe” sobre as últimas operações militaresdo inimigo na região do Araguaia. Foram citadas unidades militares sediadas em Brasília eGoiás, perfazendo um total de 5 mil homens. Na região rebelada já existiam outras tropasdo Comando Militar da Amazônia. A massa de soldados era, portanto, muito grande. Mastudo deu em água de barrela. Por ora a situação está calma. As forças da ditadura devem

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