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EDITORIAL Oideal de uma educação para todos, após três ... - APPOA

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SEÇÃO TEMÁTICAESPIG, A. S. O papel social do aluno...plural e heterogêneo <strong>para</strong> os alunos, universo nem mesmo sonhado pelosprofessores mais velhos quando estes eram crianças, e que esta aberturatem rompido com as barreiras impostas pelos currículos escolares. É bemprovável que, hoje, seja possível apren<strong>de</strong>r mais fora da escola do que naescola.Os educadores precisam reconhecer e mobilizar-se frente às mudançascada vez mais rápidas e a explosão <strong>de</strong> novas informações. Afirma-seque a base <strong>de</strong> informações do mundo dobra a cada cinco anos, ao mesmotempo em que elas se encontram prontamente acessíveis em bibliotecas eem recursos <strong>de</strong> multimídia. Isto é <strong>de</strong>masiado <strong>para</strong> que qualquer pessoa sefamiliarize com tudo. Ninguém precisa saber tanto a respeito <strong>de</strong> tudo. Tornou-semais importante promover a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar. Pensar e interagir.Isto se torna a função da educação e da aprendizagem.No caso da adolescência, pensamos que a aprendizagem do tipo sócio-afetivo<strong>de</strong>ve ser privilegiada, formalmente, frente às aprendizagenscognitivas. O discurso do adulto <strong>de</strong>ve, portanto, dar conta da formação, transmitirvalores e referências, ser um valor e referência, estruturar relações,ensinar a sonhar. O professor não necessita i<strong>de</strong>ntificar-se com o aluno, agire pensar como seus alunos – como temos verificado através das queixas <strong>de</strong>adolescentes – mas ele tem que ocupar este lugar <strong>de</strong> professor.O adolescente busca nos adultos <strong>uma</strong> sincronia entre a fala e a ação.Na medida em que as regras existentes não são seguidas pelos professorescomo cobrá-las dos alunos? Neste contexto, o direito à confusão, ou aonomeado “<strong>de</strong>sinteresse” presente nas avaliações docentes, torna-se compreensível.O maior entrave <strong>para</strong> a educação, a causa do mal existente na educação,é buscada, geralmente, num lugar em que ela não se encontra, porqueenquanto se buscam fórmulas e mé<strong>todos</strong> pedagógicos melhores, disfarçamosa tragédia <strong>de</strong> um corpo discente que não quer mais exercer seu ofícionem ocupar seu lugar.Ora, na medida em que o adolescente encontra fora da escola espaços<strong>de</strong> aprendizagem com os quais se i<strong>de</strong>ntifica mais, o espaço da escolaganha outro sentido na vida do adolescente. Cabe, então, ao adulto trabalhareste novo sentido. Diante da pergunta pelo sentido da escola na vida doadolescente, ficamos com <strong>uma</strong> tentativa <strong>de</strong> resposta que se esvai na própriadúvida.62 C. da <strong>APPOA</strong>, Porto Alegre, n. 98, jan. 2002 C. da <strong>APPOA</strong>, Porto Alegre, n. 98, jan. 200263

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