- 70 -“... não haveria necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incinerar tu<strong>do</strong>.A questão é que, você tem gran<strong>de</strong>squantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sacos <strong>de</strong> papel e ali alguémjoga uma gaze com sangue, outro escarra, aíexpõe o profissional <strong>de</strong> limpeza, porque tem aquestão <strong>de</strong> incinerar to<strong>do</strong> esse material, égran<strong>de</strong> a quantia”.Não são apenas os <strong>enfermeiro</strong>s ou técnicos e auxiliares expostos a aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>com material perfuro cortante em função <strong>do</strong> <strong>de</strong>scarte incorreto. O pessoal contrata<strong>do</strong>para efetuar a limpeza também enfrenta este risco.“E elas sofrem, na limpeza, a gente temaci<strong>de</strong>nte com material perfuro cortante porconta <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong> materiais”.Outra forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>scartar erradamente o material evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> no discurso <strong>do</strong>s<strong>enfermeiro</strong>s é quan<strong>do</strong> “a caixa <strong>de</strong> perfuro cortante não estava <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, oufica lotada, repleta <strong>de</strong> material”.E a esse respeito, a NR-32, sinaliza no item 32.5.3.2, que os recipientes <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s acoleta <strong>de</strong> material perfuro cortante, o limite máximo <strong>do</strong> enchimento <strong>de</strong>ve estarlocaliza<strong>do</strong> 5 cm abaixo <strong>do</strong> bocal.
- 71 -B. SOBRE O OBJETO DE TRABALHO DO ENFERMEIRO – O PACIENTE.Consi<strong>de</strong>ra-se que o objeto <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>do</strong> <strong>enfermeiro</strong> é o cuida<strong>do</strong> exerci<strong>do</strong> a pessoas esuas famílias, grupos e coletivida<strong>de</strong>s nas dimensões física, psicológica, social eespiritual, utilizan<strong>do</strong> seus instrumentos próprios. O processo <strong>de</strong> enfermagem é um <strong>do</strong>sinstrumentos utiliza<strong>do</strong>s no processo <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>do</strong> <strong>enfermeiro</strong> para embasar edirecionar as ações <strong>de</strong> cuida<strong>do</strong> direto ao paciente (DANSKI et al, 2011).O ato <strong>de</strong> cuidar no <strong>pronto</strong> <strong>socorro</strong> se dá para crianças, i<strong>do</strong>sos, adultos <strong>de</strong> quaisquersexos, raça ou cor, procedência ou condição social. As ações executadas pelos<strong>enfermeiro</strong>s e apontadas abaixo são específicas e sempre diretamente relacionadas aopaciente, com os cuida<strong>do</strong>s diretos ao seu corpo, com a promoção e recuperação emanutenção <strong>de</strong> um bem – a sua saú<strong>de</strong>.Examinar o paciente, conversar com ele, perguntar-lhe seu nome e o que aconteceu paraque esteja no <strong>pronto</strong> <strong>socorro</strong>, pedir-lhe licença para tocar em seu corpo, cobri-lo com olençol, observar um paciente que está <strong>do</strong>rmin<strong>do</strong> enquanto sua acompanhante vai aobanheiro. Estes são apenas alguns exemplos que compõem o cuida<strong>do</strong> forneci<strong>do</strong> pelo<strong>enfermeiro</strong> ao enfermo.Guardar os pertences <strong>do</strong> paciente - pegar a bolsa e sua mochila. Agilizar, apressar narecepção, o atendimento para o usuário.Levar o paciente em ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas para realização <strong>de</strong> exames, pegar camisola, vestira camisola no paciente, amparar e empurrar sua ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> rodas. Retirar o paciente <strong>de</strong>um quarto e encaminhar para outro andar. Dar água ao paciente, colocar uma sonda,regular a posição <strong>do</strong> leito são outros procedimentos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s no contato com ousuário.O paciente está sem roupa, apenas uma fralda lhe cobre o corpo e a enfermeira cobre-orapidamente com o lençol, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> uma sinalização <strong>do</strong> cuidar que nos primórdiosda enfermagem teve uma associação direta com a maternida<strong>de</strong> (CAMPOS e OGUISSO,2008; PADILHA e MANCIA, 2005; SANTOS e LUCHESI – 2002).
- Page 1 and 2:
FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO
- Page 3 and 4:
- 3 -RESUMOEste estudo foi realizad
- Page 5 and 6:
- 5 -I. INTRODUÇÃO:Este estudo fo
- Page 7 and 8:
- 7 -Tesck, 1982; Ferreira, 1998; G
- Page 9 and 10:
- 9 -aula, em dias e horários prev
- Page 11 and 12:
- 11 -da categoria (banco de horas,
- Page 13 and 14:
- 13 -1. ATIVIDADEA. O COTIDIANO DO
- Page 15 and 16:
- 15 -processo e trabalho e essa di
- Page 17 and 18:
- 17 -Nem sempre os profissionais d
- Page 19 and 20: - 19 -não ouviu ninguém. Só tinh
- Page 21 and 22: - 21 -Os horários após os jogos t
- Page 23 and 24: - 23 -O uso do aparelho de pressão
- Page 25 and 26: - 25 -Outro equipamento de extrema
- Page 27 and 28: - 27 -movimentando pra trocar o pla
- Page 29 and 30: - 29 -“Procuro ver tudo que tem p
- Page 31 and 32: - 31 -Outra etapa acompanhada pelo
- Page 33 and 34: - 33 -consegue comer sozinho. Auxil
- Page 35 and 36: - 35 -Quando não estão em horári
- Page 37 and 38: - 37 -combinar, porque muitas vezes
- Page 39 and 40: - 39 -“Ele vai pra casa vestido c
- Page 41 and 42: - 41 -não trocando. Mas roupa bran
- Page 43 and 44: - 43 -qualquer jeito. numa gaveta,
- Page 45 and 46: - 45 -“Eu chego 30 minutos mais c
- Page 47 and 48: - 47 -A livre escolha entre ir e fi
- Page 49 and 50: - 49 -A questão da janta ou do alm
- Page 51 and 52: - 51 -Portanto, existe um estereót
- Page 53 and 54: - 53 -coloca os enfermeiros em situ
- Page 55 and 56: - 55 -ia almoçar e ia sentar só q
- Page 57 and 58: - 57 -7. A passagem do plantão“A
- Page 59 and 60: - 59 -A forma de transmitir essa in
- Page 61 and 62: - 61 -A grande variedade de horári
- Page 63 and 64: - 63 -“Eu já tive colegas que n
- Page 65 and 66: - 65 -9. A higienização do PS e d
- Page 67 and 68: - 67 -9.1. As caixas coletoras de p
- Page 69: - 69 -Ainda que seja uma norma para
- Page 73 and 74: - 73 -“Detesto, nunca vou olhar n
- Page 75 and 76: - 75 -“A partir do momento que a
- Page 77 and 78: - 77 -acertar a veia e se culpa o p
- Page 79 and 80: - 79 -a cara do paciente, brincar,
- Page 81 and 82: - 81 -As experiências são marcant
- Page 83 and 84: - 83 -Devemos lembrar que este tipo
- Page 85 and 86: - 85 -A relação entre médicos e
- Page 87 and 88: - 87 -“Tem aquele que não se imp
- Page 89 and 90: - 89 -onde as carências (de pessoa
- Page 91 and 92: - 91 -“A médica começou a escre
- Page 93 and 94: - 93 -“Eu peço que ele faça por
- Page 95 and 96: - 95 -Devido ao número reduzido de
- Page 97 and 98: - 97 -2. SAÚDEA saúde é expressa
- Page 99 and 100: - 99 -80% de sua jornada de trabalh
- Page 101 and 102: - 101 -outro hospital por uma seman
- Page 103 and 104: - 103 -“... Não faltando meu sal
- Page 105 and 106: - 105 -você não ter essas mínima
- Page 107 and 108: - 107 -“Tem muita gente que fuma.
- Page 109 and 110: - 109 -enfermagem, nome e doença.
- Page 111 and 112: - 111 -administração do hospital
- Page 113 and 114: - 113 -É o caso do enfermeiro que
- Page 115 and 116: - 115 -3. PERSEGUIÇÃO E EXCLUSÃO
- Page 117 and 118: - 117 -atendimento não vai passar
- Page 119 and 120: - 119 -“Eles chegavam humilhando.
- Page 121 and 122:
- 121 -O sofrimento manifestou-se a
- Page 123 and 124:
- 123 -A literatura específica ind
- Page 125 and 126:
- 125 -eficaz, com linguagem direta
- Page 127 and 128:
- 127 -VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁF
- Page 129 and 130:
- 129 -CEZAR, E. S. Problemas de vi
- Page 131 and 132:
- 131 -MININEL, V. A. Promoção da
- Page 133:
- 133 -SOUZA, A. C. S. Risco bioló