- 96 -Além das questões já citadas, existe uma diversida<strong>de</strong> na conduta <strong>do</strong>s vigilantes, poisalguns colaboram com os <strong>enfermeiro</strong>s “pon<strong>do</strong> a mão no <strong>do</strong>ente” e outros não. Emfunção <strong>de</strong> suas tarefas ficam circulan<strong>do</strong> e criam, segun<strong>do</strong> os <strong>enfermeiro</strong>s, outrosproblemas ao ficar “paqueran<strong>do</strong> as meninas”.Outra forma <strong>de</strong> solicitar a colaboração <strong>do</strong> vigilante é pedin<strong>do</strong>-lhe que este fique ao la<strong>do</strong><strong>do</strong> <strong>enfermeiro</strong> em situações <strong>de</strong> conflito, ameaças e tumultos <strong>de</strong> pacientes com relação àenfermagem <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> <strong>pronto</strong> <strong>socorro</strong>.“Tu<strong>do</strong> bem, você não vai botar a mão, mas vaificar <strong>do</strong> la<strong>do</strong>. Pelo menos respeita”.
- 97 -2. SAÚDEA saú<strong>de</strong> é expressa em termos <strong>de</strong> queixas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (problemas físicos como queixas ediagnósticos precisos) e também como um tipo <strong>de</strong> sofrimento que se reporta àsubjetivida<strong>de</strong> mais propriamente dita, ou seja, da forma como sentem, pensam e agemos trabalha<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>pronto</strong> <strong>socorro</strong>.Estamos nos referin<strong>do</strong> a um sofrimento que tem como <strong>de</strong>tona<strong>do</strong>r a organização <strong>de</strong>ssaativida<strong>de</strong> como tal, o seu objeto <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>, as condições <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> e a forma <strong>de</strong>gestão / administração propician<strong>do</strong> ambientes intensos em violência, violência laboralexpressa através <strong>de</strong> sentimentos <strong>de</strong> vergonha, humilhações, e situações <strong>de</strong> assédios,perseguições etc.A. Problemas referi<strong>do</strong>s pelos <strong>enfermeiro</strong>s.Elencamos abaixo os problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, queixas e sintomas referi<strong>do</strong>s pelos<strong>enfermeiro</strong>s e apontamos a relação entre o surgimento e/ou agravamento <strong>de</strong>stes e aativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>de</strong>senvolvida por esses profissionais.Uma enfermeira refere ter lúpus, por isso sente muitas <strong>do</strong>res e sua <strong>do</strong>ença se manifestouem um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> muita ativida<strong>de</strong> no <strong>trabalho</strong>, ritmo intenso, sobrecarga <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>(<strong>do</strong>brar plantões e realizar sozinha o serviço <strong>de</strong> vários profissionais), geran<strong>do</strong> tensão,stress, sofrimento psíquico.“Eu tenho lúpus, Eu tenho muitas <strong>do</strong>res. Anopassa<strong>do</strong> eu tive uma crise <strong>de</strong> muita pressão.Eu tenho uma <strong>do</strong>ença auto-imune, a gentesabe que essa <strong>do</strong>ença <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> stress,sobrecarga,”Outro problema cita<strong>do</strong> pelos <strong>enfermeiro</strong>s é a obesida<strong>de</strong>. Este aspecto já foi referi<strong>do</strong> poroutro profissional quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> tema sobre as refeições e locais parasua realização, quan<strong>do</strong> afirma que <strong>enfermeiro</strong> ou é muito magro ou sua barriga fica emcima da mesa, por não ter horários <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para alimentação e em função <strong>de</strong> seu ritmo
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