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Entretanto, Freire (2003, p. 71) complementa falando que:Na escola, futebol deve ser matéria de ensino como outra qualquer. Os alunosdevem aprender futebol como aprendem matemática ou ciências. Há um programade Educação Física para ser cumprido, que deve incluir os esportes deum modo geral.Então, para a concretização dessa proposta, Freire (2003) destaca quatroprincípios pedagógicos, os quais deverão nortear todo o processo de ensino-aprendizagemno futebol (podendo ser generalizado para o ensino dosesportes), resgatando o lúdico e criando espaço para utilização da culturapopular infantil.O primeiro princípio, o princípio de inclusão, diz respeito à necessidadede se ensinar futebol a todos, não discriminando os que têm menoshabilidade para o jogo; o segundo princípio vem reforçar o primeiro, é oprincípio da excelência, dizendo que não basta ensinar, deve-se ensinarbem a todos, ou seja, aqueles que já jogam bem devem aprender a jogarmelhor e os que pouco sabem precisam avançar em seus conhecimentos.O terceiro princípio levanta a questão de que não basta o ensino serestringir apenas à prática do futebol, mas deve-se possibilitar na práxispedagógica o resgate de valores éticos e morais, entre outros; portanto, aoeducador cabe ensinar mais que futebol a todos, evidenciando um princípioético e crítico. Já o quarto e último refere-se à necessidade prementede fazer com que os alunos gostem de esporte, levando-o assim para oresto de suas vidas, engendrando um princípio de tomada de consciênciadas ações à medida que desenvolvem autonomia na vida e no esporte.condenados, até um ato altruísta, inteligente e cooperativo) constitui-se condiçãoimprescindível para a assunção de responsabilidades. Para haver responsabilidadeé necessário se ter um sujeito consciente de seus atos.Ensinar a gostar de esporteà medida que o professor oportunize situações que gerem condições paraque os alunos se sintam competentes para jogar, e autônomos no sentido decompreenderem suas ações tanto no jogo quanto além dele, estar-se-á contribuindopara a formação de uma geração que não dependerá de outros (ouestabelecimentos) para continuar a desenvolver sua prática esportiva. Quemdescobre-se jogador o será para todo o sempre.Além desses princípios, Freire (2003) destaca vinte condutas pedagógicasque, alicerçadas pelos princípios, podem ser adotadas pelos profissionaisdas escolinhas, para evidenciar as características que fazem as escolasdiferentes da rua e proporcionar um ambiente de aprendizagem maissatisfatório. Em outros termos, as condutas pedagógicas se caracterizamcomo ações que permitem a manifestação concreta dos quatro princípiospedagógicos.Rua e escola são instituições diferentes, com funções diferentes. Em alguns casos seassemelham, em outros se diferenciam radicalmente. Devemos saber aproveitar deuma e de outra, mas não podemos ensinar na escola exatamente como se ensinana rua... Muitas das coisas que eu fazia na rua e no estádio de futebol, jamais poderiafazer na Escola de Futebol. (Freire, 2003, p. 10.)Princípios pedagógicosEnsinar esporte a todospara isso talvez a utilização de jogos/brincadeiras seja mais interessante, poisas brincadeiras se adaptam aos jogadores e não o contrário. Por exemplo, abrincadeira de bobinho é realizada tanto por crianças iniciantes quanto porprofissionais superespecialistas em futebol.Ensinar bem esporte a todoscriar um ambiente pedagógico que possibilite às crianças um maior contatocom a bola no jogo. Criar várias pequenas rodas de bobinhos, aumentando onível de dificuldade do jogo gradualmente, de forma a manter os jogadoresconstantemente desafiados, caracterizam-se condutas pedagógicas que facilitama aprendizagem.Ensinar mais que esporte a todosas rodas de conversas iniciais e finais são momentos oportunos para discussãoe reflexão crítica. Contudo, as situações específicas e particulares desencadeadasao longo das aulas oferecem as melhores condições para a tomada deconsciência das ações. Parar o jogo e discutir o problema que se estabeleceu(desde uma briga, discussão, desrespeito, reprodução de atos estereotipados eQuanto ao desenvolvimento das habilidades e coordenações motoras,Freire (2003) adverte que os músculos só podem realizar duas coisas: relaxare contrair, aparecendo em meio às infinitas combinações dessas açõesum grupo de habilidades motoras que concretizam as necessidades e asrealizações humanas.Essas habilidades se sustentam nas capacidades físicas, que são propriedadesdo organismo, ou seja, são necessárias as capacidades físicas para aconsolidação e o aparecimento das habilidades motoras. A coordenaçãomotora, termo tão banalizado e pouco compreendido na Educação Física,segundo Freire (2003, p. 20), deve ser entendido como: “... movimentos ordenadosespacial e temporalmente, para realizar as ações que concretizem asintenções de uma pessoa.”, evidenciando desse modo o que chamo condutamotora (Scaglia, 2003).34 P e d a g o g i a d o e s p o r t e • U N I D A D E 1 U N I D A D E 1 • P e d a g o g i a d o e s p o r t e 35

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