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Nov-Dez - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

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330Portes AJF, Gomes LP, Amaral BLMB, Massa LStaphylococcus coagulase-negativo (35,86%),Alcaligenes sp (21,73%), Klebsiella sp (20,65%),Bacillussp (9,78%) e outras bactérias (11,94%), o que mostrouque a contaminação po<strong>de</strong> ocorrer por microrganismospresentes na margem palpebral e conjuntiva por contatodireto no momento <strong>de</strong> instilação. É importante ressaltarque no frasco do colírio não havia conservantesjunto com o soro autólogo. Em nosso trabalho, observamosque a aplicação <strong>de</strong> drogas vaporizadas evita o contatoda ponta do aplicador com a conjuntiva. Evitandoassim a contaminação que foi <strong>de</strong>monstrada no estudo<strong>de</strong> Höfling-Lima.No presente estudo, a maioria dos pacientesinstilou o colírio erroneamente, permitindo o contato daponta do frasco com os cílios ou utilizando o canto medialdo olho como anteparo para realizar a aplicação. Istopo<strong>de</strong> explicar porque o colírio foi consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> maisfácil aplicação.Observamos que a vaporização é uma forma<strong>de</strong> administração <strong>de</strong> drogas oculares menos complicadaque o método proposto por Morlet et al. (7) noano <strong>de</strong> 1997, que permite que o paciente instile omedicamento corretamente sem realizar o contatocom o olho e sem necessitar <strong>de</strong> algum objeto <strong>de</strong> apoio.O artigo explica que com frasco <strong>de</strong> colírio <strong>de</strong> cabeçapara baixo, o polegar <strong>de</strong>ve estabilizar o frasco aousar a testa como anteparo, enquanto a outra mãoretrai a pálpebra inferior para que a gota atinja asuperfície ocular.Gran<strong>de</strong> parte dos pacientes relatou maior dificulda<strong>de</strong>com a vaporização por não estarem acostumadoscom este ato, sugeriram que o auxílio <strong>de</strong> um espelhoseria necessário para melhor localização do olho para aaplicação. A dificulda<strong>de</strong> relatada em pressionar ovaporizador, pela força excessiva a ser utilizada, explica-sepelo fato <strong>de</strong> que o nosso dispositivo não foi calibradopara aplicação <strong>de</strong> medicamentos oculares e sim adaptadopara esta situação.Em 2005 Muller et al. (8) também questionaramem seu estudo a força necessária para aplicação do medicamentopor um dispositivo <strong>de</strong> vaporização e a quantida<strong>de</strong>excessiva <strong>de</strong> substância vaporizada. Testes realizadosin vitro compararam a força necessária para ainstilação <strong>de</strong> colírios e para o ato <strong>de</strong> vaporização. A umadistância <strong>de</strong> 3 cm o vaporizador teve um efeito <strong>de</strong> forçamecânica mais favorável do que as gotas para evitar o<strong>de</strong>sperdício.Encontramos na literatura outras possibilida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> administração <strong>de</strong> drogas oculares para ajudar o pacientea administrar <strong>de</strong> maneira correta, Overaker et al. (9)publicaram em 1999 a criação <strong>de</strong> um novo tipo <strong>de</strong> frasco<strong>de</strong> colírio que po<strong>de</strong> ser instilado com o paciente com acabeça na posição vertical. O dispositivo <strong>de</strong>ve ser apoiadona bochecha do paciente e <strong>de</strong>ste emerge um tubocuja ponta é angulada para baixo <strong>de</strong> forma que ao apertaro frasco a gota cai <strong>de</strong> cima para baixo sem havernecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> virar o frasco.CONCLUSÃOA vaporização foi aplicada corretamente pelamaioria dos pacientes, não houve nenhum contato dovaporizador com os tecidos oculares, método mais seguropara evitar a contaminação do frasco.A maior facilida<strong>de</strong> percebida pelos pacientes aoinstilar o colírio em relação a vaporização <strong>de</strong>veu-se aofato <strong>de</strong> terem apoiado a ponta do frasco nos tecidos ocularesno canto medial dos olhos.ABSTRACTObjective: Evaluate how difficult it is to apply oculartopical medications based on patient observation andanswers to a questionnaire. Eye drops were comparedto vaporization. Methods: The study was performedin 2008 and 2009 in Policlinica Ronaldo Gazollaophthalmological ambulatory. An eyedropper and avaporizer with carboximetilcelulose 0,5% were used.Each individual tested applied randomly on one oftheir eyes an eye drop or vaporization. The patientshad to answer questions about the practice concerningboth forms of topical eye drug application. Results:36% informed that it was difficult or very difficult tovaporize and 14% to use eye drops. Problems<strong>de</strong>scribed by patients were consi<strong>de</strong>red by 64% forvaporization and by 34% for topical eye drop use (p=0,0027). 42% of the patients nee<strong>de</strong>d more than oneeye drop application to have eye drop contact , while36% of the patients nee<strong>de</strong>d more than one applicationof vaporization in or<strong>de</strong>r to get drug eye contact (p=0,49). In 56% of patients there were an eyedropper tipcontact with cilia, however there was not contact whenthe medicine was vaporized (p=0,0001). Conclusion:Vaporization was the safest method to avoid topicalocular drug contamination by manipulation; thegreater facility noticed for patients when theyadministered eye drops was achieved using eye tissuesas an eyedropper support.Keywords: Volatilization; Administration, topical;Ophthalmic solutions; Lubricants ; Eye/drug effectsRev Bras Oftalmol. 2009; 68 (6): 327-31

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