12.07.2015 Views

Nov-Dez - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Nov-Dez - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Nov-Dez - Sociedade Brasileira de Oftalmologia

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Síndrome do bloqueio capsular precoce relato <strong>de</strong> caso e especulação sobre o tamanho da parte óptica da lente...347mesma técnica cirúrgica e LIOs <strong>de</strong> diferentes <strong>de</strong>senhose materiais, (6) este foi o primeiro caso diagnosticado pornós. Embora este dado não seja absoluto pois po<strong>de</strong>moster tomado algum caso prévio como erro biométrico,achamos que isto é improvável. O acrílico hidrofílico jáfoi aventado como possível fator <strong>de</strong> risco para o bloqueiocapsular precoce, embora existam casos relatadostambém com silicone, polimetilmetacrilato (PMMA) eacrílico hidrofóbico (2-4, 7-9) . No trabalho <strong>de</strong> Kim e colaboradoresfoi relatado associação entre implante <strong>de</strong> LIO<strong>de</strong> acrílico hidrofílico e síndrome <strong>de</strong> bloqueio capsular,e em 206 implantes <strong>de</strong> LIOS Akreos Adapt (BaushLomb) foram encontrados 6 casos (2,9%) <strong>de</strong> síndromedo bloqueio capsular precoce (3) . Nossa experiência pessoalcom este material ainda é limitada pois só começamosa utilizá-lo nos últimos 16 meses, neste período implantamos498 lentes <strong>de</strong> peça única do mesmo acrílicohidrofílico com óptica <strong>de</strong> 5,75 mm (Akreos Fit, BaushLomb), sem nunca ter visto um caso <strong>de</strong> bloqueio capsular.Vale ressaltar que apesar <strong>de</strong> serem do mesmo material,a Akreos adapt tem um <strong>de</strong>senho peculiar, com óptica <strong>de</strong>6 mm e quatro alças que potencialmente limitam amobilida<strong>de</strong> da LIO e a aspiração da substânciaviscoelástica atrás da LIO. Talvez mais importante queo material utilizado, seja a associação entre uma LIO <strong>de</strong>peça única sem angulação posterior <strong>de</strong> alças e, principalmente,uma parte óptica gran<strong>de</strong>. Quando individualizamosas LIOs nas diversas séries publicadas, é nítidoque a maioria dos casos aconteceram em olhos implantadoscom LIOs com pelo menos 6 mm <strong>de</strong> parteóptica (3-5) . Chamamos a atenção para a associação entreo implante <strong>de</strong> LIO com óptica gran<strong>de</strong> e capsulorrexepequena e bem centrada. Esta combinação tem se tornadocada vez mais frequente com a introdução das LIOsasféricas, tóricas e multifocais, que i<strong>de</strong>almente <strong>de</strong>vemficar no saco capsular com 360º <strong>de</strong> parte óptica cobertapela borda da capsulorrexe para manter a LIO bemcentrada, sendo nítida uma tendência à redução no diâmetroda capsulorrexe por gran<strong>de</strong> parte dos cirurgiões.É importante também chamar a atenção do cirurgiãopara o diagnóstico diferencial entre a síndrome <strong>de</strong>bloqueio capsular precoce e o erro biométrico. As soluçõespara estes dois problemas po<strong>de</strong>m ser antagônicas.Ou seja, um caso <strong>de</strong> síndrome <strong>de</strong> bloqueio capsular tomadopor erro biométrico po<strong>de</strong> levar a uma troca <strong>de</strong>LIO ou cirurgia refrativa corneana. A troca da LIO provavelmenteresolveria o bloqueio, mas levaria a insatisfaçãorefrativa com erro hipermetrópico. Já um procedimentorefrativo corneano não resolveria o bloqueiocapsular e também levaria a insatisfação refrativa comerro hipermetrópico, caso o bloqueio sofresse resoluçãoespontânea mais tardiamente ou após capsulotomia porcatarata secundária. Diante do exposto, sugerimos queem todo caso <strong>de</strong> suspeita <strong>de</strong> erro biométrico com <strong>de</strong>sviomiópico seja consi<strong>de</strong>rada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> síndromedo bloqueio capsular precoce. Para realizar o diagnósticodiferencial entre as duas situações, sugerimos o estudocuidadoso da relação entre a lente e o saco capsular,sempre realizado sob midríase farmacológica.ABSTRACTWe present a case of early capsular block syndrome thatwas treated by re-operation on the second post operativeday. We discuss the major characteristics of the syndrome,possible predisposing factors, therapeutic options andhighlight the importance of its correct recognition. Wealso speculate about another possible risk factor, anintraocular lens with a optic part about 6mm or more.Keywords: Lens capsule; Lens/surgery; Cataractextraction/adverse effects; Pseudophakia/complications;Case reportsREFERÊNCIAS1. Davison JA. Capsular bag distension afterendophacoemulsification and posterior chamber intraocular lensimplantation. J Cataract Refract Surg. 1990; 16(1):99–108.2. Miyake K, Ota I, Ichihashi S, Miyake S, Tanaka Y, Terasaki H.New classification of capsular block syndrome. J CataractRefract Surg. 1998; 24(9):1230–4.3. Kim HK, Shin JP. Capsular block syndrome after cataractsurgery: clinical analysis and classification. J Cataract RefractSurg. 2008; 34(3):357–63.4. Durak I, Ozbek Z, Ferliel ST, Oner FH, Soylev M. Earlypostoperative capsular block syndrome. J Cataract RefractSurg. 2001; 27(4):555–9.5. Mar<strong>de</strong>lli PG. Slitlamp needle revision of capsular block syndrome.J Cataract Refract Surg. 2008; 34(7):1065–9.6. Marback EF. Resultados iniciais com a técnica <strong>de</strong>facoemulsificação por múltipla divisão circunferencial. RevBras Oftalmol. 2005;64:87-91.7. Masket S. Postoperative complications of capsulorhexis. JCataract Refract Surg. 1993; 19(6):721–4.8. Sugiura T, Miyauchi S, Eguchi S, Obata H, Nanba H, Fujino Y,et al. Analysis of liquid accumulated in the disten<strong>de</strong>d capsularbag in early postoperative capsular block syndrome. JCataract Refract Surg. 2000; 26(3):420–5.9. Mar<strong>de</strong>lli PG, Mehanna CJ. Phacoanaphylactic endophthalmitissecondary to capsular block syndrome. J Cataract RefractSurg. 2007; 33(5):921–2.En<strong>de</strong>reço para correspondência:Eduardo MarbackR. Jequié, n o 4 - Rio VermelhoCEP 41940-580 - Salvador - BahiaTel: (71) 3330-6100Fax: (71) 3330-6114Rev Bras Oftalmol. 2009; 68 (6): 344-7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!