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Jorge Luiz do Amaral - PPG-PMUS - Museu de Astronomia e ...

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68alinhavo separan<strong>do</strong> a peça <strong>do</strong> papel, vira-se a peça para o la<strong>do</strong> direito (anverso), já queto<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> produção foi realiza<strong>do</strong> pelo la<strong>do</strong> <strong>do</strong> avesso (verso) como <strong>de</strong>termina atécnica <strong>de</strong> confecção.Essas etapas, se bem aprendidas, já conferem às alunas o status <strong>de</strong> artesã, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>para trás a posição <strong>de</strong> aprendiz em renda irlan<strong>de</strong>sa. Geralmente, é na primeira aula queas alunas já começam a praticar o ponto brida e na terceira apren<strong>de</strong>m e praticam o pontocrivo. À medida que as alunas vão aperfeiçoan<strong>do</strong> esses <strong>do</strong>is pontos começam a buscaroutros riscos para bordar peças maiores com <strong>de</strong>senhos mais elabora<strong>do</strong>s. Daí por diante,conforme o interesse pessoal, as alunas continuam no curso por um ano apren<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os<strong>de</strong>mais pontos existentes e se aprimoran<strong>do</strong>.Maria da Penha buscava sempre estimular suas alunas para o aperfeiçoamento natécnica e indicava algumas soluções para substituir o cadarço utiliza<strong>do</strong> na confecção darenda irlan<strong>de</strong>sa quan<strong>do</strong> havia a falta <strong>de</strong>ste material no merca<strong>do</strong>. Uma <strong>de</strong>ssas soluções éutilizar passamanarias 38 em substituição ao cadarço.Essa solução com a passamanaria fez lembrar a renda inglesa praticada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Paulo Afonso (BA) e referida por Maia (1980, p. 120). Esta renda <strong>de</strong>senvolve-se com amesma técnica <strong>de</strong> produção da renda renascença e irlan<strong>de</strong>sa, mas se utiliza <strong>de</strong>passamanarias para a sua confecção. Dantas (2005, p. 229) menciona a utilização <strong>de</strong>outros suportes como o sutache e o rabo-<strong>de</strong>-rato na confecção da renda irlan<strong>de</strong>sa eafirma que essa utilização “abre possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inovações”.Foi também verifica<strong>do</strong> que durante as aulas, algumas alunas levavam revistas oupeças prontas em renda irlan<strong>de</strong>sa e também em renda renascença para mostrar.Aquelas que se interessavam “tiravam o mol<strong>de</strong>”, ou seja, copiavam manualmenteatravés <strong>de</strong> transparência com papel manteiga ou então faziam fotocópia. Dessa forma,vão se difundin<strong>do</strong> os mol<strong>de</strong>s (riscos) entre as alunas caracterizan<strong>do</strong> assim, a suapreservação.Esse intercâmbio <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s também favorece o entrosamento entre as alunasque muitas vezes abrem caminhos para a inscrição na Casa <strong>do</strong> Artesão (lojasubvencionada pela prefeitura e <strong>de</strong>stinada à exposição e venda <strong>do</strong>s produtos artesanaisda região) ou mesmo o início <strong>de</strong> uma parceria entre as borda<strong>de</strong>iras através <strong>de</strong> uma38 Espécie <strong>de</strong> fita geralmente em algodão ou seda, elaborada com fios entrelaça<strong>do</strong>s que formam figurascomo arabescos, flores e folhas em relevo. Normalmente é utilizada para dar acabamentos em roupas eobjetos <strong>de</strong>corativos <strong>de</strong> interior.

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