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Jorge Luiz do Amaral - PPG-PMUS - Museu de Astronomia e ...

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69socieda<strong>de</strong> ou cooperativa. Esse é o caso das ren<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> Divina Pastora/SE quefundaram a Associação para o Desenvolvimento da Renda Irlan<strong>de</strong>sa <strong>de</strong> DivinaPastora/ASDEREN.Verifica-se aqui um movimento <strong>de</strong> pessoas unidas por um interesse comum – ofazer renda irlan<strong>de</strong>sa. É <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa perspectiva que Antonio A. Arantes enfatiza o“reconhecimento <strong>do</strong> valor cultural <strong>do</strong>s saberes nos objetos resultantes <strong>de</strong> práticascoletivas” tornan<strong>do</strong>-os “objetos <strong>de</strong> interesse”, e por essa razão há necessida<strong>de</strong> eminente<strong>de</strong> se registrar e conservar o nosso patrimônio, bem como <strong>de</strong> obter apoio <strong>do</strong> Po<strong>de</strong>rPúblico “como que numa tentativa <strong>de</strong> fixar no tempo as artes e ofícios difusamente<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo engenho humano” (ARANTES, 2004, p. 16-17).Toda essa preocupação com a conservação e preservação <strong>do</strong> saber-fazer reforçaainda mais a existência <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> cultural <strong>do</strong>s indivíduos e/ou grupos quein<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> ações públicas para a sua salvaguarda mantém, mesmo que commudanças dinâmicas, as raízes <strong>de</strong> um saber. Os artesãos que se <strong>de</strong>stacam em seusofícios são hoje requisita<strong>do</strong>s para repassarem seus conhecimentos aos mais jovensatravés <strong>de</strong> programas institucionais públicos ou priva<strong>do</strong>s que se <strong>de</strong>dicam à salvaguarda<strong>do</strong> saber-fazer. Esse âmbito gerou também uma forma <strong>de</strong> valorizar esses artesãos, quesão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s mestres, como agentes multiplica<strong>do</strong>res e conferin<strong>do</strong>-lhes o título <strong>de</strong>Tesouros Humanos Vivos, o qual foi instituí<strong>do</strong> pelo conselho executivo da UNESCO,em 1993.Alguns exemplos <strong>de</strong>sses patrimônios vivos são encontra<strong>do</strong>s em artigo <strong>de</strong> ReginaAbreu on<strong>de</strong> <strong>de</strong>staca experiências e ações afirmativas com alguns mestres franceses <strong>do</strong>saber-fazer, como: Jacques Gencel (mestre-chapeleiro), Jacques Beaujoin (mestrealfaiate),Pierre Lalier (impressão <strong>de</strong> estampas e gravuras), Michel Petit (restaura<strong>do</strong>r <strong>de</strong>vitrais) e Henri Desgrippes (restaura<strong>do</strong>r <strong>de</strong> móveis antigos). Esses mestres, segun<strong>do</strong>Abreu, fazem parte <strong>de</strong> um programa governamental conheci<strong>do</strong> como “Mestre da Arte”on<strong>de</strong> são seleciona<strong>do</strong>s alunos para darem continuida<strong>de</strong> às técnicas e habilida<strong>de</strong>sameaçadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecimento (ABREU, R., 2003, p. 81 et seq).No contexto brasileiro, tanto em Divina Pastora quanto em Campos <strong>do</strong>sGoytacazes existem nossos “Tesouros Humanos Vivos” que pela promoção daconstrução <strong>de</strong> conhecimentos e <strong>de</strong> práticas sobre a produção ren<strong>de</strong>ira asseguram aexistência <strong>de</strong>sses importantes patrimônios materiais e imateriais liga<strong>do</strong>s à produção <strong>de</strong>renda e a seus mo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fazer.

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