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Luis Gonzaga dos Santos Sobral et alii... 167duram, em funcionamento, de 1 a 3 anos e o grande crescimento do mercado de <strong>ba</strong>teriasno século XX foi decorrente do crescimento da indústria automobilística, na qualas <strong>ba</strong>terias são aplicadas para a partida, iluminação e ignição (<strong>ba</strong>terias SLI – starting,lighting and ignition) dos veículos. Estima‐se que esse mercado consome entre 70 a75% da produção mundial de chumbo (JOST, 2001). A maior parcela do chumboatualmente consumido no mundo destina‐se à fabricação de acumuladores elétricospara diferentes fins. As <strong>ba</strong>terias chumbo‐ácido são universalmente utilizadas comofonte de energia em veículos automotores, em sistemas de fornecimento de energiaelétrica e em produtos de consumo em geral. Quando essas <strong>ba</strong>terias chegam ao finalde sua vida útil devem ser coletadas e enviadas para unidades de recuperação e reciclagem.Esta providência garante que seus componentes perigosos (metais e ácido)fiquem afastados de aterros e de incineradores de lixo ur<strong>ba</strong>no e que o material recuperadopossa ser utilizado na produção de novos bens de consumo. Todos os constituintesde uma <strong>ba</strong>teria chumbo‐ácido apresentam potencial para reciclagem. Uma<strong>ba</strong>teria que tenha sido impropriamente disposta, ou seja, não reciclada, representauma importante perda de recursos econômicos, ambientais e energéticos e a imposiçãode um risco desnecessário ao meio ambiente e seus ocupantes. As <strong>ba</strong>terias automotivas,estacionárias e tracionárias, contêm chumbo na massa positiva, massa negativa,nas grelhas e conexões e ainda na solução eletrolítica de ácido sulfúrico;portanto, nas instalações, durante o uso das mesmas, no transporte, manutenção,armazenamento temporário e na disposição final, cuidados devem ser tomados paraque não ocorra vazamento de chumbo e ácido sulfúrico que exponha os usuários econtamine o solo, ar e água. Se após o seu esgotamento energético essas <strong>ba</strong>terias nãoforem segregadas e seu conteúdo reciclado, causarão ameaça ambiental significativa.Não há um substituto economicamente interessante para o chumbo nas <strong>ba</strong>terias automotivaschumbo‐ácido. A produção total mundial, de acordo com o dado mais recentede 2006, foi de 8,6 milhões de toneladas. Estima‐se que 60% das toneladasdesse metal produzidas provêm da produção secundária, ou seja, devido à reciclagempropriamente dita e o restante de minas. A reciclagem formalizada das <strong>ba</strong>terias dechumbo‐ácido é a alternativa que se mostra mais adequada para compatibilizar interessede economia e proteção ao meio ambiente.O fluxograma da Figura 9, a seguir, mostra as operações unitárias utilizadas, convencionalmente,no processamento das <strong>ba</strong>terias automotivas exaustas. A fração pesadadesse processamento se constitui como a fase metálica a ser adicionada à misturaescória‐compostos de chumbo, que comporão a carga a ser alimentada no alto fornopara a produção do bullion de chumbo. Esse chumbo bruto produzido carece de umaetapa de refino para livra‐lo de impurezas metálicas caso se pretenda utilizá‐lo parafins mais nobres.