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AcABAr coM A POBREZA nA noSSA GerAÇÃo - Save the Children

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1 Terminar o trabalho:melhores resultados,progressos mais rápidosNada tem mais poder de conquistar aconfiança da população num governo, doque ver os governos cumprirem as suaspromessas. Esta é uma das razões pelas quaiso mundo não precisa apenas de cumprir oprimeiro conjunto de promessas feitas navigência dos ODMs e é também a razãopela qual o quadro de trabalho após 2015precisa de cumprir a promessa de erradicara pobreza extrema e de assegurar que aspessoas mais pobres e mais marginalizadastêm a possibilidade de acederem ao ensino,aos serviços de saúde básicos, à água potávele ao saneamento, e a outros recursos básicosnecessários para o bem-estar humano.É chegada agora a altura de terminar o trabalho queiniciámos. Devemos aspirar a nada menos do que;• uma meta zero para a pobreza extrema emtermos de rendimento (recorrendo às definiçõesglobais de pessoas que vivem com menos de$1,25 por dia e, subsequentemente, de $2 por dia)• uma meta zero para a fome• uma meta zero para a mortalidade infantil ematerna evitáveis• uma meta zero para pessoas sem acesso a águapotável e a saneamento.Avançou-se bastante na prossecução dos ODMs.Estamos em vias de alcançar, ou de quase alcançar, oODM referente à pobreza em termos de rendimento.O mundo está também cada vez mais próximo dealcançar a universalidade da matrícula no ensinoprimário, com mais de 90% de crianças no mundointeiro matriculadas, das quais quase 50% sãoraparigas. Há notícias ainda melhores de muitos paísesque enfrentam os maiores desafios e que fizeramprogressos significativos no sentido de alcançarem ameta do ensino primário – com as taxas de matrículana África subsaariana a ascenderem a 76%, partindode uma base bastante mais baixa de 58%.Contudo, as atuais taxas de progresso na prossecuçãodos ODMs não atingem as metas nalgumas áreas.Embora tenhamos feito progressos na mortalidadeinfantil (a mortalidade dos menores de cinco anoscaiu dos 12 milhões em 1990 para 6,9 milhões em2011) e no combate ao VIH, continua a haver umadistância considerável a percorrer. No combateà fome e à mortalidade materna, e na oferta desaneamento, estamos ainda mais atrasados.Apesar de os ODMs terem sido louvados pelas suasrealizações, também foram objeto de críticas. Oseu êxito talvez radique na sua relativa simplicidadee enfoque, ao comunicar a ideia abstrata deresponsabilidade global na erradicação da pobreza.Mas esta simplicidade também reflete compromissose deixa de fora muitas das dimensões de umdesenvolvimento que é inerentemente complexo –por exemplo, as questões da paz e segurança, e daproteção da criança.Embora os ODMs se preocupem fundamentalmentecom a prossecução dos direitos das pessoas, estesnão se encontram enquadrados na linguagem dosdireitos humanos. Também isto atraiu comentários ealgumas críticas. Manifestamente, as metas dos ODMsde atingir, digamos metade ou dois terços das pessoas,ficam aquém das obrigações estatais pré-existentesem termos de normas dos direitos humanos.É provável que as maiores deficiências digam respeitoao último ODM, que promete uma parceria globalpara o desenvolvimento. Houve progressos nalgumasáreas, como a sustentabilidade das dívidas e o acessoa medicamentos e tecnologias essenciais, aindaque os melhoramentos nestas duas últimas áreasnão tenham sido impulsionados por uma políticaglobal sistemática. Mas houve poucos progressosem outras áreas importantes, como as mudançasnos sistemas financeiros e de trocas comerciais quefavoreçam o desenvolvimento. Os compromissosreferentes ao ODM 8 eram muito mais vagos e5

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