12.07.2015 Views

AcABAr coM A POBREZA nA noSSA GerAÇÃo - Save the Children

AcABAr coM A POBREZA nA noSSA GerAÇÃo - Save the Children

AcABAr coM A POBREZA nA noSSA GerAÇÃo - Save the Children

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ACABAR COM A <strong>POBREZA</strong> NA NOSSA GERAÇÃOObjetivo 4: Até 2030 vamos assegurarque as crianças recebem em todo olado uma educação de qualidade eque têm bons resultados em termosde aprendizagem“O aprender ajuda-nos a pensar em coisasboas e isso deixa-me contente. Mas detestoestar sentado numa sala de aula onde estejamdemasiados estudantes. Tenho dificuldadeem estar sentado numa sala de aula durantemuito tempo.”Bereket, oitavo ano, EtiópiaA educação é um direito e é o alicerce dodesenvolvimento. Praticamente todos os países quese desenvolveram rapidamente ao longo das últimasdécadas possuíam sistemas de ensino robustos.Houve aumentos impressionantes no acesso àeducação. Atualmente apenas 10% das crianças emidade de frequentarem a escola primária estão forado ensino. 21 Mas contudo o desafio de ‘chegar a zero’continua a ser enorme.Primeiramente, os progressos no acesso estão aabrandar. Estão ensombradas as esperanças de virmosa alcançar tanto o ODM de uma educação primáriauniversal até 2015 como outros objetivos da iniciativaEducação Para Todos (EFA) – incluindo o objetivoda igualdade de género nas matrículas. Ainda que adisparidade entre rapazes e raparigas tenha diminuído,continua a haver menos 3,6 milhões de raparigas naescola primária a nível global do que seria o caso sehouvesse paridade completa (refere o relatório demonitorização de 2011 da EFA).Em segundo lugar, com os progressos que foramalcançados no acesso e na frequência, surgiramnovos desafios – nomeadamente, os resultados daaprendizagem e a equidade. O colocar as crianças naescola é o início, e não o fim, do processo. Alcançara meta zero em educação tem de significar quenenhuma criança deixa de aprender.Todavia, os níveis atuais de aprendizagem sãoextremamente baixos. Cerca de 120 milhões decrianças ou nunca foram à escola, ou abandonaramnaantes de chegarem ao quarto ano. Outros130 milhões de crianças não conseguem adquirircompetências básicas enquanto andam na escola. 22A literacia e a numeracia não são o total da somado ensino básico; entre outras coisas, o pensamentocrítico e o conhecimento de contextos específicossão aprendizagens vitais. Estas competências básicasimportantes são necessárias só por si, providenciandotambém os alicerces a partir dos quais as criançasprosseguem para aprendizagens mais amplas. Semhaver uma melhoria das aprendizagens, não vão sermais anos de escola que vão ajudar as crianças – ouos seus países – a prosperarem no futuro.Este enfoque na aprendizagem tem de ser combinadocom um outro na equidade. As crianças mais pobres emais marginalizadas têm frequentemente professorescom menos formação, menos materiais didáticos emenos oportunidades para aprenderem fora da escola.Também têm menos probabilidades de beneficiaremde bons serviços para a primeira infância, apesar dasevidências claras de que o apoio numa idade muitojovem ajuda a assegurar que as crianças conseguemaprender mais tarde na vida. Como resultado, ascrianças pobres têm menos probabilidade de iniciarema escola preparadas para aprenderem. 23O novo quadro de desenvolvimento tem dese concentrar na redução de disparidades naaprendizagem entre as crianças mais pobres e as maisricas. Um enfoque explícito na equidade requer queos 10% de crianças mais pobres que estão atualmentefora da escola primária, estejam simultaneamente naescola e a aprender. Tal implicará ações orientadas,incluindo orientar o financiamento para incluir ascrianças mais pobres, as crianças portadoras dedeficiência, as raparigas, as crianças de comunidadesétnicas minoritárias e as crianças que vivam em paísesafetados por conflitos ou em situações de emergência.20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!