São casas simples com cadeiras na calçadaE na fachada escrito em cima que é um lar.AntecedentesNo início do século XVIII, a partir de <strong>uma</strong> parada dos que sedirigiam às áreas de exploração do ouro em Mato Grosso, teve inícioo povoado que veio a constituir a área urbana de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>. Naprimeira metade do século XIX, o povoado cresceu, até que, em1845, <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> passou a ter maior autonomia com a instalação daCâmara Municipal, que tinha funções legislativas e executivas,incluindo a organização do espaço urbano e a normatização docotidiano das pessoas. (Garcia, 1996)As características físicas do espaço onde se desenvolvia onúcleo urbano, especialmente a topografia caracterizada por uminterflúvio de topo tabular, entre os rios Corumbataí e Ribeirão <strong>Claro</strong>,permitiram a implantação de um desenho urbano caracterizado comoum tabuleiro de xadrez, o que favoreceu, em 1886, a substituição dadenominação das ruas por um sistema de numeração, quepermanece até hoje, e que tinha como referência a Estação daEstrada de Ferro. Com relação aos serviços urbanos, <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> foi asegunda <strong>cidade</strong> do Brasil e a primeira do Estado de São Paulo acontar com iluminação elétrica, que teve início em 1885. (Garcia,1996)A ferrovia representou um fator decisivo no processo deurbanização de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, por diversos motivos: meio de comunicaçãocom a Capital e Campinas, facilitando o acesso a estes importantescentros comerciais; grande gerador de emprego, especialmente emfunção do município abrigar as grandes oficinas da CompanhiaPaulista de Estradas de Ferro; e a presença do Horto Florestal, quegarantiu a existência de <strong>uma</strong> extensa área de vegetação próxima aocentro da <strong>cidade</strong>. Além disso, o pátio da estação ferroviária, osarmazéns, as oficinas e os trilhos da estrada de ferro, com poucospontos de cruzamento, interferiram no crescimento urbano em algunssentidos.Em relação a política urbana, em 1956, foi constituída, poriniciativa do Executivo, <strong>uma</strong> Comissão Especial para organizar umplano urbanístico da <strong>cidade</strong>. Também na década de 50 foramelaboradas diversas leis relativas às Posturas, para responder àsmudanças que ocorreram na vida urbana impostas pelo adensamentopopulacional, pelas mudanças no comércio e nos hábitos dapopulação, além da presença crescente dos veículos automotores. Na
década de 70, o município integra-se “ao processo de interiorizaçãoda indústria no Estado de São Paulo” (Garcia, 1996), ocorrendo acriação do <strong>Di</strong>strito Industrial e a redefinição do perímetro urbano,com rápido crescimento da população e expansão da malha urbana, oque provocou <strong>uma</strong> mudança significativa na fisionomia da <strong>cidade</strong>,com forte especulação imobiliária e o surgimento de <strong>uma</strong> extensaperiferia com precárias condições de urbanização. Nas décadas de 70e 80, foram aprovadas leis pontuais abordando aspectos específicosda vida urbana.Um marco importante na vida do município foi a elaboração daLei Orgânica do Município de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, em 1990. Em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>,vereadores ligados às áreas de educação, saúde, meio ambiente edireitos de cidadania, procuraram professores da UNESP e outrosprofissionais e entidades, com o objetivo de contribuir para aelaboração de <strong>uma</strong> Lei Orgânica mais avançada. No que se refere àParticipação Popular, a Lei Orgânica do Município de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> (Art.145 a 160) dá destaque às Audiências Públicas e à Participação nosConselhos Municipais, além do Plebiscito, do Referendo e da IniciativaPopular de Projeto de Lei já previstas nas Constituições Federal eEstadual.Com relação ao Desenvolvimento Urbano (Art. 186 a 202), aCâmara Municipal aprovou itens considerados avançados como ataxação dos vazios urbanos e a implementação do solo criado,aparentemente sem maior resistência dos vereadores, mesmo osligados ao setor imobiliário. Tais dispositivos, no entanto, nãopoderiam ser implementados de imediato, pois dependiam dediretrizes a serem definidas no Plano <strong>Di</strong>retor. Os setores interessadosem que estes e outros dispositivos não fossem efetivadosmobilizaram-se para influenciar a preparação do Plano <strong>Di</strong>retor e suaposterior discussão na Câmara Municipal. O Capítulo que mais chamaa atenção, por sua extensão e profundidade, é o referente ao MeioAmbiente (Art. 210 a 237), certamente o de maiores peculiaridadesem relação aos demais municípios. A presença da UNESP nomunicípio com cursos de geografia, ecologia, biologia e geologia,entre outros, influenciou decisivamente para que isto ocorresse.Outro fato inusitado é a existência de um capítulo sobre Higiene eSegurança do Trabalho e Saúde do Trabalhador (Art. 294 e 295), emfunção do acompanhamento que alguns vereadores tiveram emrelação às lutas travadas neste campo na Assembléia NacionalConstituinte.A Elaboração do Plano <strong>Di</strong>retorMesmo antes da conclusão dos trabalhos de elaboração da LeiOrgânica do Município, a Prefeitura Municipal de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> instituiu
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