APÊNDICE 1 - A ORIGEM DA SAÚDE PÚBLICA E A CIDADECom a intensificação do desenvolvimento das indústrias noinício do século XIX, na Inglaterra, houve um crescimento rápido das<strong>cidade</strong>s com milhares de trabalhadores vivendo em condições muitoprecárias. Em função disso, no início da década de 1830, foiconstituída “<strong>uma</strong> Comissão Real para investigar a prática e aadministração da Lei dos Pobres”, sendo nomeado como seuassistente (que posteriormente assumiu a chefia) Edwin Chadwick,adepto da teoria miasmática das febres epidêmicas, tendo se tornadoum dos expoentes do sanitarismo inglês. “E, embora não estivessecerta, essa idéia forneceu um terreno para a ação sanitária. Assimvemos que, no curso da História, muitas vezes coisas não sãocompletamente claras ou completamente escuras, e idéias erradaspodem seu usadas de modo produtivo” (Rosen, 1994).
A Comissão Real, de início, limitou suas observações e ações aLondres mas, por orientação do Governo estendeu sua abrangência,incluindo toda a Inglaterra e o País de Gales. O Relatório Final destetrabalho“não é obra de amador. Cheio de detalhes vívidos acerca dascondições existentes, contém um esforço sério, distrito adistrito, para relacionar essas condições com variações nastaxas de mortalidade e com níveis econômicos. No relatório seexpunha, ainda, com clareza dogmática, <strong>uma</strong> teoriaepidemiológica ajustada a muitos dos fatos conhecidos. Dessesolo nasceram os princípios sobre os quais a reforma sanitária ea ação comunitária em saúde, na Grã-Bretanha e nos EstadosUnidos e, em menor extensão, no continente, se sustentarampelos próximos cinqüenta ou sessenta anos. Para os primeirostrabalhadores da Saúde Pública, esses princípios se constituíamna lei e no evangelho do trabalho comunitário. Em sua maiorparte, eles continuam tão válidos como quando foramenunciados. Em verdade, todo programa de saúde em um paíssubdesenvolvido se apóia muito, ainda hoje, nos princípiosestabelecidos por Chadwick mais de cem anos atrás”. (Rosen,1994)Ainda segundo Rosen (1994), “o relatório provou, acima dequalquer dúvida, estar a doença, em especial a doença comunicável,relacionada com a imundície do ambiente, por falta de escoamento,de abastecimento d’água e de meios para remover refugos das casase das ruas. O apego de Chadwick à teoria de que as febresepidêmicas se deviam a miasmas originários de animais e de matériavegetal em decomposição concentrava ainda mais a atenção sobreesses problemas. ... Desde então, a imundície deixou de ser <strong>uma</strong>ssunto apenas particular, e se ergueu ao nível de um importanteinimigo da saúde comunitária”. Ou seja, tornou-se <strong>uma</strong> questão sociale, como tal, merecedora a ação do Estado no seu controle.Rosen (1994) destaca que, além disso, a partir de então, há<strong>uma</strong> mudança no papel do médico em relação aos problemas desaúde, apresentando o seguinte fragmento do Relatório de Chadwick:“As grandes medidas preventivas, drenagem, limpeza das ruase das casas, através de suprimento d’água e de melhor sistemade esgotos e, em especial, a introdução de modos mais baratose mais eficientes de remover da <strong>cidade</strong> todos os refugosnocivos, são operações para as quais devemos buscar ajuda naciência da Engenharia Civil e não no médico. Este fez seutrabalho ao indicar que a doença resulta da negligência demedidas administrativas apropriadas, e ao aliviar o sofrimentodas vítimas”.
- Page 1 and 2:
RIO CLARO É ...UMA CIDADE SAUDÁVE
- Page 3 and 4:
ÍNDICEAPRESENTAÇÃOINTRODUÇÃOCA
- Page 5:
INTRODUÇÃOComo a maior parte da h
- Page 8 and 9:
As principais causas de morte nos p
- Page 10:
predatórias, que, além de minarem
- Page 13 and 14: sendo que a Lei 8080/90,conhecida c
- Page 15 and 16: A mobilização da sociedade para d
- Page 17 and 18: década de 70, o município integra
- Page 19 and 20: Diante deste posicionamento dos rep
- Page 21 and 22: 1. Criação do PRODERC, com extin
- Page 23 and 24: Câmara Municipal e fizeram um leva
- Page 25 and 26: plano, a partir de novas informaç
- Page 27 and 28: Diversos organismos internacionais
- Page 29 and 30: Uma diretriz importante na formula
- Page 31 and 32: 1. Formalização do Comitê Inter-
- Page 33 and 34: • Elaboração/revisão do Plano
- Page 35 and 36: conservação e trazendo grande ris
- Page 37 and 38: introduzir práticas adequadas quan
- Page 40 and 41: um programa habitacional, o Projeto
- Page 42 and 43: através desta atividade, têm ingr
- Page 44 and 45: popularização destas informaçõe
- Page 46 and 47: garantir recursos técnicos e mater
- Page 48 and 49: A III Conferência Municipal de Sa
- Page 50 and 51: são apresentadas, a seguir, alguma
- Page 52 and 53: ) otimização da estocagem e comer
- Page 54 and 55: e) jovens e adolescentes.Para orien
- Page 56 and 57: para reuniões, infra-estrutura (eq
- Page 58 and 59: Diversas ações desenvolvidas no m
- Page 60 and 61: DEJOURS, C. A Loucura do Trabalho:
- Page 64 and 65: Em 1843, em conseqüência do relat
- Page 66 and 67: de 1992, e reuniu 178 nações que
- Page 68 and 69: de alguns temas ambientais, não po
- Page 70 and 71: Neste trecho, parece haver uma preo
- Page 72 and 73: políticas ambientais nacionais e s
- Page 74 and 75: Cidades Sustentáveis. No Brasil, o
- Page 76 and 77: entanto, o IDH vem se mostrando um
- Page 78 and 79: I - Incluídos no Cadastro Estadual
- Page 80: com trabalhos realizados no Brasil,