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Rio Claro é uma cidade saudável? - Claudio Di Mauro

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próspero e seguro. São metas que nação alg<strong>uma</strong> pode atingirsozinha; juntos, porém, podemos - em <strong>uma</strong> associação mundialem prol do desenvolvimento sustentável” (CNUMAD,1992).Uma observação que pode ser feita em relação à CNUMAD, emgeral, e à Agenda 21, em particular, é que a idéia de controle danatalidade está fortemente presente ao longo dos documentos, aindaque, na maioria das vezes, de forma velada. Esta atitude demonstra<strong>uma</strong> simplificação da análise da questão e fornece argumentos para<strong>uma</strong> ingerência dos organismos internacionais, e até mesmo dealguns países, na política demográfica dos países emdesenvolvimento. A Agenda 21 contém um Capítulo sobre <strong>Di</strong>nâmicaDemográfica e Sustentabilidade, relativamente extenso, que aborda àexaustão a questão do crescimento da população mundial, porémpraticamente não toca no tema referente ao rápido crescimento dapopulação idosa, tanto em termos relativos, quanto absolutos, nomundo todo e, em particular, nos países em desenvolvimento.Embora o objetivo deste trabalho seja destacar a questão local,é importante comentar alguns aspectos gerais apresentados nos doiscapítulo iniciais da Agenda 21.No Capítulo I, três tópicos merecem observação:“O cumprimento dos objetivos da Agenda 21 acerca dedesenvolvimento e meio ambiente exigirá um fluxo substancialde recursos financeiros novos e adicionais para os países emdesenvolvimento, destinados a cobrir os custos incrementaisnecessários às ações que esses países deverão empreenderpara fazer frente aos problemas ambientais mundiais e aceleraro desenvolvimento sustentável...” (CNUMAD,1992)O que se observa, na prática, é que os países emdesenvolvimento têm comprometido boa parte de seus recursos como pagamento da dívida externa e que poucos “recursos financeirosnovos e adicionais” têm sido transferidos a estes países. SegundoArruda, “o Brasil está se endividando ainda mais para pagar dívidasanteriores, em vez de apoiar-se nos seus próprios recursos e aplicálosno desenvolvimento da economia e nos programas sociais eambientais” (Arruda, 1999).“Na implementação das áreas pertinentes de programasidentificados na Agenda 21, especial atenção deverá serdedicada às circunstâncias específicas com que se defrontam aseconomias em transição. É necessário reconhecer, ainda, quetais países enfrentam dificuldades sem precedentes natransformação de suas economias, em alguns casos em meio aconsiderável tensão social e política.” (CNUMAD,1992)

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