<strong>uma</strong> “Comissão de Estudos para Delineação de um Plano <strong>Di</strong>retor deDesenvolvimento Urbano” (Portaria 5.648, de 22/06/89). No final de1989, a Comissão concluiu a primeira fase dos trabalhos, enquanto aCâmara discutia, entre tantos outros temas, os princípios dodesenvolvimento urbano que deveriam estar consignados na LeiOrgânica Municipal. Como os trabalhos da Comissão caminhavampara concluir a segunda fase, “a comunidade sentiu-se à margem doprocesso por acreditar que deveria participar de todas as etapas,desde o início dos trabalhos” (Plano <strong>Di</strong>retor, 1991). Em função disso,um conjunto de entidades interessadas em participar do processoconseguiu a inclusão de um parágrafo único no Art. 188 da LeiOrgânica do Município, determinando que “o Plano <strong>Di</strong>retor deverácontar em todas as fases de sua elaboração com a participação dapopulação organizada em suas entidades representativas legalmenteconstituídas, devendo ser enviado ao Poder Legislativo, após ampladiscussão com a comunidade”. (grifo nosso) (<strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, 1990)Assim, logo após a promulgação da Lei Orgânica, o ExecutivoMunicipal convocou, pela imprensa local, as entidades constituídaspara que, no prazo de cerca de um mês, se inscrevessem paraparticipar na elaboração do Plano <strong>Di</strong>retor, o que fez com que 35entidades, dos mais diferentes setores, pudessem participar doprocesso. Durante este período o assunto foi discutido em todos osmeios: igrejas, sindicatos, clubes de serviço, escolas, associação demoradores etc., permitindo que grande parte da população tomasseconhecimento da elaboração do Plano <strong>Di</strong>retor e de seu significadopara a vida da <strong>cidade</strong>.Nos meses de julho e agosto de 1990, foram realizadas trêsreuniões para conhecimento dos trabalhos desenvolvidos nas duasfases iniciais quando ainda não havia a participação da comunidade.“A comunidade, assim reunida, questionou a forma deencaminhamento dos trabalhos a serem realizados por ela, aausência de <strong>uma</strong> análise das causas que levaram ao crescimentodesordenado e desnecessário nas áreas periféricas ou consideradasimpróprias do ponto de vista físico e proibida pela Legislação Federal,Estadual e Municipal. A comunidade destacou ainda a existência deespaços vazios entre a área central e a mais externa da <strong>cidade</strong>,mostrando que o trabalho apresentado não havia questionado esteaspecto, qual seja, o da ausência de <strong>uma</strong> política mais ‘racional’ deuso do solo urbano. A inexistência de tal política eleva o preço daterra, aumenta a especulação imobiliária e inviabiliza, quasetotalmente, o acesso à moradia por parte daqueles que têm osrendimentos mais baixos e perfazem a maioria de nossa população”(Plano <strong>Di</strong>retor, 1991).
<strong>Di</strong>ante deste posicionamento dos representantes das entidadesda sociedade civil, o Presidente da Comissão de Estudos encerrou asua participação no processo. A partir deste momento, os trabalhosganham outra dinâmica e começa efetivamente a participação dacomunidade. Constituiu-se, assim, um Fórum de Entidades com acriação de subcomissões encarregadas de analisar problemasespecíficos.As subcomissões passaram a se reunir em horários e locaisdiferenciados, de acordo com a disponibilidade de seus membros, eos resultados parciais dos trabalhos eram levados ao Fórum deEntidades pelos coordenadores das áreas específicas. Após aconclusão dos trabalhos nas subcomissões, a assembléia do Fórumpassou à sistematização e elaboração da proposta de Plano <strong>Di</strong>retor.Mesmo com as dificuldades que se apresentaram à plenaparticipação da comunidade, a forma com que os trabalhos foramdesenvolvidos nesta etapa foi totalmente diferente das anteriores epermitiu que um contingente significativo da sociedade entendesse aimportância do Plano <strong>Di</strong>retor para a política de desenvolvimento domunicípio e contribuiu efetivamente na sua elaboração.O Movimento Pró-CidadaniaApós um período de considerável grau de participação popularna época de elaboração do Plano <strong>Di</strong>retor, o município viveu umperíodo de recuo no processo participativo, limitando-se à atuaçãoem poucos Conselhos Municipais, pois mesmo estes, em algunscasos, tinham a influência do Executivo até na escolha darepresentação popular.Este estado de coisas motivou <strong>uma</strong> reação em diversos setoresda sociedade civil, bem como dos membros do Laboratório dePlanejamento Municipal, constituído por professores, pesquisadores,alunos de graduação e pós- graduação da UNESP, além decolaboradores externos, que, ao longo de vários anos, vinhadesenvolvendo os seguintes trabalhos:• Colaboração junto a alguns Vereadores da Câmara Municipal de <strong>Rio</strong><strong>Claro</strong> na formulação de propostas nas áreas de DesenvolvimentoUrbano, Meio Ambiente, Saúde e Educação.• Participação ativa no processo de elaboração do Plano <strong>Di</strong>retor deDesenvolvimento de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>.• Assessoria, através de convênio da UNESP/FUNDUNESP com aPrefeitura Municipal de São José dos Campos, na elaboração doPlano <strong>Di</strong>retor de Desenvolvimento.• Implantação da Coleta Seletiva de Lixo no município deCorumbataí.
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