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Para além disso, o respectivo modelo dedeslocação indica que a população residentena cidade atinge um nível de vida quepermite que 58% se desloque em viaturaprópria.A cidade de Torres Novas atinge, no contextodas cidades do Médio Tejo, o peso maiselevado de população que frequenta oufrequentou o ensino superior, sendo tambémde destacar que mais de metade dapopulação que vive na cidade de TorresNovas possui habilitações iguais ousuperiores ao ensino básico completo. Osníveis de analfabetismo são baixos ecomparam positivamente no seio do MédioTejo.Gráfico 4.4:Tempo e modo de deslocação da população que reside na cidadeaté ao local de trabalho/estudo (2001)100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%17% 18%24%22% 22% 48%53%25%59% 58% 58%61%64%69%64% 65%62%52%40%32%35%31%34%22%AbrantesEntronc.FátimaOurémTomarTorres NovasAbrantesEntronc.FátimaOurémTomarTorres NovasTempo deDeslocação:mais de 90 minutos61 a 90 minutos31 a 60 minutos16 a 30 minutosAté 15 minutosNenhumModo deDeslocaçãoMotociclo ou bicicletaAutomóvelTransp. colectivo (empresa/ComboioAutocarroA péTempo de DeslocaçãoModo de DeslocaçãoFonte: INE, “As Cidades em Número” 2002O desafio que se assume é, portanto, o de criar condições para que as vantagens que a sua localização privilegiadaproporciona, no âmbito da captação de unidades empresariais, sejam espelhadas num modelo de acolhimentocompleto e alargado, que incorpore a captação, a instalação e a base de funcionamento dessas unidades empresariaise que seja acompanhado por um crescimento urbano sustentado, em dimensão e em diversidade, capaz de, não sóacolher o crescimento populacional directamente induzido pelo aumento da dimensão empresarial de Torres Novas,como induzir um crescimento indirecto associado à captação de população atraída pelas vantagens de fixação deresidência numa cidade “onde é bom morar”.Os factores que contribuem para que Torres Novas seja reconhecida como uma cidade “onde é bom morar” são, no seuconjunto, sustentados por factores objectivos e de ordem prática, nos quais a Câmara Municipal de Torres Novasconcentrou grande parte dos esforços do seu Programa de Requalificação da Cidade de Torres Novas “Turris XXI 2001-2004”, sobre os quais é necessário, nesta fase, fazer cumular um conjunto de outros factores de ordempredominantemente mais subjectiva e orientados para a “construção” de uma cidade que se pretende funcional,dinâmica, bem provida de serviços e com capacidade para suprir as expectativas de um modelo de vida activo e comqualidade.Ao assumir que uma parte substancial dos factores objectivos e de ordem prática necessários à moldagem de umacidade “onde é bom morar” já estão garantidos ou, pelo menos, em estado de concretização avançada – como sejam osprincipais projectos de reabilitação urbana, equipamentos culturais e desportivos e recuperação viária previstos noTurris XXI, a Câmara Municipal de Torres Novas assume, simultaneamente, que o ciclo de intervenções que se avizinhaapresenta contornos menos consentâneos com o papel típico de uma autarquia, muito polarizado pela necessidade de“mostrar obra feita”.O papel que, nesta fase, é exigido à Câmara Municipal de Torres Novas é o de “dar vida” à cidade, aosequipamentos e aos serviços de que dispõe. Um papel mais dificultado do que seria se assumisse comoprioridades futuras um conjunto de intervenções “mais típicas de uma autarquia”.crescer com qualidade________________________________45