FIGURA 4.3:Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação e Cultura como argumento <strong>de</strong> atractivida<strong>de</strong>Fonte: Augusto Mateus & AssociadoUma oferta cultural e <strong>de</strong>sportiva apelativa, inserida em re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> criação e programação cultural mais vastas, juntamentecom o património histórico, singular e <strong>de</strong> interesse, dinamizado e valorizado, po<strong>de</strong>rão constituir factores chave <strong>de</strong>“marketing territorial”. Individualmente, ou em conjunto, po<strong>de</strong>rão funcionar como bons pretextos para que mais pessoasvisitem o concelho. A atractivida<strong>de</strong> será ainda maior se <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong> conseguir inserir-se em circuitos turísticos quevalorizem a proximida<strong>de</strong> com outros locais <strong>de</strong> interesse, como o Parque Natural das Serras <strong>de</strong> Aire e Can<strong>de</strong>eiros.A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong> reconhece, contudo, que o sucesso da sua actuação isolada, no sentido <strong>de</strong> umaefectiva promoção da sua competitivida<strong>de</strong>, está fortemente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do estabelecimento <strong>de</strong> iniciativas articuladas aum nível supra-municipal, sobretudo no que permite conferir ao património edificado um critério <strong>de</strong> “mobilida<strong>de</strong>”,relacionando-o com formas <strong>de</strong> valorização imateriais, inserindo-o em ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong> cultural (pelainovação e não pela “imitação”), por via da acentuação da sua qualida<strong>de</strong>, singularida<strong>de</strong>, diferenciação e i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>histórica e complementando-o com uma gama <strong>de</strong> serviços prestados (circuitos temáticos, informação histórica,animação artística) catalizadora <strong>de</strong> dinâmicas <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização e <strong>de</strong> disseminação positiva.A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong> assume, então, como compromissos no âmbito da dinamização cultural doconcelho: assumir a configuração mais vasta e abrangente do sector cultural, integrando o público, o privado e o social (noplano da organização) e envolvendo, para além do património, da museologia, das artes e espectáculos, dalíngua e literatura, pelo menos as comunicações, a Internet, o comércio electrónico e o software (no plano dasactivida<strong>de</strong>s e dos produtos); Definir uma política cultural, com programas estratégicos abrangentes dos vários equipamentos da cida<strong>de</strong>,visando uma oferta cultural concertada para os diversos públicos e níveis etários que compõem a comunida<strong>de</strong>; Desenvolver activida<strong>de</strong>s e iniciativas <strong>de</strong> âmbito cultural e pedagógico, orientadas por técnicos especializados,com uma periodicida<strong>de</strong> regular; Apoiar o arranque e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos e activida<strong>de</strong>s alavancados pelo processo cumulativo <strong>de</strong>aumento da visibilida<strong>de</strong> e relevância cultural do concelho, em particular nas activida<strong>de</strong>s complementares e <strong>de</strong>suporte cultural e nas iniciativas empresariais embrionárias, suportadas por uma forte componente criativa;crescer com qualida<strong>de</strong>________________________________63
Estabelecer, a médio/longo prazo, objectivos <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização <strong>de</strong> públicos, através da sua formação, investindo no<strong>de</strong>spertar do seu interesse, na sensibilização e consciencialização para a importância das artes e na constituição<strong>de</strong> uma assistência com sentido crítico e uma vertente criativa; Estabelecer, através <strong>de</strong> projectos educativos, pontos <strong>de</strong> contacto e cruzamento entre os conteúdos dosdiferentes equipamentos culturais ao dispor da população, estruturados a partir da programação cultural quedinamiza os espaços, como os espectáculos e as exposições. Diligenciar para que a articulação com equipamentos <strong>de</strong> outros concelhos do Médio Tejo seja atingida, nocontexto <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação regional.O grau <strong>de</strong> sucesso na concretização <strong>de</strong>ste plano estratégico <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fortemente do equilíbrio entre as diferentes visõespara <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong>, sendo claro que a oferta <strong>de</strong> uma agenda cultural credível e fiável po<strong>de</strong> ser um atractivo para quempreten<strong>de</strong> fixar residência no concelho e que, por outro lado, a qualida<strong>de</strong> e atractivida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo resi<strong>de</strong>ncial, muitoassente na requalificação do Centro Histórico, na qualida<strong>de</strong> do espaço público, na relação da cida<strong>de</strong> com o rio, funcionacomo mecanismo complementar <strong>de</strong> ca<strong>pt</strong>ação <strong>de</strong> visitantes e, consequentemente, das empresas que os servem, emparticular as que operam nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alojamento e restauração.Os compromissos assumidos pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong> e os princípios <strong>de</strong> atractivida<strong>de</strong> sugeridos pelocruzamento entre a realida<strong>de</strong> actual e o percurso potencial futuro do concelho, traduzem-se na fixação dos objectivos ena <strong>de</strong>finição dos instrumentos necessários à sua concretização, tal como se sintetiza no quadro seguinte.QUADRO 4.3:Cida<strong>de</strong> da Dinamização Cultural – princípios <strong>de</strong> atractivida<strong>de</strong>, instrumentos e objectivosE IX O D E IN TE R VE N ÇÃ O 3 – CID A DE D A D IN A M IZ A ÇÃO C ULT URA LT erri tó rioP rio ritá rioP rin cíp io s d eA tra ctivid a <strong>de</strong>I n strum en tos Ob je ctivo s P a rce iro sCe n troH istóri co( Co roaCen tra l)A n im a çã o eturi sm oce n tra do s n aarti cul a ção e n trep a trim ó ni o,cu ltu ra eco m érci od ife ren ci ad oRed e d eE q ui pa m e nto sp a ra E ven to sP rior itári os: D efin ir os ob je ctivo s,in stru m en to s e m eta s d aP ol ítica Cu ltu ral d oco n cel ho A rti cu la r u m a Red e d eP ro gra m açã o Cu ltu ral A fi rm areq u ip am e n tosp ara eve nto s A po ia r n ova s i ni cia ti va s ep roj ecto s d e â m bi tocu ltu ral , b e m co m o osa rti stas e cria d or es D ese n vol ver o se ctorcu ltu ral n o co nc elh oCom p le m e nta re s: A fi rm ar o R io Al mo n d aco m o el em e n to i nte gra n ted a cid a <strong>de</strong> A po ia r a re n ova çã oco m erci al In ce n ti varaim p le m en ta çã o d ep roj ecto s e m pr esa ria isco m um a im p orta n teco m po n en te in o vad o ra ecria tiva A cel era r a req u al if ica çã ou rb an a A rticu la r as in ici ativa s,p ro je ctos, e sp ectá cu lo s ee ve nto s d o s d ive rso se q ui pa m e nto s, e spa ço s ee n tid ad e s d in a m iz a do ra s,n u m R ed e d e P rog ra ma çã o D e fi ni çã o <strong>de</strong> u m a ca d ên ci ar ea lista d e e ven to s R eco n h eci m en to d e To rresN o vas e nq u an to ci da d e co md in a m ism o cu ltu ra l U ti liz a çã o da cu l tura ep ro gra m aç ão c om o d e safioc en tral d e d in am i z açã o d af il eir a tu ri sm o- la z er- con su m o A p oi ar a in stal aç ão ed e sen vo lvim e n to d ea ctivi da d es e con ó m ica sa la va nc ad a s p el a d in âm i cac ul tu ra l A f irm a r a cri a ção d e u m p ó lod ifu so r d e in f orm a çã o ec on h eci m en to n a á rea d aB ib lio teco n om i a M e lh ori a d a rel aç ão e n tr e aci d ad e e o rio , ga ran tin d ou m a o f erta d e e sp aço p ú b licoa tra ctivo R efo rça r, r en ov ar e m el ho ra ra qu a lid a <strong>de</strong> d a re d e <strong>de</strong>s erviç os (l az e r, h otel ari a er esta ur açã o ) I n cen tiva r a d ive rsi fi caç ão d ae stru tur a pro d uti va d oc on ce lh o no s en tid o d or efor ço <strong>de</strong> a ctivi da d esg era d ora s <strong>de</strong> p o sto s d etra b al ho c om u m a i m po rta ntec om p on e n te <strong>de</strong> cri ati vid ad e A rti sta s re sid en te s A sso cia çõe s cul tura is ee nti da d es di n am iz a d ora s E m pr esa s l iga d as àp rod u çã o <strong>de</strong> c on teú d o scu ltu rai s P ro fi ssio na is lig ad o s àp rod u çã o <strong>de</strong> c on teú d o scu ltu rai s P ro gra m ad o res,Cria d ore s Op e ra do re s (turi sm o,“ Ho rec a” , Com é rcio )Fonte: Augusto Mateus & Associadoscrescer com qualida<strong>de</strong>________________________________64