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Torres Novas.pt - Câmara Municipal de Torres Novas

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activos empregados entre os três concelhos e, portanto, pela dimensão crítica <strong>de</strong> um mercado capaz <strong>de</strong>incentivar um ciclo virtuoso <strong>de</strong> articulação <strong>de</strong> expansões <strong>de</strong> oferta, geradoras <strong>de</strong> expansões <strong>de</strong> procura. a dimensão é também uma variável chave no acesso aos fundos comunitários, na medida em que o QREN 2007-2013 prevê a valorização <strong>de</strong> uma lógica privilegiada <strong>de</strong> fomento <strong>de</strong> complementarida<strong>de</strong>s e sinergias, em<strong>de</strong>sfavor da sobreposição e <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> recursos (que tem sido a prática até aqui, com intervençõesconcelhias relativamente <strong>de</strong>sgarradas), cujas implicações práticas se reflectem, sobretudo, na preferência daconcessão <strong>de</strong> apoios a projectos enquadrados numa estratégia <strong>de</strong> NUTS III e que justificam a plena participação<strong>de</strong> <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong> na activida<strong>de</strong> da Comunida<strong>de</strong> Urbana do Médio Tejo, enquanto instrumento essencial naprossecução <strong>de</strong> projectos financiados através do mix <strong>de</strong> financiamentos comunitários previstos no QREN. a diferenciação <strong>de</strong> <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong>, no seio <strong>de</strong>sta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> articulações com outros concelhos da região, faz-sesegundo uma lógica valorizadora das suas especificida<strong>de</strong>s, mais orientada pela especialização, do que peladimensão. Os investimentos já realizados colocam <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong> numa posição privilegiada para acolher públicosculturais supramunicipais, seja numa ó<strong>pt</strong>ica <strong>de</strong> consumo (um calendário <strong>de</strong> programação cultural para ca<strong>pt</strong>arfluxos <strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-semana da população resi<strong>de</strong>nte no Médio Tejo e na Gran<strong>de</strong> Lisboa) ou numa ó<strong>pt</strong>ica <strong>de</strong> produçãoe comercialização <strong>de</strong> conteúdos culturais, num sentido suficientemente amplo para incluir, por exemplo, umare<strong>de</strong> <strong>de</strong> galerias <strong>de</strong> arte, antiquários ou lojas <strong>de</strong> artesanato e outros produtos locais. a lógica <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um turismo <strong>de</strong> visitação, baseado na atracção dos públicos, que preten<strong>de</strong>m fugirao bulício <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maior dimensão nos seus momentos <strong>de</strong> lazer, aplica-se também, numa lógica <strong>de</strong>turismo resi<strong>de</strong>ncial, à população em ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reforma que <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> estar limitada pela localização do trabalhona <strong>de</strong>cisão do local <strong>de</strong> residência. A combinação <strong>de</strong> modos <strong>de</strong> vida urbanos e rurais cria um cenário favorável àaquisição <strong>de</strong> segundas residências por parte <strong>de</strong> uma população que, querendo passar longas temporadas numambiente <strong>de</strong> maior tranquilida<strong>de</strong> e reclusão, não abdicam da conveniência e da segurança proporcionadas peloacesso a uma cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> média dimensão e à capital. O potencial <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong>ste vector <strong>de</strong> diferenciação<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da coexistência harmoniosa entre estes modos <strong>de</strong> vida, isto é, da dimensão e do nível <strong>de</strong> sofisticaçãodos serviços oferecidos <strong>de</strong> apoio às famílias, da preservação das paisagens rurais e das acessibilida<strong>de</strong>s intraregionais. Importa salientar que os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento económico e social que se preten<strong>de</strong>m <strong>de</strong>spoletar,enquanto motores do crescimento do concelho, se articulam entre si através <strong>de</strong> um efeito relativamentesequencial e em cascata, em que o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento “puxado” pela cida<strong>de</strong> empresarial terciarizadaé vertido num consequente processo <strong>de</strong> expansão da cida<strong>de</strong> resi<strong>de</strong>ncial, que, por sua vez, justifica a afirmaçãoda “cida<strong>de</strong> da dinamização cultural” e que, no seu conjunto, precisam ser enquadrados por uma respostaatempada da “cida<strong>de</strong> administrativa”. Por outro lado, esta dinâmica gera: efeitos cumulativos, no sentido em que os resultados do <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> um “ciclo” <strong>de</strong> projecção <strong>de</strong> efeitos eimpactos entre os processos <strong>de</strong> afirmação das várias dimensões <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> cria condições propícias ao início <strong>de</strong>um segundo “ciclo”, numa lógica reforçada em que o dinamismo da cida<strong>de</strong> empresarial atinge um patamarsuperior induzido pelo reforço, já verificado em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços, empresas e bacia <strong>de</strong> emprego,voltando a introduzir novas justificações à expansão resi<strong>de</strong>ncial e à oferta cultural do concelho; efeitos recíprocos, no sentido em que, por exemplo, a expansão resi<strong>de</strong>ncial permite atingir patamares <strong>de</strong><strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional que legitimam e conferem racionalida<strong>de</strong> económica à <strong>de</strong>nsificação em serviços(comerciais, <strong>de</strong> lazer, <strong>de</strong>sportivos, culturais, artísticos, etc.) que potenciam a atractivida<strong>de</strong> do concelho naca<strong>pt</strong>ação <strong>de</strong> nova população resi<strong>de</strong>nte e no consequente reforço do processo <strong>de</strong> expansão resi<strong>de</strong>ncial; e efeitos cruzados, no sentido em que, por exemplo, o processo <strong>de</strong> crescimento induzido, pela dinâmica culturale pelo reforço da valorização das artes, constitui um trunfo ao serviço do reconhecimento <strong>de</strong> <strong>Torres</strong> <strong>Novas</strong> comoum concelho atractivo para trabalhar e para viver (e reforçando o processo <strong>de</strong> crescimento da cida<strong>de</strong> empresariale resi<strong>de</strong>ncial), justificado pela existência <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong> viva, citadina e dinâmica.crescer com qualida<strong>de</strong>________________________________28

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