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execução da pena privativa de liberdade e ressocialização em ...

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exä|áàt wx VÜ|Å|ÇÉÄÉz|t x V|£Çv|tá cxÇ|àxÇv|öÜ|táConselho Penitenciário do Estado - COPENANO 1 – nº 01Agosto/2011As idéias e opiniões expressas nos artigos são <strong>de</strong> exclusiva responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> dosautores, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Conselho Editorial.É um <strong>da</strong>do adquirido há algumas déca<strong>da</strong>s, pelo menos enquanto a imaginaçãohumana não conseguir burilar outra solução, que a prisão é uma inevitabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Aíestão, se dúvi<strong>da</strong>s houvesse, os estudos <strong>de</strong> MICHEL FOUCAULT sobre a matéria que, <strong>em</strong>análise histórica profun<strong>da</strong>, mostram que, a partir <strong>da</strong> valorização <strong>da</strong> liber<strong>da</strong><strong>de</strong> humana<strong>de</strong>fendi<strong>da</strong> pelo Iluminismo, este passou a ser o b<strong>em</strong> por excelência cuja restrição associe<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Direito admit<strong>em</strong> como apto a limitação, após o abandono docorpo e, <strong>em</strong> certa medi<strong>da</strong>, <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Da mesma forma, os vários movimentosabolicionistas, com as suas diversifica<strong>da</strong>s motivações, tendo tido <strong>em</strong>bora umaimportante função <strong>de</strong> crítica do Direito Penal, acabaram por <strong>de</strong>monstrar à sacie<strong>da</strong><strong>de</strong>,inter alia <strong>de</strong> CHRISTIE a HULSMAN, que é impossível abandonar um sist<strong>em</strong>a criminal <strong>em</strong>que o Estado <strong>de</strong>sapareça, <strong>de</strong> todo, como titular do ius puniendi. O que não t<strong>em</strong>impedido, <strong>em</strong> sucessivas matérias – e, <strong>em</strong> várias <strong>de</strong>las, <strong>de</strong> modo excessivo, <strong>em</strong> nossoenten<strong>de</strong>r –, que o nosso ramo <strong>de</strong> Direito, bastião <strong>da</strong> res publica, não conheça hoje novase muitas vezes preocupantes formas <strong>de</strong> privatização <strong>da</strong> administração <strong>da</strong> justiça criminal( 1 ).Don<strong>de</strong>, invertendo a conheci<strong>da</strong> afirmação <strong>de</strong> RADBRUCH, mais do que procuraralgo melhor do que o Direito Penal, a preocupação <strong>da</strong> dogmática criminal e <strong>da</strong>criminologia <strong>de</strong>ve ir no sentido <strong>de</strong> melhorar esse ramo <strong>de</strong> Direito. Após a II Gran<strong>de</strong>( 1 ) Sobre o probl<strong>em</strong>a, entre tantos, cf. os nossos A Mediação Penal <strong>de</strong> Adultos. Um Novo«Paradigma» <strong>de</strong> Justiça Penal? Análise Crítica <strong>da</strong> Lei n.º 21/2007, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Junho, Coimbra:Coimbra Editora, 2008, passim, «Mediação Penal e Finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Sancionamento – Esboço<strong>de</strong> uma Relatio, in: Ciências Penais, 11 (2009), pp. 49-96, e «Notas <strong>de</strong> Enquadramento <strong>da</strong>Mediação Criminal <strong>de</strong> Adultos <strong>em</strong> Portugal», in: Revista IOB <strong>de</strong> Direito Penal e ProcessualPenal, 53 (2009), pp. 203-217. Configurando, <strong>de</strong> modo s<strong>em</strong>elhante, a mediação <strong>pena</strong>l como«compl<strong>em</strong>ento» e não como «alternativa» ao sist<strong>em</strong>a criminal «tradicional», cf. PABLO GALAINPALERMO, La Reparación <strong>de</strong>l Daño a la Víctima <strong>de</strong>l Delito, Valencia: Tirant lo Blanch, 2010,passim, e FERNANDO MARTÍN DIZ, La Mediación: Sist<strong>em</strong>a Compl<strong>em</strong>entario <strong>de</strong> Administración <strong>de</strong>Justicia, Madrid: Consejo General <strong>de</strong>l Po<strong>de</strong>r Judicial, 2010, pp. 49-167.4

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