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a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.

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23Segundo Frey, Mabil<strong>de</strong> e Eizirik (2004), ainda que a co-terapia possa seraltamente benéfica, po<strong>de</strong> ela também favorecer o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> transferênciasnegativas e contra-transferências em ambos os profissionais envolvidos. Assim,sentimentos transferenciais negativos em relação ao terapeuta po<strong>de</strong>m surgir, resultandouma dissociação: o médico, por sua postura mais ativa, juntamente com o alívio dossintomas, torna-se o objeto bom e i<strong>de</strong>alizado. Por outro lado, o médico po<strong>de</strong> aliar-se atransferências negativas do paciente e formar um conluio com o paciente, passando,ainda que inconscientemente, a ele a idéia que po<strong>de</strong> cuidar do caso sozinho.Para Frey, Mabil<strong>de</strong>, Eizirik (2004), quando o encaminhamento for necessário,o analista <strong>de</strong>ve colocar suas razões e raciocínio e propiciar ao paciente tempo e espaçopara colocar suas consi<strong>de</strong>rações e questões. A transferência po<strong>de</strong> se complicar poransieda<strong>de</strong>s dos próprios terapeutas, por seus sentimentos onipotentes e <strong>de</strong> competiçãocom outros profissionais diante da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “pedir ajuda”.Com isso, percebe-se a necessida<strong>de</strong> dos profissionais envolvidos <strong>no</strong> caso –médico e analista – <strong>de</strong> terem claramente <strong>de</strong>finidos os papéis <strong>de</strong> cada profissional <strong>no</strong><strong>tratamento</strong> para não favorecer a dissociação do paciente. Além disso, como o analistaassiste ao paciente com mais freqüência, ele <strong>de</strong>ve atentar aos sinais <strong>de</strong> recorrência eefeitos adversos <strong>no</strong> uso do medicamento (FREY; MABILDE; EIZIRIK, 2004).Conforme K<strong>no</strong>wlton (1997), o estabelecimento <strong>de</strong> boas alianças, entre médico-paciente,paciente-analistas e especialmente entre analistas e médicos, é importante para aadministração do <strong>tratamento</strong> e para a a<strong>de</strong>são ao <strong>tratamento</strong> farmacológico.Quanto à a<strong>de</strong>são ao <strong>tratamento</strong> medicamentoso, estudos mostram que a nãoa<strong>de</strong>são ao <strong>tratamento</strong> medicamentoso mostra-se ainda como um problema parapacientes que necessitam medicar-se para a continuida<strong>de</strong> do <strong>tratamento</strong> (VELLIGAN,2003).

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