a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.
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69CONSIDERAÇÕES FINAISSe esta dor tão conhecidame não vêm, porque não querem,que farei para me crerem?Camões (1598)A partir dos relatos tomados com os profissionais, constata-se a importânciados psicofármacos como auxiliares ao <strong>tratamento</strong> analítico. O uso medicamentoso,orientado por um profissional <strong>de</strong> confiança, po<strong>de</strong> auxiliar a escuta, percepção eorientação do sujeito, possibilitando a análise, em casos em que os sintomas do pacienteapresentam-se exacerbados, impedindo-o da realização do trabalho analítico.Destaca-se <strong>no</strong> discurso dos participantes que a introdução da medicação <strong>no</strong>trabalho analítico parece fortalecer a transferência: sentimentos transferenciais são<strong>de</strong>spertados diante da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medicação, confirmando assim afirmações <strong>de</strong>K<strong>no</strong>wlton (1997) e Powell (2001).Ainda segundo os participantes, a resistência ao uso medicamentoso ainda semostra presente <strong>no</strong>s pacientes, <strong>de</strong>vido ao medo da <strong>de</strong>pendência, ao “susto do psiquiatra”e ao conhecimento <strong>de</strong> efeitos adversos. No entanto, o manejo do analista quanto aoencaminhamento influencia a <strong>de</strong>cisão pela a<strong>de</strong>são ao medicamento.Embora diversos fatores sejam postos para a resistência, tais como efeitoscolaterais, a a<strong>de</strong>são medicamentosa parece relacionar-se especialmente com a aceitação