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a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.

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45apontada por Guz (1982) e Gabbard (1994) como fatores que influenciam a <strong>de</strong>cisão pelanão a<strong>de</strong>são pelo paciente.Por outro lado, P2 acredita que pessoas que não a<strong>de</strong>rem ao uso medicamentososão também aquelas que não a<strong>de</strong>rem à análise, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo assim hipóteses <strong>de</strong> Leite eVasconcellos (2003), <strong>de</strong> que fatores exter<strong>no</strong>s como efeitos colaterais não têm tantainfluência na a<strong>de</strong>são medicamentosa, uma vez que questões relacionadas ao paciente,como a aceitação da doença, são <strong>de</strong>cisivas para a a<strong>de</strong>são à medicação.Contrariando a percepção <strong>de</strong> P1 <strong>de</strong> que pacientes que não a<strong>de</strong>rem ao usomedicamentoso se empenham mais <strong>no</strong> trabalho analítico, P2 percebe maior empenho <strong>no</strong>trabalho analítico em pacientes que a<strong>de</strong>rem à medicação e acredita que a a<strong>de</strong>são ao<strong>tratamento</strong> medicamentoso relaciona-se à a<strong>de</strong>são ao <strong>tratamento</strong> analítico.P2: “Acho que as pessoas quando vêm para a terapia, elas já vêm para umatentativa <strong>de</strong> mudança, já têm um grito <strong>de</strong> vida, e quando você diz ‘Olha, vai para teajudar, não é para sempre, você não vai ficar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte’(...). Aí a pessoa acaba vendoque ‘olha, <strong>de</strong>ixa eu me ajudar então, <strong>de</strong>ixa eu ouvir o que está sendo dito’. (...) Pessoasque não aceitam a medicação, não aceitam procurar essa ajuda (...) são pessoas quetambém não a<strong>de</strong>rem à terapia (...). Se esta pessoa está com este comprometimento, (...)ela cada vez vai se fechando mais, e da mesma forma que ela não vai ao médico, elatambém não tem disposição, é tão trabalhoso sair <strong>de</strong> casa (...) ou conseguir venceresses obstáculos que elas não a<strong>de</strong>rem à terapia”.P2 concorda com as idéias <strong>de</strong> Leite e Vasconcellos (2003) quando estes afirmamque a a<strong>de</strong>são ao <strong>tratamento</strong> medicamentoso liga-se a questões do paciente e à aceitaçãoda própria patologia, e não tanto com fatores exter<strong>no</strong>s. P2 complementa:P2: “Eu vejo que a aversão que muitos pacientes têm à medicação é umaaversão criativa, é uma aversão positiva, porque aí ela não po<strong>de</strong> beber porque não

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