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a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.

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63Dessa forma, <strong>no</strong> discurso <strong>de</strong> todos os participantes existe uma preocupação paraencaminhar o paciente para profissionais que acreditem <strong>no</strong> trabalho analítico combinadocom medicação. Já P2 prefere encaminhar seus pacientes a médicos com formação“assemelhada” à sua, ou seja, que compartilhem <strong>de</strong> uma visão psicodinâmica do caso.P3 e P5 apontam o problema que po<strong>de</strong> existir quando o psiquiatra possui outrotipo <strong>de</strong> olhar para o <strong>tratamento</strong> – com o uso da medicação como meio <strong>de</strong> resolução dosproblemas - o po<strong>de</strong>r do discurso médico influenciar o <strong>tratamento</strong> analítico: o pacientepo<strong>de</strong> abandonar a análise ou prejudicá-la.No entanto, ainda que o profissional médico acredite <strong>no</strong> trabalho analítico, P1aponta ainda outro problema que po<strong>de</strong> surgir <strong>no</strong> trabalho com psiquiatras, quando estenão é aquele a quem o analista indica:P1: “Na verda<strong>de</strong>, não sei se é do paciente ou do psiquiatra (...). Eu já vipsiquiatras que vão dar medicação e fazem também terapia. Porque ao invés <strong>de</strong> fazersó uma consulta clínica, eles querem conversar muito para dar atenção, falam prapessoa ir toda semana lá e a pessoa acaba fazendo duas terapias e aí atrapalha tudo.Confun<strong>de</strong> o paciente, eu até entendo que o paciente muitas vezes tem até que escolher(...). E então, se o paciente por qualquer motivo se i<strong>de</strong>ntifica mais com o médico, pára aterapia aí atrapalha tudo, aí fica com a medicação e fazendo terapia com o psiquiatra.Então às vezes interfere na relação. Mas quando o médico é conhecido e é ético e jásabe que a pessoa já está em <strong>tratamento</strong> psicoterápico com alguém, ele vai fazer entãoum acompanhamento clínico medicamentoso, ele não vai interferir, ele vaicomplementar só. Aí não dá interferência não”.Conforme evi<strong>de</strong>nciado por Frey, Mabil<strong>de</strong> e Eizirik (2004), <strong>no</strong>ta-se a importância<strong>de</strong> cada profissional ter claramente <strong>de</strong>finido seu papel <strong>no</strong> <strong>tratamento</strong> do paciente a fim<strong>de</strong> não favorecer a dissociação do paciente.

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