13.07.2015 Views

a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.

a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.

a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

57quando a pessoa estava em necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ficar em casa dormindo e não conseguiatrabalhar, ou então em risco <strong>de</strong> suicídio (...) porque os outros tinham muito efeitoscolaterais. Esses hoje em dia, da recapitação <strong>de</strong> serotonina, têm me<strong>no</strong>s efeitoscolaterais. Então eles dão pra <strong>de</strong>pressão, síndrome do pânico, pra criança (...),fibromialgia. Clinico geral, quando não sabe o que a pessoa tem, a pessoa chega láreclamando <strong>de</strong> uma dor <strong>no</strong> braço achando que é infarto e o médico examina vê que éuma dor muscular, ele dá anti<strong>de</strong>pressivo. Eu já vi isso”.Dois pontos são <strong>de</strong>stacados <strong>no</strong> discurso <strong>de</strong> P1: o aparecimento dosanti<strong>de</strong>pressivos da <strong>no</strong>va geração, com me<strong>no</strong>s efeitos colaterais, e sua influência naprescrição médica. Com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> medicamentos com me<strong>no</strong>s efeitoscolaterais, os médicos passaram a prescrever mais habitualmente os anti<strong>de</strong>pressivos emuma amplitu<strong>de</strong> ainda maior <strong>de</strong> casos. Moncrieff (2001) também concorda que houve umaumento <strong>no</strong> uso dos anti<strong>de</strong>pressivos após a <strong>no</strong>va geração <strong>de</strong> psicofármacos.Além disso, P1 cita o clínico geral “quando não sabe o que a pessoa tem”,prescreve o anti<strong>de</strong>pressivo. Diante <strong>de</strong>sta afirmação, questiona-se a a<strong>de</strong>quação daprescrições dos clínicos gerais, que se assumem como os maiores prescritores <strong>de</strong>psicofármacos (ALMEIDA; COUTINHO; PEPE, 1994; MONTERO, 1994; NOTO etal, 2002), e questiona-se, assim, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tais prescrições para o <strong>tratamento</strong>.Além disso, P1 coloca a crença do paciente na “pílula mágica” para a resolução<strong>de</strong> seu sofrimento em <strong>de</strong>trimento do enfrentamento <strong>de</strong> sua angústia. Tal idéia é tambémpercebida por P3, que acredita que, por esta razão, houve o aumento do uso dospsicofármacos.P3: “Com certeza aumentou porque justamente vai se buscar a pílula mágica,nesse sentido que eu coloquei (...) que é o uso que se faz do psicotrópicos, dos fármacosque vai se buscar para evitar contato com a dor. Então se resolve, por exemplo, o

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!