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a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento.

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73Além disso, outra diferença <strong>no</strong>tada em comparação com pesquisas <strong>sobre</strong> o usoindiscriminado dos psicofármacos é a questão da <strong>de</strong>pendência e infantilização doindivíduo. Em indivíduos que usam a medicação <strong>de</strong> modo indiscriminado ein<strong>de</strong>terminado, <strong>no</strong>ta-se a <strong>de</strong>pendência da medicação, a tendência dos usuários a seinfantilizar e a não se responsabilizar por seus conflitos (ROSEMBERG, 1994). A<strong>de</strong>pendência do uso medicamentoso ocorre uma vez que esses indivíduos não buscam osignificado subjetivo e os fatores sociais envolvidos.Segundo os participantes da presente pesquisa, os pacientes em análise aindaapresentam resistência quanto ao uso da medicação e o medo da <strong>de</strong>pendência. Noentanto, conforme <strong>no</strong>tado nesta pesquisa, quando o uso medicamentoso se faznecessário, a percepção da <strong>de</strong>pendência e a a<strong>de</strong>são à medicação vinculada ao processoanalítico po<strong>de</strong>m ser apontadas como fatores positivos uma vez que, conforme Leite eVasconcellos (2003) afirmam, a a<strong>de</strong>são ao <strong>tratamento</strong> medicamentoso relaciona-se àaceitação da própria patologia. Em <strong>tratamento</strong> analítico, o paciente busca o significadopara os seus conflitos – diferentemente dos indivíduos que não a<strong>de</strong>rem à terapia – elogo, po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>sligar-se do uso medicamentoso, possibilitando-o a significar suasexperiências e a responsabilizar-se por seus conflitos.Por outro lado, <strong>de</strong>ve-se lembrar que os pacientes das clínicas dos participantesda pesquisa estão sendo assistidos – como evi<strong>de</strong>nciado na pesquisa - por profissionaispreocupados com o bem-estar do paciente e, <strong>de</strong>ssa maneira, não existe espaço para ouso indiscriminado da medicação.Deve-se ressaltar também que os participantes da presente pesquisa foramindicados por pessoas vinculadas à universida<strong>de</strong> e, <strong>de</strong>ssa maneira, pesquisas realizadascom profissionais <strong>de</strong>sligados <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> po<strong>de</strong>riam evi<strong>de</strong>nciar outrosresultados.

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