13.07.2015 Views

gg aa bbrr iieellaa bbuu ttcchh eerr - Canal : O jornal da bioenergia

gg aa bbrr iieellaa bbuu ttcchh eerr - Canal : O jornal da bioenergia

gg aa bbrr iieellaa bbuu ttcchh eerr - Canal : O jornal da bioenergia

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Ferrugem temampla disseminaçãoA ferrugem comum ou ferrugemmarrom é outra doença fúngica deimportância econômica para a cultura<strong>da</strong> cana-de-açúcar e tem estreitarelação com o ambiente, encontrandona alta umi<strong>da</strong>de e temperatura amen<strong>aa</strong>s condições ideais para se manifestar.Afeta, principalmente, as plantasmais jovens, entre 3 e 7 meses.O controle <strong>da</strong> praga se dá, principalmente,mediante a utilização devarie<strong>da</strong>des resistentes. Caso a varie<strong>da</strong>detenha alguma suscetibili<strong>da</strong>de,mas seja viável para o plantio, deveser feito um manejo que considere ai<strong>da</strong>de, de modo que, quando a plantaestiver com 3 a 6 meses, estejaum pouco fora <strong>da</strong> época mais favorávelà doença.A ferrugem comum ou marrom,explica Sizuo Matsuoka, é causa<strong>da</strong>pelo fungo Puccinia melanocephala,se dissemina pelo ar e ataca as folhas<strong>da</strong>s plantas, o que impossibilita evitara presença do agente causador <strong>da</strong>doença em áreas de lavoura. Nessecaso, não há estratégias de controlealém de evitar varie<strong>da</strong>des suscetíveis.A ferrugem está dissemina<strong>da</strong> emtodo o País e já é comum mesmo nasáreas novas. "O esporo está no ar e,por isso, onde houver cana ela vai estarpresente. A intensi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pragadepende basicamente <strong>da</strong>s condiçõesclimáticas. Onde for mais quente emais seco, a prevalência será menor eonde for mais úmido e a temperaturamais amena, será mais severa.Como a doença <strong>da</strong>nifica a folha, aplanta tem a fotossíntese prejudica<strong>da</strong>e seu crescimento é reduzido. Com isso,as per<strong>da</strong>s podem chegar a até30% nas lavouras cultiva<strong>da</strong>s com varie<strong>da</strong>desmais suscetíveis.Broca <strong>da</strong> cana e fungos causam grandes prejuízosA broca <strong>da</strong> cana é considera<strong>da</strong> uma praga especialmenteséria, capaz de resultar em grandesprejuízos. Trata-se de uma borboleta, (Diatreasaccharalis), que perfura o colmo <strong>da</strong> cana, atacando-a,chegando a matar o meristema apical,causando o que se chama de coração morto, devidoao <strong>da</strong>no que causa ao ponteiro <strong>da</strong> cana. Ese não mata o colmo, ao perfurá-lo a broca permitea entra<strong>da</strong> de dois tipos de fungos que tambémcausam <strong>da</strong>nos à parte onde se alojam. Sãoeles o <strong>da</strong> podridão vermelha (Coletotrichum falcatum)e o Fuzarium moniliforme. Existem algumascultivares que atraem mais a broca do queoutras, mas não há varie<strong>da</strong>des resistentes.O controle biológico é muito empregado. Trata-se<strong>da</strong> utilização de uma pequena vespa (Cotesiaflavipes), inimiga natural <strong>da</strong> broca. As usinascriam e reproduzem essas vespas em laboratórioe as liberam no campo. Os insetos procurama larva <strong>da</strong> broca no interior do colmo e fazema postura do ovo na larva. Desses ovos saema larva <strong>da</strong> vespa, que se alimenta <strong>da</strong> larva <strong>da</strong>broca. Para isso, é necessário liberar milhares devespas no canavial. Dependendo <strong>da</strong> região, épreciso criar e liberar continuamente esses insetos.O controle químico pode ser uma opção,mas é pouco utilizado por questões ambientais eeconômicas. No desespero, em locais que têmmuita broca, utiliza-se esse recurso.O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento <strong>da</strong>Canavialis alerta que, nos novos cultivos, está sepreocupando, simplesmente, em implantar as lavouras,sem maiores cui<strong>da</strong>dos com a ameaça quea praga representa. "É preciso começar o empreendimentojá com o laboratório de produção devespas e ir liberando continuamente. Na épocado Proálcool, tínhamos a Planalçúcar e a Cooperçúcartrabalhando ativamente nisso. As usinasmontaram seus laboratórios e fizeram umbom trabalho. Mas em segui<strong>da</strong> veio a crise, muitoslaboratórios de usinas foram fechados e asnovas uni<strong>da</strong>des que foram implanta<strong>da</strong>s nemchegaram a investir nesses laboratórios."SegundoSizuo Matsuoka existem algumas empresasque produzem e vendem os insetos, mas a deman<strong>da</strong>é muito maior do que a oferta.A broca e a ação conjunta dos fungos podemfotos: setor agrícola/jalles machado sa.determinar grandes per<strong>da</strong>s. Nas varie<strong>da</strong>des de hoje,temos áreas que apresentam de 30% a 40% debroca, mas em algumas pequenas áreas a infestaçãopode chegar a um nível altíssimo, enquantona época em que o controle era bem feito a infestaçãolimitava-se a 2% ou 3%." Em relação aocontrole <strong>da</strong> broca, a melhor perspectiva, segundoo pesquisador, é o desenvolvimento de uma plantatransgênica, com o gene de resistência à broca,tecnologia que possibilitaria um controle efetivo." A Canavialis realiza pesquisas utilizando atransgenia, em parceria com a Monsanto, paradesenvolver plantas resistentes, a exemplo domilho BT, que é resistente à lagarta. É esse mesmogene que estamos introduzindo na cana."Sizuo Matsuoka acredita que ain<strong>da</strong> serão necessáriosde 5 a 6 anos para que se possa lançarcomercialmente uma varie<strong>da</strong>de com essas características.Em função dos estágios <strong>da</strong> pesquisa e<strong>da</strong> importância econômica <strong>da</strong> praga, ele acreditaque a planta resistente à broca pode vir a sera primeira planta de cana transgênica a serlança<strong>da</strong> comercialmente.18 CANAL

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!