CANA-DE-AÇÚCARFEIRAEmbraer expõeavião a álcoolOIpanema, primeiro avião certificado paraoperar com álcool hidratado no mun-avião foi projetado por engenheiros do ITA. Omas vendidos, nove são movidos a álcool. Odo, esteve em exposição na Feicana/FeiBio Ipanema a álcool teve seu projeto e certificação(Feira de Negócios de Energia) 2008, mêscusteados pela Embraer, que começou apassado, em Araçatuba. O EMB-202 é fabricadoprojetá-lo em 2002 e teve a conclusão <strong>da</strong> cerronáutica),pela Embraer (Empresa Brasileira de Aetificação,tanto do motor a álcool, quanto <strong>da</strong>e tem uma capaci<strong>da</strong>de de carga aeronave, em 2005. No mesmo ano, a Embraerútil de 950 litros e autonomia de 610 km no começou a produção comercial do EMB-202A.regime de 65% <strong>da</strong> potência máxima contínuaHoje são 43 aeronaves Ipanema a álcool e 150a 6.000 pés de altitude. O preço <strong>da</strong> aero-conversões vendi<strong>da</strong>s em três safras.nave é R$ 642.000,00.O Ipanema é bastante utilizado em aplicaçõesEntre as vantagens do avião a álcool destacam-sede defensivos agrícolas como maturadoro custo operacional menor (preço do de cana-de-açúcar, fungici<strong>da</strong>s, insetici<strong>da</strong>s,álcool automotivo mais baixo que a gasolina fertilizantes (sólidos e líqüidos), em lavouras,de aviação (AvGas), aumento <strong>da</strong> potência do pastagens e reflorestamento, como tambémmotor em 7% (ao nível do mar) em relação ao para semeaduras. De acordo com o departamentoAvGas e utilização de um combustível renovávelcomercial <strong>da</strong> Embraer, o avião tambéme mais produtivo. Hoje, de ca<strong>da</strong> dez Ipane-pode ser usado no combate a vetores de doençasem áreas urbanas e rurais, repovoamentode alevinos em rios, lagos e represas e nocombate a incêndios florestais, entre diversasoutras aplicações.Tocantinsincentiva plantioOCentro Agrotecnológico de Palmas estáincentivando a produção de etanolno Tocantins a partir <strong>da</strong> produção de mu<strong>da</strong>sde cana-de-açúcar. A formação docanteiro para a multiplicação <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>sestá sendo realiza<strong>da</strong> pelos técnicos <strong>da</strong> Secretaria<strong>da</strong> Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Seagro).O canteiro de mu<strong>da</strong>s terá duas finali<strong>da</strong>desdistintas. A intenção imediata é plantar 7alqueires para atender a deman<strong>da</strong> de umamini-destilaria de álcool, chama<strong>da</strong> M3 doTocantins. A M3 está prevista para iniciar aconstrução ain<strong>da</strong> no primeiro semestre de2008. Ao longo de três anos as mu<strong>da</strong>s serãomultiplica<strong>da</strong>s para 120 alqueires e repassa<strong>da</strong>spara a mini-destilaria reiniciar a multiplicaçãodo plantio <strong>da</strong> cana.A segun<strong>da</strong> finali<strong>da</strong>de do canteiro é forneceraos produtores rurais do Estado mu<strong>da</strong>sforrageiras para alimentação bovina. Paralelamentea este projeto, a Seagro e a Universi<strong>da</strong>deFederal do Tocantins (UFT) firmaramparceria para iniciar a implantação de umauni<strong>da</strong>de demonstrativa de mu<strong>da</strong>s de cana.A Seagro está disponibilizando a multiplicação<strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>s, os insumos e to<strong>da</strong> parteagrícola volta<strong>da</strong> para o cultivo de mu<strong>da</strong>s,inclusive a irrigação.fotos: divulgação8 CANAL
FEICANA 2008ZoneamentoAgroecológicoGOVERNO VAI APRESENTAR PROPOSTAS QUE RESSALTAM APLUVIOSIDADE E A DECLIVIDADE DAS ÁREAS DE PRODUÇÃORhudy CrysthianDe Araçatuba, São PauloDepois de muita discussão o governofederal finalmente definiu um prazopara a entrega de uma proposta aosetor sucroalcooleiro no que se refereàs diretrizes que irão regulamentar o zoneamentoagroecológico no País. Entre as principaismedi<strong>da</strong>s estão a atenção aos índices pluviométricosde ca<strong>da</strong> região produtora de canade-açúcare o respeito à declivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> área,que deve ficar nos 12% para induzir a uma maiormecanização do setor, ou entre 12% e 17%.De acordo com o secretário de Produção eAgroenergia do Ministério <strong>da</strong> Agricultura, Pecuáriae Abastecimento (MAPA), Manoel VicenteBertone, o governo está preocupado, principalmente,em não aumentar as barreiras para os biocombustíveisno Brasil. "Nossa intenção é incentivara produção e não criar problemas", disseo representante do órgão no último dia doSimpósio Internacional Datagro/Udop, realizadodurante a Feira de Negócios do Setor de Energia(Feicana/FeiBio) em Araçatuba, interior paulista.Bertone disse também que reuniões com ossecretários de Agricultura dos Estados brasileirosjá foram feitas para orientar esses estudos,inclusive com algumas conclusões. Para tranqüilizaros produtores e usineiros, o secretáriogarantiu que esse zoneamento não será feitoGovernador José Serra fez críticas ao setor,enquanto Nastari destacou pré-certificaçãoem regiões onde não existe logística para o escoamento<strong>da</strong> produção. "A cana vai seguir paraonde a logística indicar", justifica. Ele defendeain<strong>da</strong> a não utilização <strong>da</strong> Amazônia paraevitar maiores discussões sobre o tema e nãoatrapalhar futuras negociações mercadológicasdevido às críticas externas sobre a utilizaçãode áreas verdes protegi<strong>da</strong>s na região par<strong>aa</strong> produção de cana.O diretor do Departamento de Licenciamentoe Avaliação Ambiental do Ministério doMeio Ambiente, Volney Zanardi Junior, é maiscrítico em relação ao tema. Ele afirma que enquantoo zoneamento for para licenciamentodo setor não irá contribuir como norteadordessas políticas. "Precisamos definir melhornossas políticas florestais", avalia.fotos: safra eventosDESCONFORTOEm se tratando de expansão do setor, ogovernador de São Paulo, José Serra, queparticipou <strong>da</strong> abertura <strong>da</strong> Feicana/FeiBio,cobrou dos usineiros mais pesquisas noaumento <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cana-deaçúcarpara frear a expansão de canaviaisno Estado. "Os usineiros precisam contribuirmais, porque não é possível que o setornão junte forças para isso e venha pedirao governo, que já faz muito", disseSerra. No discurso, ele lembrou ain<strong>da</strong> queSão Paulo tem a menor alíquota do ImpostoSobre Circulação de Mercadorias eServiços (ICMS) do País, de 12%.Ele afastou a hipótese de que as críticasaos usineiros fossem uma ameaça de punição,com uma possível mu<strong>da</strong>nça na alíquotado ICMS sobre o álcool. Mesmo assim,as citações do governador causaramum desconforto entre os presentes. O presidente<strong>da</strong> União <strong>da</strong> Indústria de Canade-Açúcar(Unica), Marcos Sawaya Jank,rebateu as críticas de Serra e disse que ogovernador está equivocado em cobraressas ações do setor sucroalcooleiro.DIVULGAÇÃOJá o presidente <strong>da</strong> Datagro, Plínio MárioNastari, reclama que o mundo não conheceo esforço que o Brasil faz para resolverquestões de zoneamento e licenciamentoambiental. "Nós deveríamos divulgarmelhor o que fazemos no exterior",diz. Para ele, esses dois fatores são umaespécie de pré-certificação para o setor.A falta de divulgação sobre esses assuntosé também a principal crítica dopresidente <strong>da</strong> União dos Produtores de Bioenergia(Udop), José Carlos Toledo, noque se refere à imagem do Brasil no exterior,em se tratando de produção de cana."Precisamos saber como passar para omundo que no Brasil não existirá monocultura,caso se aumente a produção decana", defende. Para tanto, ele acreditaque o País precisa de mais entrosamentoentre empresas e governos.CANAL 9