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Estudo de Propriedades Cr´ıticas de Sistemas de Spin de Ising ...

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Capítulo 1 - Introdução 26também como anomalia conforme) que caracteriza a classe <strong>de</strong> universalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>loconformalmente invariante. A equação (1.76) é também suposta valer para sistemas aleatórios,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que c seja representado por uma carga central efetiva c ′ . Para sistemas <strong>de</strong> <strong>Ising</strong> com<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m não frustrada, c ′ <strong>de</strong>verá convergir para o valor do sistema puro, c = 1/2 [55, 91–93],no limite termodinâmico.1.3.3 Escala <strong>de</strong> tamanhos finitosSabemos que as transições <strong>de</strong> fase se manifestam nas singularida<strong>de</strong>s ou divergências das <strong>de</strong>rivadasda energia livre do sistema. <strong>Sistemas</strong> finitos não exibem singularida<strong>de</strong>s 11 em temperaturasnão nulas, portanto, em princípio, nenhuma transição <strong>de</strong> fase po<strong>de</strong> ser observada.Em realizações experimentais, as amostras usadas tem ∼ 10 20 partículas, o que permiteassumir o limite termodinâmico. Por outro lado, em simulações numéricas, as limitações computacionaisimpe<strong>de</strong>m a investigação <strong>de</strong> sistemas muito gran<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> tal modo que o sistemaconsi<strong>de</strong>rado é essencialmente finito. Os efeitos <strong>de</strong> tamanho finito são drásticos na região crítica,próximo a uma transição <strong>de</strong> fase <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m. Entretanto, em cálculos numéricos, po<strong>de</strong>mosvariar o tamanho do sistema e, com o auxílio da teoria <strong>de</strong> escala <strong>de</strong> tamanhos finitos,lidar com os efeitos <strong>de</strong> tamanho finito e estimar as proprieda<strong>de</strong>s críticas do sistema.A seguir, faremos uma breve exposição <strong>de</strong> como obter as funções <strong>de</strong> escala, que nos permiteextrair os expoentes críticos do sistema, a partir das idéias básicas do grupo <strong>de</strong> renormalização.Neste contexto, a introdução do tamanho finito como um “campo relevante”se faz <strong>de</strong> maneiranatural.As proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um sistema crítico são, estatisticamente, as mesmas em todas as escalas<strong>de</strong> comprimento, isto é, não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> curto alcance, mas apenas da naturezadas flutuações a longa distância. Isto permite introduzir a construção <strong>de</strong> “spin <strong>de</strong> bloco” <strong>de</strong>Kadanoff [94] e constitue a base da teoria do Grupo <strong>de</strong> Renormalização, uma operação <strong>de</strong>dizimação (“coarse-graining”) seguida por reescala. Desta forma, o sistema po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scritoem termos <strong>de</strong> um Hamiltoniano efetivo envolvendo apenas os spins <strong>de</strong> bloco.Consi<strong>de</strong>re que uma re<strong>de</strong> d-dimensional com N sítios seja dividida em pequenos blocos <strong>de</strong>tamanho b d com spin efetivo s ′ = ±1, para cada um dos N ′ sítios da re<strong>de</strong> “renormalizada”,11 A função <strong>de</strong> partição é uma soma <strong>de</strong> exponenciais reais (pesos <strong>de</strong> Boltzmann), <strong>de</strong> modoque não po<strong>de</strong>mos esperar um comportamento não analítico para um sistema com número finito<strong>de</strong> graus <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>.

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