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Boletim Mensal do BCE - Outubro 2002

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até ao momento, suficientemente fortes paradesencadear qualquer consolidação generalizada.Em mea<strong>do</strong>s de <strong>2002</strong>, funcionavam na área <strong>do</strong>euro dezanove centrais de depósito de títulos(CDT) e duas centrais de títulos internacionais(CTI). Se se considera a consolidaçãogeneralizada demasia<strong>do</strong> lenta, pelo menosdeverá prosseguir-se uma interoperabilidadeentre sistemas para as infra-estruturas decompensação e liquidação, juntamente com umamelhor harmonização e normalização depráticas e procedimentos de compensação,funcionamento e comunicação entre sistemas.Em paralelo, dever-se-á remover todas asbarreiras de acesso que persistam.Além disso, o momento de ocorrência <strong>do</strong>s ciclosde liquidação é outra área em que o progressona normalização seria bastante benéfico. Oalargamento de uma liquidação no próprio dia,eficiente em termos operacionais, a todas astransacções na área <strong>do</strong> euro poderia, a médioprazo, reforçar bastante a utilização deoperações de reporte para a gestão da liquidezde muito curto prazo. Neste contexto, o SistemaEuropeu de Bancos Centrais (isto é, o <strong>BCE</strong> e os15 bancos centrais nacionais <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s--membros da UE) e o Comité das Autoridadesde Regulamentação <strong>do</strong>s Merca<strong>do</strong>s Europeus deValores Mobiliários estão actualmente a definirpadrões no <strong>do</strong>mínio da compensação eliquidação de títulos. Este trabalho tem comoobjectivo aumentar a segurança, eficiência e nívelde harmonização entre os presta<strong>do</strong>res deserviços. O <strong>BCE</strong> está também envolvi<strong>do</strong> noutrasiniciativas, seja em cooperação com a ComissãoEuropeia (através <strong>do</strong> Grupo de Trabalho daComissão sobre Compensação e Liquidação e daparticipação activa na preparação de consultas eprojectos de directivas) ou com participantes nomerca<strong>do</strong> e presta<strong>do</strong>res de serviços (através dacriação de grupos de contacto com o merca<strong>do</strong>constituí<strong>do</strong>s no início da política monetária únicacomo fóruns de discussão).Por último, no <strong>do</strong>mínio das práticas demerca<strong>do</strong>, dever-se-á continuar a prosseguirpráticas de gestão de risco sólidas. Àsemelhança <strong>do</strong> que tem aconteci<strong>do</strong> comtransacções de venda e recompra não<strong>do</strong>cumentadas em alguns países da área <strong>do</strong>euro, práticas de gestão de risco imprópriaspodem ser uma razão para a falta de abertura<strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s nacionais. A <strong>do</strong>cumentaçãosistemática das operações de reporte, aavaliação diária a preços de merca<strong>do</strong> e oestabelecimento de margens deveriam tornarsea regra, não só para atingir uma melhornormalização, como também para aumentar aresistência <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s das operações dereporte em alturas de tensão. Para além davigilância <strong>do</strong>s próprios participantes nomerca<strong>do</strong>, o enquadramento regulamentar paraas operações de reporte <strong>do</strong>s bancos tambémdesempenha um papel fundamental. O novoAcor<strong>do</strong> de Basileia sobre Capital (conheci<strong>do</strong>por “Basileia II”) irá rever o tratamento destastransacções introduzin<strong>do</strong> uma abordagem maissensível ao risco. Embora as propostas finaisainda estejam em discussão, prevê-se que onovo enquadramento dê uma variedade deopções para o tratamento regulamentar dasoperações de reporte, ten<strong>do</strong> em conta o papelde divulgação aos merca<strong>do</strong>s bem como factoresqualitativos, como os sistemas de gestão derisco <strong>do</strong>s bancos a nível individual. Porconseguinte, o alinhamento de padrões desupervisão com práticas de merca<strong>do</strong> apoiará ofuncionamento sóli<strong>do</strong> <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> dasoperações de reporte.4 ConclusõesAs vantagens das operações de reporte emtermos de atenuação <strong>do</strong> risco e gestão deliquidez são globalmente reconhecidas porparticipantes e regula<strong>do</strong>res <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.Consequentemente, o merca<strong>do</strong> das operaçõesde reporte está a desenvolver-se rapidamentena área <strong>do</strong> euro, e tem atraí<strong>do</strong>, ao longo <strong>do</strong>tempo, um conjunto maior de participantes nomerca<strong>do</strong> que negoceiam diversos tipos degarantias. O merca<strong>do</strong> das operações dereporte também provou estabelecer ligaçõesimportantes dentro <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s financeiros,por promover e facilitar a liquidez efuncionamento de outros merca<strong>do</strong>s. Contu<strong>do</strong>,<strong>BCE</strong> • <strong>Boletim</strong> <strong>Mensal</strong> • <strong>Outubro</strong> <strong>2002</strong>69

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