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OUTUBRO 2015

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Setembro <strong>2015</strong><br />

Opinião<br />

Lusitano de Zurique<br />

21<br />

culos “. Os fluxos actuais,<br />

quase sobredimensionados,<br />

de refugiados para<br />

a Europa, fazem muito<br />

certamente parte desta<br />

estratégia “dos quatro<br />

fluxos” e “os fluxos sem<br />

entraves ”, que neste<br />

caso visam directamente<br />

a Europa. Estes “fluxos<br />

sem entraves” que devem<br />

afectar a Europa não têm<br />

o direito de acordo com<br />

Barnett a ser impedidos<br />

porque ele diz claramente<br />

que estes participam<br />

do sonho kantiano “da<br />

paz universal” e da dissolução<br />

programado dos<br />

governos ou das instituições<br />

estatais.<br />

Assim, entramos e estamos<br />

no meio da terceira<br />

etapa e normalmente a<br />

última do mundialismo<br />

anglo-saxónico (após<br />

a primeira e segunda<br />

guerra mundial). As fronteiras<br />

nacionais devem<br />

ser dissolvidas, as raças<br />

misturadas, os valores<br />

e as religiões devem ser<br />

abolidos e o caminho<br />

para a nova ordem mundial<br />

(NWO) global deve ser<br />

facilitado pela supressão<br />

em-si dos Estados, pelo<br />

rastreio dos indivíduos,<br />

pela supressão do papel-<br />

-moeda (de que a interdição<br />

desde Setembro em<br />

França de sair com mais<br />

de 1000 euros em espécie<br />

é apenas um preparativo)<br />

tendo ainda doutrina<br />

de pensamento oficial,<br />

pela filosofia do reconhecimento<br />

da escola de<br />

Frankfurt , base ideológica<br />

da democracia totalitária<br />

e da certeza cívica<br />

de pertencer ao campo<br />

do bem.<br />

De facto, Vladimir Poutine<br />

efectivamente compreendeu<br />

muito bem o que é<br />

que está em questão.<br />

Numa entrevista a 27<br />

de Julho de <strong>2015</strong>, declarava:<br />

“Neste momento<br />

a Europa é confrontada<br />

com um problema concreto,<br />

o afluxo maciço<br />

de migrantes, ora, é Europa<br />

é que está na base<br />

das decisões que conduziram<br />

a esta situação? Sejamos<br />

honestos e sinceros,<br />

esta decisão vem de<br />

além-Atlântico, e é a Europa<br />

que sofre o problema<br />

porque se trata para os<br />

Estados Unidos de alterar<br />

completamente o velho<br />

continente e o mais rapidamente<br />

possível”.<br />

Estamos ainda na continuação<br />

da teoria do caos<br />

de Richard Andrew Cloward<br />

e de Frances Fox Piven.<br />

Com efeito, trata-se<br />

de colocar deliberadamente<br />

o sistema e em pleno<br />

sobre-endividamento,<br />

de abrir totalmente as<br />

fronteiras ocidentais para<br />

constituir o espaço de<br />

guerra futura , o alargamento<br />

programado da<br />

OTAN para o Leste.<br />

Estamos também no prolongamento<br />

do projeto<br />

Rivkin que deve utilizar o<br />

muilticulturalismo para<br />

sujeitar e mesmo claramente<br />

se desembaraçar<br />

das últimas nações soberanas<br />

e dos últimos povos<br />

identitários. Neste projecto<br />

europeísta , a França<br />

como país aparece precisamente<br />

um tanto “resistente”<br />

e por isso é particularmente<br />

visada.<br />

Que se seja claro: a imigração<br />

massiva da Europa<br />

foi pensada, esta é<br />

organizada e reflectida.<br />

Não vem sozinha . É além<br />

disso paga e financiada.<br />

A filosofia do reconhecimento<br />

visa a utopia “da<br />

grande mestiçagem” a fim<br />

de destruir as identidades<br />

religiosas e culturais e<br />

dissolver os povos. Trata-<br />

-se de substituir o estado<br />

nação pela aldeia global<br />

onde o humano será dissolvido<br />

na massa sem<br />

distinção de raças mas<br />

em que será em contrapartida<br />

rastreada, híper-<br />

-controlada, marcada,<br />

sem nenhuma outra identidade<br />

própria que não<br />

seja o narcisismo do selfie<br />

e a subserviência global<br />

à facilidade. Com efeito,<br />

a imigração de massa,<br />

o que se chama “a grande<br />

substituição” é desejada<br />

tanto para dominar os<br />

autóctones como os emigrados.<br />

É espantoso que<br />

tão poucos intelectuais e<br />

artistas não o compreendem.<br />

Os responsáveis desta<br />

vaga de imigração sucessiva,<br />

conhecemo-los, são<br />

as multinacionais que organizaram<br />

“o exército de<br />

reserva do capital”, são os<br />

nossos homens políticos,<br />

os nossos governantes,<br />

traidores aos seus povos<br />

e cães de guarda dos EUA<br />

e que no seu projecto de<br />

reconfiguração do Médio<br />

Oriente muito simplesmente<br />

destruíram o<br />

Iraque, a Síria e o poder<br />

líbio, lançando sobre as<br />

estradas do exílio mais de<br />

dois milhões de pessoas.<br />

A isto acrescentam-se os<br />

refugiados económicos<br />

que fogem do continente<br />

africano cujas riquezas<br />

são pilhadas pelas companhias<br />

transnacionais<br />

ocidentais, americanas<br />

mas também e cada vez<br />

mais pelas tríades chinesas<br />

(casos por exemplo da<br />

Etiópia) ou que sofrem no<br />

Sahel uma desestabilizações<br />

curiosamente organizada<br />

(Boko Haram).<br />

Se pertence aos povos europeus<br />

de reagir contra<br />

a traição das suas elites<br />

e de exigir que, além da<br />

protecção das fronteiras,<br />

se faça uma verdadeira<br />

política de trocas equitativas<br />

para com o Terceiro<br />

mundo, interessa aos<br />

povos europeus também<br />

não se estarem a culpabilizar<br />

mas que se levante<br />

, que substituam todos<br />

aqueles que os conduzem<br />

para este projecto de uma<br />

dependência programada<br />

e de uma nova ditadura,<br />

a pior das ditaduras, a<br />

ditadura do bem e do reconhecimento,<br />

a moralite<br />

humanitária que esconde<br />

realmente a espoliação<br />

dos povos e a miséria a<br />

todos os patamares.<br />

Com efeito, o mundo enfrenta<br />

hoje um duplo<br />

movimento, que poderá<br />

parecer contraditório<br />

mas que permanece no<br />

entanto bastante coerente.<br />

As fronteiras não são<br />

mais intangíveis na Europa<br />

e a questão da natureza<br />

dos Estados está posta.<br />

Carl Schmitt tinha-nos<br />

prevenido, o conceito de<br />

Estado europeu é histórico.<br />

Antes de mergulhar-<br />

-nos de novo nas notícias<br />

alarmantes dos fluxos e<br />

refluxos dos movimentos<br />

migratórios organizados,<br />

a pista da inteligência<br />

estratégica deveria conduzir-nos,<br />

para a sobrevivência<br />

da França em 2017,<br />

a outra parte, do lado da<br />

mudança de destino e<br />

da resistência russa. Nenhum<br />

homem político<br />

francês é capaz no entanto<br />

de pôr em marcha esse<br />

projecto ou de apresentar<br />

uma alternativa.<br />

(*) Michel Lhomme, Revista<br />

Metamag, 8 de Setembro<br />

de <strong>2015</strong>, CLANDESTINS, IM-<br />

MIGRÉS, MIGRANTS, RÉFU-<br />

GIÉS. NON… Avant tout, les<br />

futurs esclaves et chairs à<br />

neutron de l’Europe !<br />

Texto retirado da http://<br />

aviagemdosargonautas.net<br />

disponível em: http://goo.<br />

gl/68e6rx

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