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Setembro <strong>2015</strong><br />
Opinião<br />
Lusitano de Zurique<br />
21<br />
culos “. Os fluxos actuais,<br />
quase sobredimensionados,<br />
de refugiados para<br />
a Europa, fazem muito<br />
certamente parte desta<br />
estratégia “dos quatro<br />
fluxos” e “os fluxos sem<br />
entraves ”, que neste<br />
caso visam directamente<br />
a Europa. Estes “fluxos<br />
sem entraves” que devem<br />
afectar a Europa não têm<br />
o direito de acordo com<br />
Barnett a ser impedidos<br />
porque ele diz claramente<br />
que estes participam<br />
do sonho kantiano “da<br />
paz universal” e da dissolução<br />
programado dos<br />
governos ou das instituições<br />
estatais.<br />
Assim, entramos e estamos<br />
no meio da terceira<br />
etapa e normalmente a<br />
última do mundialismo<br />
anglo-saxónico (após<br />
a primeira e segunda<br />
guerra mundial). As fronteiras<br />
nacionais devem<br />
ser dissolvidas, as raças<br />
misturadas, os valores<br />
e as religiões devem ser<br />
abolidos e o caminho<br />
para a nova ordem mundial<br />
(NWO) global deve ser<br />
facilitado pela supressão<br />
em-si dos Estados, pelo<br />
rastreio dos indivíduos,<br />
pela supressão do papel-<br />
-moeda (de que a interdição<br />
desde Setembro em<br />
França de sair com mais<br />
de 1000 euros em espécie<br />
é apenas um preparativo)<br />
tendo ainda doutrina<br />
de pensamento oficial,<br />
pela filosofia do reconhecimento<br />
da escola de<br />
Frankfurt , base ideológica<br />
da democracia totalitária<br />
e da certeza cívica<br />
de pertencer ao campo<br />
do bem.<br />
De facto, Vladimir Poutine<br />
efectivamente compreendeu<br />
muito bem o que é<br />
que está em questão.<br />
Numa entrevista a 27<br />
de Julho de <strong>2015</strong>, declarava:<br />
“Neste momento<br />
a Europa é confrontada<br />
com um problema concreto,<br />
o afluxo maciço<br />
de migrantes, ora, é Europa<br />
é que está na base<br />
das decisões que conduziram<br />
a esta situação? Sejamos<br />
honestos e sinceros,<br />
esta decisão vem de<br />
além-Atlântico, e é a Europa<br />
que sofre o problema<br />
porque se trata para os<br />
Estados Unidos de alterar<br />
completamente o velho<br />
continente e o mais rapidamente<br />
possível”.<br />
Estamos ainda na continuação<br />
da teoria do caos<br />
de Richard Andrew Cloward<br />
e de Frances Fox Piven.<br />
Com efeito, trata-se<br />
de colocar deliberadamente<br />
o sistema e em pleno<br />
sobre-endividamento,<br />
de abrir totalmente as<br />
fronteiras ocidentais para<br />
constituir o espaço de<br />
guerra futura , o alargamento<br />
programado da<br />
OTAN para o Leste.<br />
Estamos também no prolongamento<br />
do projeto<br />
Rivkin que deve utilizar o<br />
muilticulturalismo para<br />
sujeitar e mesmo claramente<br />
se desembaraçar<br />
das últimas nações soberanas<br />
e dos últimos povos<br />
identitários. Neste projecto<br />
europeísta , a França<br />
como país aparece precisamente<br />
um tanto “resistente”<br />
e por isso é particularmente<br />
visada.<br />
Que se seja claro: a imigração<br />
massiva da Europa<br />
foi pensada, esta é<br />
organizada e reflectida.<br />
Não vem sozinha . É além<br />
disso paga e financiada.<br />
A filosofia do reconhecimento<br />
visa a utopia “da<br />
grande mestiçagem” a fim<br />
de destruir as identidades<br />
religiosas e culturais e<br />
dissolver os povos. Trata-<br />
-se de substituir o estado<br />
nação pela aldeia global<br />
onde o humano será dissolvido<br />
na massa sem<br />
distinção de raças mas<br />
em que será em contrapartida<br />
rastreada, híper-<br />
-controlada, marcada,<br />
sem nenhuma outra identidade<br />
própria que não<br />
seja o narcisismo do selfie<br />
e a subserviência global<br />
à facilidade. Com efeito,<br />
a imigração de massa,<br />
o que se chama “a grande<br />
substituição” é desejada<br />
tanto para dominar os<br />
autóctones como os emigrados.<br />
É espantoso que<br />
tão poucos intelectuais e<br />
artistas não o compreendem.<br />
Os responsáveis desta<br />
vaga de imigração sucessiva,<br />
conhecemo-los, são<br />
as multinacionais que organizaram<br />
“o exército de<br />
reserva do capital”, são os<br />
nossos homens políticos,<br />
os nossos governantes,<br />
traidores aos seus povos<br />
e cães de guarda dos EUA<br />
e que no seu projecto de<br />
reconfiguração do Médio<br />
Oriente muito simplesmente<br />
destruíram o<br />
Iraque, a Síria e o poder<br />
líbio, lançando sobre as<br />
estradas do exílio mais de<br />
dois milhões de pessoas.<br />
A isto acrescentam-se os<br />
refugiados económicos<br />
que fogem do continente<br />
africano cujas riquezas<br />
são pilhadas pelas companhias<br />
transnacionais<br />
ocidentais, americanas<br />
mas também e cada vez<br />
mais pelas tríades chinesas<br />
(casos por exemplo da<br />
Etiópia) ou que sofrem no<br />
Sahel uma desestabilizações<br />
curiosamente organizada<br />
(Boko Haram).<br />
Se pertence aos povos europeus<br />
de reagir contra<br />
a traição das suas elites<br />
e de exigir que, além da<br />
protecção das fronteiras,<br />
se faça uma verdadeira<br />
política de trocas equitativas<br />
para com o Terceiro<br />
mundo, interessa aos<br />
povos europeus também<br />
não se estarem a culpabilizar<br />
mas que se levante<br />
, que substituam todos<br />
aqueles que os conduzem<br />
para este projecto de uma<br />
dependência programada<br />
e de uma nova ditadura,<br />
a pior das ditaduras, a<br />
ditadura do bem e do reconhecimento,<br />
a moralite<br />
humanitária que esconde<br />
realmente a espoliação<br />
dos povos e a miséria a<br />
todos os patamares.<br />
Com efeito, o mundo enfrenta<br />
hoje um duplo<br />
movimento, que poderá<br />
parecer contraditório<br />
mas que permanece no<br />
entanto bastante coerente.<br />
As fronteiras não são<br />
mais intangíveis na Europa<br />
e a questão da natureza<br />
dos Estados está posta.<br />
Carl Schmitt tinha-nos<br />
prevenido, o conceito de<br />
Estado europeu é histórico.<br />
Antes de mergulhar-<br />
-nos de novo nas notícias<br />
alarmantes dos fluxos e<br />
refluxos dos movimentos<br />
migratórios organizados,<br />
a pista da inteligência<br />
estratégica deveria conduzir-nos,<br />
para a sobrevivência<br />
da França em 2017,<br />
a outra parte, do lado da<br />
mudança de destino e<br />
da resistência russa. Nenhum<br />
homem político<br />
francês é capaz no entanto<br />
de pôr em marcha esse<br />
projecto ou de apresentar<br />
uma alternativa.<br />
(*) Michel Lhomme, Revista<br />
Metamag, 8 de Setembro<br />
de <strong>2015</strong>, CLANDESTINS, IM-<br />
MIGRÉS, MIGRANTS, RÉFU-<br />
GIÉS. NON… Avant tout, les<br />
futurs esclaves et chairs à<br />
neutron de l’Europe !<br />
Texto retirado da http://<br />
aviagemdosargonautas.net<br />
disponível em: http://goo.<br />
gl/68e6rx