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Revista dos Pneus 37

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HISTÓRIA 50 anos da S. José <strong>Pneus</strong><br />

Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

RS CONTRERAS Distribuidor icónico<br />

N.º <strong>37</strong><br />

Abr. ‘16<br />

Qualidade<br />

.<br />

Renault Mégane GT<br />

Elegante e intempestivo: 205 cv<br />

230 km/h | 7,1 segun<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> 0-100<br />

VENDA DE PNEUS ONLINE<br />

Realidade virtual<br />

Procura crescente Vendas ainda residuais em Portugal Modelo de negócio B2B ganha expressão<br />

APRESENTAÇÃO<br />

GT Radial SportActive<br />

Em pista com o novo UHP<br />

TÉCNICA<br />

<strong>Pneus</strong> sem ar<br />

A roda do futuro já existe


Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

DIRETOR<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

Redação<br />

Bruno Castanheira<br />

bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />

Jorge Flores<br />

jorge.flores@apcomunicacao.com<br />

Diretor Comercial<br />

Mário Carmo<br />

mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

Gestores de clientes<br />

Paulo Franco<br />

paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

Rodolfo Faustino<br />

rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />

Imagem<br />

António Valente<br />

Multimédia<br />

Catarina Gomes<br />

Arte<br />

Hélio Falcão<br />

Serviços administrativos<br />

e contabilidade<br />

financeiro@apcomunicacao.com<br />

Periodicidade<br />

Bimestral<br />

Assinaturas<br />

assinaturas@apcomunicacao.com<br />

© COPYRIGHT<br />

Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />

interdita a utilização ou a reprodução<br />

desta publicação, no seu todo ou em<br />

parte, sem a autorização prévia e por<br />

escrito da REVISTA DOS PNEUS<br />

IMPRESSÃO<br />

FIG, Indústrias Gráficas, S.A.<br />

Rua Adriano Lucas - 3020 - 265 Coimbra<br />

Telef.: 239 499 922 N.º de Registo no ERC:<br />

124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM: 5.000 exemplares<br />

AP COMUNICAÇÃO<br />

Propriedade:<br />

João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />

Sede:<br />

Bela Vista Office, sala 2-29<br />

Estrada de Paço de Arcos, 66 - 66a<br />

2735 - 336 Cacém - Portugal<br />

Tel.: +351 219 288 052/4<br />

Fax: +351 219 288 053<br />

Email: geral@apcomunicacao.com<br />

GPS: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />

Editorial<br />

<strong>Pneus</strong>: fonte<br />

de atração de clientes<br />

As oficinas multimarca independentes, a nova distribuição e os<br />

concessionários de marca, há já muito tempo que descobriram as<br />

potencialidades <strong>dos</strong> pneus para atraírem clientes às suas oficinas.<br />

Mas só agora estamos a assistir a uma maior aposta por parte<br />

destes players neste componente<br />

A<br />

nova distribuição, que inclui os auto centros e serviços rápi<strong>dos</strong>, foram os primeiros a<br />

utilizar os pneus nas suas campanhas e promoção de serviços. Basta folhear as suas<br />

brochuras publicitárias para verificar que mais de metade das páginas são dedicadas<br />

a promoções de marcas de pneus. Os concessionários de marca também não descuram<br />

as potencialidades <strong>dos</strong> pneus para atraírem clientes às suas oficinas e nos anúncios de<br />

rádio e imprensa é habitual mencionarem descontos atrativos nas marcas de pneus que<br />

representam.<br />

Agora, chegou a vez de as oficinas multimarca independentes descobrirem este filão de<br />

negócio, pois perceberam que com um baixo investimento podem ter mais uma fonte de<br />

rendimento para as suas empresas. Graças à evolução da logística, não precisam de grandes<br />

armazéns para fazer stock de pneus, pois, hoje em dia, praticamente to<strong>dos</strong> os distribuidores<br />

de pneus fazem entre duas a quatro entregas diárias. Basta pedir de manhã para<br />

terem os pneus disponíveis nas suas instalações ainda no final da manhã ou, o mais tardar,<br />

logo no início da tarde.<br />

E quando um cliente entra na oficina para substituir os pneus do seu veículo, é natural<br />

que surja a necessidade de se realizarem outros serviços, como a montagem de pastilhas<br />

ou discos de travão, amortecedores ou outros componentes de desgaste que o mecânico<br />

pode aconselhar serem instala<strong>dos</strong>, para segurança do condutor e passageiros.<br />

Mesmo assim, o retalhista de pneus ainda continua a ter a preferência de inúmeros condutores<br />

e tem todas as condições para continuar a desempenhar um papel de primeiro<br />

plano no mercado. Há, no entanto, que estar atento aos fatores críticos de diferenciação<br />

no segmento de negócio e à consequente definição da melhor estratégia para o mercado.<br />

Para além da localização, acessos e funcionalidade das instalações, o retalhista de pneus<br />

deve ter em conta a renovação do equipamento e a formação <strong>dos</strong> técnicos e profissionais,<br />

para poderem acompanhar a evolução da tecnologia e do próprio mercado. Isso, no entanto,<br />

não garante desde logo o sucesso, porque to<strong>dos</strong> tentam assegurar as melhores condições<br />

básicas para o seu negócio. Portanto, o grande fator de diferenciação no mercado é<br />

o nível de serviço e o serviço ao cliente. Com estes dois vetores bem defini<strong>dos</strong>, o sucesso<br />

acaba por consolidar-se, garantindo o futuro do negócio.<br />

João Vieira<br />

Diretor<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03


Produto estrela<br />

Toyo Proxes CF2<br />

Feito para durar<br />

Disponível no mercado nacional em jantes de 13” a 17”, o Proxes CF2 da Toyo foi<br />

feito para durar. É importado e distribuído no nosso país pela Dispnal<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

A<br />

Toyo Tire & Rubber Co, Ltd. foi fundada em<br />

agosto de 1945 na cidade de Osaka, no<br />

Japão, por Rikimatsu Tomihisa. Portanto,<br />

há quase 71 anos. Em 1975, chegou à Europa<br />

por intermédio da Toyo Reifen GmbH, à qual<br />

se seguiram Toyo Tyre UK (1981) e Toyo Banden B.V.<br />

na Holanda (1989). No ano de 2005, com a criação<br />

da Toyo Tire Europe, passou a centralizar as suas<br />

operações de vendas e marketing para subsidiárias<br />

e importadores existentes no Velho Continente.<br />

Além de estar presente na competição, a Toyo<br />

dispõe, hoje, de uma vasta gama de produtos<br />

que se destinam às mais variadas aplicações.<br />

Sempre na categoria de ligeiros. <strong>Pneus</strong> de inverno,<br />

pneus de SUV, pneus 4x4, pneus de competição,<br />

pneus para automóveis desportivos, pneus<br />

de características mais ecológicas... Como a própria<br />

faz questão de referir, “não interessa que tipo<br />

de veículo o cliente conduza. A Toyo tem sempre<br />

os pneus certos para cada aplicação”.<br />

Concebido para automóveis de médias e elevadas<br />

prestações, o Proxes CF2, que substitui o<br />

Proxes CF1, ostenta a classificação “C” para resistência<br />

ao rolamento e “B” no que diz respeito à<br />

manobrabilidade em piso molhado. Já o seu nível<br />

de ruído está fixado em 70 dB. Seja qual for<br />

a dimensão. Disponível no mercado nacional em<br />

jantes de 13” a 17”, o Proxes CF2 anuncia eleva<strong>dos</strong><br />

níveis de segurança, durabilidade, economia e<br />

conforto. Mais: beneficia das melhorias introduzidas<br />

no processo de fabrico e de um novo composto<br />

de sílica no piso.<br />

Como principais características do Proxes CF2,<br />

a Toyo elege quatro: composto de polímero super<br />

ativo (otimiza a resistência ao rolamento e<br />

aumenta a quilometragem); canais principais<br />

mais largos (melhoram a travagem em piso molhado<br />

e favorecem o escoamento da água, reduzindo,<br />

assim, o risco de aquaplaning); rigidez<br />

otimizada da estrutura (diminui a resistência ao<br />

rolamento, aumenta a quilometragem e otimiza<br />

a travagem em piso seco e molhado); blocos <strong>dos</strong><br />

ombros reforça<strong>dos</strong> (reduzem o nível de ruído).<br />

04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05


Equipamento do mês<br />

John Bean B1200P<br />

Diagnósticos<br />

em tempo recorde<br />

Comercializada pela Domingos & Morgado 2, a John Bean B1200P é a única<br />

equilibradora do mercado onde os ciclos de diagnóstico e de equilibragem ocorrem<br />

em simultâneo. Foi apresentada mundialmente na expoMECÂNICA<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Que a Domingos & Morgado 2 é especializada no setor <strong>dos</strong><br />

equipamentos para oficinas, disponibilizando um vasto portefólio<br />

de máquinas para quem opera com pneus, já não<br />

constitui novidade para ninguém. O que, porventura, poderá passar<br />

algo despercebido é que a empresa da Maia, apresentou, em estreia<br />

mundial, na 3.ª edição da expoMECÂNICA, que decorreu entre os<br />

passa<strong>dos</strong> dias 15 e 17 de abril, a nova equilibradora de diagnóstico<br />

B1200P da marca John Bean, da qual é, aliás, representante exclusiva<br />

para Portugal.<br />

Sendo a única equilibradora do mercado onde os ciclos de diagnóstico<br />

e de equilibragem ocorrem em simultâneo, a John Bean B1200P<br />

permite, desta forma, reduzir, substancialmente, o tempo de operação,<br />

ao mesmo tempo que aumenta o rendimento do trabalho.<br />

Mais: ao combinar um scanner de medição laser com o Smart Sonar,<br />

a B1200P consiste na máquina de diagnóstico mais rápida do mercado,<br />

sendo capaz de imprimir relatórios de diagnóstico e de desequilíbrio<br />

no fim do ciclo de equilibragem.<br />

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />

Velocidade de medição<br />

< 200 rpm<br />

Precisão massa/angular 1 g / 0.7°<br />

Tempo de equilibragem<br />

4,5 s<br />

Diâmetro jante 8” – 32”<br />

Diâmetro máx. roda<br />

42” (> 1.000mm)<br />

Largura jante 1” – 20”<br />

Largura roda 3” – 20”<br />

Contagem automática raios<br />

sim<br />

Iluminação jante<br />

sim<br />

Pesos escondi<strong>dos</strong><br />

sim<br />

Minimização<br />

sim<br />

Otimização<br />

sim<br />

Cálculo Run-Out Lateral<br />

sim<br />

Cálculo Run-Out Radial<br />

sim<br />

Alimentação<br />

230V – 1Ph – 1.1 A<br />

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS<br />

w Aquisição automática de da<strong>dos</strong> através<br />

de scanner e Smart Sonar<br />

w Obtenção de valores de desequilíbrio<br />

e de diagnóstico do conjunto em 4,5 s<br />

w Controlo total através de touchscreen<br />

de 19” com interface Platinum<br />

w Colocação de pesos de colar na parte<br />

de baixo da jante com apontador laser<br />

w Fixação da jante através de sistema<br />

eletromagnético Power Clamp com<br />

controlo de força de aperto<br />

w Paragem automática na posição<br />

de colocação do peso<br />

w Sistema de medição VPI (Virtual Plane<br />

Imaging) para precisão absoluta<br />

w Sistema de iluminação da jante para<br />

facilitar a colocação <strong>dos</strong> pesos<br />

w Alta capacidade de carga: conjuntos<br />

até 70 kg de peso e mais de 1.000 mm<br />

de diâmetro<br />

w Pré-instalação para impressora<br />

06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07


Destaque<br />

Venda de pneus online<br />

Imagem: ©APComunicação<br />

Virtualmente a crescer<br />

Em Portugal, a venda de pneus online ainda é uma realidade pouco mais<br />

do que residual. Mas a tendência do mercado aponta para uma evidência.<br />

No futuro, não muito longínquo, a maioria <strong>dos</strong> negócios, nesta atividade, passará,<br />

seguramente, pela Internet<br />

Por: Jorge Flores<br />

08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


A<br />

procura de pneus online ainda não<br />

assume em Portugal a expressão de<br />

outros países da Europa. Será, porventura,<br />

ainda uma realidade pouco expressiva.<br />

Mas não haverá, neste momento, nenhum<br />

protagonista do ramo que não<br />

reconheça os benefícios desta ferramenta para<br />

a sua atividade. O futuro do setor <strong>dos</strong> pneus<br />

passará, seguramente, pelas lojas online B2C,<br />

tendo por base a oferta de ligação às oficinas<br />

físicas. Uma ligação entre o real e o virtual.<br />

Por um lado, porque Portugal alcançou já a sua<br />

maturidade digital. Por outro, porque a Internet<br />

é, já hoje, um meio preferencial de consumo,<br />

roubando esse protagonismo aos outros órgão:s:<br />

televisões, rádios, jornais e revistas.<br />

A sua influência na perceção <strong>dos</strong> potenciais<br />

consumidores sobre as marcas e os produtos é<br />

cada vez mais relevante.<br />

Da<strong>dos</strong> da Associação da Economia Digital, em<br />

Somente 2% <strong>dos</strong><br />

pneus, em Portugal,<br />

são vendi<strong>dos</strong><br />

online. Mas 16,2%<br />

<strong>dos</strong> consumidores<br />

informa-se na Internet<br />

apenas dois anos, registou-se um crescimento<br />

na ordem <strong>dos</strong> 14%, relativamente ao total da<br />

população que está ligada à Internet em Portugal:<br />

59% <strong>dos</strong> portugueses. Fazem-no para aceder<br />

às redes sociais, indicador onde Portugal lidera<br />

o ranking da utilização “para fins profissionais”,<br />

mas, também, para adquirir produtos e serviços.<br />

Em termos médios, os portugueses fazem oito<br />

compras online por pessoa, por semestre, gastando<br />

(em média) €427 de forma individual. As<br />

previsões apontam para que, em 2020, o gasto<br />

médio, por pessoa, supere os €1.000. Os principais<br />

bens ou produtos mais procura<strong>dos</strong> online? Acessórios,<br />

roupa e viagens. Muitas! Mas... e os pneus?<br />

w PROCURA DE PNEUS ONLINE<br />

Além da tendência crescente para as compras<br />

online há ainda uma outra realidade a que o<br />

setor <strong>dos</strong> pneus não pode ignorar: as compras<br />

que são estudadas e pesquisadas na net antes<br />

de serem concretizadas nas lojas físicas.<br />

Se nos focarmos nos pneus, concretamente, os<br />

números das vendas online são ainda pouco<br />

expressivos. Apenas 2% de to<strong>dos</strong> os pneus<br />

compra<strong>dos</strong> em Portugal são adquiri<strong>dos</strong> online.<br />

Ainda assim, 16,2% <strong>dos</strong> consumidores informa-<br />

-se na Internet antes de se dirigir a uma loja física<br />

e efetuar a compra, nomeadamente para<br />

compararem os preços entre as várias ofertas<br />

disponíveis.<br />

Segundo um estudo efetuado pela GiPA Portugal,<br />

em 2015, sobre os condutores portugueses,<br />

comprovou que 89,1% destes utiliza Internet no<br />

seu dia a dia. No mesmo estudo, mas recuando<br />

um ano (2014), podemos constatar que 24% <strong>dos</strong><br />

automobilistas recorreu à Internet para procurar<br />

informações sobre acessórios auto, pneus, peças<br />

ou fazer comparações de preços para reparações.<br />

Na aquisição de pneus online, o preço é um <strong>dos</strong><br />

obstáculos mais invoca<strong>dos</strong>. Não compensa o<br />

suficiente para colmatar as desvantagens. Além<br />

disso, será necessário contar com os inconvenientes<br />

das entregas, transporte, bem como na<br />

menor confiança nas transações virtuais.<br />

w B2B, ESSENCIALMENTE...<br />

Entre os protagonistas do setor <strong>dos</strong> pneus, a<br />

relevância do comércio virtual varia muito consoante<br />

o formato do negócio: B2C (entre empre-<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09


Destaque<br />

Venda de pneus online<br />

sa e cliente) ou B2B (entre empresas). Com manifesto<br />

ascendente deste último...<br />

Rui Chorado, diretor-geral da Dispnal, adianta à<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, que, hoje, a recetividade <strong>dos</strong><br />

clientes à plataforma online da empresa “é bastante<br />

positiva, uma vez que grande percentagem<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes já fazem todo tipo de consultas/encomendas<br />

através do site”. Para que tal<br />

seja possível, a empresa dispõe de um site “bastante<br />

intuitivo”, permitindo uma “navegação no<br />

portal, prática onde é fornecido aos clientes todo<br />

o tipo de informação que procuram”, afirma.<br />

Qual a expressão deste formato de vendas?<br />

“Representa uma importante percentagem no<br />

nosso volume de faturação. Contudo, existem<br />

determina<strong>dos</strong> negócios que ainda se concretizam<br />

pelo método antigo”, refere Rui Chorado.<br />

A Dispnal aposta, de forma muito séria, no seu<br />

(newsletters) e campanhas especiais”, destaca.<br />

Porém, Rui Chorado não deixa de elencar alguns<br />

inconvenientes, como a “diminuição do contacto<br />

entre o comercial e o cliente, o aumento da<br />

concorrência e o fácil acesso a diferentes preços”,<br />

afirma o responsável.<br />

No seu entender, no futuro, as vendas de pneus<br />

online apontarão ao “crescimento e à inovação”.<br />

Segundo reforça, “atualmente, qualquer tipo de<br />

negócio dispõe de um portal de vendas online<br />

vocacionado para B2B ou B2C”.<br />

w MENOS B2C, AINDA...<br />

Para a Norauto Portugal, a venda ao consumidor<br />

final via Internet representa uma forma de<br />

concorrência direta às casas de pneus. “Sim, a<br />

partir do momento que, no mesmo bolo, existe<br />

uma fatia de mercado que se desloca para as<br />

portal de vendas. E tem colocado em curso diversas<br />

campanhas. “Promoções especiais por<br />

marca, medida ou mesmo por dia”, refere o diretor-geral<br />

da empresa, acrescentando que o<br />

site é utilizado ainda para “todo o tipo de divulgação,<br />

desde lançamento de novos produtos,<br />

comunicação de notícias. Ou seja, é a nossa mais<br />

preciosa ferramenta junto do cliente”, sublinha<br />

ainda Rui Chorado.<br />

São várias as vantagens que o responsável encontra<br />

no comércio eletrónico (B2B). “Permite o<br />

acesso rápido e cómodo para o nosso cliente;<br />

acesso rápido e disponibilidade de stock; divulgação<br />

de informação, promoção de produtos<br />

Por vezes, quem<br />

compra nas<br />

plataformas digitais,<br />

não considera<br />

devidamente os<br />

tempos de entrega<br />

<strong>dos</strong> pneus<br />

vendas pela Internet, é concorrencial”, esclarece<br />

Miguel Costa, diretor de Compras de Marketing<br />

da empresa. “Pode olhar-se para esta realidade<br />

como uma ameaça ou oportunidade. A oportunidade,<br />

para a casa de pneus, é oferecer uma<br />

solução online e alargar o seu mercado natural.<br />

Todavia, não é suficiente ter uma presença online.<br />

É necessário ter uma estratégia e um plano<br />

de ação que inclua a vertente online e digital de<br />

forma transversal ao negócio, com tudo o que<br />

isto implica”, afirma. Assim, Miguel Costa acredita<br />

que este tipo de comércio virtual, para<br />

cliente final, “representa presente, mas numa<br />

escala ainda reduzida. As melhorias contínuas<br />

10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


que serão introduzidas e o alargamento da<br />

oferta beneficiarão o crescimento exponencial<br />

das vendas através da Internet”.<br />

Miguel Costa dá conta de “adesão ainda residual”<br />

<strong>dos</strong> portugueses à venda de pneus online, sobretudo,<br />

“face a outros merca<strong>dos</strong>, mas o mesmo<br />

deve-se à presença, ainda tímida, na Internet,<br />

das principais redes de pneus”. Mais: “Logo que<br />

a oferta online corresponda às expectativas e<br />

anseios <strong>dos</strong> consumidores, este cenário mudará<br />

e tudo pode acontecer de forma muito rápida.<br />

O comércio eletrónico está a revolucionar o<br />

consumo em todo o mundo e em Portugal não<br />

será exceção”, avisa.<br />

Vender e não montar... ou montar e não vender?<br />

Miguel Costa não hesita. “Obviamente, que a<br />

melhor solução é vender e montar. A opção por<br />

uma das duas soluções depende da realidade<br />

do negócio. A Internet permite alargar o mercado<br />

potencial. Quem tiver um negócio pure<br />

online player, é estratégico encontrar parceiros<br />

para a montagem. Quem tiver uma rede de<br />

casas de pneus com venda online, também<br />

poderá ter interesse em encontrar parceiros de<br />

montagem para as localidades onde não esteja<br />

presente com o seu negócio.<br />

Por último, a casa de pneus que não tenha capacidade<br />

de ter uma boa presença online, pode<br />

ter interesse em ser parceiro de montagem de<br />

uma insígnia que venda pneus online, por forma<br />

a não perder o tráfego de clientes que compre<br />

pela Internet.<br />

No final, independentemente da orientação<br />

escolhida, será a experiência do cliente, desde<br />

a compra até à montagem, que determinará o<br />

valor da solução proposta”.<br />

PUB<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11


Destaque<br />

Venda de pneus online<br />

No formato de<br />

negócio B2B, o<br />

comércio eletrónico<br />

de pneus já tem a<br />

sua expressão. Maior<br />

do que na venda ao<br />

cliente final (B2C)<br />

w ADAPTADOS AO FUTURO<br />

O responsável da Norauto Portugal é da opinião<br />

de que, “para serviços equivalentes, quem tiver<br />

mais oportunidades de contacto com o cliente,<br />

terá mais possibilidades de interagir, estar presente<br />

no espírito do consumidor e incentivar o<br />

ato de compra. O período de tempo que ocorre<br />

entre duas mudanças de pneus por parte de um<br />

cliente é longo. Como tal, esta questão pode ser<br />

ainda mais sensível para os negócios que estiverem<br />

exclusivamente dedica<strong>dos</strong> aos pneus”,<br />

afirma. Por outras palavras, “a Internet é mais<br />

um meio que permite ter uma estratégia multicanal<br />

e cujo impacto no negócio pode ser grande,<br />

tendo em conta a mudança <strong>dos</strong> hábitos <strong>dos</strong><br />

consumidores e a utilização intensiva das novas<br />

tecnologias”. Segundo vaticina Miguel Costa, “o<br />

consumidor final está preparado para essa<br />

mudança. A oferta é que ainda é limitada e<br />

desajustada das exigências, razão pela qual a<br />

percentagem do mercado de pneus online ser<br />

ainda residual”, garante a mesma fonte.<br />

As mais-valias que a venda de pneus online pode<br />

trazer às casas de pneus são várias. “Maior visibilidade<br />

da marca, maior interatividade com os<br />

clientes (ou potenciais), alargamento do mercado<br />

potencial, maior tráfego nas oficinas, prestar<br />

um serviço mais cómodo ao cliente, mais informação<br />

sobre o comportamento <strong>dos</strong> clientes”,<br />

enumera Miguel Costa à nossa revista. E em<br />

género de conclusão, não deixa de enquadrar<br />

os principais benefícios e riscos de comprar<br />

pneus eletronicamente. “Para o cliente, a principal<br />

vantagem é ter um serviço mais cómodo,<br />

sobretudo na gestão do seu tempo. Por outro<br />

lado, a Internet facilita a obtenção de informação<br />

e o comparativo de preços. As desvantagens<br />

prendem-se, desde logo, com a falta do conselho<br />

de um profissional adaptado às necessidades<br />

Numerologia online<br />

Em 2020,<br />

em média, a cada seis meses,<br />

cada comprador online gastará<br />

cerca de<br />

€1000<br />

89,1%<br />

internet<br />

59% 96%<br />

<strong>dos</strong> portugueses<br />

estão liga<strong>dos</strong> à Internet<br />

Cada frequentador<br />

da Internet realiza<br />

8 compras,<br />

por esta via, to<strong>dos</strong> os semestres<br />

2% a<br />

do cliente. Pode também haver dificuldades<br />

extras no prazo de entrega, sobretudo em empresas<br />

que não tenham logística em Portugal”.<br />

“A gestão das reclamações e devoluções também<br />

será mais complicado, face a uma rede com<br />

presença em ambos os canais. Finalmente,<br />

24%<br />

<strong>dos</strong> portugueses<br />

procura informações sobre<br />

peças e pneus automóveis<br />

<strong>dos</strong> condutores<br />

lusitanos utiliza a<br />

diariamente<br />

<strong>dos</strong> utilizadores da Internet,<br />

na Europa,<br />

pesquisa informações online<br />

antes de efetuar a compra<br />

<strong>dos</strong> clientes finais<br />

opta pelo comércio<br />

eletrónico para<br />

compra de pneus<br />

existe o risco de serem adquiri<strong>dos</strong> pneus em<br />

empresas pouco idóneas”, conta. Mas, “em todo<br />

o caso”, remata Miguel Costa, “as empresas que<br />

não se adaptarem atempadamente a estas alterações<br />

profundas nos hábitos <strong>dos</strong> consumidores,<br />

terão dificuldades acrescidas”.<br />

12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13


Entrevista<br />

RS Contreras<br />

< VEJA O VÍDEO ><br />

Pioneiros na distribuição<br />

A RS Contreras é a empresa mais antiga na distribuição de pneus em Portugal. Mas<br />

não parou no tempo. Continua a crescer e a modernizar-se continuamente. Dispõe de<br />

um stock superior a 30 mil pneus e consegue uma rotatividade de dois meses<br />

Por: Jorge Flores<br />

Se o adágio popular estiver correto e a<br />

idade for mesmo um posto, no mercado<br />

da distribuição de pneus em Portugal, a<br />

RS Contreras terá de ser considerada uma<br />

empresa-general. Ou não seja ela a mais antiga<br />

das casas do ramo em solo nacional, exibindo, à<br />

laia de insígnia, uma data de fundação, no mínimo,<br />

respeitável: 1946!<br />

RS Contreras<br />

A história desta empresa de cunho familiar (e que<br />

encontra em José Enrique Contreras a sua terceira<br />

geração de líderes), passou por várias áreas de<br />

atividade, antes de se centrar, no início <strong>dos</strong> anos<br />

50, na parte <strong>dos</strong> pneus.<br />

Na época, a empresa conseguira a distribuição<br />

exclusiva para Portugal da Pirelli. “Era um mercado<br />

completamente diferente. Fechado. Não era<br />

Gerente José Enrique Contreras<br />

Sede Estrada Consiglieri Pedroso, n.º 80, Queluz-Parque, Lote 2, 2730 - 053 Queluz de Baixo<br />

Telefone 214 358 558 | Email geral@rscontreras.pt | Site www.rscontreras.pt<br />

qualquer um que podia ir lá fora buscar material.<br />

E vivia-se um outro contexto económico”, recorda<br />

José Enrique Contreras. Uma relação frutífera<br />

e que durou até 1988, altura em que a Pirelli<br />

decidiu abrir uma filial no nosso país. A RS Contreras<br />

tinha de seguir outro caminho e de assegurar<br />

outras marcas para o seu catálogo.<br />

Nem sempre a empresa esteve situada em Queluz<br />

de Baixo, como hoje. Durante anos, a sede era<br />

em Sacavém. Contudo, em 1995, a construção da<br />

CREL “atropelava” as instalações da empresa, que<br />

acabou por utilizar a indemnização para adquirir<br />

o atual espaço, com 4.000m 2 (dividi<strong>dos</strong> em dois<br />

pisos), onde concentra to<strong>dos</strong> os seus serviços.<br />

“Conseguimos centralizar. Estava tudo um pouco<br />

14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


A RS Contreras tem um stock com 30 mil pneus.<br />

Na zona de Lisboa, chega a ter seis entregas<br />

diárias reais. Nas zonas do Algarve e Centro,<br />

assegura duas entregas por dia<br />

A equipa da RS Contreras é composta por 14<br />

colaboradores e mais três vendedores<br />

disperso. Facilita muito. Está tudo aqui. Permite-<br />

-nos ter um controlo completo da operação”,<br />

recorda José Enrique Contreras.<br />

Além disso, a localização é um forte trunfo. “Estamos<br />

no centro do eixo de Sintra- Lisboa-Cascais”,<br />

destaca, essencial para servir a capital.<br />

Com a viragem do século, em 2000, “muito mudou”,<br />

conta. A empresa começa a abandonar as<br />

restantes áreas de atividade e a “centrar-se nos<br />

pneus”, arrancando para um conceito de distribuição<br />

com um “negócio multimarca e multisegmento”,<br />

revela o responsável à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

w ROTATIVIDADE ELEVADA<br />

Atualmente, a RS Contreras tem um portefólio<br />

diversificado, onde constam marcas como a<br />

Continental, Mabor, Yokohama, BFGoodrich,<br />

Nexen, Apollo, Vredestein, Michelin e Goodyear.<br />

“Desde os premium aos quality, passando pelos<br />

pneus budget. Dispomos de todo o tipo de<br />

propostas. Oferecemos aos nossos clientes todas<br />

as alternativas”, sublinha o responsável, que<br />

aterrou no nosso país, vindo de Vigo, Espanha,<br />

no ano de 1998.<br />

“O nosso conceito de negócio foi evoluindo.<br />

Estamos muito vira<strong>dos</strong> para os clientes. Para os<br />

serviços. De segunda a sábado. Somos pioneiros.<br />

Quem trabalha connosco, sabe que podemos<br />

servi-los aos sába<strong>dos</strong>”, reforça.<br />

A RS Contreras dispõe de um stock de 30 mil<br />

pneus. “O nosso modelo de negócio é muito<br />

rotativo. Abaixo de dois meses. Muito bom”,<br />

adianta José Enrique Contreras.<br />

“Dispomos de distribuição própria. Na zona de<br />

Lisboa, chegamos a ter seis entregas por dia.<br />

Depende do raio de ação, mas conseguimos ter.<br />

Diferencia-nos <strong>dos</strong> outros”, afirma a mesma<br />

A relação antiga<br />

e de proximidade<br />

com os clientes é um<br />

<strong>dos</strong> traços distintivos<br />

desta empresa, que<br />

não fecha aos sába<strong>dos</strong><br />

fonte, reconhecendo que esta “aposta na qualidade”<br />

representa custos acresci<strong>dos</strong>, mas é assumida<br />

pela empresa.<br />

w HORIZONTE LONGÍNQUO<br />

Desde que chegou a Portugal, há 18 anos, José<br />

Enrique Contreras já assistiu a “várias subidas e<br />

descidas” da economia nacional. Acredita que a<br />

crise vivida pelo país obrigou a uma “seleção<br />

natural” das empresas.<br />

No seu entender, é fundamental estar “próximo”<br />

<strong>dos</strong> clientes. “Hoje em dia, trabalhamos com<br />

to<strong>dos</strong>. Desde casas grandes a pequenas. E oficinas.<br />

O nosso core business está centrado nas casas de<br />

pneus médias e oficinas. Perto de 80% do negócio”,<br />

adianta. Os muitos anos que a empresa tem<br />

no mercado, o “cumprimento das promessas”, a<br />

qualidade da oferta e os preços competitivos”,<br />

assegura o gerente, constituem, sem dúvida, um<br />

valor acrescido em termos de “confiança”.<br />

José Enrique Contreras defende que a concorrência<br />

é saudável, desde que seja “leal”. O que<br />

nem sempre acontece. “Falta fiscalização. E isso<br />

é culpa do Governo. To<strong>dos</strong> têm de pagar impostos”,<br />

aponta o responsável da empresa, que<br />

mantém uma atitude “otimista” em relação ao<br />

futuro. “Futurologia” prefere não fazer, porque<br />

tudo, hoje, acontece a uma “grande velocidade”.<br />

Contudo, enfatiza, “continuamos a crescer e a<br />

muito bom ritmo”.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15


Novidades<br />

Salão de Genebra apontou o caminho do futuro<br />

Os pneus do amanhã<br />

O que nos reserva o futuro <strong>dos</strong> pneus? Continuam a ser círculos pretos de borracha,<br />

mas já existem fabricantes a apostarem em pneus “esféricos”. Outros, em sistemas que<br />

“leem” a estrada. E ainda os que dispõem de pneus com maior durabilidade e eficiência<br />

Por: José Silva<br />

Existem condutores que continuam a<br />

não interiorizar que circular com pneus<br />

em bom estado é fundamental. Outros<br />

há que compram pneus usa<strong>dos</strong> sem conhecerem<br />

os riscos que correm ao fazê-lo. Todavia,<br />

a evolução <strong>dos</strong> pneus tem atingido,<br />

nos últimos anos, um patamar de sofisticação<br />

nunca antes verificado ou vivido nesta<br />

indústria. Os fabricantes investem milhões<br />

de euros em soluções inéditas, em novos<br />

compostos e na sofisticação <strong>dos</strong> pneus, nomeadamente<br />

inserindo na borracha componentes<br />

eletrónicos capazes, imagine-se,<br />

de transmitir informações ao veículo e ao<br />

condutor.<br />

Inovar num pneu não é fácil e há muitas<br />

ideias que nunca passaram disso mesmo<br />

ao longo <strong>dos</strong> anos. Atualmente, os maiores<br />

fabricantes apostam em variadas invenções<br />

que, se resultarem, poderão trazer vantagens<br />

importantes num mercado muito concorrencial.<br />

Enquanto uns procuram transformar<br />

os pneus em baterias capazes de acumular<br />

energia, outros defendem que, no futuro, os<br />

pneus poderão ser esféricos e capazes de<br />

levitar. Com muita investigação e alguma<br />

imaginação pelo meio, a indústria <strong>dos</strong> pneus<br />

continuará a evoluir. Para já, a preocupação<br />

passa por aumentar a aderência <strong>dos</strong> pneus<br />

mais ecológicos, que têm, naturalmente,<br />

menor atrito. E, também, por aumentar a<br />

durabilidade <strong>dos</strong> pneus mais performantes.<br />

Enquanto renascem ideias de outros tempos,<br />

como pneus com piso diferenciado para<br />

a frente e para trás, edições especiais e pneus<br />

de pista que não chumbam nas inspeções<br />

técnicas de veículos. Aqui ficam algumas novidades<br />

para 2016 e para os anos vindouros.<br />

Apollo Vredestein<br />

e o pneu “gigante”<br />

Concebido para<br />

o GLE Coupé<br />

w w Outra novidade no mundo pneumático<br />

chega pelas mãos da Apollo Vredestein.<br />

Trata-se do Ultrac Vorti de… 24”!<br />

Sim, leu bem: 24” com uma banda de<br />

rolamento exclusiva para o eixo dianteiro<br />

e outra específica para o eixo traseiro.<br />

Só vai estar disponível nas medidas<br />

295/30R24 e 355/25R24, respetivamente.<br />

Foi desenvolvido para o Mercedes-Benz<br />

GLE Coupé e é produzido com os parceiros<br />

Premium Style da Vredestein.<br />

16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


VEJA O VÍDEO<br />

Vredestein Ultrac Satin<br />

Veículos de gama mais<br />

elevada e modelos SUV<br />

w w A Goodyear mostrou, recentemente, um<br />

protótipo que dá pelo nome de Eagle 360.<br />

Trata-se de um pneu esférico impresso em 3D,<br />

apresentando-se como uma solução inovadora<br />

para os próximos anos, nos quais se espera que<br />

a condução autónoma se generalize. O formato<br />

exclusivo deste pneu, em esfera, é crucial para<br />

obter a máxima capacidade de manobra. Os<br />

pneus de orientação múltipla movimentam-<br />

-se em todas as direções, aumentando a<br />

segurança <strong>dos</strong> passageiros e resolvendo<br />

as limitações de espaço.<br />

Este pneu movimenta-se de<br />

acordo com as necessidades<br />

para diminuir a derrapagem<br />

resultante de potenciais perigos,<br />

como as estradas polidas<br />

ou obstáculos inespera<strong>dos</strong>, contribuindo,<br />

desta forma, para manter<br />

uma trajetória segura. Sendo redondo,<br />

este pneu permite fazer viragens de 360°, podendo<br />

ajudar a resolver as restrições de funcionamento,<br />

uma vez que os automóveis equipa<strong>dos</strong><br />

Goodyear Eagle 360<br />

O pneu esférico<br />

com este pneu necessitam de menos espaço para<br />

entrar nos lugares de estacionamento.<br />

Mas o mais curioso neste pneu é a forma como<br />

ele se “liga” ao veículo: através de levitação<br />

magnética, tal como acontece nos comboios,<br />

proporcionando mais conforto e menos ruído<br />

aos passageiros. Para além desta característica,<br />

esta “esfera” também “fala”. A partir de sensores<br />

coloca<strong>dos</strong> dentro do pneu, é possível registar as<br />

condições da estrada, incluindo o estado<br />

da superfície rodoviária e a meteorologia,<br />

sendo estas informações,<br />

depois, transmitidas ao veículo.<br />

Outra virtude do Eagle 360 é a<br />

tecnologia de desgaste do piso,<br />

que trabalha em parceria com<br />

os sensores de pressão. O Eagle<br />

360 consegue registar e regular<br />

o desgaste do pneu, de forma a aumentar<br />

a quilometragem. E como o seu<br />

piso é produzido numa impressora 3D, é possível<br />

personalizar o pneu com base... na região<br />

do globo onde o condutor vive!<br />

w w A Apollo Vredestein disponibiliza,<br />

também, o Ultrac Satin, pneu destinado a<br />

veículos de gama mais elevada e modelos<br />

SUV, tendo sido desenhado pela Giugiaro.<br />

Engloba na sua conceção uma resina específica<br />

destinada a melhorar a tração e dispõe de<br />

sulcos em forma de “Z”, que, de acordo com<br />

a marca, permitem uma manobrabilidade<br />

sem precedentes em piso húmido. O próprio<br />

composto utilizado na produção deste<br />

pneu foi reforçado na banda de rolamento e<br />

na respetiva base, nos flancos, na carcaça e<br />

no talão da jante. Está disponível nos índices<br />

de velocidade W e Y, em jantes de 16” a 18”<br />

(também estão previstas medidas para jantes<br />

de 20”). Esta grande novidade da Apollo<br />

Vredestein destaca-se pela etiqueta “A” para<br />

distâncias de travagem em piso molhado e<br />

nível de ruído exterior baixo (71 dB).<br />

Goodyear Eage F1 Assymetric 3<br />

Tecnologia ativa de travagem<br />

w w Equipamento original do Jaguar XF, o Eagle F1 Asymmetric 3 é a oferta premium<br />

da Goodyear no mercado de pneus de verão. Inserido num segmento em franca<br />

expansão, o UHP (Ultra High Performance), este pneu estreia a tecnologia ativa de<br />

travagem, que possibilita reduções na distância necessária para imobilizar o veículo,<br />

assim como proporciona maior precisão de rolamento. Anuncia como principal<br />

vantagem o facto de oferecer uma quilometragem adicional de 11.500 km ou uma<br />

resistência ao desgaste 31% superior.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17


Novidades<br />

Salão de Genebra apontou o caminho do futuro<br />

Dunlop com génes de competição<br />

Sport Maxx RT2<br />

w w Inserida no seio da marca Goodyear, a Dunlop reforça a sua vertente como<br />

fornecedora de pneus para eventos desportivos. Assim, o mais recente Dunlop<br />

Sport Maxx RT2 foi escolhido como equipamento de origem para um<br />

<strong>dos</strong> mais radicais automóveis que se encontram à venda no mercado. A<br />

Radical, empresa conhecida pelos seus carros de competição, escolheu<br />

este pneu para o modelo RXC Turbo, que tem influência e foi beber<br />

inspiração ao modelo contemporâneo Le Mans Prototype, cuja potência<br />

ascende aos 500 cv. Este veículo está preparado para correr em pista.<br />

Para os veículos do dia a dia, a marca propõe medidas entre as 17” e as<br />

21”. Este novo pneu conta com um composto à base de resina natural que<br />

maximiza a aderência, tanto em pisos secos como molha<strong>dos</strong>.<br />

Goodyear IntelliGrip<br />

Inteligência artificial<br />

w w O fabricante norte-americano não se ficou<br />

pelo Eagle 360 em termos de inovações pneumáticas<br />

exibidas no Salão de Genebra. Como<br />

solução mais real, vai apostar no IntelliGrip,<br />

um pneu com tecnologia avançada de sensores,<br />

totalmente desenvolvido para suportar os inúmeros<br />

sistemas de controlo <strong>dos</strong> veículos autónomos,<br />

cada vez mais uma condição que se impõe<br />

no futuro. Uma vez que o funcionamento destes<br />

novos veículos depende, não só, das informações<br />

provenientes <strong>dos</strong> outros automóveis como, também,<br />

de condutores, peões e cidades inteligentes,<br />

pneus como o Goodyear IntelliGrip podem<br />

desempenhar um papel crucial nessa troca de<br />

informações. O IntelliGrip utiliza uma tecnologia<br />

de desgaste ativo, baseada na tecnologia de<br />

sensores do sistema de monitorização da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus e de desgaste ativo da Goodyear para<br />

avaliar o estado do pneu e do veículo.<br />

Foram desenvolvi<strong>dos</strong> algoritmos especiais para<br />

considerar variáveis como a pressão de enchimento<br />

e a temperatura <strong>dos</strong> pneus, no sentido<br />

de obter uma melhor estimativa do estado <strong>dos</strong><br />

pneus e, em consequência, otimizar o sistema<br />

de controlo autónomo do veículo. Para além<br />

de sentir as condições do pneu e da estrada, o<br />

Goodyear IntelliGrip “comunica” ainda com o<br />

computador central do veículo, o que contribui<br />

para melhorar o desempenho da condução e a<br />

própria segurança. Quando o pneu deteta que a<br />

superfície da estrada está molhada ou escorregadia,<br />

o veículo autónomo adapta a sua velocidade.<br />

Adicionalmente, encurta a distância de paragem,<br />

melhora a reação em curva, otimiza a estabilidade<br />

e consegue apoiar sistemas de prevenção<br />

de colisões.<br />

Yokohama Advan 052<br />

Piso “semi-slick”<br />

w w A Yokohama está a lançar um pneu de<br />

estrada com piso “semi-slick” para utilizar em<br />

circuitos ou em track days. O piso é quase<br />

igual ao de um pneu de asfalto para Rali:<br />

Advan A051T.<br />

O piso<br />

adapta-se às<br />

condições da<br />

estrada<br />

Ligado à CPU<br />

do veículo<br />

Os sensores<br />

coloca<strong>dos</strong> no<br />

interior do<br />

pneu permitem<br />

avaliar o seu<br />

desgaste<br />

O microchip<br />

inserido no pneu<br />

foi desenvolvido<br />

pela HUF<br />

Série especial Vredestein<br />

Inspirada no DJ<br />

holandês Hardwell<br />

w w Chama-se Hardwell e consiste numa<br />

edição limitada da Vredestein para o modelo<br />

Ultrac Satin. Inspirada no produtor e<br />

DJ holandês Hardwell e no tema Running<br />

Wild, serão produzidas apenas 255 unidades<br />

deste pneu, que estará disponível unicamente<br />

na medida 225/45R17.<br />

18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19


Evento<br />

2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />

Fasquia elevada<br />

O 2.º Simpósio Ibérico, organizado pelo Jornal das Oficinas e pela <strong>Revista</strong> Autopos,<br />

superou todas as expectativas. Com 400 participantes, 16 oradores e oito horas<br />

de debates, contou com a participação especial da Euro Tyre, Patrocinador Diamante<br />

do maior evento do aftermarket nos países vizinhos<br />

Por: Jorge Flores<br />

O<br />

2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />

IAM, realizado no passado dia 18<br />

de março, no Centro de Congressos<br />

do Estoril, revelou-se um sucesso sem precedentes<br />

no setor. Subordinado ao tema<br />

“Veículos Comunicantes e o Futuro do Aftermarket”,<br />

esta edição de 2016 teve como Patrocinador<br />

Diamante a Euro Tyre. A presença<br />

em peso deste distribuidor de pneus apenas<br />

aparentemente poderá parecer descontextualizada,<br />

uma vez que esta empresa nortenha<br />

aproveitou a ocasião para dar a conhecer<br />

aos (muitos) presentes a sua recente<br />

posição no aftermarket nacional. Recorde-<br />

-se, a propósito, que, no ano passado, a Euro<br />

Tyre abraçou o universo das peças auto.<br />

Manuel Félix, diretor-geral da empresa, subiu<br />

ao palco, ainda durante o período da<br />

manhã, e deixou bem clara a importância<br />

de deter a representação oficial da Motaquip<br />

no nosso país. Ou não se trate de uma<br />

marca conceituada e que conta com mais de<br />

10 mil referências disponíveis em catálogo.<br />

Segundo o diretor-geral da empresa, este<br />

“menu” permite responder a, aproximadamente,<br />

80% das necessidades das oficinas<br />

em matéria de peças auto.<br />

Manuel Félix usou ainda da palavra para fazer<br />

uma retrospetiva da companhia, presente<br />

em Portugal desde 2007, na distribuição<br />

de pneus. enquadrando-a com a sua história<br />

no Grupo Pon. O responsável destacou vários<br />

pontos-chave da Euro Tyre no mercado<br />

português. Exemplos? Cinco pontos de distribuição,<br />

mais de 43 funcionários, 183 mil<br />

pneus em stock (uma área de armazenagem<br />

de 27.000 m2), 700 mil pneus comercializa<strong>dos</strong><br />

em 2015 (faturação de 40 milhões de<br />

euros) e mais de 3.800 oficinas como clientes.<br />

Não é para to<strong>dos</strong>.<br />

w AFTERMARKET ESMIUÇADO<br />

Mas houve muito mais pontos de interesse<br />

no 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM.<br />

Com a presença de 400 profissionais do setor<br />

(mais 50% do que no primeiro simpósio,<br />

em 2014), 16 oradores internacionais e uma<br />

“epopeia” de oito horas de debates, esta se-<br />

20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


gunda edição elevou a fasquia e marcou<br />

um ponto de viragem nas ações dedicadas<br />

ao aftermarket, em toda a Península Ibérica.<br />

Conduzi<strong>dos</strong> por Pedro Pinto, jornalista da<br />

TVI, os debates aborda<strong>dos</strong> no evento arrancaram<br />

com o discurso de boas-vindas<br />

através das palavras <strong>dos</strong> dois anfitriões:<br />

João Vieira, diretor do Jornal das Oficinas,<br />

e Miguel Angel Prieto, diretor da revista<br />

Autopos. No seu conjunto, foram seis painéis,<br />

um período de debate na parte da<br />

manhã, uma apresentação levada a cabo<br />

pelo Patrocinador Diamante (Euro Tyre) e<br />

uma mesa redonda na parte da tarde, que<br />

compuseram o programa das festas. O tema<br />

central? Os “Veículos Comunicantes”.<br />

Não faltou coffee break, almoço, networking.<br />

Além, claro, de trocas de impressões e de<br />

momentos de convívio. Pela zona de entrevistas<br />

rápidas do JO TV, passaram nomes<br />

como Hartmut Röhl (presidente da FIGIEFA),<br />

Ben Smart (diretor de marketing da Divisão<br />

Global de Peças e Serviço da TRW), Joaquim<br />

Candeias (presidente da DPAI) ou Manuel<br />

Félix (diretor-geral da Euro Tyre).<br />

O Simpósio Ibérico foi transmitido em direto<br />

por live streaming e, em tempo real,<br />

através da página de Facebook do Jornal<br />

das Oficinas. Durante os vários debates do<br />

dia, foram muitas as questões colocadas<br />

aos oradores, por intermédio da solução<br />

iziConference.<br />

No final do dia, multiplicaram-se os elogios<br />

e as felicitações pela organização deste<br />

evento de elevada magnitude. Refira-se<br />

que a próxima edição do evento está já<br />

agendada para março de 2018.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21


Atualidade<br />

29.ª edição de Reifen realiza-se de 24 a 27 de maio<br />

Última vez em Essen<br />

Reifen é, desde 1960, o ponto de encontro da indústria <strong>dos</strong> pneus e a referência deste<br />

setor. Na edição de 2016, a última que se realiza em Essen, a feira volta a ser uma<br />

montra de inovações e uma fonte de novas ideias. Em jeito de despedida<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

De dois em dois anos, a indústria <strong>dos</strong><br />

pneus converge (ou, melhor, convergia...)<br />

para a nona maior cidade da<br />

Alemanha: Essen. Reifen, que se realiza há já<br />

56 anos, é a principal feira dedicada ao setor<br />

<strong>dos</strong> pneus, abrangendo toda a sua cadeia de<br />

valor: desenvolvimento; produção; comércio;<br />

recauchutagem; reciclagem. Com 670<br />

expositores em representação de 45 países<br />

e 20.000 visitantes de 130 nacionalidades,<br />

Reifen é das feiras mais internacionais que se<br />

realizam em solo germânico. Em cooperação<br />

com a Automechanika (4.660 expositores em<br />

representação de 74 países; cerca de 138.000<br />

visitantes de 176 nacionalidades), abre novos<br />

merca<strong>dos</strong> e potencia relações comerciais.<br />

Na edição de 2016, a 29.ª (e última) que se<br />

realiza em Essen (24 a 27 de maio), Reifen<br />

volta a ser uma montra de inovações e uma<br />

fonte de novas ideias. Em jeito de despedida.<br />

Como não podia deixar de ser, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> vai lá estar para lhe trazer, na próxima<br />

edição, o melhor da informação sobre o mundo<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

w ADEUS ESSEN, OLÁ FRANKFURT<br />

Ainda a edição de 2016 não se tinha realizado<br />

e já a organização de Reifen avançara com<br />

uma novidade bombástica. Alargando o seu<br />

plano de cooperação com a Automechanika,<br />

a 30.ª edição de Reifen (11 a 15 de setembro<br />

de 2018) realizar-se-á em simultâneo com o<br />

certame dedicado ao aftermarket. É verdade.<br />

De 2018 em diante, a Messe Essen e a Messe<br />

Frankfurt decorrerão ao mesmo tempo e<br />

no mesmo local. Reifen deixará, assim, de ser<br />

realizada na nona maior cidade da Alemanha<br />

(Essen) e passará a ter lugar no centro<br />

financeiro do país (Frankfurt). De acordo com<br />

Oliver P. Kuhrt, CEO da Messe Essen (à direita<br />

na foto principal), “o facto de nos unirmos à<br />

Messe Frankfurt permite-nos juntar a indústria<br />

<strong>dos</strong> pneus ao aftermarket automóvel, de<br />

modo a que o ‘universo’ fique completo. Os<br />

expositores de Reifen contarão com mais visitantes<br />

nesta nova localização, entres os quais<br />

estarão os grandes decisores internacionais<br />

da indústria, do setor oficinal e do comércio<br />

afeto ao pós-venda”.<br />

Por seu turno, Detlef Braun, membro do conselho<br />

de administração da Messe Frankfurt,<br />

realçou que “Reifen vem complementar o<br />

portefólio da marca de feiras líder a nível<br />

mundial: a Automechanika. Ofereceremos<br />

datas comuns à indústria e, quer para o universo<br />

<strong>dos</strong> pneus quer para o setor oficinal,<br />

reuniremos todo o know-how e serviços num<br />

único local”. Decisão que, de resto, parece<br />

fazer todo o sentido, uma vez que, cada vez<br />

mais, o negócio <strong>dos</strong> pneus convive com o<br />

mundo das peças e com os serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />

Exemplos de empresas que alargaram os<br />

seus core businesses a estas áreas, não faltam.<br />

22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


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Gestão<br />

Diferenciação na oficina<br />

Definir o caminho<br />

Apostar nos aspetos que farão a diferença da sua oficina em relação às outras é uma<br />

forma de atrair clientes e de aumentar o volume de negócios<br />

Em qualquer negócio, prestar atenção<br />

à concorrência é um fator a considerar<br />

para se conseguir obter o máximo rendimento<br />

e lucro. A concorrência nunca deve<br />

ser considerada um problema, mas sim um<br />

estímulo. Saber que o cliente tem muitas<br />

hipóteses de escolha deve motivá-lo a ser<br />

cada vez melhor. Para isso, é necessário demarcar-se<br />

<strong>dos</strong> restantes negócios e definir o<br />

seu próprio caminho. São vários os pontos<br />

nos quais deve focar a diferenciação. Prestar<br />

atenção a to<strong>dos</strong> fará com que consiga<br />

obter um maior número de clientes e, mais<br />

importante ainda, manter os que já tem.<br />

w PREÇO JUSTO<br />

Não se trata de ser os mais baratos, mas<br />

sim de ser honestos. A “chave” consiste em<br />

oferecer a melhor relação qualidade/preço.<br />

Ou oferecer o melhor serviço pelo mesmo<br />

preço do que outros. As tarifas excessivamente<br />

económicas enganam e confundem<br />

o cliente, que tende a pensar que é demasiado<br />

bom para ser verdade ou, se não for<br />

esse o caso, julgará que a qualidade do<br />

serviço é muito baixa. Investigue os preços<br />

da concorrência para poder ajustar os seus<br />

o melhor possível. Numa época em que a<br />

economia familiar não é excessivamente<br />

próspera, o cliente pesquisa e compara.<br />

w BOM SERVIÇO<br />

Com toda a probabilidade, é a sua melhor<br />

marca, o seu melhor aliado: um bom serviço.<br />

Mais do que os preços, mais do que<br />

qualquer outro fator. A melhor forma de<br />

uma oficina impressionar, é fazer um bom<br />

trabalho. O cliente vai avaliar a eficiência e<br />

a rapidez e se não ficar satisfeito, não voltará.<br />

Assim como ninguém vai a um médico<br />

que não mostre competência, na oficina, o<br />

cliente procura um mínimo de qualidade.<br />

w ATENDIMENTO PERSONALIZADO<br />

Uma oficina deve oferecer a cada cliente<br />

um atendimento personalizado, demons-<br />

24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


muito importante que o cliente saiba explicar<br />

na oficina os sintomas que o veículo<br />

apresenta. Mas também se deve verificar<br />

a circunstância complementar, ou seja, o<br />

profissional da oficina deve saber escutar e<br />

entender as explicações do cliente.<br />

w LIMPEZA EXEMPLAR<br />

A maioria das pessoas pensa nas oficinas<br />

mecânicas como locais sujos, cheios de<br />

óleo, pó e teias de aranha. É verdade que<br />

nas oficinas há sempre uma certa sujidade<br />

derivada da própria atividade profissional,<br />

mas isso não quer dizer que não se mantenham<br />

limpas as instalações, os equipamentos,<br />

os sanitários e as peças. Em suma, que<br />

hajam condições de higiene adequadas.<br />

Dentro do serviço,<br />

a diferença pode ser<br />

feita através de…<br />

w w 1. Qualidade - To<strong>dos</strong> os trabalhos<br />

que executar não devem ter uma classificação<br />

abaixo de excelente.<br />

w w 2. Variedade de serviços - Explore<br />

o tipo de trabalhos que os outros<br />

oferecem e aqueles que pode oferecer.<br />

Quanto mais puder oferecer, mais vasto<br />

será o público ao qual chegará. Mas deve<br />

avaliar a capacidade de trabalho da sua<br />

oficina. Não deve incluir serviços que não<br />

consegue disponibilizar com o mínimo<br />

de qualidade exigível.<br />

w w 3. Flexibilidade de horários -<br />

Quanto mais facilidades oferecer ao<br />

cliente, melhor. Nem todas as pessoas<br />

têm uma disponibilidade compatível com<br />

os horários das oficinas, pelo que podem<br />

necessitar <strong>dos</strong> seus serviços praticamente<br />

a qualquer momento. Isto não significa<br />

que tenha de manter a oficina aberta 24<br />

horas. Antes ter em conta as necessidades<br />

<strong>dos</strong> seus clientes. Ofereça-lhes o que a<br />

concorrência não proporciona.<br />

trar que cada cliente conta e fazê-lo sentir-<br />

-se importante. Para isso, há que evitar um<br />

mau serviço, atrasos, mudanças de ideias e<br />

mentiras no que respeita aos preços. Cada<br />

cliente quer sentir-se especial, não se quer<br />

sentir um número nem uma ordem de reparação.<br />

Os clientes têm nome próprio e a<br />

diferença consiste na forma como são trata<strong>dos</strong>.<br />

Aconselhar e ouvir são as duas razões<br />

para um bom atendimento. Sorrir, por si<br />

só, não basta. É necessário fazer com que<br />

o cliente se sinta seguro e demonstrar-lhe<br />

que escolheu a oficina que realmente vai<br />

ajudá-lo a resolver o problema.<br />

w OUVIR O CLIENTE<br />

Os profissionais das oficinas dizem que é<br />

w AÇÕES DE MARKETING<br />

Tudo o que foi referido anteriormente vai<br />

servir para que possa levar a cabo ações de<br />

marketing que atraiam mais clientes. Diferenciando-se<br />

<strong>dos</strong> outros, criará uma identidade<br />

própria e poderá fazer publicidade.<br />

Hoje em dia, existem numerosas formas<br />

de publicitar, tanto nos meios tradicionais<br />

como através da Internet. Inclusivamente,<br />

alguns desses meios, como as redes sociais,<br />

são totalmente gratuitos e podem chegar<br />

a dar muito bons resulta<strong>dos</strong>. Mas sem um<br />

bom serviço, essa publicidade pode ter repercussões<br />

contra si. Escolha a melhor forma<br />

de fazê-lo. Dependerá sempre de quem<br />

são os seus potenciais clientes. Seja original<br />

para se diferenciar <strong>dos</strong> outros.<br />

w w 4. Rapidez - Numa sociedade na<br />

qual o veículo se tornou imprescindível<br />

para a maioria das pessoas, a rapidez na<br />

reparação é vital. Mas lembre-se: a qualidade<br />

primeiro do que tudo.<br />

w w 5. Imagem - A imagem da oficina<br />

também ajuda a atrair clientes. Uma oficina<br />

organizada e limpa gera mais confiança.<br />

O cliente está atento a to<strong>dos</strong> os<br />

pormenores e o mínimo problema pode<br />

deitar por terra todo o esforço. Promova<br />

um bom ambiente laboral, para que os<br />

trabalhadores não se sintam desmotiva<strong>dos</strong><br />

ou aborreci<strong>dos</strong>.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25


Apresentação<br />

GT Radial SportActive<br />

Dia de treino<br />

Foi um autêntico dia de treino. A convite da Giti Tire, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou, no<br />

circuito de Ascari, perto da cidade espanhola de Ronda, o novo GT Radial SportActive,<br />

que tem na moderna tecnologia e no nome atraente os seus ex-líbris<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

O<br />

dia começou cedo. Eram 06h30m da<br />

manhã (05h30m em Portugal) quando<br />

o despertador do Hotel Reina Victoria,<br />

em Ronda (pertencente à cadeia<br />

Catalonia), tocou. O momento de experimentar o<br />

novo pneu da Giti Tire estava a chegar e era o<br />

ponto alto da apresentação, designada SportActive<br />

Days. Nos primeiros dois dias, o evento foi dedicado<br />

à imprensa. Nos dois últimos, aos clientes da GT<br />

Radial. O teste ao novo SportActive consistia em<br />

percorrer várias secções do circuito de Ascari,<br />

divididas por três workshops (ver caixas). A<br />

expectativa era, por isso. elevada.<br />

w DESENHADO EM HANNOVER<br />

O novo GT Radial SportActive foi projetado<br />

para berlinas e automóveis desportivos.<br />

Este pneu UHP concorre no segmento consumer<br />

do mercado de substituição na Europa,<br />

que, em 2015, foi responsável por um<br />

volume superior a 200 milhões de unidades<br />

(ao qual é preciso adicionar ainda entre 80<br />

e 100 milhões de pneus importa<strong>dos</strong>). Desse<br />

volume superior a 200 milhões, mais de 115<br />

milhões foram pneus de verão. De acordo<br />

com a Giti Tire, o mercado de substituição<br />

na Europa crescerá entre 2% e 4% de 2016 a<br />

2020: 5% a 9% nos pneus de verão em jantes<br />

inferiores a 17”; 5% a 6% em jantes de<br />

17” e 18”; 7% a 9% em jantes de 19”; 13% a<br />

17% em jantes de 20” e superiores; 6% a 8%<br />

em pneus com índice de velocidade “Y”. Eis<br />

outro indicador relevante: desde 2014 que<br />

o mercado UHP tem vindo a crescer em todas<br />

as medidas de jantes. Tendência que se<br />

verificará até 2020.<br />

O novo GT Radial SportActive, que foi desenhado<br />

no centro de pesquisa e desenvolvimento<br />

europeu da Giti Tire, localizado em<br />

Hannover, substitui o Champiro UHP1 e assume<br />

o lugar do Champiro HPY nas medidas<br />

com índice de velocidade “Y” e destinadas<br />

aos modelos SUV. Testado pela Dekra, entidade<br />

que avaliou mais de 60 pneus de seis<br />

fabricantes, o novo SportActive ostenta as<br />

classificações “B” na aderência em piso molhado<br />

e “C” na resistência ao rolamento.<br />

Sendo 5% mais leve e 20% mais rígido do<br />

que o modelo antecessor, o recém-lançado<br />

SportActive utiliza um novo composto de sílica<br />

no piso, dispondo este de quatro canais<br />

longitudinais largos para escoamento eficaz<br />

da água, desenho assimétrico e três ranhuras<br />

rígidas na secção central. O novo GT Radial<br />

SportActive está disponível, numa primeira<br />

fase, em 27 medidas: jantes de 16” a 19”;<br />

larguras de secção de 195 a 265 mm; séries<br />

55 a 35; índices de velocidade “V”, “W” e “Y”.<br />

No verão deste ano, a gama contemplará 32<br />

medidas. E deverá, depois, ser alargada.<br />

26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Workshop 1<br />

Desempenho<br />

em piso molhado<br />

w w O primeiro desafio que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> enfrentou como o novo GT Radial<br />

SportActive foi a condução em piso molhado.<br />

O teste consistiu em percorrer uma<br />

secção específica do circuito de Ascari.<br />

Primeiro, com o novo pneu UHP da Giti<br />

Tire, depois com um concorrente e, finalmente,<br />

com o novo SportActive. O nosso<br />

companheiro de aventura foi o Volkswagen<br />

Golf GTI equipado com caixa manual.<br />

Duas voltas de cada vez foi o máximo que<br />

a organização permitiu. O novo GT Radial<br />

SportActive, na medida 225/40R18 92Y XL,<br />

revelou ser um pneu reativo, que permite<br />

manter uma trajetória correta e eficaz na<br />

travagem. Claro que o facto de estar montado<br />

num automóvel desportivo compacto<br />

de elevado gabarito, como é o Golf GTI, ajudou.<br />

Para este teste, a Giti Tire “convocou” o<br />

Maxxis Victra Sport Zero One, na medida<br />

225/40ZR18 92Y (Reinforced). Depois de<br />

termos experimentado os dois pneus, sentimos<br />

o Maxxis ligeiramente menos assertivo<br />

nas abordagens às curvas em piso molhado.<br />

E um pouco menos “ligado” ao solo, com<br />

algumas perdas de aderência prematuras.<br />

< VEJA O VÍDEO<br />

Workshop 2<br />

Diversão<br />

em piso seco<br />

w w No segundo workshop da apresentação,<br />

o teste consistiu em percorrer uma secção<br />

sinuosa do circuito de Ascari. Ao volante<br />

do Mini John Cooper Works equipado com<br />

caixa automática, pequeno desportivo feito<br />

para as curvas, a diversão, ainda para mais<br />

em piso seco, elevou-se a outro patamar. Mal<br />

tínhamos começado e, duas voltas passadas<br />

(de um total de seis que nos couberam), já<br />

nos sentíamos capazes de passar o resto do<br />

dia a descrever trajetórias e a deslizar pelo<br />

asfalto abrasivo do circuito de Ascari. Primeiro,<br />

com o novo GT Radial SportActive,<br />

na medida 205/45R17 88W XL. Depois, com<br />

o rival selecionado pela Giti Tire para esta<br />

comparação: Kumho Ecsta LE Sport KU39,<br />

na mesma medida. E, a terminar, novamente<br />

com o recém-lançado SportActive. Acutilante<br />

nas inserções em curva, estável e com elevada<br />

motricidade, ainda para mais beneficiando<br />

de suspensão multilink no eixo traseiro e de<br />

uma direção comunicativa, o Mini evidenciou<br />

um desempenho mais rápido com o novo GT<br />

Radial. A diferença face ao Kumho sentiu-se<br />

na abordagem às curvas, onde o SportActive<br />

evita que o Mini escorregue tanto de frente.<br />

< VEJA O VÍDEO<br />

Workshop 3<br />

O melhor<br />

ficou para o fim<br />

w w O segundo workshop do evento, realizado<br />

com o Mini John Cooper Works, já tinha<br />

sido bom. Mas este último, ao volante do<br />

Audi TTS Coupé, foi um delírio. Primeiro<br />

com GT Radial, depois com Toyo e, por fim,<br />

de volta ao GT Radial. Para sermos sinceros,<br />

não notámos qualquer diferença de desempenho<br />

entre o novo SportActive (245/40R18<br />

97Y XL) e o Proxes T1 Sport (245/40ZR18<br />

97Y XL). Qualquer deles, revelou ter um<br />

ótima prestação no circuito de Ascari.<br />

Certinho nas trajetórias, com notável motricidade,<br />

superior capacidade de travagem<br />

e caixa S tronic rápida (nas passagens o<br />

som emitido pelo motor foi melodia para<br />

os nossos ouvi<strong>dos</strong>), o TTS Coupé permitiu<br />

verdadeiros momentos de pilotagem para<br />

mais tarde recordar. Para mais, dispondo<br />

o Ascari Race Resort de curvas para to<strong>dos</strong><br />

os gostos, algumas delas bastante inclinadas<br />

e pronunciadas. Terminámos, por isso,<br />

em beleza esta apresentação. Até porque a<br />

nossa prestação foi bastante elogiada pela<br />

Giti Tire. Ao ponto de, imagine-se, termos<br />

servido de cicerones a Lyn Barret, da Tyre<br />

Trade News.<br />

< VEJA O VÍDEO<br />

2<br />

Ascari Race Resort<br />

Curvas para<br />

to<strong>dos</strong> os gostos<br />

Com 5,425 metros de comprimento total, sendo<br />

a largura da pista de 12,2 metros, o circuito<br />

de Ascari, perto da cidade de Ronda, dispõe<br />

de 26 curvas: 13 para a direita e 13 para a esquerda.<br />

Pode ser subdividido em três secções<br />

ou combinações, de modo a poderem ser realiza<strong>dos</strong><br />

três workshops em simultâneo, como<br />

aconteceu, de resto, na apresentação levada<br />

1<br />

3<br />

a cabo pela Giti Tire (designada SportActive<br />

Days). Este circuito, onde se conduz em sentido<br />

contrário ao <strong>dos</strong> ponteiros do relógio,<br />

combina curvas apertadas com curvas largas.<br />

E para elevar ainda mais os níveis de adrenalina,<br />

inclui curvas com inclinação no exterior<br />

até 18%, subidas e descidas com 12% de inclinação<br />

e exigentes chicanes.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27


Notícias<br />

Mercado<br />

Propriamente centrado,<br />

é meio equilibrado<br />

Gonçalteam aposta na formação<br />

DOIS NOVOS CENTROS<br />

Para a Gonçalteam, formação é a palavra-chave. Por<br />

isso, abriu para o mercado dois inovadores centros<br />

de formação. Situa<strong>dos</strong> no Seixal e no Porto, estão<br />

apetrecha<strong>dos</strong> com equipamentos de qualidade<br />

HPA/FAIP e com soluções HAWEKA<br />

Porque é tão importante o uso correto <strong>dos</strong><br />

equipamentos de centragem nas equilibradoras,<br />

para que o mesmo seja igual ao veículo?<br />

Porque devido à ausência <strong>dos</strong> mesmos, torna-se<br />

impossível obter uma correta centragem e, desse<br />

modo, o equilíbrio não é possível ser, nem perto,<br />

do exigido pelas viaturas atuais. Desse modo, a<br />

Gonçalteam, através das novas equilibradoras<br />

HPA/FAIP, nomeadamente a B 540 C de diagnóstico/equilíbrio<br />

totalmente automática e a nova<br />

equilibradora B 335 C EVO com sonar e rapidez<br />

de lançamento e de centragem, juntamente com<br />

a formação e acessórios de equilíbrio HAWEKA,<br />

possibilita aos seus clientes toda a mais vasta<br />

gama de ferramentas, para que não existam<br />

quaisquer erros a respeito desta temática. Todas<br />

as equilibradoras são, geralmente boas, e<br />

trabalham com precisão. Todavia, com os adaptadores<br />

HAWEKA, estas trabalham com perfeição<br />

e a Gonçalteam dispõe dessa mesma solução<br />

para todas as marcas de máquinas do mercado.<br />

EXEMPLOS PRÁTICOS DE CENTRAGEM<br />

CORRETA / INCORRETA:<br />

om a inauguração destes dois centros<br />

C de formação e com o lançamento do<br />

plano de formações, a Gonçalteam espera<br />

alcançar a maioria <strong>dos</strong> profissionais da área<br />

<strong>dos</strong> pneus, com o intuito de incentivar e de<br />

formar sobre o correto procedimento do<br />

equilíbrio de rodas. Bem como expor as<br />

novidades acerca das novas equilibradoras<br />

HPA/FAIP, assim como as várias soluções<br />

HAWEKA para o mercado automóvel.<br />

w VEÍCULOS E SERVIÇOS MODERNOS<br />

Hoje, to<strong>dos</strong> os construtores de automóveis<br />

estão a equipar os seus novos<br />

modelos com as mais recentes tecnologias.<br />

Melhorias eletrónicas e melhorias<br />

mecânicas, quando bem coordenadas,<br />

conferem aos automobilistas uma condução<br />

de que oferece segurança e puro<br />

divertimento. Especialmente, para jantes<br />

de dimensão elevada (18”, 19” e 20”) e<br />

para veículos de gama alta, como BMW,<br />

Mercedes-Benz, DaimlerChrysler, VW e<br />

Audi. Ou desportivos das marcas Porsche,<br />

Ferrari, entre outros. O equilíbrio perfeito<br />

é, por isso, extremamente essencial.<br />

A este respeito, os clientes deste tipo de<br />

viaturas e de outras mais económicas<br />

atribuem um imenso valor à estabilidade<br />

<strong>dos</strong> seus veículos. Desde o primeiro dia.<br />

São muitos os exemplos em que o serviço<br />

total fica comprometido pelo mau equilíbrio<br />

efetuado.<br />

Esta estabilidade está associada à perfeita<br />

concentricidade das rodas <strong>dos</strong> veículos.<br />

Os especialistas <strong>dos</strong> serviços de<br />

pneus sabem que, durante o processo<br />

de equilíbrio, por exemplo, qualquer sujidade<br />

existente entre a jante e o hub do<br />

veículo provoca desgaste prematuro na<br />

mecânica. Isto parece realmente muito<br />

simples mas é a interligação de to<strong>dos</strong> os<br />

componentes que, obviamente, tem preservado<br />

o completo sistema da viatura e<br />

o seu ciclo de vida.<br />

O equilíbrio perfeito vai permitir ao consumidor<br />

final uma total satisfação, quer<br />

nos índices de segurança, como da performance.<br />

Assim como permite fidelizar o<br />

cliente ao fornecedor de serviços.<br />

w Protege ou destrói a jante de alumínio do<br />

seu centro? É assim que a roda está centrada<br />

na viatura?<br />

w w Porquê colocar o cone no cubo interno<br />

da jante? Simula o cubo da viatura?<br />

w w Diferente de um cone que apenas entra em<br />

contacto unicamente numa posição com a jante.<br />

A perfeita centragem só pode ser atingida com o<br />

uso de um adaptador cilíndrico (DuoExpert) ou<br />

centros próprios para a viatura que se pretenda<br />

equilibrar.<br />

28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Yokohama adquiriu<br />

Alliance Tire Group<br />

Nex Tyres detém<br />

Ihle Espanha e Portugal<br />

Nex Tyres, distribuidor grossista de pneus, criado em janeiro de 2015 com a fusão<br />

A das atividades de distribuição da Rodi Motor Services e da Euromaster em Espanha,<br />

chegou a acordo com a Ihle Holding AG (com sede central em Baden-Baden, na Alemanha)<br />

para a aquisição de 100% da sua filial na Península Ibérica (Ihle España e Portugal, S.L.).<br />

Numa conjuntura de mercado altamente competitiva, a distribuição grossista de pneus<br />

necessita de empresas com elevada capacidade financeira e operacional, com vista a<br />

oferecer os níveis de serviço que o cliente profissional necessita. Com esta operação,<br />

materializada a 31 de março de 2016, a Nex dá mais um passo para consolidar a sua posição<br />

como uma das referências na distribuição grossista em Espanha e Portugal pela<br />

disponibilidade de produto, serviço e portefólio de marcas.<br />

Esta operação corporativa representa mais um passo na agenda estratégica do desenvolvimento<br />

da Nex, onde, nos últimos meses, se observaram várias etapas, como o arranque<br />

da sua filial em Portugal (novembro de 2015) e a incorporação, em fevereiro de<br />

2016, da sua ampla oferta no segmento agro-industrial.<br />

A Yokohama Rubber anunciou, no<br />

passado dia 25 de março, que chegou a<br />

um acordo para adquirir as ações da ATG<br />

(Alliance Tire Group B.V.), fabricante de<br />

pneus fora de estrada (Off-Highway), por<br />

um valor de 1.179 milhões de dólares (cerca<br />

de 1.053 milhões de euros). Esta aquisição<br />

faz parte do plano de crescimento da Yokohama.<br />

A aquisição do fabricante indiano<br />

deverá estar concluída no próximo dia 1 de<br />

julho, depois de cumpri<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os procedimentos<br />

legais, incluindo a aprovação<br />

das autoridades da concorrência.<br />

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www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29


Notícias<br />

Mercado<br />

Euro Tyre vai abrir 10 lojas<br />

Motaquip até final de 2017<br />

A Euro Tyre iniciou um projeto de desenvolvimento de uma<br />

rede de lojas, próprias e franchisadas, para estar mais perto<br />

das oficinas. Estas lojas terão o seu stock baseado na marca<br />

Motaquip e em marcas de equipamento original. Com este<br />

projeto, a Euro Tyre pretende criar uma rede que lhe permitirá<br />

estar mais próxima das oficinas, melhorando o seu nível<br />

de serviço com stocks próximos <strong>dos</strong> clientes e capacidade logística<br />

para fazer entregas quatro vezes ao dia. O conceito de<br />

negócio da empresa baseia-se na disponibilização de stock,<br />

com um elevado nível de serviço logístico a preços sempre<br />

competitivos.<br />

Para breve está, também, a apresentação da Academia Euro<br />

Tyre, que disponibilizará aos seus clientes to<strong>dos</strong> os níveis de<br />

formação e de assistência técnica online e telefónica. É objetivo<br />

da Euro Tyre posicionar-se como uma empresa de referência<br />

no aftermarket a nível nacional, juntando à já vasta<br />

experiência na distribuição de pneus, um stock adequado de<br />

produtos de diversas marcas para o aftermarket.<br />

LOSTnFOUND integra<br />

ContiPressureCheck<br />

PUB<br />

O fornecedor de telemática LOSTnFOUND está a integrar o dispositivo<br />

de monitorização de pressão de pneus ContiPressureCheck nos<br />

seus sistemas. Como parte da colaboração entre as duas empresas,<br />

os da<strong>dos</strong> de temperatura e pressão já existentes, recolhi<strong>dos</strong> em<br />

tempo real pelo ContiPressureCheck, são mostra<strong>dos</strong> no interface<br />

do utilizador da LOSTnFOUND. Graças à ligação de rede do sistema<br />

de telemática, os valores medi<strong>dos</strong> podem ser recebi<strong>dos</strong> em dispositivos<br />

móveis. A integração <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> do ContiPressureCheck no<br />

sistema de telemática da LOSTnFOUND permite implementar a<br />

monitorização conectada da pressão <strong>dos</strong> pneus. Isto, por sua vez,<br />

possibilita a realização do processo de verificação da pressão <strong>dos</strong><br />

pneus e que este seja transparente para os condutores e gestores<br />

de frota, simplificando a monitorização técnica <strong>dos</strong> pneus.<br />

30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


<strong>Pneus</strong> Toyo NanoEnergy<br />

equipam novo Prius<br />

A Toyo anuciou que o novo pneu NanoEnergy<br />

foi selecionado pela Toyota para<br />

equipar a nova geração do Prius como<br />

componente de origem. Este modelo é o<br />

pneu mais eficiente da marca e é utilizado<br />

neste veículo de forma a encontrar um<br />

equilíbrio entre economia de combustível<br />

e aderência em piso molhado. Utiliza a tecnologia<br />

Nano Balance 1, uma plataforma<br />

de borracha que foi desenolvida a nível<br />

molecular.Utilizando esta tecnologia,<br />

a empresa conseguiu um produto que<br />

alcança um registo muito interessante<br />

quando utilizado pelo novo híbrido do<br />

construtor japonês de veículos.<br />

Trelleborg mostra pneus “Made in USA”<br />

A Trelleborg mostrou aos visitantes do Commodity Classic, certame que decorreu em New<br />

Orleans, no estado do Louisiana, de 3 a 5 de março, os primeiros pneus agrícolas da marca<br />

produzi<strong>dos</strong> nos EUA. Andrea Masella, country manager para a América do Norte e Central<br />

<strong>dos</strong> pneus Trelleborg, referiu que “depois do grande evento de inauguração da nossa fábrica<br />

norte-americana de Spartanburg, no estado da Carolina do Sul, optámos por revelar os novos<br />

pneus produzi<strong>dos</strong> nos EUA no Commodity Classic”. No espaço da Trelleborg, os pneus TM150<br />

para a nova geração de pulverizadoras com tecnologia BlueTire foram vistos monta<strong>dos</strong> numa<br />

máquina verdadeira. O TM150 permite transportar mais 40% de carga com a mesma pressão<br />

de um pneu padrão, o que permite enchê-lo com 40% menos de pressão. A gama de alto<br />

rendimento da marca foi outra das novidades mostrada no certame.<br />

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Bridgestone reconhecida<br />

pela Honda Motor<br />

A Bridgestone Corporation foi distinguida<br />

pela Honda Motor Co., Ltd (Honda<br />

Motor) com um “Environmental Award”.<br />

A cerimónia de entrega <strong>dos</strong> prémios decorreu<br />

no passado dia 18 de fevereiro, na<br />

Fábrica Tochigi, da Bridgestone. Nesta cerimónia,<br />

Yutaka Yamaguchi, vice-presidente<br />

e senior officer responsible for Safety, Disaster<br />

Prevention & Quality da Bridgestone,<br />

recebeu uma condecoração de Hiroshi<br />

Saito, general manager of the Purchasing<br />

Global Operations Planning Office (Worldwide)<br />

da Honda Motor. Esta foi a primeira<br />

vez que a Bridgestone recebeu um prémio<br />

ambiental por parte da Honda.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31


Notícias<br />

Mercado<br />

Center’s Auto comemoraram VII Convenção em Granada<br />

U<br />

“ ma rede de cinema onde o protagonista<br />

é você”. Foi com este lema que a rede de<br />

oficinas Center’s Auto realizou aquela que foi<br />

a sua VII Convenção Anual. Mais de 200 assistentes<br />

(emprega<strong>dos</strong>) deslocaram-se desde as<br />

respetivas oficinas, distribuídas por todo o país,<br />

até Granada, para viver, durante os dias 4 e 5 de<br />

março, uma experiência em que houve tempo<br />

para trabalho e diversão. A visita teve início nas<br />

novas instalações da sede central de Tiresur,<br />

onde os parceiros Center’s Auto puderam ver,<br />

em primeira mão, um edifício vanguardista,<br />

em que o desenho e a domótica são as suas<br />

principais senhas de identidade.Após conhecer<br />

o centro de operações do seu distribuidor,<br />

os parceiros começaram uma tarde de cinema.<br />

Sem dar conta, viram-se imersos no filme onde<br />

os protagonistas estavam em frente ao ecrã e<br />

não do outro lado do mesmo.<br />

Desta vez, a apresentação do balanço e das<br />

novidades da rede teve lugar na melhor<br />

sala do cinema Kinepolis Granada, onde os<br />

assuntos de negócios misturaram-se com<br />

entregas de prémios, vídeos demostrativos<br />

e, também, com uma curta-metragem de<br />

ação, onde os veículos <strong>dos</strong> protagonistas<br />

utilizavam pneus GT Radial.A Center’s Auto<br />

fez o balanço <strong>dos</strong> seus da<strong>dos</strong> de crescimento<br />

sustentável, apresentou objetivos e compromissos<br />

para este ano e fez uma revisão <strong>dos</strong><br />

últimos lançamentos tecnológicos nesta<br />

nova era digital que está a desenvolver.<br />

A manhã de sábado foi bastante diferente.<br />

Do glamour do cinema passaram para a ação<br />

e diversão na neve. Os parceiros Center’s<br />

Auto puderam escolher entre diferentes atividades<br />

como esqui, caminhada, olimpíadas<br />

na neve ou uma relaxante jornada de spa.E<br />

como autênticos montanhistas, o almoço foi<br />

realizado mesmo ao pé da pista de esqui,<br />

com uma vista espetacular sobre o vale e a<br />

montanha. Assim, deram por concluída a VII<br />

Convenção.<br />

SICE apresenta<br />

máquina inovadora<br />

A empresa Conversa de Mãos, representante<br />

exclusiva da marca SICE em Portugal continental e<br />

ilhas, apresenta uma inovadora máquina de desmontar/montar<br />

pneus, totalmente hidráulica, equipada<br />

com sistema “LeverLess – Touchless” (sem ferro desmonta<br />

e sem tocar na jante) modelo S300. Permite<br />

a montagem de jantes de 12” a 34” e dispõe de raio<br />

laser para posicionamento preciso das ferramentas<br />

de trabalho. Equipada com elevador de roda e sistema<br />

enchimento tubeless, esta nova máquina<br />

está dotada de prato de<br />

aperto da jante<br />

com bloqueio,<br />

de multiplicador<br />

de força e de tripla<br />

ferramenta (Descolar-<br />

-Desmontar-Montar)<br />

com rotação reunida<br />

num único dispositivo.<br />

Semperit Runner D2 vence Prémio “Red Dot”<br />

Um júri internacional atribuiu o prestigiado<br />

prémio de design Red Dot pela<br />

elevada qualidade do estilo do pneu Semperit<br />

Runner D2, disponível no tamanho<br />

315/80 R22.5. Este prémio demonstra a<br />

qualidade técnica do pneu, que é refletida<br />

no seu design. Graças a um piso<br />

melhorado e a um padrão compacto, o<br />

Runner D2 oferece elevada quilometragem<br />

e baixo consumo de combustível. O<br />

prémio é o reconhecimento por parte de<br />

um júri formado por especialistas internacionais<br />

em design da excelente construção<br />

e elevado nível de estilo do pneu.<br />

O Semperit Runner D2 foi concebido<br />

para utilização no transporte, tanto a<br />

nível regional como de longa distância,<br />

causando uma boa impressão graças ao<br />

seu piso melhorado e padrão compacto<br />

(o chamado “Void Optimized Pattern”),<br />

com elevada quilometragem e eficácia<br />

em termos de consumo de combustível.<br />

Graças ao novo composto de borracha<br />

recentemente desenvolvido, este<br />

pneu oferece um potencial significativo<br />

para poupanças no consumo de combustível.<br />

O talão reforçado na carcaça<br />

do pneu proporciona uma excelente<br />

resistência às variações nas cargas a<br />

transportar.<br />

32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Pirelli lança último modelo P Zero<br />

Mais performance e fiabilidade<br />

Pirelli acaba de lançar a última versão do<br />

A seu modelo P Zero, um pneu que fez história<br />

nas últimas décadas em todas as suas<br />

variantes. Desde o sistema P Zero ao Rosso,<br />

não esquecendo, certamente, os Nero, Corsa e<br />

mesmo P Zero, o qual foi introduzido em 2007.<br />

O objetivo é ir ao encontro do aumento da exigência<br />

de performance, fiabilidade e segurança.<br />

Bem como reforçar a estratégia Pirelli Perfect<br />

Fit, que significa encontrar modelos específicos<br />

de pneus para cada modelo automóvel.<br />

O P Zero representa a mais avançada tecnologia<br />

na divisão de investigação e desenvolvimento<br />

da Pirelli e integra múltiplas soluções<br />

técnicas, sendo considerado o pneu<br />

com melhor performance do momento no<br />

mercado, assim como o mais fiável quando<br />

se fala em lidar com a extrema potência <strong>dos</strong><br />

modernos superdesportivos. Isto deve-se a<br />

um novo composto na subcamada, que melhora<br />

o comportamento e o atrito, a polímeros<br />

inovadores com propriedades mecânicas<br />

avançadas para otimizar a performance tanto<br />

em piso molhado como seco, assim como<br />

um rasto inovador com profun<strong>dos</strong> sulcos<br />

longitudinais a fim de escoar mais água.<br />

A principal característica do novo P Zero é<br />

a sua capacidade de garantir o máximo de<br />

estabilidade, mesmo a altas velocidades. A<br />

tecnologia F1 Bead dentro do novo P Zero<br />

deriva diretamente da Fórmula 1, utilizando<br />

um composto especialmente rígido na área<br />

do talão do pneu, que permite uma mais rápida<br />

e precisa resposta em curva, evitando<br />

qualquer perda inesperada de aderência lateral.<br />

Isto é uma característica que distingue<br />

o P Zero de muitos <strong>dos</strong> seus rivais.<br />

A tecnologia F1 Bead significa que as forças<br />

aplicadas no talão e nos flancos são<br />

distribuídas de forma mais uniforme, e que,<br />

consequentemente, reduz qualquer perda<br />

de performance, aumentando ainda a integridade<br />

da estrutura quando sujeita a grandes<br />

cargas e velocidades. Como resultado,<br />

o comportamento do pneu é mais linear e<br />

previsível, com o limite do pneu a chegar de<br />

forma muito gradual. O que confere maior<br />

liberdade ao condutor para este tirar partido<br />

de uma condução desportiva de forma completamente<br />

segura.<br />

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Notícias<br />

Mercado<br />

Dunlop testa Winter Sport 5<br />

com Campeão de Wakeboard<br />

Mitas apresenta novo<br />

pneu de grua na Bauma<br />

Na feira Bauma, a Mitas desvendou, em estreia<br />

mundial, o pneu 445/95 R25 CR-02, desenhado<br />

para gruas móveis. Este novo modelo<br />

da Mitas amplia a atual gama de pneus para<br />

gruas CR-01. O novo CR-02 melhora a eficiência<br />

em operações graças à sua construção mais<br />

leve. Também é possível montar o CR-02 em<br />

jantes de uma só peça, o que reduz o peso da<br />

grua. Estas melhorias têm um impacto positivo<br />

no consumo de combustível.“Os pneus<br />

de grua são tecnologicamente avança<strong>dos</strong>. São<br />

capazes de transportar cargas muito pesadas,<br />

inclusivamente a velocidades de até 85 km/h”,<br />

afirmou Jaroslav Musil, chefe de produto de<br />

pneus industriais da Mitas.<br />

Dunlop submeteu o seu novo pneu de<br />

A inverno, o Winter Sport 5, a um desafio<br />

extremo na icónica corrida de Holy Island,<br />

no Reino Unido. Esta corrida, no noroeste<br />

da Inglaterra, é conhecida por ser uma das<br />

mais húmidas do país. Quis-se, assim, provar<br />

a capacidade <strong>dos</strong> novos pneus de inverno da<br />

Dunlop, criando um desafio que os levou ao<br />

limite e que impulsionou o seu rendimento<br />

ao máximo. O campeão do mundo de Wakeboard,<br />

Nick Davies, foi o atleta encarregue de<br />

viajar no automóvel equipado com os Winter<br />

Sport 5 e o piloto britânico Josh Cook encarregue<br />

de conduzi-lo. O Winter Sport 5 é o<br />

quinto pneu da gama de inverno da Dunlop<br />

com características baseadas nos seus antecessores,<br />

em particular no dinâmico Winter<br />

Sport 4 D.Criado para ajudar os condutores a<br />

fazer frente a corridas e condições<br />

imprevistas próprias de inverno,<br />

como gelo, granizo, placas de gelo,<br />

neve derretida ou poças de água,<br />

mais de 400 especialistas em R&D<br />

passaram 24 meses a realizar provas<br />

em três continentes para criar<br />

este novo pneu da gama Winter<br />

< VEJA O VIDEO ><br />

Sport da Dunlop.<br />

As inovações incluem um maior número<br />

de blocos, que oferecem melhores prestações<br />

na neve. Por seu turno, os canais centrais<br />

em ângulo proporcionam uma aderência<br />

lateral de excelência em<br />

superfícies deslizantes. Uma<br />

maior profundidade nos sulcos<br />

protege o pneu do aquaplaning,<br />

enquanto a otimização<br />

da estrutura e a distribuição<br />

do peso melhoram a eficiência<br />

energética.<br />

Goodyear é a marca<br />

de pneus mais admirada<br />

É o quarto ano consecutivo que a revista<br />

norte-americana Fortune elege Goodyear<br />

como o fabricante de pneus mais admirado<br />

do mundo. O fabricante de pneus lidera a lista<br />

de empresas com sede na União Europeia<br />

e ocupa o terceiro posto na escala internacional<br />

na classificação de empresas de peças<br />

para veículos motoriza<strong>dos</strong> mais admiradas<br />

do mundo, segundo a revista Fortune. Este<br />

título é publicado desde 1930 e consiste numa<br />

<strong>dos</strong> meios de comunicação mais relevantes a<br />

nível mundial na área da economia.<br />

Carpneu está em expansão e crescimento<br />

Carpneu inaugurou, recentemente, um<br />

A novo centro de assistência especializado,<br />

na Zona Industrial do Porto. Com a<br />

abertura desta nova unidade, a Carpneu<br />

passou a estar presente no mercado com<br />

cinco centros de assistências: Famalicão, Matosinhos,<br />

Ponte de Lima, Braga e Porto. O<br />

novo centro, situado numa importante área<br />

da Invicta (Zona Industrial), surge integrado<br />

na política de expansão e de proximidade<br />

com o cliente que a empresa tem vindo a<br />

prosseguir, sempre com o compromisso<br />

da prestação de um serviço de excelência<br />

na assistência automóvel. A Carpneu foi<br />

fundada em 1985, em Famalicão, com o<br />

intuito de oferecer um serviço de qualidade<br />

na assistência automóvel, algo que<br />

o seu fundador, Américo Araújo <strong>dos</strong> Santos,<br />

identificou como uma lacuna na oferta de<br />

serviços para automóveis neste concelho.<br />

Em 1989, a empresa mudou de instalações,<br />

passando, então, para a atual sede, situada<br />

na Rua de Sancho I, 1316 (Calendário).Mais<br />

tarde, em 1994, a Carpneu acabou por adquirir<br />

mais um posto, dando os primeiros<br />

passos na implementação de uma estratégia<br />

de expansão, que culminou com a abertura<br />

da loja de Ponte de Lima, em 2008.Em<br />

2009, a Carpneu abriu mais um centro de<br />

assistência especializado, em Matosinhos.<br />

No ano passado, a empresa passou a estar<br />

presente, também, em Braga. Um ano depois,<br />

chegou ao Porto.<br />

34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


MB <strong>Pneus</strong> integra rede Euromaster<br />

Em linha com a estratégia de crescimento verificada<br />

na Euromaster desde a sua chegada<br />

a Portugal, a rede anunciou a abertura de um<br />

novo centro. Desta vez, a Euromaster reveste<br />

com as suas cores o moderno e bonito centro<br />

da empresa MB <strong>Pneus</strong>, em Tarouca.<br />

Esta empresa, criada em 2008, por Luís Miguel<br />

Guilherme e Carlos Gonçalves, dois amigos<br />

que deram forma a uma ideia e a converteram<br />

no centro de referência daquela zona,<br />

abrange, hoje, a totalidade <strong>dos</strong> segmentos<br />

de mercado.A gerência rapidamente percebeu<br />

que a oferta inicial, baseada exclusivamente<br />

no pneu, era insuficiente para responder<br />

às necessidades <strong>dos</strong> seus clientes. Tendo<br />

isso em mente, ampliaram a oferta com serviços<br />

que visam garantir a assistência e manutenção<br />

de veículos. A necessidade de<br />

alargar a oferta Euromaster à população do<br />

interior, assim como assegurar a mobilidade<br />

<strong>dos</strong> clientes profissionais e particulares da<br />

rede, que circulam pelas estradas do interior<br />

do país, fazem parte <strong>dos</strong> objetivos da Euromaster<br />

e constitui um eixo importante no<br />

qual a rede baseia a sua expansão.<br />

A localização estratégica deste centro, junto<br />

à A24, responde na perfeição a esta ambição.<br />

A MB <strong>Pneus</strong> já conta com veículos de assistência<br />

capazes de prestar um serviço rápido<br />

e eficaz em estrada, contribuindo, desta forma,<br />

para a desempanagem de ligeiros e pesa<strong>dos</strong><br />

durante as 24 horas do dia através da<br />

rede OKb24Horas. A MB <strong>Pneus</strong> encontrou na<br />

Euromaster o parceiro ideal para desenvolver<br />

o seu negócio e assegurar aos seus clientes o<br />

acesso a uma ampla oferta de produtos inovadores<br />

e exclusivos, tais como Master Assistência,<br />

OK 24Horas, Revisão Oficial, Planos<br />

Master, MasterCheck, Financiamento, MasterSegur,<br />

Frotas e Promoções.Em Portugal,<br />

a rede europeia Euromaster continua o seu<br />

plano de crescimento e consolida a sua posição<br />

no mercado de pneus e manutenção<br />

de veículos. Na Europa, a rede está presente<br />

em 17 países, com mais de 2.300 centros de<br />

serviço, próprios e franquia<strong>dos</strong>, 411 deles em<br />

Espanha e Portugal. No total, a rede conta<br />

com 10.700 profissionais e uma faturação<br />

anual de mais de 1.800 milhões de euros.<br />

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Notícias<br />

Mercado<br />

SportContact 6 é o melhor<br />

para a revista Auto Bild Sportscars<br />

No seu primeiro teste, o novo pneu UHP<br />

da Continental, o SportContact 6, voltou<br />

para casa em primeiro lugar. No final <strong>dos</strong><br />

testes, que abrangeram 10 critérios, os jornalistas<br />

especializa<strong>dos</strong> da Auto Bild Sportscars<br />

atribuíram ao pneu superdesportivo desenvolvido<br />

pelos engenheiros da Continental,<br />

em Hannover, uma avaliação “exemplar” e um<br />

lugar cimeiro nas classificações.Para vencer, o<br />

pneu de alta tecnologia da<br />

Continental teve de ser<br />

posto à prova em piso<br />

molhado e seco. E,<br />

também, no que diz<br />

respeito à resistência<br />

ao rolamento.Para<br />

além do novo pneu<br />

UHP da Continental,<br />

foram testa<strong>dos</strong> mais<br />

cinco pneus de marcas<br />

europeias, asiáticas e<br />

americanas, nos tamanhos<br />

255/35R20 na frente e 295/30R20 na<br />

traseira. O veículo de teste foi o Jaguar F-Type. <br />

Os resulta<strong>dos</strong> destes testes são bem demonstrativos<br />

da capacidade do novo pneu<br />

UHP em traduzir as tecnologias recentemente<br />

desenvolvidas com as quais está<br />

equipado, em melhorias comprovadas no<br />

desempenho em estrada.<br />

Ricardo Martins, diretor de marketing da<br />

Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, destacou a<br />

excelente performance e desempenho do<br />

SportContact 6 no primeiro teste de pneus<br />

a que foi submetido desde o seu lançamento<br />

em Portugal, que ocorreu em outubro<br />

de 2015, no Autódromo Internacional<br />

do Algarve (AIA). “O SportContact 6 é um<br />

pneu superdesportivo para o segmento de<br />

alta performance, que melhora, claramente,<br />

a condução, a precisão da direção e que é<br />

ainda mais adequado para velocidades elevadas<br />

do que o modelo anterior”, disse este<br />

responsável.<br />

Novo pneu Firestone<br />

exibiu-se em Genebra<br />

O regresso da Firestone à Europa é<br />

impulsionado pelo lançamento do novo<br />

Destination Winter, apresentado, pela<br />

primeira vez, no Salão de Genebra. O Firestone<br />

Destination HP conquistou um<br />

posicionamento diferenciador junto <strong>dos</strong><br />

condutores de SUV de médias e grandes<br />

dimensões. O Destination Winter transporta<br />

estas características para o inverno, oferecendo,<br />

adicionalmente, um controlo de alta<br />

qualidade na neve e o rótulo “B” da UE de<br />

melhor no mercado, a nível de aderência<br />

em piso molhado. Ainda para a neve, a<br />

Firestone apresentou o Multiseason, uma<br />

solução inovadora para invernos europeus<br />

mais amenos, onde o frio pode surgir de<br />

forma inesperada.<br />

Convenção Pirelli Key Point<br />

Portugal foi em Andorra<br />

Pirelli Neumáticos escolheu o estado<br />

A de Andorra para realizar, nos dias 8 e<br />

9 de fevereiro, a sua convenção anual <strong>dos</strong><br />

Key Point Portugal, reunindo uma seleção<br />

de clientes da marca. A Pirelli organizou diversas<br />

ações onde os participantes, além<br />

de conhecerem os produtos de forma<br />

mais pormenorizada, viveram emoções<br />

intensas.Os clientes, durante os dois dias,<br />

desfutaram das instalações de um <strong>dos</strong> hotéis<br />

mais exclusivos do Principado de Andorra.<br />

A Pirelli preparou um dia especial para os<br />

participantes da convenção, com um curso<br />

de condução na neve facultada pela Land<br />

Rover, no qual comprovaram a excelente<br />

eficácia <strong>dos</strong> pneus Pirelli Scorpion Winter<br />

que equiparam os veículos.Na reunião de<br />

formação, foram apresentadas algumas<br />

inovações tecnológicas <strong>dos</strong> produtos Pirelli,<br />

discutiu-se a situação do mercado português<br />

e as estratégias a implementar no programa<br />

Key Point, como também as ações exclusivas<br />

a colocar em prática no presente ano. As<br />

diferentes ações para os participantes na<br />

convenção prosseguiram com uma viagem<br />

especial até ao refúgio del Llac de Pessons<br />

(2307 m), um jantar de grupo e uma volta<br />

de moto na neve. Para terminar a convenção<br />

de dois dias, os participantes concluíram<br />

as suas ações com uma viagem à sede da<br />

Pirelli em Manresa (Barcelona), onde foram<br />

recebi<strong>dos</strong> pelo novo country manager da<br />

Pirelli Neumáticos para Espanha e Portugal<br />

(Daniele Deambrogio) e por Carles Gubert,<br />

diretor de logística das instalações.<br />

DS E-TENSE<br />

com pneus Michelin<br />

O DS E-TENSE, um GT elétrico de altas<br />

performances, criado pela DS Automobiles,<br />

que esteve em exibição na 86.ª edição do<br />

Salão de Genebra, vem equipado com os<br />

pneus concept Michelin Pilot Super Sport,<br />

desenvolvi<strong>dos</strong>, especialmente, para este<br />

protótipo. O DS E-TENSE representa o savoir-faire<br />

desta marca de luxo francesa. Os<br />

pneus Michelin de que dispõe refletem esta<br />

visão estilística, melhorando a emocionante<br />

sensação de conduzir que proporciona. Os<br />

pneus concept Pilot Super Sport combinam<br />

altas performances, grande eficiência energética<br />

e uma aparência de “alta costura”, elaborada<br />

à medida da personalidade do DS<br />

E-TENSE. Estes pneus beneficiam, também,<br />

da tecnologia Acoustic, que oferece aos ocupantes<br />

do veículo um nível de conforto e<br />

tranquilidade de primeira classe.<br />

36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Autocarros Solaris com<br />

ContiPressureCheck a bordo<br />

O ContiPressureCheck, sistema de monitorização da pressão <strong>dos</strong><br />

pneus da Continental, foi aprovado pelo fabricante de autocarros<br />

polaco Solaris. A empresa é um <strong>dos</strong> maiores fabricantes de autocarros<br />

urbanos, regionais e atrela<strong>dos</strong> e fornecerá o ContiPressureCheck<br />

como equipamento original nos veículos que produz. “É com grande<br />

satisfação que anunciamos a avaliação positiva do nosso sistema<br />

ContiPressureCheck por parte deste conceituado fabricante de autocarros.<br />

O acordo confirma que este sistema consiste numa excelente<br />

solução para empresas de autocarros que queiram controlar a<br />

qualidade e o estado <strong>dos</strong> seus pneus, melhorando, simultaneamente,<br />

o conforto e a segurança <strong>dos</strong> passageiros a bordo”, afirmou Hartwig<br />

Kühn, gestor do ContiPressureCheck na Continental Hannover.<br />

Dunlop apresenta<br />

novo pneu RoadSmart III<br />

Dunlop apresentou o seu novo pneu Sport Touring, RoadSmart<br />

A III, concebido para pilotos cada vez mais exigentes. O objetivo<br />

passa por tornar-se no melhor produto da sua classe a nível de<br />

manuseamento e aderência, atingindo, ao mesmo tempo, os mais<br />

eleva<strong>dos</strong> níveis de durabilidade no setor. Através de um incessante<br />

trabalho de desenvolvimento realizado no principal Centro Europeu<br />

de Desenvolvimento de Motos da Dunlop, em França, confirmou-<br />

-se, num teste independente, que o RoadSmart III apresenta um<br />

exemplar potencial de quilometragem do pneu dianteiro e atinge<br />

níveis de aderência e manuseamento em tempo seco 10% melhor<br />

do que a média alcançada por quatro concorrentes, sem deixar de<br />

apresentar, também, eleva<strong>dos</strong> níveis de aderência, confiança e resposta<br />

nas condições de piso molhado.<br />

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Notícias<br />

Mercado<br />

Vipal Borrachas equipa frota no Canadá<br />

Ressaltar os benefícios económicos e a<br />

segurança oferecida pela recauchutagem<br />

de pneus é algo que a Vipal Borrachas<br />

procura fazer. Este reconhecimento,<br />

que já acontece nos mais de 90 países<br />

onde a marca atua, também ocorre a<br />

nível governamental. Após realizar uma<br />

bateria de testes com a banda V167, a<br />

Societe de Transport de Montreal (STM),<br />

empresa de Montreal, no Canadá, passou<br />

a recauchutar os seus pneus com produtos<br />

da Vipal. A STM é responsável pelo<br />

transporte público de passageiros em<br />

Montreal e na região metropolitana. A<br />

empresa recauchuta cerca de 350 pneus<br />

por mês e passa a utilizar a banda V167,<br />

desenho da Vipal desenvolvido e comercializado<br />

apenas para fora do Brasil.A<br />

V167 é ideal para camiões e autocarros,<br />

com pneus radiais em eixos de tração e<br />

indicada, especialmente, para veículos<br />

de grande potência, devido ao bom poder<br />

de tração e para longos trajetos em<br />

pisos pavimenta<strong>dos</strong>. A banda também<br />

oferece bom desempenho em pisos com<br />

lama e neve.A empresa de transporte<br />

dispõe de uma frota com 721 autocarros<br />

e a recauchutagem <strong>dos</strong> pneus é realizada<br />

por uma empresa que é, também, do governo<br />

canadiano. A partir de abril deste<br />

ano, a empresa deve iniciar o processo<br />

de testes para usar, também, a DV-UM3,<br />

outra banda com sucesso de vendas da<br />

Vipal Borrachas.<br />

Bridgestone diagnostica<br />

doença na árvore da borracha<br />

Bridgestone anunciou a descoberta de uma técnica inovadora que permite um<br />

A diagnóstico fácil, rápido e preciso da doença da raiz branca em árvores-da-borracha<br />

seringueiras, a principal fonte da borracha natural utilizada no fabrico de pneus e de<br />

outros produtos de borracha. Com a introdução desta técnica, a Bridgestone apoia a<br />

conservação das árvores-da-borracha seringueiras e contribui para um fornecimento<br />

mais estável de borracha natural, à medida que a procura global continua a aumentar.<br />

A empresa desenvolveu um kit reagente fundamentado na estrutura genética <strong>dos</strong><br />

agentes patogénicos que causam a doença. O Método LAMP consiste numa técnica<br />

avançada e inovadora que possibilita a fácil confirmação da presença do agente patogénico<br />

no solo, sem ter de recorrer a equipamento especial. Com o Método LAMP, a<br />

deteção precoce da doença de raiz branca é agora possível e poderá ter um impacto<br />

significativo no controlo da propagação da doença de árvores doentes para as saudáveis.<br />

Além disto, ao expandir esta técnica, que pode ser utilizada independentemente<br />

do conhecimento ou da experiência, os processos do controlo de danos ou manutenção<br />

serão, consideravelmente, simplifica<strong>dos</strong>. Desta forma, acredita-se, também, que a<br />

adoção do Método LAMP possa ter um efeito colossal na gestão de plantações.<br />

Michelin mostra<br />

Anakee Wild para<br />

merca<strong>dos</strong> à escala<br />

global<br />

novo pneu “multifunção” do fabricante<br />

O francês já está disponível nos merca<strong>dos</strong><br />

de todo o mundo. A Michelin anunciou a comercialização,<br />

desde fevereiro de 2016, do seu<br />

novo pneu Anakee Wild para os merca<strong>dos</strong> de<br />

todo o mundo. Desenvolvido para motos de<br />

Trail com grande cilindrada, este pneu foi concebido<br />

para uma utilização dupla: tanto para<br />

estrada como para todo-o-terreno.<br />

Já disponível em quatro dimensões radiais,<br />

que permitem equipar a moto de referência<br />

da categoria, a BMW R 1200 GS, o pneu completará<br />

a sua oferta dimensional durante<br />

este ano com três medidas diagonais, abrangendo,<br />

assim, a grande maioria das trails do<br />

mercado. O novo pneu Anakee Wild destina-<br />

-se a motociclistas que procuram aventura,<br />

sozinhos ou com passageiro, que se atrevam<br />

a excursões, isola<strong>dos</strong> ou em grupo, durante<br />

o fim de semana ou em expedições, para<br />

quem as duas rodas significa uma experiência<br />

ou uma descoberta.<br />

< VEJA O VÍDEO<br />

38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Dispnal apresenta pneus<br />

Triangle e Linglong<br />

A Dispnal apresenta novidades em termos<br />

de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong> das marcas<br />

Triangle e Linglong. O piso TRT02 tem quatro<br />

rasgos, com saliências em ziguezague,<br />

que visam uma excelente estabilidade a alta<br />

velocidade. A parte lateral alargada tem o<br />

intuito de melhorar o nível de desgaste. O<br />

seu composto especial pretende assegurar<br />

uma baixa resistência ao rolamento e proporcionar<br />

uma condução confortável.Já<br />

o piso lateral do TRC03, foi desenvolvido<br />

de forma a ter uma maior resistência de<br />

desgaste em curva. O desenvolvimento do<br />

tipo “rib” foi adotado para uma maior quilometragem,<br />

ao passo que o composto de<br />

baixa resistência ao rolamento existe para<br />

uma maior eficiência do consumo. O tipo<br />

de padrão desenvolvido no piso TRC03 permite<br />

diminuir a acumulação de detritos, de<br />

forma a minimizar o risco de furo. Este piso<br />

é adequado para todas as posições.Quanto<br />

aos pisos da Linglong, o LTL863 tem o típico<br />

padrão misto. O seu composto visa prevenir<br />

o desgaste irregular, bem como uma baixa<br />

resistência ao rolamento.<br />

Já o LFL866, consiste num pneu desenvolvido<br />

para uma elevada quilometragem e<br />

desgaste regular. A sua estrutura melhorada,<br />

bem como os sulcos em ziguezague,<br />

pretendem oferecer uma excelente<br />

condução.<br />

O LDE803 é um piso adequado a camiões<br />

que circulam a alta velocidade e é caracterizado<br />

por ter um baixo nível de consumo e<br />

um elevado nível de travagem e aderência<br />

em piso molhado.<br />

O LAU603 foi concebido para utilizar no<br />

eixo direcional do camião, apresentando<br />

elevada durabilidade, boa aderência e baixo<br />

nível de desgaste.<br />

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Notícias<br />

Mercado<br />

Bridgestone eleita<br />

fabricante de pneus do ano<br />

Em reconhecimento do investimento global da Bridgestone<br />

em I&D e <strong>dos</strong> feitos alcança<strong>dos</strong> a nível de produção sustentável,<br />

um júri formado por cinco <strong>dos</strong> maiores especialistas em<br />

pneus da indústria elegeu a empresa como “Fabricante de<br />

<strong>Pneus</strong> do Ano” na edição de 2016 <strong>dos</strong> “Prémios Internacionais<br />

de Tecnologia do Pneu para a Inovação e Excelência”. O anúncio<br />

foi feito numa cerimónia durante a Expo de Tecnologia do<br />

Pneu, em Hannover, na Alemanha, no passado dia 17 de fevereiro.<br />

Nesta gala, Eduardo Minardi, presidente executivo e CEO<br />

da Bridgestone EMEA, recebeu o prémio em nome da Bridgestone<br />

Corporation. “To<strong>dos</strong> nós, na Bridgestone, estamos<br />

muito orgulhosos por receber esta distinção. I&D e inovação<br />

estão no centro de todas as nossas atividades, sendo este o<br />

único caminho que nos pode conduzir a um futuro sustentável”<br />

afirmou Minardi no seu discurso de celebração.<br />

Michelin equipa Safety Car da BMW<br />

A BMW anunciou que o seu M2, safety car do MotoGP em to<strong>dos</strong> os circuitos<br />

do mundo durante a época de 2016, vai ser equipado, exclusivamente,<br />

com pneus Pilot Sport Cup 2, nas dimensões 245/35 ZR 19 para o eixo<br />

dianteiro e 265/35 ZR19 para o eixo traseiro. O acordo com a BMW significa<br />

que, em to<strong>dos</strong> os grandes prémios, os progressos tecnológicos da<br />

Michelin vão estar presentes na pista. Evidentemente nas motos da competição,<br />

mas também na viatura de segurança que percorre o circuito no<br />

princípio de cada corrida.Os pneus Pilot Sport Cup 2, já disponíveis no<br />

mercado, que equiparão o BMW M2 Coupé, incorporam as tecnologias<br />

desenvolvidas em corridas, como as 24 Horas de Le Mans. Isto permite<br />

aos condutores de veículos de elevada performance rodar com total segurança<br />

e a alta velocidade, tanto em circuitos como em estradas abertas,<br />

pois estão homologa<strong>dos</strong> para estas. Os pneus proporcionam uma<br />

combinação única de três tecnologias da Michelin: a cintura de aramida,<br />

a banda de rolamento Bi-Compound e o Variable Contact Patch 3.0.<br />

Bandag expande gamas<br />

de pisos para autocarros<br />

A Bandag, líder mundial no fabrico de pisos pré-vulcaniza<strong>dos</strong><br />

premium, anunciou o lançamento de três novas medidas<br />

para reforçar a gama de autocarros urbanos e de longo curso.<br />

Esta é uma excelente notícia para to<strong>dos</strong> os operadores que<br />

procuram tirar partido do desempenho premium, segurança,<br />

durabilidade e boa quilometragem que as recauchutagens<br />

Bandag para autocarros urbanos e de longo curso oferecem.<br />

Com o potencial de aumentar a durabilidade<br />

do pneu e de melhorar a sua segurança,<br />

eficiência e desempenho,<br />

os pneus recauchuta<strong>dos</strong> premium<br />

da Bandag ajudam as empresas a<br />

promover a produtividade, reduzindo<br />

os perío<strong>dos</strong> de inatividade<br />

e diminuindo o custo total por<br />

quilómetro <strong>dos</strong> seus pneus. Agora,<br />

com o lançamento destas três novas<br />

medidas, mais autocarros urbanos<br />

e turísticos poderão tirar partido<br />

destes benefícios.<br />

ZAFCO organizou corrida<br />

corporativa para emprega<strong>dos</strong><br />

Levando ao topo da escala o ritual de responsabilidade social, a ZAFCO<br />

organizou um maratona de 5 km no Creek Park, Dubai, para os seus emprega<strong>dos</strong><br />

e respetivas famílias. O objetivo do evento passava por criar<br />

apoio à causa da educação na sociedade, subordinado ao tema “Educação<br />

para To<strong>dos</strong>”. O evento teve início às 9h com uma largada de pombos,<br />

como gesto de liberdade e direito a seguir em frente para criar mais<br />

objetivos. A vista carismática ao longo do lago e a brisa matinal foram<br />

perfeitas para a caminhada. Foi muito bom ver toda a gente a vestir a<br />

mesma t-shirt e a apoiar esta causa nobre. A excitação estava no ar e os<br />

participantes passaram bons momentos em conjunto.A ZAFCO tem estado<br />

envolvida em atividades que remetem para causas sociais, como a<br />

saúde, o meio ambiente e, particularmente, a educação. A empresa tem<br />

prestado apoio à Fundação Sorriso da Índia nos últimos três anos, onde<br />

crianças desfavorecidas têm uma hipótese de voltarem à escola.<br />

40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


BMW Série 7 vem equipado com<br />

Dunlop Winter Sport 4D<br />

A Dunlop anuncia a sua passagem a equipamento de origem para o novo<br />

BMW Série 7 com a sua gama de pneus de inverno. O novo Dunlop Winter<br />

Sport 4D (nas medidas 225/60R17 99H e 245/50R18 100H), servirá o topo<br />

de gama da marca bávara. Este pneu proporciona uma condução e uma<br />

capacidade de travagem excecionais no inverno para veículos de alto desempenho,<br />

sendo, por isso, uma boa escolha para o BMW Série 7. O pneu<br />

está concebido para proporcionar um excelente controlo sobre neve, gelo<br />

e superfícies molhadas e secas com baixas temperaturas. O padrão exclusivo<br />

do piso coloca um elevado número de extremidades aderentes em<br />

contacto com a estrada, proporcionando uma tração acrescida sobre neve.<br />

OK24h lança APP iPoint<br />

A plataforma de assistência técnica em viagem da Euromaster,<br />

OK24h, desenvolveu a iPoint, uma aplicação para<br />

telemóveis que possibilita aos profissionais, que tenham<br />

sofrido uma avaria na estrada, solicitar assistência de forma<br />

rápida e cómoda. A app está disponível para Android<br />

e iOS, em to<strong>dos</strong> os países da Europa. Com o principal objetivo<br />

de facilitar o processo ao cliente final, a aplicação<br />

permite que o condutor introduza os seus da<strong>dos</strong>, o tipo<br />

de avaria sofrida no pneu, a marca e a dimensão do pneu,<br />

para, posteriormente, entrar em contato direto com o call<br />

center, enviando, automaticamente, a sua geolocalização.<br />

Na app iPoint, o cliente poderá consultar assistências prévias<br />

e solicitar informação ao call center, o qual esclarecerá<br />

acerca de qualquer dúvida ou consulta.<br />

PUB<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41


Notícias<br />

Mercado<br />

Michelin renova Pilot<br />

Sport com geração 4<br />

Aston Martin e Bridgestone<br />

iniciam novo projeto<br />

Bridgestone foi selecionada pela Aston Martin para ser o parceiro oficial do novo<br />

A modelo DB11, que será lançado ainda este ano. O contributo da Bridgestone à<br />

Aston Martin abrangerá uma série de desenvolvimentos técnicos, testes de durabilidade<br />

e lançamentos internacionais para jornalistas, assim como a disponibilidade<br />

do seu prestigiado Centro Técnico Europeu em Aprilia, Itália.<br />

Christophe De Valroger, vice-presidente Original Equipment na Bridgestone Europe,<br />

afirmou que “a Bridgestone orgulha-se de dar continuidade à relação de<br />

parceria de longo prazo que mantém com a Aston Martin e de ser o único fornecedor<br />

escolhido para este projeto premium de desenvolvimento do novo DB11”. O<br />

mesmo responsável deu ainda conta que “trabalhar com um <strong>dos</strong> ícones mundiais<br />

de automóveis de luxo é mais do que um privilégio para os nossos engenheiros.<br />

É, também, uma grande oportunidade para nos desafiarmos e para subirmos o<br />

nível em termos de design, eficiência e desempenho”. De referir que o novo Aston<br />

Martin DB11 será equipado com a próxima geração <strong>dos</strong> conceitua<strong>dos</strong> pneus desportivos<br />

UHP da Bridgestone: Potenza S007.<br />

Michelin lançou no mercado o Pilot Sport 4. As<br />

A inovações tecnológicas da banda de rolamento<br />

provêm da experiência da marca na competição, incluindo<br />

a Fórmula E. A escultura adapta-se, constantemente,<br />

à estrada, graças ao controlo inteligente<br />

das interações dinâmicas entre arquitetura, banda<br />

de rolamento e materiais, o que permite uma gestão<br />

ótima da marca no solo. Precisão de condução altamente<br />

sensível: a nova tecnologia “Dynamic Response”<br />

consiste numa cintura com reforço híbrido de aramida<br />

e nylon, que assegura um ótimo controlo da direção.<br />

Com fibra de alta densidade, extremamente resistente<br />

à tensão e especialmente ligeira (cinco vezes mais<br />

resistente do que o aço), a força centrífuga a grandes<br />

velocidades está perfeitamente controlada e o<br />

pneu mantém a marca de contacto no solo, inclusive<br />

a alta velocidade.O novo Michelin Pilot Sport 4 está<br />

disponível em 17 dimensões,<br />

com jantes de 17” e 18”. As medidas<br />

para jantes de 19” estarão<br />

disponíveis no decorrer deste<br />

ano e no próximo.<br />

< VEJA O VÍDEO<br />

Pneu Conti Hybrid HT3 vence iF Design Award<br />

Conti Hybrid HT3 445/45R19.5 venceu mais<br />

O de 5.000 concorrentes para conquistar o iF<br />

Design Award. Este prémio é o reconhecimento<br />

pelos eleva<strong>dos</strong> padrões que foram aplica<strong>dos</strong> no<br />

desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus no que diz respeito a<br />

desempenho, segurança e eficiência e que podem<br />

ser também vistos através do design. Com o Conti<br />

Hybrid HT3 445/45R19.5, a Continental oferece um<br />

pneu para reboques altamente durável e eficiente<br />

em termos de consumo de combustível, que foi<br />

especialmente desenvolvido para o transporte de<br />

cargas.A carcaça recauchutável melhora a pegada<br />

de carbono das empresas de transportes e dá um<br />

contributo positivo para um transporte de mercadorias<br />

sustentável e amigo do ambiente.Tal como<br />

to<strong>dos</strong> os pneus do fabricante alemão, o Conti Hybrid<br />

HT3 445/45R19.5 foi totalmente desenvolvido<br />

num departamento interno de design sediado na<br />

unidade da Continental em Hannover-Stöcken. Os<br />

designers também criam um look diferente para cada<br />

família de pneus, interligando to<strong>dos</strong> os produtos de<br />

determinada uma gama. Além disso, certificam-se<br />

que a marca Continental possa ser reconhecida em<br />

cada pneu.<br />

42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Bridgestone Ecopia e Turanza<br />

no novo Prius<br />

A Bridgestone Corporation anunciou<br />

que os pneus Ecopia e Turanza serão<br />

equipamento de origem do novo veículo<br />

híbrido da Toyota: o Prius. Lançado<br />

no Japão no dia 12 de dezembro<br />

de 2015, e cuja distribuição na Europa<br />

e nos EUA já se encontra em curso, o<br />

novo modelo terá nos pneus Ecopia<br />

e Turanza da Bridgestone um papel<br />

fundamental para a estabilidade, conforto<br />

e eficiência que o veículo oferece<br />

e pelo qual é conhecido. Os Ecopia<br />

foram concebi<strong>dos</strong> para alcançarem<br />

uma baixa resistência ao rolamento,<br />

potenciando, assim, a eficiência de<br />

combustível.Estes pneus foram equipa<strong>dos</strong>,<br />

pela primeira vez, em veículos<br />

elétricos no ano de 1991, sendo que,<br />

atualmente, a Bridgestone apresenta já<br />

uma linha completa de produtos para<br />

a gama, que inclui medidas para uma<br />

vasta oferta de automóveis. Os Turanza,<br />

por sua vez, consistem numa gama de<br />

pneus que garante níveis de conforto<br />

e de desempenho extraordinários em<br />

viagens de longa duração.<br />

Michelin foi homologada pela Boeing<br />

A Michelin anunciou que, a partir de julho<br />

de 2016, vai ser o único fornecedor<br />

de pneus para o trem de aterragem<br />

principal <strong>dos</strong> Boeing 777-300ER (Extended<br />

Range), 777-200LR (Long Range)<br />

e 777 Cargo. Este avião de longo<br />

curso, com capacidade para 400 passageiros<br />

em voos com uma distância máxima<br />

de 7.<strong>37</strong>0 milhas náuticas (13.650<br />

km), vai passar a estar equipado com<br />

a nova geração de pneus Michelin<br />

com tecnologia radial NZG (Near Zero<br />

Growth). A homologação da Michelin<br />

para os Boeing 777-300ER faz parte<br />

de uma estratégia de colaboração a<br />

longo prazo entre as duas companhias<br />

internacionais.Os pneus com tecnologia<br />

radial da Michelin equipam a maior<br />

parte da frota da Boeing, tanto os 7<strong>37</strong>,<br />

747, 787 e 777, como vários aviões militares.<br />

Incorporam a tecnologia NZG e<br />

foram concebi<strong>dos</strong> para reduzir o custo<br />

total de utilização, prolongar a duração<br />

e proporcionar a máxima segurança.<br />

Tiresur tem novo site<br />

em oito idiomas<br />

A nova era digital da Tiresur está em curso e<br />

fevereiro foi, sem dúvida, um mês de lançamentos.<br />

Primeiro, veio o B2B renovado, com uma imagem<br />

mais atualizada e com novos recursos. Depois,<br />

foi a vez do novo site. Desde o dia 8 de fevereiro<br />

que a Tiresur tem um novo site corporativo com<br />

um carácter internacional, que reflete a crescente<br />

dispersão geográfica deste importante distribuidor<br />

de pneus. O site está disponível em oito línguas<br />

(espanhol, português, brasileiro, inglês, francês,<br />

catalão, galego e basco) e inclui, também, a possibilidade<br />

de escolher entre cinco opções (Tiresur<br />

Espanha, Tiresur Brasil, Tiresur Portugal, Tiresur<br />

África e Tiresur América Latina).Assim, encontram-<br />

-se informações corporativas, comerciais, de logística<br />

e de produtos, específicos para cada uma<br />

das áreas geográficas de influência internacional,<br />

podendo a matriz ser traduzida para qualquer um<br />

<strong>dos</strong> oito idiomas acima referi<strong>dos</strong>.<br />

Z Tyre chega a acordo<br />

comercial com a Autia<br />

Depois da participação da Z Tyre na convenção<br />

anual da Autia, no passado mês de janeiro,<br />

a empresa anunciou a assinatura de um acordo<br />

comercial com a rede de oficinas até há relativamente<br />

pouco tempo, chamada Eurotyre. O grupo<br />

foi fundado em 1993 e é propriedade <strong>dos</strong> seus<br />

100 membros acionistas. Refletindo o crescimento<br />

<strong>dos</strong> seus membros e uma evolução natural da<br />

rede, juntam-se agora à Autia para aumentar ainda<br />

mais o foco no cliente. E, desde o dia 1 de março,<br />

passaram a comercializar pneus Z na sua rede.<br />

Como parte do acordo, a Z Tyre proporcionará<br />

material da marca para os pontos de venda da<br />

Autia e colocará em marcha uma garantia especial<br />

para os pneus Z. Este é um capítulo emocionante<br />

para a Autia e para a Zenises, empresa proprietária<br />

<strong>dos</strong> pneus Z, relação que poderá ser frutífera para<br />

as duas empresas.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43


Empresa<br />

Retrocal<br />

< VEJA O VÍDEO ><br />

Marisa Feliciano<br />

e Emídio Feliciano<br />

são ambos gerentes<br />

da Retrocal desde<br />

1982. Na equipa,<br />

hoje, contam<br />

com mais três<br />

colaboradores<br />

Relações<br />

de confiança<br />

A Retrocal acredita que a confiança e a proximidade<br />

com os clientes será sempre um trunfo no negócio.<br />

Nesta empresa situada em Oeiras, os serviços rápi<strong>dos</strong><br />

têm crescido nos último anos<br />

Porque venho aqui? Porque gosto muito de<br />

to<strong>dos</strong>. Os meus quatro filhos já cá vêm e<br />

até os meus netos”. As palavras são de<br />

Maria José Pinto, cliente fiel da Retrocal,<br />

empresa do Grupo Pneuport, e, desde há três anos,<br />

aderente da rede da Continental, ContiService.<br />

Marisa Feliciano e Emídio Feliciano são os gerentes<br />

da Retrocal, localizada junto ao Parque <strong>dos</strong> Poetas,<br />

em Oeiras, desde 1982 (a loja foi inaugurada em<br />

1977), um negócio que abraçaram logo depois da<br />

vinda de Moçambique.<br />

O casal não esconde o orgulho que tem na confiança<br />

granjeada junto <strong>dos</strong> clientes. Um elemento<br />

distintivo da casa e que muito deve à “honestidade<br />

e à confiança” que emprestam a to<strong>dos</strong> os serviços<br />

Retrocal<br />

Por: Jorge Flores<br />

presta<strong>dos</strong>. “Ao longo <strong>dos</strong> anos tenho percebido<br />

que o contacto próximo com o cliente é essencial”,<br />

diz Marisa Feliciano, enaltecendo o papel do marido.<br />

“Está sempre em cima do acontecimento e as<br />

pessoas apreciam muito isso”, sublinha.<br />

w TRABALHAR EM REDE<br />

A adesão à ContiService aconteceu há três anos.<br />

As diferenças sentidas com o trabalho em rede?<br />

“Ainda estamos no início”, reconhece Marisa<br />

Feliciano. Contudo, “já se notam algumas<br />

mudanças”. Segundo a responsável, tem existido<br />

um esforço mútuo para ir ao “encontro de ambas<br />

as partes”. Não raras vezes, “as marcas lançam um<br />

conceito que, por vezes, dentro do ponto de vista<br />

Gerentes Marisa Feliciano e Emídio Feliciano<br />

Sede Rua de São Paulo, 2.º A, 2780 - 0<strong>37</strong> Oeiras | Telefone 214 418 248 | Email geral@retrocal.pt<br />

deles, nem sempre se enquadra com as nossas<br />

expectativas”, admite. “Mas penso que estamos a<br />

caminhar nesse sentido. Cada vez mais. Estamos<br />

a dar-lhe a perceção (somos várias casas hoje em<br />

dia) e conseguimos dar um bocadinho a perceção<br />

das nossas necessidades”, afirma.<br />

Marisa Feliciano considera que não é possível aferir<br />

se o número de clientes aumentou ou não com a<br />

entrada na rede ContiService. A explicação é<br />

bastante simples. “Fecharam duas casas na zona.<br />

E, portanto, temos notado uma maior afluência”.<br />

Por outras palavras, a clientela cresceu, mas não<br />

é fácil entender qual o “motivo”.<br />

Para a Retrocal, as empresas representam entre<br />

25 a 30% do negócio, que é dominado, em força,<br />

pelo cliente final.<br />

w PNEUS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />

Na atividade da Retrocal, os pneus são reis e<br />

senhores, como não poderia deixar de ser. Sempre<br />

novos. E a Continental tinha já direito a trono, em<br />

termos de volume de venda, ainda antes da adesão<br />

à rede ContiService.<br />

Mas, ainda assim, a área <strong>dos</strong> serviços rápi<strong>dos</strong> tem<br />

vindo a conquistar o seu espaço. “Estamos a<br />

desenvolver trabalho nesse sentido”. Neste<br />

momento, garante Marisa Feliciano, os pneus<br />

asseguram 60% <strong>dos</strong> trabalhos, enquanto os serviços<br />

rápi<strong>dos</strong> representam já perto de 40%.<br />

Nos últimos cinco anos, as oscilações em termos<br />

de faturação têm sido constantes. “Nestes mais se<br />

trinta anos, já passámos por muitos altos e baixos”,<br />

diz Marisa Feliciano. Precisamente por esse motivo,<br />

prefere não traçar grandes cenários. “Não sei se<br />

alguém neste negócio consegue ter uma perspetiva<br />

de futuro a longo prazo. As mudanças são grandes.<br />

Temos de estar atentos e dispor de uma visão<br />

muito aberta, porque as as novidades são sempre<br />

muitas e muito rápidas”, conclui a gerente.<br />

44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45


Entrevista<br />

Paulo Raimundo<br />

“Somos pessoas a trabalhar<br />

Perfil<br />

w w Começou a sua atividade profissional<br />

em 1990, na já extinta Hiperpneus,<br />

em Aveiro, onde tinha<br />

como principal função a gestão do<br />

produto recauchutado. Posteriormente,<br />

ingressou na (também já<br />

extinta) Recauchutagem Império,<br />

em Braga, prestando apoio na área<br />

de pneus industriais e assessorando a<br />

marca Barum, onde se manteve durante<br />

vários anos. Já na Continental<br />

<strong>Pneus</strong>, começou como gestor de<br />

produto industrial, tendo assumido,<br />

durante os últimos anos, a direção da<br />

divisão. Em 2004, Paulo Raimundo<br />

foi convidado a assumir a direção<br />

do mercado português pela C.G.S.<br />

Tyres, tendo, depois, desempenhado<br />

o cargo de diretor-geral ibérico. Mais<br />

tarde, ingressou na Recauchutagem<br />

Nortenha e, a seguir, na Safame<br />

Comercial, onde se mantém atualmente.<br />

A par da sua atividade profissional,<br />

Paulo Raimundo exerce,<br />

também, a função de consultor na<br />

empresa norte-americana Gerson<br />

Lehrman Group (GLG), que oferece<br />

soluções e alternativas para a abordagem<br />

e implementação de novas<br />

marcas no mercado europeu.<br />

Especialista na distribuição de pneus quality e budget,<br />

a Safame Comercial, empresa do Grupo Mesas, aposta<br />

unicamente no comércio B2B. Não dispõe de oficinas<br />

nem vende diretamente ao consumidor final. Paulo<br />

Raimundo, country manager Portugal, explica porquê<br />

Fundada há duas décadas, a Safame Comercial,<br />

sediada no país vizinho, é um <strong>dos</strong> players<br />

fortíssimos no setor <strong>dos</strong> pneus, estando<br />

presente, hoje, em toda a Península Ibérica.<br />

Com 51 colaboradores e umas instalações de 12.000<br />

m 2 , esta empresa do Grupo Mesas atingiu, em 2015,<br />

um volume de faturação de €30.000.000. Razões<br />

mais do que suficientes para que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> tivesse decidido entrevistar Paulo Raimundo,<br />

country manager Portugal.<br />

Quando foi fundada a Safame Comercial?<br />

Começo por frisar que a Recauchuta<strong>dos</strong> Mesas<br />

nasceu no ano de 1944, através de um pequeno<br />

posto de venda localizado na cidade de Villarrobledo,<br />

na província de Albacete. No início, a empresa<br />

dedicava -se à reparação de pneus, tendo crescido<br />

até se converter numa das maiores fábricas de<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> da Europa nos segmentos<br />

de camião, agricultura, florestal e movimentação<br />

de terras. A Safame Comercial, empresa do Grupo<br />

Mesas, começou a sua atividade no ano de 1995,<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

tendo como principal objetivo a comercialização<br />

de pneus novos. Nos primeiros anos de distribuição,<br />

a Safame Comercial apoiou -se, essencialmente, na<br />

rede de vendas já existente da empresa<br />

Recauchuta<strong>dos</strong> Mesas, tendo a atividade começado<br />

com as marcas Lassa e Alliance. Atualmente, a<br />

Safame Comercial distribui a marca Recauchuta<strong>dos</strong><br />

Mesas em regime de exclusividade para toda a<br />

Península Ibérica. Alguns <strong>dos</strong> nossos delega<strong>dos</strong> de<br />

vendas passaram, primeiro, pela Recauchuta<strong>dos</strong><br />

Mesas, integrando, posteriormente, a força de<br />

vendas da Safame Comercial, contando alguns<br />

deles com um know-how de mais de 30 anos no<br />

setor. Sabemos que uma equipa experiente é<br />

fundamental na geração de valor acrescentado.<br />

Como é constituída, atualmente, a Safame<br />

Comercial a nível de instalações e recursos<br />

humanos?<br />

A Safame Comercial dispõe, atualmente, de um<br />

total de três armazéns centraliza<strong>dos</strong> no Parque<br />

Empresarial Campollano, de Albacete, que perfazem<br />

46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Country Manager Portugal da Safame Comercial<br />

para pessoas”<br />

uma área de, aproximadamente, 12.000 m 2 e geram<br />

uma rotação de seis vezes/ano. As instalações do<br />

Grupo Mesas ocupam uma extensão de 60.000<br />

m 2 , sendo 26.000 deles urbaniza<strong>dos</strong> e 19.000 de<br />

área edificada. A compra, venda e logística estão<br />

interligadas para que os armazéns funcionem da<br />

forma mais fluida possível. Os processos de cargas<br />

e descargas são totalmente independentes,<br />

realizando- se em diferentes turnos para evitar<br />

interferências. A gestão de stocks está semiautomatizada<br />

para favorecer a planificação e<br />

diminuir a probabilidade de ruturas. A gestão <strong>dos</strong><br />

armazéns nos últimos anos tem melhorado<br />

bastante, embora exista ainda muito para fazer.<br />

O nosso serviço baseia-se numa atenção<br />

personalizada ao cliente, composta por 16 gestores<br />

comerciais reparti<strong>dos</strong> de forma estratégica por<br />

toda a Península Ibérica.<br />

Há quanto tempo comercializam pneus<br />

em Portugal?<br />

Estamos ativos no mercado português desde<br />

junho de 2015, cabendo-me a função de country<br />

manager.<br />

Quais as marcas de pneus que comercializam<br />

no mercado português?<br />

A Safame Comercial posiciona-se como<br />

especialista em distribuição nacional de pneus<br />

quality e budget. Ainda que disponha de marcas<br />

premium também (Michelin, Goodyear e<br />

Bridgestone). Colocamos à disposição <strong>dos</strong><br />

profissionais uma ampla e exclusiva gama de pneus<br />

de turismo, 4x4, camião, agrícolas, florestais e<br />

destina<strong>dos</strong> à movimentação de terras. Também<br />

comercializamos câmaras e conjuntos (jante e<br />

pneu) agrícolas e jantes de camião. A nossa missão<br />

é oferecer aos clientes a máxima rentabilidade ao<br />

mais baixo preço, satisfazendo as suas necessidades<br />

de entrega e disponibilidade de produto.<br />

Desenvolvemos a nossa estratégia comercial<br />

baseada na representação de marcas próprias em<br />

regime de exclusividade e com uma excelente<br />

relação qualidade/preço. As marcas quality de que<br />

dispomos são Lassa (exclusividade em Espanha),<br />

Double Coin (em exclusivo para Portugal e Espanha),<br />

Leao (em exclusivo para Portugal e Espanha),<br />

Alliance, Starmaxx e Techking (exclusividade para<br />

Espanha). Já a oferta budget, contempla as marcas<br />

Debica, Autogrip, Intertrac, Headway e Fullrun. À<br />

exceção da Debica, todas as budget são em regime<br />

de exclusividade para Portugal e Espanha. Depois,<br />

importa ainda frisar os Recauchuta<strong>dos</strong> Mesas para<br />

o segmento <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> (exclusivo<br />

internacional).<br />

Qual o prazo de entrega <strong>dos</strong> pneus para<br />

pedi<strong>dos</strong> feitos durante o dia?<br />

De momento, a empresa não tem armazéns em<br />

Portugal, pelo que as entregas de pneus são feitas<br />

a partir de Espanha. O nosso departamento de<br />

logística programa as expedições em função do<br />

tipo de produto e local de entrega. Trabalhamos<br />

com as melhores agências de transportes e<br />

analisamos continuamente a qualidade de serviço<br />

para garantir a fiabilidade das entregas. Atualmente,<br />

a Safame Comercial oferece prazos de entrega de<br />

24h, 48h e 72h em Portugal.<br />

Quais são os vossos principais clientes?<br />

Vendem apenas para oficinas ou, também,<br />

para retalhistas?<br />

Os principais clientes da Safame Comercial são<br />

os especialistas de pneus, orgulhando-se a empresa<br />

a que pertenço de ter clientes há mais de três<br />

gerações (avós, pais e filhos). Isto é algo que dá<br />

bastante credibilidade à nossa empresa. Vendemos<br />

pneus aos profissionais do setor e caracterizamonos<br />

por sermos um distribuidor de pneus<br />

independente e leal. Não temos oficinas nem casas<br />

de pneus e não vendemos ao consumidor final. A<br />

nossa estratégia comercial protege as marcas que<br />

comercializamos junto <strong>dos</strong> especialistas de pneus.<br />

Os clientes profissionais podem adquirir marcas<br />

distribuídas em regime de exclusividade pela<br />

Safame Comercial sem que haja presença em<br />

plataformas online ou venda direta ao consumidor<br />

final. Isto dá-lhes a possibilidade de comercializarem<br />

os nossos produtos sem qualquer interferência de<br />

outros canais.<br />

Que apoio estão a dar aos vossos clientes a<br />

nível de formação técnica, marketing e gestão?<br />

A Safame Comercial dá apoio total ao cliente. Por<br />

isso, temos uma equipa de profissionais com vasta<br />

experiência e conhecimento profundo <strong>dos</strong> nossos<br />

produtos. Também realizamos vários workshops<br />

durante todo o ano para aumentar a formação de<br />

nossa equipa e, assim, aconselhar com sucesso o<br />

cliente de acordo com as suas necessidades. Mais:<br />

caso seja necessário, realizamos uma sessão de<br />

formação na empresa do cliente. Por outro lado,<br />

fazemos campanhas de marketing personalizadas,<br />

tanto offline como online. Desde a conceção de<br />

folhetos de propaganda a campanhas com o<br />

Google Adwords ou FacebookAds, identificação<br />

de oficinas, apoio em feiras...<br />

Como está a correr o negócio em Portugal?<br />

Tendo em conta a conjuntura <strong>dos</strong> últimos anos<br />

e as dificuldades inerentes ao início da atividade,<br />

podemos afirmar que estamos a desenvolver e a<br />

implementar a estratégia delineada, em linha com<br />

o perspetivado.<br />

Para que outros países exportam pneus?<br />

Vendemos pneus internacionalmente,<br />

especialmente para os países da zona euro, através<br />

do nosso departamento de exportação<br />

(exportacion@grupomesas.com).<br />

Têm portal de vendas online?<br />

Através do site www.safame.com, os clientes têm<br />

acesso ao nosso portal de vendas online, traduzido<br />

em quatro idiomas e com um design RWD adaptável<br />

a qualquer dispositivo móvel (smartphone, tablet,<br />

laptop). Na conta de usuário, cada cliente pode<br />

comprar os pneus facilmente, acompanhando o<br />

preço e o stock atualizado. Assim como tem acesso<br />

a toda a tabela de produtos, para além de poder<br />

visualizar as promoções, brindes e outros<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47


Entrevista<br />

documentos interessantes, como catálogos técnicos<br />

e tabela de equivalência de pneus agrícolas.<br />

Qual tem sido a recetividade <strong>dos</strong> clientes<br />

ao vosso portal?<br />

A recetividade <strong>dos</strong> clientes é ótima. Cada vez<br />

mais, os clientes utilizam o nosso portal de vendas<br />

online pelas facilidades de utilização e por toda a<br />

informação que oferece. É uma alternativa positiva,<br />

porque os clientes veem, em tempo real, o stock<br />

disponível do produto, bem como outras soluções.<br />

Temos também disponível um centro telefónico<br />

de encomendas, através do qual a nossa equipa<br />

poderá aconselhar pessoalmente o cliente sobre<br />

qualquer assunto.<br />

Quanto representa em percentagem as vendas<br />

online?<br />

Através da nossa plataforma online, a faturação<br />

anda na ordem <strong>dos</strong> 60%.<br />

Fazem campanhas e promoções? Qual<br />

tem sido a sua aceitação junto <strong>dos</strong> clientes<br />

finais?<br />

Fazemos promoções mensais. To<strong>dos</strong> os clientes<br />

são informa<strong>dos</strong> acerca das campanhas através de<br />

web, email e do nosso representante de vendas. O<br />

mundo está a mudar rapidamente. As novas<br />

tecnologias oferecem-nos algo que era impensável<br />

há alguns anos. Podemos chegar a todo o mercado<br />

em tempo recorde e com um custo mínimo. Estamos<br />

a investir fortemente em novas tecnologias. A<br />

aceitação é muito boa. Por exemplo, os brindes<br />

promocionais são entregues juntamente com os<br />

pneus, sem que haja espera. Assim, o cliente pode<br />

usá-los diretamente nas suas ações de vendas<br />

junto <strong>dos</strong> consumidores finas.<br />

Está nos objetivos da vossa empresa criar<br />

uma rede de oficinas de pneus?<br />

Não. Nós vendemos pneus unicamente aos<br />

profissionais do setor e caracterizamo-nos por<br />

sermos um distribuidor de pneus independente<br />

e leal. Não temos oficinas nem casas de pneus e<br />

não vendemos ao consumidor final.<br />

E quanto ao facto de poderem ter uma<br />

marca própria de pneus?<br />

Também não faz parte <strong>dos</strong> nossos planos.<br />

Quais os maiores desafios e ameaças para o<br />

setor do comércio de pneus na atualidade?<br />

Mais do que ameaças, são desafios que<br />

enfrentamos como objetivos a cumprir. O mercado<br />

é muito exigente para os distribuidores de pneus,<br />

pois requer preço baixo, grande stock e pontualidade<br />

nas entregas. Por exemplo, para a devida<br />

comercialização de gama agrícola, exige-se um<br />

elevado grau de especialização e conhecimento<br />

do produto. A assessoria técnica desempenha um<br />

papel fundamental na comercialização destes<br />

produtos. É crucial saber-se identificar as<br />

necessidades do cliente para fornecer o produto<br />

que melhor se adapte às suas necessidades: uso<br />

e aplicação do pneu, tipo e potência da máquina<br />

e horas de trabalho, só para citarmos alguns<br />

exemplos. A nossa equipa técnica e comercial é<br />

composta por 16 pessoas dinâmicas e competentes,<br />

com uma experiência média de 20 anos no setor<br />

<strong>dos</strong> pneus, que são capazes de responder, de forma<br />

imediata, às necessidades <strong>dos</strong> clientes. Por outro<br />

lado, hoje também devemos estar prepara<strong>dos</strong> para<br />

apoiar os clientes no desenvolvimento de planos<br />

e estratégias de marketing, que darão lugar à<br />

comercialização de marcas.<br />

Ainda existem oportunidades de negócio<br />

no setor da distribuição de pneus para<br />

automóveis?<br />

Excelente pergunta. Há uns anos, os canais de<br />

distribuição resumiam-se, basicamente, aos<br />

fabricantes e distribuidores. Atualmente, assistimos<br />

a um vasta proliferação de distribuidores nacionais<br />

e regionais, concessionários de automóveis, oficinas<br />

de peças e oficinas de mecânica que comercializam<br />

pneus. O que demonstra que, garantidamente,<br />

haverá sempre oportunidades de negócio no setor<br />

da distribuição de pneus para automóveis.<br />

O que pode um grossista como a Safame<br />

Comercial fazer para se diferenciar no<br />

mercado?<br />

Em primeiro lugar, profissionalismo. A nossa<br />

equipa é formada por pessoas dinâmicas e<br />

competentes, com vasta experiência neste domínio<br />

e capazes de responder, de forma imediata, às<br />

necessidades <strong>dos</strong> clientes. Depois, ter marcas em<br />

regime de exclusividade e com excelente relação<br />

qualidade/preço, apresentar uma política de preços<br />

séria e estável e assegurar disponibilidade e<br />

continuidade de produto. A atenção comercial e<br />

financeira personalizada, adaptadas às necessidades<br />

de cada cliente, é de importância fundamental<br />

também. Assim como a atenção técnica e comercial<br />

e o suporte de marketing. A nossa estratégia de<br />

compras é outra das vantagens competitivas.<br />

Que relação têm com os fabricantes?<br />

Mantemos uma excelente relação com os nossos<br />

fabricantes e trocamos informações continuamente,<br />

de modo a mantermos os produtos num bom<br />

posicionamento de mercado e preço justo. Focamos<br />

o nosso volume total de compra num seleto número<br />

de fábricas, evitando traders e brokers, o que nos<br />

permite fornecer pneus a preço competitivo. Os<br />

nossos processos de seleção da marca são<br />

minuciosos. Uma vez que temos o fabricante<br />

apropriado, fortalecemos o relacionamento<br />

comercial e mantemo-lo a longo prazo, de modo<br />

a dar resposta às necessidades de continuidade<br />

da marca. O melhor exemplo disso é a relação que<br />

temos com marcas como Double Coin, Lassa, Leao<br />

e Techking, com as quais trabalhamos, em média,<br />

há 16 anos.<br />

Que objetivos pretendem atingir este ano<br />

em Portugal a nível de vendas?<br />

O principal objetivo é trabalharmos mais<br />

afincadamente do que nunca para continuarmos<br />

a aumentar a nossa competitividade no mercado.<br />

Continuamos a ouvir “a rua” para propor ideias e<br />

projetos adapta<strong>dos</strong> às necessidades reais do setor.<br />

Propostas que consigam ir ao encontro das<br />

necessidades <strong>dos</strong> nossos clientes por intermédio<br />

de ações comerciais e de marketing, que façam<br />

impulsionar as vendas e gerar valor adicional.<br />

Continuamos a investir em serviços e na atenção<br />

ao cliente, graças a um tratamento personalizado<br />

que é capaz de oferecer soluções imediatas.<br />

Somos pessoas a trabalhar para pessoas.<br />

48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


DISTRIBUIÇÃO de PNEUS<br />

APORTAMOS VALOR ACRESCENTADO À DISTRIBUIÇÃO<br />

Porque queremos ser o seu parceiro de negócio. Porque queremos construir relações a longo prazo.<br />

Porque a nossa filosofia se baseia na proximidade, no serviço, na confiança mútua e na fiabilidade.<br />

Porque somos profissionais multimarca e multissegmento. Porque nos preocupamos com a<br />

rentabilidade da sua empresa, comprometemo-nos a assegurar de forma permanente<br />

um EXCELENTE SERVIÇO com 2 plataformas logísticas em Portugal, uma AMPLA<br />

DISPONIBILIDADE DE STOCK e tudo isso aliado a PREÇOS MUITO COMPETITIVOS<br />

21 954 05 00<br />

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www.nextyres.pt<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49


Empresa<br />

Petrosintra<br />

< VEJA O VÍDEO ><br />

José Patrão <strong>dos</strong><br />

Santos fez questão<br />

de posar com a sua<br />

equipa. “Sem eles,<br />

não faria nada”,<br />

assegura<br />

Negócio duplo<br />

Os pneus e os combustíveis sempre andaram de mãos<br />

dadas na longa história da Petrosintra. A recente entrada<br />

na rede ContiService foi o culminar de uma relação de<br />

confiança entre a empresa e a Continental<br />

Quem entra na vila da Terrugem,<br />

dificilmente falhará a entrada para a<br />

Petrosintra. Sobretudo se tiver presente<br />

que esta empresa se encontra situada,<br />

paredes meias, com o grande posto de<br />

abastecimento da Galp na localidade.<br />

De resto, ambos têm a mesma “paternidade”.<br />

Logo a um primeiro olhar, a Petrosintra exibe a<br />

forte imagem de marca da ContiService. Uma<br />

realidade recente, já que, há um ano, a empresa<br />

criada no dia 1 de junho de 1968, por José Eugénio<br />

<strong>dos</strong> Santos (ainda com o nome de Auto Abastecedora<br />

da Terrugem e, só em 1989, como Petrosintra),<br />

aderiu à rede Continental, na sequência da<br />

cooperativa entretanto celebrada: a Pneuport.<br />

O responsável da Petrosintra, José Patrão <strong>dos</strong><br />

Santos, filho do fundador, recebeu a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> para desvendar as origens desta casa, que<br />

sempre fez <strong>dos</strong> combustíveis e <strong>dos</strong> pneus as suas<br />

duas grandes áreas de negócio.<br />

Por: Jorge Flores<br />

w PRIMEIRA MÁQUINA DE DESMONTAR<br />

Tudo começou com a abertura de um posto de<br />

abastecimento que dispunha de uma garagem<br />

contígua e onde eram conserta<strong>dos</strong> os pneus. “Os<br />

tempos eram outros. Os pneus tinham uma cunha<br />

em madeira e eram descola<strong>dos</strong> com uma... marreta.<br />

Corria-se o risco de fazer outro furo ou mesmo<br />

de estragar a jante. Ainda não havia máquinas”,<br />

revela José Patrão <strong>dos</strong> Santos.<br />

Com o passar <strong>dos</strong> anos, as máquinas de desmontar<br />

começaram a surgir no mercado, ainda<br />

rudimentares, sim, mas já com preços proibitivos.<br />

“Havia pouco dinheiro”, recorda. Felizmente, “o<br />

meu pai tinha muita habilidade e construiu uma<br />

máquina igual para desmontar pneus. Foi o<br />

começo”. A empresa começou a fazer diligências<br />

para assegurar a representação oficial de várias<br />

marcas de pneus, “mas, naquela altura, era difícil”.<br />

Mais tarde, foi conseguindo produtos como a<br />

Goodyear e a Dunlop. E não mais cessou a<br />

atividade. Apesar da distribuição de combustíveis<br />

ainda constituir a “fatia de leão” em termos de<br />

faturação, a área <strong>dos</strong> pneus, com os respetivos<br />

serviços acopla<strong>dos</strong>, conquistou o seu próprio<br />

espaço dentro da Petrosintra. “Somos uma<br />

empresa local. Estamos aqui há tantos anos,<br />

fazemos o trabalho bem, somos competitivos no<br />

preço e na qualidade e temos clientes fideliza<strong>dos</strong>”,<br />

garante o nosso interlocutor.<br />

w TRABALHAR EM REDE<br />

José Patrão <strong>dos</strong> Santos conta ainda à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> que a adesão à ContiService surgiu na<br />

sequência de vários anos de relação comercial<br />

entre a Petrosintra e a Continental. Mas deixa claro<br />

que uma parceria tem sempre dois la<strong>dos</strong>. “Achamos<br />

que é um bom parceiro e eles pensam o mesmo<br />

de nós. Somos um <strong>dos</strong> postos de referência deles”,<br />

enfatiza. Será então possível fazer uma avaliação<br />

deste primeiro ano a trabalhar em rede? O gerente<br />

acredita que sim. “A simples mudança da fachada<br />

mostra que estamos ativos. Os clientes gostam de<br />

ver esta dinâmica”, esclarece.<br />

Petrosintra<br />

Gerente José Patrão <strong>dos</strong> Santos<br />

Sede Av.ª 29 de Agosto, 16-18, 2705 - 869 – Sintra - Terrugem | Telefone 219 608 100 | Email geral@petrosintra.pt | Site www.petrosintra.pt<br />

50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S.<br />

Empresa<br />

Honrar o mentor<br />

Vicente Simão. Nome indissociável da Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. Foi graças a ele que Filipe<br />

Simão, filho e sócio-gerente da empresa, deve tudo o que tem. Prestar um serviço de<br />

excelência é a melhor forma de honrar o mentor<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Criada em 2002 e com um registo de cerca<br />

de 400 pneus vendi<strong>dos</strong> por mês, a história<br />

da Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. (abreviatura de Filipe<br />

Pereira Simão), remonta a Vicente Simão,<br />

pai do atual sócio-gerente, que, em março de<br />

2003, perdeu a vida num acidente de viação.<br />

Os pneus passaram a fazer parte da vida do clã<br />

Simão em 1985, quando abriram a primeira casa.<br />

Mais tarde, em 1989, mudaram-se para um novo<br />

espaço. Filipe Simão já tratava os pneus na segunda<br />

pessoa do singular. Quando terminou a licenciatura<br />

em gestão, na Universidade Técnica de Lisboa,<br />

foi estagiar para a Continental-Mabor. Depois de<br />

ter passado por diversos setores de atividade, foi<br />

convidado pelo pai para abrir o espaço que, hoje,<br />

existe. Primeiro, como Auto <strong>Pneus</strong> Simão e, a<br />

partir de 2008, já depois do falecimento <strong>dos</strong> pais,<br />

como Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S.<br />

w SERVIÇOS RÁPIDOS TAMBÉM<br />

Numa área coberta de 230 m2, implantada num<br />

terreno que totaliza 1.300 m2, Filipe Simão e os<br />

seus dois colaboradores, além <strong>dos</strong> pneus (que<br />

reúnem 80% do volume de faturação), dedicamse<br />

aos serviços rápi<strong>dos</strong>. “É onde se ganha mais<br />

dinheiro e surgiu para dar resposta às necessidades<br />

<strong>dos</strong> clientes”, destaca o sócio-gerente. Brevemente,<br />

será contratado um novo elemento para a equipa.<br />

Fidelidade, a Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. só a dá para os<br />

clientes que a visitam. “Não somos fiéis a uma<br />

marca. Trabalhamos com várias, desde premium<br />

a budget, passando por quality”, afirma. “A aposta<br />

passa pelos pneus novos para veículos ligeiros e<br />

comerciais. Sobretudo das marcas Nexen,<br />

Vredestein e Firemax”.<br />

Com uma faturação que rondou os €400.000 em<br />

2015, a Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. tem sempre cerca de<br />

300 pneus em stock. “As medidas que mais saída<br />

têm, tenho-as sempre em casa. Trabalho com um<br />

stock just in time. Se o cliente solicitar um específico<br />

que não tenha, consigo-o da manhã para a tarde.<br />

Ou arranjo maneira de ir eu mesmo buscá-los.<br />

Temos entregas entre duas a três vezes ao dia”.<br />

w NEGÓCIO SEM REDE<br />

Algo de que a Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. se orgulha é de<br />

trabalhar com 12 fornecedores, sendo a lista<br />

encabeçada pela RS Contreras. No que toca a<br />

equipamentos, o fornecedor predileto é a<br />

Domingos & Morgado, “que dispõe de produtos<br />

de altíssima qualidade e com preço justo”.<br />

Já o associativismo, vê com mais reservas. “No<br />

meu negócio, não vejo qualquer interesse.<br />

Pertenci, em tempos, à rede ConfortAuto, mas<br />

desisti em 2013”. A rede é mais vantajosa para ela<br />

própria do que para quem adere. Veja-se este<br />

exemplo: compro um pneu à rede que me custa,<br />

por exemplo, €41,50. Depois, tenho de fazer três<br />

ou quatro campanhas por ano com ele, tenho de<br />

gastar dinheiro nos flyers, na sua distribuição e<br />

nos brindes que lhes estão associa<strong>dos</strong>. E ainda<br />

pago uma quota mensal de €60. Tudo somado,<br />

esse pneu não me custa €41,50, mas €42,50. Se<br />

posso comprá-lo fora da rede, sem obrigatoriedade,<br />

e que me custa €39,50... Além disso, os clientes<br />

não se deslocam à minha casa porque está a<br />

imagem de uma rede. Mas sim por tratar-se da<br />

Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. Se me deslocasse para outra<br />

zona, onde não me conhecessem, talvez fizesse<br />

sentido estar em rede”, conclui. No próximo ano,<br />

Filipe Simão tem intenção de abrir outra casa. A<br />

localização está, contudo, em avaliação.<br />

Filipe Simão (ao centro) é<br />

sócio-gerente da empresa<br />

barreirense, que dispõe de<br />

equipamentos de topo e muda<br />

cerca de 400 pneus por mês<br />

Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S.<br />

Sócio-gerente Filipe Simão<br />

Sede Quinta das Rebelas, Lt. 12, 2830 – 222 Barreiro | Telefone 212 148 689 | Email auto.pneus.fps@gmail.com<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51


Entrevista<br />

Luís Aniceto e José Aniceto<br />

“No topo da distribuição”<br />

50 anos depois da fundação, a S. José <strong>Pneus</strong> orgulha-se de continuar a merecer <strong>dos</strong><br />

seus clientes e fornecedores a frase que foi o seu primeiro lema: “Confiança absoluta”<br />

Por: João Vieira<br />

Fundada em 1966, a José Aniceto & Irmão,<br />

Lda., teve como atividade inicial a recauchutagem<br />

e comercialização de pneus,<br />

com a designação comercial de Recauchutagem<br />

S. José. Na entrada do novo milénio, a<br />

gestão teve a visão de abrir uma nova vertente<br />

no negócio de pneus em Portugal, com a importação<br />

e distribuição multimarca de pneus novos,<br />

numa nova perspetiva de mercado. Neste novo<br />

projeto, foi adotada a designação comercial de<br />

S. José – Logística de <strong>Pneus</strong>.<br />

Atualmente, a S. José é uma das principais empresas<br />

de distribuição de pneus da Península<br />

Ibérica, assumindo como característica o facto<br />

de dispor da oferta mais variada do mercado,<br />

para os profissionais de pneus. A gama vai desde<br />

os pneus de jardim, até aos de engenharia civil,<br />

passando pelos ligeiros, 4x4, comerciais, pesa<strong>dos</strong>,<br />

agrícolas, manutenção, industrial MPT, golfe,<br />

câmaras de ar e recauchutagem. A empresa importa<br />

as marcas BKT, Goodride e Semperit, distribuindo<br />

ainda as principais marcas premium.<br />

Que balanço fazem destes 50 anos de<br />

atividade, sempre liga<strong>dos</strong> ao comércio<br />

de pneus?<br />

O balanço é extremamente positivo, justificando<br />

o esforço e dedicação que to<strong>dos</strong> os nossos sócios<br />

e colaboradores dispensaram à empresa ao<br />

longo destes anos. Logramos, ao alcançar estes<br />

50 anos, estar no ponto mais alto de atividade,<br />

seja em volume de faturação, como em número<br />

de colaboradores, continuando com boas perspetivas<br />

futuras de manter o nível de atividade,<br />

que nos colocou no topo da distribuição de pneus<br />

em Portugal e que nos permite ser uma referência<br />

a nível Ibérico.<br />

Como é, hoje, constituída a S. José <strong>Pneus</strong> a<br />

nível de instalações e recursos humanos?<br />

A empresa, neste momento, dispõe de um total<br />

de cerca de 11.000 m 2 de área coberta, com armazéns<br />

em Cantanhede e Beja, estando previstos<br />

novos investimentos em armazéns. Neste momento,<br />

está em desenvolvimento o projeto de uma<br />

52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Administradores da S. José <strong>Pneus</strong><br />

nova sede em Cantanhede, com uma área total<br />

de armazém prevista superior à existente e que,<br />

entre outras coisas, concentrará, num espaço<br />

contiguo, os armazéns que, estando próximos,<br />

não estão liga<strong>dos</strong>. Procurando-se, assim, obter<br />

consequentes ganhos operacionais. A nível de<br />

recursos humanos, a empresa está em fase de<br />

reforço da sua estrutura, a fim de perspetivar a<br />

evolução futura.<br />

A S. José <strong>Pneus</strong> foi distinguida com o<br />

estatuto de PME Excelência pelo quinto<br />

ano consecutivo. Qual o significado deste<br />

prémio para a empresa?<br />

A atribuição do Prémio de Mérito, por atingir,<br />

pelo 5.º ano consecutivo, o estatuto de PME Excelência,<br />

representa, para nós, uma consagração por<br />

todo o esforço, sacrifício e dedicação que dispensámos<br />

em todo este trajeto, em que tantas e<br />

tantas vezes, pusemos os interesses da empresa<br />

à frente de tudo. Muitas vezes até da vida familiar.<br />

Quais as marcas de pneus que representam<br />

em exclusivo no mercado português?<br />

Representamos, em exclusivo para Portugal e<br />

para Espanha, a marca de pneus agroindustriais<br />

BKT. E, em exclusivo para Portugal, a marca de<br />

pneus de turismo, comerciais, SUV e camião<br />

Goodride. Nestas gamas de pneus, somos, também,<br />

distribuidor de referência da Semperit.<br />

Para além das marcas que representa em<br />

exclusivo, que outras marcas de pneus<br />

distribui a S. José <strong>Pneus</strong>?<br />

Além da BKT, Goodride e Semperit, somos distribuidores<br />

de todas as marcas premium, como,<br />

por exemplo, Michelin, Continental, Goodyear,<br />

Dunlop e Bridgestone. Além destas, somos distribuidores,<br />

também, da Mabor, Kormoran, Firestone<br />

e Sunitrac, entre outras.<br />

Qual vai ser a estratégia da S. José <strong>Pneus</strong><br />

relativamente às marcas premium que<br />

comercializa?<br />

Tendo as marcas premium a maior quota e assumindo-se<br />

a S. José como o distribuidor com a<br />

gama mais vasta do mercado, temos uma importante<br />

quota de vendas nesta gama, com um<br />

importante e muito variado stock.<br />

E em relação às marcas quality e budget?<br />

A nossa marca quality de eleição é a Semperit,<br />

fabricada pela Continental, que tem uma importante<br />

presença nos países do centro da Europa,<br />

que reconhecem o alto nível de qualidade <strong>dos</strong><br />

seus pneus, tanto na gama consumer, como em<br />

camião, onde, durante este ano, se assiste ao<br />

lançamento de novos pisos e novos pneus com<br />

um altíssimo nível tecnológico. Nas marcas budget,<br />

a nossa principal marca é a Goodride, o maior<br />

fabricante da China, em que a principal característica<br />

desta marca não é só o preço mas, também,<br />

a qualidade. <strong>Pneus</strong> a qualquer preço não tem<br />

Marcos históricos<br />

2016 Prémio de Mérito pelo 5.º PME<br />

Excelência; 2.ª Presença com BKT<br />

na FIMA<br />

2015 Presença na Motortec, em Madrid,<br />

com Goodride<br />

2014 1.ª Presença com BKT na FIMA<br />

2013 Novo aumento do armazém, para<br />

10.000 m 2<br />

2012 Internacionalização da empresa<br />

com o início da distribuição em<br />

Espanha; Aumento de armazém<br />

para 7.500 m 2 ; PME Excelência<br />

pela 1.ª vez<br />

2011 Aumento de armazém para 4.500 m 2<br />

2010 Aumento de armazém para 3.000 m 2<br />

2009 1.ª atribuição estatuto PME Líder<br />

2005 Início da distribuição de pneus,<br />

criando-se um departamento com<br />

a designação S. José Logística de<br />

<strong>Pneus</strong><br />

2003 1.ª Certificação ISO 9001 na<br />

recauchutagem<br />

1996 Mudança para novas instalações<br />

na zona Industrial, atual sede, com<br />

2.000 m 2<br />

1989 Investimento em equipamento de<br />

recauchutagem de pneus “a frio”<br />

1979 Entrada da 2.ª geração na empresa;<br />

Separação venda de pneus a<br />

retalho, sendo criada a Pneubox,<br />

Comércio de <strong>Pneus</strong>, Lda.<br />

1966 Fundação da empresa, por<br />

José Abrantes Aniceto<br />

sido o nosso caminho. Neste segmento de pneus<br />

budget, são também importantes para nós as<br />

marcas produzidas pelos principais fabricantes,<br />

como a Mabor, a Kormoran e a Debica.<br />

Que balanço faz da vossa presença em<br />

Espanha?<br />

A nossa presença em Espanha tem um balanço<br />

muito positivo, onde conquistámos para a marca<br />

que ali representamos, a BKT, uma importante<br />

quota de mercado nos pneus agroindustriais. E,<br />

mesmo sabendo que é uma tarefa árdua e difícil,<br />

temos ilusões de experimentar algum crescimento<br />

mais. Realçamos que naquele mercado, principalmente<br />

na vertente de pneus agrícolas, a<br />

nossa concorrência são as marcas premium, já<br />

que, em Espanha, o primeiro fator de escolha de<br />

um pneu agrícola é a qualidade, pois trata-se de<br />

um mercado de consumidores mais maduro,<br />

muito mais profissional, que controla os resulta<strong>dos</strong><br />

de cada pneu, o que é vantajoso para uma<br />

marca que se impõe pela qualidade, como a BKT.<br />

Quais são os vossos principais clientes?<br />

Os nossos clientes são, principalmente, os profissionais<br />

de pneus, embora se assista, cada vez<br />

mais, às oficinas de mecânica e/ou concessionários<br />

a entrar também na comercialização de pneus,.<br />

Um pouco como que replicando o movimento<br />

das casas de pneus, que também fazem mecânica<br />

rápida. O nosso número de clientes ultrapassa<br />

em muito o milhar, que nos fazem regularmente<br />

compras.<br />

Que apoio estão a dar aos vossos clientes,<br />

a nível de formação técnica e comercial?<br />

Os nossos vendedores e o nosso call center,<br />

to<strong>dos</strong> eles com larga experiência no negócio de<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53


Entrevista<br />

Luís Aniceto e José Aniceto<br />

pneus, estão em condições de prestar todo apoio<br />

antes e após a venda. Ao mesmo tempo, a nossa<br />

página de venda online, B2B, inovando, fornece<br />

indicações com imagens do piso, aplicação e<br />

características técnicas nas “nossas” marcas, o<br />

que tem sido apreciado pelos nossos clientes.<br />

Fazem campanhas e promoções? Qual tem<br />

sido a sua aceitação junto <strong>dos</strong> clientes?<br />

A nossa empresa caracteriza-se por ter sempre<br />

online os melhores preços, sem grandes oscilações,<br />

garantindo ao cliente segurança na compra, sem<br />

ficar na dúvida se está a comprar no melhor ou<br />

no pior momento. Temos, ao mesmo tempo,<br />

vindo a efetuar promoções de merchandising.<br />

Qual a importância da Internet e das redes<br />

sociais para a comunicação com os<br />

vossos clientes?<br />

A Internet e a nossa página de vendas online<br />

são fundamentais na empresa. Renovámos,<br />

neste início de ano, o nosso site (www.sjosepneus.<br />

com), dando-lhe uma nova imagem, mais consentânea<br />

coma realidade da empresa. Ao mesmo<br />

tempo, podemos anunciar que, no próximo mês<br />

de maio, será renovada também a nossa página<br />

de vendas online, com algumas novidades.<br />

Como estão a conseguir fidelizar os clientes?<br />

Os nossos clientes, dizem-nos, são fideliza<strong>dos</strong><br />

pelo nosso rigor, ética, profissionalismo e humildade<br />

na relação com o cliente, valores em que<br />

nos revemos.<br />

Quais os maiores desafios que a S. José<br />

<strong>Pneus</strong> está a enfrentar na atualidade?<br />

Assumindo a nossa posição de topo na distribuição<br />

de pneus em Portugal, estamos permanentemente<br />

perante o desafio de poder responder<br />

às expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes, seja ao<br />

Importador exclusivo de pneus BKT<br />

para Portugal e Espanha<br />

Sucesso ibérico<br />

w w Importador exclusivo da BKT para Portugal,<br />

desde 2007, e para Espanha, desde 2012,<br />

esta marca tem uma importância fundamental<br />

para a S. José <strong>Pneus</strong>, representando uma<br />

quota importante do seu volume de vendas.<br />

Cada vez mais, a BKT distingue-se pela qualidade<br />

<strong>dos</strong> seus pneus, principalmente na sua<br />

gama principal, os pneus radias, onde tem<br />

atingido performances ao nível das marcas<br />

premium. Outro fator importante na marca<br />

é a variedade da sua gama e a capacidade de<br />

resposta rápida ao aparecimento de novos<br />

pneus. A nova fábrica vai continuar a garantir<br />

o crescimento da BKT e a entrega atempada<br />

<strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong>. Além de que, sendo uma fábrica<br />

moderna, com equipamentos avança<strong>dos</strong>, vai<br />

fazer aumentar o grau de qualidade de fabrico<br />

<strong>dos</strong> pneus BKT. Tendo uma boa quota de<br />

mercado em Portugal, o objetivo é consolidar<br />

essa quota. E, em Espanha, onde está há<br />

já quatro anos, o objetivo é, passo a passo,<br />

continuar a crescer.<br />

Foi a qualidade <strong>dos</strong> pneus BKT que impulsionou<br />

a boa penetração no mercado, replicando<br />

o sucesso da marca nos principais países da<br />

Europa. Hoje, a marca está posicionada como<br />

quality tendo, muitas vezes, um nível de performance<br />

semelhante às marcas premium. O<br />

mercado já o reconhece e os bons resulta<strong>dos</strong><br />

nível da diversidade de produtos, seja ao nível<br />

do serviço, no que representa um desafio mas,<br />

também, uma oportunidade de negócio.<br />

O que é que, hoje em dia, faz mais a diferença<br />

neste mercado: o produto, o serviço,<br />

a disponibilidade de stock ou o preço?<br />

Diríamos que to<strong>dos</strong> são importantes. Acrescentando<br />

que, para um cliente, é importante ter um<br />

fornecedor com uma ampla diversidade de oferta,<br />

seja em gama de pneus e aplicações, em<br />

medidas, marcas, nível de marcas. Por último,<br />

mas não menos importante, a confiança e empatia<br />

que sentem pelo fornecedor.<br />

Como analisa a reestruturação das casas<br />

de pneus em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />

Pensamos que a tendência para as casas de<br />

pneus terem serviços rápi<strong>dos</strong> vai continuar. Não<br />

obti<strong>dos</strong> sustentam esta posição.<br />

“O cliente BKT é um cliente sensível à qualidade<br />

do pneu e ao rendimento que pode obter<br />

na sua utilização, que aposta na fiabilidade<br />

do produto, atendendo ao muito baixo nível<br />

de reclamações que nos são apresentadas.<br />

Não é desprezável, também, a boa imagem<br />

que transmite um trator equipado com pneus<br />

BKT, seja pela maior largura que apresentam<br />

seja pelo design do pneu”, afirma Luís Aniceto.<br />

De referir que a BKT fabrica pneus para todas<br />

as aplicações em fora de estrada. Desde<br />

pneus de jardim, golfe, kart, agrícolas radiais e<br />

diagonais, retroescavadora, MPT, movimentação<br />

de terras, gruas, portos, OTR diagonais<br />

e radiais, empilhadores, maciços e moto4.<br />

obstante tudo o que se tem dito, os especialistas<br />

de pneus vão continuar a ter o seu espaço e a<br />

confiança <strong>dos</strong> consumidores, fazendo bem o que<br />

melhor sabem.<br />

O que pode um grossista como a S. José<br />

<strong>Pneus</strong> fazer para se diferenciar no mercado<br />

português?<br />

A S. José quer diferenciar-se pelo relacionamento<br />

com os clientes, continuando a pautar a<br />

sua atuação pela defesa <strong>dos</strong> valores que tem<br />

defendido e que foram atrás menciona<strong>dos</strong>.<br />

Qual é o plano de investimentos da S. José<br />

<strong>Pneus</strong> para os próximos anos?<br />

O plano de investimento passa pela construção<br />

de novos armazéns, tendo em vista a sustentação<br />

do crescimento esperado das vendas, ligado a<br />

novas vertentes de negócios.<br />

54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


NOVAS SURPRESAS NA CONDUÇÃO<br />

<strong>Pneus</strong> que proporcionam "surpresas" aos condutores<br />

A Toyo Tires encontrou a resposta: Proxes<br />

A marca que vai de encontro aos condutores que procuram<br />

o verdadeiro desempenho.<br />

Proporciona um elevado desempenho, tanto em piso seco<br />

como molhado, bem como uma condução confortável.<br />

Este poder excecional pode ser seu hoje.<br />

www.toyotires.pt - www.facebook.com/pneustoyo<br />

Distribuído por:<br />

Apartado 217 | 4564-909 PENAFIEL (PORTUGAL) | Tel. +351 255 617 480 | Fax. +351 255 617 489<br />

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Técnica<br />

<strong>Pneus</strong> sem ar<br />

A roda do futuro<br />

Os fabricantes de pneus premium têm vindo a apostar no desenvolvimento<br />

destes componentes sem ar no seu interior, revelando alguns protótipos que já<br />

se aproximam bastante das performances demonstradas pelos pneus “regulares”<br />

A<br />

Michelin, com o seu Tweel, ou a Bridgestone,<br />

com o Non-Pneumatic, já<br />

introduziram ideias de como seria a<br />

roda “não-pneumática”, ou seja, aquela que<br />

prescinde de ar no seu interior. Mais recentemente,<br />

o fabricante sul-coreano de pneus<br />

Hankook, apresentou a sua aposta para esta<br />

ideia, materializando-a num modelo definitivo,<br />

o “iFlex”, que substitui o ar por um poliuretano<br />

resistente.<br />

w RAZÃO DO CONCEITO<br />

Os pneus são os únicos elementos do veículo<br />

que estão em contacto com o solo. Estão encarregues<br />

de transmitir a força motriz que aplicamos<br />

ao acelerar, de levar o veículo segundo<br />

as instruções que damos ao virar o volante ou<br />

de deter o veículo na menor distância possível<br />

quando efetuamos uma travagem brusca.<br />

Razões mais do que suficientes para lhes prestarmos<br />

atenção maior do que a normal (pelo<br />

menos se tivermos em consideração qualquer<br />

estudo que avalie a manutenção habitualmente<br />

efetuada pelos condutores aos seus<br />

pneus), dado que deles, do seu bom estado e<br />

funcionamento, depende a nossa segurança<br />

e a <strong>dos</strong> que connosco viajam.<br />

Uma falha no funcionamento do pneu durante<br />

a marcha constitui uma das causas <strong>dos</strong> acidentes,<br />

imputáveis ao veículo, mais habituais em<br />

autoestrada e via rápida, estradas nas quais<br />

56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


os veículos circulam a velocidades elevadas<br />

durante perío<strong>dos</strong> de tempo prolonga<strong>dos</strong>. A<br />

consequência direta da escassa pressão nos<br />

pneus é o aquecimento <strong>dos</strong> mesmos, sobretudo<br />

quando se aumenta a velocidade<br />

de circulação.<br />

Isto pode acabar por resultar, em alguns casos,<br />

num rebentamento. Sem ser necessário<br />

que o pneu chegue a rebentar, muitas outras<br />

situações de perigo podem resultar de um<br />

enchimento abaixo do recomendado. Assim,<br />

descrever uma curva com pressão reduzida<br />

provoca um maior deslocamento da carroçaria<br />

do veículo em direção ao exterior da curva, devendo<br />

tal deslocamento ser suportado pelos<br />

pneus, que se veem obriga<strong>dos</strong> a realizar um<br />

maior esforço, o qual podem não ser capazes<br />

de suportar, dependendo da velocidade<br />

do veículo, do raio de curva a descrever e da<br />

pressão e estado prévio <strong>dos</strong> pneus.<br />

Uma parte da energia gerada pelo motor é<br />

consumida pelo veículo para vencer a resistência<br />

ao rolamento, resistência esta que aumenta<br />

quando a pressão <strong>dos</strong> pneus se encontra<br />

abaixo da recomendada. Este facto implica,<br />

inevitavelmente, um aumento do consumo<br />

lado, evita a necessidade de controlar a pressão<br />

de isuflação, aspeto que é muito importante<br />

para a segurança de um veículo.<br />

w ANTECEDENTES HISTÓRICOS<br />

Em 2004, a Michelin já tinha apresentado, no<br />

Salão de Paris, o seu protótipo de roda sem<br />

ar, a Michelin X Tweel. O objetivo do fabricante<br />

gaulês era reduzir o tempo perdido na<br />

reparação <strong>dos</strong> furos, mas sem perder tração,<br />

manobrabilidade ou comodidade. Com estas<br />

rodas, também desapareceria a necessidade<br />

três partes: uma parte interior executada em<br />

alumínio, uma faixa de rolamento exterior<br />

à base de borracha e, como novidade, uma<br />

espécie de raios internos concebi<strong>dos</strong> em resina<br />

termoplástica. Portanto, dispõe de uma<br />

única estrutura de raios ao longo <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong><br />

interiores que suportam o peso do veículo.<br />

Esta estrutura interna baseada em raios permite<br />

um comportamento exatamente igual ao<br />

<strong>dos</strong> pneus convencionais, oferecendo níveis<br />

de manobrabilidade e estabilidade semelhantes<br />

aos <strong>dos</strong> tradicionais. A Bridgestone<br />

A roda<br />

“não-pneumática”<br />

elimina os furos,<br />

reduz o consumo<br />

de combustível e<br />

simplifica o processo<br />

de produção<br />

O maior desafio <strong>dos</strong> pneus sem ar é o seu rendimento a<br />

velocidades elevadas. Atualmente, estes pneus apenas<br />

garantem uma resposta segura até aos 130 km/h, razão<br />

pela qual, inicialmente, só poderão equipar alguns veículos<br />

urbanos ou elétricos, com velocidades limitadas<br />

de combustível do veículo.<br />

Com a introdução <strong>dos</strong> pneus sem ar, é possível,<br />

entre outras vantagens, eliminar os furos e<br />

reduzir o consumo de combustível. Por outro<br />

de controlar a pressão de insuflação <strong>dos</strong><br />

pneus, sendo que estas são constituídas por<br />

um cubo rígido ligado à faixa de rolamento<br />

através de raios deformáveis de poliuretano.<br />

Por outro lado, em 2013, a Bridgestone apresentou<br />

a segunda geração da sua “Non-Pneumatic”,<br />

conhecida como “Bridgestone Air Free”.<br />

Esta roda, como o seu nome indica, não aloja<br />

ar comprimido para lhe oferecer apoio estrutural,<br />

tratando-se de uma roda constituída por<br />

otimizou a estrutura desta roda, utilizando<br />

como material resina termoplástica sintética<br />

de alta resistência, que se torna flexível<br />

quando aquece. Estas rodas foram testadas<br />

com sucesso na sua segunda fase, em veículos<br />

de 410 kg e a uma velocidade de 60 km/h.<br />

A Bridgestone conseguiu reduzir a resistência<br />

destas rodas ao rolamento, no qual 90% da<br />

perda de energia resulta de mudanças que<br />

ocorrem nas formas do pneu quando este rola.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57


Técnica<br />

<strong>Pneus</strong> sem ar<br />

w ÚLTIMOS AVANÇOS<br />

Agora, é o fabricante sul-coreano de pneus<br />

Hankook quem apresenta a sua aposta para<br />

esta ideia, materializando-a num modelo<br />

definitivo, o “iFlex”, que substitui o ar por<br />

um poliuretano resistente. A produção está<br />

a um passo de ser iniciada, após o modelo<br />

ter sido submetido a uma série de ensaios a<br />

velocidades elevadas.<br />

O material utilizado para o seu fabrico necessita<br />

de um processo energeticamente<br />

eficiente e fácil de reciclar. A utilização deste<br />

novo material também permite a redução para<br />

metade do número de passos necessários<br />

para o fabrico deste tipo de rodas.<br />

pessoa, normalmente utiliza<strong>dos</strong> por cidadãos<br />

de idade avançada.<br />

Embora o tipo de pneu que não utiliza ar<br />

esteja ainda em fase experimental, tem um<br />

enorme potencial para a produção de veículos.<br />

Uma vez que este tipo de rodas não<br />

fura e, dependendo <strong>dos</strong> materiais utiliza<strong>dos</strong>,<br />

também tem potencial para reduzir significativamente<br />

as emissões na sua produção. Para<br />

Este novo tipo de roda não-pneumática estará<br />

disponível em diferentes cores, sendo de<br />

destacar que, no futuro, o pneu será mais um<br />

elemento do veículo que poderá ser personalizado,<br />

assim como as jantes ou os diferentes<br />

acessórios aerodinâmicos da carroçaria.<br />

Entre as suas vantagens, destaca-se a durabilidade,<br />

algo que permite uma maior poupança<br />

para o utilizador, que, além disso, beneficiará<br />

w TESTES EFETUADOS<br />

O “iFlex” foi submetido a cinco tipos diferentes<br />

de testes, concebi<strong>dos</strong> para o levar ao limite<br />

em cinco categorias: durabilidade, dureza,<br />

estabilidade, slalom e velocidade. O veículo<br />

elétrico da Hankook, utilizado para estes testes,<br />

alcançou uma velocidade de 130 km/h<br />

sem danificar a roda e o “iFlex” foi capaz de<br />

Sejam de que tipo forem, os pneus sem ar devem obedecer<br />

a uma série de requisitos muito importantes para<br />

a segurança do veículo e <strong>dos</strong> seus ocupantes. Desde o<br />

controlo da manobrabilidade até ao contributo para a<br />

estabilidade e desempenho da suspensão, garantindo a<br />

máxima aderência em qualquer situação<br />

obter o mesmo rendimento do que um pneu<br />

convencional nos restantes testes, ainda que<br />

não tenham sido revela<strong>dos</strong> mais detalhes<br />

acerca <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> destes ensaios.<br />

Como foi indicado anteriormente, a Hankook<br />

não é a única empresa a testar pneus sem ar.<br />

A Michelin abriu uma fábrica na América do<br />

Norte dedicada à produção do seu modelo<br />

Tweel, enquanto a Bridgestone tem estado<br />

a testar o seu modelo reciclável não-pneumático<br />

em veículos japoneses para uma só<br />

Com a introdução<br />

deste novo conceito<br />

de pneu sem ar, evita-<br />

-se a necessidade de<br />

controlar a pressão<br />

de insuflação, aspeto<br />

muito importante<br />

para a segurança<br />

além de poderem ser recicladas, permitindo<br />

dois importantes benefícios para o ambiente.<br />

w SÉRIE DE VANTAGENS<br />

Uma das vantagens anunciadas deve-se ao<br />

material utilizado, uma vez que o recurso ao<br />

poliuretano reduz o peso da roda. Além disso,<br />

o “iFlex” dispõe de uma faixa de rolamento que<br />

oferece menor resistência e, portanto, estes<br />

dois aspetos reduzem o consumo de combustível<br />

do automóvel. Outro aspeto muito<br />

positivo é que o composto com o qual são<br />

fabricadas estas rodas não-pneumáticas foi<br />

desenvolvido a partir de materiais ecológicos,<br />

o que permite que o “iFlex” possa ser reciclado<br />

com maior facilidade (é possível voltar a utilizar<br />

até 95% do mesmo).<br />

de uma maior versatilidade, visto que, segundo<br />

indicação do fabricante, as “iFlex” dispõem no<br />

seu interior de diferentes formas geométricas<br />

que garantem uma grande elasticidade<br />

e capacidade de ressalto. Por outro lado, esta<br />

característica permite-lhes uma correta adaptação<br />

a qualquer tipo de jante.<br />

Em contrapartida, o grande desafio da roda<br />

sem ar é o seu rendimento a velocidades elevadas.<br />

Como indicado, neste momento, o “iFlex”<br />

apenas garante uma resposta segura até aos<br />

130 km/h, razão pela qual, inicialmente, só<br />

poderá equipar alguns veículos urbanos ou<br />

elétricos, com uma velocidade limitada.<br />

A roda “não-pneumática” elimina os furos, reduz<br />

o consumo de combustível e simplifica<br />

o processo de produção. Os fabricantes de<br />

pneus que desenvolveram este tipo de rodas<br />

conseguiram conceber um produto que mantém<br />

as vantagens <strong>dos</strong> pneus convencionais,<br />

mas aumentando as suas prestações. Com a<br />

introdução deste novo conceito de roda “não-<br />

-pneumática”, será evitada a necessidade de<br />

controlar a pressão de insuflação, aspeto muito<br />

importante para a segurança do veículo. Sejam<br />

de que tipo forem, os pneumáticos ou “não<br />

pneumáticos” devem obedecer a uma série de<br />

requisitos muito importantes para a segurança<br />

do veículo e <strong>dos</strong> ocupantes. Desde o controlo<br />

da manobrabilidade até ao contributo para a<br />

estabilidade e bom desempenho da suspensão,<br />

garantindo a máxima aderência.<br />

58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Técnica<br />

Equilibragem de rodas<br />

Controlo de vibrações<br />

Um bom equilíbrio das rodas previne avarias no automóvel e evita o desgaste<br />

prematuro do pneu. Também protege as suspensões, os amortecedores, as jantes,<br />

a direção e a transmissão, melhorando, de forma significativa, o conforto a bordo<br />

Nem o pneu nem a jante são rigorosamente<br />

homogéneos, o que conduz<br />

ao facto de haver pontos com mais<br />

peso do que outros. Esse desequilíbrio de<br />

peso gera, a certos regimes de rotação, forças<br />

centrífugas consideráveis, que fazem<br />

oscilar a roda, com prejuízo óbvio quer do<br />

conforto e da segurança da condução, quer<br />

no que respeita à duração <strong>dos</strong> pneus e <strong>dos</strong><br />

componentes mecânicos da suspensão, da<br />

direção e da transmissão.<br />

Ao sair de fábrica, as rodas vêm equilibradas<br />

de forma rigorosa, mas a utilização acaba<br />

por provocar desequilíbrios. A primeira razão<br />

é que o normal desgaste do pneu não é<br />

100% regular a toda a volta. Além disso, os<br />

pesos utiliza<strong>dos</strong> para equilibrar a roda podem<br />

desprender-se, causando o desequilíbrio<br />

da mesma. Em consequência de impactos,<br />

tanto o pneu como a jante podem<br />

sofrer deformações, o que também afeta o<br />

equilíbrio da roda. A equilibragem é, geralmente,<br />

feita quando são realiza<strong>dos</strong> serviços<br />

nas rodas e nos pneus, mas deve ser imperativamente<br />

efetuada sempre que existirem<br />

vibrações na direção a certos regimes ou<br />

velocidades.<br />

w EQUILÍBRIO É SEMPRE NECESSÁRIO<br />

A função de equilibrar rodas faz parte da<br />

montagem de pneus, porque a matéria<br />

constituinte, tanto do pneu como da jante,<br />

não é perfeitamente uniforme. Além disso,<br />

a própria válvula de enchimento é um fator<br />

de desequilíbrio da roda. Ao montar o pneu<br />

na jante, há sempre pontos com uma massa<br />

superior aos restantes, que geram um momento<br />

de inércia maior. A certos regimes de<br />

rotação da roda, a força centrífuga gerada<br />

por esses pontos impele a roda para o exterior<br />

do seu eixo de rotação normal, provocando<br />

vibrações e oscilações. Estas podem<br />

ser no sentido longitudinal ou oblíquo,<br />

impondo um rigoroso equilíbrio da roda,<br />

adicionando pequenas massas metálicas<br />

no ponto diametralmente oposto ao ponto<br />

da roda mais pesado, a fim de compensar<br />

as forças geradas por este. Sem esse equilíbrio,<br />

as vibrações e oscilações provocadas<br />

a certas velocidades tornam a condução<br />

desconfortável e insegura, para além de<br />

provocarem o desgaste irregular do pneu e<br />

de deteriorarem os componentes do cubo<br />

da roda, da suspensão e da direção, assim<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59


Técnica<br />

Equilibragem de rodas<br />

como da própria carroçaria.<br />

A velocidades superiores, por vezes, as vibrações<br />

diminuem de intensidade, porque<br />

aumenta a sua frequência, o que faz diminuir<br />

a sua amplitude. No entanto, o seu<br />

efeito demolidor na estrutura do pneu e do<br />

próprio veículo não deixa de atuar, podendo<br />

até mesmo agravar os seus efeitos.<br />

Para tornar o serviço de substituição <strong>dos</strong><br />

pneus mais rápido, que noutros tempos<br />

chegou a ser moroso, as modernas máquinas<br />

de equilibrar rodas recorrem a sistemas<br />

eletrónicos e programas informáticos,<br />

como quase to<strong>dos</strong> os outros equipamentos<br />

da atualidade. O objetivo é obter o mais rapidamente<br />

possível o local exato e a massa<br />

correta que deve ser aplicada nesse ponto,<br />

aparelhos topo de gama, essa identificação<br />

é automática no momento em que a roda<br />

é fixada no veio de lançamento. Em certos<br />

casos, este sistema consegue realizar outras<br />

funções, como detetar a excentricidade<br />

do pneu, só para citarmos um exemplo. Os<br />

sistemas semiautomáticos dispõem de um<br />

sistema de medição instalado na tampa de<br />

proteção da roda, ficando os da<strong>dos</strong> automaticamente<br />

regista<strong>dos</strong> no programa.<br />

Nos sistemas em que são manipuladas rodas<br />

de dimensões e pesos superiores ao<br />

comum, é normal existir, também, um elevador<br />

para as rodas.<br />

para obter tanto o equilíbrio estático como<br />

o equilíbrio dinâmico.<br />

TECNOLOGIA DAS EQUILIBRADORAS<br />

Os equipamentos oficinais são um investimento<br />

que se destina a dar retorno, devendo,<br />

essencialmente, gerar economias de<br />

tempo e de meios à oficina. Para se fazer<br />

uma avaliação correta da melhor máquina<br />

de equilibrar rodas para cada caso, é necessário,<br />

em primeiro lugar, calcular o número<br />

de rodas que se pretende trabalhar por dia.<br />

Este cálculo ditará o volume correto do investimento<br />

(uma máquina, duas máquinas).<br />

Hoje em dia, todas as máquinas têm sistemas<br />

de lançamento mecânico, através de<br />

um motor elétrico. O lançamento da roda<br />

visa reproduzir a rotação desta quando<br />

montada no veículo, permitindo, em poucos<br />

segun<strong>dos</strong>, que o processador da máquina<br />

e o respetivo programa detetem os<br />

desequilíbrios.<br />

Para conferir o equilíbrio, a roda é lançada<br />

novamente, depois de coloca<strong>dos</strong> os pesos<br />

nos locais corretos. De acordo com o respetivo<br />

preço, as máquinas podem ter um<br />

monitor analógico ou digital de fácil leitura.<br />

Mais importante do que isso, é o sistema<br />

de identificação da roda pela máquina. Nos<br />

Tipos de desequilíbrio<br />

Em termos teóricos, convém saber que existem dois tipos<br />

de desequilíbrio das rodas: estático e dinâmico<br />

w w Desequilíbrio estático<br />

Este desequilíbrio provoca uma vibração no<br />

plano vertical da roda. Esta vibração é similar<br />

à causada por uma roda deformada ou fora<br />

de centro. Este tipo de desequilíbrio deteta-<br />

-se colocando a roda num veio giratório ou<br />

suspendendo-a por um único ponto. Em qualquer<br />

<strong>dos</strong> casos, o ponto mais pesado tenderá<br />

a ocupar a posição mais baixa. Ao atingir uma<br />

certa rotação, a roda tenderá a saltar em torno<br />

do eixo vertical. Este desequilíbrio, na verdade,<br />

trata-se de um par de forças. Geralmente é<br />

sentido em curvas ou num intervalo de velocidades,<br />

isto é, a partir <strong>dos</strong> 70 ou 80 km/h e<br />

desaparece (não é mais sentido) a partir <strong>dos</strong><br />

130 km/h, aproximadamente. O desequilíbrio<br />

dinâmico faz a roda cambalear.<br />

Solução: O equilíbrio estático verifica somente<br />

um plano de correção do peso e apenas<br />

permite analisar o desequilíbrio vertical<br />

“para baixo - para cima”. Este processo não é<br />

suficiente e adequado para as vibrações <strong>dos</strong><br />

veículos de hoje.<br />

w w Desequilíbrio dinâmico<br />

O desequilíbrio dinâmico, por seu turno,<br />

implica a conjugação de vários pontos com<br />

maior peso e, geralmente, provoca a deriva<br />

lateral da roda. De qualquer forma, os<br />

equipamentos atuais de equilibrar rodas<br />

são computoriza<strong>dos</strong> e têm sensores eletrónicos,<br />

assim como programas completos de<br />

equilíbrio. Isto quer dizer que, na prática, a<br />

máquina indica ao operador qual é o contrapeso<br />

que deve utilizar e o ponto exato onde<br />

este deve ser colocado. A produtividade<br />

<strong>dos</strong> tempos atuais não se compadece com<br />

as inúmeras tentativas que os profissionais<br />

de outros tempos tinham de fazer antes de<br />

acertar a roda.<br />

Solução: O equilíbrio dinâmico verifica os dois<br />

planos de correção de peso. O que elimina o<br />

desequilíbrio vertical “para baixo - para cima”<br />

e o desequilíbrio horizontal “de um lado para<br />

o outro”. O equilíbrio dinâmico é sempre necessário,<br />

mesmo nas jantes de alumínio onde<br />

é necessário colocar pesos escondi<strong>dos</strong>.<br />

60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Variação<br />

da força da roda<br />

Um pneu bem equilibrado pode vibrar<br />

devido à variação da força da roda. Esta<br />

variação deve-se, mais frequentemente, à<br />

excentricidade da roda, ao piso irregular<br />

ou à diferente rigidez da parede lateral do<br />

pneu. A excentricidade acontece quando<br />

um pneu ou jante, em andamento, não<br />

está excêntrico. As causas mais frequentes<br />

são uma jante empenada ou desgaste irregular<br />

do pneu. Pisos irregulares ou rigidez<br />

do pneu variável podem ser encontra<strong>dos</strong><br />

em pneus novos ou usa<strong>dos</strong>. Os pneus, pelo<br />

seu desenho, nunca são uniformemente flexíveis<br />

e nem perfeitamente redon<strong>dos</strong> (são<br />

toroidais). E nenhum pneu é exatamente<br />

semelhante nessas características.<br />

Como corrigir a variação da força da roda<br />

w – Otimizar a montagem do pneu com a jante,<br />

igualando o ponto mais alto de excentricidade<br />

ou o ponto mais rígido no pneu com o ponto<br />

mais baixo na jante. Facto que tornará a roda<br />

“redonda quando rola”.<br />

w w – Nos casos em que a roda está demasiado<br />

excêntrica, deverá ser substituída.<br />

w w w – Noutros casos, um pneu que apresenta<br />

uma excessiva variação da força é considerado<br />

defeituoso.<br />

Quando a vibração é mais acentuada no volante,<br />

o problema está, provavelmente, nas rodas da<br />

frente. Se esta for mais sentida no assento, é<br />

quase certo a origem estar nas rodas traseiras.<br />

Mercado de máquinas de equilibrar<br />

Procura de equilibradoras<br />

tem vindo a aumentar<br />

w A introdução de novos tipos e medidas<br />

de jantes e pneus para diferentes tipos de<br />

viaturas, obrigou as oficinas independentes<br />

a apostarem em equipamentos topo de<br />

gama, que já eram a regra nos concessionários<br />

e oficinas autorizadas. De qualquer<br />

modo, o mercado global continua a exigir<br />

uma gama completa de produtos, tanto<br />

no nicho em que o preço é determinante,<br />

como nos casos em que é procurada a<br />

máxima qualidade e performance. Isso sucede<br />

porque muitas oficinas generalistas<br />

estão, igualmente, a apostar na venda de<br />

pneus, sendo obrigadas a equipar-se minimamente.<br />

Os preços podem variar entre<br />

€2.000 e €15.000, o que se justifica, pois<br />

há oficinas que, em volume de trabalho e<br />

sofisticação de veículos, não têm grandes<br />

solicitações. O outro grande argumento<br />

de venda <strong>dos</strong> equipamentos deste tipo é a<br />

qualidade do serviço, tanto em assistência<br />

e peças como em formação.<br />

Seja como for, as máquinas de equilibrar<br />

para o futuro terão de estar preparadas<br />

para jantes de grandes dimensões, até 28”<br />

de diâmetro e 630 mm de largura. Em muitos<br />

casos, as proteções das equilibradoras<br />

atuais já preveem diâmetros até 44”. Os softwares<br />

<strong>dos</strong> processadores, por seu turno, são<br />

capazes de detetar impactos e vibrações na<br />

estrutura da máquina que ocorram durante<br />

as operações de equilíbrio. O lançamento<br />

automático, ao fechar a proteção da roda, já<br />

é comum, tal como os sensores para detetar<br />

as medidas da roda. A paragem automática<br />

é, também, uma função gradualmente mais<br />

comum. Em certos equipamentos, a sofisticação<br />

atinge o requinte de esconder os<br />

pesos nas jantes mais vistosas de raios e semelhantes,<br />

podendo reconhecer, inclusive,<br />

o metal em que é fabricada a jante. Também<br />

é já habitual a função de medir excentricidades<br />

e deformações da jante ou do pneu.<br />

Outras máquinas reproduzem mesmo as<br />

condições de utilização na estrada, exercendo<br />

pressões até cerca de 600 kg, para<br />

deformar o pneu e verificar o equilíbrio da<br />

roda nessas condições.<br />

Os contrapesos ecológicos em zinco revestido<br />

substituíram os que eram fabrica<strong>dos</strong><br />

em chumbo, um metal pesado perigoso<br />

para a saúde humana e para o ambiente.<br />

Apesar de serem mais caros, estes novos<br />

contrapesos são a resposta para o futuro,<br />

embora tal como os pesos de estanho,<br />

ainda que sem os resulta<strong>dos</strong> do zinco.<br />

Factos<br />

w w O equilíbrio das rodas é a primeira operação<br />

a ser realizada após a montagem de<br />

pneus novos e contribui para o correto desempenho<br />

do veículo na estrada.<br />

w w A operação de equilibrar as rodas consiste<br />

em colocar pesos e contrapesos nas zonas<br />

onde a roda se encontra desequilibrada.<br />

w w A simples passagem por um buraco<br />

na estrada pode fazer com que a roda fique<br />

desequilibrada, mesmo que o pneu não seja<br />

afetado.<br />

w w O correto desempenho de um veículo<br />

na estrada depende muito do equilíbrio das<br />

rodas.<br />

w w Rodas mal equilibradas fazem com que<br />

o automóvel vibre a certas velocidades, podendo,<br />

assim, provocar um desgaste prematuro<br />

e irregular <strong>dos</strong> pneus.<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61


Avaliação obrigatória<br />

Renault Mégane GT<br />

Pump up the jam<br />

É a mais empolgante versão do novo Renault Mégane. Equipada com motor TCe de<br />

205 cv, caixa de dupla embraiagem com sete velocidades, sistema 4Control, suspensão<br />

desportiva e jantes de 18”, este GT faz da estrada a sua pista de dança. Bem ao estilo da<br />

música “Pump Up the Jam”, o maior hit do já extinto projeto belga Technotronic<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Até chegar a musculada variante R.S.,<br />

prevista para o início de 2017, a versão<br />

GT é a mais entusiasmante do novo<br />

Mégane. Equipada com o motor a gasolina<br />

TCe de 205 cv (o mesmo do Clio R.S.), dentro<br />

em breve poderá, também, ser requisitada<br />

com o novo bloco Diesel bi-turbo de 165 cv.<br />

Desenvolvido pela Renault Sport, o Mégane<br />

GT é um desportivo que seduz em to<strong>dos</strong> os<br />

domínios. Desde o design à dinâmica, passando<br />

pela segurança e pela interação, é o<br />

melhor familiar compacto que a marca francesa<br />

jamais concebeu. Se quer saber porquê,<br />

viaje connosco pelas linhas que se seguem.<br />

w OURO SOBRE AZUL<br />

A cor azul assenta-lhe na perfeição. E<br />

enaltece a geração de ouro a que pertence.<br />

Equipado com umas belíssimas jantes de<br />

18”, o Mégane GT demarca-se <strong>dos</strong> demais<br />

pela imponente grelha dianteira, pelo desenho<br />

<strong>dos</strong> grupos óticos, pelas duas saídas<br />

de escape integradas no difusor traseiro e,<br />

acima de tudo, pela inconfundível assinatura<br />

luminosa full-LED com efeito 3D (tecnologia<br />

Pure Vision). Na verdade, não há<br />

nada que pague o facto de sermos brinda-<br />

62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Visor head up, caixa EDC de sete velocidades,<br />

botão R.S. Drive, sistema Multi-Sense, sistema<br />

4Control, função Launch Control...<br />

<strong>dos</strong> com um sedutor jogo de luzes quando<br />

nos aproximamos da carroçaria sem retirar<br />

o cartão (que mais não é do que a “chave”)<br />

do bolso. Comparativamente à anterior geração,<br />

o novo Mégane é 64 mm mais comprido<br />

e 25 mm mais baixo, ao mesmo tempo<br />

que reclama uma distância entre eixos<br />

28 mm superior e vias mais largas: 47 mm<br />

na frente; 39 mm na traseira. O facto de a<br />

distância entre as rodas dianteiras e as cavas<br />

das mesmas ter sido reduzida, graças<br />

à nova geometria da suspensão e ao novo<br />

ângulo <strong>dos</strong> amortecedores, contribui, também,<br />

para reforçar a postura confiante e<br />

sensual deste Renault. No Mégane GT, não<br />

mudaríamos nada, mas mesmo nada, em<br />

termos estilísticos. Se este não é o modelo<br />

da marca francesa visualmente mais apelativo<br />

da atualidade, anda lá muito perto.<br />

Pedais em alumínio, bancos desportivos,<br />

soleiras das portas cromadas, volante de<br />

três raios com base plana, costuras azuis<br />

nos bancos, nos apoios de braços, no volante,<br />

no travão de mão e no punho e fole do<br />

comando da caixa de velocidades A tudo<br />

isto, juntam-se frisos azuis no tablier e nas<br />

portas, ecrã tátil de 8,7” e patilhas da caixa<br />

EDC situadas atrás do volante. O design<br />

é deveras atrativo, tal como a qualidade<br />

<strong>dos</strong> materiais e o nível de acabamento. Ao<br />

equipamento expressivo (visor head up e<br />

sistema R-Link 2 são dois ex-líbris), há que<br />

somar o posto de condução correto e o<br />

espaço convincente para ocupantes e bagagem.<br />

Como opções, esta unidade dispõe<br />

de pneu sobresselente de pequenas dimensões<br />

(sem custo), pintura metalizada (€430),<br />

pack safety – sistema de travagem de emergência<br />

ativa + alerta de distância de segurança<br />

+ regulador adaptativo de velocidade<br />

(€650) e câmara de marcha-atrás (€350).<br />

w QUATRO RODAS DIRECIONAIS<br />

É, porventura, a característica mais exclusiva<br />

do Mégane GT. Equipado com sistema<br />

de quatro rodas direcionais, designado<br />

4Control, este desportivo torna-se “extremamente<br />

manobrável e extraordinariamente<br />

eficaz”, citando a Renault. Afirmação<br />

com a qual, de resto, concordamos em absoluto.<br />

A baixa velocidade, o sistema 4Control<br />

faz virar as rodas traseiras no sentido<br />

oposto ao das dianteiras. Acima de 80<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 63


Avaliação obrigatória<br />

Renault Mégane GT<br />

Continental ContiSportContact 5<br />

Tempero Black Chilli<br />

w O Renault Mégane GT que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />

com Continental ContiSportContact 5, de medida 225/40R18 92Y XL. Dotado<br />

de blocos centrais sóli<strong>dos</strong> e assimétricos, recorre a ombros exteriores<br />

flexíveis que, em conjunto com esses blocos centrais rígi<strong>dos</strong>, asseguram<br />

uma adaptação perfeita do pneu à superfície da estrada. O seu principal<br />

ingrediente, o que lhe dá o temperamento picante, é a tecnologia Black<br />

Chilli: composto de borracha especialmente desenvolvido com recurso<br />

a um tipo de carbono negro utilizado na competição, concebido para se<br />

adaptar à rugosidade do piso. O que assegura um processo de aquecimento<br />

rápido e uma elevada estabilidade. Os polímeros do composto estão reforça<strong>dos</strong><br />

com nanopartículas, tornando-os extremamente flexíveis. Além<br />

disso, proporcionam mais pontos de contacto com a estrada, melhorando<br />

a aderência e a estabilidade. Adicionalmente, resinas especiais de aderência<br />

otimizam a ligação ao piso seco e molhado, permitindo obter distâncias<br />

de travagem mais curtas.<br />

MOTOR<br />

Tipo<br />

4 cilindros em linha, transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1618<br />

Diâmetro x curso (mm)<br />

79,7x81,1<br />

Taxa de compressão 9,5:1<br />

Potência máxima (cv/rpm) 205/6000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 280/2400<br />

Distribuição<br />

2 v.e.c., 16 válvulas<br />

Alimentação<br />

injeção direta de gasolina<br />

Sobrealimentação<br />

turbo + intercooler<br />

TRANSMISSÃO<br />

Tração<br />

dianteira com ESC<br />

Caixa de velocidades<br />

aut. dupla embraiagem<br />

de 7+ma (EDC)<br />

DIREÇÃO<br />

Tipo<br />

pinhão e cremalheira<br />

Assistência<br />

sim (elétrica)<br />

Diâmetro de viragem (m) 10,4<br />

TRAVÕES<br />

Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (320)<br />

Traseiros (ø mm) discos maciços (290)<br />

ABS<br />

sim, com REF+AFU<br />

SUSPENSÕES<br />

Dianteira<br />

McPherson com triâng. inferiores<br />

Traseira<br />

eixo semi-rígido<br />

Barra estabilizadora frente/trás sim/não<br />

PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />

Velocidade máxima (km/h) 230<br />

0-100 km/h (s) 7,1<br />

CONSUMOS (l/100 km)<br />

Extra-urbano/Combinado/Urbano 4,9/6,0/7,8<br />

Emissões de CO2 (g/km) 134<br />

Nível de emissões Euro 6<br />

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />

Comprimento/largura/altura (mm) 4359/1814/1447<br />

Distância entre eixos (mm) 2669<br />

Largura de vias frente/trás (mm) 1591/1586<br />

Capacidade do depósito (l) 50<br />

Capacidade da mala (l) 384 a 1247<br />

Peso (kg) 1392<br />

Relação peso/potência (kg/cv) 6,8<br />

Jantes de série<br />

7 1/2Jx18”<br />

<strong>Pneus</strong> de série 225/40R18<br />

PNEUS DA UNIDADE TESTADA<br />

Continental ContiSportContact 5 225/40R18 92Y XL<br />

Imposto Único de Circulação (IUC) €153,83<br />

Preço (s/ despesas) €31.350<br />

unidade testada €32.780<br />

km/h no modo “Sport” (acima de 60 km/h<br />

nos restantes mo<strong>dos</strong>), as rodas traseiras<br />

viram no mesmo sentido das dianteiras.<br />

Mas há mais: o sistema Multi-Sense permite<br />

optar entre quatro mo<strong>dos</strong> de condução:<br />

“Comfort”, “Neutral” (o que, por defeito, está<br />

ativo sempre que se liga o motor), “Sport”<br />

e “Perso”. O botão “R.S. Drive”, localizado na<br />

base da consola central, dá acesso direto<br />

ao modo “Sport”, que otimiza a resposta<br />

do motor, as relações de caixa, altera a assistência<br />

da direção, melhora a sonoridade<br />

do motor e torna o sistema 4Control mais<br />

reativo. Só vantagens, portanto.<br />

Disponível com sistema start/stop (que<br />

pode ser desativado através de um botão),<br />

o Mégane GT não inclui o modo “Eco” que<br />

o sistema Multi-Sense contempla noutras<br />

versões da gama. Neste Renault, os únicos<br />

“ecos” que se querem ouvir são os da<br />

condução desportiva propriamente dita.<br />

A começar pelo motor a gasolina de 1,6<br />

litros com 205 cv, que traz acoplada caixa<br />

automática de dupla embraiagem com sete<br />

velocidades (designada Efficient Dual Clutch).<br />

Além de aumentar a emotividade e de<br />

contribuir para as ótimas prestações do motor<br />

TCe, a caixa EDC permite utilizar o Multi<br />

Change Down para uma múltipla redução<br />

acelerada, possibilitando, também, a utilização<br />

da função Launch Control para os arranques<br />

“a fundo”, duas tecnologias desenvolvidas<br />

pela Renault Sport. Com todo este<br />

manancial de soluções, é fácil adivinhar o<br />

desempenho dinâmico do Mégane GT: ágil,<br />

reativo, envolve e estável. E, mesmo com<br />

jantes de 18” e suspensão firme, o conforto<br />

situa-se num patamar bastante aceitável.<br />

Agora que o aperitivo foi servido, resta-nos<br />

aguardar pelo prato principal: o Mégane<br />

R.S., que terá cinco portas e uma potência<br />

que deverá rondar os 300 cv.<br />

64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


Em estrada<br />

Por: Bruno Castanheira<br />

Mercedes-Benz CLA 250 Sport<br />

Contra a corrente<br />

w Num mercado particularmente adepto <strong>dos</strong> motores Diesel, o<br />

CLA Coupé equipado com o bloco a gasolina de 2,0 litros com 218<br />

cv (que ostenta a designação 250), não deixa de ser encarado como<br />

uma opção contra a corrente. Versão 45 AMG 4Matic à parte (381<br />

cv), o CLA 250 que, aqui, surge em apreço, consiste na variante<br />

mais potente da gama. A juntar a estas duas, importa ainda considerar<br />

a versão 200 a gasolina (156 cv). Moral da história: entre<br />

variantes com caixa manual e automática, são nada menos do<br />

que dez as versões disponíveis no CLA Coupé. Destas, cinco são<br />

gasolina e outras cinco são Diesel (motores 180 d, 200 d e 220<br />

d). Mas nada melhor do que testar, a convite da Mercedes-Benz<br />

Portugal, um CLA Coupé a gasolina para perceber que os automóveis<br />

de cariz desportivo ainda têm outro encanto quando são<br />

alimenta<strong>dos</strong> com gasolina. Desde logo, pela sonoridade emitida<br />

pelo motor. Depois, pela ampla faixa de regime que proporcionam.<br />

Duro de rins, reativo e envolvente, o mais pequeno coupé<br />

da marca alemã oferece prestações elevadas. Os consumos estão<br />

longe de ser exemplares, mas também não escandalizam ninguém.<br />

Depois, o facto de estar apetrechado de €6.690 de extras (entre<br />

os quais se destacam a cor<br />

prata “polar” que reveste<br />

a carroçaria, o sistema de<br />

estacionamento ativo e o<br />

Keyless-Go starting), elevam<br />

a agradabilidade e o<br />

apelo deste coupé.<br />

Volvo XC90 D4 Momentum<br />

Pérola negra<br />

w Mesmo não tendo o virtuosismo da versão T8 Twin Engine, a<br />

irreverência da versão T6 e a agradabilidade da versão D5 (todas<br />

elas dotadas de tração integral), o XC90 D4, ainda que conte com<br />

tração “apenas” dianteira e motor Drive-E “só” com 190 cv, não<br />

deixa de ser uma pérola negra. Para mais, estando a imponente<br />

carroçaria, que tem na grelha cromada e nos grupos óticos os<br />

seus principais motivos de interesse, pintada de preto. Para mais,<br />

vincando as jantes de 19” o carácter majestoso deste SUV made<br />

in Sweden. Virando-nos agora para o interior, este Volvo de<br />

grande porte brinda-nos com uma qualidade de construção<br />

irrepreensível, posto de condução ótimo, espaço à descrição<br />

para sete ocupantes e bagagem, segurança máxima e equipamento<br />

expressivo. Ainda que estejamos perante a motorização<br />

de acesso à gama (aqui associada à especificação Momentum),<br />

o XC90 D4, que dispõe de caixa automática de oito velocidades<br />

(Geartronic), é bastante agradável de conduzir. Sem oferecer<br />

propriamente prestações fulgurantes, passa em to<strong>dos</strong> os testes<br />

com distinção. Ainda que, diga-se em abono da verdade, a sua<br />

prestação fora de estrada fique mais limitada, não pela altura da<br />

carroçaria ao solo (238 mm),<br />

nem pelos razoáveis ângulos<br />

de ataque, saída e ventral (23,8,<br />

21,3 e 23,3, respetivamente),<br />

mas pelo facto de dispor de<br />

tração unicamente dianteira.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1991<br />

Potência máxima (cv/rpm) 218/5500<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 350/1200-4000<br />

Velocidade máxima (km/h) 250<br />

0-100 km/h (s) 6,4<br />

Consumo comb. (l/100 km) 6,2<br />

Emissões de CO2 (g/km) 156<br />

Preço €51.100<br />

IUC €220,55<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Bridgestone Potenza S001, 215/40R17 87Y XL<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel transv., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1969<br />

Pot. máx. comb. (cv/rpm) 190/4250<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 205<br />

0-100 km/h (s) 9,2<br />

Consumo comb. (l/100 km) 5,2<br />

Emissões de CO2 (g/km) 136<br />

Preço €67.952<br />

IUC €220,55<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Pirelli Scorpion Verde, 235/55R19 105V<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65


Em estrada<br />

BMW 320d Touring Luxury Steptronic<br />

Dinâmica apurada<br />

w A caixa automática de oito velocidades (Steptronic) e o pacote<br />

de equipamento Luxury (no qual se incluem as jantes de 18”<br />

com pneus largos) dão uma ajuda, é certo, mas, na sua essência,<br />

a BMW 320d Touring, agora com 190 cv, é uma carrinha<br />

que prima pelo desempenho dinâmico apurado. Mesmo que<br />

se saia de casa sem pretensões de andar depressa, a verdade é<br />

que a variante mais familiar do Série 3 tem o condão de desafiar<br />

constantemente quem vai ao volante. Ainda que o conforto<br />

não seja propriamente elevado e que a direção, de início, causa<br />

alguma estranheza devido ao seu “peso” excessivo, é tudo uma<br />

questão de hábito. Ou, melhor, de aquecimento de flui<strong>dos</strong>. A<br />

partir daqui, parte-se à descoberta de uma das carrinhas mais<br />

precisas e envolventes que conhecemos. Com prestações muito<br />

boas, a 320d Touring faz-se às curvas com inegável bravura. As<br />

enormes borrachas que a ligam ao solo, a rapidez de atuação da<br />

caixa automática, o controlo de estabilidade e os vários mo<strong>dos</strong> de<br />

condução de que dispõe, proporcionam verdadeiros momento<br />

de prazer. A potência do motor de 2,0 litros é transmitida, claro,<br />

às rodas traseiras, que são mais largas e têm um perfil mais baixo<br />

do que as dianteiras. Mais do<br />

que pelo design e pelo equipamento<br />

proposto de série, esta<br />

carrinha seduz pela qualidade,<br />

pelas prestações e pelo desempenho<br />

dinâmico que oferece.<br />

Jaguar XF 2.0d Prestige Aut.<br />

Pose imperial<br />

w Para além do motor Ingenium de 2,0 litros com 180 cv e do<br />

conteúdo tecnológico otimizado, o novo Jaguar XF, aqui representado<br />

na versão Prestige equipada com caixa automática de<br />

oito velocidades, ganhou uma pose imperial à qual é difícil ficar-<br />

-se indiferente. Os novos grupos óticos, a grelha retocada e as<br />

jantes redesenhadas, conferem apelo a este executivo britânico<br />

e estabelecem ligação perfeita com o modelo mais pequeno da<br />

marca: o XE. Para além do estatuto elevado, o novo XF encanta<br />

também pelo facto de ser um modelo menos visto nas estradas<br />

nacionais, o que, desde logo, assegura maior exclusividade. Este<br />

argumento vale o que vale, mas que é um facto, lá isso é. Se a<br />

elevada estabilidade e a superior motricidade estabelecem o desempenho<br />

dinâmico deste felino num patamar elevado, já o posto<br />

de condução ergonómico permite a quem vai ao volante cumprir<br />

a sua função com total mestria. Depois, o equipamento expressivo<br />

e os inúmeros dispositivos de segurança presentes a bordo estão<br />

lá para demonstrar que a Jaguar sabe bem aquilo que faz. Espaço<br />

para ocupantes e bagagem também não escasseia. E no que toca a<br />

qualidade, o novo XF cumpre to<strong>dos</strong> os requisitos que se impõem<br />

num automóvel de elevado<br />

calibre. Resta acrescentar<br />

que estão disponíveis outras<br />

linhas de equipamento, outros<br />

motores e um sistema<br />

de tração integral.<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1995<br />

Pot. máx. comb. (cv/rpm) 190/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 226<br />

0-100 km/h (s) 7,4<br />

Consumo comb. (l/100 km) 4,1<br />

Emissões de CO2 (g/km) 109<br />

Preço €53.713<br />

IUC €191,62<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Bridgestone Potenza S001 RFT, 225/45R18 91Y (frt.), 255/40R18 95Y (trás)<br />

FICHA TÉCNICA<br />

Motor<br />

4 cil. linha Diesel, long., diant.<br />

Cilindrada (cc) 1999<br />

Potência máxima (cv/rpm) 180/4000<br />

Binário máximo (Nm/rpm) 430/1750-2500<br />

Velocidade máxima (km/h) 229<br />

0-100 km/h (s) 8,1<br />

Consumo comb. (l/100 km) 4,3<br />

Emissões de CO2 (g/km) 114<br />

Preço €58.071<br />

IUC €191,62<br />

<strong>Pneus</strong> teste: Goodyear Eagle F1 Asymmetric 3, 245/45R18 100Y XL<br />

66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016


D&M_pagina.pdf 1 08/04/16 11:24<br />

NOVA LINHA<br />

de DESMONTADORAS<br />

C<br />

M<br />

T5320<br />

T5340<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

expoMECÂNICA<br />

Apresentação da nova linha de desmontadoras<br />

T5345B<br />

V3D lite<br />

V2300<br />

V3400<br />

B800P<br />

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68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016

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