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HISTÓRIA 50 anos da S. José <strong>Pneus</strong><br />
Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
RS CONTRERAS Distribuidor icónico<br />
N.º <strong>37</strong><br />
Abr. ‘16<br />
Qualidade<br />
.<br />
Renault Mégane GT<br />
Elegante e intempestivo: 205 cv<br />
230 km/h | 7,1 segun<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> 0-100<br />
VENDA DE PNEUS ONLINE<br />
Realidade virtual<br />
Procura crescente Vendas ainda residuais em Portugal Modelo de negócio B2B ganha expressão<br />
APRESENTAÇÃO<br />
GT Radial SportActive<br />
Em pista com o novo UHP<br />
TÉCNICA<br />
<strong>Pneus</strong> sem ar<br />
A roda do futuro já existe
Ano VIII - 5 euros - revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />
DIRETOR<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
Redação<br />
Bruno Castanheira<br />
bruno.castanheira@apcomunicacao.com<br />
Jorge Flores<br />
jorge.flores@apcomunicacao.com<br />
Diretor Comercial<br />
Mário Carmo<br />
mario.carmo@apcomunicacao.com<br />
Gestores de clientes<br />
Paulo Franco<br />
paulo.franco@apcomunicacao.com<br />
Rodolfo Faustino<br />
rodolfo.faustino@apcomunicacao.com<br />
Imagem<br />
António Valente<br />
Multimédia<br />
Catarina Gomes<br />
Arte<br />
Hélio Falcão<br />
Serviços administrativos<br />
e contabilidade<br />
financeiro@apcomunicacao.com<br />
Periodicidade<br />
Bimestral<br />
Assinaturas<br />
assinaturas@apcomunicacao.com<br />
© COPYRIGHT<br />
Nos termos legais em vigor, é totalmente<br />
interdita a utilização ou a reprodução<br />
desta publicação, no seu todo ou em<br />
parte, sem a autorização prévia e por<br />
escrito da REVISTA DOS PNEUS<br />
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TIRAGEM: 5.000 exemplares<br />
AP COMUNICAÇÃO<br />
Propriedade:<br />
João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda.<br />
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2735 - 336 Cacém - Portugal<br />
Tel.: +351 219 288 052/4<br />
Fax: +351 219 288 053<br />
Email: geral@apcomunicacao.com<br />
GPS: 38º45’51.12”n - 9º18’22.61”w<br />
Editorial<br />
<strong>Pneus</strong>: fonte<br />
de atração de clientes<br />
As oficinas multimarca independentes, a nova distribuição e os<br />
concessionários de marca, há já muito tempo que descobriram as<br />
potencialidades <strong>dos</strong> pneus para atraírem clientes às suas oficinas.<br />
Mas só agora estamos a assistir a uma maior aposta por parte<br />
destes players neste componente<br />
A<br />
nova distribuição, que inclui os auto centros e serviços rápi<strong>dos</strong>, foram os primeiros a<br />
utilizar os pneus nas suas campanhas e promoção de serviços. Basta folhear as suas<br />
brochuras publicitárias para verificar que mais de metade das páginas são dedicadas<br />
a promoções de marcas de pneus. Os concessionários de marca também não descuram<br />
as potencialidades <strong>dos</strong> pneus para atraírem clientes às suas oficinas e nos anúncios de<br />
rádio e imprensa é habitual mencionarem descontos atrativos nas marcas de pneus que<br />
representam.<br />
Agora, chegou a vez de as oficinas multimarca independentes descobrirem este filão de<br />
negócio, pois perceberam que com um baixo investimento podem ter mais uma fonte de<br />
rendimento para as suas empresas. Graças à evolução da logística, não precisam de grandes<br />
armazéns para fazer stock de pneus, pois, hoje em dia, praticamente to<strong>dos</strong> os distribuidores<br />
de pneus fazem entre duas a quatro entregas diárias. Basta pedir de manhã para<br />
terem os pneus disponíveis nas suas instalações ainda no final da manhã ou, o mais tardar,<br />
logo no início da tarde.<br />
E quando um cliente entra na oficina para substituir os pneus do seu veículo, é natural<br />
que surja a necessidade de se realizarem outros serviços, como a montagem de pastilhas<br />
ou discos de travão, amortecedores ou outros componentes de desgaste que o mecânico<br />
pode aconselhar serem instala<strong>dos</strong>, para segurança do condutor e passageiros.<br />
Mesmo assim, o retalhista de pneus ainda continua a ter a preferência de inúmeros condutores<br />
e tem todas as condições para continuar a desempenhar um papel de primeiro<br />
plano no mercado. Há, no entanto, que estar atento aos fatores críticos de diferenciação<br />
no segmento de negócio e à consequente definição da melhor estratégia para o mercado.<br />
Para além da localização, acessos e funcionalidade das instalações, o retalhista de pneus<br />
deve ter em conta a renovação do equipamento e a formação <strong>dos</strong> técnicos e profissionais,<br />
para poderem acompanhar a evolução da tecnologia e do próprio mercado. Isso, no entanto,<br />
não garante desde logo o sucesso, porque to<strong>dos</strong> tentam assegurar as melhores condições<br />
básicas para o seu negócio. Portanto, o grande fator de diferenciação no mercado é<br />
o nível de serviço e o serviço ao cliente. Com estes dois vetores bem defini<strong>dos</strong>, o sucesso<br />
acaba por consolidar-se, garantindo o futuro do negócio.<br />
João Vieira<br />
Diretor<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 03
Produto estrela<br />
Toyo Proxes CF2<br />
Feito para durar<br />
Disponível no mercado nacional em jantes de 13” a 17”, o Proxes CF2 da Toyo foi<br />
feito para durar. É importado e distribuído no nosso país pela Dispnal<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
A<br />
Toyo Tire & Rubber Co, Ltd. foi fundada em<br />
agosto de 1945 na cidade de Osaka, no<br />
Japão, por Rikimatsu Tomihisa. Portanto,<br />
há quase 71 anos. Em 1975, chegou à Europa<br />
por intermédio da Toyo Reifen GmbH, à qual<br />
se seguiram Toyo Tyre UK (1981) e Toyo Banden B.V.<br />
na Holanda (1989). No ano de 2005, com a criação<br />
da Toyo Tire Europe, passou a centralizar as suas<br />
operações de vendas e marketing para subsidiárias<br />
e importadores existentes no Velho Continente.<br />
Além de estar presente na competição, a Toyo<br />
dispõe, hoje, de uma vasta gama de produtos<br />
que se destinam às mais variadas aplicações.<br />
Sempre na categoria de ligeiros. <strong>Pneus</strong> de inverno,<br />
pneus de SUV, pneus 4x4, pneus de competição,<br />
pneus para automóveis desportivos, pneus<br />
de características mais ecológicas... Como a própria<br />
faz questão de referir, “não interessa que tipo<br />
de veículo o cliente conduza. A Toyo tem sempre<br />
os pneus certos para cada aplicação”.<br />
Concebido para automóveis de médias e elevadas<br />
prestações, o Proxes CF2, que substitui o<br />
Proxes CF1, ostenta a classificação “C” para resistência<br />
ao rolamento e “B” no que diz respeito à<br />
manobrabilidade em piso molhado. Já o seu nível<br />
de ruído está fixado em 70 dB. Seja qual for<br />
a dimensão. Disponível no mercado nacional em<br />
jantes de 13” a 17”, o Proxes CF2 anuncia eleva<strong>dos</strong><br />
níveis de segurança, durabilidade, economia e<br />
conforto. Mais: beneficia das melhorias introduzidas<br />
no processo de fabrico e de um novo composto<br />
de sílica no piso.<br />
Como principais características do Proxes CF2,<br />
a Toyo elege quatro: composto de polímero super<br />
ativo (otimiza a resistência ao rolamento e<br />
aumenta a quilometragem); canais principais<br />
mais largos (melhoram a travagem em piso molhado<br />
e favorecem o escoamento da água, reduzindo,<br />
assim, o risco de aquaplaning); rigidez<br />
otimizada da estrutura (diminui a resistência ao<br />
rolamento, aumenta a quilometragem e otimiza<br />
a travagem em piso seco e molhado); blocos <strong>dos</strong><br />
ombros reforça<strong>dos</strong> (reduzem o nível de ruído).<br />
04 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 05
Equipamento do mês<br />
John Bean B1200P<br />
Diagnósticos<br />
em tempo recorde<br />
Comercializada pela Domingos & Morgado 2, a John Bean B1200P é a única<br />
equilibradora do mercado onde os ciclos de diagnóstico e de equilibragem ocorrem<br />
em simultâneo. Foi apresentada mundialmente na expoMECÂNICA<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Que a Domingos & Morgado 2 é especializada no setor <strong>dos</strong><br />
equipamentos para oficinas, disponibilizando um vasto portefólio<br />
de máquinas para quem opera com pneus, já não<br />
constitui novidade para ninguém. O que, porventura, poderá passar<br />
algo despercebido é que a empresa da Maia, apresentou, em estreia<br />
mundial, na 3.ª edição da expoMECÂNICA, que decorreu entre os<br />
passa<strong>dos</strong> dias 15 e 17 de abril, a nova equilibradora de diagnóstico<br />
B1200P da marca John Bean, da qual é, aliás, representante exclusiva<br />
para Portugal.<br />
Sendo a única equilibradora do mercado onde os ciclos de diagnóstico<br />
e de equilibragem ocorrem em simultâneo, a John Bean B1200P<br />
permite, desta forma, reduzir, substancialmente, o tempo de operação,<br />
ao mesmo tempo que aumenta o rendimento do trabalho.<br />
Mais: ao combinar um scanner de medição laser com o Smart Sonar,<br />
a B1200P consiste na máquina de diagnóstico mais rápida do mercado,<br />
sendo capaz de imprimir relatórios de diagnóstico e de desequilíbrio<br />
no fim do ciclo de equilibragem.<br />
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS<br />
Velocidade de medição<br />
< 200 rpm<br />
Precisão massa/angular 1 g / 0.7°<br />
Tempo de equilibragem<br />
4,5 s<br />
Diâmetro jante 8” – 32”<br />
Diâmetro máx. roda<br />
42” (> 1.000mm)<br />
Largura jante 1” – 20”<br />
Largura roda 3” – 20”<br />
Contagem automática raios<br />
sim<br />
Iluminação jante<br />
sim<br />
Pesos escondi<strong>dos</strong><br />
sim<br />
Minimização<br />
sim<br />
Otimização<br />
sim<br />
Cálculo Run-Out Lateral<br />
sim<br />
Cálculo Run-Out Radial<br />
sim<br />
Alimentação<br />
230V – 1Ph – 1.1 A<br />
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS<br />
w Aquisição automática de da<strong>dos</strong> através<br />
de scanner e Smart Sonar<br />
w Obtenção de valores de desequilíbrio<br />
e de diagnóstico do conjunto em 4,5 s<br />
w Controlo total através de touchscreen<br />
de 19” com interface Platinum<br />
w Colocação de pesos de colar na parte<br />
de baixo da jante com apontador laser<br />
w Fixação da jante através de sistema<br />
eletromagnético Power Clamp com<br />
controlo de força de aperto<br />
w Paragem automática na posição<br />
de colocação do peso<br />
w Sistema de medição VPI (Virtual Plane<br />
Imaging) para precisão absoluta<br />
w Sistema de iluminação da jante para<br />
facilitar a colocação <strong>dos</strong> pesos<br />
w Alta capacidade de carga: conjuntos<br />
até 70 kg de peso e mais de 1.000 mm<br />
de diâmetro<br />
w Pré-instalação para impressora<br />
06 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 07
Destaque<br />
Venda de pneus online<br />
Imagem: ©APComunicação<br />
Virtualmente a crescer<br />
Em Portugal, a venda de pneus online ainda é uma realidade pouco mais<br />
do que residual. Mas a tendência do mercado aponta para uma evidência.<br />
No futuro, não muito longínquo, a maioria <strong>dos</strong> negócios, nesta atividade, passará,<br />
seguramente, pela Internet<br />
Por: Jorge Flores<br />
08 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
A<br />
procura de pneus online ainda não<br />
assume em Portugal a expressão de<br />
outros países da Europa. Será, porventura,<br />
ainda uma realidade pouco expressiva.<br />
Mas não haverá, neste momento, nenhum<br />
protagonista do ramo que não<br />
reconheça os benefícios desta ferramenta para<br />
a sua atividade. O futuro do setor <strong>dos</strong> pneus<br />
passará, seguramente, pelas lojas online B2C,<br />
tendo por base a oferta de ligação às oficinas<br />
físicas. Uma ligação entre o real e o virtual.<br />
Por um lado, porque Portugal alcançou já a sua<br />
maturidade digital. Por outro, porque a Internet<br />
é, já hoje, um meio preferencial de consumo,<br />
roubando esse protagonismo aos outros órgão:s:<br />
televisões, rádios, jornais e revistas.<br />
A sua influência na perceção <strong>dos</strong> potenciais<br />
consumidores sobre as marcas e os produtos é<br />
cada vez mais relevante.<br />
Da<strong>dos</strong> da Associação da Economia Digital, em<br />
Somente 2% <strong>dos</strong><br />
pneus, em Portugal,<br />
são vendi<strong>dos</strong><br />
online. Mas 16,2%<br />
<strong>dos</strong> consumidores<br />
informa-se na Internet<br />
apenas dois anos, registou-se um crescimento<br />
na ordem <strong>dos</strong> 14%, relativamente ao total da<br />
população que está ligada à Internet em Portugal:<br />
59% <strong>dos</strong> portugueses. Fazem-no para aceder<br />
às redes sociais, indicador onde Portugal lidera<br />
o ranking da utilização “para fins profissionais”,<br />
mas, também, para adquirir produtos e serviços.<br />
Em termos médios, os portugueses fazem oito<br />
compras online por pessoa, por semestre, gastando<br />
(em média) €427 de forma individual. As<br />
previsões apontam para que, em 2020, o gasto<br />
médio, por pessoa, supere os €1.000. Os principais<br />
bens ou produtos mais procura<strong>dos</strong> online? Acessórios,<br />
roupa e viagens. Muitas! Mas... e os pneus?<br />
w PROCURA DE PNEUS ONLINE<br />
Além da tendência crescente para as compras<br />
online há ainda uma outra realidade a que o<br />
setor <strong>dos</strong> pneus não pode ignorar: as compras<br />
que são estudadas e pesquisadas na net antes<br />
de serem concretizadas nas lojas físicas.<br />
Se nos focarmos nos pneus, concretamente, os<br />
números das vendas online são ainda pouco<br />
expressivos. Apenas 2% de to<strong>dos</strong> os pneus<br />
compra<strong>dos</strong> em Portugal são adquiri<strong>dos</strong> online.<br />
Ainda assim, 16,2% <strong>dos</strong> consumidores informa-<br />
-se na Internet antes de se dirigir a uma loja física<br />
e efetuar a compra, nomeadamente para<br />
compararem os preços entre as várias ofertas<br />
disponíveis.<br />
Segundo um estudo efetuado pela GiPA Portugal,<br />
em 2015, sobre os condutores portugueses,<br />
comprovou que 89,1% destes utiliza Internet no<br />
seu dia a dia. No mesmo estudo, mas recuando<br />
um ano (2014), podemos constatar que 24% <strong>dos</strong><br />
automobilistas recorreu à Internet para procurar<br />
informações sobre acessórios auto, pneus, peças<br />
ou fazer comparações de preços para reparações.<br />
Na aquisição de pneus online, o preço é um <strong>dos</strong><br />
obstáculos mais invoca<strong>dos</strong>. Não compensa o<br />
suficiente para colmatar as desvantagens. Além<br />
disso, será necessário contar com os inconvenientes<br />
das entregas, transporte, bem como na<br />
menor confiança nas transações virtuais.<br />
w B2B, ESSENCIALMENTE...<br />
Entre os protagonistas do setor <strong>dos</strong> pneus, a<br />
relevância do comércio virtual varia muito consoante<br />
o formato do negócio: B2C (entre empre-<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 09
Destaque<br />
Venda de pneus online<br />
sa e cliente) ou B2B (entre empresas). Com manifesto<br />
ascendente deste último...<br />
Rui Chorado, diretor-geral da Dispnal, adianta à<br />
<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, que, hoje, a recetividade <strong>dos</strong><br />
clientes à plataforma online da empresa “é bastante<br />
positiva, uma vez que grande percentagem<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes já fazem todo tipo de consultas/encomendas<br />
através do site”. Para que tal<br />
seja possível, a empresa dispõe de um site “bastante<br />
intuitivo”, permitindo uma “navegação no<br />
portal, prática onde é fornecido aos clientes todo<br />
o tipo de informação que procuram”, afirma.<br />
Qual a expressão deste formato de vendas?<br />
“Representa uma importante percentagem no<br />
nosso volume de faturação. Contudo, existem<br />
determina<strong>dos</strong> negócios que ainda se concretizam<br />
pelo método antigo”, refere Rui Chorado.<br />
A Dispnal aposta, de forma muito séria, no seu<br />
(newsletters) e campanhas especiais”, destaca.<br />
Porém, Rui Chorado não deixa de elencar alguns<br />
inconvenientes, como a “diminuição do contacto<br />
entre o comercial e o cliente, o aumento da<br />
concorrência e o fácil acesso a diferentes preços”,<br />
afirma o responsável.<br />
No seu entender, no futuro, as vendas de pneus<br />
online apontarão ao “crescimento e à inovação”.<br />
Segundo reforça, “atualmente, qualquer tipo de<br />
negócio dispõe de um portal de vendas online<br />
vocacionado para B2B ou B2C”.<br />
w MENOS B2C, AINDA...<br />
Para a Norauto Portugal, a venda ao consumidor<br />
final via Internet representa uma forma de<br />
concorrência direta às casas de pneus. “Sim, a<br />
partir do momento que, no mesmo bolo, existe<br />
uma fatia de mercado que se desloca para as<br />
portal de vendas. E tem colocado em curso diversas<br />
campanhas. “Promoções especiais por<br />
marca, medida ou mesmo por dia”, refere o diretor-geral<br />
da empresa, acrescentando que o<br />
site é utilizado ainda para “todo o tipo de divulgação,<br />
desde lançamento de novos produtos,<br />
comunicação de notícias. Ou seja, é a nossa mais<br />
preciosa ferramenta junto do cliente”, sublinha<br />
ainda Rui Chorado.<br />
São várias as vantagens que o responsável encontra<br />
no comércio eletrónico (B2B). “Permite o<br />
acesso rápido e cómodo para o nosso cliente;<br />
acesso rápido e disponibilidade de stock; divulgação<br />
de informação, promoção de produtos<br />
Por vezes, quem<br />
compra nas<br />
plataformas digitais,<br />
não considera<br />
devidamente os<br />
tempos de entrega<br />
<strong>dos</strong> pneus<br />
vendas pela Internet, é concorrencial”, esclarece<br />
Miguel Costa, diretor de Compras de Marketing<br />
da empresa. “Pode olhar-se para esta realidade<br />
como uma ameaça ou oportunidade. A oportunidade,<br />
para a casa de pneus, é oferecer uma<br />
solução online e alargar o seu mercado natural.<br />
Todavia, não é suficiente ter uma presença online.<br />
É necessário ter uma estratégia e um plano<br />
de ação que inclua a vertente online e digital de<br />
forma transversal ao negócio, com tudo o que<br />
isto implica”, afirma. Assim, Miguel Costa acredita<br />
que este tipo de comércio virtual, para<br />
cliente final, “representa presente, mas numa<br />
escala ainda reduzida. As melhorias contínuas<br />
10 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
que serão introduzidas e o alargamento da<br />
oferta beneficiarão o crescimento exponencial<br />
das vendas através da Internet”.<br />
Miguel Costa dá conta de “adesão ainda residual”<br />
<strong>dos</strong> portugueses à venda de pneus online, sobretudo,<br />
“face a outros merca<strong>dos</strong>, mas o mesmo<br />
deve-se à presença, ainda tímida, na Internet,<br />
das principais redes de pneus”. Mais: “Logo que<br />
a oferta online corresponda às expectativas e<br />
anseios <strong>dos</strong> consumidores, este cenário mudará<br />
e tudo pode acontecer de forma muito rápida.<br />
O comércio eletrónico está a revolucionar o<br />
consumo em todo o mundo e em Portugal não<br />
será exceção”, avisa.<br />
Vender e não montar... ou montar e não vender?<br />
Miguel Costa não hesita. “Obviamente, que a<br />
melhor solução é vender e montar. A opção por<br />
uma das duas soluções depende da realidade<br />
do negócio. A Internet permite alargar o mercado<br />
potencial. Quem tiver um negócio pure<br />
online player, é estratégico encontrar parceiros<br />
para a montagem. Quem tiver uma rede de<br />
casas de pneus com venda online, também<br />
poderá ter interesse em encontrar parceiros de<br />
montagem para as localidades onde não esteja<br />
presente com o seu negócio.<br />
Por último, a casa de pneus que não tenha capacidade<br />
de ter uma boa presença online, pode<br />
ter interesse em ser parceiro de montagem de<br />
uma insígnia que venda pneus online, por forma<br />
a não perder o tráfego de clientes que compre<br />
pela Internet.<br />
No final, independentemente da orientação<br />
escolhida, será a experiência do cliente, desde<br />
a compra até à montagem, que determinará o<br />
valor da solução proposta”.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 11
Destaque<br />
Venda de pneus online<br />
No formato de<br />
negócio B2B, o<br />
comércio eletrónico<br />
de pneus já tem a<br />
sua expressão. Maior<br />
do que na venda ao<br />
cliente final (B2C)<br />
w ADAPTADOS AO FUTURO<br />
O responsável da Norauto Portugal é da opinião<br />
de que, “para serviços equivalentes, quem tiver<br />
mais oportunidades de contacto com o cliente,<br />
terá mais possibilidades de interagir, estar presente<br />
no espírito do consumidor e incentivar o<br />
ato de compra. O período de tempo que ocorre<br />
entre duas mudanças de pneus por parte de um<br />
cliente é longo. Como tal, esta questão pode ser<br />
ainda mais sensível para os negócios que estiverem<br />
exclusivamente dedica<strong>dos</strong> aos pneus”,<br />
afirma. Por outras palavras, “a Internet é mais<br />
um meio que permite ter uma estratégia multicanal<br />
e cujo impacto no negócio pode ser grande,<br />
tendo em conta a mudança <strong>dos</strong> hábitos <strong>dos</strong><br />
consumidores e a utilização intensiva das novas<br />
tecnologias”. Segundo vaticina Miguel Costa, “o<br />
consumidor final está preparado para essa<br />
mudança. A oferta é que ainda é limitada e<br />
desajustada das exigências, razão pela qual a<br />
percentagem do mercado de pneus online ser<br />
ainda residual”, garante a mesma fonte.<br />
As mais-valias que a venda de pneus online pode<br />
trazer às casas de pneus são várias. “Maior visibilidade<br />
da marca, maior interatividade com os<br />
clientes (ou potenciais), alargamento do mercado<br />
potencial, maior tráfego nas oficinas, prestar<br />
um serviço mais cómodo ao cliente, mais informação<br />
sobre o comportamento <strong>dos</strong> clientes”,<br />
enumera Miguel Costa à nossa revista. E em<br />
género de conclusão, não deixa de enquadrar<br />
os principais benefícios e riscos de comprar<br />
pneus eletronicamente. “Para o cliente, a principal<br />
vantagem é ter um serviço mais cómodo,<br />
sobretudo na gestão do seu tempo. Por outro<br />
lado, a Internet facilita a obtenção de informação<br />
e o comparativo de preços. As desvantagens<br />
prendem-se, desde logo, com a falta do conselho<br />
de um profissional adaptado às necessidades<br />
Numerologia online<br />
Em 2020,<br />
em média, a cada seis meses,<br />
cada comprador online gastará<br />
cerca de<br />
€1000<br />
89,1%<br />
internet<br />
59% 96%<br />
<strong>dos</strong> portugueses<br />
estão liga<strong>dos</strong> à Internet<br />
Cada frequentador<br />
da Internet realiza<br />
8 compras,<br />
por esta via, to<strong>dos</strong> os semestres<br />
2% a<br />
do cliente. Pode também haver dificuldades<br />
extras no prazo de entrega, sobretudo em empresas<br />
que não tenham logística em Portugal”.<br />
“A gestão das reclamações e devoluções também<br />
será mais complicado, face a uma rede com<br />
presença em ambos os canais. Finalmente,<br />
24%<br />
<strong>dos</strong> portugueses<br />
procura informações sobre<br />
peças e pneus automóveis<br />
<strong>dos</strong> condutores<br />
lusitanos utiliza a<br />
diariamente<br />
<strong>dos</strong> utilizadores da Internet,<br />
na Europa,<br />
pesquisa informações online<br />
antes de efetuar a compra<br />
<strong>dos</strong> clientes finais<br />
opta pelo comércio<br />
eletrónico para<br />
compra de pneus<br />
existe o risco de serem adquiri<strong>dos</strong> pneus em<br />
empresas pouco idóneas”, conta. Mas, “em todo<br />
o caso”, remata Miguel Costa, “as empresas que<br />
não se adaptarem atempadamente a estas alterações<br />
profundas nos hábitos <strong>dos</strong> consumidores,<br />
terão dificuldades acrescidas”.<br />
12 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 13
Entrevista<br />
RS Contreras<br />
< VEJA O VÍDEO ><br />
Pioneiros na distribuição<br />
A RS Contreras é a empresa mais antiga na distribuição de pneus em Portugal. Mas<br />
não parou no tempo. Continua a crescer e a modernizar-se continuamente. Dispõe de<br />
um stock superior a 30 mil pneus e consegue uma rotatividade de dois meses<br />
Por: Jorge Flores<br />
Se o adágio popular estiver correto e a<br />
idade for mesmo um posto, no mercado<br />
da distribuição de pneus em Portugal, a<br />
RS Contreras terá de ser considerada uma<br />
empresa-general. Ou não seja ela a mais antiga<br />
das casas do ramo em solo nacional, exibindo, à<br />
laia de insígnia, uma data de fundação, no mínimo,<br />
respeitável: 1946!<br />
RS Contreras<br />
A história desta empresa de cunho familiar (e que<br />
encontra em José Enrique Contreras a sua terceira<br />
geração de líderes), passou por várias áreas de<br />
atividade, antes de se centrar, no início <strong>dos</strong> anos<br />
50, na parte <strong>dos</strong> pneus.<br />
Na época, a empresa conseguira a distribuição<br />
exclusiva para Portugal da Pirelli. “Era um mercado<br />
completamente diferente. Fechado. Não era<br />
Gerente José Enrique Contreras<br />
Sede Estrada Consiglieri Pedroso, n.º 80, Queluz-Parque, Lote 2, 2730 - 053 Queluz de Baixo<br />
Telefone 214 358 558 | Email geral@rscontreras.pt | Site www.rscontreras.pt<br />
qualquer um que podia ir lá fora buscar material.<br />
E vivia-se um outro contexto económico”, recorda<br />
José Enrique Contreras. Uma relação frutífera<br />
e que durou até 1988, altura em que a Pirelli<br />
decidiu abrir uma filial no nosso país. A RS Contreras<br />
tinha de seguir outro caminho e de assegurar<br />
outras marcas para o seu catálogo.<br />
Nem sempre a empresa esteve situada em Queluz<br />
de Baixo, como hoje. Durante anos, a sede era<br />
em Sacavém. Contudo, em 1995, a construção da<br />
CREL “atropelava” as instalações da empresa, que<br />
acabou por utilizar a indemnização para adquirir<br />
o atual espaço, com 4.000m 2 (dividi<strong>dos</strong> em dois<br />
pisos), onde concentra to<strong>dos</strong> os seus serviços.<br />
“Conseguimos centralizar. Estava tudo um pouco<br />
14 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
A RS Contreras tem um stock com 30 mil pneus.<br />
Na zona de Lisboa, chega a ter seis entregas<br />
diárias reais. Nas zonas do Algarve e Centro,<br />
assegura duas entregas por dia<br />
A equipa da RS Contreras é composta por 14<br />
colaboradores e mais três vendedores<br />
disperso. Facilita muito. Está tudo aqui. Permite-<br />
-nos ter um controlo completo da operação”,<br />
recorda José Enrique Contreras.<br />
Além disso, a localização é um forte trunfo. “Estamos<br />
no centro do eixo de Sintra- Lisboa-Cascais”,<br />
destaca, essencial para servir a capital.<br />
Com a viragem do século, em 2000, “muito mudou”,<br />
conta. A empresa começa a abandonar as<br />
restantes áreas de atividade e a “centrar-se nos<br />
pneus”, arrancando para um conceito de distribuição<br />
com um “negócio multimarca e multisegmento”,<br />
revela o responsável à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />
w ROTATIVIDADE ELEVADA<br />
Atualmente, a RS Contreras tem um portefólio<br />
diversificado, onde constam marcas como a<br />
Continental, Mabor, Yokohama, BFGoodrich,<br />
Nexen, Apollo, Vredestein, Michelin e Goodyear.<br />
“Desde os premium aos quality, passando pelos<br />
pneus budget. Dispomos de todo o tipo de<br />
propostas. Oferecemos aos nossos clientes todas<br />
as alternativas”, sublinha o responsável, que<br />
aterrou no nosso país, vindo de Vigo, Espanha,<br />
no ano de 1998.<br />
“O nosso conceito de negócio foi evoluindo.<br />
Estamos muito vira<strong>dos</strong> para os clientes. Para os<br />
serviços. De segunda a sábado. Somos pioneiros.<br />
Quem trabalha connosco, sabe que podemos<br />
servi-los aos sába<strong>dos</strong>”, reforça.<br />
A RS Contreras dispõe de um stock de 30 mil<br />
pneus. “O nosso modelo de negócio é muito<br />
rotativo. Abaixo de dois meses. Muito bom”,<br />
adianta José Enrique Contreras.<br />
“Dispomos de distribuição própria. Na zona de<br />
Lisboa, chegamos a ter seis entregas por dia.<br />
Depende do raio de ação, mas conseguimos ter.<br />
Diferencia-nos <strong>dos</strong> outros”, afirma a mesma<br />
A relação antiga<br />
e de proximidade<br />
com os clientes é um<br />
<strong>dos</strong> traços distintivos<br />
desta empresa, que<br />
não fecha aos sába<strong>dos</strong><br />
fonte, reconhecendo que esta “aposta na qualidade”<br />
representa custos acresci<strong>dos</strong>, mas é assumida<br />
pela empresa.<br />
w HORIZONTE LONGÍNQUO<br />
Desde que chegou a Portugal, há 18 anos, José<br />
Enrique Contreras já assistiu a “várias subidas e<br />
descidas” da economia nacional. Acredita que a<br />
crise vivida pelo país obrigou a uma “seleção<br />
natural” das empresas.<br />
No seu entender, é fundamental estar “próximo”<br />
<strong>dos</strong> clientes. “Hoje em dia, trabalhamos com<br />
to<strong>dos</strong>. Desde casas grandes a pequenas. E oficinas.<br />
O nosso core business está centrado nas casas de<br />
pneus médias e oficinas. Perto de 80% do negócio”,<br />
adianta. Os muitos anos que a empresa tem<br />
no mercado, o “cumprimento das promessas”, a<br />
qualidade da oferta e os preços competitivos”,<br />
assegura o gerente, constituem, sem dúvida, um<br />
valor acrescido em termos de “confiança”.<br />
José Enrique Contreras defende que a concorrência<br />
é saudável, desde que seja “leal”. O que<br />
nem sempre acontece. “Falta fiscalização. E isso<br />
é culpa do Governo. To<strong>dos</strong> têm de pagar impostos”,<br />
aponta o responsável da empresa, que<br />
mantém uma atitude “otimista” em relação ao<br />
futuro. “Futurologia” prefere não fazer, porque<br />
tudo, hoje, acontece a uma “grande velocidade”.<br />
Contudo, enfatiza, “continuamos a crescer e a<br />
muito bom ritmo”.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 15
Novidades<br />
Salão de Genebra apontou o caminho do futuro<br />
Os pneus do amanhã<br />
O que nos reserva o futuro <strong>dos</strong> pneus? Continuam a ser círculos pretos de borracha,<br />
mas já existem fabricantes a apostarem em pneus “esféricos”. Outros, em sistemas que<br />
“leem” a estrada. E ainda os que dispõem de pneus com maior durabilidade e eficiência<br />
Por: José Silva<br />
Existem condutores que continuam a<br />
não interiorizar que circular com pneus<br />
em bom estado é fundamental. Outros<br />
há que compram pneus usa<strong>dos</strong> sem conhecerem<br />
os riscos que correm ao fazê-lo. Todavia,<br />
a evolução <strong>dos</strong> pneus tem atingido,<br />
nos últimos anos, um patamar de sofisticação<br />
nunca antes verificado ou vivido nesta<br />
indústria. Os fabricantes investem milhões<br />
de euros em soluções inéditas, em novos<br />
compostos e na sofisticação <strong>dos</strong> pneus, nomeadamente<br />
inserindo na borracha componentes<br />
eletrónicos capazes, imagine-se,<br />
de transmitir informações ao veículo e ao<br />
condutor.<br />
Inovar num pneu não é fácil e há muitas<br />
ideias que nunca passaram disso mesmo<br />
ao longo <strong>dos</strong> anos. Atualmente, os maiores<br />
fabricantes apostam em variadas invenções<br />
que, se resultarem, poderão trazer vantagens<br />
importantes num mercado muito concorrencial.<br />
Enquanto uns procuram transformar<br />
os pneus em baterias capazes de acumular<br />
energia, outros defendem que, no futuro, os<br />
pneus poderão ser esféricos e capazes de<br />
levitar. Com muita investigação e alguma<br />
imaginação pelo meio, a indústria <strong>dos</strong> pneus<br />
continuará a evoluir. Para já, a preocupação<br />
passa por aumentar a aderência <strong>dos</strong> pneus<br />
mais ecológicos, que têm, naturalmente,<br />
menor atrito. E, também, por aumentar a<br />
durabilidade <strong>dos</strong> pneus mais performantes.<br />
Enquanto renascem ideias de outros tempos,<br />
como pneus com piso diferenciado para<br />
a frente e para trás, edições especiais e pneus<br />
de pista que não chumbam nas inspeções<br />
técnicas de veículos. Aqui ficam algumas novidades<br />
para 2016 e para os anos vindouros.<br />
Apollo Vredestein<br />
e o pneu “gigante”<br />
Concebido para<br />
o GLE Coupé<br />
w w Outra novidade no mundo pneumático<br />
chega pelas mãos da Apollo Vredestein.<br />
Trata-se do Ultrac Vorti de… 24”!<br />
Sim, leu bem: 24” com uma banda de<br />
rolamento exclusiva para o eixo dianteiro<br />
e outra específica para o eixo traseiro.<br />
Só vai estar disponível nas medidas<br />
295/30R24 e 355/25R24, respetivamente.<br />
Foi desenvolvido para o Mercedes-Benz<br />
GLE Coupé e é produzido com os parceiros<br />
Premium Style da Vredestein.<br />
16 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
VEJA O VÍDEO<br />
Vredestein Ultrac Satin<br />
Veículos de gama mais<br />
elevada e modelos SUV<br />
w w A Goodyear mostrou, recentemente, um<br />
protótipo que dá pelo nome de Eagle 360.<br />
Trata-se de um pneu esférico impresso em 3D,<br />
apresentando-se como uma solução inovadora<br />
para os próximos anos, nos quais se espera que<br />
a condução autónoma se generalize. O formato<br />
exclusivo deste pneu, em esfera, é crucial para<br />
obter a máxima capacidade de manobra. Os<br />
pneus de orientação múltipla movimentam-<br />
-se em todas as direções, aumentando a<br />
segurança <strong>dos</strong> passageiros e resolvendo<br />
as limitações de espaço.<br />
Este pneu movimenta-se de<br />
acordo com as necessidades<br />
para diminuir a derrapagem<br />
resultante de potenciais perigos,<br />
como as estradas polidas<br />
ou obstáculos inespera<strong>dos</strong>, contribuindo,<br />
desta forma, para manter<br />
uma trajetória segura. Sendo redondo,<br />
este pneu permite fazer viragens de 360°, podendo<br />
ajudar a resolver as restrições de funcionamento,<br />
uma vez que os automóveis equipa<strong>dos</strong><br />
Goodyear Eagle 360<br />
O pneu esférico<br />
com este pneu necessitam de menos espaço para<br />
entrar nos lugares de estacionamento.<br />
Mas o mais curioso neste pneu é a forma como<br />
ele se “liga” ao veículo: através de levitação<br />
magnética, tal como acontece nos comboios,<br />
proporcionando mais conforto e menos ruído<br />
aos passageiros. Para além desta característica,<br />
esta “esfera” também “fala”. A partir de sensores<br />
coloca<strong>dos</strong> dentro do pneu, é possível registar as<br />
condições da estrada, incluindo o estado<br />
da superfície rodoviária e a meteorologia,<br />
sendo estas informações,<br />
depois, transmitidas ao veículo.<br />
Outra virtude do Eagle 360 é a<br />
tecnologia de desgaste do piso,<br />
que trabalha em parceria com<br />
os sensores de pressão. O Eagle<br />
360 consegue registar e regular<br />
o desgaste do pneu, de forma a aumentar<br />
a quilometragem. E como o seu<br />
piso é produzido numa impressora 3D, é possível<br />
personalizar o pneu com base... na região<br />
do globo onde o condutor vive!<br />
w w A Apollo Vredestein disponibiliza,<br />
também, o Ultrac Satin, pneu destinado a<br />
veículos de gama mais elevada e modelos<br />
SUV, tendo sido desenhado pela Giugiaro.<br />
Engloba na sua conceção uma resina específica<br />
destinada a melhorar a tração e dispõe de<br />
sulcos em forma de “Z”, que, de acordo com<br />
a marca, permitem uma manobrabilidade<br />
sem precedentes em piso húmido. O próprio<br />
composto utilizado na produção deste<br />
pneu foi reforçado na banda de rolamento e<br />
na respetiva base, nos flancos, na carcaça e<br />
no talão da jante. Está disponível nos índices<br />
de velocidade W e Y, em jantes de 16” a 18”<br />
(também estão previstas medidas para jantes<br />
de 20”). Esta grande novidade da Apollo<br />
Vredestein destaca-se pela etiqueta “A” para<br />
distâncias de travagem em piso molhado e<br />
nível de ruído exterior baixo (71 dB).<br />
Goodyear Eage F1 Assymetric 3<br />
Tecnologia ativa de travagem<br />
w w Equipamento original do Jaguar XF, o Eagle F1 Asymmetric 3 é a oferta premium<br />
da Goodyear no mercado de pneus de verão. Inserido num segmento em franca<br />
expansão, o UHP (Ultra High Performance), este pneu estreia a tecnologia ativa de<br />
travagem, que possibilita reduções na distância necessária para imobilizar o veículo,<br />
assim como proporciona maior precisão de rolamento. Anuncia como principal<br />
vantagem o facto de oferecer uma quilometragem adicional de 11.500 km ou uma<br />
resistência ao desgaste 31% superior.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 17
Novidades<br />
Salão de Genebra apontou o caminho do futuro<br />
Dunlop com génes de competição<br />
Sport Maxx RT2<br />
w w Inserida no seio da marca Goodyear, a Dunlop reforça a sua vertente como<br />
fornecedora de pneus para eventos desportivos. Assim, o mais recente Dunlop<br />
Sport Maxx RT2 foi escolhido como equipamento de origem para um<br />
<strong>dos</strong> mais radicais automóveis que se encontram à venda no mercado. A<br />
Radical, empresa conhecida pelos seus carros de competição, escolheu<br />
este pneu para o modelo RXC Turbo, que tem influência e foi beber<br />
inspiração ao modelo contemporâneo Le Mans Prototype, cuja potência<br />
ascende aos 500 cv. Este veículo está preparado para correr em pista.<br />
Para os veículos do dia a dia, a marca propõe medidas entre as 17” e as<br />
21”. Este novo pneu conta com um composto à base de resina natural que<br />
maximiza a aderência, tanto em pisos secos como molha<strong>dos</strong>.<br />
Goodyear IntelliGrip<br />
Inteligência artificial<br />
w w O fabricante norte-americano não se ficou<br />
pelo Eagle 360 em termos de inovações pneumáticas<br />
exibidas no Salão de Genebra. Como<br />
solução mais real, vai apostar no IntelliGrip,<br />
um pneu com tecnologia avançada de sensores,<br />
totalmente desenvolvido para suportar os inúmeros<br />
sistemas de controlo <strong>dos</strong> veículos autónomos,<br />
cada vez mais uma condição que se impõe<br />
no futuro. Uma vez que o funcionamento destes<br />
novos veículos depende, não só, das informações<br />
provenientes <strong>dos</strong> outros automóveis como, também,<br />
de condutores, peões e cidades inteligentes,<br />
pneus como o Goodyear IntelliGrip podem<br />
desempenhar um papel crucial nessa troca de<br />
informações. O IntelliGrip utiliza uma tecnologia<br />
de desgaste ativo, baseada na tecnologia de<br />
sensores do sistema de monitorização da pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus e de desgaste ativo da Goodyear para<br />
avaliar o estado do pneu e do veículo.<br />
Foram desenvolvi<strong>dos</strong> algoritmos especiais para<br />
considerar variáveis como a pressão de enchimento<br />
e a temperatura <strong>dos</strong> pneus, no sentido<br />
de obter uma melhor estimativa do estado <strong>dos</strong><br />
pneus e, em consequência, otimizar o sistema<br />
de controlo autónomo do veículo. Para além<br />
de sentir as condições do pneu e da estrada, o<br />
Goodyear IntelliGrip “comunica” ainda com o<br />
computador central do veículo, o que contribui<br />
para melhorar o desempenho da condução e a<br />
própria segurança. Quando o pneu deteta que a<br />
superfície da estrada está molhada ou escorregadia,<br />
o veículo autónomo adapta a sua velocidade.<br />
Adicionalmente, encurta a distância de paragem,<br />
melhora a reação em curva, otimiza a estabilidade<br />
e consegue apoiar sistemas de prevenção<br />
de colisões.<br />
Yokohama Advan 052<br />
Piso “semi-slick”<br />
w w A Yokohama está a lançar um pneu de<br />
estrada com piso “semi-slick” para utilizar em<br />
circuitos ou em track days. O piso é quase<br />
igual ao de um pneu de asfalto para Rali:<br />
Advan A051T.<br />
O piso<br />
adapta-se às<br />
condições da<br />
estrada<br />
Ligado à CPU<br />
do veículo<br />
Os sensores<br />
coloca<strong>dos</strong> no<br />
interior do<br />
pneu permitem<br />
avaliar o seu<br />
desgaste<br />
O microchip<br />
inserido no pneu<br />
foi desenvolvido<br />
pela HUF<br />
Série especial Vredestein<br />
Inspirada no DJ<br />
holandês Hardwell<br />
w w Chama-se Hardwell e consiste numa<br />
edição limitada da Vredestein para o modelo<br />
Ultrac Satin. Inspirada no produtor e<br />
DJ holandês Hardwell e no tema Running<br />
Wild, serão produzidas apenas 255 unidades<br />
deste pneu, que estará disponível unicamente<br />
na medida 225/45R17.<br />
18 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 19
Evento<br />
2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM<br />
Fasquia elevada<br />
O 2.º Simpósio Ibérico, organizado pelo Jornal das Oficinas e pela <strong>Revista</strong> Autopos,<br />
superou todas as expectativas. Com 400 participantes, 16 oradores e oito horas<br />
de debates, contou com a participação especial da Euro Tyre, Patrocinador Diamante<br />
do maior evento do aftermarket nos países vizinhos<br />
Por: Jorge Flores<br />
O<br />
2.° Simpósio Ibérico Aftermarket<br />
IAM, realizado no passado dia 18<br />
de março, no Centro de Congressos<br />
do Estoril, revelou-se um sucesso sem precedentes<br />
no setor. Subordinado ao tema<br />
“Veículos Comunicantes e o Futuro do Aftermarket”,<br />
esta edição de 2016 teve como Patrocinador<br />
Diamante a Euro Tyre. A presença<br />
em peso deste distribuidor de pneus apenas<br />
aparentemente poderá parecer descontextualizada,<br />
uma vez que esta empresa nortenha<br />
aproveitou a ocasião para dar a conhecer<br />
aos (muitos) presentes a sua recente<br />
posição no aftermarket nacional. Recorde-<br />
-se, a propósito, que, no ano passado, a Euro<br />
Tyre abraçou o universo das peças auto.<br />
Manuel Félix, diretor-geral da empresa, subiu<br />
ao palco, ainda durante o período da<br />
manhã, e deixou bem clara a importância<br />
de deter a representação oficial da Motaquip<br />
no nosso país. Ou não se trate de uma<br />
marca conceituada e que conta com mais de<br />
10 mil referências disponíveis em catálogo.<br />
Segundo o diretor-geral da empresa, este<br />
“menu” permite responder a, aproximadamente,<br />
80% das necessidades das oficinas<br />
em matéria de peças auto.<br />
Manuel Félix usou ainda da palavra para fazer<br />
uma retrospetiva da companhia, presente<br />
em Portugal desde 2007, na distribuição<br />
de pneus. enquadrando-a com a sua história<br />
no Grupo Pon. O responsável destacou vários<br />
pontos-chave da Euro Tyre no mercado<br />
português. Exemplos? Cinco pontos de distribuição,<br />
mais de 43 funcionários, 183 mil<br />
pneus em stock (uma área de armazenagem<br />
de 27.000 m2), 700 mil pneus comercializa<strong>dos</strong><br />
em 2015 (faturação de 40 milhões de<br />
euros) e mais de 3.800 oficinas como clientes.<br />
Não é para to<strong>dos</strong>.<br />
w AFTERMARKET ESMIUÇADO<br />
Mas houve muito mais pontos de interesse<br />
no 2.° Simpósio Ibérico Aftermarket IAM.<br />
Com a presença de 400 profissionais do setor<br />
(mais 50% do que no primeiro simpósio,<br />
em 2014), 16 oradores internacionais e uma<br />
“epopeia” de oito horas de debates, esta se-<br />
20 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
gunda edição elevou a fasquia e marcou<br />
um ponto de viragem nas ações dedicadas<br />
ao aftermarket, em toda a Península Ibérica.<br />
Conduzi<strong>dos</strong> por Pedro Pinto, jornalista da<br />
TVI, os debates aborda<strong>dos</strong> no evento arrancaram<br />
com o discurso de boas-vindas<br />
através das palavras <strong>dos</strong> dois anfitriões:<br />
João Vieira, diretor do Jornal das Oficinas,<br />
e Miguel Angel Prieto, diretor da revista<br />
Autopos. No seu conjunto, foram seis painéis,<br />
um período de debate na parte da<br />
manhã, uma apresentação levada a cabo<br />
pelo Patrocinador Diamante (Euro Tyre) e<br />
uma mesa redonda na parte da tarde, que<br />
compuseram o programa das festas. O tema<br />
central? Os “Veículos Comunicantes”.<br />
Não faltou coffee break, almoço, networking.<br />
Além, claro, de trocas de impressões e de<br />
momentos de convívio. Pela zona de entrevistas<br />
rápidas do JO TV, passaram nomes<br />
como Hartmut Röhl (presidente da FIGIEFA),<br />
Ben Smart (diretor de marketing da Divisão<br />
Global de Peças e Serviço da TRW), Joaquim<br />
Candeias (presidente da DPAI) ou Manuel<br />
Félix (diretor-geral da Euro Tyre).<br />
O Simpósio Ibérico foi transmitido em direto<br />
por live streaming e, em tempo real,<br />
através da página de Facebook do Jornal<br />
das Oficinas. Durante os vários debates do<br />
dia, foram muitas as questões colocadas<br />
aos oradores, por intermédio da solução<br />
iziConference.<br />
No final do dia, multiplicaram-se os elogios<br />
e as felicitações pela organização deste<br />
evento de elevada magnitude. Refira-se<br />
que a próxima edição do evento está já<br />
agendada para março de 2018.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 21
Atualidade<br />
29.ª edição de Reifen realiza-se de 24 a 27 de maio<br />
Última vez em Essen<br />
Reifen é, desde 1960, o ponto de encontro da indústria <strong>dos</strong> pneus e a referência deste<br />
setor. Na edição de 2016, a última que se realiza em Essen, a feira volta a ser uma<br />
montra de inovações e uma fonte de novas ideias. Em jeito de despedida<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
De dois em dois anos, a indústria <strong>dos</strong><br />
pneus converge (ou, melhor, convergia...)<br />
para a nona maior cidade da<br />
Alemanha: Essen. Reifen, que se realiza há já<br />
56 anos, é a principal feira dedicada ao setor<br />
<strong>dos</strong> pneus, abrangendo toda a sua cadeia de<br />
valor: desenvolvimento; produção; comércio;<br />
recauchutagem; reciclagem. Com 670<br />
expositores em representação de 45 países<br />
e 20.000 visitantes de 130 nacionalidades,<br />
Reifen é das feiras mais internacionais que se<br />
realizam em solo germânico. Em cooperação<br />
com a Automechanika (4.660 expositores em<br />
representação de 74 países; cerca de 138.000<br />
visitantes de 176 nacionalidades), abre novos<br />
merca<strong>dos</strong> e potencia relações comerciais.<br />
Na edição de 2016, a 29.ª (e última) que se<br />
realiza em Essen (24 a 27 de maio), Reifen<br />
volta a ser uma montra de inovações e uma<br />
fonte de novas ideias. Em jeito de despedida.<br />
Como não podia deixar de ser, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> vai lá estar para lhe trazer, na próxima<br />
edição, o melhor da informação sobre o mundo<br />
<strong>dos</strong> pneus.<br />
w ADEUS ESSEN, OLÁ FRANKFURT<br />
Ainda a edição de 2016 não se tinha realizado<br />
e já a organização de Reifen avançara com<br />
uma novidade bombástica. Alargando o seu<br />
plano de cooperação com a Automechanika,<br />
a 30.ª edição de Reifen (11 a 15 de setembro<br />
de 2018) realizar-se-á em simultâneo com o<br />
certame dedicado ao aftermarket. É verdade.<br />
De 2018 em diante, a Messe Essen e a Messe<br />
Frankfurt decorrerão ao mesmo tempo e<br />
no mesmo local. Reifen deixará, assim, de ser<br />
realizada na nona maior cidade da Alemanha<br />
(Essen) e passará a ter lugar no centro<br />
financeiro do país (Frankfurt). De acordo com<br />
Oliver P. Kuhrt, CEO da Messe Essen (à direita<br />
na foto principal), “o facto de nos unirmos à<br />
Messe Frankfurt permite-nos juntar a indústria<br />
<strong>dos</strong> pneus ao aftermarket automóvel, de<br />
modo a que o ‘universo’ fique completo. Os<br />
expositores de Reifen contarão com mais visitantes<br />
nesta nova localização, entres os quais<br />
estarão os grandes decisores internacionais<br />
da indústria, do setor oficinal e do comércio<br />
afeto ao pós-venda”.<br />
Por seu turno, Detlef Braun, membro do conselho<br />
de administração da Messe Frankfurt,<br />
realçou que “Reifen vem complementar o<br />
portefólio da marca de feiras líder a nível<br />
mundial: a Automechanika. Ofereceremos<br />
datas comuns à indústria e, quer para o universo<br />
<strong>dos</strong> pneus quer para o setor oficinal,<br />
reuniremos todo o know-how e serviços num<br />
único local”. Decisão que, de resto, parece<br />
fazer todo o sentido, uma vez que, cada vez<br />
mais, o negócio <strong>dos</strong> pneus convive com o<br />
mundo das peças e com os serviços rápi<strong>dos</strong>.<br />
Exemplos de empresas que alargaram os<br />
seus core businesses a estas áreas, não faltam.<br />
22 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 23
Gestão<br />
Diferenciação na oficina<br />
Definir o caminho<br />
Apostar nos aspetos que farão a diferença da sua oficina em relação às outras é uma<br />
forma de atrair clientes e de aumentar o volume de negócios<br />
Em qualquer negócio, prestar atenção<br />
à concorrência é um fator a considerar<br />
para se conseguir obter o máximo rendimento<br />
e lucro. A concorrência nunca deve<br />
ser considerada um problema, mas sim um<br />
estímulo. Saber que o cliente tem muitas<br />
hipóteses de escolha deve motivá-lo a ser<br />
cada vez melhor. Para isso, é necessário demarcar-se<br />
<strong>dos</strong> restantes negócios e definir o<br />
seu próprio caminho. São vários os pontos<br />
nos quais deve focar a diferenciação. Prestar<br />
atenção a to<strong>dos</strong> fará com que consiga<br />
obter um maior número de clientes e, mais<br />
importante ainda, manter os que já tem.<br />
w PREÇO JUSTO<br />
Não se trata de ser os mais baratos, mas<br />
sim de ser honestos. A “chave” consiste em<br />
oferecer a melhor relação qualidade/preço.<br />
Ou oferecer o melhor serviço pelo mesmo<br />
preço do que outros. As tarifas excessivamente<br />
económicas enganam e confundem<br />
o cliente, que tende a pensar que é demasiado<br />
bom para ser verdade ou, se não for<br />
esse o caso, julgará que a qualidade do<br />
serviço é muito baixa. Investigue os preços<br />
da concorrência para poder ajustar os seus<br />
o melhor possível. Numa época em que a<br />
economia familiar não é excessivamente<br />
próspera, o cliente pesquisa e compara.<br />
w BOM SERVIÇO<br />
Com toda a probabilidade, é a sua melhor<br />
marca, o seu melhor aliado: um bom serviço.<br />
Mais do que os preços, mais do que<br />
qualquer outro fator. A melhor forma de<br />
uma oficina impressionar, é fazer um bom<br />
trabalho. O cliente vai avaliar a eficiência e<br />
a rapidez e se não ficar satisfeito, não voltará.<br />
Assim como ninguém vai a um médico<br />
que não mostre competência, na oficina, o<br />
cliente procura um mínimo de qualidade.<br />
w ATENDIMENTO PERSONALIZADO<br />
Uma oficina deve oferecer a cada cliente<br />
um atendimento personalizado, demons-<br />
24 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
muito importante que o cliente saiba explicar<br />
na oficina os sintomas que o veículo<br />
apresenta. Mas também se deve verificar<br />
a circunstância complementar, ou seja, o<br />
profissional da oficina deve saber escutar e<br />
entender as explicações do cliente.<br />
w LIMPEZA EXEMPLAR<br />
A maioria das pessoas pensa nas oficinas<br />
mecânicas como locais sujos, cheios de<br />
óleo, pó e teias de aranha. É verdade que<br />
nas oficinas há sempre uma certa sujidade<br />
derivada da própria atividade profissional,<br />
mas isso não quer dizer que não se mantenham<br />
limpas as instalações, os equipamentos,<br />
os sanitários e as peças. Em suma, que<br />
hajam condições de higiene adequadas.<br />
Dentro do serviço,<br />
a diferença pode ser<br />
feita através de…<br />
w w 1. Qualidade - To<strong>dos</strong> os trabalhos<br />
que executar não devem ter uma classificação<br />
abaixo de excelente.<br />
w w 2. Variedade de serviços - Explore<br />
o tipo de trabalhos que os outros<br />
oferecem e aqueles que pode oferecer.<br />
Quanto mais puder oferecer, mais vasto<br />
será o público ao qual chegará. Mas deve<br />
avaliar a capacidade de trabalho da sua<br />
oficina. Não deve incluir serviços que não<br />
consegue disponibilizar com o mínimo<br />
de qualidade exigível.<br />
w w 3. Flexibilidade de horários -<br />
Quanto mais facilidades oferecer ao<br />
cliente, melhor. Nem todas as pessoas<br />
têm uma disponibilidade compatível com<br />
os horários das oficinas, pelo que podem<br />
necessitar <strong>dos</strong> seus serviços praticamente<br />
a qualquer momento. Isto não significa<br />
que tenha de manter a oficina aberta 24<br />
horas. Antes ter em conta as necessidades<br />
<strong>dos</strong> seus clientes. Ofereça-lhes o que a<br />
concorrência não proporciona.<br />
trar que cada cliente conta e fazê-lo sentir-<br />
-se importante. Para isso, há que evitar um<br />
mau serviço, atrasos, mudanças de ideias e<br />
mentiras no que respeita aos preços. Cada<br />
cliente quer sentir-se especial, não se quer<br />
sentir um número nem uma ordem de reparação.<br />
Os clientes têm nome próprio e a<br />
diferença consiste na forma como são trata<strong>dos</strong>.<br />
Aconselhar e ouvir são as duas razões<br />
para um bom atendimento. Sorrir, por si<br />
só, não basta. É necessário fazer com que<br />
o cliente se sinta seguro e demonstrar-lhe<br />
que escolheu a oficina que realmente vai<br />
ajudá-lo a resolver o problema.<br />
w OUVIR O CLIENTE<br />
Os profissionais das oficinas dizem que é<br />
w AÇÕES DE MARKETING<br />
Tudo o que foi referido anteriormente vai<br />
servir para que possa levar a cabo ações de<br />
marketing que atraiam mais clientes. Diferenciando-se<br />
<strong>dos</strong> outros, criará uma identidade<br />
própria e poderá fazer publicidade.<br />
Hoje em dia, existem numerosas formas<br />
de publicitar, tanto nos meios tradicionais<br />
como através da Internet. Inclusivamente,<br />
alguns desses meios, como as redes sociais,<br />
são totalmente gratuitos e podem chegar<br />
a dar muito bons resulta<strong>dos</strong>. Mas sem um<br />
bom serviço, essa publicidade pode ter repercussões<br />
contra si. Escolha a melhor forma<br />
de fazê-lo. Dependerá sempre de quem<br />
são os seus potenciais clientes. Seja original<br />
para se diferenciar <strong>dos</strong> outros.<br />
w w 4. Rapidez - Numa sociedade na<br />
qual o veículo se tornou imprescindível<br />
para a maioria das pessoas, a rapidez na<br />
reparação é vital. Mas lembre-se: a qualidade<br />
primeiro do que tudo.<br />
w w 5. Imagem - A imagem da oficina<br />
também ajuda a atrair clientes. Uma oficina<br />
organizada e limpa gera mais confiança.<br />
O cliente está atento a to<strong>dos</strong> os<br />
pormenores e o mínimo problema pode<br />
deitar por terra todo o esforço. Promova<br />
um bom ambiente laboral, para que os<br />
trabalhadores não se sintam desmotiva<strong>dos</strong><br />
ou aborreci<strong>dos</strong>.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 25
Apresentação<br />
GT Radial SportActive<br />
Dia de treino<br />
Foi um autêntico dia de treino. A convite da Giti Tire, a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou, no<br />
circuito de Ascari, perto da cidade espanhola de Ronda, o novo GT Radial SportActive,<br />
que tem na moderna tecnologia e no nome atraente os seus ex-líbris<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
O<br />
dia começou cedo. Eram 06h30m da<br />
manhã (05h30m em Portugal) quando<br />
o despertador do Hotel Reina Victoria,<br />
em Ronda (pertencente à cadeia<br />
Catalonia), tocou. O momento de experimentar o<br />
novo pneu da Giti Tire estava a chegar e era o<br />
ponto alto da apresentação, designada SportActive<br />
Days. Nos primeiros dois dias, o evento foi dedicado<br />
à imprensa. Nos dois últimos, aos clientes da GT<br />
Radial. O teste ao novo SportActive consistia em<br />
percorrer várias secções do circuito de Ascari,<br />
divididas por três workshops (ver caixas). A<br />
expectativa era, por isso. elevada.<br />
w DESENHADO EM HANNOVER<br />
O novo GT Radial SportActive foi projetado<br />
para berlinas e automóveis desportivos.<br />
Este pneu UHP concorre no segmento consumer<br />
do mercado de substituição na Europa,<br />
que, em 2015, foi responsável por um<br />
volume superior a 200 milhões de unidades<br />
(ao qual é preciso adicionar ainda entre 80<br />
e 100 milhões de pneus importa<strong>dos</strong>). Desse<br />
volume superior a 200 milhões, mais de 115<br />
milhões foram pneus de verão. De acordo<br />
com a Giti Tire, o mercado de substituição<br />
na Europa crescerá entre 2% e 4% de 2016 a<br />
2020: 5% a 9% nos pneus de verão em jantes<br />
inferiores a 17”; 5% a 6% em jantes de<br />
17” e 18”; 7% a 9% em jantes de 19”; 13% a<br />
17% em jantes de 20” e superiores; 6% a 8%<br />
em pneus com índice de velocidade “Y”. Eis<br />
outro indicador relevante: desde 2014 que<br />
o mercado UHP tem vindo a crescer em todas<br />
as medidas de jantes. Tendência que se<br />
verificará até 2020.<br />
O novo GT Radial SportActive, que foi desenhado<br />
no centro de pesquisa e desenvolvimento<br />
europeu da Giti Tire, localizado em<br />
Hannover, substitui o Champiro UHP1 e assume<br />
o lugar do Champiro HPY nas medidas<br />
com índice de velocidade “Y” e destinadas<br />
aos modelos SUV. Testado pela Dekra, entidade<br />
que avaliou mais de 60 pneus de seis<br />
fabricantes, o novo SportActive ostenta as<br />
classificações “B” na aderência em piso molhado<br />
e “C” na resistência ao rolamento.<br />
Sendo 5% mais leve e 20% mais rígido do<br />
que o modelo antecessor, o recém-lançado<br />
SportActive utiliza um novo composto de sílica<br />
no piso, dispondo este de quatro canais<br />
longitudinais largos para escoamento eficaz<br />
da água, desenho assimétrico e três ranhuras<br />
rígidas na secção central. O novo GT Radial<br />
SportActive está disponível, numa primeira<br />
fase, em 27 medidas: jantes de 16” a 19”;<br />
larguras de secção de 195 a 265 mm; séries<br />
55 a 35; índices de velocidade “V”, “W” e “Y”.<br />
No verão deste ano, a gama contemplará 32<br />
medidas. E deverá, depois, ser alargada.<br />
26 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Workshop 1<br />
Desempenho<br />
em piso molhado<br />
w w O primeiro desafio que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> enfrentou como o novo GT Radial<br />
SportActive foi a condução em piso molhado.<br />
O teste consistiu em percorrer uma<br />
secção específica do circuito de Ascari.<br />
Primeiro, com o novo pneu UHP da Giti<br />
Tire, depois com um concorrente e, finalmente,<br />
com o novo SportActive. O nosso<br />
companheiro de aventura foi o Volkswagen<br />
Golf GTI equipado com caixa manual.<br />
Duas voltas de cada vez foi o máximo que<br />
a organização permitiu. O novo GT Radial<br />
SportActive, na medida 225/40R18 92Y XL,<br />
revelou ser um pneu reativo, que permite<br />
manter uma trajetória correta e eficaz na<br />
travagem. Claro que o facto de estar montado<br />
num automóvel desportivo compacto<br />
de elevado gabarito, como é o Golf GTI, ajudou.<br />
Para este teste, a Giti Tire “convocou” o<br />
Maxxis Victra Sport Zero One, na medida<br />
225/40ZR18 92Y (Reinforced). Depois de<br />
termos experimentado os dois pneus, sentimos<br />
o Maxxis ligeiramente menos assertivo<br />
nas abordagens às curvas em piso molhado.<br />
E um pouco menos “ligado” ao solo, com<br />
algumas perdas de aderência prematuras.<br />
< VEJA O VÍDEO<br />
Workshop 2<br />
Diversão<br />
em piso seco<br />
w w No segundo workshop da apresentação,<br />
o teste consistiu em percorrer uma secção<br />
sinuosa do circuito de Ascari. Ao volante<br />
do Mini John Cooper Works equipado com<br />
caixa automática, pequeno desportivo feito<br />
para as curvas, a diversão, ainda para mais<br />
em piso seco, elevou-se a outro patamar. Mal<br />
tínhamos começado e, duas voltas passadas<br />
(de um total de seis que nos couberam), já<br />
nos sentíamos capazes de passar o resto do<br />
dia a descrever trajetórias e a deslizar pelo<br />
asfalto abrasivo do circuito de Ascari. Primeiro,<br />
com o novo GT Radial SportActive,<br />
na medida 205/45R17 88W XL. Depois, com<br />
o rival selecionado pela Giti Tire para esta<br />
comparação: Kumho Ecsta LE Sport KU39,<br />
na mesma medida. E, a terminar, novamente<br />
com o recém-lançado SportActive. Acutilante<br />
nas inserções em curva, estável e com elevada<br />
motricidade, ainda para mais beneficiando<br />
de suspensão multilink no eixo traseiro e de<br />
uma direção comunicativa, o Mini evidenciou<br />
um desempenho mais rápido com o novo GT<br />
Radial. A diferença face ao Kumho sentiu-se<br />
na abordagem às curvas, onde o SportActive<br />
evita que o Mini escorregue tanto de frente.<br />
< VEJA O VÍDEO<br />
Workshop 3<br />
O melhor<br />
ficou para o fim<br />
w w O segundo workshop do evento, realizado<br />
com o Mini John Cooper Works, já tinha<br />
sido bom. Mas este último, ao volante do<br />
Audi TTS Coupé, foi um delírio. Primeiro<br />
com GT Radial, depois com Toyo e, por fim,<br />
de volta ao GT Radial. Para sermos sinceros,<br />
não notámos qualquer diferença de desempenho<br />
entre o novo SportActive (245/40R18<br />
97Y XL) e o Proxes T1 Sport (245/40ZR18<br />
97Y XL). Qualquer deles, revelou ter um<br />
ótima prestação no circuito de Ascari.<br />
Certinho nas trajetórias, com notável motricidade,<br />
superior capacidade de travagem<br />
e caixa S tronic rápida (nas passagens o<br />
som emitido pelo motor foi melodia para<br />
os nossos ouvi<strong>dos</strong>), o TTS Coupé permitiu<br />
verdadeiros momentos de pilotagem para<br />
mais tarde recordar. Para mais, dispondo<br />
o Ascari Race Resort de curvas para to<strong>dos</strong><br />
os gostos, algumas delas bastante inclinadas<br />
e pronunciadas. Terminámos, por isso,<br />
em beleza esta apresentação. Até porque a<br />
nossa prestação foi bastante elogiada pela<br />
Giti Tire. Ao ponto de, imagine-se, termos<br />
servido de cicerones a Lyn Barret, da Tyre<br />
Trade News.<br />
< VEJA O VÍDEO<br />
2<br />
Ascari Race Resort<br />
Curvas para<br />
to<strong>dos</strong> os gostos<br />
Com 5,425 metros de comprimento total, sendo<br />
a largura da pista de 12,2 metros, o circuito<br />
de Ascari, perto da cidade de Ronda, dispõe<br />
de 26 curvas: 13 para a direita e 13 para a esquerda.<br />
Pode ser subdividido em três secções<br />
ou combinações, de modo a poderem ser realiza<strong>dos</strong><br />
três workshops em simultâneo, como<br />
aconteceu, de resto, na apresentação levada<br />
1<br />
3<br />
a cabo pela Giti Tire (designada SportActive<br />
Days). Este circuito, onde se conduz em sentido<br />
contrário ao <strong>dos</strong> ponteiros do relógio,<br />
combina curvas apertadas com curvas largas.<br />
E para elevar ainda mais os níveis de adrenalina,<br />
inclui curvas com inclinação no exterior<br />
até 18%, subidas e descidas com 12% de inclinação<br />
e exigentes chicanes.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 27
Notícias<br />
Mercado<br />
Propriamente centrado,<br />
é meio equilibrado<br />
Gonçalteam aposta na formação<br />
DOIS NOVOS CENTROS<br />
Para a Gonçalteam, formação é a palavra-chave. Por<br />
isso, abriu para o mercado dois inovadores centros<br />
de formação. Situa<strong>dos</strong> no Seixal e no Porto, estão<br />
apetrecha<strong>dos</strong> com equipamentos de qualidade<br />
HPA/FAIP e com soluções HAWEKA<br />
Porque é tão importante o uso correto <strong>dos</strong><br />
equipamentos de centragem nas equilibradoras,<br />
para que o mesmo seja igual ao veículo?<br />
Porque devido à ausência <strong>dos</strong> mesmos, torna-se<br />
impossível obter uma correta centragem e, desse<br />
modo, o equilíbrio não é possível ser, nem perto,<br />
do exigido pelas viaturas atuais. Desse modo, a<br />
Gonçalteam, através das novas equilibradoras<br />
HPA/FAIP, nomeadamente a B 540 C de diagnóstico/equilíbrio<br />
totalmente automática e a nova<br />
equilibradora B 335 C EVO com sonar e rapidez<br />
de lançamento e de centragem, juntamente com<br />
a formação e acessórios de equilíbrio HAWEKA,<br />
possibilita aos seus clientes toda a mais vasta<br />
gama de ferramentas, para que não existam<br />
quaisquer erros a respeito desta temática. Todas<br />
as equilibradoras são, geralmente boas, e<br />
trabalham com precisão. Todavia, com os adaptadores<br />
HAWEKA, estas trabalham com perfeição<br />
e a Gonçalteam dispõe dessa mesma solução<br />
para todas as marcas de máquinas do mercado.<br />
EXEMPLOS PRÁTICOS DE CENTRAGEM<br />
CORRETA / INCORRETA:<br />
om a inauguração destes dois centros<br />
C de formação e com o lançamento do<br />
plano de formações, a Gonçalteam espera<br />
alcançar a maioria <strong>dos</strong> profissionais da área<br />
<strong>dos</strong> pneus, com o intuito de incentivar e de<br />
formar sobre o correto procedimento do<br />
equilíbrio de rodas. Bem como expor as<br />
novidades acerca das novas equilibradoras<br />
HPA/FAIP, assim como as várias soluções<br />
HAWEKA para o mercado automóvel.<br />
w VEÍCULOS E SERVIÇOS MODERNOS<br />
Hoje, to<strong>dos</strong> os construtores de automóveis<br />
estão a equipar os seus novos<br />
modelos com as mais recentes tecnologias.<br />
Melhorias eletrónicas e melhorias<br />
mecânicas, quando bem coordenadas,<br />
conferem aos automobilistas uma condução<br />
de que oferece segurança e puro<br />
divertimento. Especialmente, para jantes<br />
de dimensão elevada (18”, 19” e 20”) e<br />
para veículos de gama alta, como BMW,<br />
Mercedes-Benz, DaimlerChrysler, VW e<br />
Audi. Ou desportivos das marcas Porsche,<br />
Ferrari, entre outros. O equilíbrio perfeito<br />
é, por isso, extremamente essencial.<br />
A este respeito, os clientes deste tipo de<br />
viaturas e de outras mais económicas<br />
atribuem um imenso valor à estabilidade<br />
<strong>dos</strong> seus veículos. Desde o primeiro dia.<br />
São muitos os exemplos em que o serviço<br />
total fica comprometido pelo mau equilíbrio<br />
efetuado.<br />
Esta estabilidade está associada à perfeita<br />
concentricidade das rodas <strong>dos</strong> veículos.<br />
Os especialistas <strong>dos</strong> serviços de<br />
pneus sabem que, durante o processo<br />
de equilíbrio, por exemplo, qualquer sujidade<br />
existente entre a jante e o hub do<br />
veículo provoca desgaste prematuro na<br />
mecânica. Isto parece realmente muito<br />
simples mas é a interligação de to<strong>dos</strong> os<br />
componentes que, obviamente, tem preservado<br />
o completo sistema da viatura e<br />
o seu ciclo de vida.<br />
O equilíbrio perfeito vai permitir ao consumidor<br />
final uma total satisfação, quer<br />
nos índices de segurança, como da performance.<br />
Assim como permite fidelizar o<br />
cliente ao fornecedor de serviços.<br />
w Protege ou destrói a jante de alumínio do<br />
seu centro? É assim que a roda está centrada<br />
na viatura?<br />
w w Porquê colocar o cone no cubo interno<br />
da jante? Simula o cubo da viatura?<br />
w w Diferente de um cone que apenas entra em<br />
contacto unicamente numa posição com a jante.<br />
A perfeita centragem só pode ser atingida com o<br />
uso de um adaptador cilíndrico (DuoExpert) ou<br />
centros próprios para a viatura que se pretenda<br />
equilibrar.<br />
28 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Yokohama adquiriu<br />
Alliance Tire Group<br />
Nex Tyres detém<br />
Ihle Espanha e Portugal<br />
Nex Tyres, distribuidor grossista de pneus, criado em janeiro de 2015 com a fusão<br />
A das atividades de distribuição da Rodi Motor Services e da Euromaster em Espanha,<br />
chegou a acordo com a Ihle Holding AG (com sede central em Baden-Baden, na Alemanha)<br />
para a aquisição de 100% da sua filial na Península Ibérica (Ihle España e Portugal, S.L.).<br />
Numa conjuntura de mercado altamente competitiva, a distribuição grossista de pneus<br />
necessita de empresas com elevada capacidade financeira e operacional, com vista a<br />
oferecer os níveis de serviço que o cliente profissional necessita. Com esta operação,<br />
materializada a 31 de março de 2016, a Nex dá mais um passo para consolidar a sua posição<br />
como uma das referências na distribuição grossista em Espanha e Portugal pela<br />
disponibilidade de produto, serviço e portefólio de marcas.<br />
Esta operação corporativa representa mais um passo na agenda estratégica do desenvolvimento<br />
da Nex, onde, nos últimos meses, se observaram várias etapas, como o arranque<br />
da sua filial em Portugal (novembro de 2015) e a incorporação, em fevereiro de<br />
2016, da sua ampla oferta no segmento agro-industrial.<br />
A Yokohama Rubber anunciou, no<br />
passado dia 25 de março, que chegou a<br />
um acordo para adquirir as ações da ATG<br />
(Alliance Tire Group B.V.), fabricante de<br />
pneus fora de estrada (Off-Highway), por<br />
um valor de 1.179 milhões de dólares (cerca<br />
de 1.053 milhões de euros). Esta aquisição<br />
faz parte do plano de crescimento da Yokohama.<br />
A aquisição do fabricante indiano<br />
deverá estar concluída no próximo dia 1 de<br />
julho, depois de cumpri<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os procedimentos<br />
legais, incluindo a aprovação<br />
das autoridades da concorrência.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 29
Notícias<br />
Mercado<br />
Euro Tyre vai abrir 10 lojas<br />
Motaquip até final de 2017<br />
A Euro Tyre iniciou um projeto de desenvolvimento de uma<br />
rede de lojas, próprias e franchisadas, para estar mais perto<br />
das oficinas. Estas lojas terão o seu stock baseado na marca<br />
Motaquip e em marcas de equipamento original. Com este<br />
projeto, a Euro Tyre pretende criar uma rede que lhe permitirá<br />
estar mais próxima das oficinas, melhorando o seu nível<br />
de serviço com stocks próximos <strong>dos</strong> clientes e capacidade logística<br />
para fazer entregas quatro vezes ao dia. O conceito de<br />
negócio da empresa baseia-se na disponibilização de stock,<br />
com um elevado nível de serviço logístico a preços sempre<br />
competitivos.<br />
Para breve está, também, a apresentação da Academia Euro<br />
Tyre, que disponibilizará aos seus clientes to<strong>dos</strong> os níveis de<br />
formação e de assistência técnica online e telefónica. É objetivo<br />
da Euro Tyre posicionar-se como uma empresa de referência<br />
no aftermarket a nível nacional, juntando à já vasta<br />
experiência na distribuição de pneus, um stock adequado de<br />
produtos de diversas marcas para o aftermarket.<br />
LOSTnFOUND integra<br />
ContiPressureCheck<br />
PUB<br />
O fornecedor de telemática LOSTnFOUND está a integrar o dispositivo<br />
de monitorização de pressão de pneus ContiPressureCheck nos<br />
seus sistemas. Como parte da colaboração entre as duas empresas,<br />
os da<strong>dos</strong> de temperatura e pressão já existentes, recolhi<strong>dos</strong> em<br />
tempo real pelo ContiPressureCheck, são mostra<strong>dos</strong> no interface<br />
do utilizador da LOSTnFOUND. Graças à ligação de rede do sistema<br />
de telemática, os valores medi<strong>dos</strong> podem ser recebi<strong>dos</strong> em dispositivos<br />
móveis. A integração <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> do ContiPressureCheck no<br />
sistema de telemática da LOSTnFOUND permite implementar a<br />
monitorização conectada da pressão <strong>dos</strong> pneus. Isto, por sua vez,<br />
possibilita a realização do processo de verificação da pressão <strong>dos</strong><br />
pneus e que este seja transparente para os condutores e gestores<br />
de frota, simplificando a monitorização técnica <strong>dos</strong> pneus.<br />
30 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
<strong>Pneus</strong> Toyo NanoEnergy<br />
equipam novo Prius<br />
A Toyo anuciou que o novo pneu NanoEnergy<br />
foi selecionado pela Toyota para<br />
equipar a nova geração do Prius como<br />
componente de origem. Este modelo é o<br />
pneu mais eficiente da marca e é utilizado<br />
neste veículo de forma a encontrar um<br />
equilíbrio entre economia de combustível<br />
e aderência em piso molhado. Utiliza a tecnologia<br />
Nano Balance 1, uma plataforma<br />
de borracha que foi desenolvida a nível<br />
molecular.Utilizando esta tecnologia,<br />
a empresa conseguiu um produto que<br />
alcança um registo muito interessante<br />
quando utilizado pelo novo híbrido do<br />
construtor japonês de veículos.<br />
Trelleborg mostra pneus “Made in USA”<br />
A Trelleborg mostrou aos visitantes do Commodity Classic, certame que decorreu em New<br />
Orleans, no estado do Louisiana, de 3 a 5 de março, os primeiros pneus agrícolas da marca<br />
produzi<strong>dos</strong> nos EUA. Andrea Masella, country manager para a América do Norte e Central<br />
<strong>dos</strong> pneus Trelleborg, referiu que “depois do grande evento de inauguração da nossa fábrica<br />
norte-americana de Spartanburg, no estado da Carolina do Sul, optámos por revelar os novos<br />
pneus produzi<strong>dos</strong> nos EUA no Commodity Classic”. No espaço da Trelleborg, os pneus TM150<br />
para a nova geração de pulverizadoras com tecnologia BlueTire foram vistos monta<strong>dos</strong> numa<br />
máquina verdadeira. O TM150 permite transportar mais 40% de carga com a mesma pressão<br />
de um pneu padrão, o que permite enchê-lo com 40% menos de pressão. A gama de alto<br />
rendimento da marca foi outra das novidades mostrada no certame.<br />
PUB<br />
Bridgestone reconhecida<br />
pela Honda Motor<br />
A Bridgestone Corporation foi distinguida<br />
pela Honda Motor Co., Ltd (Honda<br />
Motor) com um “Environmental Award”.<br />
A cerimónia de entrega <strong>dos</strong> prémios decorreu<br />
no passado dia 18 de fevereiro, na<br />
Fábrica Tochigi, da Bridgestone. Nesta cerimónia,<br />
Yutaka Yamaguchi, vice-presidente<br />
e senior officer responsible for Safety, Disaster<br />
Prevention & Quality da Bridgestone,<br />
recebeu uma condecoração de Hiroshi<br />
Saito, general manager of the Purchasing<br />
Global Operations Planning Office (Worldwide)<br />
da Honda Motor. Esta foi a primeira<br />
vez que a Bridgestone recebeu um prémio<br />
ambiental por parte da Honda.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 31
Notícias<br />
Mercado<br />
Center’s Auto comemoraram VII Convenção em Granada<br />
U<br />
“ ma rede de cinema onde o protagonista<br />
é você”. Foi com este lema que a rede de<br />
oficinas Center’s Auto realizou aquela que foi<br />
a sua VII Convenção Anual. Mais de 200 assistentes<br />
(emprega<strong>dos</strong>) deslocaram-se desde as<br />
respetivas oficinas, distribuídas por todo o país,<br />
até Granada, para viver, durante os dias 4 e 5 de<br />
março, uma experiência em que houve tempo<br />
para trabalho e diversão. A visita teve início nas<br />
novas instalações da sede central de Tiresur,<br />
onde os parceiros Center’s Auto puderam ver,<br />
em primeira mão, um edifício vanguardista,<br />
em que o desenho e a domótica são as suas<br />
principais senhas de identidade.Após conhecer<br />
o centro de operações do seu distribuidor,<br />
os parceiros começaram uma tarde de cinema.<br />
Sem dar conta, viram-se imersos no filme onde<br />
os protagonistas estavam em frente ao ecrã e<br />
não do outro lado do mesmo.<br />
Desta vez, a apresentação do balanço e das<br />
novidades da rede teve lugar na melhor<br />
sala do cinema Kinepolis Granada, onde os<br />
assuntos de negócios misturaram-se com<br />
entregas de prémios, vídeos demostrativos<br />
e, também, com uma curta-metragem de<br />
ação, onde os veículos <strong>dos</strong> protagonistas<br />
utilizavam pneus GT Radial.A Center’s Auto<br />
fez o balanço <strong>dos</strong> seus da<strong>dos</strong> de crescimento<br />
sustentável, apresentou objetivos e compromissos<br />
para este ano e fez uma revisão <strong>dos</strong><br />
últimos lançamentos tecnológicos nesta<br />
nova era digital que está a desenvolver.<br />
A manhã de sábado foi bastante diferente.<br />
Do glamour do cinema passaram para a ação<br />
e diversão na neve. Os parceiros Center’s<br />
Auto puderam escolher entre diferentes atividades<br />
como esqui, caminhada, olimpíadas<br />
na neve ou uma relaxante jornada de spa.E<br />
como autênticos montanhistas, o almoço foi<br />
realizado mesmo ao pé da pista de esqui,<br />
com uma vista espetacular sobre o vale e a<br />
montanha. Assim, deram por concluída a VII<br />
Convenção.<br />
SICE apresenta<br />
máquina inovadora<br />
A empresa Conversa de Mãos, representante<br />
exclusiva da marca SICE em Portugal continental e<br />
ilhas, apresenta uma inovadora máquina de desmontar/montar<br />
pneus, totalmente hidráulica, equipada<br />
com sistema “LeverLess – Touchless” (sem ferro desmonta<br />
e sem tocar na jante) modelo S300. Permite<br />
a montagem de jantes de 12” a 34” e dispõe de raio<br />
laser para posicionamento preciso das ferramentas<br />
de trabalho. Equipada com elevador de roda e sistema<br />
enchimento tubeless, esta nova máquina<br />
está dotada de prato de<br />
aperto da jante<br />
com bloqueio,<br />
de multiplicador<br />
de força e de tripla<br />
ferramenta (Descolar-<br />
-Desmontar-Montar)<br />
com rotação reunida<br />
num único dispositivo.<br />
Semperit Runner D2 vence Prémio “Red Dot”<br />
Um júri internacional atribuiu o prestigiado<br />
prémio de design Red Dot pela<br />
elevada qualidade do estilo do pneu Semperit<br />
Runner D2, disponível no tamanho<br />
315/80 R22.5. Este prémio demonstra a<br />
qualidade técnica do pneu, que é refletida<br />
no seu design. Graças a um piso<br />
melhorado e a um padrão compacto, o<br />
Runner D2 oferece elevada quilometragem<br />
e baixo consumo de combustível. O<br />
prémio é o reconhecimento por parte de<br />
um júri formado por especialistas internacionais<br />
em design da excelente construção<br />
e elevado nível de estilo do pneu.<br />
O Semperit Runner D2 foi concebido<br />
para utilização no transporte, tanto a<br />
nível regional como de longa distância,<br />
causando uma boa impressão graças ao<br />
seu piso melhorado e padrão compacto<br />
(o chamado “Void Optimized Pattern”),<br />
com elevada quilometragem e eficácia<br />
em termos de consumo de combustível.<br />
Graças ao novo composto de borracha<br />
recentemente desenvolvido, este<br />
pneu oferece um potencial significativo<br />
para poupanças no consumo de combustível.<br />
O talão reforçado na carcaça<br />
do pneu proporciona uma excelente<br />
resistência às variações nas cargas a<br />
transportar.<br />
32 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Pirelli lança último modelo P Zero<br />
Mais performance e fiabilidade<br />
Pirelli acaba de lançar a última versão do<br />
A seu modelo P Zero, um pneu que fez história<br />
nas últimas décadas em todas as suas<br />
variantes. Desde o sistema P Zero ao Rosso,<br />
não esquecendo, certamente, os Nero, Corsa e<br />
mesmo P Zero, o qual foi introduzido em 2007.<br />
O objetivo é ir ao encontro do aumento da exigência<br />
de performance, fiabilidade e segurança.<br />
Bem como reforçar a estratégia Pirelli Perfect<br />
Fit, que significa encontrar modelos específicos<br />
de pneus para cada modelo automóvel.<br />
O P Zero representa a mais avançada tecnologia<br />
na divisão de investigação e desenvolvimento<br />
da Pirelli e integra múltiplas soluções<br />
técnicas, sendo considerado o pneu<br />
com melhor performance do momento no<br />
mercado, assim como o mais fiável quando<br />
se fala em lidar com a extrema potência <strong>dos</strong><br />
modernos superdesportivos. Isto deve-se a<br />
um novo composto na subcamada, que melhora<br />
o comportamento e o atrito, a polímeros<br />
inovadores com propriedades mecânicas<br />
avançadas para otimizar a performance tanto<br />
em piso molhado como seco, assim como<br />
um rasto inovador com profun<strong>dos</strong> sulcos<br />
longitudinais a fim de escoar mais água.<br />
A principal característica do novo P Zero é<br />
a sua capacidade de garantir o máximo de<br />
estabilidade, mesmo a altas velocidades. A<br />
tecnologia F1 Bead dentro do novo P Zero<br />
deriva diretamente da Fórmula 1, utilizando<br />
um composto especialmente rígido na área<br />
do talão do pneu, que permite uma mais rápida<br />
e precisa resposta em curva, evitando<br />
qualquer perda inesperada de aderência lateral.<br />
Isto é uma característica que distingue<br />
o P Zero de muitos <strong>dos</strong> seus rivais.<br />
A tecnologia F1 Bead significa que as forças<br />
aplicadas no talão e nos flancos são<br />
distribuídas de forma mais uniforme, e que,<br />
consequentemente, reduz qualquer perda<br />
de performance, aumentando ainda a integridade<br />
da estrutura quando sujeita a grandes<br />
cargas e velocidades. Como resultado,<br />
o comportamento do pneu é mais linear e<br />
previsível, com o limite do pneu a chegar de<br />
forma muito gradual. O que confere maior<br />
liberdade ao condutor para este tirar partido<br />
de uma condução desportiva de forma completamente<br />
segura.<br />
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Notícias<br />
Mercado<br />
Dunlop testa Winter Sport 5<br />
com Campeão de Wakeboard<br />
Mitas apresenta novo<br />
pneu de grua na Bauma<br />
Na feira Bauma, a Mitas desvendou, em estreia<br />
mundial, o pneu 445/95 R25 CR-02, desenhado<br />
para gruas móveis. Este novo modelo<br />
da Mitas amplia a atual gama de pneus para<br />
gruas CR-01. O novo CR-02 melhora a eficiência<br />
em operações graças à sua construção mais<br />
leve. Também é possível montar o CR-02 em<br />
jantes de uma só peça, o que reduz o peso da<br />
grua. Estas melhorias têm um impacto positivo<br />
no consumo de combustível.“Os pneus<br />
de grua são tecnologicamente avança<strong>dos</strong>. São<br />
capazes de transportar cargas muito pesadas,<br />
inclusivamente a velocidades de até 85 km/h”,<br />
afirmou Jaroslav Musil, chefe de produto de<br />
pneus industriais da Mitas.<br />
Dunlop submeteu o seu novo pneu de<br />
A inverno, o Winter Sport 5, a um desafio<br />
extremo na icónica corrida de Holy Island,<br />
no Reino Unido. Esta corrida, no noroeste<br />
da Inglaterra, é conhecida por ser uma das<br />
mais húmidas do país. Quis-se, assim, provar<br />
a capacidade <strong>dos</strong> novos pneus de inverno da<br />
Dunlop, criando um desafio que os levou ao<br />
limite e que impulsionou o seu rendimento<br />
ao máximo. O campeão do mundo de Wakeboard,<br />
Nick Davies, foi o atleta encarregue de<br />
viajar no automóvel equipado com os Winter<br />
Sport 5 e o piloto britânico Josh Cook encarregue<br />
de conduzi-lo. O Winter Sport 5 é o<br />
quinto pneu da gama de inverno da Dunlop<br />
com características baseadas nos seus antecessores,<br />
em particular no dinâmico Winter<br />
Sport 4 D.Criado para ajudar os condutores a<br />
fazer frente a corridas e condições<br />
imprevistas próprias de inverno,<br />
como gelo, granizo, placas de gelo,<br />
neve derretida ou poças de água,<br />
mais de 400 especialistas em R&D<br />
passaram 24 meses a realizar provas<br />
em três continentes para criar<br />
este novo pneu da gama Winter<br />
< VEJA O VIDEO ><br />
Sport da Dunlop.<br />
As inovações incluem um maior número<br />
de blocos, que oferecem melhores prestações<br />
na neve. Por seu turno, os canais centrais<br />
em ângulo proporcionam uma aderência<br />
lateral de excelência em<br />
superfícies deslizantes. Uma<br />
maior profundidade nos sulcos<br />
protege o pneu do aquaplaning,<br />
enquanto a otimização<br />
da estrutura e a distribuição<br />
do peso melhoram a eficiência<br />
energética.<br />
Goodyear é a marca<br />
de pneus mais admirada<br />
É o quarto ano consecutivo que a revista<br />
norte-americana Fortune elege Goodyear<br />
como o fabricante de pneus mais admirado<br />
do mundo. O fabricante de pneus lidera a lista<br />
de empresas com sede na União Europeia<br />
e ocupa o terceiro posto na escala internacional<br />
na classificação de empresas de peças<br />
para veículos motoriza<strong>dos</strong> mais admiradas<br />
do mundo, segundo a revista Fortune. Este<br />
título é publicado desde 1930 e consiste numa<br />
<strong>dos</strong> meios de comunicação mais relevantes a<br />
nível mundial na área da economia.<br />
Carpneu está em expansão e crescimento<br />
Carpneu inaugurou, recentemente, um<br />
A novo centro de assistência especializado,<br />
na Zona Industrial do Porto. Com a<br />
abertura desta nova unidade, a Carpneu<br />
passou a estar presente no mercado com<br />
cinco centros de assistências: Famalicão, Matosinhos,<br />
Ponte de Lima, Braga e Porto. O<br />
novo centro, situado numa importante área<br />
da Invicta (Zona Industrial), surge integrado<br />
na política de expansão e de proximidade<br />
com o cliente que a empresa tem vindo a<br />
prosseguir, sempre com o compromisso<br />
da prestação de um serviço de excelência<br />
na assistência automóvel. A Carpneu foi<br />
fundada em 1985, em Famalicão, com o<br />
intuito de oferecer um serviço de qualidade<br />
na assistência automóvel, algo que<br />
o seu fundador, Américo Araújo <strong>dos</strong> Santos,<br />
identificou como uma lacuna na oferta de<br />
serviços para automóveis neste concelho.<br />
Em 1989, a empresa mudou de instalações,<br />
passando, então, para a atual sede, situada<br />
na Rua de Sancho I, 1316 (Calendário).Mais<br />
tarde, em 1994, a Carpneu acabou por adquirir<br />
mais um posto, dando os primeiros<br />
passos na implementação de uma estratégia<br />
de expansão, que culminou com a abertura<br />
da loja de Ponte de Lima, em 2008.Em<br />
2009, a Carpneu abriu mais um centro de<br />
assistência especializado, em Matosinhos.<br />
No ano passado, a empresa passou a estar<br />
presente, também, em Braga. Um ano depois,<br />
chegou ao Porto.<br />
34 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
MB <strong>Pneus</strong> integra rede Euromaster<br />
Em linha com a estratégia de crescimento verificada<br />
na Euromaster desde a sua chegada<br />
a Portugal, a rede anunciou a abertura de um<br />
novo centro. Desta vez, a Euromaster reveste<br />
com as suas cores o moderno e bonito centro<br />
da empresa MB <strong>Pneus</strong>, em Tarouca.<br />
Esta empresa, criada em 2008, por Luís Miguel<br />
Guilherme e Carlos Gonçalves, dois amigos<br />
que deram forma a uma ideia e a converteram<br />
no centro de referência daquela zona,<br />
abrange, hoje, a totalidade <strong>dos</strong> segmentos<br />
de mercado.A gerência rapidamente percebeu<br />
que a oferta inicial, baseada exclusivamente<br />
no pneu, era insuficiente para responder<br />
às necessidades <strong>dos</strong> seus clientes. Tendo<br />
isso em mente, ampliaram a oferta com serviços<br />
que visam garantir a assistência e manutenção<br />
de veículos. A necessidade de<br />
alargar a oferta Euromaster à população do<br />
interior, assim como assegurar a mobilidade<br />
<strong>dos</strong> clientes profissionais e particulares da<br />
rede, que circulam pelas estradas do interior<br />
do país, fazem parte <strong>dos</strong> objetivos da Euromaster<br />
e constitui um eixo importante no<br />
qual a rede baseia a sua expansão.<br />
A localização estratégica deste centro, junto<br />
à A24, responde na perfeição a esta ambição.<br />
A MB <strong>Pneus</strong> já conta com veículos de assistência<br />
capazes de prestar um serviço rápido<br />
e eficaz em estrada, contribuindo, desta forma,<br />
para a desempanagem de ligeiros e pesa<strong>dos</strong><br />
durante as 24 horas do dia através da<br />
rede OKb24Horas. A MB <strong>Pneus</strong> encontrou na<br />
Euromaster o parceiro ideal para desenvolver<br />
o seu negócio e assegurar aos seus clientes o<br />
acesso a uma ampla oferta de produtos inovadores<br />
e exclusivos, tais como Master Assistência,<br />
OK 24Horas, Revisão Oficial, Planos<br />
Master, MasterCheck, Financiamento, MasterSegur,<br />
Frotas e Promoções.Em Portugal,<br />
a rede europeia Euromaster continua o seu<br />
plano de crescimento e consolida a sua posição<br />
no mercado de pneus e manutenção<br />
de veículos. Na Europa, a rede está presente<br />
em 17 países, com mais de 2.300 centros de<br />
serviço, próprios e franquia<strong>dos</strong>, 411 deles em<br />
Espanha e Portugal. No total, a rede conta<br />
com 10.700 profissionais e uma faturação<br />
anual de mais de 1.800 milhões de euros.<br />
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Notícias<br />
Mercado<br />
SportContact 6 é o melhor<br />
para a revista Auto Bild Sportscars<br />
No seu primeiro teste, o novo pneu UHP<br />
da Continental, o SportContact 6, voltou<br />
para casa em primeiro lugar. No final <strong>dos</strong><br />
testes, que abrangeram 10 critérios, os jornalistas<br />
especializa<strong>dos</strong> da Auto Bild Sportscars<br />
atribuíram ao pneu superdesportivo desenvolvido<br />
pelos engenheiros da Continental,<br />
em Hannover, uma avaliação “exemplar” e um<br />
lugar cimeiro nas classificações.Para vencer, o<br />
pneu de alta tecnologia da<br />
Continental teve de ser<br />
posto à prova em piso<br />
molhado e seco. E,<br />
também, no que diz<br />
respeito à resistência<br />
ao rolamento.Para<br />
além do novo pneu<br />
UHP da Continental,<br />
foram testa<strong>dos</strong> mais<br />
cinco pneus de marcas<br />
europeias, asiáticas e<br />
americanas, nos tamanhos<br />
255/35R20 na frente e 295/30R20 na<br />
traseira. O veículo de teste foi o Jaguar F-Type. <br />
Os resulta<strong>dos</strong> destes testes são bem demonstrativos<br />
da capacidade do novo pneu<br />
UHP em traduzir as tecnologias recentemente<br />
desenvolvidas com as quais está<br />
equipado, em melhorias comprovadas no<br />
desempenho em estrada.<br />
Ricardo Martins, diretor de marketing da<br />
Continental <strong>Pneus</strong> Portugal, destacou a<br />
excelente performance e desempenho do<br />
SportContact 6 no primeiro teste de pneus<br />
a que foi submetido desde o seu lançamento<br />
em Portugal, que ocorreu em outubro<br />
de 2015, no Autódromo Internacional<br />
do Algarve (AIA). “O SportContact 6 é um<br />
pneu superdesportivo para o segmento de<br />
alta performance, que melhora, claramente,<br />
a condução, a precisão da direção e que é<br />
ainda mais adequado para velocidades elevadas<br />
do que o modelo anterior”, disse este<br />
responsável.<br />
Novo pneu Firestone<br />
exibiu-se em Genebra<br />
O regresso da Firestone à Europa é<br />
impulsionado pelo lançamento do novo<br />
Destination Winter, apresentado, pela<br />
primeira vez, no Salão de Genebra. O Firestone<br />
Destination HP conquistou um<br />
posicionamento diferenciador junto <strong>dos</strong><br />
condutores de SUV de médias e grandes<br />
dimensões. O Destination Winter transporta<br />
estas características para o inverno, oferecendo,<br />
adicionalmente, um controlo de alta<br />
qualidade na neve e o rótulo “B” da UE de<br />
melhor no mercado, a nível de aderência<br />
em piso molhado. Ainda para a neve, a<br />
Firestone apresentou o Multiseason, uma<br />
solução inovadora para invernos europeus<br />
mais amenos, onde o frio pode surgir de<br />
forma inesperada.<br />
Convenção Pirelli Key Point<br />
Portugal foi em Andorra<br />
Pirelli Neumáticos escolheu o estado<br />
A de Andorra para realizar, nos dias 8 e<br />
9 de fevereiro, a sua convenção anual <strong>dos</strong><br />
Key Point Portugal, reunindo uma seleção<br />
de clientes da marca. A Pirelli organizou diversas<br />
ações onde os participantes, além<br />
de conhecerem os produtos de forma<br />
mais pormenorizada, viveram emoções<br />
intensas.Os clientes, durante os dois dias,<br />
desfutaram das instalações de um <strong>dos</strong> hotéis<br />
mais exclusivos do Principado de Andorra.<br />
A Pirelli preparou um dia especial para os<br />
participantes da convenção, com um curso<br />
de condução na neve facultada pela Land<br />
Rover, no qual comprovaram a excelente<br />
eficácia <strong>dos</strong> pneus Pirelli Scorpion Winter<br />
que equiparam os veículos.Na reunião de<br />
formação, foram apresentadas algumas<br />
inovações tecnológicas <strong>dos</strong> produtos Pirelli,<br />
discutiu-se a situação do mercado português<br />
e as estratégias a implementar no programa<br />
Key Point, como também as ações exclusivas<br />
a colocar em prática no presente ano. As<br />
diferentes ações para os participantes na<br />
convenção prosseguiram com uma viagem<br />
especial até ao refúgio del Llac de Pessons<br />
(2307 m), um jantar de grupo e uma volta<br />
de moto na neve. Para terminar a convenção<br />
de dois dias, os participantes concluíram<br />
as suas ações com uma viagem à sede da<br />
Pirelli em Manresa (Barcelona), onde foram<br />
recebi<strong>dos</strong> pelo novo country manager da<br />
Pirelli Neumáticos para Espanha e Portugal<br />
(Daniele Deambrogio) e por Carles Gubert,<br />
diretor de logística das instalações.<br />
DS E-TENSE<br />
com pneus Michelin<br />
O DS E-TENSE, um GT elétrico de altas<br />
performances, criado pela DS Automobiles,<br />
que esteve em exibição na 86.ª edição do<br />
Salão de Genebra, vem equipado com os<br />
pneus concept Michelin Pilot Super Sport,<br />
desenvolvi<strong>dos</strong>, especialmente, para este<br />
protótipo. O DS E-TENSE representa o savoir-faire<br />
desta marca de luxo francesa. Os<br />
pneus Michelin de que dispõe refletem esta<br />
visão estilística, melhorando a emocionante<br />
sensação de conduzir que proporciona. Os<br />
pneus concept Pilot Super Sport combinam<br />
altas performances, grande eficiência energética<br />
e uma aparência de “alta costura”, elaborada<br />
à medida da personalidade do DS<br />
E-TENSE. Estes pneus beneficiam, também,<br />
da tecnologia Acoustic, que oferece aos ocupantes<br />
do veículo um nível de conforto e<br />
tranquilidade de primeira classe.<br />
36 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Autocarros Solaris com<br />
ContiPressureCheck a bordo<br />
O ContiPressureCheck, sistema de monitorização da pressão <strong>dos</strong><br />
pneus da Continental, foi aprovado pelo fabricante de autocarros<br />
polaco Solaris. A empresa é um <strong>dos</strong> maiores fabricantes de autocarros<br />
urbanos, regionais e atrela<strong>dos</strong> e fornecerá o ContiPressureCheck<br />
como equipamento original nos veículos que produz. “É com grande<br />
satisfação que anunciamos a avaliação positiva do nosso sistema<br />
ContiPressureCheck por parte deste conceituado fabricante de autocarros.<br />
O acordo confirma que este sistema consiste numa excelente<br />
solução para empresas de autocarros que queiram controlar a<br />
qualidade e o estado <strong>dos</strong> seus pneus, melhorando, simultaneamente,<br />
o conforto e a segurança <strong>dos</strong> passageiros a bordo”, afirmou Hartwig<br />
Kühn, gestor do ContiPressureCheck na Continental Hannover.<br />
Dunlop apresenta<br />
novo pneu RoadSmart III<br />
Dunlop apresentou o seu novo pneu Sport Touring, RoadSmart<br />
A III, concebido para pilotos cada vez mais exigentes. O objetivo<br />
passa por tornar-se no melhor produto da sua classe a nível de<br />
manuseamento e aderência, atingindo, ao mesmo tempo, os mais<br />
eleva<strong>dos</strong> níveis de durabilidade no setor. Através de um incessante<br />
trabalho de desenvolvimento realizado no principal Centro Europeu<br />
de Desenvolvimento de Motos da Dunlop, em França, confirmou-<br />
-se, num teste independente, que o RoadSmart III apresenta um<br />
exemplar potencial de quilometragem do pneu dianteiro e atinge<br />
níveis de aderência e manuseamento em tempo seco 10% melhor<br />
do que a média alcançada por quatro concorrentes, sem deixar de<br />
apresentar, também, eleva<strong>dos</strong> níveis de aderência, confiança e resposta<br />
nas condições de piso molhado.<br />
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Notícias<br />
Mercado<br />
Vipal Borrachas equipa frota no Canadá<br />
Ressaltar os benefícios económicos e a<br />
segurança oferecida pela recauchutagem<br />
de pneus é algo que a Vipal Borrachas<br />
procura fazer. Este reconhecimento,<br />
que já acontece nos mais de 90 países<br />
onde a marca atua, também ocorre a<br />
nível governamental. Após realizar uma<br />
bateria de testes com a banda V167, a<br />
Societe de Transport de Montreal (STM),<br />
empresa de Montreal, no Canadá, passou<br />
a recauchutar os seus pneus com produtos<br />
da Vipal. A STM é responsável pelo<br />
transporte público de passageiros em<br />
Montreal e na região metropolitana. A<br />
empresa recauchuta cerca de 350 pneus<br />
por mês e passa a utilizar a banda V167,<br />
desenho da Vipal desenvolvido e comercializado<br />
apenas para fora do Brasil.A<br />
V167 é ideal para camiões e autocarros,<br />
com pneus radiais em eixos de tração e<br />
indicada, especialmente, para veículos<br />
de grande potência, devido ao bom poder<br />
de tração e para longos trajetos em<br />
pisos pavimenta<strong>dos</strong>. A banda também<br />
oferece bom desempenho em pisos com<br />
lama e neve.A empresa de transporte<br />
dispõe de uma frota com 721 autocarros<br />
e a recauchutagem <strong>dos</strong> pneus é realizada<br />
por uma empresa que é, também, do governo<br />
canadiano. A partir de abril deste<br />
ano, a empresa deve iniciar o processo<br />
de testes para usar, também, a DV-UM3,<br />
outra banda com sucesso de vendas da<br />
Vipal Borrachas.<br />
Bridgestone diagnostica<br />
doença na árvore da borracha<br />
Bridgestone anunciou a descoberta de uma técnica inovadora que permite um<br />
A diagnóstico fácil, rápido e preciso da doença da raiz branca em árvores-da-borracha<br />
seringueiras, a principal fonte da borracha natural utilizada no fabrico de pneus e de<br />
outros produtos de borracha. Com a introdução desta técnica, a Bridgestone apoia a<br />
conservação das árvores-da-borracha seringueiras e contribui para um fornecimento<br />
mais estável de borracha natural, à medida que a procura global continua a aumentar.<br />
A empresa desenvolveu um kit reagente fundamentado na estrutura genética <strong>dos</strong><br />
agentes patogénicos que causam a doença. O Método LAMP consiste numa técnica<br />
avançada e inovadora que possibilita a fácil confirmação da presença do agente patogénico<br />
no solo, sem ter de recorrer a equipamento especial. Com o Método LAMP, a<br />
deteção precoce da doença de raiz branca é agora possível e poderá ter um impacto<br />
significativo no controlo da propagação da doença de árvores doentes para as saudáveis.<br />
Além disto, ao expandir esta técnica, que pode ser utilizada independentemente<br />
do conhecimento ou da experiência, os processos do controlo de danos ou manutenção<br />
serão, consideravelmente, simplifica<strong>dos</strong>. Desta forma, acredita-se, também, que a<br />
adoção do Método LAMP possa ter um efeito colossal na gestão de plantações.<br />
Michelin mostra<br />
Anakee Wild para<br />
merca<strong>dos</strong> à escala<br />
global<br />
novo pneu “multifunção” do fabricante<br />
O francês já está disponível nos merca<strong>dos</strong><br />
de todo o mundo. A Michelin anunciou a comercialização,<br />
desde fevereiro de 2016, do seu<br />
novo pneu Anakee Wild para os merca<strong>dos</strong> de<br />
todo o mundo. Desenvolvido para motos de<br />
Trail com grande cilindrada, este pneu foi concebido<br />
para uma utilização dupla: tanto para<br />
estrada como para todo-o-terreno.<br />
Já disponível em quatro dimensões radiais,<br />
que permitem equipar a moto de referência<br />
da categoria, a BMW R 1200 GS, o pneu completará<br />
a sua oferta dimensional durante<br />
este ano com três medidas diagonais, abrangendo,<br />
assim, a grande maioria das trails do<br />
mercado. O novo pneu Anakee Wild destina-<br />
-se a motociclistas que procuram aventura,<br />
sozinhos ou com passageiro, que se atrevam<br />
a excursões, isola<strong>dos</strong> ou em grupo, durante<br />
o fim de semana ou em expedições, para<br />
quem as duas rodas significa uma experiência<br />
ou uma descoberta.<br />
< VEJA O VÍDEO<br />
38 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Dispnal apresenta pneus<br />
Triangle e Linglong<br />
A Dispnal apresenta novidades em termos<br />
de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong> das marcas<br />
Triangle e Linglong. O piso TRT02 tem quatro<br />
rasgos, com saliências em ziguezague,<br />
que visam uma excelente estabilidade a alta<br />
velocidade. A parte lateral alargada tem o<br />
intuito de melhorar o nível de desgaste. O<br />
seu composto especial pretende assegurar<br />
uma baixa resistência ao rolamento e proporcionar<br />
uma condução confortável.Já<br />
o piso lateral do TRC03, foi desenvolvido<br />
de forma a ter uma maior resistência de<br />
desgaste em curva. O desenvolvimento do<br />
tipo “rib” foi adotado para uma maior quilometragem,<br />
ao passo que o composto de<br />
baixa resistência ao rolamento existe para<br />
uma maior eficiência do consumo. O tipo<br />
de padrão desenvolvido no piso TRC03 permite<br />
diminuir a acumulação de detritos, de<br />
forma a minimizar o risco de furo. Este piso<br />
é adequado para todas as posições.Quanto<br />
aos pisos da Linglong, o LTL863 tem o típico<br />
padrão misto. O seu composto visa prevenir<br />
o desgaste irregular, bem como uma baixa<br />
resistência ao rolamento.<br />
Já o LFL866, consiste num pneu desenvolvido<br />
para uma elevada quilometragem e<br />
desgaste regular. A sua estrutura melhorada,<br />
bem como os sulcos em ziguezague,<br />
pretendem oferecer uma excelente<br />
condução.<br />
O LDE803 é um piso adequado a camiões<br />
que circulam a alta velocidade e é caracterizado<br />
por ter um baixo nível de consumo e<br />
um elevado nível de travagem e aderência<br />
em piso molhado.<br />
O LAU603 foi concebido para utilizar no<br />
eixo direcional do camião, apresentando<br />
elevada durabilidade, boa aderência e baixo<br />
nível de desgaste.<br />
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Notícias<br />
Mercado<br />
Bridgestone eleita<br />
fabricante de pneus do ano<br />
Em reconhecimento do investimento global da Bridgestone<br />
em I&D e <strong>dos</strong> feitos alcança<strong>dos</strong> a nível de produção sustentável,<br />
um júri formado por cinco <strong>dos</strong> maiores especialistas em<br />
pneus da indústria elegeu a empresa como “Fabricante de<br />
<strong>Pneus</strong> do Ano” na edição de 2016 <strong>dos</strong> “Prémios Internacionais<br />
de Tecnologia do Pneu para a Inovação e Excelência”. O anúncio<br />
foi feito numa cerimónia durante a Expo de Tecnologia do<br />
Pneu, em Hannover, na Alemanha, no passado dia 17 de fevereiro.<br />
Nesta gala, Eduardo Minardi, presidente executivo e CEO<br />
da Bridgestone EMEA, recebeu o prémio em nome da Bridgestone<br />
Corporation. “To<strong>dos</strong> nós, na Bridgestone, estamos<br />
muito orgulhosos por receber esta distinção. I&D e inovação<br />
estão no centro de todas as nossas atividades, sendo este o<br />
único caminho que nos pode conduzir a um futuro sustentável”<br />
afirmou Minardi no seu discurso de celebração.<br />
Michelin equipa Safety Car da BMW<br />
A BMW anunciou que o seu M2, safety car do MotoGP em to<strong>dos</strong> os circuitos<br />
do mundo durante a época de 2016, vai ser equipado, exclusivamente,<br />
com pneus Pilot Sport Cup 2, nas dimensões 245/35 ZR 19 para o eixo<br />
dianteiro e 265/35 ZR19 para o eixo traseiro. O acordo com a BMW significa<br />
que, em to<strong>dos</strong> os grandes prémios, os progressos tecnológicos da<br />
Michelin vão estar presentes na pista. Evidentemente nas motos da competição,<br />
mas também na viatura de segurança que percorre o circuito no<br />
princípio de cada corrida.Os pneus Pilot Sport Cup 2, já disponíveis no<br />
mercado, que equiparão o BMW M2 Coupé, incorporam as tecnologias<br />
desenvolvidas em corridas, como as 24 Horas de Le Mans. Isto permite<br />
aos condutores de veículos de elevada performance rodar com total segurança<br />
e a alta velocidade, tanto em circuitos como em estradas abertas,<br />
pois estão homologa<strong>dos</strong> para estas. Os pneus proporcionam uma<br />
combinação única de três tecnologias da Michelin: a cintura de aramida,<br />
a banda de rolamento Bi-Compound e o Variable Contact Patch 3.0.<br />
Bandag expande gamas<br />
de pisos para autocarros<br />
A Bandag, líder mundial no fabrico de pisos pré-vulcaniza<strong>dos</strong><br />
premium, anunciou o lançamento de três novas medidas<br />
para reforçar a gama de autocarros urbanos e de longo curso.<br />
Esta é uma excelente notícia para to<strong>dos</strong> os operadores que<br />
procuram tirar partido do desempenho premium, segurança,<br />
durabilidade e boa quilometragem que as recauchutagens<br />
Bandag para autocarros urbanos e de longo curso oferecem.<br />
Com o potencial de aumentar a durabilidade<br />
do pneu e de melhorar a sua segurança,<br />
eficiência e desempenho,<br />
os pneus recauchuta<strong>dos</strong> premium<br />
da Bandag ajudam as empresas a<br />
promover a produtividade, reduzindo<br />
os perío<strong>dos</strong> de inatividade<br />
e diminuindo o custo total por<br />
quilómetro <strong>dos</strong> seus pneus. Agora,<br />
com o lançamento destas três novas<br />
medidas, mais autocarros urbanos<br />
e turísticos poderão tirar partido<br />
destes benefícios.<br />
ZAFCO organizou corrida<br />
corporativa para emprega<strong>dos</strong><br />
Levando ao topo da escala o ritual de responsabilidade social, a ZAFCO<br />
organizou um maratona de 5 km no Creek Park, Dubai, para os seus emprega<strong>dos</strong><br />
e respetivas famílias. O objetivo do evento passava por criar<br />
apoio à causa da educação na sociedade, subordinado ao tema “Educação<br />
para To<strong>dos</strong>”. O evento teve início às 9h com uma largada de pombos,<br />
como gesto de liberdade e direito a seguir em frente para criar mais<br />
objetivos. A vista carismática ao longo do lago e a brisa matinal foram<br />
perfeitas para a caminhada. Foi muito bom ver toda a gente a vestir a<br />
mesma t-shirt e a apoiar esta causa nobre. A excitação estava no ar e os<br />
participantes passaram bons momentos em conjunto.A ZAFCO tem estado<br />
envolvida em atividades que remetem para causas sociais, como a<br />
saúde, o meio ambiente e, particularmente, a educação. A empresa tem<br />
prestado apoio à Fundação Sorriso da Índia nos últimos três anos, onde<br />
crianças desfavorecidas têm uma hipótese de voltarem à escola.<br />
40 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
BMW Série 7 vem equipado com<br />
Dunlop Winter Sport 4D<br />
A Dunlop anuncia a sua passagem a equipamento de origem para o novo<br />
BMW Série 7 com a sua gama de pneus de inverno. O novo Dunlop Winter<br />
Sport 4D (nas medidas 225/60R17 99H e 245/50R18 100H), servirá o topo<br />
de gama da marca bávara. Este pneu proporciona uma condução e uma<br />
capacidade de travagem excecionais no inverno para veículos de alto desempenho,<br />
sendo, por isso, uma boa escolha para o BMW Série 7. O pneu<br />
está concebido para proporcionar um excelente controlo sobre neve, gelo<br />
e superfícies molhadas e secas com baixas temperaturas. O padrão exclusivo<br />
do piso coloca um elevado número de extremidades aderentes em<br />
contacto com a estrada, proporcionando uma tração acrescida sobre neve.<br />
OK24h lança APP iPoint<br />
A plataforma de assistência técnica em viagem da Euromaster,<br />
OK24h, desenvolveu a iPoint, uma aplicação para<br />
telemóveis que possibilita aos profissionais, que tenham<br />
sofrido uma avaria na estrada, solicitar assistência de forma<br />
rápida e cómoda. A app está disponível para Android<br />
e iOS, em to<strong>dos</strong> os países da Europa. Com o principal objetivo<br />
de facilitar o processo ao cliente final, a aplicação<br />
permite que o condutor introduza os seus da<strong>dos</strong>, o tipo<br />
de avaria sofrida no pneu, a marca e a dimensão do pneu,<br />
para, posteriormente, entrar em contato direto com o call<br />
center, enviando, automaticamente, a sua geolocalização.<br />
Na app iPoint, o cliente poderá consultar assistências prévias<br />
e solicitar informação ao call center, o qual esclarecerá<br />
acerca de qualquer dúvida ou consulta.<br />
PUB<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 41
Notícias<br />
Mercado<br />
Michelin renova Pilot<br />
Sport com geração 4<br />
Aston Martin e Bridgestone<br />
iniciam novo projeto<br />
Bridgestone foi selecionada pela Aston Martin para ser o parceiro oficial do novo<br />
A modelo DB11, que será lançado ainda este ano. O contributo da Bridgestone à<br />
Aston Martin abrangerá uma série de desenvolvimentos técnicos, testes de durabilidade<br />
e lançamentos internacionais para jornalistas, assim como a disponibilidade<br />
do seu prestigiado Centro Técnico Europeu em Aprilia, Itália.<br />
Christophe De Valroger, vice-presidente Original Equipment na Bridgestone Europe,<br />
afirmou que “a Bridgestone orgulha-se de dar continuidade à relação de<br />
parceria de longo prazo que mantém com a Aston Martin e de ser o único fornecedor<br />
escolhido para este projeto premium de desenvolvimento do novo DB11”. O<br />
mesmo responsável deu ainda conta que “trabalhar com um <strong>dos</strong> ícones mundiais<br />
de automóveis de luxo é mais do que um privilégio para os nossos engenheiros.<br />
É, também, uma grande oportunidade para nos desafiarmos e para subirmos o<br />
nível em termos de design, eficiência e desempenho”. De referir que o novo Aston<br />
Martin DB11 será equipado com a próxima geração <strong>dos</strong> conceitua<strong>dos</strong> pneus desportivos<br />
UHP da Bridgestone: Potenza S007.<br />
Michelin lançou no mercado o Pilot Sport 4. As<br />
A inovações tecnológicas da banda de rolamento<br />
provêm da experiência da marca na competição, incluindo<br />
a Fórmula E. A escultura adapta-se, constantemente,<br />
à estrada, graças ao controlo inteligente<br />
das interações dinâmicas entre arquitetura, banda<br />
de rolamento e materiais, o que permite uma gestão<br />
ótima da marca no solo. Precisão de condução altamente<br />
sensível: a nova tecnologia “Dynamic Response”<br />
consiste numa cintura com reforço híbrido de aramida<br />
e nylon, que assegura um ótimo controlo da direção.<br />
Com fibra de alta densidade, extremamente resistente<br />
à tensão e especialmente ligeira (cinco vezes mais<br />
resistente do que o aço), a força centrífuga a grandes<br />
velocidades está perfeitamente controlada e o<br />
pneu mantém a marca de contacto no solo, inclusive<br />
a alta velocidade.O novo Michelin Pilot Sport 4 está<br />
disponível em 17 dimensões,<br />
com jantes de 17” e 18”. As medidas<br />
para jantes de 19” estarão<br />
disponíveis no decorrer deste<br />
ano e no próximo.<br />
< VEJA O VÍDEO<br />
Pneu Conti Hybrid HT3 vence iF Design Award<br />
Conti Hybrid HT3 445/45R19.5 venceu mais<br />
O de 5.000 concorrentes para conquistar o iF<br />
Design Award. Este prémio é o reconhecimento<br />
pelos eleva<strong>dos</strong> padrões que foram aplica<strong>dos</strong> no<br />
desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus no que diz respeito a<br />
desempenho, segurança e eficiência e que podem<br />
ser também vistos através do design. Com o Conti<br />
Hybrid HT3 445/45R19.5, a Continental oferece um<br />
pneu para reboques altamente durável e eficiente<br />
em termos de consumo de combustível, que foi<br />
especialmente desenvolvido para o transporte de<br />
cargas.A carcaça recauchutável melhora a pegada<br />
de carbono das empresas de transportes e dá um<br />
contributo positivo para um transporte de mercadorias<br />
sustentável e amigo do ambiente.Tal como<br />
to<strong>dos</strong> os pneus do fabricante alemão, o Conti Hybrid<br />
HT3 445/45R19.5 foi totalmente desenvolvido<br />
num departamento interno de design sediado na<br />
unidade da Continental em Hannover-Stöcken. Os<br />
designers também criam um look diferente para cada<br />
família de pneus, interligando to<strong>dos</strong> os produtos de<br />
determinada uma gama. Além disso, certificam-se<br />
que a marca Continental possa ser reconhecida em<br />
cada pneu.<br />
42 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Bridgestone Ecopia e Turanza<br />
no novo Prius<br />
A Bridgestone Corporation anunciou<br />
que os pneus Ecopia e Turanza serão<br />
equipamento de origem do novo veículo<br />
híbrido da Toyota: o Prius. Lançado<br />
no Japão no dia 12 de dezembro<br />
de 2015, e cuja distribuição na Europa<br />
e nos EUA já se encontra em curso, o<br />
novo modelo terá nos pneus Ecopia<br />
e Turanza da Bridgestone um papel<br />
fundamental para a estabilidade, conforto<br />
e eficiência que o veículo oferece<br />
e pelo qual é conhecido. Os Ecopia<br />
foram concebi<strong>dos</strong> para alcançarem<br />
uma baixa resistência ao rolamento,<br />
potenciando, assim, a eficiência de<br />
combustível.Estes pneus foram equipa<strong>dos</strong>,<br />
pela primeira vez, em veículos<br />
elétricos no ano de 1991, sendo que,<br />
atualmente, a Bridgestone apresenta já<br />
uma linha completa de produtos para<br />
a gama, que inclui medidas para uma<br />
vasta oferta de automóveis. Os Turanza,<br />
por sua vez, consistem numa gama de<br />
pneus que garante níveis de conforto<br />
e de desempenho extraordinários em<br />
viagens de longa duração.<br />
Michelin foi homologada pela Boeing<br />
A Michelin anunciou que, a partir de julho<br />
de 2016, vai ser o único fornecedor<br />
de pneus para o trem de aterragem<br />
principal <strong>dos</strong> Boeing 777-300ER (Extended<br />
Range), 777-200LR (Long Range)<br />
e 777 Cargo. Este avião de longo<br />
curso, com capacidade para 400 passageiros<br />
em voos com uma distância máxima<br />
de 7.<strong>37</strong>0 milhas náuticas (13.650<br />
km), vai passar a estar equipado com<br />
a nova geração de pneus Michelin<br />
com tecnologia radial NZG (Near Zero<br />
Growth). A homologação da Michelin<br />
para os Boeing 777-300ER faz parte<br />
de uma estratégia de colaboração a<br />
longo prazo entre as duas companhias<br />
internacionais.Os pneus com tecnologia<br />
radial da Michelin equipam a maior<br />
parte da frota da Boeing, tanto os 7<strong>37</strong>,<br />
747, 787 e 777, como vários aviões militares.<br />
Incorporam a tecnologia NZG e<br />
foram concebi<strong>dos</strong> para reduzir o custo<br />
total de utilização, prolongar a duração<br />
e proporcionar a máxima segurança.<br />
Tiresur tem novo site<br />
em oito idiomas<br />
A nova era digital da Tiresur está em curso e<br />
fevereiro foi, sem dúvida, um mês de lançamentos.<br />
Primeiro, veio o B2B renovado, com uma imagem<br />
mais atualizada e com novos recursos. Depois,<br />
foi a vez do novo site. Desde o dia 8 de fevereiro<br />
que a Tiresur tem um novo site corporativo com<br />
um carácter internacional, que reflete a crescente<br />
dispersão geográfica deste importante distribuidor<br />
de pneus. O site está disponível em oito línguas<br />
(espanhol, português, brasileiro, inglês, francês,<br />
catalão, galego e basco) e inclui, também, a possibilidade<br />
de escolher entre cinco opções (Tiresur<br />
Espanha, Tiresur Brasil, Tiresur Portugal, Tiresur<br />
África e Tiresur América Latina).Assim, encontram-<br />
-se informações corporativas, comerciais, de logística<br />
e de produtos, específicos para cada uma<br />
das áreas geográficas de influência internacional,<br />
podendo a matriz ser traduzida para qualquer um<br />
<strong>dos</strong> oito idiomas acima referi<strong>dos</strong>.<br />
Z Tyre chega a acordo<br />
comercial com a Autia<br />
Depois da participação da Z Tyre na convenção<br />
anual da Autia, no passado mês de janeiro,<br />
a empresa anunciou a assinatura de um acordo<br />
comercial com a rede de oficinas até há relativamente<br />
pouco tempo, chamada Eurotyre. O grupo<br />
foi fundado em 1993 e é propriedade <strong>dos</strong> seus<br />
100 membros acionistas. Refletindo o crescimento<br />
<strong>dos</strong> seus membros e uma evolução natural da<br />
rede, juntam-se agora à Autia para aumentar ainda<br />
mais o foco no cliente. E, desde o dia 1 de março,<br />
passaram a comercializar pneus Z na sua rede.<br />
Como parte do acordo, a Z Tyre proporcionará<br />
material da marca para os pontos de venda da<br />
Autia e colocará em marcha uma garantia especial<br />
para os pneus Z. Este é um capítulo emocionante<br />
para a Autia e para a Zenises, empresa proprietária<br />
<strong>dos</strong> pneus Z, relação que poderá ser frutífera para<br />
as duas empresas.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 43
Empresa<br />
Retrocal<br />
< VEJA O VÍDEO ><br />
Marisa Feliciano<br />
e Emídio Feliciano<br />
são ambos gerentes<br />
da Retrocal desde<br />
1982. Na equipa,<br />
hoje, contam<br />
com mais três<br />
colaboradores<br />
Relações<br />
de confiança<br />
A Retrocal acredita que a confiança e a proximidade<br />
com os clientes será sempre um trunfo no negócio.<br />
Nesta empresa situada em Oeiras, os serviços rápi<strong>dos</strong><br />
têm crescido nos último anos<br />
Porque venho aqui? Porque gosto muito de<br />
to<strong>dos</strong>. Os meus quatro filhos já cá vêm e<br />
até os meus netos”. As palavras são de<br />
Maria José Pinto, cliente fiel da Retrocal,<br />
empresa do Grupo Pneuport, e, desde há três anos,<br />
aderente da rede da Continental, ContiService.<br />
Marisa Feliciano e Emídio Feliciano são os gerentes<br />
da Retrocal, localizada junto ao Parque <strong>dos</strong> Poetas,<br />
em Oeiras, desde 1982 (a loja foi inaugurada em<br />
1977), um negócio que abraçaram logo depois da<br />
vinda de Moçambique.<br />
O casal não esconde o orgulho que tem na confiança<br />
granjeada junto <strong>dos</strong> clientes. Um elemento<br />
distintivo da casa e que muito deve à “honestidade<br />
e à confiança” que emprestam a to<strong>dos</strong> os serviços<br />
Retrocal<br />
Por: Jorge Flores<br />
presta<strong>dos</strong>. “Ao longo <strong>dos</strong> anos tenho percebido<br />
que o contacto próximo com o cliente é essencial”,<br />
diz Marisa Feliciano, enaltecendo o papel do marido.<br />
“Está sempre em cima do acontecimento e as<br />
pessoas apreciam muito isso”, sublinha.<br />
w TRABALHAR EM REDE<br />
A adesão à ContiService aconteceu há três anos.<br />
As diferenças sentidas com o trabalho em rede?<br />
“Ainda estamos no início”, reconhece Marisa<br />
Feliciano. Contudo, “já se notam algumas<br />
mudanças”. Segundo a responsável, tem existido<br />
um esforço mútuo para ir ao “encontro de ambas<br />
as partes”. Não raras vezes, “as marcas lançam um<br />
conceito que, por vezes, dentro do ponto de vista<br />
Gerentes Marisa Feliciano e Emídio Feliciano<br />
Sede Rua de São Paulo, 2.º A, 2780 - 0<strong>37</strong> Oeiras | Telefone 214 418 248 | Email geral@retrocal.pt<br />
deles, nem sempre se enquadra com as nossas<br />
expectativas”, admite. “Mas penso que estamos a<br />
caminhar nesse sentido. Cada vez mais. Estamos<br />
a dar-lhe a perceção (somos várias casas hoje em<br />
dia) e conseguimos dar um bocadinho a perceção<br />
das nossas necessidades”, afirma.<br />
Marisa Feliciano considera que não é possível aferir<br />
se o número de clientes aumentou ou não com a<br />
entrada na rede ContiService. A explicação é<br />
bastante simples. “Fecharam duas casas na zona.<br />
E, portanto, temos notado uma maior afluência”.<br />
Por outras palavras, a clientela cresceu, mas não<br />
é fácil entender qual o “motivo”.<br />
Para a Retrocal, as empresas representam entre<br />
25 a 30% do negócio, que é dominado, em força,<br />
pelo cliente final.<br />
w PNEUS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />
Na atividade da Retrocal, os pneus são reis e<br />
senhores, como não poderia deixar de ser. Sempre<br />
novos. E a Continental tinha já direito a trono, em<br />
termos de volume de venda, ainda antes da adesão<br />
à rede ContiService.<br />
Mas, ainda assim, a área <strong>dos</strong> serviços rápi<strong>dos</strong> tem<br />
vindo a conquistar o seu espaço. “Estamos a<br />
desenvolver trabalho nesse sentido”. Neste<br />
momento, garante Marisa Feliciano, os pneus<br />
asseguram 60% <strong>dos</strong> trabalhos, enquanto os serviços<br />
rápi<strong>dos</strong> representam já perto de 40%.<br />
Nos últimos cinco anos, as oscilações em termos<br />
de faturação têm sido constantes. “Nestes mais se<br />
trinta anos, já passámos por muitos altos e baixos”,<br />
diz Marisa Feliciano. Precisamente por esse motivo,<br />
prefere não traçar grandes cenários. “Não sei se<br />
alguém neste negócio consegue ter uma perspetiva<br />
de futuro a longo prazo. As mudanças são grandes.<br />
Temos de estar atentos e dispor de uma visão<br />
muito aberta, porque as as novidades são sempre<br />
muitas e muito rápidas”, conclui a gerente.<br />
44 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 45
Entrevista<br />
Paulo Raimundo<br />
“Somos pessoas a trabalhar<br />
Perfil<br />
w w Começou a sua atividade profissional<br />
em 1990, na já extinta Hiperpneus,<br />
em Aveiro, onde tinha<br />
como principal função a gestão do<br />
produto recauchutado. Posteriormente,<br />
ingressou na (também já<br />
extinta) Recauchutagem Império,<br />
em Braga, prestando apoio na área<br />
de pneus industriais e assessorando a<br />
marca Barum, onde se manteve durante<br />
vários anos. Já na Continental<br />
<strong>Pneus</strong>, começou como gestor de<br />
produto industrial, tendo assumido,<br />
durante os últimos anos, a direção da<br />
divisão. Em 2004, Paulo Raimundo<br />
foi convidado a assumir a direção<br />
do mercado português pela C.G.S.<br />
Tyres, tendo, depois, desempenhado<br />
o cargo de diretor-geral ibérico. Mais<br />
tarde, ingressou na Recauchutagem<br />
Nortenha e, a seguir, na Safame<br />
Comercial, onde se mantém atualmente.<br />
A par da sua atividade profissional,<br />
Paulo Raimundo exerce,<br />
também, a função de consultor na<br />
empresa norte-americana Gerson<br />
Lehrman Group (GLG), que oferece<br />
soluções e alternativas para a abordagem<br />
e implementação de novas<br />
marcas no mercado europeu.<br />
Especialista na distribuição de pneus quality e budget,<br />
a Safame Comercial, empresa do Grupo Mesas, aposta<br />
unicamente no comércio B2B. Não dispõe de oficinas<br />
nem vende diretamente ao consumidor final. Paulo<br />
Raimundo, country manager Portugal, explica porquê<br />
Fundada há duas décadas, a Safame Comercial,<br />
sediada no país vizinho, é um <strong>dos</strong> players<br />
fortíssimos no setor <strong>dos</strong> pneus, estando<br />
presente, hoje, em toda a Península Ibérica.<br />
Com 51 colaboradores e umas instalações de 12.000<br />
m 2 , esta empresa do Grupo Mesas atingiu, em 2015,<br />
um volume de faturação de €30.000.000. Razões<br />
mais do que suficientes para que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> tivesse decidido entrevistar Paulo Raimundo,<br />
country manager Portugal.<br />
Quando foi fundada a Safame Comercial?<br />
Começo por frisar que a Recauchuta<strong>dos</strong> Mesas<br />
nasceu no ano de 1944, através de um pequeno<br />
posto de venda localizado na cidade de Villarrobledo,<br />
na província de Albacete. No início, a empresa<br />
dedicava -se à reparação de pneus, tendo crescido<br />
até se converter numa das maiores fábricas de<br />
pneus recauchuta<strong>dos</strong> da Europa nos segmentos<br />
de camião, agricultura, florestal e movimentação<br />
de terras. A Safame Comercial, empresa do Grupo<br />
Mesas, começou a sua atividade no ano de 1995,<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
tendo como principal objetivo a comercialização<br />
de pneus novos. Nos primeiros anos de distribuição,<br />
a Safame Comercial apoiou -se, essencialmente, na<br />
rede de vendas já existente da empresa<br />
Recauchuta<strong>dos</strong> Mesas, tendo a atividade começado<br />
com as marcas Lassa e Alliance. Atualmente, a<br />
Safame Comercial distribui a marca Recauchuta<strong>dos</strong><br />
Mesas em regime de exclusividade para toda a<br />
Península Ibérica. Alguns <strong>dos</strong> nossos delega<strong>dos</strong> de<br />
vendas passaram, primeiro, pela Recauchuta<strong>dos</strong><br />
Mesas, integrando, posteriormente, a força de<br />
vendas da Safame Comercial, contando alguns<br />
deles com um know-how de mais de 30 anos no<br />
setor. Sabemos que uma equipa experiente é<br />
fundamental na geração de valor acrescentado.<br />
Como é constituída, atualmente, a Safame<br />
Comercial a nível de instalações e recursos<br />
humanos?<br />
A Safame Comercial dispõe, atualmente, de um<br />
total de três armazéns centraliza<strong>dos</strong> no Parque<br />
Empresarial Campollano, de Albacete, que perfazem<br />
46 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Country Manager Portugal da Safame Comercial<br />
para pessoas”<br />
uma área de, aproximadamente, 12.000 m 2 e geram<br />
uma rotação de seis vezes/ano. As instalações do<br />
Grupo Mesas ocupam uma extensão de 60.000<br />
m 2 , sendo 26.000 deles urbaniza<strong>dos</strong> e 19.000 de<br />
área edificada. A compra, venda e logística estão<br />
interligadas para que os armazéns funcionem da<br />
forma mais fluida possível. Os processos de cargas<br />
e descargas são totalmente independentes,<br />
realizando- se em diferentes turnos para evitar<br />
interferências. A gestão de stocks está semiautomatizada<br />
para favorecer a planificação e<br />
diminuir a probabilidade de ruturas. A gestão <strong>dos</strong><br />
armazéns nos últimos anos tem melhorado<br />
bastante, embora exista ainda muito para fazer.<br />
O nosso serviço baseia-se numa atenção<br />
personalizada ao cliente, composta por 16 gestores<br />
comerciais reparti<strong>dos</strong> de forma estratégica por<br />
toda a Península Ibérica.<br />
Há quanto tempo comercializam pneus<br />
em Portugal?<br />
Estamos ativos no mercado português desde<br />
junho de 2015, cabendo-me a função de country<br />
manager.<br />
Quais as marcas de pneus que comercializam<br />
no mercado português?<br />
A Safame Comercial posiciona-se como<br />
especialista em distribuição nacional de pneus<br />
quality e budget. Ainda que disponha de marcas<br />
premium também (Michelin, Goodyear e<br />
Bridgestone). Colocamos à disposição <strong>dos</strong><br />
profissionais uma ampla e exclusiva gama de pneus<br />
de turismo, 4x4, camião, agrícolas, florestais e<br />
destina<strong>dos</strong> à movimentação de terras. Também<br />
comercializamos câmaras e conjuntos (jante e<br />
pneu) agrícolas e jantes de camião. A nossa missão<br />
é oferecer aos clientes a máxima rentabilidade ao<br />
mais baixo preço, satisfazendo as suas necessidades<br />
de entrega e disponibilidade de produto.<br />
Desenvolvemos a nossa estratégia comercial<br />
baseada na representação de marcas próprias em<br />
regime de exclusividade e com uma excelente<br />
relação qualidade/preço. As marcas quality de que<br />
dispomos são Lassa (exclusividade em Espanha),<br />
Double Coin (em exclusivo para Portugal e Espanha),<br />
Leao (em exclusivo para Portugal e Espanha),<br />
Alliance, Starmaxx e Techking (exclusividade para<br />
Espanha). Já a oferta budget, contempla as marcas<br />
Debica, Autogrip, Intertrac, Headway e Fullrun. À<br />
exceção da Debica, todas as budget são em regime<br />
de exclusividade para Portugal e Espanha. Depois,<br />
importa ainda frisar os Recauchuta<strong>dos</strong> Mesas para<br />
o segmento <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> (exclusivo<br />
internacional).<br />
Qual o prazo de entrega <strong>dos</strong> pneus para<br />
pedi<strong>dos</strong> feitos durante o dia?<br />
De momento, a empresa não tem armazéns em<br />
Portugal, pelo que as entregas de pneus são feitas<br />
a partir de Espanha. O nosso departamento de<br />
logística programa as expedições em função do<br />
tipo de produto e local de entrega. Trabalhamos<br />
com as melhores agências de transportes e<br />
analisamos continuamente a qualidade de serviço<br />
para garantir a fiabilidade das entregas. Atualmente,<br />
a Safame Comercial oferece prazos de entrega de<br />
24h, 48h e 72h em Portugal.<br />
Quais são os vossos principais clientes?<br />
Vendem apenas para oficinas ou, também,<br />
para retalhistas?<br />
Os principais clientes da Safame Comercial são<br />
os especialistas de pneus, orgulhando-se a empresa<br />
a que pertenço de ter clientes há mais de três<br />
gerações (avós, pais e filhos). Isto é algo que dá<br />
bastante credibilidade à nossa empresa. Vendemos<br />
pneus aos profissionais do setor e caracterizamonos<br />
por sermos um distribuidor de pneus<br />
independente e leal. Não temos oficinas nem casas<br />
de pneus e não vendemos ao consumidor final. A<br />
nossa estratégia comercial protege as marcas que<br />
comercializamos junto <strong>dos</strong> especialistas de pneus.<br />
Os clientes profissionais podem adquirir marcas<br />
distribuídas em regime de exclusividade pela<br />
Safame Comercial sem que haja presença em<br />
plataformas online ou venda direta ao consumidor<br />
final. Isto dá-lhes a possibilidade de comercializarem<br />
os nossos produtos sem qualquer interferência de<br />
outros canais.<br />
Que apoio estão a dar aos vossos clientes a<br />
nível de formação técnica, marketing e gestão?<br />
A Safame Comercial dá apoio total ao cliente. Por<br />
isso, temos uma equipa de profissionais com vasta<br />
experiência e conhecimento profundo <strong>dos</strong> nossos<br />
produtos. Também realizamos vários workshops<br />
durante todo o ano para aumentar a formação de<br />
nossa equipa e, assim, aconselhar com sucesso o<br />
cliente de acordo com as suas necessidades. Mais:<br />
caso seja necessário, realizamos uma sessão de<br />
formação na empresa do cliente. Por outro lado,<br />
fazemos campanhas de marketing personalizadas,<br />
tanto offline como online. Desde a conceção de<br />
folhetos de propaganda a campanhas com o<br />
Google Adwords ou FacebookAds, identificação<br />
de oficinas, apoio em feiras...<br />
Como está a correr o negócio em Portugal?<br />
Tendo em conta a conjuntura <strong>dos</strong> últimos anos<br />
e as dificuldades inerentes ao início da atividade,<br />
podemos afirmar que estamos a desenvolver e a<br />
implementar a estratégia delineada, em linha com<br />
o perspetivado.<br />
Para que outros países exportam pneus?<br />
Vendemos pneus internacionalmente,<br />
especialmente para os países da zona euro, através<br />
do nosso departamento de exportação<br />
(exportacion@grupomesas.com).<br />
Têm portal de vendas online?<br />
Através do site www.safame.com, os clientes têm<br />
acesso ao nosso portal de vendas online, traduzido<br />
em quatro idiomas e com um design RWD adaptável<br />
a qualquer dispositivo móvel (smartphone, tablet,<br />
laptop). Na conta de usuário, cada cliente pode<br />
comprar os pneus facilmente, acompanhando o<br />
preço e o stock atualizado. Assim como tem acesso<br />
a toda a tabela de produtos, para além de poder<br />
visualizar as promoções, brindes e outros<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 47
Entrevista<br />
documentos interessantes, como catálogos técnicos<br />
e tabela de equivalência de pneus agrícolas.<br />
Qual tem sido a recetividade <strong>dos</strong> clientes<br />
ao vosso portal?<br />
A recetividade <strong>dos</strong> clientes é ótima. Cada vez<br />
mais, os clientes utilizam o nosso portal de vendas<br />
online pelas facilidades de utilização e por toda a<br />
informação que oferece. É uma alternativa positiva,<br />
porque os clientes veem, em tempo real, o stock<br />
disponível do produto, bem como outras soluções.<br />
Temos também disponível um centro telefónico<br />
de encomendas, através do qual a nossa equipa<br />
poderá aconselhar pessoalmente o cliente sobre<br />
qualquer assunto.<br />
Quanto representa em percentagem as vendas<br />
online?<br />
Através da nossa plataforma online, a faturação<br />
anda na ordem <strong>dos</strong> 60%.<br />
Fazem campanhas e promoções? Qual<br />
tem sido a sua aceitação junto <strong>dos</strong> clientes<br />
finais?<br />
Fazemos promoções mensais. To<strong>dos</strong> os clientes<br />
são informa<strong>dos</strong> acerca das campanhas através de<br />
web, email e do nosso representante de vendas. O<br />
mundo está a mudar rapidamente. As novas<br />
tecnologias oferecem-nos algo que era impensável<br />
há alguns anos. Podemos chegar a todo o mercado<br />
em tempo recorde e com um custo mínimo. Estamos<br />
a investir fortemente em novas tecnologias. A<br />
aceitação é muito boa. Por exemplo, os brindes<br />
promocionais são entregues juntamente com os<br />
pneus, sem que haja espera. Assim, o cliente pode<br />
usá-los diretamente nas suas ações de vendas<br />
junto <strong>dos</strong> consumidores finas.<br />
Está nos objetivos da vossa empresa criar<br />
uma rede de oficinas de pneus?<br />
Não. Nós vendemos pneus unicamente aos<br />
profissionais do setor e caracterizamo-nos por<br />
sermos um distribuidor de pneus independente<br />
e leal. Não temos oficinas nem casas de pneus e<br />
não vendemos ao consumidor final.<br />
E quanto ao facto de poderem ter uma<br />
marca própria de pneus?<br />
Também não faz parte <strong>dos</strong> nossos planos.<br />
Quais os maiores desafios e ameaças para o<br />
setor do comércio de pneus na atualidade?<br />
Mais do que ameaças, são desafios que<br />
enfrentamos como objetivos a cumprir. O mercado<br />
é muito exigente para os distribuidores de pneus,<br />
pois requer preço baixo, grande stock e pontualidade<br />
nas entregas. Por exemplo, para a devida<br />
comercialização de gama agrícola, exige-se um<br />
elevado grau de especialização e conhecimento<br />
do produto. A assessoria técnica desempenha um<br />
papel fundamental na comercialização destes<br />
produtos. É crucial saber-se identificar as<br />
necessidades do cliente para fornecer o produto<br />
que melhor se adapte às suas necessidades: uso<br />
e aplicação do pneu, tipo e potência da máquina<br />
e horas de trabalho, só para citarmos alguns<br />
exemplos. A nossa equipa técnica e comercial é<br />
composta por 16 pessoas dinâmicas e competentes,<br />
com uma experiência média de 20 anos no setor<br />
<strong>dos</strong> pneus, que são capazes de responder, de forma<br />
imediata, às necessidades <strong>dos</strong> clientes. Por outro<br />
lado, hoje também devemos estar prepara<strong>dos</strong> para<br />
apoiar os clientes no desenvolvimento de planos<br />
e estratégias de marketing, que darão lugar à<br />
comercialização de marcas.<br />
Ainda existem oportunidades de negócio<br />
no setor da distribuição de pneus para<br />
automóveis?<br />
Excelente pergunta. Há uns anos, os canais de<br />
distribuição resumiam-se, basicamente, aos<br />
fabricantes e distribuidores. Atualmente, assistimos<br />
a um vasta proliferação de distribuidores nacionais<br />
e regionais, concessionários de automóveis, oficinas<br />
de peças e oficinas de mecânica que comercializam<br />
pneus. O que demonstra que, garantidamente,<br />
haverá sempre oportunidades de negócio no setor<br />
da distribuição de pneus para automóveis.<br />
O que pode um grossista como a Safame<br />
Comercial fazer para se diferenciar no<br />
mercado?<br />
Em primeiro lugar, profissionalismo. A nossa<br />
equipa é formada por pessoas dinâmicas e<br />
competentes, com vasta experiência neste domínio<br />
e capazes de responder, de forma imediata, às<br />
necessidades <strong>dos</strong> clientes. Depois, ter marcas em<br />
regime de exclusividade e com excelente relação<br />
qualidade/preço, apresentar uma política de preços<br />
séria e estável e assegurar disponibilidade e<br />
continuidade de produto. A atenção comercial e<br />
financeira personalizada, adaptadas às necessidades<br />
de cada cliente, é de importância fundamental<br />
também. Assim como a atenção técnica e comercial<br />
e o suporte de marketing. A nossa estratégia de<br />
compras é outra das vantagens competitivas.<br />
Que relação têm com os fabricantes?<br />
Mantemos uma excelente relação com os nossos<br />
fabricantes e trocamos informações continuamente,<br />
de modo a mantermos os produtos num bom<br />
posicionamento de mercado e preço justo. Focamos<br />
o nosso volume total de compra num seleto número<br />
de fábricas, evitando traders e brokers, o que nos<br />
permite fornecer pneus a preço competitivo. Os<br />
nossos processos de seleção da marca são<br />
minuciosos. Uma vez que temos o fabricante<br />
apropriado, fortalecemos o relacionamento<br />
comercial e mantemo-lo a longo prazo, de modo<br />
a dar resposta às necessidades de continuidade<br />
da marca. O melhor exemplo disso é a relação que<br />
temos com marcas como Double Coin, Lassa, Leao<br />
e Techking, com as quais trabalhamos, em média,<br />
há 16 anos.<br />
Que objetivos pretendem atingir este ano<br />
em Portugal a nível de vendas?<br />
O principal objetivo é trabalharmos mais<br />
afincadamente do que nunca para continuarmos<br />
a aumentar a nossa competitividade no mercado.<br />
Continuamos a ouvir “a rua” para propor ideias e<br />
projetos adapta<strong>dos</strong> às necessidades reais do setor.<br />
Propostas que consigam ir ao encontro das<br />
necessidades <strong>dos</strong> nossos clientes por intermédio<br />
de ações comerciais e de marketing, que façam<br />
impulsionar as vendas e gerar valor adicional.<br />
Continuamos a investir em serviços e na atenção<br />
ao cliente, graças a um tratamento personalizado<br />
que é capaz de oferecer soluções imediatas.<br />
Somos pessoas a trabalhar para pessoas.<br />
48 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
DISTRIBUIÇÃO de PNEUS<br />
APORTAMOS VALOR ACRESCENTADO À DISTRIBUIÇÃO<br />
Porque queremos ser o seu parceiro de negócio. Porque queremos construir relações a longo prazo.<br />
Porque a nossa filosofia se baseia na proximidade, no serviço, na confiança mútua e na fiabilidade.<br />
Porque somos profissionais multimarca e multissegmento. Porque nos preocupamos com a<br />
rentabilidade da sua empresa, comprometemo-nos a assegurar de forma permanente<br />
um EXCELENTE SERVIÇO com 2 plataformas logísticas em Portugal, uma AMPLA<br />
DISPONIBILIDADE DE STOCK e tudo isso aliado a PREÇOS MUITO COMPETITIVOS<br />
21 954 05 00<br />
geral@nextyres.pt<br />
www.nextyres.pt<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 49
Empresa<br />
Petrosintra<br />
< VEJA O VÍDEO ><br />
José Patrão <strong>dos</strong><br />
Santos fez questão<br />
de posar com a sua<br />
equipa. “Sem eles,<br />
não faria nada”,<br />
assegura<br />
Negócio duplo<br />
Os pneus e os combustíveis sempre andaram de mãos<br />
dadas na longa história da Petrosintra. A recente entrada<br />
na rede ContiService foi o culminar de uma relação de<br />
confiança entre a empresa e a Continental<br />
Quem entra na vila da Terrugem,<br />
dificilmente falhará a entrada para a<br />
Petrosintra. Sobretudo se tiver presente<br />
que esta empresa se encontra situada,<br />
paredes meias, com o grande posto de<br />
abastecimento da Galp na localidade.<br />
De resto, ambos têm a mesma “paternidade”.<br />
Logo a um primeiro olhar, a Petrosintra exibe a<br />
forte imagem de marca da ContiService. Uma<br />
realidade recente, já que, há um ano, a empresa<br />
criada no dia 1 de junho de 1968, por José Eugénio<br />
<strong>dos</strong> Santos (ainda com o nome de Auto Abastecedora<br />
da Terrugem e, só em 1989, como Petrosintra),<br />
aderiu à rede Continental, na sequência da<br />
cooperativa entretanto celebrada: a Pneuport.<br />
O responsável da Petrosintra, José Patrão <strong>dos</strong><br />
Santos, filho do fundador, recebeu a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> para desvendar as origens desta casa, que<br />
sempre fez <strong>dos</strong> combustíveis e <strong>dos</strong> pneus as suas<br />
duas grandes áreas de negócio.<br />
Por: Jorge Flores<br />
w PRIMEIRA MÁQUINA DE DESMONTAR<br />
Tudo começou com a abertura de um posto de<br />
abastecimento que dispunha de uma garagem<br />
contígua e onde eram conserta<strong>dos</strong> os pneus. “Os<br />
tempos eram outros. Os pneus tinham uma cunha<br />
em madeira e eram descola<strong>dos</strong> com uma... marreta.<br />
Corria-se o risco de fazer outro furo ou mesmo<br />
de estragar a jante. Ainda não havia máquinas”,<br />
revela José Patrão <strong>dos</strong> Santos.<br />
Com o passar <strong>dos</strong> anos, as máquinas de desmontar<br />
começaram a surgir no mercado, ainda<br />
rudimentares, sim, mas já com preços proibitivos.<br />
“Havia pouco dinheiro”, recorda. Felizmente, “o<br />
meu pai tinha muita habilidade e construiu uma<br />
máquina igual para desmontar pneus. Foi o<br />
começo”. A empresa começou a fazer diligências<br />
para assegurar a representação oficial de várias<br />
marcas de pneus, “mas, naquela altura, era difícil”.<br />
Mais tarde, foi conseguindo produtos como a<br />
Goodyear e a Dunlop. E não mais cessou a<br />
atividade. Apesar da distribuição de combustíveis<br />
ainda constituir a “fatia de leão” em termos de<br />
faturação, a área <strong>dos</strong> pneus, com os respetivos<br />
serviços acopla<strong>dos</strong>, conquistou o seu próprio<br />
espaço dentro da Petrosintra. “Somos uma<br />
empresa local. Estamos aqui há tantos anos,<br />
fazemos o trabalho bem, somos competitivos no<br />
preço e na qualidade e temos clientes fideliza<strong>dos</strong>”,<br />
garante o nosso interlocutor.<br />
w TRABALHAR EM REDE<br />
José Patrão <strong>dos</strong> Santos conta ainda à <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> que a adesão à ContiService surgiu na<br />
sequência de vários anos de relação comercial<br />
entre a Petrosintra e a Continental. Mas deixa claro<br />
que uma parceria tem sempre dois la<strong>dos</strong>. “Achamos<br />
que é um bom parceiro e eles pensam o mesmo<br />
de nós. Somos um <strong>dos</strong> postos de referência deles”,<br />
enfatiza. Será então possível fazer uma avaliação<br />
deste primeiro ano a trabalhar em rede? O gerente<br />
acredita que sim. “A simples mudança da fachada<br />
mostra que estamos ativos. Os clientes gostam de<br />
ver esta dinâmica”, esclarece.<br />
Petrosintra<br />
Gerente José Patrão <strong>dos</strong> Santos<br />
Sede Av.ª 29 de Agosto, 16-18, 2705 - 869 – Sintra - Terrugem | Telefone 219 608 100 | Email geral@petrosintra.pt | Site www.petrosintra.pt<br />
50 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S.<br />
Empresa<br />
Honrar o mentor<br />
Vicente Simão. Nome indissociável da Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. Foi graças a ele que Filipe<br />
Simão, filho e sócio-gerente da empresa, deve tudo o que tem. Prestar um serviço de<br />
excelência é a melhor forma de honrar o mentor<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Criada em 2002 e com um registo de cerca<br />
de 400 pneus vendi<strong>dos</strong> por mês, a história<br />
da Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. (abreviatura de Filipe<br />
Pereira Simão), remonta a Vicente Simão,<br />
pai do atual sócio-gerente, que, em março de<br />
2003, perdeu a vida num acidente de viação.<br />
Os pneus passaram a fazer parte da vida do clã<br />
Simão em 1985, quando abriram a primeira casa.<br />
Mais tarde, em 1989, mudaram-se para um novo<br />
espaço. Filipe Simão já tratava os pneus na segunda<br />
pessoa do singular. Quando terminou a licenciatura<br />
em gestão, na Universidade Técnica de Lisboa,<br />
foi estagiar para a Continental-Mabor. Depois de<br />
ter passado por diversos setores de atividade, foi<br />
convidado pelo pai para abrir o espaço que, hoje,<br />
existe. Primeiro, como Auto <strong>Pneus</strong> Simão e, a<br />
partir de 2008, já depois do falecimento <strong>dos</strong> pais,<br />
como Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S.<br />
w SERVIÇOS RÁPIDOS TAMBÉM<br />
Numa área coberta de 230 m2, implantada num<br />
terreno que totaliza 1.300 m2, Filipe Simão e os<br />
seus dois colaboradores, além <strong>dos</strong> pneus (que<br />
reúnem 80% do volume de faturação), dedicamse<br />
aos serviços rápi<strong>dos</strong>. “É onde se ganha mais<br />
dinheiro e surgiu para dar resposta às necessidades<br />
<strong>dos</strong> clientes”, destaca o sócio-gerente. Brevemente,<br />
será contratado um novo elemento para a equipa.<br />
Fidelidade, a Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. só a dá para os<br />
clientes que a visitam. “Não somos fiéis a uma<br />
marca. Trabalhamos com várias, desde premium<br />
a budget, passando por quality”, afirma. “A aposta<br />
passa pelos pneus novos para veículos ligeiros e<br />
comerciais. Sobretudo das marcas Nexen,<br />
Vredestein e Firemax”.<br />
Com uma faturação que rondou os €400.000 em<br />
2015, a Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. tem sempre cerca de<br />
300 pneus em stock. “As medidas que mais saída<br />
têm, tenho-as sempre em casa. Trabalho com um<br />
stock just in time. Se o cliente solicitar um específico<br />
que não tenha, consigo-o da manhã para a tarde.<br />
Ou arranjo maneira de ir eu mesmo buscá-los.<br />
Temos entregas entre duas a três vezes ao dia”.<br />
w NEGÓCIO SEM REDE<br />
Algo de que a Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. se orgulha é de<br />
trabalhar com 12 fornecedores, sendo a lista<br />
encabeçada pela RS Contreras. No que toca a<br />
equipamentos, o fornecedor predileto é a<br />
Domingos & Morgado, “que dispõe de produtos<br />
de altíssima qualidade e com preço justo”.<br />
Já o associativismo, vê com mais reservas. “No<br />
meu negócio, não vejo qualquer interesse.<br />
Pertenci, em tempos, à rede ConfortAuto, mas<br />
desisti em 2013”. A rede é mais vantajosa para ela<br />
própria do que para quem adere. Veja-se este<br />
exemplo: compro um pneu à rede que me custa,<br />
por exemplo, €41,50. Depois, tenho de fazer três<br />
ou quatro campanhas por ano com ele, tenho de<br />
gastar dinheiro nos flyers, na sua distribuição e<br />
nos brindes que lhes estão associa<strong>dos</strong>. E ainda<br />
pago uma quota mensal de €60. Tudo somado,<br />
esse pneu não me custa €41,50, mas €42,50. Se<br />
posso comprá-lo fora da rede, sem obrigatoriedade,<br />
e que me custa €39,50... Além disso, os clientes<br />
não se deslocam à minha casa porque está a<br />
imagem de uma rede. Mas sim por tratar-se da<br />
Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S. Se me deslocasse para outra<br />
zona, onde não me conhecessem, talvez fizesse<br />
sentido estar em rede”, conclui. No próximo ano,<br />
Filipe Simão tem intenção de abrir outra casa. A<br />
localização está, contudo, em avaliação.<br />
Filipe Simão (ao centro) é<br />
sócio-gerente da empresa<br />
barreirense, que dispõe de<br />
equipamentos de topo e muda<br />
cerca de 400 pneus por mês<br />
Auto <strong>Pneus</strong> F.P.S.<br />
Sócio-gerente Filipe Simão<br />
Sede Quinta das Rebelas, Lt. 12, 2830 – 222 Barreiro | Telefone 212 148 689 | Email auto.pneus.fps@gmail.com<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 51
Entrevista<br />
Luís Aniceto e José Aniceto<br />
“No topo da distribuição”<br />
50 anos depois da fundação, a S. José <strong>Pneus</strong> orgulha-se de continuar a merecer <strong>dos</strong><br />
seus clientes e fornecedores a frase que foi o seu primeiro lema: “Confiança absoluta”<br />
Por: João Vieira<br />
Fundada em 1966, a José Aniceto & Irmão,<br />
Lda., teve como atividade inicial a recauchutagem<br />
e comercialização de pneus,<br />
com a designação comercial de Recauchutagem<br />
S. José. Na entrada do novo milénio, a<br />
gestão teve a visão de abrir uma nova vertente<br />
no negócio de pneus em Portugal, com a importação<br />
e distribuição multimarca de pneus novos,<br />
numa nova perspetiva de mercado. Neste novo<br />
projeto, foi adotada a designação comercial de<br />
S. José – Logística de <strong>Pneus</strong>.<br />
Atualmente, a S. José é uma das principais empresas<br />
de distribuição de pneus da Península<br />
Ibérica, assumindo como característica o facto<br />
de dispor da oferta mais variada do mercado,<br />
para os profissionais de pneus. A gama vai desde<br />
os pneus de jardim, até aos de engenharia civil,<br />
passando pelos ligeiros, 4x4, comerciais, pesa<strong>dos</strong>,<br />
agrícolas, manutenção, industrial MPT, golfe,<br />
câmaras de ar e recauchutagem. A empresa importa<br />
as marcas BKT, Goodride e Semperit, distribuindo<br />
ainda as principais marcas premium.<br />
Que balanço fazem destes 50 anos de<br />
atividade, sempre liga<strong>dos</strong> ao comércio<br />
de pneus?<br />
O balanço é extremamente positivo, justificando<br />
o esforço e dedicação que to<strong>dos</strong> os nossos sócios<br />
e colaboradores dispensaram à empresa ao<br />
longo destes anos. Logramos, ao alcançar estes<br />
50 anos, estar no ponto mais alto de atividade,<br />
seja em volume de faturação, como em número<br />
de colaboradores, continuando com boas perspetivas<br />
futuras de manter o nível de atividade,<br />
que nos colocou no topo da distribuição de pneus<br />
em Portugal e que nos permite ser uma referência<br />
a nível Ibérico.<br />
Como é, hoje, constituída a S. José <strong>Pneus</strong> a<br />
nível de instalações e recursos humanos?<br />
A empresa, neste momento, dispõe de um total<br />
de cerca de 11.000 m 2 de área coberta, com armazéns<br />
em Cantanhede e Beja, estando previstos<br />
novos investimentos em armazéns. Neste momento,<br />
está em desenvolvimento o projeto de uma<br />
52 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Administradores da S. José <strong>Pneus</strong><br />
nova sede em Cantanhede, com uma área total<br />
de armazém prevista superior à existente e que,<br />
entre outras coisas, concentrará, num espaço<br />
contiguo, os armazéns que, estando próximos,<br />
não estão liga<strong>dos</strong>. Procurando-se, assim, obter<br />
consequentes ganhos operacionais. A nível de<br />
recursos humanos, a empresa está em fase de<br />
reforço da sua estrutura, a fim de perspetivar a<br />
evolução futura.<br />
A S. José <strong>Pneus</strong> foi distinguida com o<br />
estatuto de PME Excelência pelo quinto<br />
ano consecutivo. Qual o significado deste<br />
prémio para a empresa?<br />
A atribuição do Prémio de Mérito, por atingir,<br />
pelo 5.º ano consecutivo, o estatuto de PME Excelência,<br />
representa, para nós, uma consagração por<br />
todo o esforço, sacrifício e dedicação que dispensámos<br />
em todo este trajeto, em que tantas e<br />
tantas vezes, pusemos os interesses da empresa<br />
à frente de tudo. Muitas vezes até da vida familiar.<br />
Quais as marcas de pneus que representam<br />
em exclusivo no mercado português?<br />
Representamos, em exclusivo para Portugal e<br />
para Espanha, a marca de pneus agroindustriais<br />
BKT. E, em exclusivo para Portugal, a marca de<br />
pneus de turismo, comerciais, SUV e camião<br />
Goodride. Nestas gamas de pneus, somos, também,<br />
distribuidor de referência da Semperit.<br />
Para além das marcas que representa em<br />
exclusivo, que outras marcas de pneus<br />
distribui a S. José <strong>Pneus</strong>?<br />
Além da BKT, Goodride e Semperit, somos distribuidores<br />
de todas as marcas premium, como,<br />
por exemplo, Michelin, Continental, Goodyear,<br />
Dunlop e Bridgestone. Além destas, somos distribuidores,<br />
também, da Mabor, Kormoran, Firestone<br />
e Sunitrac, entre outras.<br />
Qual vai ser a estratégia da S. José <strong>Pneus</strong><br />
relativamente às marcas premium que<br />
comercializa?<br />
Tendo as marcas premium a maior quota e assumindo-se<br />
a S. José como o distribuidor com a<br />
gama mais vasta do mercado, temos uma importante<br />
quota de vendas nesta gama, com um<br />
importante e muito variado stock.<br />
E em relação às marcas quality e budget?<br />
A nossa marca quality de eleição é a Semperit,<br />
fabricada pela Continental, que tem uma importante<br />
presença nos países do centro da Europa,<br />
que reconhecem o alto nível de qualidade <strong>dos</strong><br />
seus pneus, tanto na gama consumer, como em<br />
camião, onde, durante este ano, se assiste ao<br />
lançamento de novos pisos e novos pneus com<br />
um altíssimo nível tecnológico. Nas marcas budget,<br />
a nossa principal marca é a Goodride, o maior<br />
fabricante da China, em que a principal característica<br />
desta marca não é só o preço mas, também,<br />
a qualidade. <strong>Pneus</strong> a qualquer preço não tem<br />
Marcos históricos<br />
2016 Prémio de Mérito pelo 5.º PME<br />
Excelência; 2.ª Presença com BKT<br />
na FIMA<br />
2015 Presença na Motortec, em Madrid,<br />
com Goodride<br />
2014 1.ª Presença com BKT na FIMA<br />
2013 Novo aumento do armazém, para<br />
10.000 m 2<br />
2012 Internacionalização da empresa<br />
com o início da distribuição em<br />
Espanha; Aumento de armazém<br />
para 7.500 m 2 ; PME Excelência<br />
pela 1.ª vez<br />
2011 Aumento de armazém para 4.500 m 2<br />
2010 Aumento de armazém para 3.000 m 2<br />
2009 1.ª atribuição estatuto PME Líder<br />
2005 Início da distribuição de pneus,<br />
criando-se um departamento com<br />
a designação S. José Logística de<br />
<strong>Pneus</strong><br />
2003 1.ª Certificação ISO 9001 na<br />
recauchutagem<br />
1996 Mudança para novas instalações<br />
na zona Industrial, atual sede, com<br />
2.000 m 2<br />
1989 Investimento em equipamento de<br />
recauchutagem de pneus “a frio”<br />
1979 Entrada da 2.ª geração na empresa;<br />
Separação venda de pneus a<br />
retalho, sendo criada a Pneubox,<br />
Comércio de <strong>Pneus</strong>, Lda.<br />
1966 Fundação da empresa, por<br />
José Abrantes Aniceto<br />
sido o nosso caminho. Neste segmento de pneus<br />
budget, são também importantes para nós as<br />
marcas produzidas pelos principais fabricantes,<br />
como a Mabor, a Kormoran e a Debica.<br />
Que balanço faz da vossa presença em<br />
Espanha?<br />
A nossa presença em Espanha tem um balanço<br />
muito positivo, onde conquistámos para a marca<br />
que ali representamos, a BKT, uma importante<br />
quota de mercado nos pneus agroindustriais. E,<br />
mesmo sabendo que é uma tarefa árdua e difícil,<br />
temos ilusões de experimentar algum crescimento<br />
mais. Realçamos que naquele mercado, principalmente<br />
na vertente de pneus agrícolas, a<br />
nossa concorrência são as marcas premium, já<br />
que, em Espanha, o primeiro fator de escolha de<br />
um pneu agrícola é a qualidade, pois trata-se de<br />
um mercado de consumidores mais maduro,<br />
muito mais profissional, que controla os resulta<strong>dos</strong><br />
de cada pneu, o que é vantajoso para uma<br />
marca que se impõe pela qualidade, como a BKT.<br />
Quais são os vossos principais clientes?<br />
Os nossos clientes são, principalmente, os profissionais<br />
de pneus, embora se assista, cada vez<br />
mais, às oficinas de mecânica e/ou concessionários<br />
a entrar também na comercialização de pneus,.<br />
Um pouco como que replicando o movimento<br />
das casas de pneus, que também fazem mecânica<br />
rápida. O nosso número de clientes ultrapassa<br />
em muito o milhar, que nos fazem regularmente<br />
compras.<br />
Que apoio estão a dar aos vossos clientes,<br />
a nível de formação técnica e comercial?<br />
Os nossos vendedores e o nosso call center,<br />
to<strong>dos</strong> eles com larga experiência no negócio de<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 53
Entrevista<br />
Luís Aniceto e José Aniceto<br />
pneus, estão em condições de prestar todo apoio<br />
antes e após a venda. Ao mesmo tempo, a nossa<br />
página de venda online, B2B, inovando, fornece<br />
indicações com imagens do piso, aplicação e<br />
características técnicas nas “nossas” marcas, o<br />
que tem sido apreciado pelos nossos clientes.<br />
Fazem campanhas e promoções? Qual tem<br />
sido a sua aceitação junto <strong>dos</strong> clientes?<br />
A nossa empresa caracteriza-se por ter sempre<br />
online os melhores preços, sem grandes oscilações,<br />
garantindo ao cliente segurança na compra, sem<br />
ficar na dúvida se está a comprar no melhor ou<br />
no pior momento. Temos, ao mesmo tempo,<br />
vindo a efetuar promoções de merchandising.<br />
Qual a importância da Internet e das redes<br />
sociais para a comunicação com os<br />
vossos clientes?<br />
A Internet e a nossa página de vendas online<br />
são fundamentais na empresa. Renovámos,<br />
neste início de ano, o nosso site (www.sjosepneus.<br />
com), dando-lhe uma nova imagem, mais consentânea<br />
coma realidade da empresa. Ao mesmo<br />
tempo, podemos anunciar que, no próximo mês<br />
de maio, será renovada também a nossa página<br />
de vendas online, com algumas novidades.<br />
Como estão a conseguir fidelizar os clientes?<br />
Os nossos clientes, dizem-nos, são fideliza<strong>dos</strong><br />
pelo nosso rigor, ética, profissionalismo e humildade<br />
na relação com o cliente, valores em que<br />
nos revemos.<br />
Quais os maiores desafios que a S. José<br />
<strong>Pneus</strong> está a enfrentar na atualidade?<br />
Assumindo a nossa posição de topo na distribuição<br />
de pneus em Portugal, estamos permanentemente<br />
perante o desafio de poder responder<br />
às expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes, seja ao<br />
Importador exclusivo de pneus BKT<br />
para Portugal e Espanha<br />
Sucesso ibérico<br />
w w Importador exclusivo da BKT para Portugal,<br />
desde 2007, e para Espanha, desde 2012,<br />
esta marca tem uma importância fundamental<br />
para a S. José <strong>Pneus</strong>, representando uma<br />
quota importante do seu volume de vendas.<br />
Cada vez mais, a BKT distingue-se pela qualidade<br />
<strong>dos</strong> seus pneus, principalmente na sua<br />
gama principal, os pneus radias, onde tem<br />
atingido performances ao nível das marcas<br />
premium. Outro fator importante na marca<br />
é a variedade da sua gama e a capacidade de<br />
resposta rápida ao aparecimento de novos<br />
pneus. A nova fábrica vai continuar a garantir<br />
o crescimento da BKT e a entrega atempada<br />
<strong>dos</strong> pedi<strong>dos</strong>. Além de que, sendo uma fábrica<br />
moderna, com equipamentos avança<strong>dos</strong>, vai<br />
fazer aumentar o grau de qualidade de fabrico<br />
<strong>dos</strong> pneus BKT. Tendo uma boa quota de<br />
mercado em Portugal, o objetivo é consolidar<br />
essa quota. E, em Espanha, onde está há<br />
já quatro anos, o objetivo é, passo a passo,<br />
continuar a crescer.<br />
Foi a qualidade <strong>dos</strong> pneus BKT que impulsionou<br />
a boa penetração no mercado, replicando<br />
o sucesso da marca nos principais países da<br />
Europa. Hoje, a marca está posicionada como<br />
quality tendo, muitas vezes, um nível de performance<br />
semelhante às marcas premium. O<br />
mercado já o reconhece e os bons resulta<strong>dos</strong><br />
nível da diversidade de produtos, seja ao nível<br />
do serviço, no que representa um desafio mas,<br />
também, uma oportunidade de negócio.<br />
O que é que, hoje em dia, faz mais a diferença<br />
neste mercado: o produto, o serviço,<br />
a disponibilidade de stock ou o preço?<br />
Diríamos que to<strong>dos</strong> são importantes. Acrescentando<br />
que, para um cliente, é importante ter um<br />
fornecedor com uma ampla diversidade de oferta,<br />
seja em gama de pneus e aplicações, em<br />
medidas, marcas, nível de marcas. Por último,<br />
mas não menos importante, a confiança e empatia<br />
que sentem pelo fornecedor.<br />
Como analisa a reestruturação das casas<br />
de pneus em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />
Pensamos que a tendência para as casas de<br />
pneus terem serviços rápi<strong>dos</strong> vai continuar. Não<br />
obti<strong>dos</strong> sustentam esta posição.<br />
“O cliente BKT é um cliente sensível à qualidade<br />
do pneu e ao rendimento que pode obter<br />
na sua utilização, que aposta na fiabilidade<br />
do produto, atendendo ao muito baixo nível<br />
de reclamações que nos são apresentadas.<br />
Não é desprezável, também, a boa imagem<br />
que transmite um trator equipado com pneus<br />
BKT, seja pela maior largura que apresentam<br />
seja pelo design do pneu”, afirma Luís Aniceto.<br />
De referir que a BKT fabrica pneus para todas<br />
as aplicações em fora de estrada. Desde<br />
pneus de jardim, golfe, kart, agrícolas radiais e<br />
diagonais, retroescavadora, MPT, movimentação<br />
de terras, gruas, portos, OTR diagonais<br />
e radiais, empilhadores, maciços e moto4.<br />
obstante tudo o que se tem dito, os especialistas<br />
de pneus vão continuar a ter o seu espaço e a<br />
confiança <strong>dos</strong> consumidores, fazendo bem o que<br />
melhor sabem.<br />
O que pode um grossista como a S. José<br />
<strong>Pneus</strong> fazer para se diferenciar no mercado<br />
português?<br />
A S. José quer diferenciar-se pelo relacionamento<br />
com os clientes, continuando a pautar a<br />
sua atuação pela defesa <strong>dos</strong> valores que tem<br />
defendido e que foram atrás menciona<strong>dos</strong>.<br />
Qual é o plano de investimentos da S. José<br />
<strong>Pneus</strong> para os próximos anos?<br />
O plano de investimento passa pela construção<br />
de novos armazéns, tendo em vista a sustentação<br />
do crescimento esperado das vendas, ligado a<br />
novas vertentes de negócios.<br />
54 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
NOVAS SURPRESAS NA CONDUÇÃO<br />
<strong>Pneus</strong> que proporcionam "surpresas" aos condutores<br />
A Toyo Tires encontrou a resposta: Proxes<br />
A marca que vai de encontro aos condutores que procuram<br />
o verdadeiro desempenho.<br />
Proporciona um elevado desempenho, tanto em piso seco<br />
como molhado, bem como uma condução confortável.<br />
Este poder excecional pode ser seu hoje.<br />
www.toyotires.pt - www.facebook.com/pneustoyo<br />
Distribuído por:<br />
Apartado 217 | 4564-909 PENAFIEL (PORTUGAL) | Tel. +351 255 617 480 | Fax. +351 255 617 489<br />
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Técnica<br />
<strong>Pneus</strong> sem ar<br />
A roda do futuro<br />
Os fabricantes de pneus premium têm vindo a apostar no desenvolvimento<br />
destes componentes sem ar no seu interior, revelando alguns protótipos que já<br />
se aproximam bastante das performances demonstradas pelos pneus “regulares”<br />
A<br />
Michelin, com o seu Tweel, ou a Bridgestone,<br />
com o Non-Pneumatic, já<br />
introduziram ideias de como seria a<br />
roda “não-pneumática”, ou seja, aquela que<br />
prescinde de ar no seu interior. Mais recentemente,<br />
o fabricante sul-coreano de pneus<br />
Hankook, apresentou a sua aposta para esta<br />
ideia, materializando-a num modelo definitivo,<br />
o “iFlex”, que substitui o ar por um poliuretano<br />
resistente.<br />
w RAZÃO DO CONCEITO<br />
Os pneus são os únicos elementos do veículo<br />
que estão em contacto com o solo. Estão encarregues<br />
de transmitir a força motriz que aplicamos<br />
ao acelerar, de levar o veículo segundo<br />
as instruções que damos ao virar o volante ou<br />
de deter o veículo na menor distância possível<br />
quando efetuamos uma travagem brusca.<br />
Razões mais do que suficientes para lhes prestarmos<br />
atenção maior do que a normal (pelo<br />
menos se tivermos em consideração qualquer<br />
estudo que avalie a manutenção habitualmente<br />
efetuada pelos condutores aos seus<br />
pneus), dado que deles, do seu bom estado e<br />
funcionamento, depende a nossa segurança<br />
e a <strong>dos</strong> que connosco viajam.<br />
Uma falha no funcionamento do pneu durante<br />
a marcha constitui uma das causas <strong>dos</strong> acidentes,<br />
imputáveis ao veículo, mais habituais em<br />
autoestrada e via rápida, estradas nas quais<br />
56 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
os veículos circulam a velocidades elevadas<br />
durante perío<strong>dos</strong> de tempo prolonga<strong>dos</strong>. A<br />
consequência direta da escassa pressão nos<br />
pneus é o aquecimento <strong>dos</strong> mesmos, sobretudo<br />
quando se aumenta a velocidade<br />
de circulação.<br />
Isto pode acabar por resultar, em alguns casos,<br />
num rebentamento. Sem ser necessário<br />
que o pneu chegue a rebentar, muitas outras<br />
situações de perigo podem resultar de um<br />
enchimento abaixo do recomendado. Assim,<br />
descrever uma curva com pressão reduzida<br />
provoca um maior deslocamento da carroçaria<br />
do veículo em direção ao exterior da curva, devendo<br />
tal deslocamento ser suportado pelos<br />
pneus, que se veem obriga<strong>dos</strong> a realizar um<br />
maior esforço, o qual podem não ser capazes<br />
de suportar, dependendo da velocidade<br />
do veículo, do raio de curva a descrever e da<br />
pressão e estado prévio <strong>dos</strong> pneus.<br />
Uma parte da energia gerada pelo motor é<br />
consumida pelo veículo para vencer a resistência<br />
ao rolamento, resistência esta que aumenta<br />
quando a pressão <strong>dos</strong> pneus se encontra<br />
abaixo da recomendada. Este facto implica,<br />
inevitavelmente, um aumento do consumo<br />
lado, evita a necessidade de controlar a pressão<br />
de isuflação, aspeto que é muito importante<br />
para a segurança de um veículo.<br />
w ANTECEDENTES HISTÓRICOS<br />
Em 2004, a Michelin já tinha apresentado, no<br />
Salão de Paris, o seu protótipo de roda sem<br />
ar, a Michelin X Tweel. O objetivo do fabricante<br />
gaulês era reduzir o tempo perdido na<br />
reparação <strong>dos</strong> furos, mas sem perder tração,<br />
manobrabilidade ou comodidade. Com estas<br />
rodas, também desapareceria a necessidade<br />
três partes: uma parte interior executada em<br />
alumínio, uma faixa de rolamento exterior<br />
à base de borracha e, como novidade, uma<br />
espécie de raios internos concebi<strong>dos</strong> em resina<br />
termoplástica. Portanto, dispõe de uma<br />
única estrutura de raios ao longo <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong><br />
interiores que suportam o peso do veículo.<br />
Esta estrutura interna baseada em raios permite<br />
um comportamento exatamente igual ao<br />
<strong>dos</strong> pneus convencionais, oferecendo níveis<br />
de manobrabilidade e estabilidade semelhantes<br />
aos <strong>dos</strong> tradicionais. A Bridgestone<br />
A roda<br />
“não-pneumática”<br />
elimina os furos,<br />
reduz o consumo<br />
de combustível e<br />
simplifica o processo<br />
de produção<br />
O maior desafio <strong>dos</strong> pneus sem ar é o seu rendimento a<br />
velocidades elevadas. Atualmente, estes pneus apenas<br />
garantem uma resposta segura até aos 130 km/h, razão<br />
pela qual, inicialmente, só poderão equipar alguns veículos<br />
urbanos ou elétricos, com velocidades limitadas<br />
de combustível do veículo.<br />
Com a introdução <strong>dos</strong> pneus sem ar, é possível,<br />
entre outras vantagens, eliminar os furos e<br />
reduzir o consumo de combustível. Por outro<br />
de controlar a pressão de insuflação <strong>dos</strong><br />
pneus, sendo que estas são constituídas por<br />
um cubo rígido ligado à faixa de rolamento<br />
através de raios deformáveis de poliuretano.<br />
Por outro lado, em 2013, a Bridgestone apresentou<br />
a segunda geração da sua “Non-Pneumatic”,<br />
conhecida como “Bridgestone Air Free”.<br />
Esta roda, como o seu nome indica, não aloja<br />
ar comprimido para lhe oferecer apoio estrutural,<br />
tratando-se de uma roda constituída por<br />
otimizou a estrutura desta roda, utilizando<br />
como material resina termoplástica sintética<br />
de alta resistência, que se torna flexível<br />
quando aquece. Estas rodas foram testadas<br />
com sucesso na sua segunda fase, em veículos<br />
de 410 kg e a uma velocidade de 60 km/h.<br />
A Bridgestone conseguiu reduzir a resistência<br />
destas rodas ao rolamento, no qual 90% da<br />
perda de energia resulta de mudanças que<br />
ocorrem nas formas do pneu quando este rola.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 57
Técnica<br />
<strong>Pneus</strong> sem ar<br />
w ÚLTIMOS AVANÇOS<br />
Agora, é o fabricante sul-coreano de pneus<br />
Hankook quem apresenta a sua aposta para<br />
esta ideia, materializando-a num modelo<br />
definitivo, o “iFlex”, que substitui o ar por<br />
um poliuretano resistente. A produção está<br />
a um passo de ser iniciada, após o modelo<br />
ter sido submetido a uma série de ensaios a<br />
velocidades elevadas.<br />
O material utilizado para o seu fabrico necessita<br />
de um processo energeticamente<br />
eficiente e fácil de reciclar. A utilização deste<br />
novo material também permite a redução para<br />
metade do número de passos necessários<br />
para o fabrico deste tipo de rodas.<br />
pessoa, normalmente utiliza<strong>dos</strong> por cidadãos<br />
de idade avançada.<br />
Embora o tipo de pneu que não utiliza ar<br />
esteja ainda em fase experimental, tem um<br />
enorme potencial para a produção de veículos.<br />
Uma vez que este tipo de rodas não<br />
fura e, dependendo <strong>dos</strong> materiais utiliza<strong>dos</strong>,<br />
também tem potencial para reduzir significativamente<br />
as emissões na sua produção. Para<br />
Este novo tipo de roda não-pneumática estará<br />
disponível em diferentes cores, sendo de<br />
destacar que, no futuro, o pneu será mais um<br />
elemento do veículo que poderá ser personalizado,<br />
assim como as jantes ou os diferentes<br />
acessórios aerodinâmicos da carroçaria.<br />
Entre as suas vantagens, destaca-se a durabilidade,<br />
algo que permite uma maior poupança<br />
para o utilizador, que, além disso, beneficiará<br />
w TESTES EFETUADOS<br />
O “iFlex” foi submetido a cinco tipos diferentes<br />
de testes, concebi<strong>dos</strong> para o levar ao limite<br />
em cinco categorias: durabilidade, dureza,<br />
estabilidade, slalom e velocidade. O veículo<br />
elétrico da Hankook, utilizado para estes testes,<br />
alcançou uma velocidade de 130 km/h<br />
sem danificar a roda e o “iFlex” foi capaz de<br />
Sejam de que tipo forem, os pneus sem ar devem obedecer<br />
a uma série de requisitos muito importantes para<br />
a segurança do veículo e <strong>dos</strong> seus ocupantes. Desde o<br />
controlo da manobrabilidade até ao contributo para a<br />
estabilidade e desempenho da suspensão, garantindo a<br />
máxima aderência em qualquer situação<br />
obter o mesmo rendimento do que um pneu<br />
convencional nos restantes testes, ainda que<br />
não tenham sido revela<strong>dos</strong> mais detalhes<br />
acerca <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> destes ensaios.<br />
Como foi indicado anteriormente, a Hankook<br />
não é a única empresa a testar pneus sem ar.<br />
A Michelin abriu uma fábrica na América do<br />
Norte dedicada à produção do seu modelo<br />
Tweel, enquanto a Bridgestone tem estado<br />
a testar o seu modelo reciclável não-pneumático<br />
em veículos japoneses para uma só<br />
Com a introdução<br />
deste novo conceito<br />
de pneu sem ar, evita-<br />
-se a necessidade de<br />
controlar a pressão<br />
de insuflação, aspeto<br />
muito importante<br />
para a segurança<br />
além de poderem ser recicladas, permitindo<br />
dois importantes benefícios para o ambiente.<br />
w SÉRIE DE VANTAGENS<br />
Uma das vantagens anunciadas deve-se ao<br />
material utilizado, uma vez que o recurso ao<br />
poliuretano reduz o peso da roda. Além disso,<br />
o “iFlex” dispõe de uma faixa de rolamento que<br />
oferece menor resistência e, portanto, estes<br />
dois aspetos reduzem o consumo de combustível<br />
do automóvel. Outro aspeto muito<br />
positivo é que o composto com o qual são<br />
fabricadas estas rodas não-pneumáticas foi<br />
desenvolvido a partir de materiais ecológicos,<br />
o que permite que o “iFlex” possa ser reciclado<br />
com maior facilidade (é possível voltar a utilizar<br />
até 95% do mesmo).<br />
de uma maior versatilidade, visto que, segundo<br />
indicação do fabricante, as “iFlex” dispõem no<br />
seu interior de diferentes formas geométricas<br />
que garantem uma grande elasticidade<br />
e capacidade de ressalto. Por outro lado, esta<br />
característica permite-lhes uma correta adaptação<br />
a qualquer tipo de jante.<br />
Em contrapartida, o grande desafio da roda<br />
sem ar é o seu rendimento a velocidades elevadas.<br />
Como indicado, neste momento, o “iFlex”<br />
apenas garante uma resposta segura até aos<br />
130 km/h, razão pela qual, inicialmente, só<br />
poderá equipar alguns veículos urbanos ou<br />
elétricos, com uma velocidade limitada.<br />
A roda “não-pneumática” elimina os furos, reduz<br />
o consumo de combustível e simplifica<br />
o processo de produção. Os fabricantes de<br />
pneus que desenvolveram este tipo de rodas<br />
conseguiram conceber um produto que mantém<br />
as vantagens <strong>dos</strong> pneus convencionais,<br />
mas aumentando as suas prestações. Com a<br />
introdução deste novo conceito de roda “não-<br />
-pneumática”, será evitada a necessidade de<br />
controlar a pressão de insuflação, aspeto muito<br />
importante para a segurança do veículo. Sejam<br />
de que tipo forem, os pneumáticos ou “não<br />
pneumáticos” devem obedecer a uma série de<br />
requisitos muito importantes para a segurança<br />
do veículo e <strong>dos</strong> ocupantes. Desde o controlo<br />
da manobrabilidade até ao contributo para a<br />
estabilidade e bom desempenho da suspensão,<br />
garantindo a máxima aderência.<br />
58 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Técnica<br />
Equilibragem de rodas<br />
Controlo de vibrações<br />
Um bom equilíbrio das rodas previne avarias no automóvel e evita o desgaste<br />
prematuro do pneu. Também protege as suspensões, os amortecedores, as jantes,<br />
a direção e a transmissão, melhorando, de forma significativa, o conforto a bordo<br />
Nem o pneu nem a jante são rigorosamente<br />
homogéneos, o que conduz<br />
ao facto de haver pontos com mais<br />
peso do que outros. Esse desequilíbrio de<br />
peso gera, a certos regimes de rotação, forças<br />
centrífugas consideráveis, que fazem<br />
oscilar a roda, com prejuízo óbvio quer do<br />
conforto e da segurança da condução, quer<br />
no que respeita à duração <strong>dos</strong> pneus e <strong>dos</strong><br />
componentes mecânicos da suspensão, da<br />
direção e da transmissão.<br />
Ao sair de fábrica, as rodas vêm equilibradas<br />
de forma rigorosa, mas a utilização acaba<br />
por provocar desequilíbrios. A primeira razão<br />
é que o normal desgaste do pneu não é<br />
100% regular a toda a volta. Além disso, os<br />
pesos utiliza<strong>dos</strong> para equilibrar a roda podem<br />
desprender-se, causando o desequilíbrio<br />
da mesma. Em consequência de impactos,<br />
tanto o pneu como a jante podem<br />
sofrer deformações, o que também afeta o<br />
equilíbrio da roda. A equilibragem é, geralmente,<br />
feita quando são realiza<strong>dos</strong> serviços<br />
nas rodas e nos pneus, mas deve ser imperativamente<br />
efetuada sempre que existirem<br />
vibrações na direção a certos regimes ou<br />
velocidades.<br />
w EQUILÍBRIO É SEMPRE NECESSÁRIO<br />
A função de equilibrar rodas faz parte da<br />
montagem de pneus, porque a matéria<br />
constituinte, tanto do pneu como da jante,<br />
não é perfeitamente uniforme. Além disso,<br />
a própria válvula de enchimento é um fator<br />
de desequilíbrio da roda. Ao montar o pneu<br />
na jante, há sempre pontos com uma massa<br />
superior aos restantes, que geram um momento<br />
de inércia maior. A certos regimes de<br />
rotação da roda, a força centrífuga gerada<br />
por esses pontos impele a roda para o exterior<br />
do seu eixo de rotação normal, provocando<br />
vibrações e oscilações. Estas podem<br />
ser no sentido longitudinal ou oblíquo,<br />
impondo um rigoroso equilíbrio da roda,<br />
adicionando pequenas massas metálicas<br />
no ponto diametralmente oposto ao ponto<br />
da roda mais pesado, a fim de compensar<br />
as forças geradas por este. Sem esse equilíbrio,<br />
as vibrações e oscilações provocadas<br />
a certas velocidades tornam a condução<br />
desconfortável e insegura, para além de<br />
provocarem o desgaste irregular do pneu e<br />
de deteriorarem os componentes do cubo<br />
da roda, da suspensão e da direção, assim<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 59
Técnica<br />
Equilibragem de rodas<br />
como da própria carroçaria.<br />
A velocidades superiores, por vezes, as vibrações<br />
diminuem de intensidade, porque<br />
aumenta a sua frequência, o que faz diminuir<br />
a sua amplitude. No entanto, o seu<br />
efeito demolidor na estrutura do pneu e do<br />
próprio veículo não deixa de atuar, podendo<br />
até mesmo agravar os seus efeitos.<br />
Para tornar o serviço de substituição <strong>dos</strong><br />
pneus mais rápido, que noutros tempos<br />
chegou a ser moroso, as modernas máquinas<br />
de equilibrar rodas recorrem a sistemas<br />
eletrónicos e programas informáticos,<br />
como quase to<strong>dos</strong> os outros equipamentos<br />
da atualidade. O objetivo é obter o mais rapidamente<br />
possível o local exato e a massa<br />
correta que deve ser aplicada nesse ponto,<br />
aparelhos topo de gama, essa identificação<br />
é automática no momento em que a roda<br />
é fixada no veio de lançamento. Em certos<br />
casos, este sistema consegue realizar outras<br />
funções, como detetar a excentricidade<br />
do pneu, só para citarmos um exemplo. Os<br />
sistemas semiautomáticos dispõem de um<br />
sistema de medição instalado na tampa de<br />
proteção da roda, ficando os da<strong>dos</strong> automaticamente<br />
regista<strong>dos</strong> no programa.<br />
Nos sistemas em que são manipuladas rodas<br />
de dimensões e pesos superiores ao<br />
comum, é normal existir, também, um elevador<br />
para as rodas.<br />
para obter tanto o equilíbrio estático como<br />
o equilíbrio dinâmico.<br />
TECNOLOGIA DAS EQUILIBRADORAS<br />
Os equipamentos oficinais são um investimento<br />
que se destina a dar retorno, devendo,<br />
essencialmente, gerar economias de<br />
tempo e de meios à oficina. Para se fazer<br />
uma avaliação correta da melhor máquina<br />
de equilibrar rodas para cada caso, é necessário,<br />
em primeiro lugar, calcular o número<br />
de rodas que se pretende trabalhar por dia.<br />
Este cálculo ditará o volume correto do investimento<br />
(uma máquina, duas máquinas).<br />
Hoje em dia, todas as máquinas têm sistemas<br />
de lançamento mecânico, através de<br />
um motor elétrico. O lançamento da roda<br />
visa reproduzir a rotação desta quando<br />
montada no veículo, permitindo, em poucos<br />
segun<strong>dos</strong>, que o processador da máquina<br />
e o respetivo programa detetem os<br />
desequilíbrios.<br />
Para conferir o equilíbrio, a roda é lançada<br />
novamente, depois de coloca<strong>dos</strong> os pesos<br />
nos locais corretos. De acordo com o respetivo<br />
preço, as máquinas podem ter um<br />
monitor analógico ou digital de fácil leitura.<br />
Mais importante do que isso, é o sistema<br />
de identificação da roda pela máquina. Nos<br />
Tipos de desequilíbrio<br />
Em termos teóricos, convém saber que existem dois tipos<br />
de desequilíbrio das rodas: estático e dinâmico<br />
w w Desequilíbrio estático<br />
Este desequilíbrio provoca uma vibração no<br />
plano vertical da roda. Esta vibração é similar<br />
à causada por uma roda deformada ou fora<br />
de centro. Este tipo de desequilíbrio deteta-<br />
-se colocando a roda num veio giratório ou<br />
suspendendo-a por um único ponto. Em qualquer<br />
<strong>dos</strong> casos, o ponto mais pesado tenderá<br />
a ocupar a posição mais baixa. Ao atingir uma<br />
certa rotação, a roda tenderá a saltar em torno<br />
do eixo vertical. Este desequilíbrio, na verdade,<br />
trata-se de um par de forças. Geralmente é<br />
sentido em curvas ou num intervalo de velocidades,<br />
isto é, a partir <strong>dos</strong> 70 ou 80 km/h e<br />
desaparece (não é mais sentido) a partir <strong>dos</strong><br />
130 km/h, aproximadamente. O desequilíbrio<br />
dinâmico faz a roda cambalear.<br />
Solução: O equilíbrio estático verifica somente<br />
um plano de correção do peso e apenas<br />
permite analisar o desequilíbrio vertical<br />
“para baixo - para cima”. Este processo não é<br />
suficiente e adequado para as vibrações <strong>dos</strong><br />
veículos de hoje.<br />
w w Desequilíbrio dinâmico<br />
O desequilíbrio dinâmico, por seu turno,<br />
implica a conjugação de vários pontos com<br />
maior peso e, geralmente, provoca a deriva<br />
lateral da roda. De qualquer forma, os<br />
equipamentos atuais de equilibrar rodas<br />
são computoriza<strong>dos</strong> e têm sensores eletrónicos,<br />
assim como programas completos de<br />
equilíbrio. Isto quer dizer que, na prática, a<br />
máquina indica ao operador qual é o contrapeso<br />
que deve utilizar e o ponto exato onde<br />
este deve ser colocado. A produtividade<br />
<strong>dos</strong> tempos atuais não se compadece com<br />
as inúmeras tentativas que os profissionais<br />
de outros tempos tinham de fazer antes de<br />
acertar a roda.<br />
Solução: O equilíbrio dinâmico verifica os dois<br />
planos de correção de peso. O que elimina o<br />
desequilíbrio vertical “para baixo - para cima”<br />
e o desequilíbrio horizontal “de um lado para<br />
o outro”. O equilíbrio dinâmico é sempre necessário,<br />
mesmo nas jantes de alumínio onde<br />
é necessário colocar pesos escondi<strong>dos</strong>.<br />
60 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Variação<br />
da força da roda<br />
Um pneu bem equilibrado pode vibrar<br />
devido à variação da força da roda. Esta<br />
variação deve-se, mais frequentemente, à<br />
excentricidade da roda, ao piso irregular<br />
ou à diferente rigidez da parede lateral do<br />
pneu. A excentricidade acontece quando<br />
um pneu ou jante, em andamento, não<br />
está excêntrico. As causas mais frequentes<br />
são uma jante empenada ou desgaste irregular<br />
do pneu. Pisos irregulares ou rigidez<br />
do pneu variável podem ser encontra<strong>dos</strong><br />
em pneus novos ou usa<strong>dos</strong>. Os pneus, pelo<br />
seu desenho, nunca são uniformemente flexíveis<br />
e nem perfeitamente redon<strong>dos</strong> (são<br />
toroidais). E nenhum pneu é exatamente<br />
semelhante nessas características.<br />
Como corrigir a variação da força da roda<br />
w – Otimizar a montagem do pneu com a jante,<br />
igualando o ponto mais alto de excentricidade<br />
ou o ponto mais rígido no pneu com o ponto<br />
mais baixo na jante. Facto que tornará a roda<br />
“redonda quando rola”.<br />
w w – Nos casos em que a roda está demasiado<br />
excêntrica, deverá ser substituída.<br />
w w w – Noutros casos, um pneu que apresenta<br />
uma excessiva variação da força é considerado<br />
defeituoso.<br />
Quando a vibração é mais acentuada no volante,<br />
o problema está, provavelmente, nas rodas da<br />
frente. Se esta for mais sentida no assento, é<br />
quase certo a origem estar nas rodas traseiras.<br />
Mercado de máquinas de equilibrar<br />
Procura de equilibradoras<br />
tem vindo a aumentar<br />
w A introdução de novos tipos e medidas<br />
de jantes e pneus para diferentes tipos de<br />
viaturas, obrigou as oficinas independentes<br />
a apostarem em equipamentos topo de<br />
gama, que já eram a regra nos concessionários<br />
e oficinas autorizadas. De qualquer<br />
modo, o mercado global continua a exigir<br />
uma gama completa de produtos, tanto<br />
no nicho em que o preço é determinante,<br />
como nos casos em que é procurada a<br />
máxima qualidade e performance. Isso sucede<br />
porque muitas oficinas generalistas<br />
estão, igualmente, a apostar na venda de<br />
pneus, sendo obrigadas a equipar-se minimamente.<br />
Os preços podem variar entre<br />
€2.000 e €15.000, o que se justifica, pois<br />
há oficinas que, em volume de trabalho e<br />
sofisticação de veículos, não têm grandes<br />
solicitações. O outro grande argumento<br />
de venda <strong>dos</strong> equipamentos deste tipo é a<br />
qualidade do serviço, tanto em assistência<br />
e peças como em formação.<br />
Seja como for, as máquinas de equilibrar<br />
para o futuro terão de estar preparadas<br />
para jantes de grandes dimensões, até 28”<br />
de diâmetro e 630 mm de largura. Em muitos<br />
casos, as proteções das equilibradoras<br />
atuais já preveem diâmetros até 44”. Os softwares<br />
<strong>dos</strong> processadores, por seu turno, são<br />
capazes de detetar impactos e vibrações na<br />
estrutura da máquina que ocorram durante<br />
as operações de equilíbrio. O lançamento<br />
automático, ao fechar a proteção da roda, já<br />
é comum, tal como os sensores para detetar<br />
as medidas da roda. A paragem automática<br />
é, também, uma função gradualmente mais<br />
comum. Em certos equipamentos, a sofisticação<br />
atinge o requinte de esconder os<br />
pesos nas jantes mais vistosas de raios e semelhantes,<br />
podendo reconhecer, inclusive,<br />
o metal em que é fabricada a jante. Também<br />
é já habitual a função de medir excentricidades<br />
e deformações da jante ou do pneu.<br />
Outras máquinas reproduzem mesmo as<br />
condições de utilização na estrada, exercendo<br />
pressões até cerca de 600 kg, para<br />
deformar o pneu e verificar o equilíbrio da<br />
roda nessas condições.<br />
Os contrapesos ecológicos em zinco revestido<br />
substituíram os que eram fabrica<strong>dos</strong><br />
em chumbo, um metal pesado perigoso<br />
para a saúde humana e para o ambiente.<br />
Apesar de serem mais caros, estes novos<br />
contrapesos são a resposta para o futuro,<br />
embora tal como os pesos de estanho,<br />
ainda que sem os resulta<strong>dos</strong> do zinco.<br />
Factos<br />
w w O equilíbrio das rodas é a primeira operação<br />
a ser realizada após a montagem de<br />
pneus novos e contribui para o correto desempenho<br />
do veículo na estrada.<br />
w w A operação de equilibrar as rodas consiste<br />
em colocar pesos e contrapesos nas zonas<br />
onde a roda se encontra desequilibrada.<br />
w w A simples passagem por um buraco<br />
na estrada pode fazer com que a roda fique<br />
desequilibrada, mesmo que o pneu não seja<br />
afetado.<br />
w w O correto desempenho de um veículo<br />
na estrada depende muito do equilíbrio das<br />
rodas.<br />
w w Rodas mal equilibradas fazem com que<br />
o automóvel vibre a certas velocidades, podendo,<br />
assim, provocar um desgaste prematuro<br />
e irregular <strong>dos</strong> pneus.<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 61
Avaliação obrigatória<br />
Renault Mégane GT<br />
Pump up the jam<br />
É a mais empolgante versão do novo Renault Mégane. Equipada com motor TCe de<br />
205 cv, caixa de dupla embraiagem com sete velocidades, sistema 4Control, suspensão<br />
desportiva e jantes de 18”, este GT faz da estrada a sua pista de dança. Bem ao estilo da<br />
música “Pump Up the Jam”, o maior hit do já extinto projeto belga Technotronic<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Até chegar a musculada variante R.S.,<br />
prevista para o início de 2017, a versão<br />
GT é a mais entusiasmante do novo<br />
Mégane. Equipada com o motor a gasolina<br />
TCe de 205 cv (o mesmo do Clio R.S.), dentro<br />
em breve poderá, também, ser requisitada<br />
com o novo bloco Diesel bi-turbo de 165 cv.<br />
Desenvolvido pela Renault Sport, o Mégane<br />
GT é um desportivo que seduz em to<strong>dos</strong> os<br />
domínios. Desde o design à dinâmica, passando<br />
pela segurança e pela interação, é o<br />
melhor familiar compacto que a marca francesa<br />
jamais concebeu. Se quer saber porquê,<br />
viaje connosco pelas linhas que se seguem.<br />
w OURO SOBRE AZUL<br />
A cor azul assenta-lhe na perfeição. E<br />
enaltece a geração de ouro a que pertence.<br />
Equipado com umas belíssimas jantes de<br />
18”, o Mégane GT demarca-se <strong>dos</strong> demais<br />
pela imponente grelha dianteira, pelo desenho<br />
<strong>dos</strong> grupos óticos, pelas duas saídas<br />
de escape integradas no difusor traseiro e,<br />
acima de tudo, pela inconfundível assinatura<br />
luminosa full-LED com efeito 3D (tecnologia<br />
Pure Vision). Na verdade, não há<br />
nada que pague o facto de sermos brinda-<br />
62 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Visor head up, caixa EDC de sete velocidades,<br />
botão R.S. Drive, sistema Multi-Sense, sistema<br />
4Control, função Launch Control...<br />
<strong>dos</strong> com um sedutor jogo de luzes quando<br />
nos aproximamos da carroçaria sem retirar<br />
o cartão (que mais não é do que a “chave”)<br />
do bolso. Comparativamente à anterior geração,<br />
o novo Mégane é 64 mm mais comprido<br />
e 25 mm mais baixo, ao mesmo tempo<br />
que reclama uma distância entre eixos<br />
28 mm superior e vias mais largas: 47 mm<br />
na frente; 39 mm na traseira. O facto de a<br />
distância entre as rodas dianteiras e as cavas<br />
das mesmas ter sido reduzida, graças<br />
à nova geometria da suspensão e ao novo<br />
ângulo <strong>dos</strong> amortecedores, contribui, também,<br />
para reforçar a postura confiante e<br />
sensual deste Renault. No Mégane GT, não<br />
mudaríamos nada, mas mesmo nada, em<br />
termos estilísticos. Se este não é o modelo<br />
da marca francesa visualmente mais apelativo<br />
da atualidade, anda lá muito perto.<br />
Pedais em alumínio, bancos desportivos,<br />
soleiras das portas cromadas, volante de<br />
três raios com base plana, costuras azuis<br />
nos bancos, nos apoios de braços, no volante,<br />
no travão de mão e no punho e fole do<br />
comando da caixa de velocidades A tudo<br />
isto, juntam-se frisos azuis no tablier e nas<br />
portas, ecrã tátil de 8,7” e patilhas da caixa<br />
EDC situadas atrás do volante. O design<br />
é deveras atrativo, tal como a qualidade<br />
<strong>dos</strong> materiais e o nível de acabamento. Ao<br />
equipamento expressivo (visor head up e<br />
sistema R-Link 2 são dois ex-líbris), há que<br />
somar o posto de condução correto e o<br />
espaço convincente para ocupantes e bagagem.<br />
Como opções, esta unidade dispõe<br />
de pneu sobresselente de pequenas dimensões<br />
(sem custo), pintura metalizada (€430),<br />
pack safety – sistema de travagem de emergência<br />
ativa + alerta de distância de segurança<br />
+ regulador adaptativo de velocidade<br />
(€650) e câmara de marcha-atrás (€350).<br />
w QUATRO RODAS DIRECIONAIS<br />
É, porventura, a característica mais exclusiva<br />
do Mégane GT. Equipado com sistema<br />
de quatro rodas direcionais, designado<br />
4Control, este desportivo torna-se “extremamente<br />
manobrável e extraordinariamente<br />
eficaz”, citando a Renault. Afirmação<br />
com a qual, de resto, concordamos em absoluto.<br />
A baixa velocidade, o sistema 4Control<br />
faz virar as rodas traseiras no sentido<br />
oposto ao das dianteiras. Acima de 80<br />
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Avaliação obrigatória<br />
Renault Mégane GT<br />
Continental ContiSportContact 5<br />
Tempero Black Chilli<br />
w O Renault Mégane GT que a <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> testou vinha equipado<br />
com Continental ContiSportContact 5, de medida 225/40R18 92Y XL. Dotado<br />
de blocos centrais sóli<strong>dos</strong> e assimétricos, recorre a ombros exteriores<br />
flexíveis que, em conjunto com esses blocos centrais rígi<strong>dos</strong>, asseguram<br />
uma adaptação perfeita do pneu à superfície da estrada. O seu principal<br />
ingrediente, o que lhe dá o temperamento picante, é a tecnologia Black<br />
Chilli: composto de borracha especialmente desenvolvido com recurso<br />
a um tipo de carbono negro utilizado na competição, concebido para se<br />
adaptar à rugosidade do piso. O que assegura um processo de aquecimento<br />
rápido e uma elevada estabilidade. Os polímeros do composto estão reforça<strong>dos</strong><br />
com nanopartículas, tornando-os extremamente flexíveis. Além<br />
disso, proporcionam mais pontos de contacto com a estrada, melhorando<br />
a aderência e a estabilidade. Adicionalmente, resinas especiais de aderência<br />
otimizam a ligação ao piso seco e molhado, permitindo obter distâncias<br />
de travagem mais curtas.<br />
MOTOR<br />
Tipo<br />
4 cilindros em linha, transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1618<br />
Diâmetro x curso (mm)<br />
79,7x81,1<br />
Taxa de compressão 9,5:1<br />
Potência máxima (cv/rpm) 205/6000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 280/2400<br />
Distribuição<br />
2 v.e.c., 16 válvulas<br />
Alimentação<br />
injeção direta de gasolina<br />
Sobrealimentação<br />
turbo + intercooler<br />
TRANSMISSÃO<br />
Tração<br />
dianteira com ESC<br />
Caixa de velocidades<br />
aut. dupla embraiagem<br />
de 7+ma (EDC)<br />
DIREÇÃO<br />
Tipo<br />
pinhão e cremalheira<br />
Assistência<br />
sim (elétrica)<br />
Diâmetro de viragem (m) 10,4<br />
TRAVÕES<br />
Dianteiros (ø mm) discos ventila<strong>dos</strong> (320)<br />
Traseiros (ø mm) discos maciços (290)<br />
ABS<br />
sim, com REF+AFU<br />
SUSPENSÕES<br />
Dianteira<br />
McPherson com triâng. inferiores<br />
Traseira<br />
eixo semi-rígido<br />
Barra estabilizadora frente/trás sim/não<br />
PERFORMANCES ANUNCIADAS<br />
Velocidade máxima (km/h) 230<br />
0-100 km/h (s) 7,1<br />
CONSUMOS (l/100 km)<br />
Extra-urbano/Combinado/Urbano 4,9/6,0/7,8<br />
Emissões de CO2 (g/km) 134<br />
Nível de emissões Euro 6<br />
DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES<br />
Comprimento/largura/altura (mm) 4359/1814/1447<br />
Distância entre eixos (mm) 2669<br />
Largura de vias frente/trás (mm) 1591/1586<br />
Capacidade do depósito (l) 50<br />
Capacidade da mala (l) 384 a 1247<br />
Peso (kg) 1392<br />
Relação peso/potência (kg/cv) 6,8<br />
Jantes de série<br />
7 1/2Jx18”<br />
<strong>Pneus</strong> de série 225/40R18<br />
PNEUS DA UNIDADE TESTADA<br />
Continental ContiSportContact 5 225/40R18 92Y XL<br />
Imposto Único de Circulação (IUC) €153,83<br />
Preço (s/ despesas) €31.350<br />
unidade testada €32.780<br />
km/h no modo “Sport” (acima de 60 km/h<br />
nos restantes mo<strong>dos</strong>), as rodas traseiras<br />
viram no mesmo sentido das dianteiras.<br />
Mas há mais: o sistema Multi-Sense permite<br />
optar entre quatro mo<strong>dos</strong> de condução:<br />
“Comfort”, “Neutral” (o que, por defeito, está<br />
ativo sempre que se liga o motor), “Sport”<br />
e “Perso”. O botão “R.S. Drive”, localizado na<br />
base da consola central, dá acesso direto<br />
ao modo “Sport”, que otimiza a resposta<br />
do motor, as relações de caixa, altera a assistência<br />
da direção, melhora a sonoridade<br />
do motor e torna o sistema 4Control mais<br />
reativo. Só vantagens, portanto.<br />
Disponível com sistema start/stop (que<br />
pode ser desativado através de um botão),<br />
o Mégane GT não inclui o modo “Eco” que<br />
o sistema Multi-Sense contempla noutras<br />
versões da gama. Neste Renault, os únicos<br />
“ecos” que se querem ouvir são os da<br />
condução desportiva propriamente dita.<br />
A começar pelo motor a gasolina de 1,6<br />
litros com 205 cv, que traz acoplada caixa<br />
automática de dupla embraiagem com sete<br />
velocidades (designada Efficient Dual Clutch).<br />
Além de aumentar a emotividade e de<br />
contribuir para as ótimas prestações do motor<br />
TCe, a caixa EDC permite utilizar o Multi<br />
Change Down para uma múltipla redução<br />
acelerada, possibilitando, também, a utilização<br />
da função Launch Control para os arranques<br />
“a fundo”, duas tecnologias desenvolvidas<br />
pela Renault Sport. Com todo este<br />
manancial de soluções, é fácil adivinhar o<br />
desempenho dinâmico do Mégane GT: ágil,<br />
reativo, envolve e estável. E, mesmo com<br />
jantes de 18” e suspensão firme, o conforto<br />
situa-se num patamar bastante aceitável.<br />
Agora que o aperitivo foi servido, resta-nos<br />
aguardar pelo prato principal: o Mégane<br />
R.S., que terá cinco portas e uma potência<br />
que deverá rondar os 300 cv.<br />
64 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
Em estrada<br />
Por: Bruno Castanheira<br />
Mercedes-Benz CLA 250 Sport<br />
Contra a corrente<br />
w Num mercado particularmente adepto <strong>dos</strong> motores Diesel, o<br />
CLA Coupé equipado com o bloco a gasolina de 2,0 litros com 218<br />
cv (que ostenta a designação 250), não deixa de ser encarado como<br />
uma opção contra a corrente. Versão 45 AMG 4Matic à parte (381<br />
cv), o CLA 250 que, aqui, surge em apreço, consiste na variante<br />
mais potente da gama. A juntar a estas duas, importa ainda considerar<br />
a versão 200 a gasolina (156 cv). Moral da história: entre<br />
variantes com caixa manual e automática, são nada menos do<br />
que dez as versões disponíveis no CLA Coupé. Destas, cinco são<br />
gasolina e outras cinco são Diesel (motores 180 d, 200 d e 220<br />
d). Mas nada melhor do que testar, a convite da Mercedes-Benz<br />
Portugal, um CLA Coupé a gasolina para perceber que os automóveis<br />
de cariz desportivo ainda têm outro encanto quando são<br />
alimenta<strong>dos</strong> com gasolina. Desde logo, pela sonoridade emitida<br />
pelo motor. Depois, pela ampla faixa de regime que proporcionam.<br />
Duro de rins, reativo e envolvente, o mais pequeno coupé<br />
da marca alemã oferece prestações elevadas. Os consumos estão<br />
longe de ser exemplares, mas também não escandalizam ninguém.<br />
Depois, o facto de estar apetrechado de €6.690 de extras (entre<br />
os quais se destacam a cor<br />
prata “polar” que reveste<br />
a carroçaria, o sistema de<br />
estacionamento ativo e o<br />
Keyless-Go starting), elevam<br />
a agradabilidade e o<br />
apelo deste coupé.<br />
Volvo XC90 D4 Momentum<br />
Pérola negra<br />
w Mesmo não tendo o virtuosismo da versão T8 Twin Engine, a<br />
irreverência da versão T6 e a agradabilidade da versão D5 (todas<br />
elas dotadas de tração integral), o XC90 D4, ainda que conte com<br />
tração “apenas” dianteira e motor Drive-E “só” com 190 cv, não<br />
deixa de ser uma pérola negra. Para mais, estando a imponente<br />
carroçaria, que tem na grelha cromada e nos grupos óticos os<br />
seus principais motivos de interesse, pintada de preto. Para mais,<br />
vincando as jantes de 19” o carácter majestoso deste SUV made<br />
in Sweden. Virando-nos agora para o interior, este Volvo de<br />
grande porte brinda-nos com uma qualidade de construção<br />
irrepreensível, posto de condução ótimo, espaço à descrição<br />
para sete ocupantes e bagagem, segurança máxima e equipamento<br />
expressivo. Ainda que estejamos perante a motorização<br />
de acesso à gama (aqui associada à especificação Momentum),<br />
o XC90 D4, que dispõe de caixa automática de oito velocidades<br />
(Geartronic), é bastante agradável de conduzir. Sem oferecer<br />
propriamente prestações fulgurantes, passa em to<strong>dos</strong> os testes<br />
com distinção. Ainda que, diga-se em abono da verdade, a sua<br />
prestação fora de estrada fique mais limitada, não pela altura da<br />
carroçaria ao solo (238 mm),<br />
nem pelos razoáveis ângulos<br />
de ataque, saída e ventral (23,8,<br />
21,3 e 23,3, respetivamente),<br />
mas pelo facto de dispor de<br />
tração unicamente dianteira.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1991<br />
Potência máxima (cv/rpm) 218/5500<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 350/1200-4000<br />
Velocidade máxima (km/h) 250<br />
0-100 km/h (s) 6,4<br />
Consumo comb. (l/100 km) 6,2<br />
Emissões de CO2 (g/km) 156<br />
Preço €51.100<br />
IUC €220,55<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Bridgestone Potenza S001, 215/40R17 87Y XL<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel transv., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1969<br />
Pot. máx. comb. (cv/rpm) 190/4250<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 205<br />
0-100 km/h (s) 9,2<br />
Consumo comb. (l/100 km) 5,2<br />
Emissões de CO2 (g/km) 136<br />
Preço €67.952<br />
IUC €220,55<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Pirelli Scorpion Verde, 235/55R19 105V<br />
www.revista<strong>dos</strong>pneus.com | 65
Em estrada<br />
BMW 320d Touring Luxury Steptronic<br />
Dinâmica apurada<br />
w A caixa automática de oito velocidades (Steptronic) e o pacote<br />
de equipamento Luxury (no qual se incluem as jantes de 18”<br />
com pneus largos) dão uma ajuda, é certo, mas, na sua essência,<br />
a BMW 320d Touring, agora com 190 cv, é uma carrinha<br />
que prima pelo desempenho dinâmico apurado. Mesmo que<br />
se saia de casa sem pretensões de andar depressa, a verdade é<br />
que a variante mais familiar do Série 3 tem o condão de desafiar<br />
constantemente quem vai ao volante. Ainda que o conforto<br />
não seja propriamente elevado e que a direção, de início, causa<br />
alguma estranheza devido ao seu “peso” excessivo, é tudo uma<br />
questão de hábito. Ou, melhor, de aquecimento de flui<strong>dos</strong>. A<br />
partir daqui, parte-se à descoberta de uma das carrinhas mais<br />
precisas e envolventes que conhecemos. Com prestações muito<br />
boas, a 320d Touring faz-se às curvas com inegável bravura. As<br />
enormes borrachas que a ligam ao solo, a rapidez de atuação da<br />
caixa automática, o controlo de estabilidade e os vários mo<strong>dos</strong> de<br />
condução de que dispõe, proporcionam verdadeiros momento<br />
de prazer. A potência do motor de 2,0 litros é transmitida, claro,<br />
às rodas traseiras, que são mais largas e têm um perfil mais baixo<br />
do que as dianteiras. Mais do<br />
que pelo design e pelo equipamento<br />
proposto de série, esta<br />
carrinha seduz pela qualidade,<br />
pelas prestações e pelo desempenho<br />
dinâmico que oferece.<br />
Jaguar XF 2.0d Prestige Aut.<br />
Pose imperial<br />
w Para além do motor Ingenium de 2,0 litros com 180 cv e do<br />
conteúdo tecnológico otimizado, o novo Jaguar XF, aqui representado<br />
na versão Prestige equipada com caixa automática de<br />
oito velocidades, ganhou uma pose imperial à qual é difícil ficar-<br />
-se indiferente. Os novos grupos óticos, a grelha retocada e as<br />
jantes redesenhadas, conferem apelo a este executivo britânico<br />
e estabelecem ligação perfeita com o modelo mais pequeno da<br />
marca: o XE. Para além do estatuto elevado, o novo XF encanta<br />
também pelo facto de ser um modelo menos visto nas estradas<br />
nacionais, o que, desde logo, assegura maior exclusividade. Este<br />
argumento vale o que vale, mas que é um facto, lá isso é. Se a<br />
elevada estabilidade e a superior motricidade estabelecem o desempenho<br />
dinâmico deste felino num patamar elevado, já o posto<br />
de condução ergonómico permite a quem vai ao volante cumprir<br />
a sua função com total mestria. Depois, o equipamento expressivo<br />
e os inúmeros dispositivos de segurança presentes a bordo estão<br />
lá para demonstrar que a Jaguar sabe bem aquilo que faz. Espaço<br />
para ocupantes e bagagem também não escasseia. E no que toca a<br />
qualidade, o novo XF cumpre to<strong>dos</strong> os requisitos que se impõem<br />
num automóvel de elevado<br />
calibre. Resta acrescentar<br />
que estão disponíveis outras<br />
linhas de equipamento, outros<br />
motores e um sistema<br />
de tração integral.<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1995<br />
Pot. máx. comb. (cv/rpm) 190/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 226<br />
0-100 km/h (s) 7,4<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,1<br />
Emissões de CO2 (g/km) 109<br />
Preço €53.713<br />
IUC €191,62<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Bridgestone Potenza S001 RFT, 225/45R18 91Y (frt.), 255/40R18 95Y (trás)<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Motor<br />
4 cil. linha Diesel, long., diant.<br />
Cilindrada (cc) 1999<br />
Potência máxima (cv/rpm) 180/4000<br />
Binário máximo (Nm/rpm) 430/1750-2500<br />
Velocidade máxima (km/h) 229<br />
0-100 km/h (s) 8,1<br />
Consumo comb. (l/100 km) 4,3<br />
Emissões de CO2 (g/km) 114<br />
Preço €58.071<br />
IUC €191,62<br />
<strong>Pneus</strong> teste: Goodyear Eagle F1 Asymmetric 3, 245/45R18 100Y XL<br />
66 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016
D&M_pagina.pdf 1 08/04/16 11:24<br />
NOVA LINHA<br />
de DESMONTADORAS<br />
C<br />
M<br />
T5320<br />
T5340<br />
Y<br />
CM<br />
MY<br />
CY<br />
CMY<br />
K<br />
expoMECÂNICA<br />
Apresentação da nova linha de desmontadoras<br />
T5345B<br />
V3D lite<br />
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68 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Abril 2016