Setembro/2016 - Referência Industrial 178
Visitantes - Grupo Jota Comunicação
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REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
ponde também pelas variações de densidade observadas<br />
na faixa de 500-800 kg/m³ (quilogramas por metro<br />
cúbico).<br />
DURABILIDADE NATURAL DO BAMBU<br />
Os extrativos contidos no bambu, como resinas,<br />
graxas e taninos não têm toxicidade suficiente para<br />
conferir durabilidade natural contra agentes xilófagos<br />
(fungos e insetos). O elevado teor de amido do bambu<br />
torna-o suscetível ao ataque de fungos manchadores e<br />
brocas (famílias Bostrichidae e Lyctydae).<br />
A durabilidade natural do bambu é muito baixa, dependendo<br />
da espécie envolvida e da classe de uso. Sob<br />
cobertura e fora de contato com o solo, o bambu sem<br />
tratamento pode durar até quatro anos. O bambu deve<br />
ser colhido nas épocas do ano em que há menor teor<br />
de amido.<br />
SECAGEM DO BAMBU<br />
Como regra geral, recomenda-se a utilização de<br />
colmos maduros para diminuir os problemas de fendilhamento<br />
e a ocorrência de colapso. Sua secagem ao ar<br />
processa-se durante dois a três meses e pode ser efetuada<br />
com os colmos na posição vertical (secagem mais<br />
rápida), ou na posição horizontal, usando-se neste caso<br />
espaçadores apropriados entre as camadas.<br />
Devido à suscetibilidade a fungos e a insetos, haverá<br />
a necessidade de um tratamento provisório, com<br />
uma mistura de produtos de ação profilática, até que<br />
seja feito o tratamento definitivo.<br />
TRATAMENTO DO BAMBU<br />
Tomando como base as premissas anteriores sobre<br />
a baixa durabilidade natural do bambu frente aos agentes<br />
xilófagos, juntamente com a baixa permeabilidade<br />
aos agentes xilófagos, seu tratamento só é possível por<br />
difusão, no caso de colmos verdes, ou por pressão em<br />
se tratando de colmos abaixo do ponto de saturação<br />
das fibras (H= 20-22%).<br />
Pelo fato de o Brasil possuir um parque industrial<br />
com mais de 400 unidades, com capacidade ociosa, é<br />
que se pode afirmar que os processos sob pressão, além<br />
de serem confiáveis do ponto de vista ambiental, estão<br />
aptos à produção de um produto final mais uniforme<br />
e passível de ter a sua qualidade controlada. Há, por<br />
exemplo, no município paulista de Cunha, uma usina<br />
que tem tratado quantidades apreciáveis de bambu,<br />
para várias aplicações, sobretudo para fins artesanais.<br />
Entretanto, deve ser lembrado sempre que o bambu<br />
tem diferenças em relação à madeira, de forma que<br />
seus colmos (roliços) são sujeitos ao colapso. Na forma<br />
de taliscas, o bambu não apresenta esse tipo de problema.<br />
Alguns autores recomendam que antes do tratamento<br />
de bambus roliços sejam feitos furos de 10mm<br />
entre os septos dos colmos e em lados opostos. Essa<br />
técnica equilibra a pressão dos dois lados do bambu,<br />
evitando a possível ocorrência de colapso das peças,<br />
além de melhorar a uniformidade da penetração.<br />
Outra forma de minimizar a ocorrência de colapso<br />
é baixar a pressão de trabalho dos usuais 12,0 kgf/<br />
cm² para algo em torno de 7,0kgf/cm², por um período<br />
de uma a duas horas. Para compensar a diminuição da<br />
pressão, trabalha-se com concentrações mais elevadas<br />
de preservativo (5-6% m/m).<br />
Quanto aos preservativos recomendados, há unani-<br />
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