12.01.2017 Views

Setembro/2016 - Referência Industrial 178

Visitantes - Grupo Jota Comunicação

Visitantes - Grupo Jota Comunicação

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />

QUÍMICA NA MADEIRA<br />

ponde também pelas variações de densidade observadas<br />

na faixa de 500-800 kg/m³ (quilogramas por metro<br />

cúbico).<br />

DURABILIDADE NATURAL DO BAMBU<br />

Os extrativos contidos no bambu, como resinas,<br />

graxas e taninos não têm toxicidade suficiente para<br />

conferir durabilidade natural contra agentes xilófagos<br />

(fungos e insetos). O elevado teor de amido do bambu<br />

torna-o suscetível ao ataque de fungos manchadores e<br />

brocas (famílias Bostrichidae e Lyctydae).<br />

A durabilidade natural do bambu é muito baixa, dependendo<br />

da espécie envolvida e da classe de uso. Sob<br />

cobertura e fora de contato com o solo, o bambu sem<br />

tratamento pode durar até quatro anos. O bambu deve<br />

ser colhido nas épocas do ano em que há menor teor<br />

de amido.<br />

SECAGEM DO BAMBU<br />

Como regra geral, recomenda-se a utilização de<br />

colmos maduros para diminuir os problemas de fendilhamento<br />

e a ocorrência de colapso. Sua secagem ao ar<br />

processa-se durante dois a três meses e pode ser efetuada<br />

com os colmos na posição vertical (secagem mais<br />

rápida), ou na posição horizontal, usando-se neste caso<br />

espaçadores apropriados entre as camadas.<br />

Devido à suscetibilidade a fungos e a insetos, haverá<br />

a necessidade de um tratamento provisório, com<br />

uma mistura de produtos de ação profilática, até que<br />

seja feito o tratamento definitivo.<br />

TRATAMENTO DO BAMBU<br />

Tomando como base as premissas anteriores sobre<br />

a baixa durabilidade natural do bambu frente aos agentes<br />

xilófagos, juntamente com a baixa permeabilidade<br />

aos agentes xilófagos, seu tratamento só é possível por<br />

difusão, no caso de colmos verdes, ou por pressão em<br />

se tratando de colmos abaixo do ponto de saturação<br />

das fibras (H= 20-22%).<br />

Pelo fato de o Brasil possuir um parque industrial<br />

com mais de 400 unidades, com capacidade ociosa, é<br />

que se pode afirmar que os processos sob pressão, além<br />

de serem confiáveis do ponto de vista ambiental, estão<br />

aptos à produção de um produto final mais uniforme<br />

e passível de ter a sua qualidade controlada. Há, por<br />

exemplo, no município paulista de Cunha, uma usina<br />

que tem tratado quantidades apreciáveis de bambu,<br />

para várias aplicações, sobretudo para fins artesanais.<br />

Entretanto, deve ser lembrado sempre que o bambu<br />

tem diferenças em relação à madeira, de forma que<br />

seus colmos (roliços) são sujeitos ao colapso. Na forma<br />

de taliscas, o bambu não apresenta esse tipo de problema.<br />

Alguns autores recomendam que antes do tratamento<br />

de bambus roliços sejam feitos furos de 10mm<br />

entre os septos dos colmos e em lados opostos. Essa<br />

técnica equilibra a pressão dos dois lados do bambu,<br />

evitando a possível ocorrência de colapso das peças,<br />

além de melhorar a uniformidade da penetração.<br />

Outra forma de minimizar a ocorrência de colapso<br />

é baixar a pressão de trabalho dos usuais 12,0 kgf/<br />

cm² para algo em torno de 7,0kgf/cm², por um período<br />

de uma a duas horas. Para compensar a diminuição da<br />

pressão, trabalha-se com concentrações mais elevadas<br />

de preservativo (5-6% m/m).<br />

Quanto aos preservativos recomendados, há unani-<br />

56 |<br />

www.referenciaindustrial.com.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!