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Fevereiro/2017 - Revista VOi 138

Grupo Jota Comunicação

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• ENTREVISTA<br />

e cheguei aqui com essa mentalidade. Meu técnico me<br />

cobrava demais, porque aqui tinha que fazer tudo. Aqui<br />

o vôlei é muito mais completo. Musculação era todo dia.<br />

Tudo mudou, mas para o bem.<br />

Chegou a receber proposta para se naturalizar?<br />

Recebi em 1999 mesmo, hoje me arrependo. Na época<br />

achei que era a decisão certa, pois era há 15 anos capitã<br />

da seleção romena. Não queria abandonar meu país. Mas<br />

hoje tenho dois filhos e moro aqui. Se tivesse aceitado a<br />

história teria sido diferente.<br />

Já se sente brasileira? Por que escolheu Curitiba?<br />

Sinto. Estou de vez aqui desde 2009. Curitiba é a cidade<br />

que mais se aproxima com a realidade da Europa. Clima,<br />

organização, limpeza, pessoas, segurança. É mais tranquila<br />

que Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.<br />

Identifiquei-me bastante com o estilo daqui.<br />

Qual seu local favorito?<br />

O parque Barigui. As crianças adoram. Vamos bastante.<br />

Em que ano deixou de jogar? Ficou triste?<br />

Em 2006. Quando me mudei para o Brasil já tinha deixado.<br />

Tive um problema no coração, fiz cirurgia, me tratei.<br />

Depois disso decidi ter mais um filho e me dedicar a eles.<br />

Tem a sensação de dever cumprido?<br />

A única coisa que nunca joguei foi Olimpíada, sempre tive<br />

essa frustração. Não consegui ir pela estrutura da seleção<br />

romena. O último Campeonato Mundial que joguei pela<br />

Romênia, o ministro do Esporte me chamou para assumir<br />

a Federação Romena de Vôlei, mas na época não era meu<br />

interesse.<br />

Mas hoje você é embaixadora do vôlei romeno. Como está<br />

o trabalho? Tem conseguido desenvolver?<br />

Estamos indo aos poucos. Estou propondo bastante coisas,<br />

mas o dinheiro é escasso. Estamos atrás de patrocinadores,<br />

como campeonato está melhor. Os romenos ficaram muito<br />

felizes, por isso aceitei. Assim posso fazer algo pelo vôlei<br />

do meu país.<br />

Sua filha, Nicoll, começou a jogar vôlei também?<br />

mind. The coach wanted a lot from me because I had to do<br />

everything. Here, volleyball is much more complete. Workouts<br />

every day, everything changed, but for the good.<br />

You received a proposal to become naturalized?<br />

Yes I did, in 1999, and today, I am sorry I didn’t take it up.<br />

At the time, I thought I had made the right decision, because<br />

for 15 years, I had been Captain of the Romanian National<br />

Team. I didn’t want to leave my Country’s Team. But today,<br />

I have two children and live here. If I had accepted, the story<br />

would have been different.<br />

Do you already feel that you are Brazilian? Why did you<br />

choose Curitiba?<br />

Yes, I already feel Brazilian. I have lived here since 2009. Curitiba<br />

is a city close to European reality. Climate, organization,<br />

cleanliness, people, safety. It’s quieter than Rio de Janeiro,<br />

São Paulo and Belo Horizonte. I identified with the style here.<br />

What is your favorite spot?<br />

Barigui Park. The children love it. We go there a lot.<br />

In what year did you stop playing? Were you sad to stop?<br />

In 2006. When I moved to Brazil, I had already stopped<br />

playing. I had a heart problem, I had undergone surgery, and<br />

began to take care of myself. After that, I decided to have<br />

another child and devote myself to them.<br />

Do you have a feeling of accomplishment?<br />

My only regret is never having played in the Olympics, I’ve<br />

always had this frustration. I wasn’t able to do this using the<br />

structure in Romania. The last World Championship I played<br />

was for Romania, the Sports Minister then asked me to take<br />

over the Romanian Federation of Volleyball, but at the time<br />

I wasn’t interested.<br />

But today, you are the Romanian Ambassador for Volleyball.<br />

How is this working out? Has it managed to become more<br />

developed?<br />

We are moving ahead slowly. I proposed a lot of things, but<br />

money is scarce. We are looking for sponsors, as the League<br />

is becoming much better. The Romanians wanted me to<br />

take on the job, so I accepted. So I can do something for my<br />

Country’s volleyball.<br />

A minha mãe me diz que desde muito pequena, tanto que nem<br />

me lembro, eu sonhava em sair do país. Isso na época era tipo<br />

querer voar para Lua. Ninguém podia sair da Romênia<br />

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