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Veja o vídeo da entrevista em<br />

http://tv.up.pt/videos/6_hcpvwz<br />

Centro de competências da Veniam<br />

no <strong>UP</strong>TEC.<br />

para desbloquear o apoio QREN aprovado em 2012.<br />

A situação, ao nível financeiro, melhorou substancialmente<br />

com a entrada no projeto de dois empreendedores<br />

norte-americanos, Roy Russell e Robin Chase (fundadora<br />

e ex-CEO da Zipcar, a maior empresa de carsharing do<br />

mundo), que João Barros e Susana Sargento conheceram<br />

durante uma apresentação no MIT. Para além do<br />

know-how que aportaram à Veniam, Roy Russell e Robin<br />

Chase possibilitaram o contacto com uma série de investidores<br />

internacionais de capital de risco.<br />

O processo de financiamento da Veniam conheceu vários<br />

momentos. Na fase seed, em 2013, a empresa captou<br />

quase meio milhão de dólares (455 mil euros) junto de<br />

investidores privados. Em 2014, a Veniam fechou uma<br />

ronda de investimento série A de 4,9 milhões de dólares<br />

(3,9 milhões de euros), na qual participaram capitais de<br />

risco de topo como a True Ventures e a Union Square<br />

Ventures. Já em 2016, a startup fundada por João Barros<br />

e Susana Sargento captou quase 25 milhões dólares (24<br />

milhões de euros) numa ronda de investimento liderada<br />

pela capital de risco norte-americana Verizon Ventures,<br />

à qual se juntaram a Cisco Investments, a Orange Digital<br />

Ventures e a Yamaha Motor Ventures.<br />

I&D MANTEM-SE NO PORTO<br />

O primeiro cliente da empresa foi a administração do Porto<br />

de Leixões. Nesta infraestrutura, a Veniam ligou em rede<br />

os veículos de transporte e criou pontos de acesso wi-fi (interconexão<br />

entre os dispositivos móveis) para transmissão<br />

de dados da atividade portuária em tempo real.<br />

Mais tarde, a Veniam participou no acelerador do Programa<br />

MIT Portugal (Building Global Innovators), o que<br />

ajudou a empresa a posicionar-se no mercado e a ir ao<br />

encontro de potenciais clientes, desde operadoras de te-<br />

lecomunicações até fabricantes de equipamentos. “Este<br />

contacto com os clientes foi muito motivador, em particular<br />

para mim que vinha da I&D de cariz matemático<br />

e científico. Foi um contacto direto com os utilizadores<br />

finais, que nos permitiu aprender como se transformam<br />

teoremas matemáticos em algoritmos, em protótipos, em<br />

sistemas, em redes e finalmente em produtos e negócios”,<br />

sublinha João Barros.<br />

De referir que a Veniam tem dois mercados prioritários:<br />

o das cidades inteligentes e o dos chamados espaços<br />

controlados (infraestruturas portuárias e aeroportuárias,<br />

unidades industriais, estaleiros, etc.), onde se podem criar<br />

conectividades entre os diferentes veículos, equipamentos<br />

e funções.<br />

Hoje, a Veniam desenvolve os seus principais projetos e<br />

negócios com os seus investidores estratégicos: a Verizon<br />

(maior operador de telecomunicações dos EUA), a Orange<br />

(maior operador de telecomunicações francês), a Cisco<br />

Systems (multinacional de TIC), a Yamaha Motors e a Liberty<br />

Global (maior operador de cabo do mundo). Além disso,<br />

a empresa criou uma rede veicular em Singapura, onde<br />

tem um escritório, e outra em Manhattan, Nova Iorque. Há<br />

ainda a perspetiva de expandir os serviços da Veniam para<br />

outras grandes cidades, como Londres e Barcelona.<br />

De resto, a Veniam nasceu com uma orientação eminentemente<br />

global. Após a bem-sucedida instalação da<br />

rede veicular no Porto, a empresa abriu um escritório<br />

em Boston, nos EUA, e, depois de fechar uma ronda de<br />

investimento, mudou-se para Mountain View, na Califórnia,<br />

onde trabalha a equipa responsável pela gestão de<br />

produto, finanças, marketing e vendas. No <strong>UP</strong>TEC, está<br />

o centro de desenvolvimento tecnológico. A Veniam tem<br />

também uma subsidiária em Singapura, responsável não<br />

apenas pelas vendas mas também pelo desenvolvimento<br />

operacional para o mercado asiático.<br />

A deslocalização foi fundamental “para promover o crescimento<br />

da empresa e para estar mais próximo de clientes<br />

e investidores”, explica João Barros. Mas as atividades<br />

de I&D são para manter na Invicta, já não no <strong>UP</strong>TEC mas<br />

no Palácio dos Correios, onde estão a ser instaladas as<br />

empresas envolvidas na estratégia ScaleUp Porto, uma<br />

iniciativa da autarquia que tem como parceiro de referência<br />

a U.Porto.<br />

“Os nossos investidores estão impressionadíssimos com<br />

a qualidade dos engenheiros da Veniam em Portugal, e<br />

isso para eles é o mais importante. Hoje em dia, em Silicon<br />

Valley, é extremamente difícil conseguir uma massa<br />

crítica de engenheiros, em particular na área das redes. O<br />

facto de nós termos conseguido desenvolver essa massa<br />

crítica, desde logo porque temos 10 doutorados na empresa<br />

a criar inovação, é uma mais-valia para todos e um<br />

valor em si”, garante o CEO da Veniam, justificando assim<br />

a permanência da I&D no Porto.<br />

No Porto, a Veniam tem uma equipa de 36 pessoas (45<br />

no total da empresa, mas com perspetivas de crescimento),<br />

etariamente muito heterogénea (dos 22 aos 60<br />

anos), com cerca de 30% de mulheres e oito nacionalidades<br />

diferentes. Esta massa crítica maioritariamente constituída<br />

por engenheiros é responsável pela propriedade<br />

intelectual da Veniam, “que é um valor em si, independentemente<br />

do sucesso comercial da empresa”, ressalva<br />

João Barros.<br />

Atualmente, a Veniam é coproprietária de cinco patentes<br />

juntamente com a U.Porto, a Universidade de Aveiro e o<br />

Instituto de Telecomunicações. Além destas, já submeteu<br />

cerca de 40 patentes com propriedade intelectual. “Estamos<br />

a produzir conhecimento, invenções e patentes à<br />

razão de uma a duas por mês”, assegura João Barros, que<br />

não esquece o apoio da <strong>UP</strong>IN – U.Porto Inovação no registo<br />

das patentes da Veniam.<br />

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