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ROTEIRO DA PRIMEIRA VIAGEM DE<br />
VASCO DA GAMA À ÍNDIA, 1497-1499<br />
Edição de Luís Fernando de Sá Fardilha<br />
e Maria de Lurdes Correia Fernandes<br />
Col. Letras Portuguesas, n.º 0, publicação conjunta<br />
da Câmara Municipal do Porto, U.Porto Edições e<br />
Fund. Eng.º António de Almeida, Porto, 2016. (173<br />
pp. + fac-simile)<br />
SEIS BREVES APONTAMENTOS DE<br />
COSMOLOGIA CONTEMPORÂNEA<br />
Orfeu Bertolami e Jorge Páramos<br />
U.Porto Edições, Série Para Saber, n.º 45, Porto,<br />
2016. (142 pp.)<br />
ARTIFICIAL AESTHETICS<br />
CREATIVE PRACTICES IN<br />
COMPUTATIONAL ART AND DESIGN,<br />
Miguel Carvalhais<br />
U.Porto Edições, Série Para Saber, n.º 49, Porto,<br />
2016. (307 pp.).<br />
Seguia na nau de Paulo da Gama o incerto autor que<br />
registou os principais momentos da viagem que põe<br />
definitivamente em contacto comercial e civilizacional,<br />
por via marítima e regular, o Ocidente moderno e o<br />
Oriente. Outras narrativas em primeira mão terão existido,<br />
mas só esta chegou aos nossos dias. O texto agora<br />
criteriosamente reeditado baseia-se na única cópia<br />
manuscrita sobrevivente, possivelmente realizada nos<br />
meados do séc. XVI, e que, da biblioteca de Santa Cruz<br />
de Coimbra, transitará pela mão de Alexandre Herculano<br />
para a Biblioteca Municipal do Porto, servindo de fonte<br />
para todas as edições posteriores. Neste caso, estamos<br />
perante uma publicação que alia o rigor académico da<br />
transcrição ao desígnio de a tornar acessível a um público<br />
alargado, atualizando a grafia sem retirar totalmente a<br />
“patine” ao texto. No mesmo livro, encontramos três versões<br />
do “Roteiro”: portuguesa, inglesa e fac-similada.<br />
A versão inglesa é de expressão contemporânea e o<br />
fac-simile poderá servir tanto a estudantes ou amantes<br />
de paleografia como a quem, embalado por um<br />
relato que terá também inspirado Luís de Camões,<br />
deseje folhear um “beau livre”. De realçar o breve estudo<br />
introdutório, cuja clareza informativa nos introduz<br />
convenientemente ao “Roteiro”, e a conveniência das<br />
notas de margem, que estruturam o relato cronológica<br />
e geograficamente.<br />
Apresentado como sendo “uma breve síntese de aulas<br />
de cosmologia” lecionadas por Orfeu Bertolami, a que<br />
se adicionaram tópicos dos dois autores sobre matéria<br />
escura, energia escura e teorias alternativas da gravidade,<br />
na realidade estes “Seis Breves Apontamentos…”<br />
oferecem uma panorâmica sobre os dados observacionais<br />
e as teorias que fundamentam as nossas visões<br />
atuais sobre a origem, evolução e estrutura do Universo,<br />
passando em revisão as limitações e problemas inerentes<br />
aos diferentes modelos explicativos e expondo as<br />
muitas questões que se mantêm em aberto. Como se<br />
afirma na introdução, “no início do século XXI, somos<br />
confrontados com uma visão do Universo na qual cerca<br />
de 95% do seu conteúdo energético nos é desconhecido.<br />
Acredita-se que só através da integração do<br />
conhecimento advindo da cosmologia e da física das<br />
partículas elementares é que estes mistérios poderão<br />
ser desvendados”.<br />
Sendo certo que esta obra se destina primordialmente<br />
a ser utilizada como obra de referência no âmbito de<br />
estudos universitários, poderá atrair interessados por<br />
questões de cosmologia que dominem solidamente os<br />
conceitos de física a ela associados e a linguagem matemática<br />
que os exprime.<br />
Desenvolvido a partir da tese de doutoramento de Miguel<br />
Carvalhais, “Artificial Aesthetics…” é uma análise<br />
profunda e informada da forma como “os utensílios e os<br />
média computacionais (…) transformam alguns dos aspetos<br />
mais fundamentais da arte e do design, levandonos<br />
a questionar a sua essência e o nosso papel como<br />
participantes humanos” (da introdução).<br />
A primeira parte da obra conduz-nos através dos conceitos<br />
e da nomenclatura associados aos processos<br />
computacionais, abordando as questões da inteligência<br />
e da criatividade artificiais e desembocando no conceito<br />
central de estética artificial, relacionando-a com a perceção<br />
humana dos processos e dos resultados dos sistemas<br />
e, daí, passando para a análise das características<br />
da colaboração homem-máquina.<br />
A segunda parte de “Artificial Aesthetics…” dedica-se<br />
inicialmente às “práticas processuais” em contexto<br />
artístico, historiando a utilização de mecanismos algorítmicos<br />
e combinatórios em práticas musicais, literárias<br />
e plásticas, antes de descrever os diferentes processos<br />
e sistemas envolvidos na produção (computacional)<br />
artística contemporânea, propondo finalmente, para<br />
estes, um modelo analítico que repousa na sua natureza<br />
conceptual.<br />
55 livros Textos Paulo Gusmão Guedes<br />
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