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(Rosemary Beach

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WOODS<br />

Minha mãe ligou e disse que o meu pai queria se encontrar comigo. Como já estava pronto para<br />

esse confronto, fui vê-lo. Só que ele não estava em casa. Minha mãe disse para eu me sentar e me<br />

preparou um café da manhã enquanto esperávamos por ele. Depois de duas horas ouvindo as<br />

preocupações da minha mãe quanto a meu futuro e sobre os desejos do meu avô, eu me levantei.<br />

Não ia ficar mais. Della iria se liberar do segundo turno em breve e eu precisava estar lá quando isso<br />

acontecesse. Não tinha mais tempo a perder.<br />

Meu celular vibrou pela quinta vez seguida. Olhei e vi o número de Blaire na tela. Não falava<br />

com ela desde que deixara <strong>Rosemary</strong> com o noivo e agora não era um bom momento. Tinha outras<br />

merdas para resolver. Ligaria para ela mais tarde. Desliguei o telefone e o enfiei de volta no bolso.<br />

– Ele vai levar só mais alguns minutos, querido. Dê um tempo a ele. Ele é um homem ocupado –<br />

disse a minha mãe, no momento em que ouvi uma das duas portas pesadas da frente se abrir e o<br />

barulho dos sapatos sociais do meu pai no piso de mármore.<br />

– Ele chegou – disse ela, alegremente.<br />

O alívio no seu rosto era evidente. Ela estava ficando cansada de me entreter. O sentimento era<br />

mútuo.<br />

– Desculpe o atraso. Tive que resolver um problema. Questões que você deixou passar com a<br />

equipe. Mas já tratei do assunto. Precisamos discutir o seu futuro e decidir o que exatamente você<br />

quer fazer da vida. Entendo que não envolva a Angelina. Estou pronto para aceitar isso. Mas nós<br />

precisamos conversar.<br />

Eu não sabia ao certo se confiava na sua aceitação tranquila da minha recusa em me casar com<br />

Angelina. Ele vinha empurrando esse casamento goela abaixo desde os meus 10 anos. Olhei para a<br />

minha mãe, que estava me dando um sorriso falso enquanto contorcia as mãos nervosamente no<br />

colo. Alguma coisa estava acontecendo. Eles deviam ter outra noiva de reserva. Esse era o único<br />

motivo pelo qual ele nem sequer teria considerado outra coisa.<br />

– Podemos falar de negócios no meu escritório e deixar a sua mãe relaxar e aproveitar o resto<br />

do dia?<br />

Segui meu pai pelo corredor a caminho do escritório. Eu tinha exatamente trinta minutos antes<br />

de Della sair do trabalho. Podia dar vinte minutos a ele e cairia fora. Ele precisava falar rápido.<br />

– Charuto? – perguntou ao parar diante do umidor que a mamãe lhe deu de presente de<br />

casamento.<br />

Desde então, ele construíra uma sala para a sua grande coleção de charutos, mas mantinha<br />

alguns ali por conveniência.<br />

– Não – respondi e fiquei parado ao lado da janela em vez de me sentar diante dele, como se

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