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(Rosemary Beach

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seria melhor bater. Eu não estava mais sozinha ali.<br />

Bati e esperei.<br />

Tripp abriu a porta quase que imediatamente e o sorriso amigável dele se transformou em um<br />

cenho franzido.<br />

– Você tem a chave. Por que bateu à porta? – perguntou, dando um passo para trás e abrindo<br />

espaço para eu entrar.<br />

– Bom, você está em casa agora. Achei estranho entrar no seu apartamento sem bater –<br />

respondi.<br />

A situação era constrangedora. Eu precisava ir embora.<br />

– O fato de eu vir fazer uma visita não muda nada. Você tem uma chave, as suas coisas estão<br />

aqui, você pode entrar e sair quando quiser. Não deixe a minha presença incomodar você.<br />

Então ele queria que eu ficasse? Eu não estava esperando por isso. Não mesmo.<br />

– Eu estava pensando em arrumar as malas e pegar a estrada. Já consegui juntar dinheiro<br />

suficiente para ir além de Dallas desta vez.<br />

Tripp franziu o cenho enquanto me examinava.<br />

– Você vai embora porque eu estou aqui?<br />

Sim.<br />

– Não – respondi.<br />

– Por que eu não acredito em você?<br />

Porque eu estava mentindo. Encolhi os ombros.<br />

Tripp soltou um suspiro e fechou a porta.<br />

– Qual é, olhos azuis. Nós dois precisamos conversar e eu quero fazer isso bebendo uma cerveja<br />

e olhando para o golfo.<br />

Fui atrás dele até a cozinha. Ele pegou duas cervejas na geladeira, então se virou e atirou uma<br />

para mim. Por sorte, eu a agarrei. Tripp acenou com a cabeça para as portas francesas que davam<br />

para a varanda de frente para a água. Fui a primeira a sair.<br />

– Sente-se – disse ele, chegando por trás de mim. O calor do corpo dele era impressionante e eu<br />

rapidamente sentei em uma das cadeiras dispostas ao redor da mesa.<br />

Tripp sorriu como se pudesse ler a minha mente e sentou na chaise-longue, estendendo as<br />

pernas e se recostando.<br />

– Meu Deus, como senti falta daqui. Não das pessoas, mas do lugar.<br />

Que estranho. Todo mundo que eu conheci sentia falta de Tripp. Ele estava se referindo apenas<br />

aos pais ou realmente não sentia falta de ninguém?<br />

– Você está curtindo morar aqui? – perguntou ele, virando-se para mim.<br />

– Sim. É um lugar legal – respondi sinceramente.<br />

Ele sorriu.<br />

– É, sim.<br />

– Então por que você estava em Dallas? – perguntei.<br />

As pessoas me disseram por que Tripp havia ido embora, mas eu não sabia da história toda.<br />

– Meus pais queriam que eu fosse alguém que eu não era. Eu queria liberdade. Então fui

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