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escutar.<br />
– O emprego vale tudo isso? – perguntou Jace.<br />
Eu sabia que ele estava pensando que eu era um fraco filho da puta. Eu não era forte o bastante<br />
para me libertar.<br />
– Eu não sou o Tripp. Não posso simplesmente abandonar tudo. Ao contrário dele, eu quero<br />
esta vida. Eu quero aquele emprego. É meu, caramba.<br />
Jace assentiu e estendeu a mão para pegar o uísque que haviam acabado de me servir.<br />
– Eu disse que ia fazer você parar. Vamos sair daqui por uns minutos. O ar frio da noite vai<br />
deixá-lo sóbrio o suficiente para conseguir falar com os convidados e realmente agir como se<br />
quisesse esse emprego pelo qual está disposto a abrir mão do controle sobre a sua vida.<br />
Comecei a segui-lo. Sair dali parecia uma ótima ideia.<br />
– Onde está a Bethy? – perguntei, olhando ao redor.<br />
– Ela está com a Della na cozinha, trabalhando. Ela não queria vir esta noite e perguntou se eu<br />
me importaria se fosse trabalhar.<br />
Della estava na cozinha? Fiz uma pausa do lado de fora do salão de baile e olhei pelo corredor<br />
em direção à porta que levava até a cozinha. Della estava lá. Eu precisava me desculpar. Explicar.<br />
Alguma coisa.<br />
– Eu preciso ir atrás de Della. Ela precisa entender.<br />
Jace apertou o meu ombro.<br />
– Não, cara. É uma péssima ideia. Você está noivo e Della é sua funcionária. Trace um limite e<br />
fique atrás dele.<br />
– Eu já tracei o maldito limite quando coloquei aquele anel no dedo de Angelina. Eu só quero<br />
explicar a ela.<br />
Eu trepei com ela e, logo depois, disse que ia ficar noivo. Não conseguia me esquecer da<br />
expressão em seu rosto. E isso estava acabando comigo.<br />
– Você acha que vai adiantar de alguma coisa? O que você vai conseguir? Deixa a garota em<br />
paz!<br />
Ele não compreendia. Balancei a cabeça e segui para a cozinha.<br />
– Eu acho que o Tripp gosta da Della e ela vai ser o motivo para ele voltar para casa. Ele nunca<br />
deixou ninguém morar no apartamento dele antes. Ela é diferente.<br />
Parei. Estava com o peito doendo e o meu estômago não parava de se retorcer. Tripp gostava de<br />
Della? Ele era livre para viajar pelo mundo. Ele não tinha responsabilidades ou objetivos na vida. E<br />
só queria viver. Exatamente como Della.<br />
Eu me apoiei na parede e olhei fixamente para as portas da cozinha. De que ia adiantar eu<br />
explicar essa bobagem? De nada. Nada iria mudar. Eu não era o homem que ela estava procurando.<br />
Nós queríamos coisas diferentes e sexo incrível não durava para sempre.<br />
As portas da cozinha se abriram e a minha coordenadora de eventos, Macy Kemp, se aproximou<br />
com a mão presa firmemente no pulso de Della, puxando-a enquanto se aproximava de mim. Abri a<br />
boca para dizer algo, mas Macy já estava falando.<br />
– O vocalista é alérgico a frutos do mar. Ninguém me disse isso, Woods. Ninguém. Eu o teria