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(Rosemary Beach

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traseira da caminhonete soltando fogos pelos olhos.<br />

– Sério, Woods? Você não consegue se comportar durante um maldito almoço? Qual é o seu<br />

problema? Você me acha tão abominável que não consegue ser civilizado comigo nem na frente dos<br />

seus pais?<br />

A voz aguda e estridente dela atravessou o estacionamento. Aquilo não era da minha conta, e<br />

eu precisava entrar no meu carro e ir embora. Mas não consegui. Meus olhos se prenderam aos de<br />

Woods quando ele saiu da caminhonete. Parecia irritado.<br />

– Você conseguiu o que queria. Você e nossos pais venceram. Eu me rendi e concordei com<br />

tudo. Mas eu não quero nada disso. Nunca vou querer. – A voz entediada de Woods estava quase<br />

baixa demais para eu conseguir ouvir. Se não estivesse tão focada nele, talvez não tivesse escutado a<br />

resposta.<br />

– É mesmo? Bom, então você não precisa ter nada disso. Porque por mais que eu queira que essa<br />

coisa entre nós funcione e um marido adequado para a família Greystone, não quero viver com um<br />

homem que me odeia. Posso conseguir coisa melhor do que isso. Sou um ótimo partido, Woods<br />

Kerrington. Não preciso de você!<br />

Senti pena dela. Ela tinha razão. Nenhuma mulher merecia isso. A expressão indiferente nos<br />

olhos dele parecia no mínimo irritada.<br />

– Tem razão. Sinto muito. Eu só estava com muita coisa na cabeça hoje. Eu não devia ter agido<br />

daquela forma no almoço. Meu pai consegue me afetar de um jeito que mais ninguém consegue. O<br />

que eu disse e a forma como agi não foram por sua causa, mas por causa dele.<br />

Senti uma dor no coração. A tristeza passou apenas de relance pelos olhos dele, mas eu<br />

consegui ver. Queria abraçá-lo e fazer aquela tristeza ir embora. Mas não podia. Eu não tinha esse<br />

direito.<br />

Uma mão com unhas meticulosamente bem-feitas acariciou o seu braço. A raiva que a fizera<br />

tremer poucos segundos antes havia desaparecido. Os ombros dela estavam relaxados e ela inclinava<br />

o corpo na direção dele. Sua voz não estava mais alta o bastante para ser ouvida do outro lado do<br />

estacionamento, de maneira que não escutei o que ela disse. Só vi a aceitação no rosto de Woods<br />

quando ele assentiu. Ela enroscou o braço no dele e os dois entraram juntos na sede do clube.<br />

Abri a porta do carro e fiz um grande esforço para não pensar no que os dois provavelmente<br />

deviam fazer a sós. Não conseguia pensar nisso e continuar calma. Minha atração por Woods era<br />

uma porta que eu precisava fechar. Ele era apenas um amigo. O gosto amargo que sentia na boca ao<br />

sair do clube e seguir na direção do apartamento de Tripp só aumentava. Eu conhecia a sensação de<br />

ser tocada por Woods.<br />

Uma conhecida Harley-Davidson estava estacionada na vaga ao lado da minha. Tripp estava de<br />

volta. Eu precisava decidir o que ia fazer e rápido. Talvez fosse a hora de partir.<br />

Estava prestes a abrir a porta do apartamento com a chave quando decidi que provavelmente

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