ANAIS - II Semana de História

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Assim é importante ressaltar que debater sobre o ensino de História é compreender
sua contribuição na vida social do individuo levando em consideração suas características
próprias, onde o ambiente escolar é um pequeno espaço da sociedade que envolve uma
diversidade bastante complexa de pensamentos, costumes e idéias diversos, porém a escola
também deve respeitar e valorizar a singularidade de cada ser humano, pois são essas
diferenças que formam nossa sociedade com os mais diversos valores sociais. Reconhecemos
que a sala de aula é o local primordial de atuação do professor, onde existe relação entre
interlocutores, construtores de sentidos e significados. Essa dimensão, além de ser convidativa
para a reflexão, desafia os profissionais do ensino a assumirem posturas ousadas, criativas,
compromissadas com transformações no seio escolar. Compreendemos também que estudar a
história nos remete um estudo da nossa própria realidade social, uma vez que a história não se
refere somente ao passado, pois toda ação humana tem um valor histórico que pode e deve ser
conhecido, valorizando e transmitindo as futuras gerações. Winch ainda afirma:
A história, para ser interessante ao aluno, implica em “atender” a muitas
ansiedades, aspirações e responder questionamentos de crianças e jovens
sobre acontecimentos que norteiam suas vidas e, para tal, necessita-se de
professores que deixem o positivismo latente e adotem uma postura
questionadora diante dos acontecimentos, nos quais, a realidade do é aluno é
o ponto de partida e de chegada. (2001, p. 40)
Mediante a essa percepção, de acordo com Ernesta Zamboni citada pela autora, é
importante que o professor saiba problematizar o conteúdo à realidade cotidiana para que
possa criar condições para que o aluno pense sobre ele, argumente e fundamente suas
opiniões. Essa questão de problematizar o conteúdo exige que o “aluno pesquise, levante
hipóteses, classifique-as e passe a um processo de comprovação ou rejeição com argumentos
da hipótese escolhida”, pois a problematização vai ampliar possibilidades de reflexão fazendo
com que o aluno fuja da tradicional memorização ou decoreba dos fatos e acontecimentos.
Dessa maneira a escola não tem apenas a função de preparar os cidadãos para o mercado
competitivo de trabalho, mas também salientar de que escola tem em sua essência formar
pessoas para a cidadania, ensinando os valores que permeiam na sociedade, sobre tudo
quando se pensa em igualdade e justiça social, onde o professor também é uma importante
figura nesse processo, por isso funciona como um mediado de saberes que precisa ter o
compromisso com sua profissão, trabalhar em conjunto com os demais educadores, para que
concretize de fato uma educação de qualidade, que avalie o aluno como ser pensante, sem
desprezar seus conhecimentos. Schmidt orienta que o professor de História trabalhe a partir da
problematização, superando a “passividade”, características do alunado receptivo:
O professor de História pode ensinar o aluno a adquirir as ferramentas de
trabalho necessárias; o saber-fazer bem, lançar os germes do histórico. Ele é
responsável por ensinar o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos