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ANAIS - II Semana de História

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A SULBATERNIZAÇÃO DA MULHER NA SOCIEDADE CAPITALISTA,<br />

PATRIARCAL, RACISTA E HETEROSSEXISTA<br />

Delliana Ricelli Ribeiro da Silva<br />

Instituto Fe<strong>de</strong>ral da Bahia IFBA- Campus Eunápolis<br />

Graduada em Filosofia/ Mestre em Linguagens e Representações<br />

Email: <strong>de</strong>llianitaricelli@gmail.com<br />

O Feminismo é uma corrente diversificada, e exatamente por esse motivo o i<strong>de</strong>al é referir-se a<br />

ele no plural. É sabido que quando se trata <strong>de</strong> gênero, essa nomenclatura não engloba apenas o<br />

sexo, mas classe, raça/etnia, orientação sexual. Assim, todas essas diferenças precisam ser<br />

percebidas e consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong>ntro dos movimentos feministas. Por mais que o gênero nos una,<br />

a homossexualida<strong>de</strong> una gays e lésbicas, a geração una idosas e jovens, a classe e a raça/etnia<br />

nos divi<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro da or<strong>de</strong>m capitalista. Nosso objetivo é apresentar os <strong>de</strong>safios dos<br />

movimentos feministas brasileiro no combate a opressões, as quais não se dão <strong>de</strong> forma<br />

homogênea, como já foi aqui sinalizado, sobretudo, quando se trata <strong>de</strong> mulheres negras. Ser<br />

negra é estar numa situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>, se além <strong>de</strong> ser mulher e negra, a pessoa for<br />

gorda, lésbica ou bissexual, travesti ou transexual, pobre ou ca<strong>de</strong>irante esse risco se torna<br />

ainda maior. Tem gente que só <strong>de</strong> sair na rua já é motivo <strong>de</strong> piada; é a "nega" do cabelo duro,<br />

é a sapatona, é a gorda rolha <strong>de</strong> poço, é o traveco. É mais fácil humilhar, enxovalhar quem é<br />

minoritorizado e como a empatia é moeda escassa, esses subgrupos não encontram um<br />

lenitivo pra sua dor nos movimentos feministas tradicionais. Apesar <strong>de</strong> ter a consciência que<br />

as versões <strong>de</strong> feminismos não dão conta das opressões vividas pelas mulheres brasileiras,<br />

também reconhecemos que essa discussão só é possível graças a existência <strong>de</strong>sses<br />

movimentos.<br />

Palavras- chave: Feminismos, Raça/ Etnia, Classe.

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