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REIFICAÇÃO E RESISTÊNCIA NAS RELAÇÕES RACIAIS À BRASILEIRA<br />
Jéssica Silva Pereira<br />
Universida<strong>de</strong> do Estado da Bahia – DEDC – Campus X<br />
Graduanda do curso <strong>de</strong> Licenciatura em <strong>História</strong><br />
E-mail: jspereira422@gmail.com<br />
Benedito <strong>de</strong> Souza Santos<br />
Docente Substituto da Universida<strong>de</strong> do Estado da Bahia – DEDC – Campus X<br />
Professor assistente <strong>de</strong> Sociologia da Faculda<strong>de</strong> do Sul da Bahia-FASB<br />
Mestre e Doutorando em Estudos Africanos (CEAO-UFBA)<br />
E-mail: estudante<strong>de</strong>africa@hotmail.com<br />
No presente artigo preten<strong>de</strong>-se discutir o conceito <strong>de</strong> raça nas suas múltiplas reproduções<br />
histórica a partir <strong>de</strong> revisão <strong>de</strong> literatura, buscando apresentar o contexto geral a partir do<br />
último quartel. Estes estudos têm a pretensão <strong>de</strong> compor o primeiro capítulo do trabalho <strong>de</strong><br />
conclusão <strong>de</strong> curso, que visa <strong>de</strong>sconstruir o entendimento do lugar social do negro – pardo,<br />
moreno, mulato, etc. – enquanto representação <strong>de</strong> não-sujeito da população negra antes,<br />
durante e no pós-abolição. Contribui, portanto, para o constante refazer da <strong>História</strong> do Negro<br />
no Brasil, pois a cada dia torna evi<strong>de</strong>nte o quanto o racismo no cotidiano brasileiro, pautado<br />
numa construção histórica das relações raciais que agrega novas estratégias, perpetua na<br />
socieda<strong>de</strong> em questão. Camuflada na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> “<strong>de</strong>mocracia racial”, acaba colocando as<br />
margens discussões que precisam fazer parte dos espaços educacionais e políticos. As<br />
manutenções <strong>de</strong> tais perspectivas reafirmam a lógica histórica <strong>de</strong> reificar a representação do<br />
negro na socieda<strong>de</strong> brasileira. Nesta direção este trabalho procura apresentar o contexto social<br />
que, <strong>de</strong> maneira coercitiva, leva parte significativa da população negra se reconhecer como<br />
pardos. A principal hipótese <strong>de</strong>sta proposta é que tal contexto multirracial brasileiro<br />
influencia o processo <strong>de</strong> invisibilida<strong>de</strong> e manutenção da reificação do “ser negro”, atravessada<br />
pela i<strong>de</strong>ologia racista <strong>de</strong> branqueamento que foi disseminada no Brasil on<strong>de</strong> o “mestiço” por<br />
hora teria a sua mobilida<strong>de</strong> social e em tempo possibilitaria a superação da <strong>de</strong>generação e do<br />
atraso do país. Para <strong>de</strong>linear o objeto <strong>de</strong> pesquisa foi utilizado como metodologia, revisão<br />
bibliográfica, tendo como base estudos empreendidos por Appiah (1997), Guimarães (1999),<br />
Santos (2002), Skidmore (1976), <strong>de</strong>ntre outros estudos que são <strong>de</strong> reconhecida importância<br />
para temática. Dessa forma, busca-se propor a reflexão sobre o lugar imposto à população<br />
negra por aqueles que historicamente ocuparam espaço <strong>de</strong> privilégio, bem como discutir os<br />
mecanismos e estratégias <strong>de</strong> resistência da população negra enquanto atores sociais que se<br />
inquietaram e se inquietam com o lugar lhes reservados nas relações sociais/raciais da<br />
socieda<strong>de</strong> brasileira. Terá essa contextualização geral representação local no Extremo Sul da<br />
Bahia? É possível, a princípio, que mesmo diante <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> pessoas negras<br />
esse território <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> promova a invisibilida<strong>de</strong> do “ser negro” enquanto representação<br />
étnica-racial.<br />
Palavras-chave: Raça, Negros, Representações sociais, Relações raciais.