Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
propmark.com.br<br />
ANO 51 - Nº 2577 - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> R$ 9,50<br />
2016 vem Aí.<br />
e AgORA?<br />
Conheça as previsões<br />
<strong>de</strong> profissionais ligados<br />
à mídia e às marcas<br />
pág. 15<br />
Pict Estúdio<br />
CeNp fORmA COmitê<br />
CONtRA CRise<br />
Entida<strong>de</strong>, presidida<br />
por Caio Barsotti<br />
(foto), forma grupo<br />
multidisciplinar<br />
para <strong>de</strong>bater crise<br />
com a ABA. Primeira<br />
reunião será na sextafeira<br />
(18). pág. 50<br />
OtimA CResCe e<br />
plANejA expANsãO<br />
Presi<strong>de</strong>nte da<br />
empresa, Violeta<br />
Noya (foto) atribui à<br />
inovação o aumento<br />
<strong>de</strong> dois dígitos<br />
no faturamento<br />
e no número <strong>de</strong><br />
campanhas. pág. 30<br />
wpp ReNOvA COm<br />
RObeRtO justus<br />
O Newcomm, li<strong>de</strong>rado<br />
por Roberto Justus<br />
(foto), renovou<br />
contrato com o WPP<br />
até 2020. O empresário<br />
ven<strong>de</strong>u 80% <strong>de</strong> suas<br />
ações para a holding<br />
inglesa. pág. 10
editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
<strong>de</strong>spreparados e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>iros<br />
Depois do que assistimos nos últimos dias, com o Brasil não merecendo<br />
a classe política que tem, fica cada vez mais distante – ao o futuro próximo, mesmo com a presi<strong>de</strong>nte da República prometendo,<br />
É muito <strong>de</strong>sanimador ver o Brasil nessa situação, sem perspectivas para<br />
contrário do que opinamos em nosso último editorial – a possibilida<strong>de</strong> como sempre faz, que estamos bem próximos <strong>de</strong> dias melhores. O que<br />
<strong>de</strong> um fim à crise instalada no país.<br />
afinal sabe ela a respeito disso?<br />
Apren<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo que para gran<strong>de</strong>s problemas, gran<strong>de</strong>s soluções.<br />
Para que isso ocorra, porém, é preciso que os dirigentes da nação tenham<br />
necessário <strong>de</strong>scortino para enfrentar e resolver as graves questões<br />
que nos assolam.<br />
Não é isso, porém, o que se vê. A começar da presi<strong>de</strong>nte da República e<br />
passando pelos presi<strong>de</strong>ntes, tanto da Câmara Fe<strong>de</strong>ral como do Senado,<br />
a percepção é a <strong>de</strong> mentes estreitas, que carregam consigo o pior dos<br />
seres humanos: o egoísmo.<br />
Cada qual só pensa em si e nas vantagens que seus cargos lhes proporcionam,<br />
<strong>de</strong>ixando completamente para trás o interesse da população<br />
– sobre a qual tanto falam <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r – e do próprio país como um todo.<br />
Chegamos a duvidar que essas autorida<strong>de</strong>s saibam <strong>de</strong> cor o Hino Nacional.<br />
Duvidamos também que saibam, em profundida<strong>de</strong>, o tamanho da<br />
responsabilida<strong>de</strong> que pesa sobre os seus ombros.<br />
Estão dirigindo o Brasil, cada qual no seu posto, como se dirigissem um<br />
time <strong>de</strong> futebol da Terceira Divisão, sem qualquer vislumbre sobre o<br />
futuro próximo.<br />
E o que não dizer dos integrante da Câmara Fe<strong>de</strong>ral e do Senado, que<br />
se ofen<strong>de</strong>m reciprocamente, se engalfinham, chegam a se estapear, causando<br />
a pior das impressões a quem os assiste, lê e ouve através da mídia.<br />
Ao lembrarmos <strong>de</strong> figuras <strong>de</strong> um passado recente, quando o país ainda<br />
não havia caído nessa esparrela do populismo inconsequente, que<br />
promete menos do que cumpre e o que cumpre, na maioria das vezes,<br />
arrebenta as amarras do Tesouro Nacional, vemos personalida<strong>de</strong>s fortes<br />
(Tancredo, Ulisses, Covas e outros), instruídas, com formação acadêmica,<br />
que no mínimo sabiam distinguir o certo do certo, condição<br />
básica para quem se propõe a governar até mesmo uma única empresa.<br />
Porque o difícil resi<strong>de</strong> exatamente aí, no surgimento <strong>de</strong> duas ou mais<br />
soluções a princípio corretas que só a sabedoria do gestor distinguirá<br />
entre elas a que realmente será a mais a<strong>de</strong>quada.<br />
Como po<strong>de</strong> uma autorida<strong>de</strong>, a maior da República, emitir frases como a<br />
famosa “Não temos meta, mas quando atingirmos a meta, dobraremos<br />
a meta”?<br />
E como po<strong>de</strong> presidir a Câmara Fe<strong>de</strong>ral um <strong>de</strong>putado que, para justificar<br />
a existência <strong>de</strong> dinheiro fora do país, nega que o montante esteja<br />
em seu nome, informando tratar-se <strong>de</strong> aplicações em trusts, que<br />
a gran<strong>de</strong> maioria brasileira sequer sabe do que isso se trata? E, sendo<br />
mesmo <strong>de</strong>ssa forma, qual a diferença em termos <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>,<br />
ou seja, em subtração do patrimônio nacional? Porque a questão não é<br />
o juridiquês da conta bancária que no exterior abriga o dinheiro para lá<br />
enviado, mas quem o enviou e como isso se <strong>de</strong>u, com prepon<strong>de</strong>rância<br />
para a explicação sobre a origem do numerário.<br />
FraSeS<br />
O próprio ministro da Fazenda, que já insinua à boca pequena <strong>de</strong>ixar<br />
o cargo caso a situação do país não apresente rápidas melhoras, revela<br />
claramente, em assim agindo, que não garante a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses<br />
dias melhores que a presi<strong>de</strong>nte tanto alar<strong>de</strong>ia.<br />
Os experts em economia, hoje ouvidos a torto e a direito pela imprensa<br />
brasileira e <strong>de</strong> outros países, são pessimistas com relação à<br />
nossa situação, alguns atrevendo-se a prever melhoras só a partir <strong>de</strong><br />
2017, mesmo assim sem nenhuma garantia real. Ou seja, apenas palpites.<br />
Com esse quadro, como ficamos todos na travessia <strong>de</strong> 2016, um ano<br />
inteiro sem esperanças <strong>de</strong> diminutas melhorias? Como manter nossas<br />
empresas, empregos, ativida<strong>de</strong>s liberais e toda série <strong>de</strong> produção econômica,<br />
física ou jurídica, diante <strong>de</strong> uma situação recessiva que ninguém<br />
tem i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vai parar? Ou, alguém po<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r com segurança,<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> toda essa insegurança econômica reinante no país,<br />
qual será o percentual inflacionário do meio do próximo ano? E quanto<br />
mais cairá nosso PIB até lá?<br />
Sem alarmismo algum, o quadro que se <strong>de</strong>senha é o pior possível. E o<br />
que mais revolta são os embates <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong> mocinho e bandido entre<br />
os po<strong>de</strong>res Executivo e Legislativo, cada qual a seu modo agindo da<br />
pior forma possível com componentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>spreparo nunca<br />
antes visto neste país.<br />
***<br />
Mesmo diante <strong>de</strong>sse quadro difícil, o mercado da comunicação do marketing,<br />
em que sua principal disciplina é a publicida<strong>de</strong>, tem <strong>de</strong>monstrado<br />
reação.<br />
Alguns afirmam que é <strong>de</strong>vido à época natalina, outros que a natureza<br />
da ativida<strong>de</strong> publicitária é <strong>de</strong> provocar estímulos (<strong>de</strong> compras, <strong>de</strong> novos<br />
negócios, <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> comportamento e até mesmo <strong>de</strong> mostrar<br />
ao público em geral que ele não <strong>de</strong>ve abrir mão do seu protagonismo<br />
no mercado, porque isso, além <strong>de</strong> se traduzir em exemplo, serve <strong>de</strong><br />
antídoto contra a crise).<br />
A verda<strong>de</strong> é que, apesar <strong>de</strong> tudo o que a classe política tem proporcionado<br />
<strong>de</strong> ruim para o país, há uma ligeira melhora na situação econômica,<br />
muito tênue ainda, mas superando o que foi o primeiro semestre<br />
<strong>de</strong>ste ano, com <strong>de</strong>staque para o segundo trimestre, quando tudo parecia<br />
perdido na economia brasileira.<br />
Po<strong>de</strong> ser resultado da velha história que sempre ouvimos em situações<br />
semelhantes (jamais iguais a esta): o Brasil é muito gran<strong>de</strong> e não cabe<br />
no abismo, além <strong>de</strong> ter hoje 204 milhões <strong>de</strong> bocas para comer pelo menos<br />
uma vez por dia.<br />
São essas pessoas e suas vidas que nos fazem manter a chama acessa,<br />
mesmo que uma minoria irresponsável pouco se importe com isso.<br />
“O PROPMARK está <strong>de</strong>monstrando que é possível.”<br />
(Enio Vergeiro, presi<strong>de</strong>nte da APP).<br />
“Quem começa com a pergunta errada, não encontra a<br />
resposta certa.”<br />
(Globonews, 9/12).<br />
“Quanto mais nos fustigam, mais amamos a vida.”<br />
(Leitor do PROPMARK, atento ao noticiário <strong>de</strong> Brasília nos últimos<br />
dias).<br />
“Eu vivi uma vida por inteiro/ Viajei por cada e em todas<br />
as estradas/ Mas, muito mais que isso/ Eu fiz do meu jeito<br />
(...) E o que é um homem/ Senão o que ele tem/ Se não<br />
ele mesmo, então ele não tem nada/ Para dizer coisas<br />
que ele sente <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>/ E não as palavras <strong>de</strong> alguém<br />
que se ajoelha.”<br />
(Trechos <strong>de</strong> “My Way”, <strong>de</strong> Paul Anka, Jacques Reveaux e Clau<strong>de</strong><br />
François, com interpretação notável <strong>de</strong> Frank Sinatra. Homenagem<br />
do PROPMARK às comemorações do seu centenário <strong>de</strong><br />
nascimento).<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 3
conexões<br />
Mobile<br />
“A Nielsen agra<strong>de</strong>ce o <strong>de</strong>staque que<br />
o PROPMARK vem dando a suas pesquisas<br />
e relatórios. O trabalho da Nielsen<br />
é oferecer ao mercado serviços<br />
<strong>de</strong> m<strong>edição</strong> que proporcionem maior<br />
eficiência para o negócio do digital. A<br />
respeito da reportagem “Nielsen apresenta<br />
Total Audience” (<strong>edição</strong> 2.576),<br />
<strong>de</strong>stacamos que a maioria das afirmações<br />
refere-se ao produto Digital Ad<br />
Ratings, serviço <strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
digital que agora passa a ser<br />
oferecido para o ambiente mobile no<br />
Brasil. A Total Audience é outro produto,<br />
que está sendo elaborado nos Estados<br />
Unidos para mensuração <strong>de</strong> audiência<br />
mídia no mercado americano.<br />
O Digital Ad Ratings está disponível no<br />
Brasil e oferece aos clientes métricas<br />
como número <strong>de</strong> impressões, GRP/<br />
TRP e viewability por <strong>de</strong>mográfico, entre<br />
outras, permitindo ao mercado ter<br />
acesso a métricas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> e diretamente comparáveis<br />
entre todos os dispositivos.”<br />
José Calazans<br />
Nielsen<br />
São Paulo – SP<br />
Novo PROPMARK<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK! O<br />
formato está dinâmico, compacto e<br />
mo<strong>de</strong>rno, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado a tradicional<br />
e excelente qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteúdo<br />
que vocês proporcionam há 50<br />
anos para os leitores. Uma iniciativa<br />
ousada, que coloca o PROPMARK no<br />
mesmo patamar das gran<strong>de</strong>s publicações<br />
internacionais.”<br />
Marcos Quintela<br />
Y&R Brasil<br />
São Paulo – SP<br />
“O PROPMARK faz parte, <strong>de</strong> maneira<br />
profunda, da minha vida. Quando o<br />
PROPMARK se renova, eu remoço.”<br />
Nizan Guanaes<br />
Grupo ABC<br />
São Paulo – SP<br />
“Novo look, mas a curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre,<br />
PROPMARK!<br />
Armando Strozenberg<br />
Havas Worldwi<strong>de</strong> Brasil<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ<br />
“Parabéns pelo novo projeto e pela<br />
inovação.”<br />
Fernando Musa<br />
Ogilvy Brasil<br />
São Paulo – SP<br />
“Sensacional. Evolução. Competitivo.<br />
Parabéns a todos e em especial a você,<br />
Armando.”<br />
Sergio Amado<br />
Ogilvy Brasil Group<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />
Que este seja o começo <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />
ano <strong>de</strong> 2016 para vocês.”<br />
Cristiane Camargo<br />
IAB Brasil<br />
São Paulo – SP<br />
“Que prazer em abrir o PROPMARK<br />
hoje e me <strong>de</strong>parar com o novo projeto.<br />
Admiro a coragem <strong>de</strong> renovar e enxergo<br />
mais 50 anos <strong>de</strong> sucesso pela<br />
frente. Não teremos um mercado forte<br />
sem uma imprensa especializada<br />
próspera e sempre inovando. Vocês<br />
estão fazendo isso.”<br />
Eduardo Simon<br />
DPZ&T<br />
São Paulo – SP<br />
“Posso listar vários exemplos que vocês<br />
<strong>de</strong>ram com apenas um ato que<br />
fizeram. Mostraram que é em tempo<br />
<strong>de</strong> crise que se inova e renova. Mostraram<br />
que sempre dá para melhorar,<br />
mesmo que todo mundo já ache bom.<br />
Mostraram, mais uma vez, que são<br />
mo<strong>de</strong>rnos e têm bom gosto. E mostraram<br />
a preocupação que possuem<br />
conosco, os leitores e fãs. Parabéns!”<br />
Márcio Oliveira<br />
Lew’Lara\TBWA<br />
São Paulo – SP<br />
“Muita coragem vocês inovarem neste<br />
momento tão difícil. E inovaram com<br />
brilhantismo. Parabéns pela bela <strong>edição</strong><br />
histórica. Belo <strong>de</strong>sign gráfico e<br />
excelente conteúdo editorial. É muito<br />
bom po<strong>de</strong>r acompanhar a evolução<br />
do nosso PROPMARK.”<br />
Luiz Lara<br />
Lew’Lara\TBWA<br />
São Paulo – SP<br />
“Melhor que ler as notícias e análises<br />
(e os furos) que o PROPMARK traz,<br />
foi começar a semana com um novo<br />
jornal em mãos. Mais bonito, mais<br />
mo<strong>de</strong>rno e mais agradável <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
50 anos. Parabéns por li<strong>de</strong>rarem esse<br />
novo projeto editorial e obrigado por<br />
acreditarem nesse mercado.”<br />
Adriana Ribeiro, Fernando Figueiredo<br />
e Mentor Muniz Neto<br />
Bullet<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK. O<br />
jornal ficou incrível – <strong>de</strong>sign mo<strong>de</strong>rno,<br />
papel bom, ótima organização e conteúdo.<br />
Fico feliz em ver, num momento<br />
difícil para o mercado, investimento<br />
em qualida<strong>de</strong>.”<br />
Roberto Grosman<br />
F.biz<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns é pouco para falar do PROP-<br />
MARK. O projeto gráfico é não só mo<strong>de</strong>rno<br />
como bonito, o conteúdo ficou<br />
valorizado e a leitura facilitada e prazerosa.”<br />
Ênio Vergeiro<br />
APP<br />
São Paulo – SP<br />
“No encerramento <strong>de</strong> seu discurso<br />
na COP21, o ator e ativista Sean<br />
Penn disse: “os dias <strong>de</strong> sonhar <strong>de</strong>ram<br />
lugar aos dias <strong>de</strong> fazer”. Uma<br />
das coisas que mais admiro na história<br />
<strong>de</strong> sucessos do PROPMARK,<br />
das empreitadas <strong>de</strong> Armando Ferrentini<br />
e das jornadas <strong>de</strong> Marcello<br />
Queiroz, é que eles vão lá e fazem.<br />
Não tem mimimi, não tem enrolação.<br />
O resultado é que vez e outra, aqui e<br />
ali, somos surpreendidos com gostosas<br />
novida<strong>de</strong>s. Uma das que mais<br />
gosto, são os projeto especiais <strong>de</strong><br />
aniversário do jornal. Desta feita, a<br />
inovação é o próprio jornal. Pra mim,<br />
simplesmente, nasceu outra mídia.<br />
Uma salva <strong>de</strong> palmas a toda equipe<br />
e, <strong>de</strong> forma especial, ao mentor, Armando<br />
Ferrentini”<br />
Beia Carvalho<br />
5 Years From Now<br />
São Paulo – SP<br />
“Nós, do Sinapro-SP, ficamos muito<br />
felizes com o novo PROPMARK. 50<br />
anos <strong>de</strong> incansável batalha a favor da<br />
ativida<strong>de</strong> publicitária, agora renovado,<br />
mais prático, bonito e agradável. Não<br />
é por acaso que o mercado prestigiou<br />
em peso a <strong>edição</strong> <strong>de</strong> estreia: mais <strong>de</strong><br />
30 páginas <strong>de</strong> anúncios <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />
30 anunciantes. Parabéns!”<br />
Jilson Veríssimo<br />
Sinapro-SP<br />
São Paulo – SP<br />
“Ficou lindo o novo PROPMARK! Parabéns<br />
mesmo! Gran<strong>de</strong> virada!”<br />
Alex Mehedff<br />
Hungry Man<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pela novo PROPMARK.<br />
Lindo.”<br />
Marcelo Reis<br />
Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong><br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns à brilhante equipe do PROP-<br />
MARK, que faz <strong>de</strong>sse jornal nossa<br />
gran<strong>de</strong> referência no mundo da propaganda.<br />
Parabéns pelo trabalho, pela<br />
coragem e excelência. Orgulho <strong>de</strong> fazer<br />
parte <strong>de</strong>sse projeto com vocês.<br />
Turma da Africa<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo jornal. Bastante<br />
mo<strong>de</strong>rno! Não tem nem comparação<br />
em relação ao anterior.”<br />
Claudio Gaspar<br />
Re<strong>de</strong> Record<br />
São Paulo – SP<br />
“Recebi o jornal no novo formato. Que<br />
trabalho maravilhoso! O formato, o<br />
conteúdo, tudo perfeito. Parabéns<br />
pela iniciativa e votos <strong>de</strong> muito mais<br />
sucesso.”<br />
Ricardo Packness <strong>de</strong> Almeida<br />
Grupo Abril<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns! Ficou muito bacana! Outra<br />
experiência.”<br />
Tiago Afonso<br />
Grupo Abril<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo formato, uma <strong>de</strong>lícia<br />
<strong>de</strong> receber, manusear e ler.”<br />
Eduardo Leite<br />
Turner<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />
Uma nova embalagem, prática, mo<strong>de</strong>rna,<br />
que, com certeza, ampliará a<br />
sua presença na mão das pessoas<br />
em todo nosso mercado. O conteúdo,<br />
como sempre, relevante e atual,<br />
que pren<strong>de</strong> a atenção, garantindo<br />
que ficamos a par <strong>de</strong> tudo que temos<br />
<strong>de</strong> bom e <strong>de</strong> melhor acontecendo<br />
no mercado.”<br />
Andrea Costa Nascimento<br />
Editora Abril<br />
São Paulo – SP<br />
“Que gran<strong>de</strong> mudança foi feita. O novo<br />
PROPMARK ficou espetacular.”<br />
Madruga Duarte<br />
Curitiba – PR<br />
“Parabéns pelo novo formato do PROP-<br />
MARK. Gostei <strong>de</strong> tudo, menos do<br />
anúncio da página 91.”<br />
Geraldo Alonso Filho<br />
Instituto Cultural ESPM<br />
São Paulo – SP<br />
“Acabo <strong>de</strong> ler o novo PROPMARK.<br />
Que leitura agradável. Parabéns<br />
pelo talento, qualida<strong>de</strong> gráfica e<br />
principalmente <strong>de</strong> ter realizado<br />
neste ano.<br />
P.S.: Adorei o anúncio em homenagem<br />
ao Palestra.”<br />
Fernando Guntovitch<br />
The Group<br />
São Paulo – SP<br />
“Acabo <strong>de</strong> ler o PROPMARK em seu<br />
novo formato e projeto editorial. Nós,<br />
leitores e profissionais, agra<strong>de</strong>cemos.<br />
Parabéns ao Armando, à equipe e à<br />
Africa.”<br />
José Cocco<br />
J.Cocco<br />
São Paulo – SP<br />
4 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
conexões<br />
“O jornal ficou ótimo. Lindo, supimpa,<br />
sofisticado mesmo.”<br />
Humberto Men<strong>de</strong>s<br />
Fenapro<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK!”<br />
Desejo sucesso para um veículo que<br />
segue sempre inovando e sendo parte<br />
fundamental na história da propaganda<br />
brasileira.”<br />
Livia Pedreira<br />
Casa Cor<br />
São Paulo - SP<br />
“Em nome da Paranoid, quero dar<br />
os parabéns pelo novo projeto<br />
editorial do PROPMARK. O projeto<br />
gráfico ficou lindo. Inovação é<br />
sempre bem-vinda.”<br />
Ducha Lopes<br />
Paranoid<br />
São Paulo - SP<br />
“Gostaria <strong>de</strong> parabenizá-los pelo lindo<br />
projeto. O jornal ficou incrível! Ainda<br />
mais sucesso para todos vocês.”<br />
Renata Vieira<br />
São Paulo – SP<br />
“Ficou lindão! Sucesso.”<br />
Marcos Araujo<br />
Sentimental Films<br />
São Paulo – SP<br />
“Ficou espetacular. Parabéns!<br />
A capacida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora se renova<br />
e não para <strong>de</strong> nos surpreen<strong>de</strong>r.<br />
Há 50 anos. Bravo, avanti, auguri.”<br />
Raul Doria<br />
Cine<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK!<br />
Ficou muito bonito e com o conteúdo<br />
bom <strong>de</strong> sempre!”<br />
Glaucio Bin<strong>de</strong>r<br />
Fenapro<br />
São Paulo – SP<br />
“O PROPMARK está lindo <strong>de</strong>mais. Parabéns.”<br />
Aricio Fortes<br />
DM9DDB<br />
São Paulo – SP<br />
“Quero parabenizá-los pelo novo<br />
layout gráfico do jornal. Para mim, um<br />
leitor assíduo do PROPMARK, totalmente<br />
aprovado!”<br />
Hilton Ma<strong>de</strong>ira<br />
Re<strong>de</strong> Record<br />
São Paulo – SP<br />
“Congratulações pelo PROPMARK,<br />
agora em novo formato. Uma <strong>de</strong>monstração<br />
substantiva da saudável<br />
inquietu<strong>de</strong> que tem sido usual na sua<br />
trajetória. Conteúdo indispensável em<br />
formato mo<strong>de</strong>rno.”<br />
José Eustachio<br />
Talent Marcel<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pela mo<strong>de</strong>rnização do nosso<br />
querido PROPMARK.”<br />
Chico Marin<br />
Malabar Filmes<br />
“Novo layout, novo formato, nova padronização<br />
visual. E a boa e velha qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> sempre.”<br />
Ronaldo Gasparini<br />
BossaNovaFilms<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo lindo exemplar do<br />
novo PROPMARK que acabo <strong>de</strong><br />
ler. Uma iniciativa <strong>de</strong> gente empreen<strong>de</strong>dora<br />
que sabe que tem a crise,<br />
mas sabe também que precisa<br />
continuar acreditando, inventando<br />
e trabalhando. Até porque só assim<br />
nós vamos conseguir vencer essa<br />
quadra. E você, Armando Ferrentini,<br />
sempre foi esse cara e por isso<br />
mesmo o mercado te respeita e vai<br />
te ajudar a ter cada dia mais sucesso<br />
com esse veículo que é fundamental<br />
para a nossa indústria. Até o<br />
anúncio em homenagem ao Verdão<br />
ficou bonito!”<br />
Orlando Marques<br />
Publicis e Abap<br />
São Paulo – SP<br />
“Ficou muito bonito e muito elegante.<br />
Parabéns!”<br />
Ivan Marques<br />
F/Nazca Saatchi & Saatchi<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns duplo pelo novo formato e<br />
diagramação do novo PROPMARK.<br />
Ficou muito bonito. Em segundo lugar,<br />
pelo nosso Palestra, tricampeão da<br />
Copa do Brasil.”<br />
Paulo Gregoraci<br />
WMcCann<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />
Sou suspeito porque sou fã dos tabloi<strong>de</strong>s,<br />
mas ficou ótimo. Parabéns<br />
a todos que trabalharam no projeto.”<br />
Daniel Chalfon<br />
Loducca<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK,<br />
agora em formato <strong>de</strong> tabloi<strong>de</strong>. Ficou<br />
simplesmente sensacional,<br />
gostoso <strong>de</strong> ler e hiperbem paginado<br />
com os temas e assuntos que movimentaram<br />
e rechearam a semana<br />
do nosso business.”<br />
Walter Zagari<br />
Re<strong>de</strong> Record<br />
São Paulo – SP<br />
“Quanta coisa boa nesses 50 anos<br />
do PROPMARK, com a coroação em<br />
gran<strong>de</strong> estilo na sua novíssima configuração.<br />
Parabéns!”<br />
Paulo Chueiri<br />
São Paulo – SP<br />
“Que beleza! Agradável, bonito e<br />
bom <strong>de</strong> ler. Eu adorei até a nova<br />
proposta do Alex Periscinoto: um<br />
Conar para a propaganda política!<br />
Não passava um!”<br />
Geraldo Leite<br />
Singular Arquitetura <strong>de</strong> Mídia<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo formato do PRO-<br />
PMARK. Está com uma cara gráfica<br />
e formato mais mo<strong>de</strong>rno. Ficou realmente<br />
incrível.”<br />
Marcio Toscani<br />
Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong><br />
São Paulo – SP<br />
“Ferrentini, mais uma vez você <strong>de</strong>monstra<br />
acreditar no país e na força<br />
<strong>de</strong> sua equipe. Neste <strong>de</strong>licado momento<br />
que estamos vivendo, constatar<br />
que existem empresários investindo<br />
pesado em seu negócio, dá-nos<br />
a esperança <strong>de</strong> que sairemos <strong>de</strong>sta<br />
brutal crise <strong>de</strong> forma digna e ética.<br />
Parabéns pelo primeiro número <strong>de</strong><br />
PROPMARK tabloi<strong>de</strong>. Belíssimo.”<br />
Nelson Gomes<br />
São Paulo – SP<br />
“Ficou excelente o novo formato do<br />
PROPMARK. Parabéns a toda a equipe,<br />
assim como a Sergio Gordilho,<br />
Bruno Valença e Marcos Marques, da<br />
agência Africa, pelo tratamento visual<br />
mais prático, mo<strong>de</strong>rno, agradável e<br />
sintonizado com a importância e a dimensão<br />
do mercado.”<br />
João Doria<br />
Grupo Doria<br />
São Paulo – SP<br />
“Recebi o novo PROPMARK e fiquei<br />
muito bem impressionado. Acredito<br />
que vocês <strong>de</strong>ram um gran<strong>de</strong> salto,<br />
apresentando um produto renovado,<br />
bonito, interessante <strong>de</strong> ler. Parabéns.”<br />
Paulo Queiroz<br />
DM9DDB<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo formato e diagramação<br />
do PROPMARK. Será um gran<strong>de</strong><br />
sucesso.”<br />
Sergio D’Antino<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo formato do nosso<br />
glorioso PROPMARK. Ficou lindo!”<br />
Luiz Leite<br />
Ogilvy<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pela iniciativa que, sem<br />
dúvida, será muito bem recebida pelo<br />
mercado.”<br />
Octávio Florisbal<br />
Re<strong>de</strong> Globo<br />
São Paulo – SP<br />
“Para quem teve a oportunida<strong>de</strong> histórica<br />
<strong>de</strong> acompanhar a coluna Asterisco,<br />
no Diário Popular da Rua do<br />
Carmo, o PROPMARK <strong>de</strong> hoje é um<br />
colírio e uma alegria <strong>de</strong> saber que a<br />
qualida<strong>de</strong>, a responsabilida<strong>de</strong> e o respeito<br />
são pedra angular <strong>de</strong> uma vida a<br />
serviço da indústria da comunicação.<br />
Parabéns.”<br />
Raul Nogueira<br />
Contato Brasil<br />
São Paulo – SP<br />
“Acabo <strong>de</strong> ler a <strong>edição</strong> 2.576 do<br />
PROPMARK e <strong>de</strong>sejo cumprimentá-<br />
-los pela magnífica reformulação.<br />
Gostei imensamente do Editorial,<br />
que conseguiu traduzir o que nós<br />
almejamos o mais breve possível,<br />
pois esta nossa querida nação não<br />
merece passar por questões partidárias<br />
e pessoais por dificulda<strong>de</strong>s<br />
tão alarmantes. Finalizando adorei<br />
a página 91 e sugiro que mu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
página a chamada anterior, pois a<br />
marca mais valiosa para nós é a do<br />
Palmeiras.”<br />
Pedro Renato Eckersdorff<br />
Anatec<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK. Ficou<br />
excelente!”<br />
Celio Ashcar Junior<br />
Aktuellmix<br />
São Paulo – SP<br />
“Renovar aos 50 e não per<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
só funciona para quem nunca<br />
envelheceu. Parabéns pelo novo PRO-<br />
PMARK.”<br />
Claudio Ferreira<br />
Elemidia<br />
São Paulo – SP<br />
“O novo PROPMARK ficou tão legal<br />
que até o meu porteiro só me entregou<br />
hoje. Parabéns pelo resultado e principalmente<br />
pela vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinventar.”<br />
Julinho Cesar Ferreira<br />
São Paulo – SP<br />
“Desejo muito sucesso no novo ciclo<br />
do jornal.”<br />
Violeta Noya<br />
Otima<br />
São Paulo – SP<br />
“Gostei muito do novo PROPMARK.<br />
O conteúdo é excelente, está mais<br />
fácil <strong>de</strong> ler, mais objetivo e muito mais<br />
bonito. Enfim, o projeto gráfico é maravilhoso.<br />
E, também, é muito importante<br />
a coragem <strong>de</strong> lançá-lo neste<br />
momento. Creio que é assim que os<br />
vencedores enfrentam as crises.”<br />
José Maurício Pires Alves<br />
Atalho Soluções<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo projeto editorial<br />
do querido PROPMARK. Ficou simplesmente<br />
sensacional.”<br />
Wilson Nogueira<br />
Sepex-SP<br />
São Paulo – SP<br />
6 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
conexões<br />
“Parabéns a toda equipe pela belíssima<br />
transformação do PROPMARK<br />
em tabloi<strong>de</strong>. Valeu e muito esta<br />
inovação. Mo<strong>de</strong>rna, acima <strong>de</strong> tudo.<br />
Como leitor assíduo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos<br />
do Asterisco, no Diário Popular,<br />
fiquei muito contente com esta nova<br />
fórmula. Já são 50 anos que vocês<br />
são pioneiros em nos informar tudo<br />
o que acontece nesta maravilhosa<br />
profissão. Cumprimento Sergio<br />
Gordilho, Bruno Valença e Marcos<br />
Marques por toda esta modificação.<br />
Sucesso, sempre.”<br />
Oscar Colucci<br />
São Paulo – SP<br />
“Superparabéns a vocês pelo novo<br />
formato do PROPMARK! Adorei!”<br />
Silvio Lefevre<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />
Após a reformulação do site, vocês<br />
surpreen<strong>de</strong>m novamente trazendo<br />
um novo jornal, que mo<strong>de</strong>rniza seu<br />
projeto gráfico e mantém a credibilida<strong>de</strong><br />
que sempre pautou o seu<br />
trabalho. O lançamento do novo jornal<br />
é ainda mais marcante para a indústria,<br />
pois, como você pontua em<br />
seu editorial, é feito num momento<br />
muito <strong>de</strong>licado para o país. A <strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong> vocês <strong>de</strong> acelerar, importar<br />
nova máquina e viabilizar um projeto<br />
<strong>de</strong> mudança tão significativo é uma<br />
prova do que todos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos: é<br />
no momento <strong>de</strong> crise que se acelera.<br />
Vamos em frente, com o pé no<br />
acelerador e foco no trabalho.”<br />
Alcir Leite<br />
DM9DDB<br />
São Paulo – SP<br />
“Em nome do Sebrae-SP, quero parabenizá-los<br />
pelo novo projeto do PRO-<br />
PMARK. A mudança <strong>de</strong> formato e o<br />
novo layout conduzem o leitor a uma<br />
excelente experiência <strong>de</strong> leitura. Essa<br />
mudança prova que o meio impresso<br />
ainda tem muito potencial.”<br />
Eduardo Pugnali<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelas mudanças. O que já<br />
era bom ficou melhor.”<br />
Paulo Giovanni<br />
Publicis Wordlwi<strong>de</strong><br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo formato do PROP-<br />
MARK, ficou mais prático, mais leve,<br />
mais fácil <strong>de</strong> manusear e muito mais<br />
bonito visualmente.”<br />
Décio Clemente<br />
São Paulo – SP<br />
“Chegando <strong>de</strong> viagem, encontrei essa<br />
maravilha que é o novo PROPMARK.<br />
Milhões <strong>de</strong> parabéns para vocês!”<br />
Christina Carvalho Pinto<br />
Full Jazz<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />
Desejamos muito sucesso.”<br />
Chico Baldini e Tiago Ritter<br />
w3Haus<br />
São Paulo – SP<br />
“Ficou bom <strong>de</strong>mais!”<br />
Ricardo John, Andrea Assef e Mirela<br />
Tavares<br />
J.Walter Thomson<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns pela trajetória, pelo sucesso<br />
e pelo novo PROPMARK.”<br />
Sergio Prandini, Marcia Esteves e<br />
Rodrigo Jatene<br />
Grey Brasil<br />
São Paulo – SP<br />
“Parabéns a toda a equipe pelo novo<br />
PROPMARK. Bonito, completo, uma<br />
evolução e uma coragem <strong>de</strong> mudar<br />
e evoluir em tempos difíceis.”<br />
Gustavo Bastos<br />
11:21<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ<br />
Boas-Festas<br />
O PROPMARK agra<strong>de</strong>ce e retribui os<br />
votos <strong>de</strong> boas-festas e feliz Ano Novo<br />
<strong>de</strong>: RinoCom, Printec Comunicação,<br />
Itubaína, APP, Ceratti, revista Elle,<br />
Shopping Pátio Higienópolis, Cacau<br />
Show e McDonald’s.<br />
FACEBOOk<br />
8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong><br />
Post: Itaipava estreia campanha <strong>de</strong><br />
verão<br />
Aprovadíssima!<br />
Cassiano Araujo<br />
Post: Valorizar o que é premium é forte<br />
Marina Santos (do Gruppo Campari), parabéns<br />
pela bela entrevista!<br />
Aniella Sharp<br />
Discuss (comentários no site na semana<br />
<strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro)<br />
Post: Itaipava estreia campanha <strong>de</strong><br />
verão<br />
“Tão inesperada essa campanha como<br />
a maioria das campanhas <strong>de</strong> cerveja... a<br />
parte das bundas foi o diferencial. Não sei<br />
como não pensaram nisso antes. Usar a<br />
mulher como objeto é algo realmente<br />
inovador. Parabéns!<br />
Maria Luisa Vianna<br />
Post: Vale a pena internalizar o marketing?<br />
(artigo escrito por André Palis,<br />
da Raccoon)<br />
“André, concordo com seus argumentos,<br />
mas me parece que todos que levantou<br />
<strong>de</strong>vem ser avaliados caso a caso. De<br />
qualquer forma, gostei muito do seu texto<br />
e os pontos que levantou são claramente<br />
relevantes para um <strong>de</strong>bate igualitário sobre<br />
o tema. Parabéns!”.<br />
Benjamin Bekeierman<br />
última Hora<br />
Europa avalia cobrança<br />
A União Europeia vai avaliar<br />
se os serviços <strong>de</strong> notícias<br />
como o Google News precisa<br />
pagar a jornais e publishers<br />
em geral pela exibição <strong>de</strong><br />
trechos <strong>de</strong> seus artigos. A<br />
iniciativa vem <strong>de</strong>pois da<br />
intensificação <strong>de</strong> queixas<br />
por parte <strong>de</strong> empresas<br />
europeias <strong>de</strong> mídia. Segundo<br />
as companhias, o Google<br />
e outras empresas que<br />
oferecem o mesmo tipo<br />
<strong>de</strong> serviço lucram com o<br />
conteúdo <strong>de</strong> terceiros e<br />
<strong>de</strong>vem pagar por isso.<br />
LinkedIn tem concorrente<br />
O LikedIn, principal<br />
re<strong>de</strong> social da atualida<strong>de</strong><br />
direcionado ao ambiente<br />
profissional, terá um<br />
concorrente <strong>de</strong> peso<br />
nos próximos meses. O<br />
Facebook planeja lançar<br />
dorinHo<br />
uma nova versão chamada<br />
Facebook at Work, que<br />
também será voltada ao<br />
mundo corporativo e<br />
permitirá a colaboração<br />
entre profissionais, além <strong>de</strong><br />
apresentar funções quase<br />
idênticas às da re<strong>de</strong> social,<br />
como o botão <strong>de</strong> curtir, feed<br />
<strong>de</strong> notícias e ferramenta <strong>de</strong><br />
bate-papo.<br />
Ceni lança bustos<br />
Nesta segunda-feira (<strong>14</strong>),<br />
o ex-goleiro Rogério Ceni<br />
participa do lançamento,<br />
em São Paulo, da linha <strong>de</strong><br />
produtos premium com<br />
bustos e chaveiros que<br />
utilizam a sua imagem. Um<br />
dos bustos é banhado em<br />
ouro, e faz referência aos<br />
131 gols feitos pelo craque<br />
do São Paulo que teve jogo<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida na semana<br />
passada.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 7
MeRcAdO<br />
Índice<br />
cenp cria comitê<br />
Seis profissionais integram novo grupo<br />
<strong>de</strong> negociação pág. 50<br />
Fenapro tem estudo<br />
Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências mostra<br />
pesquisa sobre consumo pág. 51<br />
PRêMiOs<br />
Archive <strong>de</strong>staca Africa<br />
Ela é Agência do Ano. Stop Guessing (foto)<br />
foi uma das campanhas selecionadas pela<br />
publicação pág. 36<br />
AGênciAs<br />
nova/sb e as métricas<br />
Agência <strong>de</strong>senvolve métricas próprias<br />
para comunicação pública pág. 43<br />
dM9ddB promove<br />
Paulo Coelho é o novo diretor-executivo<br />
<strong>de</strong> criação da agência pág. 44<br />
MARcAs<br />
J&J investe em conteúdo<br />
José Cirilo implementa estratégia digital<br />
na Johnson & Johnson pág. 59<br />
15<br />
Perspectivas<br />
para 2016<br />
Profissionais escrevem<br />
sobre suas impressões para<br />
2016. Getty Images traça<br />
tendências visuais, entre<br />
elas a <strong>de</strong> Stuart Hall (foto)<br />
entrevista<br />
Roberto Justus (foto) renova contrato com<br />
WPP; parceria vai até 2020 pág. 10<br />
JWT mapeia futuro<br />
Isabella Mulholland (foto), da JWT, mostra<br />
estudo sobre tendências mundiais pág. 54<br />
MÍdiA<br />
cAPA<br />
cOnsuMO<br />
Olimpíada na TV Globo<br />
Emissora transmitirá Jogos Olímpicos<br />
pelos próximos 16 anos pág. 35<br />
Jor na lis ta res pon sá vel<br />
Ar man do Fer ren ti ni<br />
Diretores<br />
Ar man do Fer ren ti ni e Nel lo Fer ren ti ni<br />
Diretor <strong>de</strong> redação<br />
Marcello Queiroz<br />
editores<br />
Neu sa Spau luc ci<br />
Kelly Dores (Site)<br />
Alê Oliveira (Fotografia)<br />
editores-assistentes<br />
Cristiane Marsola<br />
Daniel Dotoli<br />
Paulo Macedo<br />
repórteres<br />
Bárbara Barbosa (SP)<br />
Vinícius Novaes (SP)<br />
Mariana Zirondi (SP)<br />
Rafael Vazquez (SP)<br />
Ana Paula Jung (RS)<br />
Claudia Penteado (RJ)<br />
assistente <strong>de</strong> redação<br />
Vanessa Franco <strong>de</strong> Bastos<br />
editor <strong>de</strong> arte<br />
Adu nias Bis po da Luz<br />
assistentes <strong>de</strong> arte<br />
Lucas Boccatto<br />
Michel Medina<br />
revisor<br />
José Carlos Boanerges<br />
site<br />
propmark.com.br<br />
redação<br />
Rua Fran çois Coty, 228<br />
CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />
Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />
e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />
Departamento Comercial<br />
Diretor<br />
Renato Resston<br />
resston@editorareferencia.com.br<br />
Tels.: (11) 2065-0743<br />
e (11) 94783-1208<br />
Gerentes<br />
Monserrat Miró<br />
monserrat@editorareferencia.com.br<br />
Tel.: (11) 2065-0744<br />
Sergio Ricardo<br />
sergio@editorareferencia.com.br<br />
Tel.: (11) 2065-0750<br />
Departamento <strong>de</strong> Marketing<br />
Gerente Máster: Tatiana Milani Ferrentini<br />
tatiana@editorareferencia.com.br<br />
Consultor Jurídico<br />
Tiago A. Milani Ferrentini<br />
(OAB/SP nº186.504)<br />
tferrentini@editorareferencia.com.br<br />
representantes Comerciais<br />
Brasília<br />
Meio e Mídia Comunicação<br />
Fernando Vasconcelos<br />
fernando@meioemidia.com<br />
Espírito Santo<br />
Dicape Representações e Serviços<br />
Dídimo Effgen<br />
didimo.effgen@uol.com.br<br />
Interior <strong>de</strong> São Paulo<br />
Hathor Business e Marketing<br />
Luciane Cristina Bicardi<br />
luciane@hathorbusiness.com.br<br />
Paraná<br />
Rasera e Silva Representações Ltda<br />
Paulo Roberto Cardoso da Silva<br />
paulo.youneed@gmail.com<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
Original Carioca Mídia<br />
Claudia Garcia<br />
claudia@originalcarioca.com.br<br />
Santa Catarina<br />
Comtato Negócios<br />
Anuar Pedro Júnior<br />
anuar@comtato.net<br />
O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />
rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />
CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />
as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />
opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />
8 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Adrian Ferguson.<br />
O cara da mídia da DM9<br />
agora também é o<br />
cara do Prêmio Caboré.<br />
Paulo Queiroz / Presi<strong>de</strong>nte<br />
55 11 3054.9390<br />
pqueiroz@dm9ddb.com.br<br />
Alcir Gomes Leite / Presi<strong>de</strong>nte<br />
55 11 3054.9699<br />
aleite@dm9ddb.com.br<br />
Marcelo Passos / VP <strong>de</strong> Atendimento<br />
55 11 3054.9610<br />
Adrian Ferguson mudou<br />
o jeito <strong>de</strong> pensar mídia na DM9,<br />
e o mercado inteiro aprovou.<br />
É por isso que ele acaba <strong>de</strong> ser<br />
reconhecido como o Mídia do Ano<br />
pelo Caboré, a maior premiação<br />
da publicida<strong>de</strong> brasileira.<br />
Se você também quer colocar o seu<br />
nome na história da propaganda,<br />
traga sua conta para a DM9<br />
e seja atendido por um mídia<br />
que enten<strong>de</strong> do assunto.<br />
marcelo.passos@dm9ddb.com.br<br />
UMA<br />
AGÊNCIA<br />
DE ALTA<br />
PERFORMANCE<br />
dm9ddb.com.br<br />
facebook.com/dm9ddb<br />
twitter.com/dm9ddb<br />
youtube.com/agenciadm9ddb
“<br />
RobeRto justus<br />
entRevista<br />
estou ven<strong>de</strong>ndo<br />
80% da minha<br />
paRticipação<br />
paRa o Wpp<br />
“<br />
Roberto Justus está renovando o contrato<br />
do Grupo Newcomm com o WPP por cinco<br />
anos. O CEO e futuro chairman do grupo<br />
que engloba a maior agência do país, a Y&R,<br />
consolida a venda <strong>de</strong> 80% dos seus ativos para a<br />
holding inglesa que já era majoritária no negócio.<br />
Seu objetivo é ficar mais “no lado estratégico”.<br />
Justus <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo brasileiro <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
quando abriga a mídia, mas é crítico quanto às regras<br />
<strong>de</strong> preço. “Defendo a livre negociação”, diz Justus,<br />
que também faz restrições ao sistema procurement<br />
dos anunciantes.<br />
PAULO MACEDO<br />
Como o maior grupo <strong>de</strong> comunicação<br />
do país está vendo o cenário<br />
econômico?<br />
É uma preocupação do mercado<br />
empresarial. A crise política<br />
exerce influência na economia.<br />
O Estado não oferece condições<br />
para as empresas operarem porque<br />
há uma insegurança que<br />
norteia todo esse cenário. Não<br />
importa se o PIB (Produto Interno<br />
Bruto) caiu apenas 3%. O problema<br />
é que as vendas <strong>de</strong>spencaram,<br />
em alguns mercados, em mais <strong>de</strong><br />
40%. O ambiente é <strong>de</strong>sfavorável<br />
e o Newcomm está a reboque<br />
disso porque os clientes estão<br />
mais retraídos. O <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> casa é<br />
nos preparar para esse momento<br />
ruim. Mais: o capital estrangeiro<br />
não se sente atraído em realizar<br />
investimentos em nosso país. O<br />
rebaixamento das notas do Brasil<br />
pelas principais agências <strong>de</strong> risco<br />
influencia essa <strong>de</strong>cisão. O ano<br />
<strong>de</strong> 2016 <strong>de</strong>ve seguir sem alento,<br />
o que só <strong>de</strong>ve voltar a acontecer<br />
em 2017. Para se ter uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />
como a política interfere, bastou<br />
o impeachment da presi<strong>de</strong>nte<br />
Dilma ser iniciado que as bolsas<br />
reagiram positivamente e o dólar<br />
caiu.<br />
A má gestão pública é cognitiva com<br />
os elementos emocionais dos consumidores?<br />
Sim, claro. Mas, repito, ela<br />
afeta diretamente os mercados.<br />
O Brasil é um país em que o Estado<br />
tem um peso tão gran<strong>de</strong> na<br />
economia que qualquer sintoma<br />
ruim contamina toda a ca<strong>de</strong>ia<br />
produtiva. A livre iniciativa é o<br />
melhor caminho. O governo <strong>de</strong>veria<br />
se ater ao social, segurança<br />
pública, saú<strong>de</strong>, habitação, educação.<br />
O i<strong>de</strong>al seria o mercado<br />
cuidar <strong>de</strong> todo o resto porque<br />
sabe andar sozinho e é muito<br />
competente. Quem atrapalha é o<br />
governo, que, mesmo cobrando<br />
os maiores impostos do mundo,<br />
tem corrupção e um serviço<br />
público medíocre. Isso colabora<br />
para um clima <strong>de</strong>sfavorável à<br />
livre iniciativa. A crise política<br />
tornou o clima tenso e propiciou<br />
uma situação muito difícil. A economia<br />
brasileira tem bons fundamentos<br />
e é dotada <strong>de</strong> um parque<br />
industrial fantástico. O problema<br />
é a infraestrutura e, nesse caso,<br />
entra o governo <strong>de</strong> novo, que<br />
não soluciona o escoamento da<br />
produção com estradas e outros<br />
meios logísticos. A retomada do<br />
crescimento econômico <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
da solução <strong>de</strong>sse ambiente político<br />
e o fim <strong>de</strong> escândalos.<br />
Como incrementar vendas com o<br />
consumidor retraído?<br />
O <strong>de</strong>semprego é o primeiro sintoma<br />
<strong>de</strong> que o consumidor não<br />
tem disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos.<br />
Em tempos <strong>de</strong> crescimento, a<br />
agência ajuda seus clientes no <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> produtos porque<br />
eles estão querendo expandir<br />
faturamento. Nesse momento, o<br />
foco é olhar o concorrente e fazer<br />
melhor do que ele para chamar<br />
a atenção do consumidor. O<br />
share of pocket em um mercado<br />
recessivo é mais difícil. Por isso,<br />
a comunicação tem <strong>de</strong> estimular<br />
a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> às marcas. O objetivo<br />
é tirar share do concorrente porque<br />
não há novos mercados para<br />
serem explorados.<br />
E qual é o papel da publicida<strong>de</strong>?<br />
Ajudar as marcas a reterem a<br />
atenção do consumidor e, como<br />
consequência, ganhar a sua preferência<br />
na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> compra.<br />
Qual é o mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> agência nesse<br />
ambiente?<br />
Muita gente reduz operação,<br />
mas não faz sentido, porque o<br />
ativo mais caro <strong>de</strong> uma agência<br />
é o seu pessoal. Salários e encargos<br />
representam cerca <strong>de</strong> 70%<br />
dos custos <strong>de</strong> uma agência. Mas,<br />
se a empresa é <strong>de</strong>sestruturada<br />
<strong>de</strong>mais, o risco é a perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
Infelizmente uma quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra teve <strong>de</strong> ser<br />
dispensada. A solução é otimizar<br />
serviços. O Grupo Newcomm tem<br />
um back office que estrutura áreas<br />
como contabilida<strong>de</strong> e finanças<br />
das suas cinco empresas. Recentemente<br />
concentramos a produção<br />
eletrônica e gráfica da Y&R,<br />
Grey, Wun<strong>de</strong>rman, VML e Red<br />
Fuse. Conseguimos economizar e<br />
manter o nível elevado <strong>de</strong> entrega.<br />
Em tempos <strong>de</strong> crise, enxugar<br />
exige eficiência. E vamos manter<br />
esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> pro-<br />
dução, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do<br />
fim ou não da crise. O que será<br />
sempre in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte é a inteligência<br />
estratégica.<br />
Agências como a Y&R, a maior do<br />
país, e a Wun<strong>de</strong>rman já estão consolidadas,<br />
qual será o papel da Grey no<br />
Newcomm?<br />
A Grey Worldwi<strong>de</strong> conquistou<br />
uma reputação internacional materializada<br />
com a conquista <strong>de</strong> 113<br />
leões no Cannes Lions <strong>2015</strong>, por<br />
exemplo. No Brasil, porém, nunca<br />
foi uma marca <strong>de</strong> sucesso. O<br />
projeto é fazer a Grey Brasil ter o<br />
mesmo protagonismo <strong>de</strong> lá fora.<br />
Como não tem clientes em muitos<br />
segmentos, ela leva vantagem<br />
porque po<strong>de</strong> prospectar negócios<br />
nas áreas <strong>de</strong> telefonia, varejo e<br />
bancos. E crescer. O investimento<br />
realizado na operação é consi<strong>de</strong>rável.<br />
Em pessoal e na se<strong>de</strong>. O<br />
Walter Longo presidiu a agência<br />
por um período preestabelecido,<br />
mas retornou à função <strong>de</strong> mentor<br />
<strong>de</strong> estratégia, inovação e novos<br />
negócios, ce<strong>de</strong>ndo lugar a Sergio<br />
Prandini, Marcia Esteves e Rodrigo<br />
Jatene. A presença do Longo<br />
nessa função é essencial no momento<br />
<strong>de</strong> crise. Vou dar atenção à<br />
Grey e estamos animados com as<br />
perspectivas. A agência aten<strong>de</strong> a<br />
um portfólio importante <strong>de</strong> marcas<br />
da P&G, como Gillette e Pantene,<br />
por exemplo. Nos próximos<br />
dias vamos anunciar pelo menos<br />
duas novas contas.<br />
Quais são seus planos para o<br />
Newcomm?<br />
Estou renovando meu contrato<br />
com o WPP, nosso sócio majoritário,<br />
por mais cinco anos.<br />
Estou ven<strong>de</strong>ndo 80% da minha<br />
participação e no final <strong>de</strong>sse<br />
novo compromisso vamos rediscutir<br />
os 20% restantes. Tudo <strong>de</strong>ve<br />
estar assinado nesta terça-feira<br />
(15). Meu plano é ficar mais no<br />
ambiente estratégico. Isso vai me<br />
permitir analisar oportunida<strong>de</strong>s,<br />
aquisições e até lançamentos <strong>de</strong><br />
marcas do WPP no Brasil. O momento<br />
do Brasil é <strong>de</strong> crise e muitas<br />
empresas interessantes po<strong>de</strong>m<br />
ser absorvidas. Quero estar disponível<br />
para o estratégico, repito.<br />
Quando a negociação com o WPP<br />
for concluída, vamos anunciar<br />
o Marcos Quintela, hoje na Y&R,<br />
como presi<strong>de</strong>nte do Newcomm. E<br />
eu passo para a posição <strong>de</strong> chairman.<br />
O Quintela será substituído<br />
na Y&R pelo David Laloum.<br />
10 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Alê Oliveira<br />
“O papel da<br />
publicida<strong>de</strong><br />
é ajudar<br />
as marcas<br />
a reterem a<br />
atençãO dO<br />
cOnsumidOr”<br />
Venho <strong>de</strong>sacelerando o meu dia<br />
a dia na parte operacional há algum<br />
tempo e <strong>de</strong>dicando minha<br />
agenda aos problemas e soluções<br />
estratégicas dos nossos clientes<br />
<strong>de</strong> um modo geral. Desse jeito,<br />
consigo me <strong>de</strong>dicar às ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> apresentador na Re<strong>de</strong> Record<br />
no programa Roberto Justus Mais<br />
e no reality show A Fazenda. Aliás,<br />
participar <strong>de</strong> A Fazenda tem<br />
sido prazeroso e surpreen<strong>de</strong>nte.<br />
É um programa <strong>de</strong> muita qualida<strong>de</strong><br />
e consi<strong>de</strong>ro o melhor reality<br />
do país, que vou estar à frente em<br />
2016. O melhor <strong>de</strong> todos, em minha<br />
opinião, foi O Aprendiz.<br />
Essa projeção que a televisão lhe<br />
proporcionou ajuda a abrir portas?<br />
Sim. Esse lado que criei para<br />
mim, o do entretenimento, é uma<br />
fonte inesgotável <strong>de</strong> energia. Po<strong>de</strong>ria<br />
estar parando nesse momento<br />
e ven<strong>de</strong>ndo todos os meus<br />
ativos para o WPP. Mas tenho um<br />
prazer enorme <strong>de</strong> permanecer<br />
na vida executiva porque tenho<br />
muitas coisas me retroalimentando.<br />
Estou sempre presente nos<br />
momentos mais importantes do<br />
grupo, fazendo reuniões estratégicas<br />
com clientes e visualizando<br />
oportunida<strong>de</strong>s. Encontrei o momento<br />
certo para me tornar <strong>de</strong>snecessariamente<br />
ativo. Eu me <strong>de</strong>dico<br />
ao macro management. No<br />
micro, o Newcomm tem um grupo<br />
<strong>de</strong> profissionais que dão conta<br />
do recado. A visibilida<strong>de</strong> que<br />
ganhei na TV abre, sim, muitas<br />
portas e me aproveito disso. Mas,<br />
quando comecei a fazer os meus<br />
programas, em 2004, o Newcomm<br />
já era o maior grupo <strong>de</strong> comunicação<br />
do mercado.<br />
Como vê o mo<strong>de</strong>lo brasileiro <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>?<br />
Do jeito que a mídia mudou no<br />
mundo, chegou a hora <strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo<br />
internacional ser revisto. Há<br />
muitos movimentos nessa direção<br />
nos principais mercados. O po<strong>de</strong>r<br />
da mídia junto com as disciplinas<br />
<strong>de</strong> criação, atendimento, produção<br />
e planejamento é campeão.<br />
Sempre <strong>de</strong>fendi e respeitei a livre<br />
negociação entre empresas. O<br />
Newcomm não se rebaixa. Cobrar<br />
pouco, não dá. Temos um valor, e<br />
ele precisa ser respeitado. Há uma<br />
discussão gran<strong>de</strong> envolvendo o<br />
Cenp e a ABA, mas prefiro me concentrar<br />
no fenômeno do procurement<br />
estabelecido nos anunciantes.<br />
A área <strong>de</strong> compras, com a sua<br />
visão concentrada em preço, causa<br />
um dano enorme ao negócio.<br />
Qual é a missão?<br />
A agência precisa ser mais construtiva.<br />
Muitas consultorias entraram<br />
nos anunciantes e assumiram<br />
um papel na área <strong>de</strong> comunicação<br />
que <strong>de</strong>veria ser da agência.<br />
O Newcomm está atento e é por<br />
esta razão que cada vez mais enfatizamos<br />
a postura estratégica. É<br />
on<strong>de</strong> quero estar mais presente.<br />
Isso interfere na remuneração. O<br />
procurement vem negociar preço<br />
<strong>de</strong> serviços estratégicos <strong>de</strong><br />
marketing e comunicação com<br />
o mesmo procedimento que usa<br />
para comprar ca<strong>de</strong>iras. Outro dia,<br />
participei <strong>de</strong> uma reunião em uma<br />
multinacional e o pessoal <strong>de</strong> procurement<br />
estava presente. Fui taxativo<br />
em dizer que eles não têm<br />
a visão e não respeitam o valor <strong>de</strong><br />
uma i<strong>de</strong>ia capaz <strong>de</strong> gerar milhões<br />
<strong>de</strong> retorno para uma marca, produto<br />
ou serviço. A remuneração<br />
<strong>de</strong> uma agência não po<strong>de</strong> estar<br />
nesse padrão <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custo.<br />
Quem paga menos per<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
e o resultado é a diminuição <strong>de</strong><br />
vendas. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mídia em<br />
casa é excelente, mas <strong>de</strong>fendo a<br />
livre iniciativa.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 11
digital<br />
Ferramenta do iVC<br />
mira ad blockers<br />
Instituto diz que 19% dos anúncios publicados<br />
são bloqueados por usuários <strong>de</strong> websites<br />
Claudia Penteado<br />
Os polêmicos ad blockers<br />
entraram na pauta do IVC<br />
(Instituto Verificador <strong>de</strong> Comunicação),<br />
que está lançando<br />
o AdBlock Detector, uma ferramenta<br />
que permite aos editores<br />
<strong>de</strong> sites contabilizarem<br />
acessos feitos com software <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> instalado, e com<br />
isso enten<strong>de</strong>r melhor o impacto<br />
disso em sua estratégia <strong>de</strong><br />
marketing. A novida<strong>de</strong> é o primeiro<br />
fruto da parceria recente<br />
com a entida<strong>de</strong> americana<br />
AAM (Alliance for Audited Media),<br />
fechada para ampliar as<br />
possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ferramentas<br />
<strong>de</strong> auditoria para anunciantes,<br />
agências e empresas <strong>de</strong> mídia.<br />
O produto será lançado pelas<br />
duas entida<strong>de</strong>s, sendo que pelo<br />
AAM, nos Estados Unidos, apenas<br />
no ano que vem. O objetivo<br />
é que institutos semelhantes<br />
ao IVC pelo mundo também o<br />
disponibilizem nos seus mercados.<br />
Pedro Silva, presi<strong>de</strong>nte do<br />
IVC, afirma que o <strong>de</strong>tector é<br />
uma espécie <strong>de</strong> termômetro<br />
para indicar a temperatura <strong>de</strong><br />
sites “com febre” (bloqueados).<br />
A partir disso, o anunciante<br />
toma suas <strong>de</strong>cisões estratégicas<br />
e o site po<strong>de</strong>, eventualmente,<br />
mudar a situação ou não.<br />
“Há falhas <strong>de</strong> entrega por<br />
vários motivos e uma <strong>de</strong>las são<br />
os ad blockers. O que o site não<br />
entrega, não po<strong>de</strong> ser transformado<br />
em receita para ele. A ferramenta<br />
esclarece on<strong>de</strong> há os<br />
bloqueios”, diz Silva.<br />
O AdBlock Detector tem<br />
como base a “tag” criada pelo<br />
Instituto, que é usada para<br />
auditar o tráfego <strong>de</strong> websites,<br />
o Site Certifier. A partir <strong>de</strong><br />
projeto-piloto com alguns dos<br />
principais sites <strong>de</strong> jornais e revistas<br />
do país, o IVC afirma que<br />
já é possível assegurar que, em<br />
média, 15% das páginas brasileiras<br />
têm anúncios bloqueados<br />
Pedro Silva: “termômetro para indicar a temperatura <strong>de</strong> sites ‘com febre’” (bloqueados)<br />
“Há falHas na<br />
entrega por<br />
vários motivos.<br />
o que o site não<br />
entrega, não po<strong>de</strong><br />
ser transformado<br />
em receita. a<br />
ferramenta<br />
esclarece on<strong>de</strong><br />
Há os bloqueios”<br />
e 19% dos usuários <strong>de</strong> internet<br />
bloqueiam anúncios nos sites<br />
que visitam.<br />
“Há dois problemas imediatos<br />
a serem entendidos: quanto<br />
do inventário <strong>de</strong> mídia do<br />
mercado realmente está sendo<br />
atingido e qual o volume da receita<br />
<strong>de</strong> mídia que não se materializa.<br />
O novo serviço dará um<br />
diagnóstico geral e individual,<br />
com relatórios semanais e <strong>de</strong><br />
tendência. Os publishers po<strong>de</strong>rão<br />
avaliar sua situação, tomar<br />
medidas e avaliar os resultados<br />
<strong>de</strong>stas medidas nas semanas<br />
seguintes. O IAB Brasil já divulgou<br />
uma cartilha com recomendações,<br />
da mesma forma<br />
que outros IABs estão fazendo<br />
no mundo todo”, disse Pedro<br />
Silva, presi<strong>de</strong>nte-executivo do<br />
Instituto.<br />
Os resultados já apurados<br />
mostram que mercado e usuários<br />
não têm referência <strong>de</strong> como<br />
Alê Oliveira<br />
as ferramentas <strong>de</strong> bloqueio <strong>de</strong><br />
anúncios interferem na real visualização<br />
<strong>de</strong> uma campanha<br />
publicitária. Entre outubro e<br />
novembro, o Instituto promoveu<br />
enquete com leitores <strong>de</strong><br />
sua newsletter e no site (www.<br />
ivcbrasil.org.br) com a seguinte<br />
pergunta: “Quanto da população<br />
brasileira, que acessa a internet,<br />
você acredita que usa ad<br />
block?”.<br />
Para a maioria dos respon<strong>de</strong>ntes,<br />
menos <strong>de</strong> 10% dos usuários<br />
usam bloqueadores. “A<br />
percepção sobre os ad blockers<br />
é totalmente oposta aos resultados<br />
já aferidos pelo IVC, mostrando<br />
que o campo <strong>de</strong> trabalho<br />
para agências, anunciantes e<br />
publishers é muito gran<strong>de</strong>. Em<br />
alguns sites encontramos índices<br />
<strong>de</strong> 6%, mas em outros o bloqueio<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> em suas<br />
páginas ficou acima <strong>de</strong> 30%”,<br />
disse Silva.<br />
12 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Digital<br />
Potencial do mercado<br />
brasileiro atrai Oracle<br />
Depois <strong>de</strong> inaugurar data center em Campinas,<br />
multinacional garante que continuará investindo<br />
Mark Hurd: empresa prevê para 2025 a li<strong>de</strong>rança global do mercado <strong>de</strong> cloud computing<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
multinacional americana<br />
A Oracle, uma das maiores<br />
empresas <strong>de</strong> tecnologia e soluções<br />
<strong>de</strong> marketing digital<br />
do mundo, vem investindo<br />
nos últimos meses em cloud<br />
computing e data management<br />
no Brasil e garante: o<br />
investimento vai continuar<br />
pelos próximos anos, reafirmando<br />
a posição do país<br />
como um dos mercados em<br />
que a companhia acredita.<br />
“Estamos investindo não só<br />
em data center, mas também<br />
contratando”, disse o CEO da<br />
Oracle, Mark Hurd, em visita<br />
semana passada ao país.<br />
Em junho, foi inaugurado<br />
em Campinas, no interior <strong>de</strong><br />
São Paulo, um data center da<br />
Oracle que <strong>de</strong>monstra a confiança<br />
da companhia no potencial<br />
<strong>de</strong> cloud computing da<br />
América Latina. O executivo<br />
fez questão <strong>de</strong> lembrar o aporte<br />
e reforçar a importância do<br />
Brasil para a empresa, contrariando<br />
expectativas negativas<br />
em relação a investimentos na<br />
economia fragilizada, garantindo<br />
mais eventos <strong>de</strong> marketing<br />
para a região. Hurd<br />
lembrou ainda que mais <strong>de</strong><br />
750 pessoas foram contratadas<br />
pela empresa no país nos<br />
últimos 18 meses. “70% dos<br />
consumidores <strong>de</strong> cloud da<br />
Oracle são novos consumidores”,<br />
<strong>de</strong>stacou Hurd.<br />
No Brasil, a tecnologia implementada<br />
pela empresa já<br />
revela números expressivos:<br />
“Em dEz anos,<br />
todas Essas<br />
aplicaçõEs quE<br />
vEmos hojE<br />
vão sE<br />
transformar”<br />
Divulgação<br />
mais <strong>de</strong> 33 bilhões <strong>de</strong> transações<br />
são feitas diariamente a<br />
partir <strong>de</strong> tecnologia Oracle,<br />
que está presente em 54 mil<br />
dispositivos.<br />
Apesar do cenário positivo,<br />
Hurd afirma que é preciso<br />
prestar atenção na geração<br />
millennial, que <strong>de</strong>verá transformar<br />
o cenário para 2025. “A<br />
geração millennial é digital.<br />
Em <strong>de</strong>z anos, todas essas aplicações<br />
que vemos hoje vão se<br />
transformar. Não se preocupe<br />
com o próximo ano, mas<br />
com os próximos cinco anos,<br />
quando as coisas já estarão radicalmente<br />
transformadas”,<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u.<br />
Diante disso, a Oracle prevê<br />
para 2025 um cenário em que<br />
será lí<strong>de</strong>r na área <strong>de</strong> marketing<br />
cloud. Segundo Hurd, no<br />
mesmo ano, 100% das operações<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> software serão conduzidas<br />
em ambientes <strong>de</strong> cloud, que<br />
também armazenará dados<br />
corporativos.<br />
Predicta<br />
amplia serviços<br />
por meio <strong>de</strong><br />
parceria com<br />
o google<br />
Predicta, empresa brasileira<br />
pioneira em publicida<strong>de</strong><br />
A<br />
online, fechou contrato com o<br />
Google para disponibilizar aos<br />
clientes o gerenciamento da<br />
plataforma DCM (DoubleClick<br />
Campaign Manager), melhorando<br />
a experiência em publicida<strong>de</strong><br />
digital <strong>de</strong> pequenos e médios<br />
anunciantes. A Predicta<br />
já vinha operando o DCM para<br />
marcas como Volkswagen, Gol<br />
e Visa por meio da AlmapBB-<br />
DO. Com a certificação, passa<br />
a oferecer a plataforma diretamente<br />
por meio <strong>de</strong> Ad Server<br />
próprio e suporte <strong>de</strong> equipe <strong>de</strong>dicada<br />
à otimização <strong>de</strong> campanhas<br />
online.<br />
“O DCM é uma plataforma que<br />
simplifica a forma como as campanhas<br />
digitais são executadas<br />
nos diversos canais online, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a etapa <strong>de</strong> planejamento até<br />
o relatório final. Nossa experiência<br />
com a ferramenta viabiliza<br />
o acesso das pequenas e médias<br />
empresas ao universo digital,<br />
mesmo que elas não contem com<br />
expertise para isso. Além disso,<br />
ampliamos o potencial <strong>de</strong> aumento<br />
<strong>de</strong> receita a partir do acesso<br />
a investimento publicitário<br />
que não vinha sendo direcionado<br />
para o digital pelas PMEs”, informa<br />
Henrique Paulino, gerente-<br />
-comercial da Predicta.<br />
Além da ferramenta DCM do<br />
Google e <strong>de</strong> sua plataforma DMP,<br />
a Predicta dispõe <strong>de</strong> operação e<br />
gestão <strong>de</strong> campanhas em Adserver,<br />
rich media, web intelligence,<br />
user experience e otimização <strong>de</strong><br />
Ad Exchanger, Ad Sense e sites.<br />
“Queremos mostrar às pequenas<br />
e médias empresas que elas<br />
também po<strong>de</strong>m se beneficiar das<br />
plataformas digitais com o mesmo<br />
grau <strong>de</strong> eficiência até então<br />
disponível apenas para os gran<strong>de</strong><br />
anunciantes”, reforça Paulino.<br />
Recentemente, a Predicta<br />
anunciou também acordo com a<br />
MediaMath e passa a combinar<br />
a oferta <strong>de</strong> DMP à plataforma <strong>de</strong><br />
uma das maiores empresas mundiais<br />
<strong>de</strong> mídia programática. BB<br />
<strong>14</strong> <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
PersPectivas 2016<br />
O nOvO AnO será<br />
<strong>de</strong>sAfiAdOr, pOrém <strong>de</strong><br />
muitO AprendizAdO, já<br />
que As dificuldA<strong>de</strong>s<br />
levAm à criAtividA<strong>de</strong> e,<br />
nAturAlmente, A bOns<br />
resultAdOs. este é O<br />
sentimentO dA mAiOriA dOs<br />
prOfissiOnAis cOnvidAdOs<br />
pelO prOpmArK pArA<br />
escrever sObre suAs<br />
expectAtivAs pArA 2016.<br />
cOnfirA nAs próximAs<br />
páginAs.<br />
como será<br />
Pict Estúdio<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 15
PersPectivas 2016<br />
importância do conteúdo<br />
Jornais estão se reinventando no mundo da informação multiplataforma<br />
ricardo pedreira<br />
- especial para o propMarK<br />
Como todos sabem, a indústria<br />
jornalística brasileira<br />
enfrenta um período <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s,<br />
resultante da perversa<br />
combinação da mudança no<br />
nosso mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios com<br />
a crise econômica do país. Mas,<br />
diante da evi<strong>de</strong>nte importância<br />
da produção <strong>de</strong> conteúdo<br />
jornalístico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, estamos<br />
certos que atravessaremos<br />
esse momento e sairemos <strong>de</strong>le<br />
mais fortes e – o que é importante<br />
– continuando a cumprir<br />
a nossa missão.<br />
Os jornais brasileiros, a exemplo<br />
do que está ocorrendo em<br />
todo o mundo, estão se reinventando<br />
no mundo da informação<br />
multiplataforma. No papel e no<br />
digital, nunca se leu tanto jornal<br />
quanto hoje. Como diz a recente<br />
campanha da ANJ, antes as pessoas<br />
liam jornal todo o dia, hoje<br />
leem o dia todo.<br />
Neste cenário, nosso principal<br />
<strong>de</strong>safio para 2016, e para<br />
o futuro <strong>de</strong> médio prazo, é monetizar<br />
a imensa audiência e incomparável<br />
credibilida<strong>de</strong> que temos.<br />
Os jornais brasileiros estão<br />
trabalhando in para <strong>de</strong>monstrar<br />
ao mercado anunciante, com<br />
Gonzalo Aragon/Shutterstock<br />
métricas consistentes, que nossa<br />
audiência total, somando impresso<br />
e digital, é extremamente<br />
robusta e <strong>de</strong> incomparável qualida<strong>de</strong>.<br />
Criamos em <strong>2015</strong> o Digital<br />
Premium, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> sites <strong>de</strong><br />
jornais com objetivo <strong>de</strong> veicular<br />
<strong>de</strong> forma simultânea publicida<strong>de</strong><br />
online. Em 2016, consolidaremos<br />
e ampliaremos o Digital Premium,<br />
bem como o Marketplace<br />
Jornais, site que reúne as principais<br />
informações dos jornais<br />
impressos, voltado para os profissionais<br />
<strong>de</strong> mídia das agências.<br />
Em paralelo a todo esse esforço<br />
<strong>de</strong> reposicionamento dos jornais<br />
brasileiro junto ao mercado<br />
anunciante, nosso futuro estará<br />
relacionado à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos<br />
“ven<strong>de</strong>rmos” junto ao mercado<br />
leitor, sobretudo no ambiente<br />
“Monetizar a imensa<br />
audiência e incomparável<br />
credibilida<strong>de</strong>”<br />
digital. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios<br />
dos jornais, que sempre teve sua<br />
sustentabilida<strong>de</strong> baseada na publicida<strong>de</strong>,<br />
terá na venda dos conteúdos<br />
digitais aos leitores uma<br />
fonte cada vez maior <strong>de</strong> receitas.<br />
Ricardo Pedreira é diretor-executivo<br />
da ANJ (Associação Nacional <strong>de</strong><br />
Jornais)<br />
Desafiador e inesperado<br />
O marketing vai continuar exigindo afetivida<strong>de</strong>, a<strong>de</strong>quação e métricas<br />
alexandre caldini<br />
- especial para o propMarK<br />
Fácil prever como será 2016:<br />
será tão fascinante quanto<br />
foi <strong>2015</strong>! 2016 será uma evolução<br />
<strong>de</strong> <strong>2015</strong>, que foi uma evolução<br />
<strong>de</strong> 20<strong>14</strong>, que foi uma evolução<br />
<strong>de</strong> 2013... Mas evolução<br />
não pressupõe tranquilida<strong>de</strong> e<br />
sim progresso. Será, portanto<br />
mais um ano atípico. Atípico<br />
como... todos os anos. Será um<br />
ano complexo e <strong>de</strong>safiador.<br />
Desafiador porque nos <strong>de</strong>safiará<br />
com novos cenários, novas<br />
<strong>de</strong>mandas e novas opções.<br />
E assim será para todas as indústrias<br />
e não apenas para a<br />
mídia. Mas, que ano foi fácil?<br />
Quando a humanida<strong>de</strong> teve<br />
sossego? E, se teve sossego em<br />
algum momento, progrediu?<br />
Vivemos um momento <strong>de</strong><br />
fascínio e angústia. Oscilamos<br />
entre o fascínio do novo e a angústia<br />
do novo. E assim sempre<br />
foi. Tudo <strong>de</strong> antigo sempre<br />
foi trocado pelo novo, só que<br />
agora está mais rápido. Também<br />
o marketing em 2016 vai<br />
continuar evoluindo e exigindo<br />
cada vez mais efetivida<strong>de</strong>,<br />
foco, a<strong>de</strong>quação e métricas.<br />
Menos firula e mais resultado.<br />
O contexto, o ambiente e o<br />
momento em que a mensagem<br />
publicitária será exibida, importará<br />
cada vez mais, justa-<br />
“NÓs, da abril,<br />
Nos preparamos<br />
ao máximo<br />
para 2016. mas<br />
sabemos que essa<br />
preparação será<br />
iNsuficieNte”<br />
mente por conta do resultado<br />
que se quer. A credibilida<strong>de</strong> –<br />
tanto na origem da informação<br />
quanto na curadoria, no formato<br />
e na linguagem – também<br />
importará mais e mais. E o que<br />
se viu em <strong>2015</strong> será aperfeiçoado<br />
em 2016: mais mobile, mais<br />
big data, mais BI, mais métricas,<br />
mais resultados, mais eficiência,<br />
mais conteúdo, mais<br />
alcance. Nós, da Abril, resolvemos<br />
encarar o novo. Renovando-nos.<br />
Reforçando nosso fascínio<br />
pelo novo e minimizando<br />
nossa angústia pelo novo. Em<br />
<strong>2015</strong>, investimos em Bran<strong>de</strong>d<br />
Content, Native Advertising,<br />
Consumer Journey, Retargeting,<br />
Big Data, Metrics, Viewability,<br />
Attention, Private Deals;<br />
mas, também, em uma série<br />
<strong>de</strong> outros conceitos, em português<br />
mesmo. Conceitos que<br />
construíram a Abril e a força <strong>de</strong><br />
suas marcas, que seguem sendo<br />
fundamentais: credibilida<strong>de</strong>,<br />
bom jornalismo, conteúdo<br />
<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, total fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e<br />
compromisso com nossos consumidores.<br />
Nós, da Abril, nos preparamos<br />
ao máximo para 2016. Mas<br />
sabemos que essa preparação<br />
será insuficiente. Sempre o<br />
será. Mas a graça do ano novo<br />
está justamente aí: no novo, no<br />
inesperado, no insuficiente, no<br />
<strong>de</strong>safio, na exigência e sobretudo<br />
na possibilida<strong>de</strong> do arrojo<br />
e da reinvenção!<br />
Que venha 2016!<br />
Será angustiante. Mas será<br />
também extremamente fascinante!<br />
Feliz 2016!<br />
Alexandre Caldini é presi<strong>de</strong>nte<br />
da Editora Abril<br />
16 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
PErsPEctivas 2016<br />
Divulgação<br />
“Os Jogos Olímpicos do Rio <strong>de</strong> Janeiro trarão os olhos do mundo para o Brasil. É hora <strong>de</strong> darmos show”<br />
Espera-se um mercado<br />
muito conservador<br />
É certo que, globalmente, o live marketing e<br />
seu irmão, o digital, seguirão integrando-se<br />
Wilson Ferreira Junior<br />
- especial para o ProPMarK<br />
omo será o amanhã?”, re-<br />
<strong>de</strong> famosa música, é<br />
“Cfrão<br />
a pergunta que recebi do PRO-<br />
PMARK. O que esperar do marketing<br />
em 2016, no Brasil e no<br />
mundo? É certo que, globalmente,<br />
o live marketing e seu irmão,<br />
o digital, seguirão integrando-se<br />
e aumentando seus respectivos<br />
shares no budget <strong>de</strong> comunicação<br />
das gran<strong>de</strong>s companhias.<br />
Porque serão cada vez mais relevantes<br />
para os cidadãos.<br />
O relacionamento das marcas<br />
com as pessoas ganha cada<br />
vez mais qualida<strong>de</strong> e conteúdo<br />
por meio das plataformas<br />
digitais combinadas com as<br />
experiências “live”. Quentes,<br />
divertidas e bem direcionadas.<br />
As companhias precisam ter<br />
um discurso crível e sedutor.<br />
Praticar cidadania corporativa.<br />
E oferecer a seus clientes valor<br />
que ultrapasse a questão da<br />
qualida<strong>de</strong> e da confiabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> seus produtos.<br />
Encontrarão do outro lado<br />
pessoas ávidas por experiência<br />
e emoção, que, mesmo sem racionalizar,<br />
já vivem as telas dos<br />
tablets e smartphones como extensão<br />
<strong>de</strong> seus corpos. Aqui no<br />
Brasil viveremos a particularida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> mais um ano <strong>de</strong> economia<br />
patinando. A abrangência e<br />
a duração das dificulda<strong>de</strong>s econômicas<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão do final<br />
da crise político-institucional.<br />
A estabilida<strong>de</strong> na política,<br />
quando vier, oferecerá condições<br />
para a retomada do crescimento.<br />
Até lá espera-se um<br />
mercado muito conservador<br />
em termos <strong>de</strong> investimento e o<br />
crescimento <strong>de</strong> ações mais táticas,<br />
ligadas a promoção e incentivo<br />
em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> projetos<br />
estratégicos.<br />
Os Jogos Olímpicos do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro trarão os olhos do mundo<br />
para o Brasil. E as ações <strong>de</strong><br />
comunicação ligadas ao gran<strong>de</strong><br />
evento terão, portanto, imensa<br />
visibilida<strong>de</strong>. Hora <strong>de</strong> darmos<br />
show porque o palco mais do que<br />
nunca será global.<br />
A estAbilidA<strong>de</strong> nA<br />
políticA, quAndo<br />
vier, oferecerá<br />
condições pArA<br />
A retomAdA do<br />
crescimento<br />
Wilson Ferreira Junior é sócio-diretor<br />
da ETNA e presi<strong>de</strong>nte da Ampro<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 17
PersPectivas 2016<br />
Oportunida<strong>de</strong>s surgem<br />
em momentos complicados<br />
Brasil não é simples, e o mundo vive momento igualmente complexo<br />
Daniel Chalfon<br />
- especial para o PRoPMaRK<br />
Escrever uma previsão numérica<br />
para o ano <strong>de</strong> 2016 é<br />
praticamente certeza <strong>de</strong> que ela<br />
estará errada no fim do ano.<br />
Se analisarmos os dados publicados<br />
no início dos anos anteriores<br />
por inúmeras instituições renomadas,<br />
feitas por profissionais<br />
com muito mais competência do<br />
que eu para isso, veremos que invariavelmente<br />
elas furaram.<br />
O Brasil não é um país simples,<br />
e o mundo está em um momento<br />
igualmente complexo.<br />
Por outro lado, é justamente<br />
em um momento complicado e<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios que as oportunida<strong>de</strong>s<br />
surgem.<br />
Quem investe neste momento<br />
se fortalece e, quando a crise<br />
passa (acreditem ela passa), cria<br />
uma barreira ao concorrente que<br />
po<strong>de</strong> perenizar uma marca ou<br />
produto no mercado.<br />
O Brasil tem um mercado <strong>de</strong><br />
mais <strong>de</strong> 200 milhões <strong>de</strong> pessoas,<br />
que, apesar da retração econômica<br />
atual, experimentou<br />
O ditado “Quem planta, colhe” serve para expressar como <strong>de</strong>ve se comportar o setor<br />
nos últimos tempos uma evolução<br />
no consumo que po<strong>de</strong> até<br />
ser mais magro em 2016, mas<br />
<strong>de</strong>finitivamente está em outro<br />
patamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
se comparado ao que tínhamos<br />
anos atrás.<br />
O mercado <strong>de</strong> propaganda no<br />
país, com mais <strong>de</strong> R$ 30 bilhões<br />
Divulgação<br />
<strong>de</strong> investimento anual, apesar<br />
<strong>de</strong> enorme, ainda é pequeno se<br />
analisarmos o investimento per<br />
capita em comunicação do Brasil<br />
versus outros países com economias<br />
<strong>de</strong> tamanho similar.<br />
Mais do que isso, temos um<br />
mercado com canais <strong>de</strong> comunicação<br />
fortes, capazes <strong>de</strong> transformar<br />
a história <strong>de</strong> uma marca<br />
em qualquer segmento. Portanto,<br />
a minha previsão não é para<br />
2016, e sim para 2017, 2018...<br />
Quem planta, colhe.<br />
Daniel Chalfon é sócio e VP <strong>de</strong> mídia<br />
da Loducca e presi<strong>de</strong>nte do Grupo<br />
<strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> Sâo Paulo<br />
O ano será melhor para quem<br />
não abandona o marketing<br />
No início <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, sabíamos da dificulda<strong>de</strong> que passaríamos<br />
Ênio VeRgeiRo<br />
- especial para o PRoPMaRK<br />
Estamos num momento em<br />
que tudo está sendo repensado.<br />
E isso se agrava no<br />
Brasil em função do momento<br />
em que estamos passando. Ao<br />
começar o ano <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, sabíamos<br />
da dificulda<strong>de</strong> que passaríamos,<br />
mas não prevíamos as<br />
questões políticas que agravaram<br />
a crise econômica no país.<br />
Até agora, a notícia boa <strong>de</strong>ste<br />
ano é que os resultados, <strong>de</strong><br />
um modo geral, serão melhores<br />
do que os do próximo ano.<br />
Que dureza!<br />
No mundo também há questionamentos,<br />
porém numa fase<br />
<strong>de</strong> recuperação, muito auxiliada<br />
por algo que está meio esquecido<br />
no Brasil, o marketing<br />
e suas ações.<br />
Hoje o marketing vive uma<br />
crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, confundido<br />
e até ofuscado pelo ainda<br />
incompreendido, ao menos por<br />
muitos, mundo digital. Afinal,<br />
on<strong>de</strong> está o marketing na indústria<br />
digital? Que participação<br />
tem o marketing nas empresas<br />
<strong>de</strong> tecnologia que insistem em<br />
se posicionarem como “a serviço<br />
da comunicação”?<br />
O marketing per<strong>de</strong>u espaço<br />
no Brasil para o varejo, gran<strong>de</strong>s<br />
ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas nascidas <strong>de</strong> fusões<br />
e aquisições se tornaram<br />
po<strong>de</strong>rosas compradoras <strong>de</strong> mídia,<br />
assegurando vendas à indústria<br />
e assim suas marcas tiveram<br />
visibilida<strong>de</strong> e as marcas da<br />
indústria foram per<strong>de</strong>ndo força<br />
e reconhecimento. Hoje não se<br />
compra pela marca e pelos seus<br />
atributos, mas sim pelo preço e<br />
a forma <strong>de</strong> oferta daquele momento.<br />
Esse movimento fez com<br />
que as marcas per<strong>de</strong>ssem investimento<br />
e daí a perda significativa<br />
<strong>de</strong> clientes em agências.<br />
Cadê a Brastemp? A Consul?<br />
A Philips?...<br />
Se algo <strong>de</strong> bom po<strong>de</strong> nos<br />
acontecer em 2016, e eu espero<br />
e acredito que vá acontecer,<br />
é que, como as vendas caíram<br />
significativamente <strong>de</strong>vido à<br />
recessão, a indústria não repassará<br />
sua verba <strong>de</strong> propaganda<br />
para as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> varejo, que<br />
por sua vez não assegurará vendas<br />
e não terá suas “excelentes<br />
condições <strong>de</strong> compra “por<br />
volume que não era atingido<br />
pela indústria e assim com as<br />
suas marcas <strong>de</strong>verão recuperar<br />
o posicionamento e o tempo<br />
perdido através <strong>de</strong> campanhas<br />
que não serão só veiculadas em<br />
gran<strong>de</strong>s veículos, mas também<br />
através das conexões que os novos<br />
meios nos permitem e com<br />
isso haverá o movimento <strong>de</strong><br />
uma lei que nos faz viver e trabalhar<br />
neste ofício, a lei da oferta<br />
e procura e se sairá melhor<br />
quem tiver o reconhecimento<br />
do consumidor.<br />
Melhor para quem nunca<br />
abandonou o marketing.<br />
Que assim seja! Feliz 2016 a<br />
todos!<br />
Ênio Vergeiro é presi<strong>de</strong>nte da APP<br />
(Associação dos Profissionais <strong>de</strong><br />
Propaganda)<br />
18 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
PersPectivas 2016<br />
Previsão conservadora já seria<br />
consi<strong>de</strong>rada muito otimista<br />
“Custo é como unha, tem <strong>de</strong> se cortar toda semana”. Este é o sentimento<br />
Divulgação<br />
<strong>2015</strong> foi equivocadamente todo baseado em 20<strong>14</strong>, um ano <strong>de</strong> Copa do Mundo no Brasil, com investimentos enormes em marketing e consumo anabolizado<br />
Marcio oliveira<br />
- especial para o ProPMarK<br />
ano <strong>de</strong> 2016 será duro,<br />
O mas há uma gran<strong>de</strong> diferença<br />
para <strong>2015</strong>. E a diferença<br />
é o próprio ano <strong>de</strong> <strong>2015</strong>. Explico:<br />
todo ano, as empresas<br />
fazem suas previsões e projeções<br />
financeiras baseadas em<br />
um histórico. Esse histórico<br />
po<strong>de</strong> ser os últimos anos ou o<br />
ano anterior.<br />
<strong>2015</strong> foi, equivocadamente,<br />
todo baseado em 20<strong>14</strong>, ano <strong>de</strong><br />
Copa do Mundo no Brasil, com<br />
investimentos enormes em marketing<br />
e consumo anabolizado<br />
por um país ainda em festa e<br />
na calda longa <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento<br />
estimulado pelo<br />
crédito+consumo.<br />
“Todo<br />
PanejamenTo<br />
<strong>de</strong> 2016 esTá<br />
baseado na<br />
Tragédia <strong>de</strong><br />
<strong>2015</strong>”<br />
O que, sem crise econômica e<br />
política alguma, já seria uma diferença<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
entre o esperado e o realizado,<br />
foi, na verda<strong>de</strong>, um <strong>de</strong>sastre.<br />
O chão <strong>de</strong> <strong>2015</strong> não parou <strong>de</strong><br />
abrir, nem os mais experientes<br />
e pessimistas economistas,<br />
marqueteiros e administradores<br />
conseguiram prever o<br />
tamanho do buraco e o reflexo<br />
<strong>de</strong>le em todos os setores.<br />
Bom, mas e 2016?<br />
Todo e qualquer planejamento<br />
<strong>de</strong> 2016 está baseado<br />
na tragédia <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, ou seja,<br />
uma previsão conservadora já<br />
seria consi<strong>de</strong>rada muito otimista.<br />
Isso significa que todas<br />
as empresas já estarão mais<br />
preparadas só por esperarem<br />
o pior na largada.<br />
“Custo é como unha, tem<br />
<strong>de</strong> se cortar toda semana”.<br />
Este é o sentimento da entrada<br />
do ano novo. Receita nova<br />
é a lei e o mantra <strong>de</strong> todos.<br />
A única esperança que precisa<br />
ser observada é que este<br />
país volte a ter a economia, o<br />
crescimento econômico, os<br />
investimentos, as contas e a<br />
estrutura como pauta principal<br />
e não que mantém ou<br />
quem toma o po<strong>de</strong>r.<br />
Essa falta <strong>de</strong> pauta é o impon<strong>de</strong>rável<br />
que po<strong>de</strong> arrastar<br />
um mau cenário e o ano surpreen<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> novo os mais pessimistas.<br />
Marcio Oliveira é CCO<br />
da Lew’Lara\TBWA e presi<strong>de</strong>nte do<br />
Grupo <strong>de</strong> Atendimento<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 19
PersPectivas 2016<br />
“Fim do hype é a<br />
principal previsão-<strong>de</strong>sejo”<br />
Trabalho central continua sendo sobre e para<br />
pessoas. Por isso, não se po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o senso crítico<br />
Ken Fujioka: “esperança que a cortina <strong>de</strong> fumaça não nos <strong>de</strong>ixe esquecer o que realmente importa: conhecer as pessoas”<br />
Ken FujioKa<br />
- especial para o PRoPMaRK<br />
No início do século 20, um<br />
grupo <strong>de</strong> artistas franceses,<br />
encabeçados por Jean-<br />
-Marc Côté, realizou uma série<br />
<strong>de</strong> ilustrações que tentavam<br />
prever o ano <strong>de</strong> 2000.<br />
Mais <strong>de</strong> um século <strong>de</strong>pois,<br />
elas se transformaram em<br />
obras <strong>de</strong> arte “paleofuturistas”<br />
- exemplos anedotísticos<br />
sobre um futuro que nunca<br />
aconteceu. Mas há nesse trabalho<br />
um exercício interessante:<br />
mais que uma tentativa<br />
<strong>de</strong> precognição, traz uma mistura<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo e imaginação.<br />
E é por essa perspectiva que<br />
tento aqui respon<strong>de</strong>r à pergunta<br />
do PROPMARK.<br />
Minha previsão é uma espécie<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo natimorto: o<br />
fim do hype.<br />
Trata-se <strong>de</strong> uma esperança,<br />
quase inútil, <strong>de</strong> que a cortina<br />
<strong>de</strong> fumaça - levantada por buzzwords<br />
como digital transformation,<br />
social engagement<br />
e clickability, entre tantas outras<br />
- não nos <strong>de</strong>ixe esquecer<br />
do que realmente importa:<br />
conhecer as pessoas e saber se<br />
comunicar com elas.<br />
Não me entenda mal: sou<br />
um entusiasta da tecnologia.<br />
Fui <strong>de</strong>senvolvedor <strong>de</strong> software<br />
antes <strong>de</strong> mesmo <strong>de</strong> me<br />
tornar publicitário. Adoro e<br />
estudo o mundo pós-digital.<br />
Sou usuário antigo <strong>de</strong> mídias<br />
sociais. Utilizo o engajamento<br />
como uma das variáveis <strong>de</strong> estratégias<br />
<strong>de</strong> comunicação.<br />
Porém, não estou, aqui, me<br />
referindo a essas coisas em si,<br />
mas sim ao que o hype sobre<br />
essas mesmas coisas acaba<br />
“sou um<br />
entusiasta da<br />
tecnologia. Fui<br />
<strong>de</strong>senvolvedor<br />
<strong>de</strong> soFtware<br />
antes <strong>de</strong> mesmo<br />
<strong>de</strong> me tornar<br />
publicitário.<br />
adoro e estudo<br />
o mundo<br />
pós-digital”<br />
Alê Oliveira<br />
ofuscando.<br />
Nosso trabalho central continua<br />
sendo sobre e para pessoas.<br />
Por isso, não po<strong>de</strong>mos<br />
per<strong>de</strong>r nosso senso crítico e<br />
cair na tentação <strong>de</strong> acreditar<br />
que construções <strong>de</strong> marca e<br />
relações com pessoas po<strong>de</strong>m<br />
ser reduzidas apenas a algoritmos<br />
ou <strong>de</strong> que a subjetivida<strong>de</strong><br />
é menos importante que<br />
a otimização <strong>de</strong> performance.<br />
Deixarmo-nos hipnotizar<br />
pela tecnologia não nos faz<br />
mais mo<strong>de</strong>rnos, nem mais<br />
humanos: seria como alguém<br />
acreditar que ficará mais belo<br />
apaixonando-se pelo espelho.<br />
Por isso, “o fim do hype”<br />
é minha principal previsão-<br />
-<strong>de</strong>sejo.<br />
Assim, todos nós que lidamos<br />
com marcas jamais esqueceremos<br />
que, por trás da<br />
cortina <strong>de</strong> fumaça, moram as<br />
disciplinas que nunca vão obsoletar:<br />
o pensamento intuitivo<br />
e o raciocínio estratégico.<br />
Ken Fujioka é sócio e<br />
vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> planejamento<br />
da Loducca e presi<strong>de</strong>nte do<br />
GP (Grupo <strong>de</strong> Planejamento)<br />
País continuará<br />
valorizando<br />
a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> expressão<br />
comercial<br />
GilbeRto leiFeRt<br />
- especial para o PRoPMaRK<br />
O Brasil, <strong>de</strong>finitivamente,<br />
valoriza a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />
e o ano novo não <strong>de</strong>ve<br />
alterar essa nossa certeza! Isso<br />
não significa que ela estará<br />
imune a pressões e agravos.<br />
No tocante à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />
comercial, o Conar seguirá<br />
empenhado na sua intransigente<br />
<strong>de</strong>fesa, com mais ânimo<br />
até, em face da recente manifestação<br />
do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.<br />
Com um magistral voto da<br />
ministra Cármen Lúcia, secundada<br />
por outros ministros, a Corte<br />
ratificou a constitucionalida<strong>de</strong><br />
do tratamento dado pelo Congresso<br />
Nacional à propaganda <strong>de</strong><br />
bebidas alcoólicas, valorizando<br />
o eficaz sistema misto <strong>de</strong> legislação<br />
e autorregulamentação vigente<br />
no país.<br />
A ministra chegou a reproduzir<br />
em seu voto trechos extensos<br />
do Código Brasileiro <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />
Publicitária.<br />
Mais do que tratar <strong>de</strong> um setor<br />
anunciante reconhecidamente<br />
sensível e sob crítica constante,<br />
saliente-se que o mais elevado<br />
tribunal do país reconheceu o<br />
valor da autorregulamentação,<br />
a <strong>de</strong>monstrar que as normas voluntárias<br />
específicas (no caso, os<br />
Anexos A e P) são acatados, tornando<br />
<strong>de</strong>snecessária a <strong>edição</strong> <strong>de</strong><br />
novas leis.<br />
O mundo se abriu para as diferenças<br />
culturais e individuais<br />
e, ao mesmo tempo, se tornou<br />
menos tolerante. Teremos <strong>de</strong><br />
conviver com aqueles que se<br />
incomodam com as escolhas feitas<br />
pelos outros, muitas vezes a<br />
partir <strong>de</strong> um simples anúncio. E<br />
o Conar <strong>de</strong>verá estar atento para<br />
não sucumbir ao “politicamente<br />
correto” nem esmorecer na <strong>de</strong>fesa<br />
da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />
comercial, caso o ambiente institucional<br />
no Brasil venha a ser<br />
contaminado por viés pseudomoralista.<br />
Quando isso ocorre, a<br />
publicida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> sair per<strong>de</strong>ndo.<br />
Gilberto Leifert é<br />
presi<strong>de</strong>nte do Conar<br />
20 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
perspectivas 2016<br />
Gestores das boas<br />
marcas vão tirar<br />
aprendizados<br />
Empresas ruins vão seguir fazendo<br />
mais do mesmo e vão morrer<br />
Campos: “algumas tendências vão simplesmente prosseguir. Uma <strong>de</strong>las diz respeito à legitimida<strong>de</strong>”<br />
Fernando Campos<br />
- especial para o propmarK<br />
As perguntas mais difíceis<br />
<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r são justamente<br />
as mais abertas.<br />
A não ser, claro, que você utilize<br />
o protocolo extremo da cretinice<br />
e produza uma resposta<br />
ainda mais aberta, criando novas<br />
perguntas e tornando o ciclo<br />
da dúvida infinito e irritante.<br />
Protesto registrado, vamos<br />
à minha tentativa <strong>de</strong> resposta.<br />
Que, prometo, tentará não<br />
ce<strong>de</strong>r ao truque supracitado e<br />
tentará trazer algo <strong>de</strong> concreto.<br />
Bom, algumas tendências<br />
vão simplesmente prosseguir.<br />
Uma <strong>de</strong>las diz respeito à legitimida<strong>de</strong>.<br />
As boas marcas vão – e <strong>de</strong>vem,<br />
para seu próprio bem –<br />
seguir num processo <strong>de</strong> autoconhecimento<br />
profundo para<br />
“as marcas<br />
mais corajosas<br />
vão começar<br />
a apren<strong>de</strong>r o<br />
valor <strong>de</strong> ter<br />
uma opinião e<br />
expressá-la”<br />
Alê Oliveira<br />
garantir que sua relação com o<br />
consumidor tenha suporte na<br />
sua história, nas suas crenças,<br />
enfim, que sejam valores seus<br />
e não capturados em pesquisas<br />
sobre “o que querem os consumidores”.<br />
Os gestores das boas marcas<br />
vão tirar aprendizados <strong>de</strong> prototipagens<br />
cada vez mais intensas.<br />
Inovação já <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser diferencial<br />
competitivo, virou ferramenta<br />
básica <strong>de</strong> sobrevivência.<br />
As marcas mais corajosas vão<br />
começar a apren<strong>de</strong>r o valor <strong>de</strong><br />
ter uma opinião e expressá-la<br />
<strong>de</strong> forma simples e inequívoca,<br />
enten<strong>de</strong>ndo que a intensida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são e engajamento produzida<br />
pelos que concordam<br />
substitui com sobra o <strong>de</strong>scolamento<br />
e mesmo o abandono<br />
dos que discordam.<br />
E as marcas ruins? Essas<br />
vão seguir fazendo mais do<br />
mesmo e vão morrer sem procriar,<br />
sucumbindo continuamente<br />
à lei do velho Darwin,<br />
essa sim uma tendência que<br />
nunca sairá <strong>de</strong> moda.<br />
Fernando Campos é presi<strong>de</strong>nte da<br />
Santa Clara e do Clube <strong>de</strong> Criação<br />
teremos um<br />
ano pesado<br />
para a economia<br />
e a propaganda<br />
GlauCio Bin<strong>de</strong>r<br />
- especial para o propmarK<br />
ano que vem será difícil <strong>de</strong><br />
O prever: uma forma simpática<br />
<strong>de</strong> dizer que teremos um ano<br />
pesado para a economia brasileira<br />
e para nossa propaganda.<br />
Estamos no auge <strong>de</strong> uma<br />
crise e não conseguimos afirmar<br />
on<strong>de</strong> a razão começa na<br />
política ou na economia.<br />
No mundo, convive-se com<br />
uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformações<br />
sem prece<strong>de</strong>ntes. Categorias<br />
surgem e <strong>de</strong>saparecem todos<br />
os dia.<br />
As relações são reestabelecidas<br />
via o mundo digital, os<br />
anseios se tornaram mais particulares,<br />
nunca o tailor ma<strong>de</strong><br />
foi tão necessário, alterando<br />
completamente a lógica da economia<br />
<strong>de</strong> escala. Vale também<br />
para a comunicação.<br />
Ontem a mensagem genérica<br />
atendia a um grupo gran<strong>de</strong><br />
que chamávamos <strong>de</strong> target.<br />
Hoje os targets se fragmentaram<br />
por uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
características. E, claro, fica<br />
mais complexo e mais caro<br />
produzir tantas diferentes<br />
mensagens.<br />
O resultado mais tangível é<br />
que as participações nas categorias<br />
se aproximaram muito.<br />
Gran<strong>de</strong>s shares ten<strong>de</strong>m a rarear.<br />
Para nós, significa que construção<br />
<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>s passa a ser<br />
tarefa prioritária.<br />
Cresce a importância das estratégias,<br />
das i<strong>de</strong>ias, do conhecimento<br />
<strong>de</strong> cada mercado e dos<br />
consumidores.<br />
Cresce a importância da sinergia<br />
das diferentes plataformas<br />
<strong>de</strong> comunicação. Cresce a<br />
importância da qualida<strong>de</strong> na li<strong>de</strong>rança<br />
do processo. Papel que<br />
po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser ocupado pelo<br />
que chamamos hoje <strong>de</strong> agência<br />
<strong>de</strong> propaganda e quem sabe<br />
que nome terá amanhã?<br />
Precisamos <strong>de</strong> interlocutores<br />
mais preparados para esta li<strong>de</strong>rança<br />
<strong>de</strong> processo, nas agências<br />
e nos clientes.<br />
Glaucio Bin<strong>de</strong>r é presi<strong>de</strong>nte da<br />
Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional<br />
das Agências <strong>de</strong> Propaganda)<br />
22 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
perspectivAs 2016<br />
É hora <strong>de</strong> buscar novas<br />
soluções <strong>de</strong> comunicação<br />
Profissionais têm à disposição quantida<strong>de</strong> enorme <strong>de</strong> ferramentas<br />
Fabio Coelho<br />
- especial para o PRoPMaRK<br />
crise econômica do Brasil é<br />
A uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />
para as empresas buscarem novas<br />
soluções <strong>de</strong> comunicação, especialmente<br />
aquelas que geram<br />
mais eficiência. Hoje, os profissionais<br />
<strong>de</strong> marketing têm à disposição<br />
uma quantida<strong>de</strong> enorme<br />
<strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> dados<br />
que os permite compreen<strong>de</strong>r<br />
profundamente os hábitos<br />
e necessida<strong>de</strong>s do consumidor.<br />
Fazer uso <strong>de</strong>sses assets para <strong>de</strong>senvolver<br />
produtos e serviços<br />
relevantes e engajar pessoas, em<br />
especial os mais jovens, nascidos<br />
imersos no mundo digital e on<br />
<strong>de</strong>mand, será a chave do sucesso<br />
para prosperar num ano que, tudo<br />
indica, po<strong>de</strong> ser repleto <strong>de</strong> incertezas<br />
políticas e econômicas.<br />
Não há como <strong>de</strong>sviar o foco do<br />
crescimento do ví<strong>de</strong>o digital, do<br />
mobile e da mídia programática,<br />
em especial graças à eficiência<br />
gerada pelas campanhas online<br />
num cenário <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong><br />
gastos.<br />
Como as marcas vão trabalhar<br />
esta oportunida<strong>de</strong> que se apresenta<br />
pela afinida<strong>de</strong> dos brasileiros<br />
em consumir ví<strong>de</strong>os online,<br />
como as campanhas publicitárias<br />
se apo<strong>de</strong>rarão <strong>de</strong>ste espaço, fará<br />
parte <strong>de</strong> um processo estratégico<br />
<strong>de</strong> planejamento. Engajar com<br />
estas novas audiências do You-<br />
Tube e outras plataformas digitais<br />
e reconhecer o protagonismo<br />
dos smartphones como meio <strong>de</strong><br />
acesso à internet, <strong>de</strong>senvolvendo<br />
produtos específicos para mobile,<br />
é fundamental para o sucesso.<br />
O comportamento das pessoas na<br />
busca por informações, produtos<br />
e experiências é imediatista. Esta<br />
audiência não tem tempo a per<strong>de</strong>r.<br />
Além disto, a mídia programática<br />
nos permite uma escala<br />
e foco até pouco tempo atrás inimagináveis,<br />
com benefícios tanto<br />
para os produtores <strong>de</strong> conteúdo<br />
como para os consumidores<br />
<strong>de</strong> conteúdo.<br />
Mais do que tudo, é durante<br />
tempos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s problemas<br />
que precisam ser resolvidos,<br />
como este que vivemos hoje no<br />
Brasil, que surgem as melhores<br />
e mais criativas idéias e se vê o<br />
gran<strong>de</strong> espírito empreen<strong>de</strong>dor<br />
do brasileiro. O Google espera<br />
po<strong>de</strong>r continuar ampliando<br />
seu apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
do país na esfera da tecnologia<br />
e do empo<strong>de</strong>ramento digital,<br />
não apenas com a abertura do<br />
Campus São Paulo, um espaço<br />
para o nascimento <strong>de</strong> startups,<br />
e do YouTube Space Rio, para<br />
criadores cariocas, mas sendo<br />
uma plataforma que enxerga<br />
no futuro muitas e revolucionárias<br />
oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um<br />
mundo melhor.<br />
Fabio Coelho é presi<strong>de</strong>nte do<br />
Google Brasil e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
da Google Inc<br />
Divulgação<br />
Fabio Coelho: “Não há como <strong>de</strong>sviar o foco<br />
do crescimento do ví<strong>de</strong>o digital, do mobile e<br />
da mídia programática, em especial graças à<br />
eficiência gerada pelas campanhas online”<br />
Ano novo será <strong>de</strong> muita inteligência e reorganização<br />
Seja como for, os negócios não po<strong>de</strong>m nem <strong>de</strong>vem estagnar<br />
Paulo RobeRto SChMidt<br />
- especial para o PRoPMaRK<br />
ano <strong>de</strong> 2016 será difícil. Enquanto<br />
o Brasil estiver en-<br />
O<br />
frentando as turbulências políticas<br />
pelas quais vem passando,<br />
a economia ten<strong>de</strong> a se ressentir,<br />
consequemente, com reflexos<br />
<strong>de</strong>sastrosos para o mercado<br />
publicitário. Acredito que será<br />
um ano <strong>de</strong> muita inteligência e<br />
reorganização dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
negócios dos diversos players<br />
que atuam neste mercado.<br />
De qualquer forma, o fato é<br />
que, no âmbito da comunicação,<br />
os negócios não po<strong>de</strong>m<br />
nem <strong>de</strong>vem estagnar. As empresas<br />
precisam falar com os<br />
consumidores. Sem isso, vendas<br />
não se realizam. Sendo assim,<br />
por mais que estejam receosas,<br />
não <strong>de</strong>vem suspen<strong>de</strong>r os<br />
investimentos em propaganda.<br />
Em relação à produção, temos<br />
algumas sinalizações importantes<br />
que po<strong>de</strong>m, sobremaneira,<br />
salvar o ano <strong>de</strong> 2016.<br />
Já em <strong>2015</strong>, estamos constatando<br />
um aumento nas produções<br />
internacionais, motivado pela<br />
alta do dólar. E isso, com certeza,<br />
<strong>de</strong>ve se intensificar no próximo<br />
ano. Apesar do <strong>de</strong>sgaste<br />
da imagem brasileira no exterior,<br />
por conta da efervescência<br />
do momento político-econômico,<br />
o Brasil volta a se apresentar<br />
como uma excelente opção<br />
para os players internacionais.<br />
Isso, graças à combinação <strong>de</strong><br />
variação cambial com qualida<strong>de</strong><br />
comprovada da produção<br />
e dos serviços <strong>de</strong> produção<br />
brasileiros. Além disso, 2016 é<br />
ano <strong>de</strong> Olimpíadas no Brasil.<br />
Um evento <strong>de</strong>ssa magnitu<strong>de</strong><br />
cria uma <strong>de</strong>manda significativa<br />
<strong>de</strong> produções para anunciantes<br />
nacionais e internacionais.<br />
Estejam elas direta ou indiretamente<br />
envolvidas, sejam ou<br />
não patrocinadoras oficiais, as<br />
marcas não passam imunes a<br />
um único tema que mobiliza<br />
tantas janelas <strong>de</strong> mídia.<br />
Por fim, a transformação da<br />
comunicação no mundo também<br />
cria musculatura no Brasil.<br />
Dada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter<br />
e intensificar o diálogo com o<br />
público, as empresas <strong>de</strong>vem<br />
apostar em uma comunicação<br />
mais assertiva e personalizada,<br />
alinhada com causas e que passe<br />
<strong>de</strong> maneira menos intrusiva<br />
a mensagem, conectando-se<br />
com as pautas mais relevantes<br />
do momento. Em tempos<br />
<strong>de</strong> ampliação dos formatos <strong>de</strong><br />
mídia e dos pontos <strong>de</strong> contato<br />
com o público, bran<strong>de</strong>d content<br />
e bran<strong>de</strong>d entertainment<br />
po<strong>de</strong>m ser gran<strong>de</strong>s aliados para<br />
falar com o consumidor. Portanto,<br />
a produção <strong>de</strong> conteúdo<br />
parece ser uma ótima solução<br />
<strong>de</strong> comunicação para as marcas,<br />
além <strong>de</strong> o investimento ser<br />
muito menor, se comparado<br />
com os valores <strong>de</strong> mídia.<br />
Esses fatores fazem com que<br />
tenhamos a esperança que, no<br />
âmbito da produção, o <strong>de</strong>saquecimento<br />
não se mostre tão<br />
severo. Dessa forma, esperamos<br />
que o impacto em nosso<br />
setor, especificamente, seja minimizado.<br />
Paulo Roberto Schmidt é presi<strong>de</strong>nte<br />
da Apro (Associação Brasileira da<br />
Produção <strong>de</strong> Obras Audiovisuais) e<br />
produtor da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 23
perspectivas 2016<br />
OOH prevê <strong>de</strong>safios e reorganização<br />
Palavra reengenharia administrativa terá forte presença no ano que vem<br />
Marcelo Marcon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Moura<br />
- especial para o ProPMarK<br />
Temos certeza que, assim como<br />
<strong>2015</strong>, com a sua gran<strong>de</strong><br />
inconstância por parte dos investidores<br />
e da economia no Brasil,<br />
2016 não será muito diferente.<br />
Teremos um ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>safios e <strong>de</strong> reestruturação <strong>de</strong><br />
todas as áreas do negócio. A palavra<br />
reengenharia administrativa,<br />
que fez parte <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, terá<br />
forte presença também em 2016.<br />
Acreditamos que a criativida<strong>de</strong><br />
na gestão das empresas estará<br />
em pauta.<br />
Teremos <strong>de</strong> rever todos os<br />
conceitos no modo <strong>de</strong> comercialização<br />
e geração <strong>de</strong> negócios.<br />
Um gran<strong>de</strong> passo será aliar a tecnologia,<br />
agregando banco <strong>de</strong> dados<br />
<strong>de</strong> todos os tipos, perfis <strong>de</strong><br />
consumo, audiência e comprovação<br />
<strong>de</strong> retorno do investimento.<br />
A mídia programática será primordial<br />
para a sobrevivência das<br />
exibidoras, tornando as relações<br />
mais transparentes, confiáveis<br />
e tangíveis, com maior avanço<br />
nas relações anunciante/agência/<br />
veículo. Essa transformação no<br />
Painel com mensagem publicitária: Central <strong>de</strong> Outdoor enfatiza importância no respeito às políticas urbanas<br />
outdoor ocorre há mais <strong>de</strong> dois<br />
anos, mas, agora, será crucial<br />
para mantermos a posição <strong>de</strong><br />
alta, na participação no mercado<br />
publicitário.<br />
Nosso foco é alcançar os patamares<br />
<strong>de</strong> participação do OOH<br />
próximos aos <strong>de</strong> alguns países<br />
da Europa, que ultrapassam os<br />
15% <strong>de</strong> share. Depois <strong>de</strong> alguns<br />
sobressaltos, como os da última<br />
década, estamos mais atentos à<br />
nossa responsabilida<strong>de</strong> na vida<br />
cotidiana das pessoas nas cida<strong>de</strong>s.<br />
Continuamos a enfatizar a<br />
importância no respeito às polí-<br />
ticas urbanas, valorizando assim<br />
mais a mídia e a presença dos<br />
anúncios nos centros urbanos.<br />
Marcelo Marcon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Moura é<br />
presi<strong>de</strong>nte nacional da Central <strong>de</strong><br />
Outdoor e sócio-diretor da Aurum<br />
Comunicação & Marketing<br />
Divulgação<br />
O futuro aos dados pertence<br />
Abemd está publicando estudo realizado com associações <strong>de</strong> marketing<br />
efraiM KaPulsKi<br />
- especial para o ProPMarK<br />
Você já leu The Wisdom of<br />
Crowds? É um livro do jornalista<br />
americano James Surowiecki,<br />
que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a tese <strong>de</strong><br />
que a agregação <strong>de</strong> informação<br />
em grupo resulta em <strong>de</strong>cisões<br />
melhores do que as tomadas<br />
individualmente.<br />
Lembrei <strong>de</strong>le quando o PRO-<br />
PMARK me pediu para escrever<br />
previsões sobre o marketing<br />
no Brasil e no mundo em 2016.<br />
Porque, coinci<strong>de</strong>nte ou sincronisticamente,<br />
a Abemd está publicando,<br />
ao mesmo tempo em<br />
que as outras 16 associações <strong>de</strong><br />
marketing orientado por dados,<br />
o marketing diálogo, que compõem<br />
a Global DMA, os resultados<br />
da segunda <strong>edição</strong> <strong>de</strong> um<br />
estudo que ouviu mais <strong>de</strong> 3.000<br />
profissionais <strong>de</strong> todo o mundo e<br />
que, basicamente, pediu a mesma<br />
coisa a eles.<br />
Ou seja, em vez <strong>de</strong> oferecer<br />
um exercício <strong>de</strong> fútil arrogância<br />
<strong>de</strong> minha parte, eu teria a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> compartilhar com<br />
vocês algumas pitadas da sabedoria<br />
agregada por esses milhares<br />
<strong>de</strong> profissionais, executivos<br />
<strong>de</strong> anunciantes, <strong>de</strong> agências e<br />
outras empresas prestadoras <strong>de</strong><br />
serviços <strong>de</strong> marketing, e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvedores<br />
<strong>de</strong> tecnologia.<br />
Um fato me orgulha particularmente:<br />
com 523 respon<strong>de</strong>ntes,<br />
o Brasil foi o país que teve o<br />
maior número <strong>de</strong> executivos envolvidos<br />
com as pesquisas que<br />
“empresas estão<br />
cada vez mais<br />
interessadas<br />
em se tornar<br />
‘customer-<br />
-centrics’”<br />
formaram o estudo. Essa vitória<br />
<strong>de</strong>veu-se ao fato <strong>de</strong> a Abemd ter<br />
contado com a colaboração <strong>de</strong><br />
outras importantes associações<br />
que também têm os dados como<br />
insumos fundamentais, como<br />
Abap, Abradi, Abrarec e IAB.<br />
Se pudéssemos sintetizar o<br />
estudo em uma frase, diríamos<br />
que, <strong>de</strong> acordo com a opinião dos<br />
entrevistados, os dados não apenas<br />
já fazem a diferença como<br />
representam cada vez mais um<br />
pilar central do marketing, da<br />
publicida<strong>de</strong> e da experiência<br />
prática do consumidor em todo<br />
o mundo. E, em 2016, inclusive.<br />
Quantitativamente, 81,3% disseram<br />
que dados são importantes<br />
para os seus negócios. E 93,1%<br />
disseram acreditar que eles <strong>de</strong>sempenharão<br />
um papel ainda<br />
mais importante no futuro.<br />
Outra conclusão fundamental<br />
do estudo: o consumidor é<br />
rei! As empresas, disseram os<br />
entrevistados, estão cada vez<br />
mais interessadas em se tornar<br />
“customer-centrics”, com<br />
90,2% afirmando estarem focadas<br />
na implementação <strong>de</strong> análises<br />
preditivas e segmentação,<br />
com o objetivo <strong>de</strong> entregarem<br />
mensagens mais precisas, mais<br />
relevantes e capazes <strong>de</strong> engajar<br />
suas audiências.<br />
Em consequência, veremos<br />
em 2016 a continuida<strong>de</strong> da migração<br />
das verbas para as ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> marketing orientado<br />
por dados: 68,6% dos entrevistados<br />
têm a expectativa <strong>de</strong> que<br />
no ano que vem as suas empresas<br />
utilizarão mais verbas nessa<br />
direção. O estudo completo<br />
po<strong>de</strong> ser acessado no portal da<br />
Abemd: http://www.abemd.<br />
org.br/pagina.php?id=98<br />
Efraim Kapulski é presi<strong>de</strong>nte da<br />
Abemd (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />
Marketing Direto)<br />
24 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
perspectivAs 2016<br />
“As coisas precisam fazer sentido”<br />
Será um ano dos mais<br />
<strong>de</strong>safiadores pela<br />
exigência que teremos<br />
<strong>de</strong> nos impor<br />
Divulgação<br />
Glen Valente<br />
– especial para o PROPMaRK<br />
Acredito que a virada <strong>de</strong> ano <strong>de</strong> 2016<br />
não será igual a nenhuma até então.<br />
Olho ao meu redor e vejo uma sensação<br />
coletiva <strong>de</strong> esforço para não <strong>de</strong>ixar a situação<br />
política e econômica nos paralisar e<br />
roubar as conquistas dos últimos anos.<br />
Não po<strong>de</strong>mos!<br />
Nunca vivenciei tanto trabalho e empenho,<br />
oportunida<strong>de</strong>s geradas pela criativida<strong>de</strong><br />
da insegurança, flexibilida<strong>de</strong> para as<br />
novas sinergias.<br />
Estamos encarando um estreitamento<br />
das incoerências consolidadas por arbitrarieda<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> interesses.<br />
Em 2016, as coisas precisam fazer sentido,<br />
se justificar.<br />
Será um dos anos mais <strong>de</strong>safiadores<br />
que já tivemos. E não digo isso pelas dificulda<strong>de</strong>s,<br />
que até já foram mais intensas<br />
no passado, mas pela exigência que teremos<br />
<strong>de</strong> nos impor dia após dia, para não<br />
ficarmos à espreita das lamentações e limitações.<br />
Temos nas mãos um forte sentimento<br />
cultural e social que precisa <strong>de</strong> resposta,<br />
que foi empon<strong>de</strong>rado e quer continuar<br />
com fôlego nos próximos anos.<br />
O marketing <strong>de</strong> 2016 precisará trabalhar<br />
para aten<strong>de</strong>r a esse chamado.<br />
Temos uma nova geração que consome<br />
diferente e outras tantas que precisam ser<br />
amparadas e conduzidas com segurança<br />
pelos novos tempos.<br />
A boa notícia é que vejo motivação<br />
e entusiasmos em todos nesse sentido.<br />
Cabe às marcas e companhias assumirem<br />
o protagonismo nessa história, “amarrando”<br />
todas as pontas com verda<strong>de</strong> e propósito.<br />
Hoje, mais do que nunca, as pessoas<br />
vão atrás <strong>de</strong> um benefício real, não <strong>de</strong> um<br />
discurso.<br />
Terá a audiência em 2016 quem melhor<br />
simplificar, quem melhor entreter, quem<br />
melhor amparar, quem melhor conduzir<br />
uma entrega pertinente, coerente e atual.<br />
Neste jogo cabe às marcas assumir o protagonismo nessa história, “amarrando” todas as pontas<br />
Glen Valente é diretor-comercial<br />
e <strong>de</strong> marketing do SBT<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 25
PERsPEctivas 2016<br />
Desejo pelo extremo<br />
é uma tendência visual<br />
Em estudo feito pela Getty Images conceito sobre<br />
engajamento social também se <strong>de</strong>staca<br />
Claudia Penteado<br />
partir da análise <strong>de</strong> uso das<br />
A imagens do próprio banco<br />
<strong>de</strong> dados e inputs da sua equipe<br />
global <strong>de</strong> antropólogos visuais<br />
e diretores <strong>de</strong> arte, a Getty Images<br />
traçou algumas tendências<br />
visuais e as principais i<strong>de</strong>ias<br />
que influenciarão o <strong>de</strong>sign, a<br />
publicida<strong>de</strong> e as comunicações<br />
<strong>de</strong> marcas em 2016. Aparecem<br />
com força o <strong>de</strong>sejo pelo extremo<br />
e sair do mainstream, mas<br />
também o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> buscar<br />
uma comunida<strong>de</strong> e engajar-se<br />
para o bem social mais amplo.<br />
“As tendências abordam o lado<br />
social e cultural da linguagem visual<br />
do futuro, e procuram antever<br />
para quais imagens os consumidores<br />
serão mais responsivos<br />
no próximo ano”, explica Pamela<br />
Grossman, diretora <strong>de</strong> tendências<br />
visuais da Getty Images.<br />
Segundo o estudo, serão tendências<br />
visuais e movimentos<br />
criativos no próximo ano a existência<br />
divina, a extensão humana,<br />
a insurgente (outsi<strong>de</strong>r in), o<br />
caos estético, o silêncio x barulho<br />
e o surrealismo. A tendência<br />
visual da existência divina tem<br />
a ver, segundo Pamela, com as<br />
imagens e as mensagens que possuem<br />
um elemento <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>,<br />
contemplação e bonda<strong>de</strong>,<br />
que estão ressoando entre os<br />
consumidores. Tem a ver com a<br />
busca <strong>de</strong> propósito no centro das<br />
narrativas das marcas e a um senso<br />
<strong>de</strong> valor “<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora”.<br />
“Temos visto muitas marcas<br />
<strong>de</strong> luxo usando imagens com significados<br />
<strong>de</strong> religião, santida<strong>de</strong>,<br />
misticismo e reverência. Os consumidores<br />
estão buscando experiências<br />
significativas e procuram<br />
conectar-se com algo maior<br />
do que eles mesmos, buscando<br />
propósito e iluminação. Temos<br />
visto imagens com tratamento <strong>de</strong><br />
luz suave e celestial, que usam<br />
uma iconografia quase religiosa<br />
ou espiritual, ou ainda que são<br />
retratadas a partir do “ponto <strong>de</strong><br />
vista <strong>de</strong> Deus”, do alto, fazendo<br />
o mundo parecer milagroso e um<br />
local do qual vale a pena cuidar”,<br />
diz Pamela.<br />
Segunda tendência visual para<br />
2016, a extensão humana é reflexo<br />
<strong>de</strong> como a tecnologia está mudando<br />
o jeito que vivemos nossa<br />
vida, compartilhamos nossas experiências<br />
e assimilamos nossos<br />
arredores. A tendência explora<br />
como a tecnologia se torna uma<br />
26 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Fotos: Divulgação<br />
extensão das pessoas, <strong>de</strong>safiando<br />
os conceitos do que significa<br />
ser humano ao otimizar os corpos,<br />
expandir a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
memória e criativida<strong>de</strong> e oferecer<br />
conectivida<strong>de</strong> total.<br />
A tendência insurgente tem<br />
a ver com o <strong>de</strong>safio aos limites:<br />
imagens que rompem com a<br />
tradição e o gosto popular mais<br />
audacioso. Aumenta o apetite<br />
por um ponto <strong>de</strong> vista único e<br />
elementos visuais que se <strong>de</strong>stacam.<br />
Analisa o modo <strong>de</strong> pensar<br />
não convencional e a ruptura que<br />
vem dos outsi<strong>de</strong>rs na forma <strong>de</strong><br />
rebel<strong>de</strong>s, excêntricos, não conformistas<br />
e anti-heróis.<br />
“Essa tendência abraça os personagens<br />
rebel<strong>de</strong>s que não se<br />
parecem com mo<strong>de</strong>los perfeitos.<br />
Ela retrata vigilantes, ativistas,<br />
iconoclastas. Eles são únicos,<br />
corajosos, não conformadores,<br />
marginais ou até mesmo totalmente<br />
estranhos. A tendência<br />
também celebra os estilos irreverentes,<br />
as sugestões contraculturais<br />
e o pensamento fora da<br />
caixa. Das seis tendências que<br />
iniciam uma nova era <strong>de</strong> ousadia<br />
e mindfulness essa é minha<br />
favorita, juntamente com caos<br />
estético. Sou gran<strong>de</strong> fã do pensamento<br />
e do visual audacioso que<br />
fazem com que as pessoas acor<strong>de</strong>m<br />
e prestem atenção”, observa<br />
Pamela.<br />
Outro movimento que<br />
<strong>de</strong>ve se <strong>de</strong>senhar<br />
no ano que vem é o<br />
místico. As imagens com<br />
tratamento <strong>de</strong> luz suave<br />
e celestial, que usam<br />
uma iconografia quase<br />
religiosa, representam<br />
essa tendência, como a<br />
assinada por Andy Lo Pò<br />
O Yagi Studio retrata o surrealismo, apontado<br />
pelo estudo como uma tendência para 2016<br />
“As tendênciAs<br />
AbordAm o<br />
lAdo sociAl e<br />
culturAl dA<br />
linguAgem<br />
visuAl do<br />
futuro”<br />
Passo além<br />
O caos estético é um passo<br />
além da previsibilida<strong>de</strong> e uma<br />
reação à perfeição muitas vezes<br />
prevista nas imagens publicitárias.<br />
A abordagem do caos<br />
estético à produção <strong>de</strong> imagens<br />
<strong>de</strong>staca-se em meio a um movimentado<br />
mercado <strong>de</strong> mesmices.<br />
As imagens são bagunçadas, sujas,<br />
suadas, viscerais, maravilhosas<br />
e horríveis ao mesmo tempo,<br />
e surgem do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> fugir da<br />
higienização e da previsibilida<strong>de</strong><br />
da vida cotidiana e <strong>de</strong>leitar-se<br />
com o aspecto físico da natureza<br />
humana.<br />
Da mesma forma, a tendência<br />
silêncio x barulho: o ano <strong>de</strong> 2016<br />
promete ser cheio <strong>de</strong> extremos<br />
visuais, gran<strong>de</strong>s contrastes e<br />
contradições estilísticas, e po<strong>de</strong><br />
ser visto como um contraponto<br />
ao caos estético. As imagens são<br />
simples e minimalistas e abrem<br />
espaço para mensagens similares:<br />
suscintas e <strong>de</strong>scomplicadas,<br />
mas lindamente executadas <strong>de</strong><br />
forma a se sobressaírem quando<br />
contrastadas às imagens mais<br />
frenéticas. Visualmente é o “menos<br />
é mais”, tanto na composição<br />
sobre obter um respiro, uma<br />
pausa, da sujeira visual e focar<br />
em uma imagem forte e pequena<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um espaço amplo e silencioso.<br />
Surrealismo é uma tendência<br />
que se conecta, por exemplo,<br />
com fotógrafos usando um novo<br />
tipo <strong>de</strong> manipulação <strong>de</strong> fotografia<br />
para criar imagens lúdicas e<br />
muitas vezes surreais, aparentando,<br />
às vezes, uma versão do<br />
século 21 da psico<strong>de</strong>lia dos anos<br />
1960. As imagens também são<br />
influenciadas por sonhos, pelo<br />
subconsciente e pelo movimento<br />
surrealista original. Em resposta<br />
a uma década dominada pela<br />
autenticida<strong>de</strong> e pelo realismo, há<br />
um apetite enorme pelo surreal e<br />
pelo inesperado.<br />
“Eu sou uma nerd da história<br />
A tendência<br />
insurgente tem a<br />
ver com imagens<br />
que rompem com<br />
a tradição. Analisa<br />
o modo <strong>de</strong> pensar<br />
não convencional e a<br />
ruptura que vem dos<br />
outsi<strong>de</strong>rs, como a<br />
<strong>de</strong> Felicity McCabe<br />
da arte e sempre amei o movimento<br />
surrealista, que surgiu<br />
entre as duas guerras mundiais.<br />
Ele surge a partir dos sonhos,<br />
do inconsciente, do autoexame<br />
e da vida <strong>de</strong> fantasia. Acho que<br />
ele oferece um jeito <strong>de</strong> sentir o<br />
maravilhoso e o mágico em tempos<br />
<strong>de</strong> perturbação. A tendência<br />
surrealista segue esse padrão,<br />
mas adiciona a ele uma camada<br />
<strong>de</strong> tecnologia e vida contemporânea.<br />
Trata-se <strong>de</strong> manipulação<br />
fotográfica, replicação, multiplicação<br />
e construção <strong>de</strong> mundos”,<br />
conclui Pamela.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 27
inspiração<br />
Luiz Rocha/Shutterstock<br />
Criativida<strong>de</strong> para o sabor<br />
A feijoada é resultado <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escassez. Os escravos<br />
souberam aproveitar partes rejeitadas do porco com feijão preto<br />
sobre dificulda<strong>de</strong>s e amigos<br />
Das pernas tortas do Garrincha à feijoada em época <strong>de</strong> escassez,<br />
Fabio Seidl, da 360i, relaciona inspiração ao que não é fácil<br />
28 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Fabio Seidl é Group Creative<br />
Director da 360i NY<br />
FABIO SEIDL<br />
– Especial para o PROPMARK<br />
feijoada foi inventada na escassez. Na<br />
A falta <strong>de</strong> coisa melhor, os escravos resolveram<br />
aproveitar as partes dos porcos que<br />
seus senhores não comiam e acrescentá-las<br />
ao feijão preto.<br />
Aleijadinho, filho <strong>de</strong> escravos, tinha uma<br />
doença <strong>de</strong>generativa nas articulações, o que<br />
não o impediu <strong>de</strong> continuar sendo artista, um<br />
dos maiores do seu país.<br />
Garrincha, artista <strong>de</strong> outra área, tinha as<br />
pernas tortas. Ronaldo voltou a ser um fenômeno<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter uma perna quebrada, dilacerada<br />
e <strong>de</strong>pois reconstruída.<br />
Alguns dos maiores craques da música brasileira<br />
surgiram em tempos complicados <strong>de</strong> repressão:<br />
Caetano Veloso, da Tropicália, Mutantes,<br />
Chico, Raul e Tim Maia.<br />
Foi também nos anos <strong>de</strong> chumbo que surgiram<br />
os punks das canetas e máquinas <strong>de</strong> escrever:<br />
o Pasquim <strong>de</strong> Jaguar, Millôr, Ziraldo,<br />
Henfil, a maioria <strong>de</strong>les, aliás, acabou presa.<br />
Quando José Padilha meteu na cabeça que<br />
queria fazer um documentário sobre o Bope<br />
<strong>de</strong>scobriu que nenhum policial queria dar <strong>de</strong>poimentos.<br />
Mesmo sem nenhuma experiência<br />
na área <strong>de</strong> ficção, ele não <strong>de</strong>sistiu e filmou<br />
Tropa <strong>de</strong> Elite, o filme mais bem-sucedido da<br />
história do cinema brasileiro.<br />
É. Nada inspira como a dificulda<strong>de</strong>.<br />
Foi ela quem lançou o homem ao mar e<br />
<strong>de</strong>pois ao espaço. Essa fixação pela inconsequência<br />
<strong>de</strong> mostrar o que só você está vendo.<br />
O alarme <strong>de</strong>spertador que toca na cabeça<br />
quando alguém usa a palavra “impossível”. A<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer primeiro e <strong>de</strong> apagar o sorrisinho<br />
preguiçoso daquele incompetente que<br />
prefere dizer que você é teimoso, maluco e<br />
não dá para fazer.<br />
Quando me falam que não dá para fazer alguma<br />
coisa que eu acho que dá, aí é que eu<br />
quero fazer mesmo.<br />
Só é maluco quem acha que dá para fazer<br />
sozinho.<br />
Padilha <strong>de</strong>scobriu apenas na <strong>edição</strong> que<br />
seu filme, que foi inteiro filmado com o personagem<br />
André Mathias como protagonista,<br />
ficaria melhor se fosse montado <strong>de</strong> novo em<br />
volta da história do Capitão Nascimento, interpretado<br />
por Wagner Moura. Foi sugestão<br />
da mulher <strong>de</strong> um dos roteiristas e contou com<br />
um <strong>de</strong>bate com os produtores.<br />
No Pasquim, <strong>de</strong>pois da prisão dos seus editores,<br />
mais gente boa se juntou a eles. E os leitores<br />
do jornal fizeram ele ser mais vendido<br />
que as duas maiores revistas do país juntas na<br />
época: a Manchete e uma tal <strong>de</strong> Veja.<br />
Quando vários músicos brasileiros saíram<br />
do cárcere ou voltaram do exílio encontraram<br />
outros músicos, produtores e radialistas que<br />
acreditaram neles.<br />
Garrincha teve Pelé. Ronaldo teve Rivaldo.<br />
E mais 20 no time e no banco.<br />
Aleijadinho teve um amigo e ajudante que<br />
amarrava as ferramentas nas suas mãos.<br />
E feijoadas, como sabemos, são impossíveis<br />
<strong>de</strong> comer sem amigos, que sempre trazem<br />
uma cervejinha gelada. E tem sempre<br />
aquele que faz a melhor caipirinha.<br />
Nada inspira como a dificulda<strong>de</strong> e os parceiros,<br />
companheiros e amigos que estão ao<br />
seu lado na hora da dificulda<strong>de</strong>. Criativos,<br />
atendimentos, planejamentos, mídias, clientes,<br />
produtores, chefes, gente que acredita<br />
que, se fosse fácil, a gente tinha escolhido outra<br />
profissão.<br />
Alê Oliveira<br />
Acreditar no outro<br />
Pelé é mencionado como quem<br />
acreditou em Garrincha, da mesma<br />
maneira que Ronaldo teve Rivaldo.<br />
E mais 20 no time e no banco<br />
Arquivo PROPMARK<br />
Craques<br />
musicais<br />
Alguns dos maiores<br />
nomes da música<br />
brasileira, como<br />
Caetano Veloso<br />
(foto), da Tropicália,<br />
Mutantes, Chico,<br />
Raul e Tim Maia,<br />
surgiram em tempos<br />
<strong>de</strong> repressão<br />
Divulgação<br />
Primeira vez<br />
Quando José Padilha <strong>de</strong>cidiu fazer um<br />
documentário sobre o Bope, <strong>de</strong>scobriu que<br />
nenhum policial queria dar <strong>de</strong>poimentos. Mesmo<br />
sem nenhuma experiência na área <strong>de</strong> ficção, ele<br />
não <strong>de</strong>sistiu e filmou Tropa <strong>de</strong> Elite, com Wagner<br />
Moura (foto) no papel do Capitão Nascimento<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 29
Mídia<br />
Otima cresce e planeja<br />
expansão geográfica<br />
Concessionária <strong>de</strong> mobiliários urbanos aumentou<br />
em mais <strong>de</strong> 20% seu faturamento neste ano<br />
Fotos: Alê Oliveira e Divulgação<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
crescimento da Otima em<br />
O <strong>2015</strong> atingiu a casa dos dois<br />
dígitos em duas esferas: no faturamento,<br />
com incremento <strong>de</strong><br />
21,6% em relação ao ano passado,<br />
e no número <strong>de</strong> campanhas<br />
veiculadas, que foi 49% maior.<br />
Os números positivos foram<br />
atribuídos pela presi<strong>de</strong>nte da<br />
concessionária <strong>de</strong> mobiliários<br />
urbanos, Violeta Noya, ao perfil<br />
inovador da empresa, que, mais<br />
do que propaganda, busca levar<br />
às ruas experiências para o consumidor<br />
se aproximar das marcas.<br />
Com esse perfil, o ano <strong>de</strong><br />
2016 promete ainda mais inovação<br />
na mídia exterior <strong>de</strong>senvolvida<br />
pela Otima, que planeja<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> atuar exclusivamente<br />
em na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo e inicia<br />
seu plano <strong>de</strong> expansão geográfica<br />
pelo Brasil.<br />
Segundo Violeta, ainda no<br />
primeiro semestre, outra cida<strong>de</strong><br />
passa a ser atendida pela empresa<br />
– o en<strong>de</strong>reço permanece em<br />
sigilo. No novo contrato, a comunicação<br />
da Otima <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />
restrita aos abrigos <strong>de</strong> ônibus,<br />
caso <strong>de</strong> São Paulo, e é expandida<br />
para outras peças <strong>de</strong> mobiliário<br />
urbano, como relógios.<br />
Também para 2016, a Otima<br />
encerra a substituição dos pontos<br />
<strong>de</strong> ônibus da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />
Paulo, o que era previsto para o<br />
fim <strong>de</strong>ste ano. Até o momento,<br />
6 mil abrigos já foram substituídos,<br />
faltando somente 500 do<br />
total estabelecido no contrato<br />
que entrou em vigor em janeiro<br />
<strong>de</strong> 2013 e tem duração <strong>de</strong><br />
25 anos – o que coloca a Otima<br />
como a maior concessionária <strong>de</strong><br />
mobiliários urbanos do Brasil.<br />
“O prazo inicial era <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong>sse ano, mas a Prefeitura pediu<br />
para esticar esse prazo em<br />
razão <strong>de</strong> novas obras. Surgiram<br />
novos corredores <strong>de</strong> ônibus na<br />
cida<strong>de</strong> e é importante que eles<br />
tenham novos pontos. As obras<br />
da Prefeitura seguem até maio e<br />
Violeta Noya, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Otima, fala que padrão<br />
<strong>de</strong> inovação das ações<br />
out of home oferecidas<br />
pela empresa é superior a<br />
referências internacionais<br />
30 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
por isso nós fizemos essa adaptação,<br />
ajustando nosso cronograma<br />
ao das obras dos corredores”,<br />
explica Violeta.<br />
ExpansãO<br />
Quando fala que a expansão<br />
da Otima será primeiro nacional,<br />
Violeta se refere às referências<br />
que busca no exterior para<br />
colocar a empresa em patamar<br />
internacional <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.<br />
“Não somos uma empresa<br />
<strong>de</strong> mídia exterior, somos uma<br />
plataforma <strong>de</strong> mídia. Eu me<br />
preocupo muito além da Otima,<br />
mas com o mercado <strong>de</strong> mídia<br />
exterior como um todo, em aumentar<br />
nossa participação no<br />
bolo publicitário. Nossos clientes<br />
sabem que a Otima topa inovar<br />
com eles, tomar o risco. Não<br />
é qualquer empresa que topa colocar<br />
skate na rua (case <strong>de</strong> Desperados,<br />
marca da Heineken),<br />
refrigerar uma caixa e distribuir<br />
sorvete, como fizemos com Kibon.<br />
Mas a gente vai na frente,<br />
pensando em novas i<strong>de</strong>ias, em<br />
referências inovadoras, e estamos<br />
virando referência lá fora”,<br />
acrescenta. “A Otima, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o primeiro dia <strong>de</strong> empresa, se<br />
posicionou como a empresa <strong>de</strong><br />
mídia exterior mais inovadora<br />
do Brasil e acredito até que<br />
mais inovadora do mundo. Nós<br />
já largamos com um posicionamento<br />
muito forte <strong>de</strong> inovação<br />
e <strong>2015</strong> teve um volume muito<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetos diferenciados.<br />
Quando viajo eu não vejo,<br />
em Paris, Londres, Nova York,<br />
a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovações que<br />
estão sendo feitas pela Otima<br />
aqui”, complementa.<br />
Para a executiva, alguns fatores<br />
contribuem para o mo<strong>de</strong>lo<br />
em ascensão da Otima, entre<br />
eles a jornada das pessoas que<br />
vivem em São Paulo, que passam,<br />
em média, 12 horas por dia<br />
na rua, e as transformações <strong>de</strong><br />
mobilida<strong>de</strong> urbana pelas quais<br />
a cida<strong>de</strong> vem passando. “Hoje,<br />
em São Paulo, eu só perco em<br />
audiência para a TV Globo. Out<br />
of home é o segundo meio disparado<br />
em atenção e nosso resultado<br />
é consolidado pelo consumidor<br />
cada vez mais na rua,<br />
mudando seus hábitos. Hoje o<br />
paulistano médio acorda cedo<br />
para trabalhar, vai para aca<strong>de</strong>mia,<br />
volta e tem um tempo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>, no mínimo,<br />
cinco horas por dia, ficando na<br />
rua no mínimo 12 horas”, <strong>de</strong>talha<br />
a executiva.<br />
núMErOs<br />
Em <strong>2015</strong>, a Otima conquistou<br />
110 novos clientes e veiculou<br />
457 campanhas. Em quase<br />
três anos <strong>de</strong> mercado, a empresa<br />
soma 282 anunciantes<br />
e 774 marcas com campanhas<br />
veiculadas nos mobiliários <strong>de</strong><br />
Ação para divulgar luta <strong>de</strong> UFC no Brasil convidava público a nocautear painel da Otima<br />
e, assim, enviar emojis para interagir com os lutadores no Twitter<br />
“SomoS uma<br />
plataforma<br />
<strong>de</strong> mídia”<br />
A marca <strong>de</strong> batata Lay’s<br />
colocou nas ruas um painel<br />
que i<strong>de</strong>ntificava o sorriso<br />
do consumidor e, como<br />
recompensa, o presenteava<br />
com amostras do produto:<br />
mais <strong>de</strong> 3,5 mil unida<strong>de</strong>s foram<br />
distribuídas em duas semanas<br />
São Paulo. Só neste ano, foram<br />
34 projetos diferenciados,<br />
o que representa uma alta <strong>de</strong><br />
161% em relação ao ano passado.<br />
Marcas <strong>de</strong> vários segmentos<br />
aceitaram o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />
inovar nas ruas e em parceria<br />
com a Otima, como a Kibon,<br />
que transformou um painel<br />
convencional em uma cabine<br />
refrigerada para a distribuição<br />
<strong>de</strong> sorvetes em duas<br />
ocasiões, no lançamento do<br />
Fruttare Mousse <strong>de</strong> Morango e<br />
do Tablito Chococo. Somando<br />
as duas ações, cada uma com<br />
duas semanas <strong>de</strong> duração, foram<br />
distribuídos aproximadamente<br />
12 mil sorvetes em pontos<br />
estratégicos da cida<strong>de</strong>. Já a<br />
marca <strong>de</strong> batatas Lay’s promoveu<br />
nos painéis da Otima uma<br />
ação que uniu interativida<strong>de</strong> e<br />
sampling machine na Avenida<br />
Paulista. A ação, intitulada Dê<br />
um sorriso e ganhe uma Lay’s,<br />
criou um software que reconhecia<br />
o rosto e media a intensida<strong>de</strong><br />
do sorriso do usuário,<br />
batizado <strong>de</strong> sorrisômetro.<br />
Assim que o dispositivo reconhecia<br />
o sorriso, o consumidor<br />
ganhava uma amostra <strong>de</strong><br />
Lay’s: mais <strong>de</strong> 3,5 mil batatas<br />
foram distribuídas em duas<br />
semanas.<br />
Para 2016, Violeta adianta<br />
que esses projetos <strong>de</strong>vem ser<br />
ampliados a partir <strong>de</strong> um maior<br />
investimento em tecnologias<br />
que permitam oferecer uma<br />
plataforma integrada <strong>de</strong> mídias,<br />
por meio <strong>de</strong> wifi, touch-screen<br />
e realida<strong>de</strong> aumentada. Um<br />
exemplo do que po<strong>de</strong> ser feito<br />
foi a ação criada pela Pereira &<br />
O’Dell e <strong>de</strong>senvolvida pela Otima<br />
para o confronto entre Vitor<br />
Belfort e Dan Hen<strong>de</strong>rson, no<br />
UFC, em outubro. Com a ajuda<br />
dos fãs, os socos dados nos painéis<br />
da Otima eram convertidos<br />
em emojis e enviados para a timeline<br />
dos lutadores no Twitter:<br />
foram mais <strong>de</strong> 35 mil socos<br />
e 10 mil tweets em <strong>de</strong>z dias.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 31
MíDiA<br />
Novo PROPMARK oferece mais<br />
oportunida<strong>de</strong>s para anunciantes<br />
Com formato tabloi<strong>de</strong> e impressão em papel couché, a publicação<br />
possibilita ações diferenciadas, como sobrecapa, encartes e cintas<br />
Vinícius noVaes<br />
PROPMARK está <strong>de</strong> roupa nova <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
O <strong>edição</strong> do dia 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Mas, com<br />
essa roupa, surgem também novas perspectivas<br />
comerciais, favorecidas pelo novo<br />
formato e pelo papel couché, que oferece<br />
mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrega ao conteúdo<br />
editorial e às mensagens dos anunciantes.<br />
Renato Resston, diretor-comercial da<br />
Editora Referência, que edita o jornal PRO-<br />
PMARK e as revistas Propaganda e Marketing,<br />
afirma que a repercussão do mercado<br />
foi acima das expectativas. “Nesta primeira<br />
<strong>edição</strong> do novo formato, tivemos 34 anunciantes”,<br />
exemplificou ao citar o sucesso<br />
do produto.<br />
A equipe <strong>de</strong> Resston é composta pelos<br />
gerentes Monserrat Mirró e Sergio Ricardo,<br />
pela coor<strong>de</strong>nadora Regina Sumaya e pela<br />
assistente Larissa Queiroz.<br />
Resston falou ainda sobre os elogios que<br />
o mercado publicitário fez à novida<strong>de</strong>. “Nós<br />
fizemos mais <strong>de</strong> 60 apresentações do novo<br />
projeto para o mercado e 100% dos participantes<br />
adoraram e falaram que a gente estava<br />
no caminho certo”, afirmou.<br />
Para ele, a mudança no formato do PRO-<br />
PMARK era algo necessário. “Houve testemunhais<br />
<strong>de</strong> alguns anunciantes que nos<br />
<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> fora algumas vezes por conta<br />
da qualida<strong>de</strong> do papel e da impressão”,<br />
<strong>de</strong>stacou o executivo. A escolha do formato,<br />
inclusive, foi acertada, <strong>de</strong> acordo com<br />
Resston. “Agora, o PROPMARK cabe muito<br />
bem na mesa <strong>de</strong> trabalho e na mochila, ao<br />
lado do notebook”, disse.<br />
A mudança no formato, avalia o diretor-<br />
-comercial da Editora Referência, também<br />
vai alcançar um novo público. “Os mais jovens,<br />
que antes não liam o jornal por conta<br />
do formato, certamente passarão a ler”,<br />
apostou.<br />
Segundo ele, o formato antigo não conversava<br />
com os mais jovens. “Nas ações que<br />
a gente fazia <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s, isso<br />
era muito claro: os alunos passavam e pegavam<br />
as revistas Propaganda e Marketing e<br />
não pegavam o jornal, por causa do formato”,<br />
complementou.<br />
Outro ponto <strong>de</strong>stacado por Renato Resston<br />
foi a logística do produto. Antes o PROP-<br />
MARK era impresso na gráfica do jornal O<br />
Alê Oliveira<br />
Equipe comercial (da esq. para dir.): Larissa Queiroz, Sergio Ricardo, Renato Resston, Monserrat Mirró e Regina Sumaya<br />
Estado <strong>de</strong> S.Paulo. Com a mudança, a publicação<br />
passa a ser impressa na própria Referência<br />
Gráfica – o que, na opinião <strong>de</strong> Resston,<br />
possibilita uma série <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />
aos anunciantes.<br />
“Por ser impresso, agora, na nossa gráfica,<br />
o novo PROPMARK possibilita novas<br />
ações, como sobrecapa, encartes e cintas,<br />
entre outras tantas oportunida<strong>de</strong>s aos nossos<br />
anunciantes”, revelou.<br />
Para dar início ao novo projeto, a Editora<br />
Referência precisou investir em novo maquinário<br />
para sua gráfica, com a importação<br />
da Alemanha <strong>de</strong> uma impressora offset Hei<strong>de</strong>lberg<br />
Speedmaster.<br />
MUDANÇA<br />
Em maio <strong>de</strong>ste ano, o PROPMARK completou<br />
50 anos <strong>de</strong> existência e, como parte<br />
das comemorações do aniversário, fez<br />
uma <strong>edição</strong> especial que trazia as maiores<br />
inovações das últimas cinco décadas. A celebração<br />
da inovação continua com o novo<br />
projeto gráfico. O trabalho foi assinado pela<br />
Africa, capitaneado pelo copresi<strong>de</strong>nte e<br />
diretor-geral <strong>de</strong> criação da agência, Sergio<br />
Gordilho.<br />
Outras mudanças importantes no jornal<br />
são o logotipo, que agora aparece todo em<br />
caixa alta para ressaltar o peso da marca, a<br />
presença <strong>de</strong> ícones para i<strong>de</strong>ntificar as seções<br />
e a capa com menos texto. Do ponto<br />
<strong>de</strong> vista editorial, o conteúdo acompanha a<br />
mudança gráfica com a implantação <strong>de</strong> novas<br />
seções e a valorização das imagens.<br />
O PROPMARK nasceu como uma coluna<br />
no antigo Diário Popular. Depois <strong>de</strong> 19 anos<br />
sendo publicada no jornal, a Asterisco foi<br />
transformada, então, em Ca<strong>de</strong>rno Propaganda<br />
& Marketing e passou a circular como<br />
suplemento dos jornais Gazeta Esportiva<br />
e Folha da Tar<strong>de</strong>. Com o fim do jornal da<br />
empresa Folha da Manhã, em 1999, o Propaganda<br />
& Marketing <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser ca<strong>de</strong>rno<br />
e passou a ter circulação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />
Em 2007, nova mudança: o jornal teve sua<br />
marca simplificada e passou a ser chamado<br />
apenas propmark.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 33
mídia<br />
Divulgação<br />
Os sócios-diretores<br />
da EnterPlay Fabio<br />
Vilardo, Jorge Salles<br />
e Fabio Golmia<br />
Conteúdo em um só lugar<br />
Com tecnologia 100% brasileira, EnterPlay dá acesso<br />
a TV aberta e paga, VOD, música, web, apps e jogos<br />
KELLY DORES<br />
Não é Netflix. Não é Apple<br />
TV. Mas é um pouco dos<br />
dois. Está sendo lançado no<br />
mercado brasileiro um serviço<br />
que dá acesso a TV aberta e paga,<br />
ví<strong>de</strong>o sob <strong>de</strong>manda, música,<br />
internet, jogos e aplicativos<br />
numa mesma interface. Trata-<br />
-se da EnterPlay – www.enterplay.com.br<br />
–, plataforma com<br />
tecnologia 100% brasileira que<br />
po<strong>de</strong> ser acessada por computador,<br />
tablet, smartphone,<br />
set-top-box e TV. Acompanha<br />
a novida<strong>de</strong> um set-top-box,<br />
batizado <strong>de</strong> EnterPlay TV, que<br />
funciona como um conversor<br />
digital, com acesso wi-fi, on<strong>de</strong><br />
é possível acessar o conteúdo<br />
por meio <strong>de</strong> qualquer televisor<br />
– incluindo as TVs <strong>de</strong> tubo.<br />
O valor da ‘caixa’ é <strong>de</strong> R$ 899<br />
(mais R$ 179 do teclado). O mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong> negócios é <strong>de</strong> assinatura<br />
mensal. Com planos <strong>de</strong> iP-<br />
TV, a partir <strong>de</strong> R$ 19,90 o usuário<br />
web tem acesso a pacotes<br />
com 15 canais <strong>de</strong> TV em alta<br />
<strong>de</strong>finição. O preço é consi<strong>de</strong>rado<br />
agressivo, sendo que um<br />
dos focos do serviço é atrair a<br />
classe C, que ainda consome<br />
pouco TV paga.<br />
“O nosso foco é a classe C,<br />
que ainda tem uma penetração<br />
baixa na TV por assinatura, <strong>de</strong><br />
34%. Estamos apostando em<br />
preços baixos e em volume<br />
para entrar na classe C”, contou<br />
Jorge Salles, ex-executivo<br />
da Microsoft e COO da Enter-<br />
Play.<br />
Com um discurso <strong>de</strong> que<br />
preten<strong>de</strong> facilitar a experiência<br />
<strong>de</strong> entretenimento digital<br />
do brasileiro, a EnterPlay também<br />
oferece como vantagem a<br />
flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o usuário compor<br />
a gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação <strong>de</strong><br />
acordo com a suas preferências<br />
e seu orçamento. É nesse ponto<br />
que o executivo consi<strong>de</strong>ra<br />
que a plataforma possuiu um<br />
viés <strong>de</strong> mídia segmentada para<br />
anunciantes. A propaganda<br />
programática é uma das possibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> formato <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />
Na própria gra<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> programação, a EnterPlay<br />
po<strong>de</strong> oferecer espaço para a<br />
inserção <strong>de</strong> marcas, por exemplo.<br />
“Vamos oferecer transparência<br />
para os anunciantes<br />
sobre o perfil dos usuários”,<br />
falou Salles.<br />
Para o lançamento, a nova<br />
plataforma está com uma parceria<br />
com o Grupo Casino, que<br />
abrange o Ponto Frio, o Extra e<br />
a Casas Bahia. Além da venda<br />
por meio das lojas virtuais <strong>de</strong>sses<br />
varejistas, a EnterPlay tem<br />
também um acordo para exi-<br />
bir a sua marca nos sites. Inicialmente,<br />
não haverá campanha<br />
publicitária na mídia para<br />
anunciar a novida<strong>de</strong>. Segundo<br />
Salles, haverá ações nas re<strong>de</strong>s<br />
sociais.<br />
Nesta fase inicial <strong>de</strong> lançamento,<br />
também haverá um<br />
período <strong>de</strong> <strong>de</strong>gustação. Até o<br />
dia 31 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2016, os<br />
usuários po<strong>de</strong>rão acessar a alguns<br />
conteúdos da EnterPlay,<br />
incluindo canais <strong>de</strong> TV e títulos<br />
<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o sob <strong>de</strong>manda, gratuitamente,<br />
mediante um cadastro<br />
no site. De acordo com<br />
o CTO Fabio Vilardo, a expectativa<br />
<strong>de</strong> vendas para o próximo<br />
ano é <strong>de</strong> 100 mil usuários e <strong>de</strong><br />
1 milhão <strong>de</strong> usuários em três<br />
anos. “Essa é uma expectativa<br />
conservadora”, falou Vilardo,<br />
citando o crescimento <strong>de</strong> ‘concorrentes’<br />
como Netflix. O investimento<br />
não foi <strong>de</strong>clarado.<br />
34 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
mídia<br />
Globo assegura transmissão dos<br />
Jogos Olímpicos por mais 16 anos<br />
Exclusivida<strong>de</strong> não inclui TVs abertas, apenas cabo, mobile e internet<br />
Fotos: Divulgação<br />
As Olimpíadas ren<strong>de</strong>m imagens marcantes para as emissoras <strong>de</strong> TV, como as corridas nos estádios<br />
Os Jogos Olímpicos vão ficar<br />
colados na gra<strong>de</strong> da Re<strong>de</strong><br />
Globo <strong>de</strong> Televisão até 2032.<br />
Porém, a emissora não terá exclusivida<strong>de</strong><br />
na transmissão <strong>de</strong><br />
sinal aberto. A licença para regime<br />
exclusivo envolve <strong>de</strong>vices<br />
móveis, <strong>de</strong>sktops e TVs <strong>de</strong> sinal<br />
fechado.<br />
A emissora já teve direito<br />
integral <strong>de</strong>sse conteúdo, mas<br />
hoje divi<strong>de</strong> com a Re<strong>de</strong> Record,<br />
que assegurou a exclusivida<strong>de</strong><br />
dos Jogos <strong>de</strong> Londres e<br />
os <strong>de</strong> inverno em Vancouver,<br />
no Canadá; e Sochi, na Rússia.<br />
“Estamos muito orgulhosos<br />
<strong>de</strong> ser encarregados <strong>de</strong><br />
transmitir os Jogos Olímpicos,<br />
maior acontecimento esportivo<br />
do mundo, até 2032. Nosso<br />
relacionamento com o COI e<br />
com o movimento olímpico<br />
vem <strong>de</strong> muitos anos e a renovação<br />
<strong>de</strong>ste acordo <strong>de</strong> longo<br />
A renovação do compromisso,<br />
que vai até o ano <strong>de</strong> 2032, foi<br />
assinada por Roberto Irineu<br />
Marinho, principal executivo<br />
das Organizações Globo,<br />
diretamente com Thomas<br />
Bach, presi<strong>de</strong>nte do Comitê<br />
Olímpico Internacional<br />
prazo mostra a crença que o<br />
Grupo Globo tem no país, no<br />
espírito olímpico e no futuro.<br />
Acreditamos que os Jogos<br />
Olímpicos, além <strong>de</strong> um<br />
evento esportivo, são o maior<br />
exemplo mundial <strong>de</strong> inspiração<br />
e superação <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios.<br />
Trazer os valores olímpicos<br />
para os brasileiros em diferentes<br />
plataformas é um <strong>de</strong>safio<br />
que o Grupo Globo está<br />
orgulhoso em assumir. Por<br />
meio da Agenda Olímpica <strong>de</strong><br />
2020, o COI estabeleceu uma<br />
visão estratégica clara para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do esporte<br />
e para a promoção dos valores<br />
olímpicos no mundo todo.<br />
Temos toda a confiança no futuro<br />
brilhante do movimento<br />
olímpico”, <strong>de</strong>stacou Roberto<br />
Irineu Marinho, presi<strong>de</strong>mte<br />
do Grupo Globo.<br />
“Além <strong>de</strong> transmitir os Jogos<br />
Olímpicos até 2032, a Globo<br />
se comprometeu em promover,<br />
durante todo o ano,<br />
o esporte e os valores olímpicos,<br />
o que contribuirá para<br />
assegurar um legado positivo<br />
a longo prazo dos Jogos Olímpicos<br />
do próximo ano”, ressaltou<br />
o presi<strong>de</strong>nte do COI, Thomas<br />
Bach.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 35
prêmios<br />
Africa é a Agência do Ano na Archive<br />
Empresa ficou à frente da BBDO <strong>de</strong> Nova York e da londrina AMV BBDO<br />
claudia PeNteado<br />
Africa é a Agência do Ano<br />
A em <strong>2015</strong> na prestigiada revista<br />
<strong>de</strong> propaganda Lürzer’s<br />
Archive. A agência emplacou 22<br />
campanhas na publicação durante<br />
este ano, ficando à frente<br />
das agências BBDO <strong>de</strong> Nova<br />
York e as londrinas AMV BBDO<br />
e adam&eveDDB.<br />
Sergio Gordilho, copresi<strong>de</strong>nte<br />
e CCO da agência, ficou em primeiro<br />
lugar no ranking dos diretores<br />
<strong>de</strong> criação mais reconhecidos<br />
<strong>de</strong>ntro da publicação. Logo<br />
atrás <strong>de</strong>le vêm David Lubars<br />
(chairman e CCO da BBDO North<br />
America), Greg Hahn (CCO da<br />
BBDO NY) e Rafael Pitanguy, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> criação da Africa.<br />
“Consi<strong>de</strong>rando que entre as<br />
quatro primeiras estão algumas<br />
das agências mais conceituadas<br />
do mundo, dá para ter uma i<strong>de</strong>ia<br />
do orgulho que dá ter a Africa<br />
li<strong>de</strong>rando esse ranking”, disse<br />
Pitanguy.<br />
O diretor <strong>de</strong> criação associado<br />
Bernardo Romero <strong>de</strong>stacou-se<br />
na lista global como o diretor <strong>de</strong><br />
arte com mais peças publicadas<br />
nas edições da revista ao longo<br />
<strong>de</strong>ste ano, totalizando nove<br />
campanhas. Este foi um ano importante<br />
para a agência e para<br />
seus profissionais. Gordilho,<br />
além <strong>de</strong> ter entrado para o Hall<br />
da Fama do Marketing Nacional,<br />
por meio da Abramark (Aca<strong>de</strong>mia<br />
Brasileira <strong>de</strong> Marketing),<br />
foi selecionado como um dos 20<br />
publicitários mais influentes do<br />
Brasil pela revista GQ.<br />
Do Cannes Lions, a Africa<br />
trouxe para casa 13 Leões e ficou<br />
entre as agências brasileiras<br />
mais premiadas. Foi pelo sétimo<br />
ano consecutivo a agência mais<br />
admirada do país pela Carta-<br />
Capital, e foi a Agência do Ano<br />
Lusófona <strong>de</strong> Propaganda, além<br />
<strong>de</strong> Agência do Ano brasileira <strong>de</strong><br />
propaganda no Festival Anual <strong>de</strong><br />
Lusos <strong>de</strong> Lisboa, os Prêmios Lusófonos<br />
<strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong>.<br />
Também teve <strong>de</strong>staque nos<br />
festivais D&AD; One Show; Clio<br />
Awards; Prêmio Abril <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>;<br />
Profissionais do Ano, da<br />
Re<strong>de</strong> Globo; Clube <strong>de</strong> Criação e<br />
El Ojo <strong>de</strong> Iberoamerica. A agência<br />
foi apontada como número<br />
um em investimento digital no<br />
Brasil, <strong>de</strong> acordo com o Ibope.<br />
Entre as conquistas <strong>de</strong> contas<br />
estão Dr. Oetker, Cyrela, 99Taxis,<br />
ANJ e Bacardi.<br />
Para Gordilho, a Archive é a<br />
referência mundial e um artigo<br />
presente em 100 <strong>de</strong> cada 100<br />
mesas dos principais criativos<br />
do mundo. “Ser Agência do Ano,<br />
ser o diretor <strong>de</strong> criação número<br />
1 e termos o diretor <strong>de</strong> arte também<br />
número 1 à frente <strong>de</strong> agências<br />
como a adam&eve, BBDO<br />
NY e outros criativos que tanto<br />
admiramos é um fato que nos<br />
<strong>de</strong>ixa muito orgulhosos e coroa<br />
o gran<strong>de</strong> ano que tivemos. Vai<br />
faltar Brahma e Bud para comemorar”.<br />
Entre as campanhas publicadas<br />
na Archive este ano estão<br />
Stop Guessing, a campanha que<br />
divulgou o novo Outlan<strong>de</strong>r, da<br />
Mitsubishi, com câmera traseira;<br />
os anúncios Western e Ninja, para<br />
o Festival <strong>de</strong> Cinema Judaico,<br />
sendo que Ninja quase foi capa<br />
da publicação, e o projeto Ticket<br />
Books, para a L&PM Pocket, criado<br />
par estimular a leitura e comemorar<br />
o Dia do Livro, distribuindo<br />
1.500 livros a passageiros do<br />
metrô. Desses, 300 traziam uma<br />
surpresa: funcionavam como bilhetes<br />
<strong>de</strong> metrô, pois possuíam<br />
integrados às suas capas um chip<br />
com tecnologia equivalente à do<br />
Bilhete Único, o que os tornava<br />
inclusive recarregáveis.<br />
CurAdoriA <strong>de</strong> inspirAção<br />
A revista bimensal Archive foi<br />
criada em Frankfurt, na Alemanha,<br />
por um redator publicitário<br />
que sentia falta <strong>de</strong> uma publicação<br />
que apontasse as melhores<br />
campanhas publicitárias do<br />
mundo. Walter Lürzer, cofundador<br />
da TBWA Frankfurt, acabou<br />
criando um gran<strong>de</strong> negócio: a<br />
revista hoje tem mais 150 mil leitores<br />
e conquistou prestígio no<br />
mundo inteiro. A se<strong>de</strong> da empresa<br />
foi transferida para Viena, na<br />
Áustria, em 2008. Lürzer faleceu<br />
em 2011 e quem assumiu o seu<br />
lugar como publisher e editor foi<br />
Michael Weinzettl. Des<strong>de</strong> 2004,<br />
a Archive publica rankings com<br />
os melhores trabalhos em <strong>de</strong>sign<br />
e publicida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>fine seu papel<br />
como uma curadoria <strong>de</strong> inspiração.<br />
Hoje publica a revista em<br />
papel e a disponibiliza no site<br />
e em aplicativos para iPhone e<br />
iPad.<br />
Bernardo Romero e Sergio Gordilho, que são <strong>de</strong>staques na revista<br />
Fotos: Divulgação<br />
Stop Guessing, criada<br />
para o Outlan<strong>de</strong>r,<br />
da Mitsubishi, uma<br />
das campanhas da<br />
Africa na Archive<br />
<strong>de</strong>ste ano; e o anúncio<br />
Ninja, feito para o<br />
Festival <strong>de</strong> Cinema<br />
Judaico, que quase<br />
foi capa da<br />
publicação<br />
36 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
eyond the line<br />
Edosn Rosa<br />
Momento<br />
<strong>de</strong> união<br />
Precisamos nos <strong>de</strong>scolar<br />
do baixo-astral e criar<br />
mecanismos para sobreviver<br />
Alexis Thuller PAgliArini<br />
Na semana passada, a Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração<br />
Nacional das Agências <strong>de</strong> Propaganda)<br />
reuniu os Sinapros (Sindicatos das<br />
Agências <strong>de</strong> Propaganda) para seu último<br />
encontro do ano. Foi a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
repassar as principais ativida<strong>de</strong>s do ano e<br />
pensar no futuro. Tudo focado nas agências<br />
<strong>de</strong> propaganda, que são a razão da existência<br />
<strong>de</strong>ssas instituições. Os <strong>de</strong>staques do<br />
encontro foram as apresentações <strong>de</strong> resultados<br />
da primeira pesquisa nacional <strong>de</strong><br />
perfil das agências <strong>de</strong> propaganda (realizada<br />
em <strong>14</strong> mercados) e do Design Thinking<br />
Propaganda, processo <strong>de</strong> brainstorming<br />
realizado em quatro sessões regionais, em<br />
São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Norte/Nor<strong>de</strong>ste e<br />
Minas Gerais. O resultado <strong>de</strong>sses estudos<br />
teve ampla cobertura <strong>de</strong>ste jornal e não<br />
<strong>de</strong>scerei a <strong>de</strong>talhes.<br />
O que eu gostaria <strong>de</strong> enfatizar é o po<strong>de</strong>r<br />
– muitas vezes subestimado – da união das<br />
pessoas em torno <strong>de</strong> objetivos comuns. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
do resultado do Design<br />
Thinking Propaganda, o simples fato <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> publicitários <strong>de</strong>dicarem um dia<br />
e meio exclusivamente para uma reflexão<br />
conjunta sobre seus problemas comuns e<br />
tentarem chegar juntos a conclusões que os<br />
aju<strong>de</strong>m a perseguir a sustentabilida<strong>de</strong> dos<br />
seus negócios foi algo elogiado por todos.<br />
Parece incrível, mas todos foram enfáticos<br />
em afirmar que a categoria, embora seja caracterizada<br />
pela criativida<strong>de</strong> e a comunicação,<br />
se reúne pouco.<br />
E nunca foi tão importante a união, a<br />
colaboração e o compartilhamento <strong>de</strong> anseios<br />
e preocupações. Perante um quadro<br />
macroeconômico e político para lá <strong>de</strong> complicado,<br />
mais do que nunca, o momento<br />
é <strong>de</strong> união. União <strong>de</strong> esforços, <strong>de</strong> luta por<br />
propósitos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da categoria.<br />
Até cinco meses atrás, eu era presi<strong>de</strong>nte<br />
do capítulo brasileiro <strong>de</strong> uma associação<br />
internacional, a MPI (Meeting Professionals<br />
International), e o mote da instituição<br />
é “When we meet, we change the world”.<br />
Nada mais verda<strong>de</strong>iro: quando nos reunimos,<br />
nós mudamos o mundo. E nós nos esquecemos<br />
disso. O dia a dia nos consome e<br />
nos exige em tempo integral e o momento<br />
<strong>de</strong> reflexão parece “perfumaria”. Ledo engano!<br />
A pausa para reflexão, principalmente<br />
em conjunto, é riquíssima e gera resultados<br />
sensíveis.<br />
Numa <strong>de</strong>ssas reuniões, feita numa agência<br />
tocada com competência por um dos<br />
ícones da propaganda brasileira – vá lá,<br />
vamos dar os nomes: refiro-me à Full Jazz,<br />
<strong>de</strong> Christina Carvalho Pinto –, todos ouvimos<br />
uma música que ecoa pela agência e<br />
somos convidados a ficar em silêncio por<br />
um minuto. Isso acontece toda hora. Você<br />
po<strong>de</strong>rá pensar que é apenas uma jogada <strong>de</strong><br />
diferenciação. Não é não! Quem conhece a<br />
Christina sabe dos seus hábitos autênticos.<br />
Pois é... esse é apenas um exemplo para<br />
enfatizar a importância dos momentos <strong>de</strong><br />
reflexão e, principalmente, <strong>de</strong> união.<br />
Precisamos, mais do que nunca, nos<br />
<strong>de</strong>scolar do baixo-astral que assola o país<br />
e criar mecanismos para sobreviver e sairmos<br />
mais fortes <strong>de</strong>pois que a tormenta passar.<br />
E ela vai passar. Elas sempre passam.<br />
Este artigo, portanto, é uma convocação<br />
geral. Por coincidência, hoje, eu faço parte<br />
<strong>de</strong> uma instituição <strong>de</strong>dicada a uma categoria,<br />
mas, se eu fosse você, eu encarava os<br />
encontros com os seus pares como uma<br />
ativida<strong>de</strong> estratégica, vital para seus negócios.<br />
Se ainda não participa <strong>de</strong> um grupo,<br />
junte-se a um ou forme um novo. Veja as<br />
associações e as instituições representativas<br />
<strong>de</strong> um segmento como catalizadoras <strong>de</strong><br />
um processo <strong>de</strong> união. Não tente resolver<br />
tudo sozinho. Estamos em plena era da colaboração.<br />
E isso não é só falácia. Acredite<br />
nisso! Você vai se surpreen<strong>de</strong>r. Puxando a<br />
brasa para a nossa sardinha, se você toca<br />
uma agência, procure se engajar nas ações<br />
do Sinapro, da Fenapro, das associações<br />
que gravitam em torno da nossa ativida<strong>de</strong>.<br />
“Roubando” o slogan da MPI: quando a<br />
gente se reúne, a gente muda o mundo!<br />
Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />
da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />
<strong>de</strong> Propaganda)<br />
alexis@fenapro.org.br<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 37
marcas<br />
Plenitud <strong>de</strong>smistifica<br />
uso <strong>de</strong> fraldas geriátricas<br />
Webfilme criado pela VML mostra que pessoas com<br />
incontinência po<strong>de</strong>m ter sonhos na terceira ida<strong>de</strong><br />
PAULO MACEDO<br />
incontinência urinária é<br />
A um mal que incomoda.<br />
Uma série <strong>de</strong> estereótipos são<br />
criados para quem necessita<br />
<strong>de</strong> cuidados especiais na ida<strong>de</strong><br />
geriátrica. Mas isso não significa<br />
abdicar da vida. A linha <strong>de</strong><br />
fraldas e roupas íntimas <strong>de</strong>scartáveis<br />
Plenitud (fraldas, calcinhas<br />
e cuecas), da Kimberly-<br />
-Clark, como <strong>de</strong>staca a gerente<br />
<strong>de</strong> marketing Carolina Gormezano,<br />
é um acessório capaz <strong>de</strong><br />
empo<strong>de</strong>rar esse público com<br />
o objetivo <strong>de</strong> levantar uma reflexão<br />
positiva sobre a maturida<strong>de</strong>.<br />
Sob o conceito “Vonta<strong>de</strong><br />
plena”, a marca investe em um<br />
reposicionamento estratégico<br />
que enfatiza sua intenção <strong>de</strong><br />
estar sintonizada com a população<br />
que está envelhecendo<br />
com incentivo à busca da liberda<strong>de</strong><br />
e realização <strong>de</strong> sonhos.<br />
A ação <strong>de</strong>senvolvida pela VML<br />
não contempla ida<strong>de</strong>. A vida<br />
po<strong>de</strong> começar aos 50 anos ou na<br />
hora que um problema <strong>de</strong>sses é<br />
i<strong>de</strong>ntificado. O tom do webfilme,<br />
que começou a ser exibido<br />
nos canais digitais no dia 4 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro, tem como pano <strong>de</strong><br />
fundo histórias reais capazes<br />
<strong>de</strong> conectar, engajar e motivar o<br />
público-alvo. Nicéia é uma cozinheira<br />
que ven<strong>de</strong>u seu acor<strong>de</strong>ão<br />
para comprar o enxoval do seu<br />
casamento. Quarenta anos <strong>de</strong>pois,<br />
o sonho <strong>de</strong> <strong>de</strong>dilhar as teclas<br />
e botões do instrumento foi<br />
realizado, com direito a integrar a<br />
Orquestra Sinfônica no concerto<br />
“Casa <strong>de</strong> Francisca”.<br />
“A linha Plenitud vem mudando<br />
a forma <strong>de</strong> lidar com o consumidor<br />
e preten<strong>de</strong>mos, com esta<br />
campanha, incentivar a quebra<br />
<strong>de</strong> preconceitos ou receios em<br />
relação a essa etapa da vida”,<br />
diz Carolina. “Construímos uma<br />
ação inteiramente baseada em<br />
pessoas reais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o conteúdo<br />
dos posts até o filme publicitário.<br />
Queremos revolucionar a forma<br />
<strong>de</strong> atingir um público que as marcas<br />
ainda possuem dificulda<strong>de</strong><br />
para representar”, completa.<br />
Fotos: Divulgação<br />
Marca<br />
incentiva<br />
busca da<br />
liberda<strong>de</strong> e<br />
realização<br />
<strong>de</strong> sonhos<br />
“Incentivar quebra<br />
<strong>de</strong> preconceitos<br />
em relação a<br />
essa etapa da<br />
vida”, diz Carolina<br />
Gormezano, da<br />
Kimberly-Clark<br />
Os posts a que Carolina se<br />
refere, fazem parte da primeira<br />
fase da campanha que estimulava<br />
clientes a visitar a ‘landing<br />
page’ do projeto. “Foram mais<br />
<strong>de</strong> 300 postagens e mais <strong>de</strong> mil<br />
comentários. Pessoas com mais<br />
<strong>de</strong> 60 anos comentavam realizações<br />
quase inimagináveis para<br />
pessoas <strong>de</strong> 30. Muita gente está<br />
abrindo um negócio novo, fazendo<br />
viagens e ativida<strong>de</strong>s físicas.<br />
Saímos do estereótipo negativo<br />
e optamos pela alegria. Uma<br />
pesquisa realizada em vários<br />
países, pedindo para pessoas<br />
Niceia voltou a tocar<br />
acor<strong>de</strong>ão 40 anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
ter vendido seu instrumento<br />
para comprar enxoval <strong>de</strong><br />
casamento, uma história <strong>de</strong><br />
superação que comprova<br />
que a vida também começa<br />
aos 50 anos<br />
com mais <strong>de</strong> 50 anos uma resposta<br />
sobre como elas se veem,<br />
mostra que o brasileiro é o povo<br />
mais alegre e com o pensamento<br />
mais jovial. Plenitud trouxe<br />
essa imagem mais rejuvenescida”,<br />
<strong>de</strong>talha Carolina lembrando<br />
que, dos usuários dos produtos,<br />
a maioria é ca<strong>de</strong>irante e necessita<br />
<strong>de</strong> atendimento sistemático.<br />
“Mas outros têm mobilida<strong>de</strong> e,<br />
com cuecas e calcinhas higiênicas<br />
que substituem a fralda, ganham<br />
maior autoestima”, diz a<br />
executiva.<br />
A marca computou dados do<br />
IBGE (Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia<br />
e Estatística), mostrando<br />
que “a expectativa <strong>de</strong> vida da população<br />
brasileira subiu para 75,2<br />
anos em 20<strong>14</strong>. A estimativa é <strong>de</strong><br />
que, em 2040, aproximadamente<br />
54 milhões <strong>de</strong> brasileiros (23%<br />
da população) terão 60 anos ou<br />
mais. Este crescimento coinci<strong>de</strong><br />
com uma mudança do próprio<br />
conceito <strong>de</strong> envelhecimento, <strong>de</strong>ixando<br />
<strong>de</strong> ser associado a <strong>de</strong>pendência,<br />
solidão ou fragilida<strong>de</strong>, e<br />
sim a uma etapa da vida com novos<br />
<strong>de</strong>safios”. Carolina finaliza:<br />
“Apren<strong>de</strong>mos que o mais simples<br />
era o que mais emocionava”.<br />
38 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
marcas<br />
Honda investe na área<br />
<strong>de</strong> aviação executiva<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> entrada tem valor<br />
<strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> US$ 4,5<br />
milhões. Plano é expandir<br />
a operação comercial aos<br />
países da América Latina para<br />
aproveitar a capilarida<strong>de</strong> da<br />
lí<strong>de</strong>r na região<br />
Campanha da F/Nazca posiciona empresa<br />
que tem tradição em automóveis<br />
PAULO MACEDO<br />
Com representação comercial<br />
da Lí<strong>de</strong>r Aviação, tradicional<br />
player do segmento <strong>de</strong><br />
fretamento aéreo, a Honda Aircraft<br />
Company chega ao país<br />
para disputar uma fatia <strong>de</strong> um<br />
mercado que funciona como<br />
um dos termômetros da economia,<br />
o da aviação executiva.<br />
Se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> voos empresariais<br />
cresce, significa que<br />
o volume <strong>de</strong> negócios está em<br />
expansão ou pelo menos que<br />
a prospecção está em alta. Estimativas<br />
da Abag (Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Aviação Geral)<br />
dão conta que “80% das viagens<br />
<strong>de</strong> aviões executivos refletem<br />
a ativida<strong>de</strong> dos empresários”.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> entrada é o<br />
HondaJet, apresentado na feira<br />
Labace (Latin American Business<br />
Aviation & Conference),<br />
realizada há três meses,<br />
em São Paulo, cujo valor é <strong>de</strong><br />
US$ 4,5 milhões. Após ações<br />
<strong>de</strong>stinadas ao tra<strong>de</strong>, a F/Nazca<br />
Saatchi & Saatchi começou<br />
a veicular, em revistas como<br />
a Veja, um anúncio <strong>de</strong> página<br />
dupla com o título “HondaJet.<br />
O jato executivo da Honda,<br />
agora no Brasil”. O bólido tem<br />
capacida<strong>de</strong> para seis passageiros,<br />
voa a <strong>14</strong> mil metros <strong>de</strong><br />
altitu<strong>de</strong> e com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
778 km.<br />
“O segmento <strong>de</strong> aviação em<br />
geral tem obtido<br />
crescimento expressivo<br />
no Brasil.<br />
O país é o segundo<br />
maior mercado<br />
mundial para vendas<br />
<strong>de</strong> jatos executivos<br />
novos”, explicou<br />
o presi<strong>de</strong>nte e<br />
CEO da Honda Aircraft,<br />
Michimasa<br />
Fujino. “Expandir<br />
as vendas para este<br />
“O país é O<br />
segundO<br />
maiOr<br />
mercadO<br />
para vendas<br />
<strong>de</strong> jatOs<br />
executivOs<br />
nOvOs”<br />
importante mercado é parte<br />
da nossa estratégia global <strong>de</strong><br />
vendas para o HondaJet”. Fujino<br />
disse ainda que o Brasil é<br />
a porta <strong>de</strong> entrada da marca<br />
na América Latina. A i<strong>de</strong>ia é<br />
aproveitar a capilarida<strong>de</strong> da<br />
Lí<strong>de</strong>r, que atua em 11 países<br />
da América do Norte, na Europa<br />
e na América Latina.<br />
O executivo acrescenta:<br />
“Estamos animados em lançar<br />
o HondaJet no Brasil, em<br />
parceria com<br />
uma empresa<br />
que compartilha da<br />
nossa paixão em<br />
criar um novo e superior<br />
padrão para<br />
os clientes da aviação<br />
executiva. A<br />
Lí<strong>de</strong>r tem <strong>de</strong>monstrado<br />
li<strong>de</strong>rança no<br />
segmento <strong>de</strong> aviação<br />
e suas bases<br />
operacionais estabelecidas<br />
fazem<br />
<strong>de</strong>la um parceiro<br />
capacitado para entregar serviços<br />
<strong>de</strong> excelência aos clientes”.<br />
Eduardo Vaz, principal<br />
executivo da Lí<strong>de</strong>r Aviação,<br />
completa: “A Lí<strong>de</strong>r e a Honda<br />
Aircraft são uma combinação<br />
natural. O HondaJet incorpora<br />
tecnologias avançadas e é<br />
o jato executivo i<strong>de</strong>al para o<br />
mercado brasileiro. Com os<br />
serviços da Lí<strong>de</strong>r, os proprietários<br />
do HondaJet terão uma<br />
experiência excepcional em<br />
atendimento a clientes <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o primeiro dia <strong>de</strong> relacionamento.<br />
Estamos entusiasmados<br />
para representar o jato<br />
executivo mais avançado do<br />
mundo no Brasil”, prosseguiu.<br />
Dados da Abag posicionam<br />
o Brasil como a segunda maior<br />
frota do mundo <strong>de</strong> aviação geral,<br />
atrás dos Estados Unidos,<br />
tendo um parque com mais <strong>de</strong><br />
15 mil aeronaves, conjunto avaliado<br />
em US$ 12,7 bilhões.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 39
MARCAS<br />
Inspirado no estilo <strong>de</strong> vida japonês,<br />
Hirota faz ações voltadas à saú<strong>de</strong><br />
Estratégia <strong>de</strong> relacionamento é realizada nas lojas da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
supermercados durante <strong>de</strong>zembro com objetivo <strong>de</strong> combater a obesida<strong>de</strong><br />
AnA PAulA Jung<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> supermercados<br />
A <strong>de</strong> origem japonesa Hirota,<br />
que conta com 15 lojas<br />
na Gran<strong>de</strong> São Paulo, está realizando<br />
mais um capítulo<br />
da ação voltada para saú<strong>de</strong> e<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Depois <strong>de</strong><br />
fazer eventos para combater<br />
osteoporose e diabetes, o novo<br />
foco da re<strong>de</strong> é contra a obesida<strong>de</strong>,<br />
com a promoção <strong>de</strong><br />
orientações <strong>de</strong> profissionais<br />
<strong>de</strong> nutrição.<br />
A marca Hirota, segundo a<br />
gerente <strong>de</strong> marketing Eugênia<br />
Fonseca, está associada<br />
ao conceito <strong>de</strong> alimentação<br />
saudável e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. “Estamos<br />
dando sequência à ação<br />
iniciada em outubro. A i<strong>de</strong>ia<br />
é fazer com que os brasileiros<br />
vivam mais e com melhor qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> vida. No Japão, quase<br />
não há pessoas obesas. Os<br />
orientais têm outro estilo <strong>de</strong><br />
vida, com meditação, alimentação<br />
balanceada e prática <strong>de</strong><br />
exercícios. Queremos trazer<br />
este conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
vida e saú<strong>de</strong> para o ponto <strong>de</strong><br />
venda”, explicou Eugênia.<br />
A cada R$ 50 <strong>de</strong> compras, o<br />
consumidor tem direito a realizar<br />
o teste <strong>de</strong> bioimpedância<br />
para conhecer melhor seu<br />
corpo e cuidar mais da saú<strong>de</strong>.<br />
O exame, que custa mais <strong>de</strong><br />
R$ 200 em clínicas especializadas,<br />
faz uma avaliação da<br />
composição corporal, mostrando<br />
a porcentagem <strong>de</strong> gordura,<br />
água e músculo do organismo<br />
e o funcionamento do<br />
metabolismo. Profissionais <strong>de</strong><br />
nutrição tiram dúvidas sobre<br />
alimentação e distribuem cartilhas,<br />
mostrando como uma<br />
dieta equilibrada e ativida<strong>de</strong><br />
física contribuem na prevenção<br />
da doença e na melhora da<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
De acordo com a nutricionista<br />
da re<strong>de</strong> Hirota, Adriana<br />
Miyuki Koizumi, o teste ajuda<br />
na conscientização da importância<br />
da boa nutrição e da ativida<strong>de</strong><br />
física para a saú<strong>de</strong>.<br />
A ação <strong>de</strong> relacionamento<br />
faz parte do Projeto Muito Mais<br />
Vida Hirota, que tem a missão<br />
<strong>de</strong> propagar os bons hábitos<br />
da cultura oriental por meio <strong>de</strong><br />
dicas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, gastronomia<br />
saudável, exercícios<br />
Eugênia Fonseca: “No Japão, quase não há pessoas obesas. Os orientais têm outro<br />
estilo <strong>de</strong> vida, com meditação, alimentação balanceada e prática <strong>de</strong> exercícios”<br />
físicos e lazer, entre outros temas.<br />
Criada pela Target Estratégia<br />
em Comunicação, a ação <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> com cunho educativo foi<br />
realizada pela primeira vez em<br />
outubro, com dicas sobre a prevenção<br />
da osteoporose, e em<br />
novembro, contra o diabetes.<br />
“O público tem se mostrado<br />
muito interessado. Tem tido<br />
fila para fazer o teste e ouvir as<br />
dicas da nutricionista. A procura<br />
foi tão gran<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nos<br />
Alê Oliveira<br />
primeiros dias que resolvemos<br />
ampliar a ação durante uma semana<br />
por loja, em vez <strong>de</strong> apenas<br />
uns dias”, conta Eugênia.<br />
Paralelamente, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
supermercados Hirota lança a<br />
campanha Natal com tudo. Até o<br />
dia 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro cada R$ 50<br />
em compras, no mesmo tíquete,<br />
po<strong>de</strong> ser trocado por um cupom<br />
que dá direito a concorrer a um<br />
kit com pratos prontos para a<br />
ceia <strong>de</strong> Natal, no valor <strong>de</strong> R$ 770.<br />
Dow e DuPont<br />
negociam fusão<br />
Juntas, as duas empresas norte-americanas<br />
formariam a segunda maior companhia química<br />
do mundo, atrás apenas da alemã Basf<br />
Duas das maiores e mais antigas<br />
companhias norte-<br />
-americanas da indústria química,<br />
a Dow Chemical e a Du-<br />
Pont, estão em conversas avançadas<br />
para negociar uma fusão.<br />
A informação circulou no mercado,<br />
na semana passada.<br />
Se concretizado, o negócio<br />
entre as empresas será uma das<br />
maiores transações neste ano<br />
que já teve várias gran<strong>de</strong>s uniões,<br />
como a recente compra da<br />
Sab Miller pela AB Inbev, que<br />
une as duas maiores cervejarias<br />
do mundo.<br />
Tanto a Dow Chemical quanto<br />
a DuPont estão avaliadas em<br />
valores <strong>de</strong> mercado próximos a<br />
US$ 60 bilhões cada uma. Juntas,<br />
as duas companhias formariam<br />
a segunda maior empresa<br />
química do mundo, atrás<br />
apenas da alemã Basf.<br />
A previsão é que, caso a fusão<br />
seja realizada, a empresa<br />
seja fragmentada em três gran<strong>de</strong>s<br />
áreas: química agrícola,<br />
produtos especiais e materiais,<br />
em que entram produtos como<br />
o plástico, por exemplo.<br />
Procurada pelo PROPMARK,<br />
a DuPont informou que “a política<br />
da empresa não permite<br />
comentar sobre especulações<br />
<strong>de</strong> mercado”. Por e-mail, a Dow<br />
Chemical também afirmou que<br />
“não comenta sobre rumores<br />
ou especulações, conforme a<br />
política da empresa”.<br />
40 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
MARCAS<br />
Natura elege Africa para coor<strong>de</strong>nar<br />
comunicação da área institucional<br />
Anunciante, cuja verba é <strong>de</strong> R$ 150 milhões, mantém produtos na DPZ&T<br />
Paulo Macedo<br />
Africa reforçou seu portfólio <strong>de</strong> negócios<br />
na semana passada com a conquis-<br />
A<br />
ta da conta institucional da Natura, que estava<br />
concentrada na DPZ&T - uma herança<br />
da antiga Taterka, que teve sua operação<br />
fundida este ano com a DPZ por <strong>de</strong>cisão<br />
do Publicis Groupe. O orçamento anual <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> da companhia <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> beleza<br />
é estimado por fontes do mercado em<br />
R$ 150 milhões. Não houve processo <strong>de</strong> concorrência<br />
para a tomada da <strong>de</strong>cisão.<br />
A DPZ&T continua aten<strong>de</strong>ndo à família<br />
<strong>de</strong> marcas da Natura, inclusive à linha SOU,<br />
que teve seu lançamento coor<strong>de</strong>nado pela<br />
Peralta. Aliás, a movimentação em torno <strong>de</strong><br />
a Africa ingressar no atendimento à Natura<br />
teve início com a suposta conquista da SOU,<br />
que estaria em processo <strong>de</strong> mudança para a<br />
Africa Zero.<br />
“Estou emocionado <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r trabalhar<br />
com essa marca sagrada e essa empresa que<br />
o Brasil tanto admira e ama”, celebra Nizan<br />
Guanaes, sócio e fundador do Grupo ABC,<br />
que abriga a Africa e foi recentemente negociado<br />
para a holding americana Omnicom.<br />
Responsável por alguns produtos da<br />
Procter & Gamble, como Head & Shoul<strong>de</strong>rs,<br />
a Africa não precisou abrir mão do<br />
cliente <strong>de</strong>vido a um provável conflito com<br />
a Natura. Como a agência não vai aten<strong>de</strong>r<br />
produtos, mas apenas a comunicação institucional,<br />
houve consenso sobre o relacionamento<br />
comercial com as marcas.<br />
Em comunicado oficial divulgado na semana<br />
passada, a Natura informou que a <strong>de</strong>cisão<br />
é resultado da conclusão do seu processo<br />
interno <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong><br />
comunicação para a temporada <strong>de</strong> 2016 e<br />
<strong>de</strong>cidiu adotar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atendimento<br />
com duas agências.<br />
“A conta, hoje atendida integralmente<br />
pela DPZ&T, terá as campanhas institucionais<br />
a cargo da Africa. A DPZ&T, que faz<br />
um trabalho consistente há oito anos para<br />
a Natura, continua responsável por todas as<br />
marcas da companhia”.<br />
A empresa disputa a li<strong>de</strong>rança do mercado<br />
nacional <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> higiene pessoal,<br />
perfumaria e cosméticos. A Natura trabalha<br />
com cerca <strong>de</strong> 1,4 milhão <strong>de</strong> reven<strong>de</strong>doras<br />
que comercializam os seus produtos no<br />
país. Pelo seu relatório <strong>de</strong> 20<strong>14</strong>, está listada<br />
como sendo a 6ª maior empresa global <strong>de</strong><br />
venda direta, segundo o ranking da revista<br />
Direct Selling News. No exterior, a empresa<br />
tem 400 mil reven<strong>de</strong>doras em países da<br />
América Latina, Europa, Oceania e América<br />
do Norte.<br />
Cena <strong>de</strong> campanha da<br />
DPZ&T para Natura, que tem<br />
1,4 milhão <strong>de</strong> reven<strong>de</strong>doras<br />
porta a porta no Brasil<br />
Divulgação<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 41
AgênciAs<br />
Link tem expertise no setor público<br />
Empresa, que completa 25 anos, também contempla marketing político<br />
Divulgação<br />
Barbosa: “Provamos que é possível ter o mesmo padrão da propaganda brasileira da iniciativa privada”<br />
AnA PAulA Jung<br />
Link Comunicação se especializou principalmente<br />
no marketing político e no<br />
A<br />
atendimento ao setor público. Com atuação<br />
nacional e internacional, a agência, que<br />
surgiu há 25 anos, exatamente no dia 13 <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>zembro, em Salvador, acumulou cases como<br />
o marketing político do PSB <strong>de</strong> Eduardo<br />
Campos e do governo <strong>de</strong> Pernambuco, além<br />
da comunicação do Ministério da Educação,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gestão <strong>de</strong> Fernando Haddad.<br />
A operação se expandiu e buscou um<br />
foco. “O nosso negócio é imagem. O setor<br />
público é tão importante quanto o setor privado.<br />
Provamos que é possível ter o mesmo<br />
padrão da propaganda brasileira da iniciativa<br />
privada, que sempre fez muito sucesso e<br />
é tão premiada. Eu penso que nós conseguimos”,<br />
afirma Edson Barbosa, sócio-presi<strong>de</strong>nte<br />
da agência.<br />
Atualmente a Link aten<strong>de</strong> Correios; Ministério<br />
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;<br />
Ministério da Integração Nacional;<br />
Ministério dos Transportes; Governo do Estado<br />
<strong>de</strong> Pernambuco e Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />
Medicina. “Nós concorremos com gigantes,<br />
mas temos uma atitu<strong>de</strong> low profile e singular”,<br />
conta Barbosa.<br />
A Link não aceita todos os clientes que a<br />
procuram. De acordo com Barbosa, é preciso<br />
ter afinida<strong>de</strong>. “Não fazemos por dinheiro.<br />
Fazemos por acreditar. Precisa ter relevância,<br />
qualida<strong>de</strong> pública, compromisso”, fala<br />
Edson. “O nosso objetivo é fazer algo que<br />
transforme. Só é possível fazer isso com envolvimento<br />
profundo”, explica.<br />
Para dar certo, Edson afirma que é preciso<br />
um conhecimento aprofundado dos temas<br />
tratados. “Somos uma agência com característica<br />
muito forte em administrar crise <strong>de</strong><br />
imagem e em cuidar <strong>de</strong> toda essa complexida<strong>de</strong><br />
da opinião pública”, fala. Em 2005, por<br />
exemplo, quando o PT sofreu uma crise que<br />
acabou virando a CPI dos Correios, a Link<br />
que fez todo o gerenciamento. No ano seguinte,<br />
também fez a pré-campanha do PT<br />
para o candidato Lula.<br />
Barbosa classifica o atual momento político<br />
do país como “muito confuso e nebuloso”<br />
para todos. “Mesmo os setores mais<br />
esclarecidos têm uma dificulda<strong>de</strong> enorme<br />
para compreen<strong>de</strong>r a conjuntura. De modo<br />
geral, as pesquisas apontam uma crescente<br />
rejeição aos políticos”, opina.<br />
Em momentos como este, segundo Barbosa,<br />
cabe ao marketing político <strong>de</strong>dicar atenção<br />
total ao entendimento do que pensa a<br />
socieda<strong>de</strong>. “Creio que teremos mais algum<br />
tempo sem luz no fim do túnel. A minha percepção<br />
é <strong>de</strong> que algo novo surgirá no horizonte<br />
e quem dispuser <strong>de</strong> mais informação, análise<br />
qualificada e plano <strong>de</strong> ação engatilhado<br />
vai protagonizar o novo momento”, avalia.<br />
42 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
agências<br />
nova/sb usa métricas<br />
próprias para comunicação pública<br />
Popsynergy, Data Taxi e Pulso i<strong>de</strong>ntificam calor da<br />
socieda<strong>de</strong> para inspirar ações <strong>de</strong> ONGs e governos<br />
PAULO MACEDO<br />
Com o objetivo <strong>de</strong> dar consistência<br />
à publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
utilida<strong>de</strong> pública, um universo<br />
que envolve contas <strong>de</strong><br />
governos, ONGs e empresas<br />
que abraçam causas, a nova/<br />
sb <strong>de</strong>senvolveu uma série <strong>de</strong><br />
métricas proprietárias que<br />
funcionam como termômetro<br />
que orienta suas equipes <strong>de</strong><br />
criação, planejamento e mídia,<br />
por exemplo. A agência<br />
é responsável pela comunicação<br />
da Secom (Secretaria <strong>de</strong><br />
Comunicação da Presidência<br />
da República), Sebrae Nacional,<br />
Banco Central, Metrô <strong>de</strong><br />
São Paulo, Caixa Econômica<br />
Fe<strong>de</strong>ral, Governo do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
e Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Sem mencionar que realiza<br />
ações para a OMS (Organização<br />
Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) e a OIT<br />
(Organização Internacional do<br />
Trabalho).<br />
Fazer medições capazes <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntificar o que po<strong>de</strong> gerar<br />
impactos, o que é importante<br />
para as pessoas e o que conduz<br />
à popularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ação<br />
é a base da Popsynergy, que,<br />
na expressão <strong>de</strong> Bob Vieira da<br />
Costa, CEO da agência, trabalha<br />
com evidências científicas,<br />
como neuromarketing, psicometria<br />
e etnografia urbana,<br />
além <strong>de</strong> tecnológicas, como<br />
big data. “Já temos 18 segmentos<br />
pesquisados, que contam<br />
com seis mil entrevistas feitas<br />
com ajuda do Instituto Ilumeo”,<br />
resume Bob.<br />
O Data Taxi é uma pesquisa<br />
literalmente feita <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />
um táxi na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />
O motorista aborda o passageiro<br />
que, se respon<strong>de</strong>r ao<br />
questionário, tem como bônus<br />
o não pagamento da corrida.<br />
A terceira pesquisa é o Pulso,<br />
que mergulha em tempo real<br />
em temáticas como mudanças<br />
<strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> consumo, chegada<br />
do Uber, implantação <strong>de</strong><br />
ciclovias, reforma educacional<br />
e crescimento da crise. O Pulso<br />
A nova/sb tem expertise em comunicação pública como na ação que orienta pe<strong>de</strong>stres<br />
Bob Vieira da<br />
Costa <strong>de</strong>staca<br />
papel da pesquisa<br />
na agência<br />
InvestImento <strong>de</strong><br />
R$ 2,5 mIlhões<br />
paRa consolIdaR<br />
a pesquIsa<br />
estRatégIca<br />
popsyneRgy<br />
teve início em 20<strong>14</strong> e contabiliza<br />
156 grupos <strong>de</strong> pesquisa da<br />
classe C paulistana.<br />
“A agência vem passando<br />
por um amplo processo <strong>de</strong> reorganização<br />
nos últimos dois<br />
anos. Fizemos um investimento<br />
<strong>de</strong> aproximadamente R$ 2,5<br />
Fotos: Divulgação<br />
milhões apenas na pesquisa<br />
Popsynergy, que envolveu 130<br />
especialistas. Apesar do clima<br />
político, não tivemos perdas<br />
<strong>de</strong> negócios neste ano. Nossas<br />
contas governamentais continuam<br />
ativas. Caso haja uma<br />
ruptura institucional, porém,<br />
o impacto é previsível”, diz<br />
Bob enfatizando que a expertise<br />
em comunicação pública da<br />
nova/sb não se resume à publicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> governos e órgãos<br />
públicos.<br />
“Muitos prêmios em Cannes<br />
são <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública,<br />
como a campanha “Dumb<br />
ways to die”, criada para uma<br />
questão <strong>de</strong> segurança do Metrô<br />
<strong>de</strong> Melbourne. A nova/sb<br />
criou o “Feirão da Casa Própria”,<br />
para a Caixa, que em 10<br />
anos saltou <strong>de</strong> um orçamento<br />
<strong>de</strong> R$ 5,8 bilhões para R$ 120<br />
bilhões, e isso é comunicação<br />
<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública. Orientar<br />
o trânsito está nesse elenco.<br />
As ações <strong>de</strong> conscientização<br />
sobre o uso <strong>de</strong> cigarro ou doação<br />
<strong>de</strong> sangue para a OMS ou<br />
contra o trabalho infantil, para<br />
a OIT, também estão nesse cenário”.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 43
agêNciaS<br />
DM9DDB promove diretor <strong>de</strong> arte<br />
Vinícius noVaes<br />
Paulo Coelho foi promovido<br />
na DM9DDB e agora<br />
é diretor <strong>de</strong> criação executivo<br />
na agência. Na função,<br />
recém-criada na estrutura<br />
da empresa, o diretor <strong>de</strong> arte<br />
atuará <strong>de</strong> forma matricial<br />
contribuindo com Aricio Fortes,<br />
VP <strong>de</strong> criação, na gestão<br />
da criação <strong>de</strong> todas as contas<br />
da casa.<br />
Segundo Coelho, a promoção<br />
é a oportunida<strong>de</strong> para a<br />
realização <strong>de</strong> mais um projeto<br />
<strong>de</strong> vida. “Agora eu passo<br />
entrar na vida <strong>de</strong> todos os<br />
clientes”, diz. “Eu subo para<br />
po<strong>de</strong>r ajudar na criação, mas,<br />
claro, sentado na ca<strong>de</strong>ira e<br />
trabalhando, pois aqui é uma<br />
agência na qual o presi<strong>de</strong>nte<br />
também põe a mão na massa”,<br />
complementa.<br />
Ele também <strong>de</strong>stacou o orgulho<br />
que sente em trabalhar<br />
na DM9DDB. “É um orgulho<br />
muito gran<strong>de</strong> estar nesta<br />
agência, eu sempre sonhei<br />
em trabalhar aqui. Po<strong>de</strong>r estar<br />
sentado numa ca<strong>de</strong>ira da<br />
DM9 é um orgulho, esse lugar<br />
é uma lenda da publicida<strong>de</strong>”.<br />
Fortes, por sua vez, disse<br />
que Coelho é a pessoa certa<br />
para o atual momento da<br />
agência. “Tive a honra <strong>de</strong> trabalhar<br />
com Paulo Coelho nas<br />
últimas três agências pelas<br />
quais passei. Ele é a pessoa<br />
certa para contribuir no movimento<br />
que estamos fazendo<br />
para resgatar e fortalecer a<br />
excelência criativa que faz da<br />
DM9 uma das agências mais<br />
respeitadas do mundo”, afirma<br />
o VP <strong>de</strong> criação.<br />
Eles trabalharam juntos<br />
pela primeira vez na Pereira &<br />
O’Dell, agência do Grupo ABC<br />
em São Francisco (EUA), em<br />
2011.<br />
Ao retornarem ao Brasil<br />
Fortes e Coelho, que trabalham juntos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011<br />
“ElE é a pEssoa<br />
cErta para o<br />
atual momEnto<br />
da agência”<br />
Divulgação<br />
continuaram como diretores<br />
<strong>de</strong> criação da Africa até irem<br />
para Ogilvy, on<strong>de</strong> Fortes assumiu<br />
a função <strong>de</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> criação e Coelho, a <strong>de</strong><br />
diretor <strong>de</strong> criação executivo.<br />
Em agosto <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, Fortes<br />
assumiu a vice-presidência<br />
<strong>de</strong> criação da DM9. Coelho<br />
foi contratado em setembro,<br />
como diretor <strong>de</strong> criação.<br />
Dupla li<strong>de</strong>ra atendimento na<br />
F/Nazca Saatchi & Saatchi<br />
ana Paula Jung<br />
área <strong>de</strong> atendimento da F/<br />
A Nazca Saatchi & Saatchi começa<br />
2016 com nova estruturação.<br />
Com a saída <strong>de</strong> Marcello<br />
Penna, que estava na agência<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007 e foi para a Y&R, os<br />
profissionais Saulo Sanchez e<br />
Ricardo Forli, que já atuavam<br />
no <strong>de</strong>partamento, foram promovidos.<br />
Com isso, a agência<br />
passa a ter um comando duplo<br />
na área. Os dois dividirão a responsabilida<strong>de</strong><br />
pelo atendimento<br />
das 17 marcas que compõem<br />
o portfólio da agência, como<br />
Sadia, Ambev e P&G. Cada um<br />
<strong>de</strong>les tem cerca <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong><br />
experiência.<br />
“Estamos muito felizes com<br />
este formato em dupla, diferentemente<br />
do que vínhamos<br />
fazendo antes. Os dois já estão<br />
com a gente há algum tempo<br />
e estamos muito seguros com<br />
esta <strong>de</strong>cisão. É uma forma <strong>de</strong><br />
criar um ambiente interno<br />
bastante favorável. Estamos<br />
felizes por eles e pelo clima da<br />
agência”, comenta Ivan Marques,<br />
sócio-diretor da F/Nazca<br />
Saatchi & Saachti.<br />
Fabio Fernan<strong>de</strong>s, presi<strong>de</strong>nte<br />
e diretor-geral <strong>de</strong> criação, complementa<br />
que a agência raramente<br />
busca profissionais para<br />
postos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no mercado.<br />
A opção é investir nos talentos<br />
que já estejam na agência e<br />
se i<strong>de</strong>ntificam com a cultura da<br />
F/Nazca. “Forli e Saulo são dois<br />
exemplos muito bem acabados<br />
<strong>de</strong>ssa política. Fora daqui, nós<br />
dificilmente encontraríamos<br />
dois profissionais <strong>de</strong> atendimento<br />
tão especiais”, diz Fernan<strong>de</strong>s.<br />
Ivan avalia que o ano <strong>de</strong> <strong>2015</strong><br />
foi bem difícil para todo o mercado.<br />
“As coisas muito truncadas,<br />
falta <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong>,<br />
cenário político muito conturbado.<br />
Foi um ano muito difícil.<br />
Não lembro <strong>de</strong> outro tão difícil<br />
como este, mas, apesar disso,<br />
conseguimos atravessá-lo, ter<br />
essa visão acertada e começar<br />
2016 com perspectivas melhores”,<br />
finaliza Marques.<br />
Divulgação<br />
Ricardo Forli e Saulo Sanchez assumem o comando geral da área <strong>de</strong> atendimento;<br />
agência costuma dar priorida<strong>de</strong> na promoção <strong>de</strong> talentos internos em vez <strong>de</strong> buscar<br />
novos nomes no mercado para os cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />
44 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
i<strong>de</strong>ias<br />
Ciclofaixas ampliam<br />
pedaladas e mobilida<strong>de</strong><br />
Mercado cresce, Itaú ganha relevância e Bra<strong>de</strong>sco<br />
Seguros celebra seis anos com pistas para bikes<br />
PAULO MACEDO<br />
Não se esqueça da minha Caloi,<br />
campanha criada pela<br />
house agency Novo Ciclo nos<br />
anos 1970, ficou gravada no<br />
imaginário infantil e popular e<br />
faz remissão a pais esquecidos<br />
<strong>de</strong> um dos presentes mais emblemáticos<br />
na cesta <strong>de</strong> fim <strong>de</strong><br />
ano. Hoje, bike é sinônimo <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, mobilida<strong>de</strong><br />
urbana no trânsito caótico <strong>de</strong><br />
cida<strong>de</strong>s como São Paulo e Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
Ciclofaixas e ciclovias estão<br />
em ascensão. A pioneira Bra<strong>de</strong>sco<br />
Seguros está comemorando seis<br />
anos do seu projeto “CicloFaixa<br />
<strong>de</strong> Lazer”, que contabiliza 120,7<br />
quilômetros <strong>de</strong> vias <strong>de</strong>marcadas<br />
na capital paulista, uma média<br />
<strong>de</strong> 120 mil pessoas pedalando aos<br />
domingos e feriados, cerca <strong>de</strong> 19<br />
mil cones <strong>de</strong> segurança e pontos<br />
estratégicos com o serviço SOS<br />
Bike, que faz consertos gratuitos<br />
para os praticantes das pedaladas<br />
do bem.<br />
O Itaú disponibiliza aluguel<br />
<strong>de</strong> bicicletas na cor laranja em<br />
São Paulo e no Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
com preço subsidiado. O projeto<br />
teve início na capital fluminense<br />
e ajudou a marca a estreitar<br />
o relacionamento com a cida<strong>de</strong>,<br />
como costuma enfatizar o<br />
publicitário Nizan Guanaes, um<br />
entusiasta da i<strong>de</strong>ia, que ajudou<br />
a construir o branding do banco<br />
nos últimos 20 anos.<br />
Em São Paulo, a bicicleta não<br />
<strong>de</strong>sfila apenas pelos espaços <strong>de</strong>stinados<br />
ao veículo. Ela é tema <strong>de</strong><br />
discussões que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> segurança,<br />
subtração <strong>de</strong> vagas, lojas<br />
que alegam ter perdido clientela<br />
com as ciclofaixas, críticas ao<br />
prefeito Fernando Haddad etc.<br />
Uma pesquisa encomendada<br />
pela nova/sb ao Instituto Ilumeo<br />
apurou esse contraditório. O diretor<br />
<strong>de</strong> planejamento da agência<br />
nova/sb, o executivo Sergio Silva,<br />
elenca alguns itens que provocam<br />
questionamentos: ciclistas<br />
vão ser alvos fáceis <strong>de</strong> bandidos,<br />
Banco Itaú conquistou espaço com locação <strong>de</strong> bikes disponibilizadas em pontos estratégicos <strong>de</strong> São Paulo e Rio e reforça branding<br />
respiram mais poluição, aqui<br />
(São Paulo) não é Europa, projeto<br />
elitista, topografia péssima e<br />
algo para longo prazo.<br />
“As pessoas <strong>de</strong>monstram que<br />
a preocupação com mobilida<strong>de</strong><br />
nas metrópoles causa estresse.<br />
Quem tem smartphone usa Waze<br />
e Google Maps, para ver o melhor<br />
<strong>de</strong>slocamento. Em ônibus, utiliza<br />
o Moovitz, que indica o tempo<br />
da viagem, o horário <strong>de</strong> chegada<br />
nos terminais e o trajeto. As ciclovias<br />
são necessárias. Em São<br />
Paulo, elas começam a ser ocupadas.<br />
É um processo irreversível.<br />
Em Bogotá, já são 359 km <strong>de</strong><br />
ciclovias; a Cida<strong>de</strong> do México já<br />
ultrapassou os 100 km. Não po<strong>de</strong>mos<br />
esquecer que a Holanda<br />
e a Dinamarca, países que são<br />
i<strong>de</strong>ntificados como amigáveis<br />
à bicicleta, foram radicalmente<br />
contrários à implantação. O legal<br />
é que a ciclovia se integra a outros<br />
meios <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>”, diz<br />
Silva, que aten<strong>de</strong>, na agência, à<br />
Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Por outro lado, ambientalistas<br />
e especialistas em mobilida<strong>de</strong><br />
urbana consi<strong>de</strong>ram inevitável a<br />
consolidação da bicicleta como<br />
meio <strong>de</strong> transporte. “A aceitação<br />
é progressiva. O ponto <strong>de</strong> partida<br />
vai conduzir à humanização.<br />
Como o trânsito só piora, a bicicleta<br />
vai ser alternativa. A estação<br />
Fradique Coutinho do metrô<br />
paulistano foi inaugurada com<br />
bicicletário. Outras estações estão<br />
adotando o mo<strong>de</strong>lo. São Paulo<br />
e outras cida<strong>de</strong>s passaram a ter<br />
bares temáticos. Não tem volta”,<br />
acrescenta o diretor da nova/sb.<br />
Assim como o skate, a bike<br />
está introduzindo um novo conceito<br />
<strong>de</strong> cultura urbana. Bares,<br />
Frota nacional<br />
é superior a<br />
70 milhões <strong>de</strong><br />
unida<strong>de</strong>s e<br />
venda anual<br />
é <strong>de</strong> cinco<br />
milhões<br />
Divulgação<br />
lojas, parques e cafés passaram<br />
a servir <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> encontro e<br />
convivência. O Las Magrelas, no<br />
bairro <strong>de</strong> Pinheiros, em São Paulo,<br />
é um espaço multidisciplinar<br />
com café, oficina, bar e galeria <strong>de</strong><br />
arte. Esse coletivo ainda incrementa<br />
festas, gincanas e rodadas<br />
<strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ogame. No mesmo bairro,<br />
tem o KOF (King of the Fork), um<br />
café que une bike-lovers. Pertinho<br />
<strong>de</strong>sses espaços foi inaugurado,<br />
há dois meses, um bicicletário<br />
no Largo da Batata.<br />
A frota nacional <strong>de</strong> bicicletas<br />
é superior a 70 milhões <strong>de</strong><br />
unida<strong>de</strong>s. São comercializadas<br />
cerca <strong>de</strong> cinco milhões por ano.<br />
A tendência é <strong>de</strong> crescimento.<br />
O modismo ampliou o volume<br />
<strong>de</strong> bike-entregas em pizzarias,<br />
restaurantes e farmácias. Em<br />
São Paulo, o fechamento da Av.<br />
Paulista aos domingos intensificou<br />
o volume <strong>de</strong> clientes em<br />
lanchonetes, shoppings e food<br />
trucks. A So<strong>de</strong>xo passou a patrocinar<br />
o Papai Noel <strong>de</strong> Bike<br />
em São Paulo.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 45
quem fez<br />
Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />
DelíCias<br />
Já no clima das festas <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano, a LOV<br />
assina a campanha Receitas <strong>de</strong> Natal Fiz com<br />
Oreo. São quatro filmes que mostram produções<br />
tradicionais com um toque diferente<br />
acrescentado com o biscoito da Mon<strong>de</strong>lez. As<br />
receitas são panettone, cheesecake, brownie<br />
e briga<strong>de</strong>iro. As peças direcionam para o site<br />
www.fizcomoreo.com.br.<br />
lOV<br />
MOn<strong>de</strong>lez<br />
Fotos: divulgação<br />
Título: Oreo Natal Azul; produto: Oreo; diretor <strong>de</strong><br />
criação: Rafael Con<strong>de</strong>; direção <strong>de</strong> arte: Rafael Ponzini<br />
e Zezé Me<strong>de</strong>iros; produtora <strong>de</strong> filme: Cia <strong>de</strong> Cinema;<br />
direção <strong>de</strong> cena: Dupla Iê; produtora <strong>de</strong><br />
som: Mugshot; aprovação do cliente: Rafael Esposto<br />
e Marcelo Laks<br />
Direto ao ponto<br />
No filme Depoimentos, criado pela WMc-<br />
Cann e produzido pela BossaNovaFilms, a<br />
TIM divulga o novo plano pós da operadora<br />
com pacote <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> 2 a 20 GB <strong>de</strong> internet<br />
e mil minutos <strong>de</strong> ligações para qualquer<br />
operadora. Além do filme, a campanha tem<br />
mídia impressa, mídia exterior, mídia digital<br />
e spots <strong>de</strong> rádio.<br />
WMccann<br />
TiM<br />
Título: Depoimentos; produto: TIM Pós; criação:<br />
Gustavo Giorelli, Vinícius Siepierski; produtora <strong>de</strong><br />
filme: BossaNovaFilms; direção <strong>de</strong> cena: Thiago<br />
Eva e Fábio Soares; aprovação do cliente: Livia Marquez,<br />
André Borges, Mariana Junqueira, Luiza Vasconcelos<br />
Dantas, Camillie Gerasso e Patricia Diniz<br />
Cerveja<br />
A Talent Marcel assina a campanha <strong>de</strong> lançamento<br />
da cerveja Amstel no Brasil. Com o tema<br />
Seu copo <strong>de</strong> boteco nunca foi tão bem tratado,<br />
o filme <strong>de</strong>staca os diferenciais do produto:<br />
receita europeia, criada em 1870 e produzida<br />
sem aditivos e com ingredientes naturais. A<br />
campanha é composta por filmes para re<strong>de</strong>s<br />
sociais e peças <strong>de</strong> mídia exterior.<br />
TalenT Marcel<br />
Cervejaria Heineken Brasil<br />
Título: Copo <strong>de</strong> Boteco; produto: Cerveja Amstel;<br />
criação: Eduardo Martins, Rodrigo Scapolan, Lucas<br />
Silva e Sidney Freitas; produtora <strong>de</strong> filme: Vetor Zero;<br />
direção <strong>de</strong> cena: Ricardo Carelli; produtora <strong>de</strong> som:<br />
Instituto; aprovação do cliente: Daniela Cachich, Antonio<br />
Marchese, Renan Ciccone e Andrea Rubim<br />
46 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
natureza<br />
O lado extremo da natureza, ilustrado pelo<br />
funcionamento da ca<strong>de</strong>ia alimentar, dá o toque<br />
<strong>de</strong> humor aos filmes que a Leo Burnett<br />
Tailor Ma<strong>de</strong> criou para divulgar a Série Especial<br />
Extreme da Fiat, composta pelas versões<br />
Adventure dos mo<strong>de</strong>los Strada, Weekend, I<strong>de</strong>a<br />
e Doblô. Ao todo serão quatro filmes, cada um<br />
com um animal diferente. O primeiro <strong>de</strong>les<br />
mostra um ratinho <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um tronco <strong>de</strong><br />
árvore, que logo é <strong>de</strong>vorado. A campanha continua<br />
no digital. A Isobar fez uma página especial<br />
com os animais apresentados nos filmes.<br />
leO BurneTT TailOr Ma<strong>de</strong><br />
FCa FiaT CHrysler<br />
Título: Bichinhos; produto: SE Extreme; diretor <strong>de</strong> arte:<br />
Henri Honda; redator: Bruno Godinho e Carla Cancellara;<br />
produtora <strong>de</strong> filme: Vetor Zero; direção <strong>de</strong><br />
cena: Mateus <strong>de</strong> Paula Santos e Nando Cohen; produtora<br />
<strong>de</strong> som: A9 áudio; aprovação do cliente: C. Belini,<br />
Lélio Ramos, João Ciaco, Malú Antônio e Sarah Albuquerque<br />
Queijo<br />
A LBN Comunicação assina a nova fase da campanha para a<br />
Kroon. Os três filmes apresentam curiosida<strong>de</strong>s sobre cada<br />
queijo da marca e dão dicas <strong>de</strong> receitas e <strong>de</strong> harmonização com<br />
os produtos. Além dos ví<strong>de</strong>os, que serão exibidos na GNT, a<br />
campanha tem ações nas re<strong>de</strong>s sociais e anúncio na revista <strong>de</strong><br />
bordo da TAM.<br />
lBn cOMunicaçãO<br />
FrieslandCaMPina<br />
Título: Queijos Kroon; produto: Queijos Kroon; criação: Patricia Andra<strong>de</strong><br />
e Thaya Marcon<strong>de</strong>s; produtora <strong>de</strong> filme: José Almeida Design &<br />
Produções; aprovação do cliente: Ana Luísa Miklas e Vinicius Viana<br />
passeio<br />
A campanha Descubra lugares que não cabem em um click,<br />
criada pela Mood para a Secretaria <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> São Paulo,<br />
incentiva os paulistanos a conhecerem as diversas cida<strong>de</strong>s do<br />
Estado. Os anúncios para revista foram inspirados nas milhares<br />
<strong>de</strong> fotos reunidas pela secretaria que mostram paisagens<br />
incríveis pouco conhecidas.<br />
MOOd<br />
GOvernO dO esTadO <strong>de</strong> sãO PaulO<br />
Título: Descubra lugares que não cabem em um click; produto: institucional;<br />
criação: PH Gomes, Hugo Cacique e Hugo Seixas; aprovação do<br />
cliente: Márcio Aith e Mariana Montoro<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 47
we<br />
mkt<br />
Hoje é um<br />
novo dia...<br />
“Brasil, con<strong>de</strong>nado<br />
à esperança”<br />
Millôr Fernan<strong>de</strong>s<br />
Daniel Leitão<br />
Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />
Outubro <strong>de</strong> 1971. Toca o telefone. É o<br />
Celso <strong>de</strong> Castro. “Madia, temos um<br />
projeto arrasador para apresentar para o<br />
Itaú; posso dar um pulinho aí. Já conversei<br />
com o Aluisio da DPZ”. Reunião marcada.<br />
Desembarquei no Itaú em meados <strong>de</strong><br />
1971. Comigo o Alfredo Rosa Borges para<br />
cuidar da comunicação. Um banco <strong>de</strong><br />
300 agências, carecendo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pensamento e ação e convivendo com<br />
um amontoado <strong>de</strong> marcas. Mais que necessitado<br />
<strong>de</strong> um posicionamento e <strong>de</strong> um<br />
processo consistente e radical <strong>de</strong> branding.<br />
Chega o Celso para a reunião. “O projeto<br />
é o seguinte. A Globo <strong>de</strong>cidiu fazer<br />
uma mensagem <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano. Gostaria<br />
<strong>de</strong> ter alguém junto assinando e gostaria<br />
que fosse o Itaú (na época ainda se chamava<br />
Itaú América). Todos os artistas<br />
principais do elenco vão participar, cantando<br />
e dançando com a música composta<br />
pelos irmãos Valle – Marcos e Paulo<br />
Sergio – mais o Nelson Motta. Em princípio,<br />
a mensagem terá 100 veiculações<br />
nos principais espaços da emissora. Se<br />
fizer sucesso, aí não tem limite. O preço<br />
é <strong>de</strong> R$ 10 milhões (a valores <strong>de</strong> hoje) e<br />
tenho certeza que vocês vão fazer um excelente<br />
investimento”.<br />
Peço 48 horas para pensar e <strong>de</strong>cidir<br />
junto com o Alfredo, e com o Alex Cerqueira<br />
Leite Thiele, nosso chefe.<br />
A verba toda do Itaú era <strong>de</strong> R$ 30 milhões<br />
e ficamos preocupados em, logo na<br />
chegada, topar um <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>ssa dimensão<br />
e natureza. 24 horas <strong>de</strong>pois o Celso<br />
manda uma relação <strong>de</strong> nomes do casting<br />
da Globo que participariam da gravação:<br />
Elis Regina, Francisco Cuoco, Chico Anísio,<br />
Regina Duarte, Glória Menezes, Renata<br />
Sorrah, Tarcísio Meira, Claudio Marzo...<br />
E a lista não acabava mais. E no PS,<br />
dizia, “Madia, toparam fazer <strong>de</strong> graça por<br />
ser o primeiro e como manifestação <strong>de</strong><br />
apreço e carinho que têm pela Globo. Se<br />
fossem cobrar não teríamos como fazer a<br />
mensagem com patrocinador”.<br />
48 horas <strong>de</strong>pois, reunião marcada.<br />
Além do Celso; pela Globo, Dionisio Poli e<br />
Yves Alves; pelo Itaú, Alex, Alfredo e eu;<br />
pela DPZ, Aluisio. Todos nós muito preocupados<br />
em investir um terço <strong>de</strong> toda a<br />
verba numa única ação, que seria realizada<br />
pela primeira vez. A área <strong>de</strong> marketing<br />
nem completara seu primeiro ano e, assim,<br />
o risco <strong>de</strong> um fracasso po<strong>de</strong>ria comprometer<br />
a sequência da implantação.<br />
Depois <strong>de</strong> quase duas horas <strong>de</strong> dúvidas,<br />
discussões, consi<strong>de</strong>rações, cuidados,<br />
a tendência era agra<strong>de</strong>cer e dizer<br />
não. Sentindo esse clima, Dionísio disse:<br />
“Madia, o Boni pediu que eu ligasse para<br />
ele se sentisse que vocês ainda tinham<br />
alguma dúvida. Posso ligar?”. Concor<strong>de</strong>i<br />
e a ligação foi feita.<br />
“Madia, Boni, tudo bem? E então, vamos<br />
nessa?”. Fiz todas as pon<strong>de</strong>rações,<br />
Boni ouviu, e disse: “entendo, mas quero<br />
e preciso ter o Itaú junto com a Globo. Garanto<br />
– e repetiu – garanto que vocês vão<br />
adorar e vai ser o maior sucesso. Assim,<br />
fica acertado o seguinte: se vocês gostarem,<br />
vocês pagam; se não gostarem, não<br />
pagam nada”... E assim foi feita a autorização.<br />
No início <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, a mensagem <strong>de</strong><br />
fim <strong>de</strong> ano estava no ar: “Hoje é um novo<br />
dia <strong>de</strong> um novo tempo que começou...<br />
Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é<br />
<strong>de</strong> quem quiser, quem vier...”.<br />
Ainda <strong>de</strong>u tempo para produzirmos fi-<br />
tas com as gravações e mandarmos para<br />
todos os gerentes do então Itaú América.<br />
Fizeram cópias e distribuíram para os<br />
amigos e vizinhos. Sucesso absoluto, o<br />
melhor investimento realizado por uma<br />
organização que engatinhava, ainda <strong>de</strong>sunida,<br />
com uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> em processo<br />
<strong>de</strong> construção. Uma espécie <strong>de</strong> hino<br />
que iluminou o banco, iluminou o Brasil<br />
e entrou para a história do marketing e<br />
da propaganda <strong>de</strong> nosso país.<br />
Tomara que, no próximo dia 1º <strong>de</strong> janeiro<br />
<strong>de</strong> 2016, comecemos a viver um novo<br />
dia <strong>de</strong> um novo tempo que começou.<br />
De um Brasil verda<strong>de</strong>iramente novo, <strong>de</strong>mocrático,<br />
ético e comandado por pessoas<br />
cuja única i<strong>de</strong>ologia seja a <strong>de</strong> fazer<br />
<strong>de</strong> nosso país uma socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna,<br />
ética e socialmente justa e responsável.<br />
O Brasil merece. A quase totalida<strong>de</strong> dos<br />
brasileiros também.<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza é consultor<br />
<strong>de</strong> marketing<br />
famadia@madiamm.com.br<br />
48 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
MERCADO<br />
Cenp cria comitê <strong>de</strong> negociação<br />
para <strong>de</strong>bater crise com a ABA<br />
Priorida<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong> é a manutenção da autorregulação comercial<br />
PAULO MACEDO<br />
Na próxima sexta-feira (18)<br />
será realizada a primeira<br />
reunião do Comitê <strong>de</strong> Negociação<br />
organizado pelo Cenp<br />
(Conselho Executivo das Normas-Padrão),<br />
cuja diretoria é<br />
li<strong>de</strong>rada pelo executivo Caio<br />
Barsotti. A formalização do<br />
comitê foi realizada na primeira<br />
semana <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro.<br />
O grupo multidisciplinar é<br />
formado por Orlando Marques<br />
(presi<strong>de</strong>nte da Abap – Associação<br />
Brasileira das Agências <strong>de</strong><br />
Publicida<strong>de</strong> e conselheiro do<br />
Grupo Publicis), Enio Vergeiro<br />
(presi<strong>de</strong>nte da APP – Associação<br />
dos Profissionais <strong>de</strong> Propaganda<br />
e da Mundo Mídia),<br />
Glaucio Bin<strong>de</strong>r (presi<strong>de</strong>nte da<br />
Fenapro – Fe<strong>de</strong>ração Nacional<br />
das Agências <strong>de</strong> Propaganda<br />
e da Bin<strong>de</strong>r), Renato Pereira<br />
(diretor da APP e executivo da<br />
área <strong>de</strong> relações institucionais<br />
da Re<strong>de</strong> Globo <strong>de</strong> Televisão),<br />
Sergio Pompilio (vice-presi<strong>de</strong>nte<br />
jurídico e <strong>de</strong> relações<br />
corporativas da Johnson &<br />
Johnson) e Antonio Totaro<br />
(diretor das áreas jurídica e <strong>de</strong><br />
associações da Ambev).<br />
Segundo Barsotti, esse comitê<br />
terá liberda<strong>de</strong> para refletir<br />
os caminhos para a discussão<br />
envolvendo a ABA, que<br />
recorreu ao Ca<strong>de</strong> (Conselho<br />
Administrativo <strong>de</strong> Defesa da<br />
Economia) para questionar<br />
as regras <strong>de</strong> remuneração das<br />
agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, consolidadas<br />
pela Lei 12.232, que<br />
reconheceu as normas-padrão<br />
do Cenp como parâmetro <strong>de</strong><br />
negociação comercial e como<br />
instrumento ético para monitorar<br />
discussões.<br />
“O Cenp sempre tem crise<br />
para administrar. Não é a primeira<br />
discussão que temos<br />
com a ABA. Aguardamos o andamento<br />
do processo no Ca<strong>de</strong>.<br />
Esse comitê foi estruturado<br />
para formalizar argumentos e<br />
envolve entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> agências,<br />
veículos e representantes dos<br />
anunciantes”, resumiu Bar-<br />
Caio Barsotti: “A entida<strong>de</strong> é a favor da competitivida<strong>de</strong>. O seu papel não é restritivo e nem impositivo”<br />
Primeira<br />
reunião do<br />
comitê será<br />
realizada<br />
nesta semana<br />
Para <strong>de</strong>bater<br />
futuro do cenP<br />
Alê Oliveira<br />
sotti, enfatizando ainda que a<br />
gran<strong>de</strong> missão do Cenp é justamente<br />
manter “a autorregulação”<br />
que une o tripé que envolve<br />
investidores (anunciantes),<br />
gestores <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias (agências) e<br />
logística (veículos).<br />
“A entida<strong>de</strong> é a favor da<br />
competitivida<strong>de</strong>. O seu papel<br />
não é restritivo, nem impositivo.<br />
As únicas respostas que<br />
procuramos são as relacionadas<br />
às questões oriundas do<br />
ambiente <strong>de</strong> negócios. Com<br />
a autorregulação, evitamos<br />
uma série <strong>de</strong> problemas. É<br />
hora <strong>de</strong> fazer alguns ajustes<br />
normativos e o Comitê <strong>de</strong> Negociação<br />
vai formular sugestões.<br />
O Cenp vem passando<br />
por transformações ao longo<br />
<strong>de</strong> seus 16 anos. E vai continuar<br />
sendo assim”, finalizou<br />
Barsotti.<br />
O processo é embrionário<br />
e vai além dos problemas relacionados<br />
ao Ca<strong>de</strong>. O Comitê<br />
<strong>de</strong> Negociação preten<strong>de</strong> indicar<br />
grupos específicos <strong>de</strong> estudos<br />
para pon<strong>de</strong>rar questões<br />
que po<strong>de</strong>rão resultar numa<br />
revisão do Cenp, especialmente<br />
pelo ambiente digital<br />
que trouxe um novo cenário<br />
para o mercado <strong>de</strong> comunicação.<br />
Ao receber o questionamento<br />
da ABA, o Ca<strong>de</strong> quis<br />
saber <strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong> fundadora<br />
e mantenedora do Cenp,<br />
entre as quais a própria representante<br />
dos anunciantes, sobre<br />
o papel da autorregulação.<br />
Não houve convergência <strong>de</strong><br />
raciocínio.<br />
50 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
mErcaDo<br />
Varejo é 51% da receita <strong>de</strong> agências<br />
Estudo mostra ainda que contratos por fee regular cresceram<br />
Vinícius noVaes<br />
varejo se mantém como o<br />
O gran<strong>de</strong> protagonista na vida<br />
das agências brasileiras. De<br />
acordo com estudo feito pela<br />
Toledo & Associados e apresentado<br />
pela Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração<br />
Nacional das Agências <strong>de</strong> Propaganda)<br />
em parceria com os<br />
Sinapros (Sindicatos das Agências<br />
<strong>de</strong> Propaganda), o segmento<br />
respon<strong>de</strong> por 51% da receita<br />
e compõe o portfólio <strong>de</strong> clientes<br />
<strong>de</strong> 80% das agências entrevistadas.<br />
O varejo também se <strong>de</strong>staca<br />
como o setor que mais <strong>de</strong>ve<br />
impulsionar o crescimento das<br />
agências em 2016, na opinião <strong>de</strong><br />
42% dos entrevistados.<br />
A pesquisa abrangeu 747 agências,<br />
das quais 63% na região Su<strong>de</strong>ste,<br />
15% na região Sul; 9% no<br />
Centro-Oeste, 11% no Nor<strong>de</strong>ste e<br />
2% na região Norte. São agências<br />
<strong>de</strong> diferentes portes e estrutura,<br />
que contam com 16 anos em<br />
média <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s; 90% não<br />
integram qualquer grupo empresarial;<br />
86% não possuem filiais<br />
em outros Estados; seu portfólio<br />
inclui 15 clientes e 16 contas em<br />
média, com uma estrutura média<br />
<strong>de</strong> 20 pessoas por agência.<br />
Segundo a pesquisa, a remuneração<br />
das agências já vem crescendo<br />
na direção dos contratos<br />
por fee regular (estabelecimento<br />
<strong>de</strong> valor mensal, baseado no volume<br />
<strong>de</strong> serviços a ser entregue<br />
ao cliente) e success fee (bônus<br />
repassado pelo cliente à agência,<br />
condicionado à superação <strong>de</strong><br />
metas) e também da cobrança <strong>de</strong><br />
outros serviços.<br />
Atualmente, a receita obtida<br />
com taxa <strong>de</strong> veiculação representa<br />
33% do total, enquanto serviços<br />
internos já são 20% da receita;<br />
contratos por fee e success<br />
fee são 17% e honorários sobre<br />
produção externa, <strong>14</strong>%. No Estado<br />
<strong>de</strong> São Paulo, os contratos por<br />
fee e success fee já são a principal<br />
fonte <strong>de</strong> receita.<br />
Já o segmento do governo e<br />
contas públicas, embora tenha<br />
li<strong>de</strong>rado o crescimento da receita<br />
em <strong>2015</strong> em 52% das agências, só<br />
compõe o portfólio <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong><br />
44% <strong>de</strong>las e é apontado por apenas<br />
18% dos entrevistados como<br />
Glaucio Bin<strong>de</strong>r, presi<strong>de</strong>nte da Fenapro:<br />
estudo <strong>de</strong>u uma radiografia do setor e<br />
apontou caminhos para o futuro do mercado<br />
34% das agências<br />
preveem manter<br />
sua receita para<br />
o próximo ano,<br />
<strong>de</strong> acordo com o<br />
estudo<br />
potencial para impulsionar da receita<br />
em 2016.<br />
Os setores que mais influenciaram<br />
o <strong>de</strong>clínio da receita das<br />
agências em <strong>2015</strong> foram os produtos<br />
<strong>de</strong> consumo, o setor imobiliário<br />
e a indústria, segundo<br />
a opinião, respectivamente, <strong>de</strong><br />
69%, 66% e 58% das agências entrevistadas.<br />
Estes também são os<br />
setores com menor potencial <strong>de</strong><br />
crescimento da receita em 2016.<br />
DESIGN THINKING<br />
O estudo foi divulgado com<br />
o projeto Design Thinking Propaganda,<br />
que mostrou que as<br />
agências po<strong>de</strong>rão per<strong>de</strong>r o protagonismo<br />
no campo estratégico<br />
dos clientes se forem vistas mais<br />
como produtoras <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> comunicação<br />
ou intermediárias <strong>de</strong><br />
veiculação do que agências capazes<br />
<strong>de</strong> prover soluções completas<br />
<strong>de</strong> comunicação.<br />
Este <strong>de</strong>safio se apresenta em<br />
um cenário <strong>de</strong>sfavorável, em que<br />
apenas 31% das agências preveem<br />
ampliar sua receita em <strong>2015</strong>;<br />
Marçal Neto/Divulgação<br />
outras 34% estimam manter e<br />
36%, reduzir, o que amplia os <strong>de</strong>safios<br />
do setor, já acentuados em<br />
função da migração da comunicação<br />
para o digital.<br />
“As duas iniciativas nos permitiram<br />
obter uma radiografia do<br />
setor hoje e apontar os caminhos<br />
futuros que visam assegurar a<br />
sustentabilida<strong>de</strong> dos seus negócios”,<br />
afirmou Glaucio Bin<strong>de</strong>r,<br />
presi<strong>de</strong>nte da Fenapro. “A principal<br />
conclusão dos dois trabalhos<br />
é que as agências já estão ampliando<br />
seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios<br />
para manter sua relevância e os<br />
resultados no longo prazo”, completou<br />
o executivo.<br />
Alexis Pagliarini, superinten<strong>de</strong>nte<br />
da Fenapro e i<strong>de</strong>alizador<br />
do Design Thinking Propaganda,<br />
disse que a comissão <strong>de</strong> mídia<br />
e <strong>de</strong> produção tem sido algo<br />
bom para garantir uma rentabilida<strong>de</strong><br />
a<strong>de</strong>quada às agências.<br />
“Mas sua <strong>de</strong>pendência teve,<br />
como efeito colateral, uma <strong>de</strong>svalorização<br />
da criação e do planejamento”,<br />
disse.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 51
STORYTELLER<br />
Papéis velhos,<br />
Millôr e cachorros<br />
Henrique Folster<br />
Numa pasta esquecida,<br />
encontrei um email do escritor<br />
a respeito <strong>de</strong> um artigo sobre<br />
a morte do meu cachorro<br />
LuLa Vieira<br />
Estou arrumando meu escritório. Numa pasta esquecida, encontrei<br />
a cópia <strong>de</strong> um email do Millôr Fernan<strong>de</strong>s a respeito <strong>de</strong><br />
um artigo que escrevi aqui no PROPMARK sobre a morte do meu<br />
cachorro. Evi<strong>de</strong>ntemente eu falava <strong>de</strong>ssa relação entre gente e<br />
cachorro que só quem vive com intensida<strong>de</strong> sabe como é. Neste<br />
email, Millôr quis, com imensa generosida<strong>de</strong>, me oferecer um consolo.<br />
Só para contextualizar um pouco, um ministro do governo<br />
Collor tinha acabado <strong>de</strong> afirmar, tentando justificar o uso <strong>de</strong> um<br />
carro oficial para levar sua cachorra ao médico, que “um cão é um<br />
ser humano como outro qualquer”.<br />
Millôr escreveu: “Magri andou perto, mas não tinha razão total<br />
quando afirmou que o cão é um ser humano como outro qualquer.<br />
Na afetivida<strong>de</strong> e na lealda<strong>de</strong>, o cão é muito mais do que qualquer<br />
ser humano. Igor, poodle <strong>de</strong> minha filha Paula, consequentemente<br />
meu, é uma paixão feita <strong>de</strong> ternura <strong>de</strong>nsa e permanente. Sem querer<br />
nada em troca, a não ser carinho, conversa e mais do que tudo,<br />
presença. Seus olhos dizem sempre: ‘Por favor, não me <strong>de</strong>ixa. Nem<br />
um minuto. Não sei viver sem você’. Logo <strong>de</strong>pois que ganhamos o<br />
poodle, olhando para ele um dia e, sabendo que cada ano da minha<br />
vida correspon<strong>de</strong> a aproximadamente sete da <strong>de</strong>le, veio-me incontida<br />
angústia: ‘Céus! Se eu tiver mais <strong>de</strong>z anos, esse cão, essa graça,<br />
será mais velho do que eu’.<br />
Ulrich Klever, zoólogo especializado e apaixonado por cães, e<br />
Monika Klever, extraordinária fotógrafa, fizeram um belo livro, ao<br />
mesmo tempo científico e amoroso, sobre 60 das espécies mais populares<br />
<strong>de</strong> cães: The Complete Book of Dog Care (Barron’s, 178 págs.,<br />
U$ 12,95).<br />
Traduzo, concordando plenamente: ‘As <strong>de</strong>z coisas que um cão<br />
quer <strong>de</strong> sua gente’. Gente, vejam bem, não somos os donos. Somos<br />
<strong>de</strong>les, como eles são nossos:<br />
1 - Minha vida <strong>de</strong>ve durar entre <strong>de</strong>z e 15 anos. Qualquer separação<br />
<strong>de</strong> vocês será muito dolorosa para mim.<br />
2 - Dê-me algum tempo para enten<strong>de</strong>r o que você quer <strong>de</strong> mim.<br />
3 - Tenha confiança em mim, é fundamental para o meu bem-<br />
-estar.<br />
4 - Não fique zangado comigo por muito tempo. E não me prenda<br />
em nenhum lugar como punição. Você tem seu trabalho, seus amigos,<br />
suas diversões. Eu só tenho você.<br />
5 - Fale comigo <strong>de</strong> vez em quando. Mesmo que eu não entenda as<br />
suas palavras, compreendo muito bem a sua voz e sinto o que você<br />
está me dizendo.<br />
6 - Esteja certo <strong>de</strong> que, seja como for que você me trate, isso ficará<br />
gravado em mim pra sempre.<br />
7 - Antes <strong>de</strong> me bater, lembre sempre que eu tenho <strong>de</strong>ntes que<br />
po<strong>de</strong>riam feri-lo seriamente, <strong>de</strong>ntes que eu nunca vou usar contra<br />
você.<br />
8 - Antes <strong>de</strong> me censurar por estar sendo vadio, preguiçoso ou<br />
teimoso, pergunte se não há alguma coisa me incomodando. Talvez<br />
não esteja me alimentando bem. Po<strong>de</strong> ser que eu esteja resfriado.<br />
Ou é apenas o meu coração que está ficando velho e cansado.<br />
9 - Cui<strong>de</strong> bem <strong>de</strong> mim quando eu ficar velho; você também vai<br />
ficar.<br />
10 - Não se afaste <strong>de</strong> mim em meus momentos difíceis ou dolorosos.<br />
Nunca diga: ‘Prefiro não ver’ ou ‘Faz quando eu não estiver<br />
presente’. Tudo é mais fácil pra mim com você ao lado.<br />
Comentários sobre os itens um e cinco:<br />
1 - Sempre atento a que cada hora tua correspon<strong>de</strong> a sete do poodle,<br />
não esqueça que, quando você sai <strong>de</strong> casa, vai a um cinema<br />
e <strong>de</strong>pois vai jantar levando sete horas nesse afastamento, para o<br />
teu solitário amigo se passaram dois dias. Bom, ainda bem que pro<br />
meu Igor existe a encantadora Natasha, que fica enchendo ele o<br />
tempo todo e, por isso, apeli<strong>de</strong>i <strong>de</strong> Nachata.<br />
5 - Deve-se falar sempre com o cão, conversar com ele o tempo<br />
todo, zombar <strong>de</strong>le, enfim, fazer com ele tudo que uma pessoa <strong>de</strong><br />
sensibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> bom humor faz normalmente com as pessoas<br />
que ama. Ele enten<strong>de</strong> muito mais do que qualquer Ja<strong>de</strong>r Barbalho<br />
<strong>de</strong>sses que dirigem nosso <strong>de</strong>stino. O poodle praticamente não se<br />
interessa por outros cães. Gosta <strong>de</strong> gente e <strong>de</strong> ser o centro das atenções.<br />
O escritor austríaco Peter Scheitlen escreveu sobre ele, há um<br />
século: ‘É o cão mais perfeito. Tem personalida<strong>de</strong>, originalida<strong>de</strong>,<br />
jovialida<strong>de</strong>. E toda alma’.”<br />
Feliz Natal!<br />
Lula Vieira é publicitário, diretor da Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />
radialista, escritor, editor e professor<br />
lulavieira@grupomesa.com.br<br />
52 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Parabéns<br />
pela brilhante conquista do<br />
CamPeonato<br />
brasileiro <strong>2015</strong><br />
a maior pontuação da<br />
era dos pontos corridos<br />
UMA HOMENAGEM DO<br />
50 anos<br />
91PM0712.indd 2 04/12/15 18:23
cONSUMO<br />
J.Walter Thompson antecipa<br />
tendências globais para 2016<br />
The Future 100 mostra assuntos que serão <strong>de</strong>staque<br />
no próximo ano - inclusive a cachaça brasileira<br />
BárBara BarBosa<br />
Mais do que fazer um balanço<br />
dos dias que ficaram<br />
para trás, o fim do ano é a<br />
época na qual todos começam a<br />
listar as promessas e os planos<br />
para encarar o próximo ciclo.<br />
No mercado, o olhar está voltado<br />
para o que é tendência. Mas,<br />
afinal, o que vai estar nas rodas<br />
<strong>de</strong> conversa em 2016? Para respon<strong>de</strong>r<br />
à pergunta, a J.Walter<br />
Thompson lançou mais uma<br />
<strong>edição</strong> do The Future 100 –<br />
Trends and Change to Watch in<br />
2016, um estudo global conduzido,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, pelo Innovation<br />
Group JWT – uma célula <strong>de</strong><br />
futurismo da agência sediada<br />
em Nova York – que aponta <strong>de</strong>z<br />
macrotendências para o próximo<br />
ano, com <strong>de</strong>z exemplos <strong>de</strong><br />
cada uma.<br />
“O objetivo do estudo é po<strong>de</strong>r<br />
fazer um mapeamento daquilo<br />
que começaremos a ver acontecer<br />
na socieda<strong>de</strong> no próximo<br />
ano e antecipar alguns movimentos<br />
para nossos clientes, seja do<br />
ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> comunicação,<br />
seja do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> produtos e inovação.<br />
Mostramos as principais<br />
tendências mundiais em diversas<br />
categorias <strong>de</strong> produtos, serviços<br />
e comportamento”, diz Isabella<br />
Mulholland, head of planning da<br />
J.Walter Thompson Brasil. “Um<br />
grupo pequeno <strong>de</strong> planners do<br />
mundo todo contribui com levantamento<br />
<strong>de</strong> tendências locais<br />
e, então, o estudo é aprimorado<br />
com <strong>de</strong>sk research e entrevistas<br />
em profundida<strong>de</strong> com especialistas”,<br />
acrescenta a executiva.<br />
Dividido em cultura, tecnologia<br />
e inovação, viagem, marcas<br />
e marketing, comida e bebida,<br />
beleza, varejo, saú<strong>de</strong>, estilo <strong>de</strong><br />
vida e luxo, o estudo passeia por<br />
questões já bastante discutidas<br />
ao longo <strong>de</strong>ste ano, como o novo<br />
perfil da mulher e formas <strong>de</strong> comunicar<br />
com esse público, inclusive<br />
a cachaça, que <strong>de</strong>verá ser a<br />
menina dos olhos entre as bebidas,<br />
muito em razão da Rio 2016.<br />
Fotos: Divulgação<br />
A cachaça, ainda não tão conhecida em outros mercados, <strong>de</strong>ve ganhar <strong>de</strong>staque no<br />
próximo ano, muito pela atenção que o Brasil receberá com a Rio 2016<br />
No material, a cachaça é <strong>de</strong>scrita<br />
como uma bebida barata no<br />
Brasil e, até então, pouco conhecida<br />
em outras partes do mundo<br />
– ao mesmo tempo em que a<br />
<strong>de</strong>svalorização do real diante <strong>de</strong><br />
outras moedas teria ajudado a<br />
bebida a ser exportada. Por aqui,<br />
os fabricantes passam a investir<br />
em versões premium da cachaça,<br />
à espera dos visitantes internacionais<br />
que chegam ao país no<br />
próximo ano. Segundo o estudo,<br />
é bom ficar <strong>de</strong> olho também em<br />
outros ingredientes da culinária<br />
brasileira.<br />
Falar <strong>de</strong> comida e bebida, aliás,<br />
é uma tendência bastante<br />
<strong>de</strong>stacada no estudo. Hoje comer<br />
e beber é assunto relevante, não<br />
apenas do ponto <strong>de</strong> vista cultural<br />
e da experiência gastronômica,<br />
mas também para quem busca<br />
hábitos para ter uma vida mais<br />
“A indústriA dA<br />
comunicAção<br />
como um todo<br />
<strong>de</strong>ve estAr<br />
AtentA Ao fAto<br />
<strong>de</strong> que estAmos<br />
vivendo um<br />
momento no<br />
quAl controle<br />
e plAnejAmento<br />
<strong>de</strong>vem ser feitos<br />
quAse reAl time”<br />
54 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Bogotá, capital da Colômbia: país<br />
está na lista das <strong>de</strong>z economias mais<br />
promissoras para os próximo anos<br />
saudável e se preocupa com a<br />
produção sustentável para suprir<br />
a população que cresce.<br />
Outra tendência apontada<br />
pelo estudo é o uso do Instagram<br />
como plataforma para contar<br />
histórias, <strong>de</strong> forma que imagem<br />
e texto possam coexistir – são<br />
as chamadas instastories. Atualmente,<br />
o Instagram tem uma<br />
base <strong>de</strong> 400 milhões <strong>de</strong> usuário<br />
– só no Brasil, segundo país para<br />
a re<strong>de</strong> social, são 29 milhões <strong>de</strong><br />
pessoas ativas todos os meses.<br />
Apesar do número surpreen<strong>de</strong>nte,<br />
fazer propaganda na re<strong>de</strong><br />
ainda é algo novo – no Brasil, por<br />
exemplo, somente este ano a plataforma<br />
permitiu a veiculação <strong>de</strong><br />
anúncios – e as marcas têm como<br />
<strong>de</strong>safio produzir conteúdo nativo<br />
e relevante.<br />
A produção <strong>de</strong> conteúdo relevante<br />
surge como algo importante<br />
também porque o bloqueio a<br />
anúncios no meio digital cresce.<br />
Segundo informações do estudo,<br />
ferramentas <strong>de</strong> ad blocking cresceram<br />
globalmente 41% no ano<br />
e 48% só nos Estados Unidos,<br />
resultando em 198 milhões <strong>de</strong><br />
ad blockers ativos. Diante do cenário,<br />
marcas terão <strong>de</strong> trabalhar<br />
cada vez mais <strong>de</strong> forma transparente<br />
para superar esse <strong>de</strong>safio.<br />
O relatório aborda ainda a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> um olhar mais atento<br />
para a geração Z, formada por<br />
jovens muito mais conscientes e<br />
empáticos, além <strong>de</strong> mais conectados<br />
e a<strong>de</strong>ptos às re<strong>de</strong>s sociais.<br />
É no ambiente digital, inclusive,<br />
que estão os ídolos e influenciadores<br />
<strong>de</strong>sta parte da população –<br />
como youtubers e a vencedora do<br />
Nobel da Paz, Malala Yousafzai,<br />
que no estudo da JWT aparece à<br />
frente da cantora Beyoncé como<br />
ícone da geração Z.<br />
E por falar em empatia, a palavra<br />
(sua importância, seus benefícios<br />
e virtu<strong>de</strong>s) é a buzzword<br />
para 2016. As marcas que se colocarem<br />
no lugar do outro, dando<br />
mais valor à experiência do consumidor<br />
e também às diversida<strong>de</strong>s,<br />
serão melhores vistas.<br />
“Acredito que a indústria da<br />
comunicação como um todo<br />
<strong>de</strong>ve estar atenta ao fato <strong>de</strong> que<br />
estamos vivendo um momento<br />
no qual controle e planejamento<br />
<strong>de</strong>vem ser feitos quase real time.<br />
Muito do conteúdo produzido<br />
pelas marcas está vindo <strong>de</strong> consumidores,<br />
muitas das críticas<br />
i<strong>de</strong>m. Os anunciantes <strong>de</strong>vem estar<br />
dispostos a, cada vez mais,<br />
<strong>de</strong>ixar a sua marca nas mãos das<br />
pessoas e viver em um estado<br />
constante <strong>de</strong> beta mo<strong>de</strong> e transformação.<br />
O diálogo é absolutamente<br />
necessário e é isso que vai<br />
enriquecer o contato das pessoas<br />
com as marcas”, diz Isabella.<br />
Entre vários outros aspectos<br />
também abordados, o estudo<br />
aponta, por fim, olhares para<br />
novas culturas. O mesmo Brasil<br />
que iniciou o texto sendo tendência<br />
começa a per<strong>de</strong>r atenção<br />
no mercado <strong>de</strong> luxo, assim como<br />
os <strong>de</strong>mais países do BRIC (Brasil,<br />
Rússia, Índia e China), para economias<br />
que estão para explodir.<br />
Marcas <strong>de</strong>vem ficar atentas à cultura<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>z <strong>de</strong>stinos: Peru, Colômbia,<br />
Etiópia, Zâmbia, Quênia,<br />
Tanzânia, Bangla<strong>de</strong>sh, Filipinas,<br />
Sri Lanka e Indonésia.<br />
Geração Z: jovens mais conectados e a<strong>de</strong>ptos às re<strong>de</strong>s sociais<br />
encontram os seus ídolos e influenciadores na internet<br />
Isabella Mulholland, head of<br />
planning da J. Walter Thompson<br />
Brasil: estudo é publicado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2010, como forma <strong>de</strong> antecipar<br />
tendências e ajudar clientes no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos<br />
e ações <strong>de</strong> comunicação<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 55
sul online<br />
Divulgação<br />
sinapro/Rs<br />
tem novo<br />
presi<strong>de</strong>nte<br />
Fernando Silveira, da Integrada Comunicação Total, é o novo presi<strong>de</strong>nte do Sinapro/RS<br />
para o período 2016/2018. Silveira substituiu Delmar Gentil, do Sistema Dez, à frente da<br />
entida<strong>de</strong>. Com mais <strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> carreira, Silveira já trabalhou como redator na Martins &<br />
Andra<strong>de</strong>, na extinta Símbolo e, em Florianópolis, passou pela Artplan Sul (Prime DBB), WG<br />
(atual OneWG) e Quadra Comunicação. No ano 2000, retornou ao Rio Gran<strong>de</strong> do Sul para<br />
fundar a Integrada Comunicação Total, da qual é sócio majoritário e atua como diretor-<br />
-geral com foco em planejamento e novos negócios. “O principal compromisso é dar continuida<strong>de</strong><br />
ao trabalho <strong>de</strong> Delmar, que foi incrível. Antes era uma entida<strong>de</strong> que não estava<br />
sendo atuante como <strong>de</strong>veria ser e Delmar fez um excelente trabalho <strong>de</strong> construção e união<br />
das entida<strong>de</strong>s locais”, comenta Silveira.<br />
Fernando Silveira: “O<br />
principal compromisso<br />
é dar continuida<strong>de</strong> ao<br />
trabalho”<br />
Menos pRedatóRio<br />
O novo presi<strong>de</strong>nte do Sinapro/RS preten<strong>de</strong><br />
unir as agências gaúchas a fim <strong>de</strong> acabar<br />
com a concorrência predatória. “Quero<br />
conseguir unir as agências em torno <strong>de</strong><br />
uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócio menos predatório. A<br />
batalha por clientes e prospecções sempre<br />
vai existir, mas não po<strong>de</strong> ser pelo preço<br />
mais baixo. O mercado precisa se organizar<br />
para que não perca valor. Estamos vivendo<br />
uma fase <strong>de</strong> transição, em meio a uma<br />
gran<strong>de</strong> virada”, opina.<br />
nova se<strong>de</strong><br />
Na quinta-feira (17), haverá a posse da<br />
nova diretoria do Sinapro/RS e a inauguração<br />
da nova se<strong>de</strong>, na Rua Viscon<strong>de</strong> do Rio<br />
Branco. O local é uma das iniciativas do<br />
presi<strong>de</strong>nte anterior, que permanece como<br />
VP da entida<strong>de</strong>. Também integram a diretoria<br />
Ligia Lyrio, da Martins+Andra<strong>de</strong>, como<br />
diretora-financeira, e Arthur Ben<strong>de</strong>r,<br />
da Selling, como secretário-geral.<br />
núcleo <strong>de</strong> Moda da e21<br />
Dudu Vanoni está <strong>de</strong> volta à e21 como novo<br />
diretor <strong>de</strong> criação do núcleo <strong>de</strong> moda e<br />
comportamento. O criativo teve passagem<br />
pela agência entre 2008 a 2011 e retorna para<br />
reforçar a e21 em um novo momento <strong>de</strong><br />
trabalho. “O convite para retornar foi uma<br />
<strong>de</strong>liciosa surpresa. A agência está muito<br />
gran<strong>de</strong> e precisava <strong>de</strong> novo reativar o núcleo”,<br />
comenta Dudu. A unida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />
aten<strong>de</strong>r Brandili, Kildare, Água da Pedra e<br />
Conselho <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo, tem<br />
contas novas para fechar em breve.<br />
BoM huMoR<br />
Para veicular na internet, a Competence<br />
criou o filme <strong>de</strong> Natal da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> farmácias<br />
Panvel. Toda em animação, a peça Magia<br />
do Natal foi <strong>de</strong>senvolvida pela Produtora<br />
Tribbo, <strong>de</strong> São Paulo, em três meses <strong>de</strong><br />
trabalho. Tem uma versão bem-humorada<br />
que mostra, no final, os “erros <strong>de</strong> gravação”.<br />
A direção <strong>de</strong> criação é <strong>de</strong> João Pedro<br />
Vargas e <strong>de</strong> Ricardo Soletti. A Panvel é hoje<br />
a maior re<strong>de</strong> <strong>de</strong> farmácias da Região Sul e<br />
possui mais <strong>de</strong> 300 lojas.<br />
ocean dRive<br />
O Grupo Ma<strong>de</strong>ro, do Paraná, inaugurou<br />
sua primeira unida<strong>de</strong> em Miami, e a GhFly,<br />
agência especializada em mídia <strong>de</strong> performance,<br />
está fazendo toda estratégia <strong>de</strong><br />
divulgação do novo empreendimento com<br />
diversas ações, entre elas uma campanha<br />
no aplicativo Waze para promover o novo<br />
restaurante. Em 2016, o grupo paranaense<br />
preten<strong>de</strong> inaugurar mais uma unida<strong>de</strong> internacional<br />
em Sidney, na Austrália.<br />
Ana Paula Jung<br />
propsul@uol.com.br<br />
56 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
mercado<br />
marketing valoriza dados,<br />
revela pesquisa da abemd<br />
Levantamento foi realizado por consórcio global <strong>de</strong><br />
associações que representam o setor no mundo todo<br />
Claudia Penteado<br />
Decisões orientadas por dados<br />
são fortemente valorizadas<br />
por profissionais <strong>de</strong> marketing<br />
do mundo inteiro, segundo<br />
resultados da segunda<br />
<strong>edição</strong> da pesquisa The Global<br />
Review of Data-Driven Marketing<br />
and Advertising realizada<br />
com três mil profissionais <strong>de</strong><br />
marketing <strong>de</strong> anunciantes, empresas<br />
prestadores <strong>de</strong> serviços<br />
e <strong>de</strong>senvolvedores <strong>de</strong> tecnologia<br />
<strong>de</strong> 17 países.<br />
O levantamento foi realizado<br />
por um consórcio global <strong>de</strong><br />
associações <strong>de</strong> marketing e coor<strong>de</strong>nado<br />
pela Abemd (Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Marketing<br />
Direto) no Brasil, que colaborou<br />
com 523 respon<strong>de</strong>ntes.<br />
O principal resultado: 81,3%<br />
dos profissionais (número<br />
maior do que o do ano passado,<br />
80,4%) indicaram que dados<br />
são muito importantes para o<br />
seu negócio. E 59,3% (contra<br />
57,1% do ano passado) consi<strong>de</strong>ram<br />
que o marketing orientado<br />
por dados é crítico para os seus<br />
negócios. Os resultados estão<br />
publicados no relatório The<br />
Global Review of Data-Driven<br />
Marketing and Advertising, da<br />
Global DMA (aliança <strong>de</strong> mais<br />
<strong>de</strong> 25 associações <strong>de</strong> marketing<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes ao redor<br />
do mundo) e do Winterberry<br />
Group (consultoria estratégica<br />
especializada em publicida<strong>de</strong>,<br />
marketing, mídia e informação,<br />
81,3%<br />
Dos entrevistados disseram que<br />
dados são importantes para suas<br />
iniciativas <strong>de</strong> marketing<br />
90,2%<br />
Afirmaram estarem focados<br />
na implementação <strong>de</strong> análises<br />
preditivas e segmentação (em 20<strong>14</strong><br />
apenas 43,8% tinham esse foco)<br />
93,1%<br />
Acreditam que dados <strong>de</strong>sempenharão<br />
um papel importante no futuro<br />
56,3%<br />
Relataram aumento nos investimentos<br />
em marketing orientados por dados este ano<br />
35,9%<br />
Afirmaram que, no Brasil, os<br />
investimentos em marketing<br />
orientado por dados aumentarão<br />
significativamente em 2016<br />
com se<strong>de</strong> nos EUA).<br />
O relatório apurou, entre julho<br />
e setembro, as práticas nos<br />
seguintes mercados: Argentina,<br />
Alemanha, Austrália, Bélgica,<br />
Brasil, Chile, Cingapura, Estados<br />
Unidos, França, Holanda,<br />
Hong Kong, Hungria, Índia, Itália,<br />
Nova Zelândia, Reino Unido<br />
e Suécia. Efraim Kapulski,<br />
presi<strong>de</strong>nte da Abemd, fala que<br />
foi uma gran<strong>de</strong> conquista ter<br />
tantos profissionais e empresas<br />
<strong>de</strong> todo o mundo participando<br />
<strong>de</strong> um estudo tão abrangente.<br />
“Nós fizemos isso para ajudar<br />
empresas e anunciantes a terem<br />
benchmarks claros para<br />
suas campanhas e, assim, analisar<br />
alocações <strong>de</strong> verbas em<br />
conformida<strong>de</strong> com as melhores<br />
práticas globais, <strong>de</strong>senvolvendo<br />
estratégias para a utilização<br />
dos dados disponíveis <strong>de</strong> maneira<br />
significativa, responsável<br />
e <strong>de</strong> fácil acesso”, disse.<br />
Algumas informações se <strong>de</strong>stacam<br />
no mercado brasileiro. O<br />
crescimento dos investimentos<br />
em marketing orientado por<br />
dados no Brasil durante o ano<br />
passado continuou a aumentar,<br />
inclusive em taxas maiores que<br />
as médias globais: 73,3% dos<br />
entrevistados brasileiros <strong>de</strong>clararam<br />
que dados são importantes<br />
para seus esforços <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
e marketing e 83,6%<br />
disseram que vão ficar ainda<br />
mais importantes.<br />
A confiança do profissional<br />
brasileiro em relação ao marketing<br />
orientado por dados<br />
e seu crescimento potencial<br />
continuou alta e praticamente<br />
na média global: 4.10 vs 4.<strong>14</strong>,<br />
em uma escala <strong>de</strong> 1 a 5, on<strong>de</strong><br />
5 representa confiança “extrema”.<br />
Em relação aos fatores<br />
impulsionadores e inibidores<br />
do crescimento da ativida<strong>de</strong>, os<br />
brasileiros <strong>de</strong>stoaram apenas<br />
no quesito “condições econômicas<br />
gerais”, no qual manifestaram<br />
um claro temor <strong>de</strong> que a<br />
situação da economia brasileira<br />
possa afetar o <strong>de</strong>sempenho do<br />
marketing orientado por dados.<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 57
Marcas & Produtos<br />
Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />
intimida<strong>de</strong><br />
O Grupo Hope lançou a marca<br />
NU. A i<strong>de</strong>ia é remeter à liberda<strong>de</strong><br />
total, como se a mulher estivesse<br />
sem roupa íntima. Assinada pelo<br />
estilista brasileiro André Lima, a<br />
coleção tem cerca <strong>de</strong> 480 opções<br />
<strong>de</strong> produtos beachwear, fitness e<br />
ballet. De acordo com a diretora<br />
<strong>de</strong> marketing da re<strong>de</strong>, Sandra<br />
Chayo, a criação da marca é uma<br />
das estratégias para atingir outros nichos. “Inovação faz parte da nossa trajetória. No<br />
<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, vamos inaugurar a primeira loja NU no shopping Higienópolis, em<br />
São Paulo, on<strong>de</strong> serão vendidas apenas as peças da grife. Em 2016, a i<strong>de</strong>ia é expandir<br />
com esse novo mo<strong>de</strong>lo por meio <strong>de</strong> lojas próprias e franquias”.<br />
SaBor<br />
A Heinz colocou no mercado o<br />
novo sabor da sua maionese.<br />
Segundo a marca, o produto<br />
é <strong>de</strong>senvolvido no Brasil com<br />
ovos <strong>de</strong> galinha caipira. A<br />
embalagem também ganhou<br />
nova roupagem. Ficou mais<br />
prática e mo<strong>de</strong>rna, e po<strong>de</strong> ser<br />
encontrada nos tamanhos<br />
215 g, 390 g e 400 g.<br />
Fotos: Divulgação<br />
Brin<strong>de</strong><br />
A Vinícola Aurora colocou no<br />
mercado um kit para presentear,<br />
com taças coloridas, <strong>de</strong> vidro e <strong>de</strong><br />
acrílico, que acompanha alguns dos<br />
espumantes mais premiados da<br />
vinícola em estojos personalizados<br />
com os grafismos das linhas.<br />
“Optamos por incorporar as taças<br />
<strong>de</strong> acrílico pela segurança que<br />
representam e a praticida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r levar para o tradicional brin<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ano novo na praia, na piscina e<br />
em outras situações fora <strong>de</strong> casa”,<br />
diz Lour<strong>de</strong>s Conci da Silva, gerente<br />
<strong>de</strong> marketing da companhia.<br />
arteSanal<br />
A massa Premium grano duro da Santa Amália também<br />
ganhou visual novo. Embalada em papel kraft reforçado, a i<strong>de</strong>ia<br />
é apresentar o produto com ar <strong>de</strong> artesanal. Outra novida<strong>de</strong><br />
da empresa é Geneo, achocolatado em pó com complexo<br />
nutritivo Neuron-B, direcionado a crianças e jovens.<br />
na caixa<br />
O Grupo Concha y Toro<br />
apresenta o Clos <strong>de</strong> Pirque, vinho<br />
vendido em caixa Tetra Pak <strong>de</strong><br />
um litro, que, segundo a empresa,<br />
representa cerca <strong>de</strong> 50% dos<br />
vinhos <strong>de</strong> mesa dos mercados<br />
argentino e chileno. A novida<strong>de</strong><br />
se <strong>de</strong>staca pela praticida<strong>de</strong> da<br />
embalagem. Fácil <strong>de</strong> transportar,<br />
o produto tem maior durabilida<strong>de</strong><br />
e é sustentável, já que a<br />
embalagem é 100% reciclável.<br />
Fabricado no Chile, é feito com a<br />
uva cabernet sauvignon.<br />
58 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Marcas<br />
Johnson & Johnson gera conteúdo<br />
O diretor <strong>de</strong> marketing da empresa, José Cirilo,<br />
direciona estratégia <strong>de</strong> marketing para inovação<br />
BÁRBARA BARBOSA<br />
Após pouco mais <strong>de</strong> um ano<br />
na direção <strong>de</strong> marketing da<br />
Johnson & Johnson, José Cirilo,<br />
ex-P&G que assumiu o novo <strong>de</strong>safio<br />
em agosto do ano passado,<br />
está satisfeito. Mesmo diante<br />
<strong>de</strong> um ano economicamente<br />
<strong>de</strong>safiador, a empresa conseguiu<br />
crescer mais que em 20<strong>14</strong>.<br />
Embora não abra números <strong>de</strong><br />
faturamento, o executivo assegura<br />
o crescimento e a li<strong>de</strong>rança<br />
<strong>de</strong> mercado para algumas<br />
marcas do portfólio, como Listerine<br />
e Johnson’s Baby, que se<br />
manteve no topo mesmo com a<br />
chegada ao mercado <strong>de</strong> novos<br />
concorrentes, como a linha Baby<br />
Dove, lançada em <strong>de</strong>zembro<br />
passado. Para 2016, lançamentos<br />
e big i<strong>de</strong>as, aquelas que são<br />
exportadas para outros países,<br />
<strong>de</strong>vem marcar o primeiro semestre<br />
da J & J.<br />
Para seguir em ascensão,<br />
Cirilo se apoia em cinco pilares,<br />
os quais chama <strong>de</strong> “inovação,<br />
novo marketing, produtivida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
talentos e nova forma <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r”.<br />
Em relação ao novo marketing,<br />
a estratégia do executivo<br />
é bastante direcionada<br />
para a inovação, por meio do<br />
uso do meio digital e ações <strong>de</strong><br />
PR. “Tudo que a gente faz é<br />
para gerar conteúdo. Sempre<br />
quis e sempre vou querer ganhar<br />
um (Leão em) Cannes,<br />
mas eu gosto <strong>de</strong> fazer marketing<br />
que o consumidor vai falar”,<br />
disse o executivo durante<br />
encontro com jornalistas<br />
em São Paulo. “Procuramos<br />
trazer o digital <strong>de</strong> uma forma<br />
mais estratégica no jeito como<br />
comunicamos com o consumidor.<br />
Porque o digital não é<br />
só eficiência, mas ele também<br />
te ajuda a falar no seu target<br />
Linha Johnson’s Baby se mantém lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado, mesmo após lançamento, no ano passado, da concorrente Baby Dove<br />
“Sempre quiS<br />
e Sempre<br />
vou querer<br />
ganhar<br />
um leão <strong>de</strong><br />
canneS”<br />
específico. A gente teve claro<br />
o papel <strong>de</strong> cada veículo na<br />
comunicação por marca este<br />
ano. Em Baby, por exemplo,<br />
a gente sabia que precisava<br />
muito <strong>de</strong> TV para falar com<br />
muita gente”, exemplificou.<br />
Apesar do uso acelerado das<br />
plataformas digitais, como<br />
o YouTube, bastante citado<br />
no encontro, Cirilo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />
a integração entre os meios e<br />
mantém em seu plano a presença<br />
<strong>de</strong> meios impressos,<br />
além da televisão. “Não acredito<br />
que o impresso vá morrer,<br />
apesar <strong>de</strong> ser um gran<strong>de</strong><br />
fã <strong>de</strong> digital”, comentou o<br />
executivo. Segundo ele, este<br />
ano o investimento em digital<br />
foi o mesmo do ano passado,<br />
quando houve aumento nesta<br />
área por conta da Copa do<br />
Mundo.<br />
O executivo citou a campanha<br />
feita com Neutrogena,<br />
linha feminina <strong>de</strong> cuidados<br />
Divulgação<br />
para a pele, como exemplo<br />
<strong>de</strong> ação no meio impresso.<br />
Em julho, a DM9DDB criou<br />
para a marca uma capa na revista<br />
Caras que trazia a atriz<br />
Giovanna Ewbank maquiada<br />
e uma amostra <strong>de</strong> lenço removedor<br />
<strong>de</strong> maquiagem da<br />
Neutrogena para que o consumidor<br />
pu<strong>de</strong>sse testar na garota-propaganda<br />
e, assim, vê-la<br />
<strong>de</strong> cara limpa.<br />
Por falar em agência, Cirilo<br />
garante no próximo ano<br />
a continuida<strong>de</strong> da DM9 e da<br />
J.Walter Thompson aten<strong>de</strong>ndo<br />
às marcas <strong>de</strong> J & J, além <strong>de</strong><br />
AG2 Nurun e Sunset exclusivamente<br />
na área digital.<br />
O mercado brasileiro é o segundo<br />
mais importante para a<br />
Johnson & Johnson, que está<br />
presente no país há mais <strong>de</strong><br />
80 anos. A principal área para<br />
a companhia é a <strong>de</strong> Consumer<br />
Care, que representa 80% do<br />
total.<br />
CONHEÇA A PRIMEIRA<br />
AGÊNCIA PÓS-DIGITAL<br />
DO BRASIL.<br />
#VEMPRATODAY<br />
(11) 3040-2211 - WWW.TODAY.AG<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 59
supercenas<br />
Marcello Queiroz mqueiroz@propmark.com.br<br />
Da esquerda para a direita, os luchadores Renato Castro, Paulinho Corcione, Sergio Bartolo, Igor Ferreira, Arthur Decloedt, Daniela Celer, Danilo Barbalaco (<strong>de</strong>itado) e Dricka Lima<br />
LUCHADORES DE SONS<br />
A produtora <strong>de</strong> áudio Lucha Libre fez duas contratações: Sergio Bartolo, para o cargo <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> criação, e Arthur Decloedt, que<br />
entra na equipe <strong>de</strong> produtores. Bartolo, um dos fundadores e baixista da banda Funk Como Le Gusta, e também baixista da Karnak, já<br />
passou pela A Voz do Brasil, YB, Dr. DD, MTV e Sony. O produtor musical Decloedt, ex-Tentáculo, assina a produção <strong>de</strong> vários longas com<br />
estreia prevista para o próximo semestre, entre eles A Bruta flor do Querer (Filmes da Lata), Olhar Instigado (Bossa Nova Films) e Vai Guarulhos.<br />
A Lucha Libre é comandada pelos sócios Igor Ferreira e Paulinho Corcione. Na equipe da produtora também estão Daniela Celer<br />
(atendimento), Renato Castro (coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> produção), Dricka Lima (assistente <strong>de</strong> produção) e Danilo Barbalaco (produtor).<br />
60 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Victor Almeida/Divulgação<br />
VENDA TOTAL<br />
Apesar <strong>de</strong> Roberto Justus<br />
afirmar categoricamente que<br />
ven<strong>de</strong>u 80% <strong>de</strong> suas ações<br />
do Newcomm para o WPP,<br />
há informações no mercado<br />
apontando diferença <strong>de</strong><br />
porcentagem. O volume,<br />
segundo uma fonte bem<br />
próxima ao publicitário,<br />
teria sido <strong>de</strong> 100%.<br />
WISH COM APEX (I)<br />
A Apex-Brasil realizou<br />
semana passada, em São<br />
Francisco, mais uma <strong>edição</strong><br />
do Demo Day, programa para<br />
atrair capital estrangeiro<br />
para startups brasileiras.<br />
Desta vez, o trabalho contou<br />
com coor<strong>de</strong>nação da Wish<br />
International Management<br />
com uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />
na região do Vale do Silício.<br />
Cerca <strong>de</strong> 10 mil empresas se<br />
inscreveram no programa,<br />
sendo que 170 <strong>de</strong>las se<br />
classificaram em um processo<br />
<strong>de</strong> avaliação que selecionou<br />
68 para programas <strong>de</strong><br />
“aceleração” <strong>de</strong>senvolvidos no<br />
Brasil. Entre as 68, 10 foram<br />
escolhidas para treinamentos<br />
especiais na Califórnia.<br />
WISH COM APEX (II)<br />
Os treinamentos, organizados<br />
pela Wish, incluíram visitas<br />
especiais a empresas como<br />
Facebook, LinkedIn, Twitter<br />
e Evernote para cursos <strong>de</strong><br />
mídia programática, retenção<br />
<strong>de</strong> talentos, novas tendências<br />
e big data. Também houve<br />
programas <strong>de</strong> treinamento na<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Berkeley e na<br />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Stanford. No<br />
Demo Day especificamente,<br />
em 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />
representantes da 10 startups<br />
selecionadas se apresentaram<br />
para cerca <strong>de</strong> 170 investidores.<br />
“A Apex ajuda <strong>de</strong> uma maneira<br />
muito forte. O interessante é<br />
que essas startups mostram<br />
uma geração <strong>de</strong> jovens que<br />
conseguem ver oportunida<strong>de</strong>s<br />
em tempos <strong>de</strong> crise, criando<br />
soluções para ajudar o Brasil<br />
na criação <strong>de</strong> divisas e<br />
empregos”, avalia Natasha <strong>de</strong><br />
Castro Caiado, sócia da Wish.<br />
LIGAÇÕES PERIGOSAS<br />
Estreia em 4 <strong>de</strong> janeiro, na<br />
Globo, a minissérie Ligações<br />
Perigosas. É a primeira<br />
inteiramente produzida em<br />
tecnologia 4K, <strong>de</strong> ultra-alta<br />
<strong>de</strong>finição. O trabalho tem<br />
direção geral <strong>de</strong> Vinícius<br />
Coimbra e direção <strong>de</strong> fotografia<br />
<strong>de</strong> Jean Benoît Crépon.<br />
A minissérie, <strong>de</strong> Manuela<br />
Dias, é uma adaptação do<br />
clássico francês Les Liaisons<br />
Dangereuses, <strong>de</strong> Cho<strong>de</strong>rlos<br />
<strong>de</strong> Laclos.<br />
Ziraldo, com língua <strong>de</strong> Einstein, entre Galverna e Ana Paula, da OCA Animation: longa <strong>de</strong> O Menino Maluquinho<br />
MALUQUINHO ANIMADO<br />
Durante a Comic Com Experience, no último dia 6, em São Paulo,<br />
o cartunista Ziraldo apresentou seu mais novo projeto: um<br />
longa em animação do seu famoso personagem O Menino Maluquinho.<br />
O trabalho será feito com o estúdio Oca Animation, que<br />
tem como sócio o ilustrador Guilherme Alvernaz, o Galverna. A<br />
Oca também vai criar e produzir séries para TV inspiradas em<br />
outras obras <strong>de</strong> Ziraldo como O Bebê Maluquinho e O Bichinho<br />
da Maçã. Além <strong>de</strong> Galverna, a Oca tem como sócios a produtora<br />
executiva Ana Paula Catarino e o diretor Gustavo Amaral. Na<br />
área <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, a empresa já trabalhou para Africa, Almap-<br />
BBDO, DM9DDB, Neogama/BBH e Wun<strong>de</strong>rman.<br />
Fotos: Vtao Takayama/Divulgação<br />
Sofia Angeli, André Ferezini, Bruno Pirozzi, Vandreia Ribeiro, Marcela Santos, Guto Lins e Gotacx<br />
Massimo, Mariana Valentini, Alberto Lopes e Ricardo Carelli<br />
FESTA DOS 50<br />
Cerca <strong>de</strong> 1.400 pessoas passaram na festa <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano da Vetor<br />
Zero semana passada, em São Paulo. Rolou um 50 em 1, ou seja,<br />
comemoração para os 28 anos <strong>de</strong> atuação da Vetor Zero, 21 da Lobo<br />
e um da Vetor Filmes. Juntas, elas produziram 171 filmes em 2016.<br />
Entre os <strong>de</strong>staques do ano está a reabertura do escritório da Lobo<br />
em Nova York, uma oficina stop motion em São Paulo, além <strong>de</strong> prêmios<br />
em Cannes, El Ojo e outros festivais internacionais.<br />
AMAZON<br />
Em <strong>de</strong>staque no Financial<br />
Times, semana passada,<br />
a empresa incrementa<br />
serviço <strong>de</strong> logística para<br />
entregas no mesmo dia ou<br />
em uma hora. Ela po<strong>de</strong>rá<br />
disputar mercado com<br />
FedEx e UPS<br />
NARCOS<br />
Produzido para a Netflix,<br />
trabalho foi indicado ao<br />
prêmio <strong>de</strong> melhor seriado<br />
dramático do Globo <strong>de</strong><br />
Ouro. Wagner Moura,<br />
como Pablo Escobar,<br />
disputa o <strong>de</strong> melhor ator<br />
em série <strong>de</strong> drama<br />
FRANGO<br />
Devido à crise econômica,<br />
ele <strong>de</strong>verá tomar o lugar<br />
do peru, nas festas <strong>de</strong><br />
Natal, nas respostas <strong>de</strong><br />
meta<strong>de</strong> dos entrevistados<br />
ouvidos pela Dunnhumby<br />
no Brasil<br />
MÍDIA DIGITAL<br />
Estudo do Warc prevê que<br />
ela vai enfrentar “revolta”<br />
mercadológica em 2016<br />
diante dos softwares <strong>de</strong><br />
bloqueio <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,<br />
frau<strong>de</strong>s e problemas com<br />
métricas <strong>de</strong> visualização<br />
SMARTPHONE<br />
As vendas do aparelho<br />
registraram queda <strong>de</strong><br />
25,8% no mercado<br />
brasileiro durante<br />
o terceiro trimestre<br />
segundo a IDC.<br />
No anterior, redução<br />
foi <strong>de</strong> 13%<br />
INFORMÁTICA<br />
Em <strong>2015</strong>, ela representa<br />
segmento com maior<br />
queda <strong>de</strong> faturamento,<br />
19%, no setor <strong>de</strong><br />
eletroeletrônicos, que<br />
<strong>de</strong>ve encolher 10%,<br />
segundo a Abinee<br />
Vania Delpoio/Divulgação<br />
jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 61
última página<br />
Qual é o futuro da propaganda?<br />
Claudia Penteado<br />
Outro dia me convidaram para dar um<br />
<strong>de</strong>poimento sobre como eu vejo o futuro<br />
da propaganda, confesso que amarelei.<br />
Gosto <strong>de</strong> fazer essa pergunta aos meus entrevistados<br />
publicitários. É um enigma interessantíssimo<br />
<strong>de</strong> conjecturar a respeito,<br />
principalmente no Brasil, on<strong>de</strong> há tantas<br />
peculiarida<strong>de</strong>s em torno da profissão, entre<br />
oportunida<strong>de</strong>s e limitações.<br />
Curiosa, acabei passando a semana da<br />
propaganda – essa homenagem criada pela<br />
Fenapro – assistindo às especulações em<br />
ví<strong>de</strong>o enviadas por profissionais à própria<br />
entida<strong>de</strong> e também revendo algumas das<br />
respostas dadas pelos meus ilustres entrevistados<br />
nos últimos tempos.<br />
O que dificulta qualquer previsão é, naturalmente,<br />
o fato <strong>de</strong> estarmos <strong>de</strong>ntro da<br />
nave na qual os ajustes estão sendo feitos<br />
em pleno voo. Nela, mo<strong>de</strong>los novos convivem<br />
com antigos, radicais convivem com<br />
mo<strong>de</strong>rados e muitas vezes me parece que<br />
sobra para escanteio a verda<strong>de</strong>ira razão pela<br />
qual estamos passando por tudo isso.<br />
Outro dia perguntei a uma diretora da<br />
Nissan se ela acha que os mo<strong>de</strong>los elétricos<br />
da Nissan tomarão conta, um dia, do<br />
portfólio da montadora, eliminando por<br />
completo veículos movidos a combustíveis<br />
fósseis. A sua resposta foi rápida: isso está<br />
nas mãos do consumidor. Ele fará essa escolha.<br />
Sua resposta bateu com o que, no fundo,<br />
eu penso a respeito do futuro da propaganda:<br />
eu, você e todo mundo, os “consumidores”,<br />
as pessoas que consomem, que<br />
compram “coisas”, é que vão <strong>de</strong>cidir o futuro<br />
da propaganda. A partir daquilo que<br />
nos emociona, nos motiva para “comprar”<br />
algo – seja um produto, um serviço ou uma<br />
i<strong>de</strong>ia, uma filosofia.<br />
Cansamos, cansamos todos, dos mo<strong>de</strong>los<br />
tradicionais interruptivos e invasivos<br />
da propaganda. É fato. Não é essa entida<strong>de</strong><br />
etérea, “o consumidor”, que cansou. Somos<br />
eu e você. Uma matéria recente com<br />
profissionais <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque no Ad<br />
Age me chamou muita atenção porque perguntava<br />
a eles se eles pulavam comerciais<br />
ao assistir seus programas. Todos confessaram<br />
que sim. E todos se digladiam, diariamente,<br />
em suas estratégias, com o fato<br />
<strong>de</strong> que “os consumidores” andam preferindo<br />
pular comerciais.<br />
Portanto, os consumidores somos nós e<br />
eu diria, quase filosoficamente, que olhar<br />
para nós mesmos po<strong>de</strong> ajudar um bocado<br />
a olhar para o mundo ao nosso redor. Mudamos,<br />
isso certamente vale para o cara ao<br />
nosso lado e para um bocado <strong>de</strong> gente. Boa<br />
parte do planeta. Mudamos porque temos<br />
finalmente escolha. Antes, não tínhamos.<br />
Havia o sofá. Havia a TV no meio da sala.<br />
Havia o momento <strong>de</strong> sentar e ver um programa.<br />
Havia mais tempo? Nem sei, mas<br />
não havia muita escolha. Era isso ou um livro,<br />
folhear uma revista e ouvir música, ler<br />
o jornal, ir pra rua.<br />
Estamos, sempre estivemos e possivelmente<br />
sempre estaremos, buscando conteúdo<br />
para preencher nossas expectativas<br />
e necessida<strong>de</strong>s. Buscamos informações e<br />
narrativas <strong>de</strong> todos os tipos e gêneros. Patricia<br />
Weiss, especialista que vem se <strong>de</strong>dicando<br />
a analisar essa nossa bela nave que<br />
se transforma em pleno voo, costuma dizer<br />
que as pessoas não consomem conteúdo<br />
porque ele pertence a uma <strong>de</strong>terminada<br />
marca. Consomem porque ele é interessante,<br />
relevante, faz sentido no imenso hall<br />
<strong>de</strong> escolhas que fazemos o tempo todo. Se<br />
esse conteúdo for <strong>de</strong> uma marca e isso causar<br />
empatia em quem consumiu, foi feita<br />
a conexão nesse admirável mundo novo.<br />
Para marcas, sim, ficou mais difícil ganhar<br />
a atenção das pessoas. Mas isso tornou esse<br />
negócio – a propaganda – infinitamente<br />
mais interessante.<br />
Ao tentar traçar o futuro da propaganda,<br />
algumas pessoas ficam nostálgicas,<br />
recordam os anos 1960 ou falam das novas<br />
plataformas e comentam os budgets limitados,<br />
a pressão por resultados e a consequente<br />
perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e relevância da<br />
propaganda. Falam <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong> fazer a diferença no planeta. Olivetto<br />
disse que a gran<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia é o que moveu,<br />
move e moverá a propaganda para frente –<br />
o que certamente é verda<strong>de</strong>. Acredito que<br />
a Big I<strong>de</strong>a nasce, hoje mais do que nunca,<br />
do olhar cuidadoso para o que leva hoje eu,<br />
você e “os consumidores” a se conectarem<br />
com as marcas. A gran<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia é o que “dá<br />
liga”. Prestar atenção nisso a partir daquilo<br />
que uma marca tem <strong>de</strong> genuíno para comunicar<br />
ou oferecer, creio que é o mais próximo<br />
que se po<strong>de</strong> chegar do tão almejado<br />
“Oráculo <strong>de</strong> Delfos da propaganda”.<br />
ne3p/ShutterStock<br />
“Cansamos,<br />
Cansamos todos,<br />
dos mo<strong>de</strong>los<br />
tradiCionais<br />
interruptivos<br />
e invasivos da<br />
propaganda”<br />
62 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark
Estamos comemorando. Só essa frase<br />
já seria motivo suficiente <strong>de</strong> surpresa<br />
num ano duro como este. Mas tem mais.<br />
Apesar do ano tão difícil, em <strong>2015</strong> a Dentsu<br />
está comemorando o melhor resultado<br />
da sua breve história aqui no Brasil.<br />
Ganhamos cinco novas contas durante o ano :<br />
Talharim, da Nissin, Teacher’s, Lexus, Toyota<br />
Varejo Rio <strong>de</strong> Janeiro e Toyota Varejo Nor<strong>de</strong>ste.<br />
A gente tem<br />
muita notícia boa<br />
para contar<br />
sobre <strong>2015</strong>.<br />
Inclusive esta:<br />
ter notícia boa<br />
sobre <strong>2015</strong>.<br />
Além disso, lançamos gran<strong>de</strong>s trabalhos, como<br />
a ação Prius Challenge, a Cup Noodles Machine ,<br />
a campanha para o Dia das Mães Canon ,<br />
o filme <strong>de</strong> Talharim com a Grazi Massafera<br />
e a campanha para a Placar que homenageia<br />
a Seleção Brasileira, entre muitos outros.<br />
Ganhamos prêmios internacionais .<br />
Ganhamos reconhecimento aqui e lá fora.<br />
Enfim, ganhamos <strong>de</strong> <strong>2015</strong>. Que venha 2016.<br />
Brasil<br />
Good Innovation
Anda errando<br />
na hora <strong>de</strong> atingir<br />
o seu público?<br />
Conheça as soluções <strong>de</strong> mídia<br />
programática do Grupo NZN.<br />
A maneira i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> falar direto com quem interessa e aproveitar<br />
melhor o investimento. No Grupo NZN, é possível segmentar por<br />
público específi co e ter uma gran<strong>de</strong> cobertura.<br />
Motivos não faltam:<br />
• A tecnologia faz parte do nosso DNA.<br />
• mais <strong>de</strong> 70 perfis <strong>de</strong>finidos.<br />
• verticais próprios, com conteúdo exclusivo.<br />
• Top 9 do ranking* da internet brasileira.<br />
*Fonte: ComScore Media Metrix, Total Unique Visitors, Brazil Audience 6+ PC Only (Home & Work Locations), August <strong>2015</strong>.<br />
Quer investir em mídia programática e administrar melhor a sua verba <strong>de</strong> comunicação digital? Fale com a gente. www.gruponzn.com