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edição de 14 de dezembro de 2015

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propmark.com.br<br />

ANO 51 - Nº 2577 - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> R$ 9,50<br />

2016 vem Aí.<br />

e AgORA?<br />

Conheça as previsões<br />

<strong>de</strong> profissionais ligados<br />

à mídia e às marcas<br />

pág. 15<br />

Pict Estúdio<br />

CeNp fORmA COmitê<br />

CONtRA CRise<br />

Entida<strong>de</strong>, presidida<br />

por Caio Barsotti<br />

(foto), forma grupo<br />

multidisciplinar<br />

para <strong>de</strong>bater crise<br />

com a ABA. Primeira<br />

reunião será na sextafeira<br />

(18). pág. 50<br />

OtimA CResCe e<br />

plANejA expANsãO<br />

Presi<strong>de</strong>nte da<br />

empresa, Violeta<br />

Noya (foto) atribui à<br />

inovação o aumento<br />

<strong>de</strong> dois dígitos<br />

no faturamento<br />

e no número <strong>de</strong><br />

campanhas. pág. 30<br />

wpp ReNOvA COm<br />

RObeRtO justus<br />

O Newcomm, li<strong>de</strong>rado<br />

por Roberto Justus<br />

(foto), renovou<br />

contrato com o WPP<br />

até 2020. O empresário<br />

ven<strong>de</strong>u 80% <strong>de</strong> suas<br />

ações para a holding<br />

inglesa. pág. 10


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

<strong>de</strong>spreparados e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>iros<br />

Depois do que assistimos nos últimos dias, com o Brasil não merecendo<br />

a classe política que tem, fica cada vez mais distante – ao o futuro próximo, mesmo com a presi<strong>de</strong>nte da República prometendo,<br />

É muito <strong>de</strong>sanimador ver o Brasil nessa situação, sem perspectivas para<br />

contrário do que opinamos em nosso último editorial – a possibilida<strong>de</strong> como sempre faz, que estamos bem próximos <strong>de</strong> dias melhores. O que<br />

<strong>de</strong> um fim à crise instalada no país.<br />

afinal sabe ela a respeito disso?<br />

Apren<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo que para gran<strong>de</strong>s problemas, gran<strong>de</strong>s soluções.<br />

Para que isso ocorra, porém, é preciso que os dirigentes da nação tenham<br />

necessário <strong>de</strong>scortino para enfrentar e resolver as graves questões<br />

que nos assolam.<br />

Não é isso, porém, o que se vê. A começar da presi<strong>de</strong>nte da República e<br />

passando pelos presi<strong>de</strong>ntes, tanto da Câmara Fe<strong>de</strong>ral como do Senado,<br />

a percepção é a <strong>de</strong> mentes estreitas, que carregam consigo o pior dos<br />

seres humanos: o egoísmo.<br />

Cada qual só pensa em si e nas vantagens que seus cargos lhes proporcionam,<br />

<strong>de</strong>ixando completamente para trás o interesse da população<br />

– sobre a qual tanto falam <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r – e do próprio país como um todo.<br />

Chegamos a duvidar que essas autorida<strong>de</strong>s saibam <strong>de</strong> cor o Hino Nacional.<br />

Duvidamos também que saibam, em profundida<strong>de</strong>, o tamanho da<br />

responsabilida<strong>de</strong> que pesa sobre os seus ombros.<br />

Estão dirigindo o Brasil, cada qual no seu posto, como se dirigissem um<br />

time <strong>de</strong> futebol da Terceira Divisão, sem qualquer vislumbre sobre o<br />

futuro próximo.<br />

E o que não dizer dos integrante da Câmara Fe<strong>de</strong>ral e do Senado, que<br />

se ofen<strong>de</strong>m reciprocamente, se engalfinham, chegam a se estapear, causando<br />

a pior das impressões a quem os assiste, lê e ouve através da mídia.<br />

Ao lembrarmos <strong>de</strong> figuras <strong>de</strong> um passado recente, quando o país ainda<br />

não havia caído nessa esparrela do populismo inconsequente, que<br />

promete menos do que cumpre e o que cumpre, na maioria das vezes,<br />

arrebenta as amarras do Tesouro Nacional, vemos personalida<strong>de</strong>s fortes<br />

(Tancredo, Ulisses, Covas e outros), instruídas, com formação acadêmica,<br />

que no mínimo sabiam distinguir o certo do certo, condição<br />

básica para quem se propõe a governar até mesmo uma única empresa.<br />

Porque o difícil resi<strong>de</strong> exatamente aí, no surgimento <strong>de</strong> duas ou mais<br />

soluções a princípio corretas que só a sabedoria do gestor distinguirá<br />

entre elas a que realmente será a mais a<strong>de</strong>quada.<br />

Como po<strong>de</strong> uma autorida<strong>de</strong>, a maior da República, emitir frases como a<br />

famosa “Não temos meta, mas quando atingirmos a meta, dobraremos<br />

a meta”?<br />

E como po<strong>de</strong> presidir a Câmara Fe<strong>de</strong>ral um <strong>de</strong>putado que, para justificar<br />

a existência <strong>de</strong> dinheiro fora do país, nega que o montante esteja<br />

em seu nome, informando tratar-se <strong>de</strong> aplicações em trusts, que<br />

a gran<strong>de</strong> maioria brasileira sequer sabe do que isso se trata? E, sendo<br />

mesmo <strong>de</strong>ssa forma, qual a diferença em termos <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>,<br />

ou seja, em subtração do patrimônio nacional? Porque a questão não é<br />

o juridiquês da conta bancária que no exterior abriga o dinheiro para lá<br />

enviado, mas quem o enviou e como isso se <strong>de</strong>u, com prepon<strong>de</strong>rância<br />

para a explicação sobre a origem do numerário.<br />

FraSeS<br />

O próprio ministro da Fazenda, que já insinua à boca pequena <strong>de</strong>ixar<br />

o cargo caso a situação do país não apresente rápidas melhoras, revela<br />

claramente, em assim agindo, que não garante a proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses<br />

dias melhores que a presi<strong>de</strong>nte tanto alar<strong>de</strong>ia.<br />

Os experts em economia, hoje ouvidos a torto e a direito pela imprensa<br />

brasileira e <strong>de</strong> outros países, são pessimistas com relação à<br />

nossa situação, alguns atrevendo-se a prever melhoras só a partir <strong>de</strong><br />

2017, mesmo assim sem nenhuma garantia real. Ou seja, apenas palpites.<br />

Com esse quadro, como ficamos todos na travessia <strong>de</strong> 2016, um ano<br />

inteiro sem esperanças <strong>de</strong> diminutas melhorias? Como manter nossas<br />

empresas, empregos, ativida<strong>de</strong>s liberais e toda série <strong>de</strong> produção econômica,<br />

física ou jurídica, diante <strong>de</strong> uma situação recessiva que ninguém<br />

tem i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vai parar? Ou, alguém po<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r com segurança,<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> toda essa insegurança econômica reinante no país,<br />

qual será o percentual inflacionário do meio do próximo ano? E quanto<br />

mais cairá nosso PIB até lá?<br />

Sem alarmismo algum, o quadro que se <strong>de</strong>senha é o pior possível. E o<br />

que mais revolta são os embates <strong>de</strong> filmes <strong>de</strong> mocinho e bandido entre<br />

os po<strong>de</strong>res Executivo e Legislativo, cada qual a seu modo agindo da<br />

pior forma possível com componentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>spreparo nunca<br />

antes visto neste país.<br />

***<br />

Mesmo diante <strong>de</strong>sse quadro difícil, o mercado da comunicação do marketing,<br />

em que sua principal disciplina é a publicida<strong>de</strong>, tem <strong>de</strong>monstrado<br />

reação.<br />

Alguns afirmam que é <strong>de</strong>vido à época natalina, outros que a natureza<br />

da ativida<strong>de</strong> publicitária é <strong>de</strong> provocar estímulos (<strong>de</strong> compras, <strong>de</strong> novos<br />

negócios, <strong>de</strong> mudanças <strong>de</strong> comportamento e até mesmo <strong>de</strong> mostrar<br />

ao público em geral que ele não <strong>de</strong>ve abrir mão do seu protagonismo<br />

no mercado, porque isso, além <strong>de</strong> se traduzir em exemplo, serve <strong>de</strong><br />

antídoto contra a crise).<br />

A verda<strong>de</strong> é que, apesar <strong>de</strong> tudo o que a classe política tem proporcionado<br />

<strong>de</strong> ruim para o país, há uma ligeira melhora na situação econômica,<br />

muito tênue ainda, mas superando o que foi o primeiro semestre<br />

<strong>de</strong>ste ano, com <strong>de</strong>staque para o segundo trimestre, quando tudo parecia<br />

perdido na economia brasileira.<br />

Po<strong>de</strong> ser resultado da velha história que sempre ouvimos em situações<br />

semelhantes (jamais iguais a esta): o Brasil é muito gran<strong>de</strong> e não cabe<br />

no abismo, além <strong>de</strong> ter hoje 204 milhões <strong>de</strong> bocas para comer pelo menos<br />

uma vez por dia.<br />

São essas pessoas e suas vidas que nos fazem manter a chama acessa,<br />

mesmo que uma minoria irresponsável pouco se importe com isso.<br />

“O PROPMARK está <strong>de</strong>monstrando que é possível.”<br />

(Enio Vergeiro, presi<strong>de</strong>nte da APP).<br />

“Quem começa com a pergunta errada, não encontra a<br />

resposta certa.”<br />

(Globonews, 9/12).<br />

“Quanto mais nos fustigam, mais amamos a vida.”<br />

(Leitor do PROPMARK, atento ao noticiário <strong>de</strong> Brasília nos últimos<br />

dias).<br />

“Eu vivi uma vida por inteiro/ Viajei por cada e em todas<br />

as estradas/ Mas, muito mais que isso/ Eu fiz do meu jeito<br />

(...) E o que é um homem/ Senão o que ele tem/ Se não<br />

ele mesmo, então ele não tem nada/ Para dizer coisas<br />

que ele sente <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>/ E não as palavras <strong>de</strong> alguém<br />

que se ajoelha.”<br />

(Trechos <strong>de</strong> “My Way”, <strong>de</strong> Paul Anka, Jacques Reveaux e Clau<strong>de</strong><br />

François, com interpretação notável <strong>de</strong> Frank Sinatra. Homenagem<br />

do PROPMARK às comemorações do seu centenário <strong>de</strong><br />

nascimento).<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 3


conexões<br />

Mobile<br />

“A Nielsen agra<strong>de</strong>ce o <strong>de</strong>staque que<br />

o PROPMARK vem dando a suas pesquisas<br />

e relatórios. O trabalho da Nielsen<br />

é oferecer ao mercado serviços<br />

<strong>de</strong> m<strong>edição</strong> que proporcionem maior<br />

eficiência para o negócio do digital. A<br />

respeito da reportagem “Nielsen apresenta<br />

Total Audience” (<strong>edição</strong> 2.576),<br />

<strong>de</strong>stacamos que a maioria das afirmações<br />

refere-se ao produto Digital Ad<br />

Ratings, serviço <strong>de</strong> mensuração <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

digital que agora passa a ser<br />

oferecido para o ambiente mobile no<br />

Brasil. A Total Audience é outro produto,<br />

que está sendo elaborado nos Estados<br />

Unidos para mensuração <strong>de</strong> audiência<br />

mídia no mercado americano.<br />

O Digital Ad Ratings está disponível no<br />

Brasil e oferece aos clientes métricas<br />

como número <strong>de</strong> impressões, GRP/<br />

TRP e viewability por <strong>de</strong>mográfico, entre<br />

outras, permitindo ao mercado ter<br />

acesso a métricas in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> e diretamente comparáveis<br />

entre todos os dispositivos.”<br />

José Calazans<br />

Nielsen<br />

São Paulo – SP<br />

Novo PROPMARK<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK! O<br />

formato está dinâmico, compacto e<br />

mo<strong>de</strong>rno, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado a tradicional<br />

e excelente qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conteúdo<br />

que vocês proporcionam há 50<br />

anos para os leitores. Uma iniciativa<br />

ousada, que coloca o PROPMARK no<br />

mesmo patamar das gran<strong>de</strong>s publicações<br />

internacionais.”<br />

Marcos Quintela<br />

Y&R Brasil<br />

São Paulo – SP<br />

“O PROPMARK faz parte, <strong>de</strong> maneira<br />

profunda, da minha vida. Quando o<br />

PROPMARK se renova, eu remoço.”<br />

Nizan Guanaes<br />

Grupo ABC<br />

São Paulo – SP<br />

“Novo look, mas a curiosida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sempre,<br />

PROPMARK!<br />

Armando Strozenberg<br />

Havas Worldwi<strong>de</strong> Brasil<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro – RJ<br />

“Parabéns pelo novo projeto e pela<br />

inovação.”<br />

Fernando Musa<br />

Ogilvy Brasil<br />

São Paulo – SP<br />

“Sensacional. Evolução. Competitivo.<br />

Parabéns a todos e em especial a você,<br />

Armando.”<br />

Sergio Amado<br />

Ogilvy Brasil Group<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />

Que este seja o começo <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

ano <strong>de</strong> 2016 para vocês.”<br />

Cristiane Camargo<br />

IAB Brasil<br />

São Paulo – SP<br />

“Que prazer em abrir o PROPMARK<br />

hoje e me <strong>de</strong>parar com o novo projeto.<br />

Admiro a coragem <strong>de</strong> renovar e enxergo<br />

mais 50 anos <strong>de</strong> sucesso pela<br />

frente. Não teremos um mercado forte<br />

sem uma imprensa especializada<br />

próspera e sempre inovando. Vocês<br />

estão fazendo isso.”<br />

Eduardo Simon<br />

DPZ&T<br />

São Paulo – SP<br />

“Posso listar vários exemplos que vocês<br />

<strong>de</strong>ram com apenas um ato que<br />

fizeram. Mostraram que é em tempo<br />

<strong>de</strong> crise que se inova e renova. Mostraram<br />

que sempre dá para melhorar,<br />

mesmo que todo mundo já ache bom.<br />

Mostraram, mais uma vez, que são<br />

mo<strong>de</strong>rnos e têm bom gosto. E mostraram<br />

a preocupação que possuem<br />

conosco, os leitores e fãs. Parabéns!”<br />

Márcio Oliveira<br />

Lew’Lara\TBWA<br />

São Paulo – SP<br />

“Muita coragem vocês inovarem neste<br />

momento tão difícil. E inovaram com<br />

brilhantismo. Parabéns pela bela <strong>edição</strong><br />

histórica. Belo <strong>de</strong>sign gráfico e<br />

excelente conteúdo editorial. É muito<br />

bom po<strong>de</strong>r acompanhar a evolução<br />

do nosso PROPMARK.”<br />

Luiz Lara<br />

Lew’Lara\TBWA<br />

São Paulo – SP<br />

“Melhor que ler as notícias e análises<br />

(e os furos) que o PROPMARK traz,<br />

foi começar a semana com um novo<br />

jornal em mãos. Mais bonito, mais<br />

mo<strong>de</strong>rno e mais agradável <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

50 anos. Parabéns por li<strong>de</strong>rarem esse<br />

novo projeto editorial e obrigado por<br />

acreditarem nesse mercado.”<br />

Adriana Ribeiro, Fernando Figueiredo<br />

e Mentor Muniz Neto<br />

Bullet<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK. O<br />

jornal ficou incrível – <strong>de</strong>sign mo<strong>de</strong>rno,<br />

papel bom, ótima organização e conteúdo.<br />

Fico feliz em ver, num momento<br />

difícil para o mercado, investimento<br />

em qualida<strong>de</strong>.”<br />

Roberto Grosman<br />

F.biz<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns é pouco para falar do PROP-<br />

MARK. O projeto gráfico é não só mo<strong>de</strong>rno<br />

como bonito, o conteúdo ficou<br />

valorizado e a leitura facilitada e prazerosa.”<br />

Ênio Vergeiro<br />

APP<br />

São Paulo – SP<br />

“No encerramento <strong>de</strong> seu discurso<br />

na COP21, o ator e ativista Sean<br />

Penn disse: “os dias <strong>de</strong> sonhar <strong>de</strong>ram<br />

lugar aos dias <strong>de</strong> fazer”. Uma<br />

das coisas que mais admiro na história<br />

<strong>de</strong> sucessos do PROPMARK,<br />

das empreitadas <strong>de</strong> Armando Ferrentini<br />

e das jornadas <strong>de</strong> Marcello<br />

Queiroz, é que eles vão lá e fazem.<br />

Não tem mimimi, não tem enrolação.<br />

O resultado é que vez e outra, aqui e<br />

ali, somos surpreendidos com gostosas<br />

novida<strong>de</strong>s. Uma das que mais<br />

gosto, são os projeto especiais <strong>de</strong><br />

aniversário do jornal. Desta feita, a<br />

inovação é o próprio jornal. Pra mim,<br />

simplesmente, nasceu outra mídia.<br />

Uma salva <strong>de</strong> palmas a toda equipe<br />

e, <strong>de</strong> forma especial, ao mentor, Armando<br />

Ferrentini”<br />

Beia Carvalho<br />

5 Years From Now<br />

São Paulo – SP<br />

“Nós, do Sinapro-SP, ficamos muito<br />

felizes com o novo PROPMARK. 50<br />

anos <strong>de</strong> incansável batalha a favor da<br />

ativida<strong>de</strong> publicitária, agora renovado,<br />

mais prático, bonito e agradável. Não<br />

é por acaso que o mercado prestigiou<br />

em peso a <strong>edição</strong> <strong>de</strong> estreia: mais <strong>de</strong><br />

30 páginas <strong>de</strong> anúncios <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

30 anunciantes. Parabéns!”<br />

Jilson Veríssimo<br />

Sinapro-SP<br />

São Paulo – SP<br />

“Ficou lindo o novo PROPMARK! Parabéns<br />

mesmo! Gran<strong>de</strong> virada!”<br />

Alex Mehedff<br />

Hungry Man<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pela novo PROPMARK.<br />

Lindo.”<br />

Marcelo Reis<br />

Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong><br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns à brilhante equipe do PROP-<br />

MARK, que faz <strong>de</strong>sse jornal nossa<br />

gran<strong>de</strong> referência no mundo da propaganda.<br />

Parabéns pelo trabalho, pela<br />

coragem e excelência. Orgulho <strong>de</strong> fazer<br />

parte <strong>de</strong>sse projeto com vocês.<br />

Turma da Africa<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo jornal. Bastante<br />

mo<strong>de</strong>rno! Não tem nem comparação<br />

em relação ao anterior.”<br />

Claudio Gaspar<br />

Re<strong>de</strong> Record<br />

São Paulo – SP<br />

“Recebi o jornal no novo formato. Que<br />

trabalho maravilhoso! O formato, o<br />

conteúdo, tudo perfeito. Parabéns<br />

pela iniciativa e votos <strong>de</strong> muito mais<br />

sucesso.”<br />

Ricardo Packness <strong>de</strong> Almeida<br />

Grupo Abril<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns! Ficou muito bacana! Outra<br />

experiência.”<br />

Tiago Afonso<br />

Grupo Abril<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo formato, uma <strong>de</strong>lícia<br />

<strong>de</strong> receber, manusear e ler.”<br />

Eduardo Leite<br />

Turner<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />

Uma nova embalagem, prática, mo<strong>de</strong>rna,<br />

que, com certeza, ampliará a<br />

sua presença na mão das pessoas<br />

em todo nosso mercado. O conteúdo,<br />

como sempre, relevante e atual,<br />

que pren<strong>de</strong> a atenção, garantindo<br />

que ficamos a par <strong>de</strong> tudo que temos<br />

<strong>de</strong> bom e <strong>de</strong> melhor acontecendo<br />

no mercado.”<br />

Andrea Costa Nascimento<br />

Editora Abril<br />

São Paulo – SP<br />

“Que gran<strong>de</strong> mudança foi feita. O novo<br />

PROPMARK ficou espetacular.”<br />

Madruga Duarte<br />

Curitiba – PR<br />

“Parabéns pelo novo formato do PROP-<br />

MARK. Gostei <strong>de</strong> tudo, menos do<br />

anúncio da página 91.”<br />

Geraldo Alonso Filho<br />

Instituto Cultural ESPM<br />

São Paulo – SP<br />

“Acabo <strong>de</strong> ler o novo PROPMARK.<br />

Que leitura agradável. Parabéns<br />

pelo talento, qualida<strong>de</strong> gráfica e<br />

principalmente <strong>de</strong> ter realizado<br />

neste ano.<br />

P.S.: Adorei o anúncio em homenagem<br />

ao Palestra.”<br />

Fernando Guntovitch<br />

The Group<br />

São Paulo – SP<br />

“Acabo <strong>de</strong> ler o PROPMARK em seu<br />

novo formato e projeto editorial. Nós,<br />

leitores e profissionais, agra<strong>de</strong>cemos.<br />

Parabéns ao Armando, à equipe e à<br />

Africa.”<br />

José Cocco<br />

J.Cocco<br />

São Paulo – SP<br />

4 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


conexões<br />

“O jornal ficou ótimo. Lindo, supimpa,<br />

sofisticado mesmo.”<br />

Humberto Men<strong>de</strong>s<br />

Fenapro<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK!”<br />

Desejo sucesso para um veículo que<br />

segue sempre inovando e sendo parte<br />

fundamental na história da propaganda<br />

brasileira.”<br />

Livia Pedreira<br />

Casa Cor<br />

São Paulo - SP<br />

“Em nome da Paranoid, quero dar<br />

os parabéns pelo novo projeto<br />

editorial do PROPMARK. O projeto<br />

gráfico ficou lindo. Inovação é<br />

sempre bem-vinda.”<br />

Ducha Lopes<br />

Paranoid<br />

São Paulo - SP<br />

“Gostaria <strong>de</strong> parabenizá-los pelo lindo<br />

projeto. O jornal ficou incrível! Ainda<br />

mais sucesso para todos vocês.”<br />

Renata Vieira<br />

São Paulo – SP<br />

“Ficou lindão! Sucesso.”<br />

Marcos Araujo<br />

Sentimental Films<br />

São Paulo – SP<br />

“Ficou espetacular. Parabéns!<br />

A capacida<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dora se renova<br />

e não para <strong>de</strong> nos surpreen<strong>de</strong>r.<br />

Há 50 anos. Bravo, avanti, auguri.”<br />

Raul Doria<br />

Cine<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK!<br />

Ficou muito bonito e com o conteúdo<br />

bom <strong>de</strong> sempre!”<br />

Glaucio Bin<strong>de</strong>r<br />

Fenapro<br />

São Paulo – SP<br />

“O PROPMARK está lindo <strong>de</strong>mais. Parabéns.”<br />

Aricio Fortes<br />

DM9DDB<br />

São Paulo – SP<br />

“Quero parabenizá-los pelo novo<br />

layout gráfico do jornal. Para mim, um<br />

leitor assíduo do PROPMARK, totalmente<br />

aprovado!”<br />

Hilton Ma<strong>de</strong>ira<br />

Re<strong>de</strong> Record<br />

São Paulo – SP<br />

“Congratulações pelo PROPMARK,<br />

agora em novo formato. Uma <strong>de</strong>monstração<br />

substantiva da saudável<br />

inquietu<strong>de</strong> que tem sido usual na sua<br />

trajetória. Conteúdo indispensável em<br />

formato mo<strong>de</strong>rno.”<br />

José Eustachio<br />

Talent Marcel<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pela mo<strong>de</strong>rnização do nosso<br />

querido PROPMARK.”<br />

Chico Marin<br />

Malabar Filmes<br />

“Novo layout, novo formato, nova padronização<br />

visual. E a boa e velha qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sempre.”<br />

Ronaldo Gasparini<br />

BossaNovaFilms<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo lindo exemplar do<br />

novo PROPMARK que acabo <strong>de</strong><br />

ler. Uma iniciativa <strong>de</strong> gente empreen<strong>de</strong>dora<br />

que sabe que tem a crise,<br />

mas sabe também que precisa<br />

continuar acreditando, inventando<br />

e trabalhando. Até porque só assim<br />

nós vamos conseguir vencer essa<br />

quadra. E você, Armando Ferrentini,<br />

sempre foi esse cara e por isso<br />

mesmo o mercado te respeita e vai<br />

te ajudar a ter cada dia mais sucesso<br />

com esse veículo que é fundamental<br />

para a nossa indústria. Até o<br />

anúncio em homenagem ao Verdão<br />

ficou bonito!”<br />

Orlando Marques<br />

Publicis e Abap<br />

São Paulo – SP<br />

“Ficou muito bonito e muito elegante.<br />

Parabéns!”<br />

Ivan Marques<br />

F/Nazca Saatchi & Saatchi<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns duplo pelo novo formato e<br />

diagramação do novo PROPMARK.<br />

Ficou muito bonito. Em segundo lugar,<br />

pelo nosso Palestra, tricampeão da<br />

Copa do Brasil.”<br />

Paulo Gregoraci<br />

WMcCann<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />

Sou suspeito porque sou fã dos tabloi<strong>de</strong>s,<br />

mas ficou ótimo. Parabéns<br />

a todos que trabalharam no projeto.”<br />

Daniel Chalfon<br />

Loducca<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK,<br />

agora em formato <strong>de</strong> tabloi<strong>de</strong>. Ficou<br />

simplesmente sensacional,<br />

gostoso <strong>de</strong> ler e hiperbem paginado<br />

com os temas e assuntos que movimentaram<br />

e rechearam a semana<br />

do nosso business.”<br />

Walter Zagari<br />

Re<strong>de</strong> Record<br />

São Paulo – SP<br />

“Quanta coisa boa nesses 50 anos<br />

do PROPMARK, com a coroação em<br />

gran<strong>de</strong> estilo na sua novíssima configuração.<br />

Parabéns!”<br />

Paulo Chueiri<br />

São Paulo – SP<br />

“Que beleza! Agradável, bonito e<br />

bom <strong>de</strong> ler. Eu adorei até a nova<br />

proposta do Alex Periscinoto: um<br />

Conar para a propaganda política!<br />

Não passava um!”<br />

Geraldo Leite<br />

Singular Arquitetura <strong>de</strong> Mídia<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo formato do PRO-<br />

PMARK. Está com uma cara gráfica<br />

e formato mais mo<strong>de</strong>rno. Ficou realmente<br />

incrível.”<br />

Marcio Toscani<br />

Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong><br />

São Paulo – SP<br />

“Ferrentini, mais uma vez você <strong>de</strong>monstra<br />

acreditar no país e na força<br />

<strong>de</strong> sua equipe. Neste <strong>de</strong>licado momento<br />

que estamos vivendo, constatar<br />

que existem empresários investindo<br />

pesado em seu negócio, dá-nos<br />

a esperança <strong>de</strong> que sairemos <strong>de</strong>sta<br />

brutal crise <strong>de</strong> forma digna e ética.<br />

Parabéns pelo primeiro número <strong>de</strong><br />

PROPMARK tabloi<strong>de</strong>. Belíssimo.”<br />

Nelson Gomes<br />

São Paulo – SP<br />

“Ficou excelente o novo formato do<br />

PROPMARK. Parabéns a toda a equipe,<br />

assim como a Sergio Gordilho,<br />

Bruno Valença e Marcos Marques, da<br />

agência Africa, pelo tratamento visual<br />

mais prático, mo<strong>de</strong>rno, agradável e<br />

sintonizado com a importância e a dimensão<br />

do mercado.”<br />

João Doria<br />

Grupo Doria<br />

São Paulo – SP<br />

“Recebi o novo PROPMARK e fiquei<br />

muito bem impressionado. Acredito<br />

que vocês <strong>de</strong>ram um gran<strong>de</strong> salto,<br />

apresentando um produto renovado,<br />

bonito, interessante <strong>de</strong> ler. Parabéns.”<br />

Paulo Queiroz<br />

DM9DDB<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo formato e diagramação<br />

do PROPMARK. Será um gran<strong>de</strong><br />

sucesso.”<br />

Sergio D’Antino<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo formato do nosso<br />

glorioso PROPMARK. Ficou lindo!”<br />

Luiz Leite<br />

Ogilvy<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pela iniciativa que, sem<br />

dúvida, será muito bem recebida pelo<br />

mercado.”<br />

Octávio Florisbal<br />

Re<strong>de</strong> Globo<br />

São Paulo – SP<br />

“Para quem teve a oportunida<strong>de</strong> histórica<br />

<strong>de</strong> acompanhar a coluna Asterisco,<br />

no Diário Popular da Rua do<br />

Carmo, o PROPMARK <strong>de</strong> hoje é um<br />

colírio e uma alegria <strong>de</strong> saber que a<br />

qualida<strong>de</strong>, a responsabilida<strong>de</strong> e o respeito<br />

são pedra angular <strong>de</strong> uma vida a<br />

serviço da indústria da comunicação.<br />

Parabéns.”<br />

Raul Nogueira<br />

Contato Brasil<br />

São Paulo – SP<br />

“Acabo <strong>de</strong> ler a <strong>edição</strong> 2.576 do<br />

PROPMARK e <strong>de</strong>sejo cumprimentá-<br />

-los pela magnífica reformulação.<br />

Gostei imensamente do Editorial,<br />

que conseguiu traduzir o que nós<br />

almejamos o mais breve possível,<br />

pois esta nossa querida nação não<br />

merece passar por questões partidárias<br />

e pessoais por dificulda<strong>de</strong>s<br />

tão alarmantes. Finalizando adorei<br />

a página 91 e sugiro que mu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

página a chamada anterior, pois a<br />

marca mais valiosa para nós é a do<br />

Palmeiras.”<br />

Pedro Renato Eckersdorff<br />

Anatec<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK. Ficou<br />

excelente!”<br />

Celio Ashcar Junior<br />

Aktuellmix<br />

São Paulo – SP<br />

“Renovar aos 50 e não per<strong>de</strong>r i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

só funciona para quem nunca<br />

envelheceu. Parabéns pelo novo PRO-<br />

PMARK.”<br />

Claudio Ferreira<br />

Elemidia<br />

São Paulo – SP<br />

“O novo PROPMARK ficou tão legal<br />

que até o meu porteiro só me entregou<br />

hoje. Parabéns pelo resultado e principalmente<br />

pela vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> reinventar.”<br />

Julinho Cesar Ferreira<br />

São Paulo – SP<br />

“Desejo muito sucesso no novo ciclo<br />

do jornal.”<br />

Violeta Noya<br />

Otima<br />

São Paulo – SP<br />

“Gostei muito do novo PROPMARK.<br />

O conteúdo é excelente, está mais<br />

fácil <strong>de</strong> ler, mais objetivo e muito mais<br />

bonito. Enfim, o projeto gráfico é maravilhoso.<br />

E, também, é muito importante<br />

a coragem <strong>de</strong> lançá-lo neste<br />

momento. Creio que é assim que os<br />

vencedores enfrentam as crises.”<br />

José Maurício Pires Alves<br />

Atalho Soluções<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo projeto editorial<br />

do querido PROPMARK. Ficou simplesmente<br />

sensacional.”<br />

Wilson Nogueira<br />

Sepex-SP<br />

São Paulo – SP<br />

6 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


conexões<br />

“Parabéns a toda equipe pela belíssima<br />

transformação do PROPMARK<br />

em tabloi<strong>de</strong>. Valeu e muito esta<br />

inovação. Mo<strong>de</strong>rna, acima <strong>de</strong> tudo.<br />

Como leitor assíduo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos<br />

do Asterisco, no Diário Popular,<br />

fiquei muito contente com esta nova<br />

fórmula. Já são 50 anos que vocês<br />

são pioneiros em nos informar tudo<br />

o que acontece nesta maravilhosa<br />

profissão. Cumprimento Sergio<br />

Gordilho, Bruno Valença e Marcos<br />

Marques por toda esta modificação.<br />

Sucesso, sempre.”<br />

Oscar Colucci<br />

São Paulo – SP<br />

“Superparabéns a vocês pelo novo<br />

formato do PROPMARK! Adorei!”<br />

Silvio Lefevre<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />

Após a reformulação do site, vocês<br />

surpreen<strong>de</strong>m novamente trazendo<br />

um novo jornal, que mo<strong>de</strong>rniza seu<br />

projeto gráfico e mantém a credibilida<strong>de</strong><br />

que sempre pautou o seu<br />

trabalho. O lançamento do novo jornal<br />

é ainda mais marcante para a indústria,<br />

pois, como você pontua em<br />

seu editorial, é feito num momento<br />

muito <strong>de</strong>licado para o país. A <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> vocês <strong>de</strong> acelerar, importar<br />

nova máquina e viabilizar um projeto<br />

<strong>de</strong> mudança tão significativo é uma<br />

prova do que todos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos: é<br />

no momento <strong>de</strong> crise que se acelera.<br />

Vamos em frente, com o pé no<br />

acelerador e foco no trabalho.”<br />

Alcir Leite<br />

DM9DDB<br />

São Paulo – SP<br />

“Em nome do Sebrae-SP, quero parabenizá-los<br />

pelo novo projeto do PRO-<br />

PMARK. A mudança <strong>de</strong> formato e o<br />

novo layout conduzem o leitor a uma<br />

excelente experiência <strong>de</strong> leitura. Essa<br />

mudança prova que o meio impresso<br />

ainda tem muito potencial.”<br />

Eduardo Pugnali<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelas mudanças. O que já<br />

era bom ficou melhor.”<br />

Paulo Giovanni<br />

Publicis Wordlwi<strong>de</strong><br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo formato do PROP-<br />

MARK, ficou mais prático, mais leve,<br />

mais fácil <strong>de</strong> manusear e muito mais<br />

bonito visualmente.”<br />

Décio Clemente<br />

São Paulo – SP<br />

“Chegando <strong>de</strong> viagem, encontrei essa<br />

maravilha que é o novo PROPMARK.<br />

Milhões <strong>de</strong> parabéns para vocês!”<br />

Christina Carvalho Pinto<br />

Full Jazz<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pelo novo PROPMARK.<br />

Desejamos muito sucesso.”<br />

Chico Baldini e Tiago Ritter<br />

w3Haus<br />

São Paulo – SP<br />

“Ficou bom <strong>de</strong>mais!”<br />

Ricardo John, Andrea Assef e Mirela<br />

Tavares<br />

J.Walter Thomson<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns pela trajetória, pelo sucesso<br />

e pelo novo PROPMARK.”<br />

Sergio Prandini, Marcia Esteves e<br />

Rodrigo Jatene<br />

Grey Brasil<br />

São Paulo – SP<br />

“Parabéns a toda a equipe pelo novo<br />

PROPMARK. Bonito, completo, uma<br />

evolução e uma coragem <strong>de</strong> mudar<br />

e evoluir em tempos difíceis.”<br />

Gustavo Bastos<br />

11:21<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro - RJ<br />

Boas-Festas<br />

O PROPMARK agra<strong>de</strong>ce e retribui os<br />

votos <strong>de</strong> boas-festas e feliz Ano Novo<br />

<strong>de</strong>: RinoCom, Printec Comunicação,<br />

Itubaína, APP, Ceratti, revista Elle,<br />

Shopping Pátio Higienópolis, Cacau<br />

Show e McDonald’s.<br />

FACEBOOk<br />

8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong><br />

Post: Itaipava estreia campanha <strong>de</strong><br />

verão<br />

Aprovadíssima!<br />

Cassiano Araujo<br />

Post: Valorizar o que é premium é forte<br />

Marina Santos (do Gruppo Campari), parabéns<br />

pela bela entrevista!<br />

Aniella Sharp<br />

Discuss (comentários no site na semana<br />

<strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro)<br />

Post: Itaipava estreia campanha <strong>de</strong><br />

verão<br />

“Tão inesperada essa campanha como<br />

a maioria das campanhas <strong>de</strong> cerveja... a<br />

parte das bundas foi o diferencial. Não sei<br />

como não pensaram nisso antes. Usar a<br />

mulher como objeto é algo realmente<br />

inovador. Parabéns!<br />

Maria Luisa Vianna<br />

Post: Vale a pena internalizar o marketing?<br />

(artigo escrito por André Palis,<br />

da Raccoon)<br />

“André, concordo com seus argumentos,<br />

mas me parece que todos que levantou<br />

<strong>de</strong>vem ser avaliados caso a caso. De<br />

qualquer forma, gostei muito do seu texto<br />

e os pontos que levantou são claramente<br />

relevantes para um <strong>de</strong>bate igualitário sobre<br />

o tema. Parabéns!”.<br />

Benjamin Bekeierman<br />

última Hora<br />

Europa avalia cobrança<br />

A União Europeia vai avaliar<br />

se os serviços <strong>de</strong> notícias<br />

como o Google News precisa<br />

pagar a jornais e publishers<br />

em geral pela exibição <strong>de</strong><br />

trechos <strong>de</strong> seus artigos. A<br />

iniciativa vem <strong>de</strong>pois da<br />

intensificação <strong>de</strong> queixas<br />

por parte <strong>de</strong> empresas<br />

europeias <strong>de</strong> mídia. Segundo<br />

as companhias, o Google<br />

e outras empresas que<br />

oferecem o mesmo tipo<br />

<strong>de</strong> serviço lucram com o<br />

conteúdo <strong>de</strong> terceiros e<br />

<strong>de</strong>vem pagar por isso.<br />

LinkedIn tem concorrente<br />

O LikedIn, principal<br />

re<strong>de</strong> social da atualida<strong>de</strong><br />

direcionado ao ambiente<br />

profissional, terá um<br />

concorrente <strong>de</strong> peso<br />

nos próximos meses. O<br />

Facebook planeja lançar<br />

dorinHo<br />

uma nova versão chamada<br />

Facebook at Work, que<br />

também será voltada ao<br />

mundo corporativo e<br />

permitirá a colaboração<br />

entre profissionais, além <strong>de</strong><br />

apresentar funções quase<br />

idênticas às da re<strong>de</strong> social,<br />

como o botão <strong>de</strong> curtir, feed<br />

<strong>de</strong> notícias e ferramenta <strong>de</strong><br />

bate-papo.<br />

Ceni lança bustos<br />

Nesta segunda-feira (<strong>14</strong>),<br />

o ex-goleiro Rogério Ceni<br />

participa do lançamento,<br />

em São Paulo, da linha <strong>de</strong><br />

produtos premium com<br />

bustos e chaveiros que<br />

utilizam a sua imagem. Um<br />

dos bustos é banhado em<br />

ouro, e faz referência aos<br />

131 gols feitos pelo craque<br />

do São Paulo que teve jogo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>spedida na semana<br />

passada.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 7


MeRcAdO<br />

Índice<br />

cenp cria comitê<br />

Seis profissionais integram novo grupo<br />

<strong>de</strong> negociação pág. 50<br />

Fenapro tem estudo<br />

Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências mostra<br />

pesquisa sobre consumo pág. 51<br />

PRêMiOs<br />

Archive <strong>de</strong>staca Africa<br />

Ela é Agência do Ano. Stop Guessing (foto)<br />

foi uma das campanhas selecionadas pela<br />

publicação pág. 36<br />

AGênciAs<br />

nova/sb e as métricas<br />

Agência <strong>de</strong>senvolve métricas próprias<br />

para comunicação pública pág. 43<br />

dM9ddB promove<br />

Paulo Coelho é o novo diretor-executivo<br />

<strong>de</strong> criação da agência pág. 44<br />

MARcAs<br />

J&J investe em conteúdo<br />

José Cirilo implementa estratégia digital<br />

na Johnson & Johnson pág. 59<br />

15<br />

Perspectivas<br />

para 2016<br />

Profissionais escrevem<br />

sobre suas impressões para<br />

2016. Getty Images traça<br />

tendências visuais, entre<br />

elas a <strong>de</strong> Stuart Hall (foto)<br />

entrevista<br />

Roberto Justus (foto) renova contrato com<br />

WPP; parceria vai até 2020 pág. 10<br />

JWT mapeia futuro<br />

Isabella Mulholland (foto), da JWT, mostra<br />

estudo sobre tendências mundiais pág. 54<br />

MÍdiA<br />

cAPA<br />

cOnsuMO<br />

Olimpíada na TV Globo<br />

Emissora transmitirá Jogos Olímpicos<br />

pelos próximos 16 anos pág. 35<br />

Jor na lis ta res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Diretores<br />

Ar man do Fer ren ti ni e Nel lo Fer ren ti ni<br />

Diretor <strong>de</strong> redação<br />

Marcello Queiroz<br />

editores<br />

Neu sa Spau luc ci<br />

Kelly Dores (Site)<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

editores-assistentes<br />

Cristiane Marsola<br />

Daniel Dotoli<br />

Paulo Macedo<br />

repórteres<br />

Bárbara Barbosa (SP)<br />

Vinícius Novaes (SP)<br />

Mariana Zirondi (SP)<br />

Rafael Vazquez (SP)<br />

Ana Paula Jung (RS)<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

assistente <strong>de</strong> redação<br />

Vanessa Franco <strong>de</strong> Bastos<br />

editor <strong>de</strong> arte<br />

Adu nias Bis po da Luz<br />

assistentes <strong>de</strong> arte<br />

Lucas Boccatto<br />

Michel Medina<br />

revisor<br />

José Carlos Boanerges<br />

site<br />

propmark.com.br<br />

redação<br />

Rua Fran çois Coty, 228<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Diretor<br />

Renato Resston<br />

resston@editorareferencia.com.br<br />

Tels.: (11) 2065-0743<br />

e (11) 94783-1208<br />

Gerentes<br />

Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0744<br />

Sergio Ricardo<br />

sergio@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0750<br />

Departamento <strong>de</strong> Marketing<br />

Gerente Máster: Tatiana Milani Ferrentini<br />

tatiana@editorareferencia.com.br<br />

Consultor Jurídico<br />

Tiago A. Milani Ferrentini<br />

(OAB/SP nº186.504)<br />

tferrentini@editorareferencia.com.br<br />

representantes Comerciais<br />

Brasília<br />

Meio e Mídia Comunicação<br />

Fernando Vasconcelos<br />

fernando@meioemidia.com<br />

Espírito Santo<br />

Dicape Representações e Serviços<br />

Dídimo Effgen<br />

didimo.effgen@uol.com.br<br />

Interior <strong>de</strong> São Paulo<br />

Hathor Business e Marketing<br />

Luciane Cristina Bicardi<br />

luciane@hathorbusiness.com.br<br />

Paraná<br />

Rasera e Silva Representações Ltda<br />

Paulo Roberto Cardoso da Silva<br />

paulo.youneed@gmail.com<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Original Carioca Mídia<br />

Claudia Garcia<br />

claudia@originalcarioca.com.br<br />

Santa Catarina<br />

Comtato Negócios<br />

Anuar Pedro Júnior<br />

anuar@comtato.net<br />

O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />

rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />

as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />

opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />

8 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Adrian Ferguson.<br />

O cara da mídia da DM9<br />

agora também é o<br />

cara do Prêmio Caboré.<br />

Paulo Queiroz / Presi<strong>de</strong>nte<br />

55 11 3054.9390<br />

pqueiroz@dm9ddb.com.br<br />

Alcir Gomes Leite / Presi<strong>de</strong>nte<br />

55 11 3054.9699<br />

aleite@dm9ddb.com.br<br />

Marcelo Passos / VP <strong>de</strong> Atendimento<br />

55 11 3054.9610<br />

Adrian Ferguson mudou<br />

o jeito <strong>de</strong> pensar mídia na DM9,<br />

e o mercado inteiro aprovou.<br />

É por isso que ele acaba <strong>de</strong> ser<br />

reconhecido como o Mídia do Ano<br />

pelo Caboré, a maior premiação<br />

da publicida<strong>de</strong> brasileira.<br />

Se você também quer colocar o seu<br />

nome na história da propaganda,<br />

traga sua conta para a DM9<br />

e seja atendido por um mídia<br />

que enten<strong>de</strong> do assunto.<br />

marcelo.passos@dm9ddb.com.br<br />

UMA<br />

AGÊNCIA<br />

DE ALTA<br />

PERFORMANCE<br />

dm9ddb.com.br<br />

facebook.com/dm9ddb<br />

twitter.com/dm9ddb<br />

youtube.com/agenciadm9ddb


“<br />

RobeRto justus<br />

entRevista<br />

estou ven<strong>de</strong>ndo<br />

80% da minha<br />

paRticipação<br />

paRa o Wpp<br />

“<br />

Roberto Justus está renovando o contrato<br />

do Grupo Newcomm com o WPP por cinco<br />

anos. O CEO e futuro chairman do grupo<br />

que engloba a maior agência do país, a Y&R,<br />

consolida a venda <strong>de</strong> 80% dos seus ativos para a<br />

holding inglesa que já era majoritária no negócio.<br />

Seu objetivo é ficar mais “no lado estratégico”.<br />

Justus <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo brasileiro <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

quando abriga a mídia, mas é crítico quanto às regras<br />

<strong>de</strong> preço. “Defendo a livre negociação”, diz Justus,<br />

que também faz restrições ao sistema procurement<br />

dos anunciantes.<br />

PAULO MACEDO<br />

Como o maior grupo <strong>de</strong> comunicação<br />

do país está vendo o cenário<br />

econômico?<br />

É uma preocupação do mercado<br />

empresarial. A crise política<br />

exerce influência na economia.<br />

O Estado não oferece condições<br />

para as empresas operarem porque<br />

há uma insegurança que<br />

norteia todo esse cenário. Não<br />

importa se o PIB (Produto Interno<br />

Bruto) caiu apenas 3%. O problema<br />

é que as vendas <strong>de</strong>spencaram,<br />

em alguns mercados, em mais <strong>de</strong><br />

40%. O ambiente é <strong>de</strong>sfavorável<br />

e o Newcomm está a reboque<br />

disso porque os clientes estão<br />

mais retraídos. O <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> casa é<br />

nos preparar para esse momento<br />

ruim. Mais: o capital estrangeiro<br />

não se sente atraído em realizar<br />

investimentos em nosso país. O<br />

rebaixamento das notas do Brasil<br />

pelas principais agências <strong>de</strong> risco<br />

influencia essa <strong>de</strong>cisão. O ano<br />

<strong>de</strong> 2016 <strong>de</strong>ve seguir sem alento,<br />

o que só <strong>de</strong>ve voltar a acontecer<br />

em 2017. Para se ter uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

como a política interfere, bastou<br />

o impeachment da presi<strong>de</strong>nte<br />

Dilma ser iniciado que as bolsas<br />

reagiram positivamente e o dólar<br />

caiu.<br />

A má gestão pública é cognitiva com<br />

os elementos emocionais dos consumidores?<br />

Sim, claro. Mas, repito, ela<br />

afeta diretamente os mercados.<br />

O Brasil é um país em que o Estado<br />

tem um peso tão gran<strong>de</strong> na<br />

economia que qualquer sintoma<br />

ruim contamina toda a ca<strong>de</strong>ia<br />

produtiva. A livre iniciativa é o<br />

melhor caminho. O governo <strong>de</strong>veria<br />

se ater ao social, segurança<br />

pública, saú<strong>de</strong>, habitação, educação.<br />

O i<strong>de</strong>al seria o mercado<br />

cuidar <strong>de</strong> todo o resto porque<br />

sabe andar sozinho e é muito<br />

competente. Quem atrapalha é o<br />

governo, que, mesmo cobrando<br />

os maiores impostos do mundo,<br />

tem corrupção e um serviço<br />

público medíocre. Isso colabora<br />

para um clima <strong>de</strong>sfavorável à<br />

livre iniciativa. A crise política<br />

tornou o clima tenso e propiciou<br />

uma situação muito difícil. A economia<br />

brasileira tem bons fundamentos<br />

e é dotada <strong>de</strong> um parque<br />

industrial fantástico. O problema<br />

é a infraestrutura e, nesse caso,<br />

entra o governo <strong>de</strong> novo, que<br />

não soluciona o escoamento da<br />

produção com estradas e outros<br />

meios logísticos. A retomada do<br />

crescimento econômico <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

da solução <strong>de</strong>sse ambiente político<br />

e o fim <strong>de</strong> escândalos.<br />

Como incrementar vendas com o<br />

consumidor retraído?<br />

O <strong>de</strong>semprego é o primeiro sintoma<br />

<strong>de</strong> que o consumidor não<br />

tem disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos.<br />

Em tempos <strong>de</strong> crescimento, a<br />

agência ajuda seus clientes no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> produtos porque<br />

eles estão querendo expandir<br />

faturamento. Nesse momento, o<br />

foco é olhar o concorrente e fazer<br />

melhor do que ele para chamar<br />

a atenção do consumidor. O<br />

share of pocket em um mercado<br />

recessivo é mais difícil. Por isso,<br />

a comunicação tem <strong>de</strong> estimular<br />

a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> às marcas. O objetivo<br />

é tirar share do concorrente porque<br />

não há novos mercados para<br />

serem explorados.<br />

E qual é o papel da publicida<strong>de</strong>?<br />

Ajudar as marcas a reterem a<br />

atenção do consumidor e, como<br />

consequência, ganhar a sua preferência<br />

na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> compra.<br />

Qual é o mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> agência nesse<br />

ambiente?<br />

Muita gente reduz operação,<br />

mas não faz sentido, porque o<br />

ativo mais caro <strong>de</strong> uma agência<br />

é o seu pessoal. Salários e encargos<br />

representam cerca <strong>de</strong> 70%<br />

dos custos <strong>de</strong> uma agência. Mas,<br />

se a empresa é <strong>de</strong>sestruturada<br />

<strong>de</strong>mais, o risco é a perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

Infelizmente uma quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra teve <strong>de</strong> ser<br />

dispensada. A solução é otimizar<br />

serviços. O Grupo Newcomm tem<br />

um back office que estrutura áreas<br />

como contabilida<strong>de</strong> e finanças<br />

das suas cinco empresas. Recentemente<br />

concentramos a produção<br />

eletrônica e gráfica da Y&R,<br />

Grey, Wun<strong>de</strong>rman, VML e Red<br />

Fuse. Conseguimos economizar e<br />

manter o nível elevado <strong>de</strong> entrega.<br />

Em tempos <strong>de</strong> crise, enxugar<br />

exige eficiência. E vamos manter<br />

esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> pro-<br />

dução, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do<br />

fim ou não da crise. O que será<br />

sempre in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte é a inteligência<br />

estratégica.<br />

Agências como a Y&R, a maior do<br />

país, e a Wun<strong>de</strong>rman já estão consolidadas,<br />

qual será o papel da Grey no<br />

Newcomm?<br />

A Grey Worldwi<strong>de</strong> conquistou<br />

uma reputação internacional materializada<br />

com a conquista <strong>de</strong> 113<br />

leões no Cannes Lions <strong>2015</strong>, por<br />

exemplo. No Brasil, porém, nunca<br />

foi uma marca <strong>de</strong> sucesso. O<br />

projeto é fazer a Grey Brasil ter o<br />

mesmo protagonismo <strong>de</strong> lá fora.<br />

Como não tem clientes em muitos<br />

segmentos, ela leva vantagem<br />

porque po<strong>de</strong> prospectar negócios<br />

nas áreas <strong>de</strong> telefonia, varejo e<br />

bancos. E crescer. O investimento<br />

realizado na operação é consi<strong>de</strong>rável.<br />

Em pessoal e na se<strong>de</strong>. O<br />

Walter Longo presidiu a agência<br />

por um período preestabelecido,<br />

mas retornou à função <strong>de</strong> mentor<br />

<strong>de</strong> estratégia, inovação e novos<br />

negócios, ce<strong>de</strong>ndo lugar a Sergio<br />

Prandini, Marcia Esteves e Rodrigo<br />

Jatene. A presença do Longo<br />

nessa função é essencial no momento<br />

<strong>de</strong> crise. Vou dar atenção à<br />

Grey e estamos animados com as<br />

perspectivas. A agência aten<strong>de</strong> a<br />

um portfólio importante <strong>de</strong> marcas<br />

da P&G, como Gillette e Pantene,<br />

por exemplo. Nos próximos<br />

dias vamos anunciar pelo menos<br />

duas novas contas.<br />

Quais são seus planos para o<br />

Newcomm?<br />

Estou renovando meu contrato<br />

com o WPP, nosso sócio majoritário,<br />

por mais cinco anos.<br />

Estou ven<strong>de</strong>ndo 80% da minha<br />

participação e no final <strong>de</strong>sse<br />

novo compromisso vamos rediscutir<br />

os 20% restantes. Tudo <strong>de</strong>ve<br />

estar assinado nesta terça-feira<br />

(15). Meu plano é ficar mais no<br />

ambiente estratégico. Isso vai me<br />

permitir analisar oportunida<strong>de</strong>s,<br />

aquisições e até lançamentos <strong>de</strong><br />

marcas do WPP no Brasil. O momento<br />

do Brasil é <strong>de</strong> crise e muitas<br />

empresas interessantes po<strong>de</strong>m<br />

ser absorvidas. Quero estar disponível<br />

para o estratégico, repito.<br />

Quando a negociação com o WPP<br />

for concluída, vamos anunciar<br />

o Marcos Quintela, hoje na Y&R,<br />

como presi<strong>de</strong>nte do Newcomm. E<br />

eu passo para a posição <strong>de</strong> chairman.<br />

O Quintela será substituído<br />

na Y&R pelo David Laloum.<br />

10 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Alê Oliveira<br />

“O papel da<br />

publicida<strong>de</strong><br />

é ajudar<br />

as marcas<br />

a reterem a<br />

atençãO dO<br />

cOnsumidOr”<br />

Venho <strong>de</strong>sacelerando o meu dia<br />

a dia na parte operacional há algum<br />

tempo e <strong>de</strong>dicando minha<br />

agenda aos problemas e soluções<br />

estratégicas dos nossos clientes<br />

<strong>de</strong> um modo geral. Desse jeito,<br />

consigo me <strong>de</strong>dicar às ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> apresentador na Re<strong>de</strong> Record<br />

no programa Roberto Justus Mais<br />

e no reality show A Fazenda. Aliás,<br />

participar <strong>de</strong> A Fazenda tem<br />

sido prazeroso e surpreen<strong>de</strong>nte.<br />

É um programa <strong>de</strong> muita qualida<strong>de</strong><br />

e consi<strong>de</strong>ro o melhor reality<br />

do país, que vou estar à frente em<br />

2016. O melhor <strong>de</strong> todos, em minha<br />

opinião, foi O Aprendiz.<br />

Essa projeção que a televisão lhe<br />

proporcionou ajuda a abrir portas?<br />

Sim. Esse lado que criei para<br />

mim, o do entretenimento, é uma<br />

fonte inesgotável <strong>de</strong> energia. Po<strong>de</strong>ria<br />

estar parando nesse momento<br />

e ven<strong>de</strong>ndo todos os meus<br />

ativos para o WPP. Mas tenho um<br />

prazer enorme <strong>de</strong> permanecer<br />

na vida executiva porque tenho<br />

muitas coisas me retroalimentando.<br />

Estou sempre presente nos<br />

momentos mais importantes do<br />

grupo, fazendo reuniões estratégicas<br />

com clientes e visualizando<br />

oportunida<strong>de</strong>s. Encontrei o momento<br />

certo para me tornar <strong>de</strong>snecessariamente<br />

ativo. Eu me <strong>de</strong>dico<br />

ao macro management. No<br />

micro, o Newcomm tem um grupo<br />

<strong>de</strong> profissionais que dão conta<br />

do recado. A visibilida<strong>de</strong> que<br />

ganhei na TV abre, sim, muitas<br />

portas e me aproveito disso. Mas,<br />

quando comecei a fazer os meus<br />

programas, em 2004, o Newcomm<br />

já era o maior grupo <strong>de</strong> comunicação<br />

do mercado.<br />

Como vê o mo<strong>de</strong>lo brasileiro <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>?<br />

Do jeito que a mídia mudou no<br />

mundo, chegou a hora <strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo<br />

internacional ser revisto. Há<br />

muitos movimentos nessa direção<br />

nos principais mercados. O po<strong>de</strong>r<br />

da mídia junto com as disciplinas<br />

<strong>de</strong> criação, atendimento, produção<br />

e planejamento é campeão.<br />

Sempre <strong>de</strong>fendi e respeitei a livre<br />

negociação entre empresas. O<br />

Newcomm não se rebaixa. Cobrar<br />

pouco, não dá. Temos um valor, e<br />

ele precisa ser respeitado. Há uma<br />

discussão gran<strong>de</strong> envolvendo o<br />

Cenp e a ABA, mas prefiro me concentrar<br />

no fenômeno do procurement<br />

estabelecido nos anunciantes.<br />

A área <strong>de</strong> compras, com a sua<br />

visão concentrada em preço, causa<br />

um dano enorme ao negócio.<br />

Qual é a missão?<br />

A agência precisa ser mais construtiva.<br />

Muitas consultorias entraram<br />

nos anunciantes e assumiram<br />

um papel na área <strong>de</strong> comunicação<br />

que <strong>de</strong>veria ser da agência.<br />

O Newcomm está atento e é por<br />

esta razão que cada vez mais enfatizamos<br />

a postura estratégica. É<br />

on<strong>de</strong> quero estar mais presente.<br />

Isso interfere na remuneração. O<br />

procurement vem negociar preço<br />

<strong>de</strong> serviços estratégicos <strong>de</strong><br />

marketing e comunicação com<br />

o mesmo procedimento que usa<br />

para comprar ca<strong>de</strong>iras. Outro dia,<br />

participei <strong>de</strong> uma reunião em uma<br />

multinacional e o pessoal <strong>de</strong> procurement<br />

estava presente. Fui taxativo<br />

em dizer que eles não têm<br />

a visão e não respeitam o valor <strong>de</strong><br />

uma i<strong>de</strong>ia capaz <strong>de</strong> gerar milhões<br />

<strong>de</strong> retorno para uma marca, produto<br />

ou serviço. A remuneração<br />

<strong>de</strong> uma agência não po<strong>de</strong> estar<br />

nesse padrão <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custo.<br />

Quem paga menos per<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

e o resultado é a diminuição <strong>de</strong><br />

vendas. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mídia em<br />

casa é excelente, mas <strong>de</strong>fendo a<br />

livre iniciativa.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 11


digital<br />

Ferramenta do iVC<br />

mira ad blockers<br />

Instituto diz que 19% dos anúncios publicados<br />

são bloqueados por usuários <strong>de</strong> websites<br />

Claudia Penteado<br />

Os polêmicos ad blockers<br />

entraram na pauta do IVC<br />

(Instituto Verificador <strong>de</strong> Comunicação),<br />

que está lançando<br />

o AdBlock Detector, uma ferramenta<br />

que permite aos editores<br />

<strong>de</strong> sites contabilizarem<br />

acessos feitos com software <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> instalado, e com<br />

isso enten<strong>de</strong>r melhor o impacto<br />

disso em sua estratégia <strong>de</strong><br />

marketing. A novida<strong>de</strong> é o primeiro<br />

fruto da parceria recente<br />

com a entida<strong>de</strong> americana<br />

AAM (Alliance for Audited Media),<br />

fechada para ampliar as<br />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ferramentas<br />

<strong>de</strong> auditoria para anunciantes,<br />

agências e empresas <strong>de</strong> mídia.<br />

O produto será lançado pelas<br />

duas entida<strong>de</strong>s, sendo que pelo<br />

AAM, nos Estados Unidos, apenas<br />

no ano que vem. O objetivo<br />

é que institutos semelhantes<br />

ao IVC pelo mundo também o<br />

disponibilizem nos seus mercados.<br />

Pedro Silva, presi<strong>de</strong>nte do<br />

IVC, afirma que o <strong>de</strong>tector é<br />

uma espécie <strong>de</strong> termômetro<br />

para indicar a temperatura <strong>de</strong><br />

sites “com febre” (bloqueados).<br />

A partir disso, o anunciante<br />

toma suas <strong>de</strong>cisões estratégicas<br />

e o site po<strong>de</strong>, eventualmente,<br />

mudar a situação ou não.<br />

“Há falhas <strong>de</strong> entrega por<br />

vários motivos e uma <strong>de</strong>las são<br />

os ad blockers. O que o site não<br />

entrega, não po<strong>de</strong> ser transformado<br />

em receita para ele. A ferramenta<br />

esclarece on<strong>de</strong> há os<br />

bloqueios”, diz Silva.<br />

O AdBlock Detector tem<br />

como base a “tag” criada pelo<br />

Instituto, que é usada para<br />

auditar o tráfego <strong>de</strong> websites,<br />

o Site Certifier. A partir <strong>de</strong><br />

projeto-piloto com alguns dos<br />

principais sites <strong>de</strong> jornais e revistas<br />

do país, o IVC afirma que<br />

já é possível assegurar que, em<br />

média, 15% das páginas brasileiras<br />

têm anúncios bloqueados<br />

Pedro Silva: “termômetro para indicar a temperatura <strong>de</strong> sites ‘com febre’” (bloqueados)<br />

“Há falHas na<br />

entrega por<br />

vários motivos.<br />

o que o site não<br />

entrega, não po<strong>de</strong><br />

ser transformado<br />

em receita. a<br />

ferramenta<br />

esclarece on<strong>de</strong><br />

Há os bloqueios”<br />

e 19% dos usuários <strong>de</strong> internet<br />

bloqueiam anúncios nos sites<br />

que visitam.<br />

“Há dois problemas imediatos<br />

a serem entendidos: quanto<br />

do inventário <strong>de</strong> mídia do<br />

mercado realmente está sendo<br />

atingido e qual o volume da receita<br />

<strong>de</strong> mídia que não se materializa.<br />

O novo serviço dará um<br />

diagnóstico geral e individual,<br />

com relatórios semanais e <strong>de</strong><br />

tendência. Os publishers po<strong>de</strong>rão<br />

avaliar sua situação, tomar<br />

medidas e avaliar os resultados<br />

<strong>de</strong>stas medidas nas semanas<br />

seguintes. O IAB Brasil já divulgou<br />

uma cartilha com recomendações,<br />

da mesma forma<br />

que outros IABs estão fazendo<br />

no mundo todo”, disse Pedro<br />

Silva, presi<strong>de</strong>nte-executivo do<br />

Instituto.<br />

Os resultados já apurados<br />

mostram que mercado e usuários<br />

não têm referência <strong>de</strong> como<br />

Alê Oliveira<br />

as ferramentas <strong>de</strong> bloqueio <strong>de</strong><br />

anúncios interferem na real visualização<br />

<strong>de</strong> uma campanha<br />

publicitária. Entre outubro e<br />

novembro, o Instituto promoveu<br />

enquete com leitores <strong>de</strong><br />

sua newsletter e no site (www.<br />

ivcbrasil.org.br) com a seguinte<br />

pergunta: “Quanto da população<br />

brasileira, que acessa a internet,<br />

você acredita que usa ad<br />

block?”.<br />

Para a maioria dos respon<strong>de</strong>ntes,<br />

menos <strong>de</strong> 10% dos usuários<br />

usam bloqueadores. “A<br />

percepção sobre os ad blockers<br />

é totalmente oposta aos resultados<br />

já aferidos pelo IVC, mostrando<br />

que o campo <strong>de</strong> trabalho<br />

para agências, anunciantes e<br />

publishers é muito gran<strong>de</strong>. Em<br />

alguns sites encontramos índices<br />

<strong>de</strong> 6%, mas em outros o bloqueio<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> em suas<br />

páginas ficou acima <strong>de</strong> 30%”,<br />

disse Silva.<br />

12 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Digital<br />

Potencial do mercado<br />

brasileiro atrai Oracle<br />

Depois <strong>de</strong> inaugurar data center em Campinas,<br />

multinacional garante que continuará investindo<br />

Mark Hurd: empresa prevê para 2025 a li<strong>de</strong>rança global do mercado <strong>de</strong> cloud computing<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

multinacional americana<br />

A Oracle, uma das maiores<br />

empresas <strong>de</strong> tecnologia e soluções<br />

<strong>de</strong> marketing digital<br />

do mundo, vem investindo<br />

nos últimos meses em cloud<br />

computing e data management<br />

no Brasil e garante: o<br />

investimento vai continuar<br />

pelos próximos anos, reafirmando<br />

a posição do país<br />

como um dos mercados em<br />

que a companhia acredita.<br />

“Estamos investindo não só<br />

em data center, mas também<br />

contratando”, disse o CEO da<br />

Oracle, Mark Hurd, em visita<br />

semana passada ao país.<br />

Em junho, foi inaugurado<br />

em Campinas, no interior <strong>de</strong><br />

São Paulo, um data center da<br />

Oracle que <strong>de</strong>monstra a confiança<br />

da companhia no potencial<br />

<strong>de</strong> cloud computing da<br />

América Latina. O executivo<br />

fez questão <strong>de</strong> lembrar o aporte<br />

e reforçar a importância do<br />

Brasil para a empresa, contrariando<br />

expectativas negativas<br />

em relação a investimentos na<br />

economia fragilizada, garantindo<br />

mais eventos <strong>de</strong> marketing<br />

para a região. Hurd<br />

lembrou ainda que mais <strong>de</strong><br />

750 pessoas foram contratadas<br />

pela empresa no país nos<br />

últimos 18 meses. “70% dos<br />

consumidores <strong>de</strong> cloud da<br />

Oracle são novos consumidores”,<br />

<strong>de</strong>stacou Hurd.<br />

No Brasil, a tecnologia implementada<br />

pela empresa já<br />

revela números expressivos:<br />

“Em dEz anos,<br />

todas Essas<br />

aplicaçõEs quE<br />

vEmos hojE<br />

vão sE<br />

transformar”<br />

Divulgação<br />

mais <strong>de</strong> 33 bilhões <strong>de</strong> transações<br />

são feitas diariamente a<br />

partir <strong>de</strong> tecnologia Oracle,<br />

que está presente em 54 mil<br />

dispositivos.<br />

Apesar do cenário positivo,<br />

Hurd afirma que é preciso<br />

prestar atenção na geração<br />

millennial, que <strong>de</strong>verá transformar<br />

o cenário para 2025. “A<br />

geração millennial é digital.<br />

Em <strong>de</strong>z anos, todas essas aplicações<br />

que vemos hoje vão se<br />

transformar. Não se preocupe<br />

com o próximo ano, mas<br />

com os próximos cinco anos,<br />

quando as coisas já estarão radicalmente<br />

transformadas”,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u.<br />

Diante disso, a Oracle prevê<br />

para 2025 um cenário em que<br />

será lí<strong>de</strong>r na área <strong>de</strong> marketing<br />

cloud. Segundo Hurd, no<br />

mesmo ano, 100% das operações<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> software serão conduzidas<br />

em ambientes <strong>de</strong> cloud, que<br />

também armazenará dados<br />

corporativos.<br />

Predicta<br />

amplia serviços<br />

por meio <strong>de</strong><br />

parceria com<br />

o google<br />

Predicta, empresa brasileira<br />

pioneira em publicida<strong>de</strong><br />

A<br />

online, fechou contrato com o<br />

Google para disponibilizar aos<br />

clientes o gerenciamento da<br />

plataforma DCM (DoubleClick<br />

Campaign Manager), melhorando<br />

a experiência em publicida<strong>de</strong><br />

digital <strong>de</strong> pequenos e médios<br />

anunciantes. A Predicta<br />

já vinha operando o DCM para<br />

marcas como Volkswagen, Gol<br />

e Visa por meio da AlmapBB-<br />

DO. Com a certificação, passa<br />

a oferecer a plataforma diretamente<br />

por meio <strong>de</strong> Ad Server<br />

próprio e suporte <strong>de</strong> equipe <strong>de</strong>dicada<br />

à otimização <strong>de</strong> campanhas<br />

online.<br />

“O DCM é uma plataforma que<br />

simplifica a forma como as campanhas<br />

digitais são executadas<br />

nos diversos canais online, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a etapa <strong>de</strong> planejamento até<br />

o relatório final. Nossa experiência<br />

com a ferramenta viabiliza<br />

o acesso das pequenas e médias<br />

empresas ao universo digital,<br />

mesmo que elas não contem com<br />

expertise para isso. Além disso,<br />

ampliamos o potencial <strong>de</strong> aumento<br />

<strong>de</strong> receita a partir do acesso<br />

a investimento publicitário<br />

que não vinha sendo direcionado<br />

para o digital pelas PMEs”, informa<br />

Henrique Paulino, gerente-<br />

-comercial da Predicta.<br />

Além da ferramenta DCM do<br />

Google e <strong>de</strong> sua plataforma DMP,<br />

a Predicta dispõe <strong>de</strong> operação e<br />

gestão <strong>de</strong> campanhas em Adserver,<br />

rich media, web intelligence,<br />

user experience e otimização <strong>de</strong><br />

Ad Exchanger, Ad Sense e sites.<br />

“Queremos mostrar às pequenas<br />

e médias empresas que elas<br />

também po<strong>de</strong>m se beneficiar das<br />

plataformas digitais com o mesmo<br />

grau <strong>de</strong> eficiência até então<br />

disponível apenas para os gran<strong>de</strong><br />

anunciantes”, reforça Paulino.<br />

Recentemente, a Predicta<br />

anunciou também acordo com a<br />

MediaMath e passa a combinar<br />

a oferta <strong>de</strong> DMP à plataforma <strong>de</strong><br />

uma das maiores empresas mundiais<br />

<strong>de</strong> mídia programática. BB<br />

<strong>14</strong> <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


PersPectivas 2016<br />

O nOvO AnO será<br />

<strong>de</strong>sAfiAdOr, pOrém <strong>de</strong><br />

muitO AprendizAdO, já<br />

que As dificuldA<strong>de</strong>s<br />

levAm à criAtividA<strong>de</strong> e,<br />

nAturAlmente, A bOns<br />

resultAdOs. este é O<br />

sentimentO dA mAiOriA dOs<br />

prOfissiOnAis cOnvidAdOs<br />

pelO prOpmArK pArA<br />

escrever sObre suAs<br />

expectAtivAs pArA 2016.<br />

cOnfirA nAs próximAs<br />

páginAs.<br />

como será<br />

Pict Estúdio<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 15


PersPectivas 2016<br />

importância do conteúdo<br />

Jornais estão se reinventando no mundo da informação multiplataforma<br />

ricardo pedreira<br />

- especial para o propMarK<br />

Como todos sabem, a indústria<br />

jornalística brasileira<br />

enfrenta um período <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s,<br />

resultante da perversa<br />

combinação da mudança no<br />

nosso mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios com<br />

a crise econômica do país. Mas,<br />

diante da evi<strong>de</strong>nte importância<br />

da produção <strong>de</strong> conteúdo<br />

jornalístico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, estamos<br />

certos que atravessaremos<br />

esse momento e sairemos <strong>de</strong>le<br />

mais fortes e – o que é importante<br />

– continuando a cumprir<br />

a nossa missão.<br />

Os jornais brasileiros, a exemplo<br />

do que está ocorrendo em<br />

todo o mundo, estão se reinventando<br />

no mundo da informação<br />

multiplataforma. No papel e no<br />

digital, nunca se leu tanto jornal<br />

quanto hoje. Como diz a recente<br />

campanha da ANJ, antes as pessoas<br />

liam jornal todo o dia, hoje<br />

leem o dia todo.<br />

Neste cenário, nosso principal<br />

<strong>de</strong>safio para 2016, e para<br />

o futuro <strong>de</strong> médio prazo, é monetizar<br />

a imensa audiência e incomparável<br />

credibilida<strong>de</strong> que temos.<br />

Os jornais brasileiros estão<br />

trabalhando in para <strong>de</strong>monstrar<br />

ao mercado anunciante, com<br />

Gonzalo Aragon/Shutterstock<br />

métricas consistentes, que nossa<br />

audiência total, somando impresso<br />

e digital, é extremamente<br />

robusta e <strong>de</strong> incomparável qualida<strong>de</strong>.<br />

Criamos em <strong>2015</strong> o Digital<br />

Premium, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> sites <strong>de</strong><br />

jornais com objetivo <strong>de</strong> veicular<br />

<strong>de</strong> forma simultânea publicida<strong>de</strong><br />

online. Em 2016, consolidaremos<br />

e ampliaremos o Digital Premium,<br />

bem como o Marketplace<br />

Jornais, site que reúne as principais<br />

informações dos jornais<br />

impressos, voltado para os profissionais<br />

<strong>de</strong> mídia das agências.<br />

Em paralelo a todo esse esforço<br />

<strong>de</strong> reposicionamento dos jornais<br />

brasileiro junto ao mercado<br />

anunciante, nosso futuro estará<br />

relacionado à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos<br />

“ven<strong>de</strong>rmos” junto ao mercado<br />

leitor, sobretudo no ambiente<br />

“Monetizar a imensa<br />

audiência e incomparável<br />

credibilida<strong>de</strong>”<br />

digital. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios<br />

dos jornais, que sempre teve sua<br />

sustentabilida<strong>de</strong> baseada na publicida<strong>de</strong>,<br />

terá na venda dos conteúdos<br />

digitais aos leitores uma<br />

fonte cada vez maior <strong>de</strong> receitas.<br />

Ricardo Pedreira é diretor-executivo<br />

da ANJ (Associação Nacional <strong>de</strong><br />

Jornais)<br />

Desafiador e inesperado<br />

O marketing vai continuar exigindo afetivida<strong>de</strong>, a<strong>de</strong>quação e métricas<br />

alexandre caldini<br />

- especial para o propMarK<br />

Fácil prever como será 2016:<br />

será tão fascinante quanto<br />

foi <strong>2015</strong>! 2016 será uma evolução<br />

<strong>de</strong> <strong>2015</strong>, que foi uma evolução<br />

<strong>de</strong> 20<strong>14</strong>, que foi uma evolução<br />

<strong>de</strong> 2013... Mas evolução<br />

não pressupõe tranquilida<strong>de</strong> e<br />

sim progresso. Será, portanto<br />

mais um ano atípico. Atípico<br />

como... todos os anos. Será um<br />

ano complexo e <strong>de</strong>safiador.<br />

Desafiador porque nos <strong>de</strong>safiará<br />

com novos cenários, novas<br />

<strong>de</strong>mandas e novas opções.<br />

E assim será para todas as indústrias<br />

e não apenas para a<br />

mídia. Mas, que ano foi fácil?<br />

Quando a humanida<strong>de</strong> teve<br />

sossego? E, se teve sossego em<br />

algum momento, progrediu?<br />

Vivemos um momento <strong>de</strong><br />

fascínio e angústia. Oscilamos<br />

entre o fascínio do novo e a angústia<br />

do novo. E assim sempre<br />

foi. Tudo <strong>de</strong> antigo sempre<br />

foi trocado pelo novo, só que<br />

agora está mais rápido. Também<br />

o marketing em 2016 vai<br />

continuar evoluindo e exigindo<br />

cada vez mais efetivida<strong>de</strong>,<br />

foco, a<strong>de</strong>quação e métricas.<br />

Menos firula e mais resultado.<br />

O contexto, o ambiente e o<br />

momento em que a mensagem<br />

publicitária será exibida, importará<br />

cada vez mais, justa-<br />

“NÓs, da abril,<br />

Nos preparamos<br />

ao máximo<br />

para 2016. mas<br />

sabemos que essa<br />

preparação será<br />

iNsuficieNte”<br />

mente por conta do resultado<br />

que se quer. A credibilida<strong>de</strong> –<br />

tanto na origem da informação<br />

quanto na curadoria, no formato<br />

e na linguagem – também<br />

importará mais e mais. E o que<br />

se viu em <strong>2015</strong> será aperfeiçoado<br />

em 2016: mais mobile, mais<br />

big data, mais BI, mais métricas,<br />

mais resultados, mais eficiência,<br />

mais conteúdo, mais<br />

alcance. Nós, da Abril, resolvemos<br />

encarar o novo. Renovando-nos.<br />

Reforçando nosso fascínio<br />

pelo novo e minimizando<br />

nossa angústia pelo novo. Em<br />

<strong>2015</strong>, investimos em Bran<strong>de</strong>d<br />

Content, Native Advertising,<br />

Consumer Journey, Retargeting,<br />

Big Data, Metrics, Viewability,<br />

Attention, Private Deals;<br />

mas, também, em uma série<br />

<strong>de</strong> outros conceitos, em português<br />

mesmo. Conceitos que<br />

construíram a Abril e a força <strong>de</strong><br />

suas marcas, que seguem sendo<br />

fundamentais: credibilida<strong>de</strong>,<br />

bom jornalismo, conteúdo<br />

<strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, total fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e<br />

compromisso com nossos consumidores.<br />

Nós, da Abril, nos preparamos<br />

ao máximo para 2016. Mas<br />

sabemos que essa preparação<br />

será insuficiente. Sempre o<br />

será. Mas a graça do ano novo<br />

está justamente aí: no novo, no<br />

inesperado, no insuficiente, no<br />

<strong>de</strong>safio, na exigência e sobretudo<br />

na possibilida<strong>de</strong> do arrojo<br />

e da reinvenção!<br />

Que venha 2016!<br />

Será angustiante. Mas será<br />

também extremamente fascinante!<br />

Feliz 2016!<br />

Alexandre Caldini é presi<strong>de</strong>nte<br />

da Editora Abril<br />

16 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


PErsPEctivas 2016<br />

Divulgação<br />

“Os Jogos Olímpicos do Rio <strong>de</strong> Janeiro trarão os olhos do mundo para o Brasil. É hora <strong>de</strong> darmos show”<br />

Espera-se um mercado<br />

muito conservador<br />

É certo que, globalmente, o live marketing e<br />

seu irmão, o digital, seguirão integrando-se<br />

Wilson Ferreira Junior<br />

- especial para o ProPMarK<br />

omo será o amanhã?”, re-<br />

<strong>de</strong> famosa música, é<br />

“Cfrão<br />

a pergunta que recebi do PRO-<br />

PMARK. O que esperar do marketing<br />

em 2016, no Brasil e no<br />

mundo? É certo que, globalmente,<br />

o live marketing e seu irmão,<br />

o digital, seguirão integrando-se<br />

e aumentando seus respectivos<br />

shares no budget <strong>de</strong> comunicação<br />

das gran<strong>de</strong>s companhias.<br />

Porque serão cada vez mais relevantes<br />

para os cidadãos.<br />

O relacionamento das marcas<br />

com as pessoas ganha cada<br />

vez mais qualida<strong>de</strong> e conteúdo<br />

por meio das plataformas<br />

digitais combinadas com as<br />

experiências “live”. Quentes,<br />

divertidas e bem direcionadas.<br />

As companhias precisam ter<br />

um discurso crível e sedutor.<br />

Praticar cidadania corporativa.<br />

E oferecer a seus clientes valor<br />

que ultrapasse a questão da<br />

qualida<strong>de</strong> e da confiabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> seus produtos.<br />

Encontrarão do outro lado<br />

pessoas ávidas por experiência<br />

e emoção, que, mesmo sem racionalizar,<br />

já vivem as telas dos<br />

tablets e smartphones como extensão<br />

<strong>de</strong> seus corpos. Aqui no<br />

Brasil viveremos a particularida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mais um ano <strong>de</strong> economia<br />

patinando. A abrangência e<br />

a duração das dificulda<strong>de</strong>s econômicas<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão do final<br />

da crise político-institucional.<br />

A estabilida<strong>de</strong> na política,<br />

quando vier, oferecerá condições<br />

para a retomada do crescimento.<br />

Até lá espera-se um<br />

mercado muito conservador<br />

em termos <strong>de</strong> investimento e o<br />

crescimento <strong>de</strong> ações mais táticas,<br />

ligadas a promoção e incentivo<br />

em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> projetos<br />

estratégicos.<br />

Os Jogos Olímpicos do Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro trarão os olhos do mundo<br />

para o Brasil. E as ações <strong>de</strong><br />

comunicação ligadas ao gran<strong>de</strong><br />

evento terão, portanto, imensa<br />

visibilida<strong>de</strong>. Hora <strong>de</strong> darmos<br />

show porque o palco mais do que<br />

nunca será global.<br />

A estAbilidA<strong>de</strong> nA<br />

políticA, quAndo<br />

vier, oferecerá<br />

condições pArA<br />

A retomAdA do<br />

crescimento<br />

Wilson Ferreira Junior é sócio-diretor<br />

da ETNA e presi<strong>de</strong>nte da Ampro<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 17


PersPectivas 2016<br />

Oportunida<strong>de</strong>s surgem<br />

em momentos complicados<br />

Brasil não é simples, e o mundo vive momento igualmente complexo<br />

Daniel Chalfon<br />

- especial para o PRoPMaRK<br />

Escrever uma previsão numérica<br />

para o ano <strong>de</strong> 2016 é<br />

praticamente certeza <strong>de</strong> que ela<br />

estará errada no fim do ano.<br />

Se analisarmos os dados publicados<br />

no início dos anos anteriores<br />

por inúmeras instituições renomadas,<br />

feitas por profissionais<br />

com muito mais competência do<br />

que eu para isso, veremos que invariavelmente<br />

elas furaram.<br />

O Brasil não é um país simples,<br />

e o mundo está em um momento<br />

igualmente complexo.<br />

Por outro lado, é justamente<br />

em um momento complicado e<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios que as oportunida<strong>de</strong>s<br />

surgem.<br />

Quem investe neste momento<br />

se fortalece e, quando a crise<br />

passa (acreditem ela passa), cria<br />

uma barreira ao concorrente que<br />

po<strong>de</strong> perenizar uma marca ou<br />

produto no mercado.<br />

O Brasil tem um mercado <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> 200 milhões <strong>de</strong> pessoas,<br />

que, apesar da retração econômica<br />

atual, experimentou<br />

O ditado “Quem planta, colhe” serve para expressar como <strong>de</strong>ve se comportar o setor<br />

nos últimos tempos uma evolução<br />

no consumo que po<strong>de</strong> até<br />

ser mais magro em 2016, mas<br />

<strong>de</strong>finitivamente está em outro<br />

patamar <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

se comparado ao que tínhamos<br />

anos atrás.<br />

O mercado <strong>de</strong> propaganda no<br />

país, com mais <strong>de</strong> R$ 30 bilhões<br />

Divulgação<br />

<strong>de</strong> investimento anual, apesar<br />

<strong>de</strong> enorme, ainda é pequeno se<br />

analisarmos o investimento per<br />

capita em comunicação do Brasil<br />

versus outros países com economias<br />

<strong>de</strong> tamanho similar.<br />

Mais do que isso, temos um<br />

mercado com canais <strong>de</strong> comunicação<br />

fortes, capazes <strong>de</strong> transformar<br />

a história <strong>de</strong> uma marca<br />

em qualquer segmento. Portanto,<br />

a minha previsão não é para<br />

2016, e sim para 2017, 2018...<br />

Quem planta, colhe.<br />

Daniel Chalfon é sócio e VP <strong>de</strong> mídia<br />

da Loducca e presi<strong>de</strong>nte do Grupo<br />

<strong>de</strong> Mídia <strong>de</strong> Sâo Paulo<br />

O ano será melhor para quem<br />

não abandona o marketing<br />

No início <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, sabíamos da dificulda<strong>de</strong> que passaríamos<br />

Ênio VeRgeiRo<br />

- especial para o PRoPMaRK<br />

Estamos num momento em<br />

que tudo está sendo repensado.<br />

E isso se agrava no<br />

Brasil em função do momento<br />

em que estamos passando. Ao<br />

começar o ano <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, sabíamos<br />

da dificulda<strong>de</strong> que passaríamos,<br />

mas não prevíamos as<br />

questões políticas que agravaram<br />

a crise econômica no país.<br />

Até agora, a notícia boa <strong>de</strong>ste<br />

ano é que os resultados, <strong>de</strong><br />

um modo geral, serão melhores<br />

do que os do próximo ano.<br />

Que dureza!<br />

No mundo também há questionamentos,<br />

porém numa fase<br />

<strong>de</strong> recuperação, muito auxiliada<br />

por algo que está meio esquecido<br />

no Brasil, o marketing<br />

e suas ações.<br />

Hoje o marketing vive uma<br />

crise <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, confundido<br />

e até ofuscado pelo ainda<br />

incompreendido, ao menos por<br />

muitos, mundo digital. Afinal,<br />

on<strong>de</strong> está o marketing na indústria<br />

digital? Que participação<br />

tem o marketing nas empresas<br />

<strong>de</strong> tecnologia que insistem em<br />

se posicionarem como “a serviço<br />

da comunicação”?<br />

O marketing per<strong>de</strong>u espaço<br />

no Brasil para o varejo, gran<strong>de</strong>s<br />

ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas nascidas <strong>de</strong> fusões<br />

e aquisições se tornaram<br />

po<strong>de</strong>rosas compradoras <strong>de</strong> mídia,<br />

assegurando vendas à indústria<br />

e assim suas marcas tiveram<br />

visibilida<strong>de</strong> e as marcas da<br />

indústria foram per<strong>de</strong>ndo força<br />

e reconhecimento. Hoje não se<br />

compra pela marca e pelos seus<br />

atributos, mas sim pelo preço e<br />

a forma <strong>de</strong> oferta daquele momento.<br />

Esse movimento fez com<br />

que as marcas per<strong>de</strong>ssem investimento<br />

e daí a perda significativa<br />

<strong>de</strong> clientes em agências.<br />

Cadê a Brastemp? A Consul?<br />

A Philips?...<br />

Se algo <strong>de</strong> bom po<strong>de</strong> nos<br />

acontecer em 2016, e eu espero<br />

e acredito que vá acontecer,<br />

é que, como as vendas caíram<br />

significativamente <strong>de</strong>vido à<br />

recessão, a indústria não repassará<br />

sua verba <strong>de</strong> propaganda<br />

para as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> varejo, que<br />

por sua vez não assegurará vendas<br />

e não terá suas “excelentes<br />

condições <strong>de</strong> compra “por<br />

volume que não era atingido<br />

pela indústria e assim com as<br />

suas marcas <strong>de</strong>verão recuperar<br />

o posicionamento e o tempo<br />

perdido através <strong>de</strong> campanhas<br />

que não serão só veiculadas em<br />

gran<strong>de</strong>s veículos, mas também<br />

através das conexões que os novos<br />

meios nos permitem e com<br />

isso haverá o movimento <strong>de</strong><br />

uma lei que nos faz viver e trabalhar<br />

neste ofício, a lei da oferta<br />

e procura e se sairá melhor<br />

quem tiver o reconhecimento<br />

do consumidor.<br />

Melhor para quem nunca<br />

abandonou o marketing.<br />

Que assim seja! Feliz 2016 a<br />

todos!<br />

Ênio Vergeiro é presi<strong>de</strong>nte da APP<br />

(Associação dos Profissionais <strong>de</strong><br />

Propaganda)<br />

18 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


PersPectivas 2016<br />

Previsão conservadora já seria<br />

consi<strong>de</strong>rada muito otimista<br />

“Custo é como unha, tem <strong>de</strong> se cortar toda semana”. Este é o sentimento<br />

Divulgação<br />

<strong>2015</strong> foi equivocadamente todo baseado em 20<strong>14</strong>, um ano <strong>de</strong> Copa do Mundo no Brasil, com investimentos enormes em marketing e consumo anabolizado<br />

Marcio oliveira<br />

- especial para o ProPMarK<br />

ano <strong>de</strong> 2016 será duro,<br />

O mas há uma gran<strong>de</strong> diferença<br />

para <strong>2015</strong>. E a diferença<br />

é o próprio ano <strong>de</strong> <strong>2015</strong>. Explico:<br />

todo ano, as empresas<br />

fazem suas previsões e projeções<br />

financeiras baseadas em<br />

um histórico. Esse histórico<br />

po<strong>de</strong> ser os últimos anos ou o<br />

ano anterior.<br />

<strong>2015</strong> foi, equivocadamente,<br />

todo baseado em 20<strong>14</strong>, ano <strong>de</strong><br />

Copa do Mundo no Brasil, com<br />

investimentos enormes em marketing<br />

e consumo anabolizado<br />

por um país ainda em festa e<br />

na calda longa <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

estimulado pelo<br />

crédito+consumo.<br />

“Todo<br />

PanejamenTo<br />

<strong>de</strong> 2016 esTá<br />

baseado na<br />

Tragédia <strong>de</strong><br />

<strong>2015</strong>”<br />

O que, sem crise econômica e<br />

política alguma, já seria uma diferença<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

entre o esperado e o realizado,<br />

foi, na verda<strong>de</strong>, um <strong>de</strong>sastre.<br />

O chão <strong>de</strong> <strong>2015</strong> não parou <strong>de</strong><br />

abrir, nem os mais experientes<br />

e pessimistas economistas,<br />

marqueteiros e administradores<br />

conseguiram prever o<br />

tamanho do buraco e o reflexo<br />

<strong>de</strong>le em todos os setores.<br />

Bom, mas e 2016?<br />

Todo e qualquer planejamento<br />

<strong>de</strong> 2016 está baseado<br />

na tragédia <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, ou seja,<br />

uma previsão conservadora já<br />

seria consi<strong>de</strong>rada muito otimista.<br />

Isso significa que todas<br />

as empresas já estarão mais<br />

preparadas só por esperarem<br />

o pior na largada.<br />

“Custo é como unha, tem<br />

<strong>de</strong> se cortar toda semana”.<br />

Este é o sentimento da entrada<br />

do ano novo. Receita nova<br />

é a lei e o mantra <strong>de</strong> todos.<br />

A única esperança que precisa<br />

ser observada é que este<br />

país volte a ter a economia, o<br />

crescimento econômico, os<br />

investimentos, as contas e a<br />

estrutura como pauta principal<br />

e não que mantém ou<br />

quem toma o po<strong>de</strong>r.<br />

Essa falta <strong>de</strong> pauta é o impon<strong>de</strong>rável<br />

que po<strong>de</strong> arrastar<br />

um mau cenário e o ano surpreen<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> novo os mais pessimistas.<br />

Marcio Oliveira é CCO<br />

da Lew’Lara\TBWA e presi<strong>de</strong>nte do<br />

Grupo <strong>de</strong> Atendimento<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 19


PersPectivas 2016<br />

“Fim do hype é a<br />

principal previsão-<strong>de</strong>sejo”<br />

Trabalho central continua sendo sobre e para<br />

pessoas. Por isso, não se po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o senso crítico<br />

Ken Fujioka: “esperança que a cortina <strong>de</strong> fumaça não nos <strong>de</strong>ixe esquecer o que realmente importa: conhecer as pessoas”<br />

Ken FujioKa<br />

- especial para o PRoPMaRK<br />

No início do século 20, um<br />

grupo <strong>de</strong> artistas franceses,<br />

encabeçados por Jean-<br />

-Marc Côté, realizou uma série<br />

<strong>de</strong> ilustrações que tentavam<br />

prever o ano <strong>de</strong> 2000.<br />

Mais <strong>de</strong> um século <strong>de</strong>pois,<br />

elas se transformaram em<br />

obras <strong>de</strong> arte “paleofuturistas”<br />

- exemplos anedotísticos<br />

sobre um futuro que nunca<br />

aconteceu. Mas há nesse trabalho<br />

um exercício interessante:<br />

mais que uma tentativa<br />

<strong>de</strong> precognição, traz uma mistura<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo e imaginação.<br />

E é por essa perspectiva que<br />

tento aqui respon<strong>de</strong>r à pergunta<br />

do PROPMARK.<br />

Minha previsão é uma espécie<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo natimorto: o<br />

fim do hype.<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma esperança,<br />

quase inútil, <strong>de</strong> que a cortina<br />

<strong>de</strong> fumaça - levantada por buzzwords<br />

como digital transformation,<br />

social engagement<br />

e clickability, entre tantas outras<br />

- não nos <strong>de</strong>ixe esquecer<br />

do que realmente importa:<br />

conhecer as pessoas e saber se<br />

comunicar com elas.<br />

Não me entenda mal: sou<br />

um entusiasta da tecnologia.<br />

Fui <strong>de</strong>senvolvedor <strong>de</strong> software<br />

antes <strong>de</strong> mesmo <strong>de</strong> me<br />

tornar publicitário. Adoro e<br />

estudo o mundo pós-digital.<br />

Sou usuário antigo <strong>de</strong> mídias<br />

sociais. Utilizo o engajamento<br />

como uma das variáveis <strong>de</strong> estratégias<br />

<strong>de</strong> comunicação.<br />

Porém, não estou, aqui, me<br />

referindo a essas coisas em si,<br />

mas sim ao que o hype sobre<br />

essas mesmas coisas acaba<br />

“sou um<br />

entusiasta da<br />

tecnologia. Fui<br />

<strong>de</strong>senvolvedor<br />

<strong>de</strong> soFtware<br />

antes <strong>de</strong> mesmo<br />

<strong>de</strong> me tornar<br />

publicitário.<br />

adoro e estudo<br />

o mundo<br />

pós-digital”<br />

Alê Oliveira<br />

ofuscando.<br />

Nosso trabalho central continua<br />

sendo sobre e para pessoas.<br />

Por isso, não po<strong>de</strong>mos<br />

per<strong>de</strong>r nosso senso crítico e<br />

cair na tentação <strong>de</strong> acreditar<br />

que construções <strong>de</strong> marca e<br />

relações com pessoas po<strong>de</strong>m<br />

ser reduzidas apenas a algoritmos<br />

ou <strong>de</strong> que a subjetivida<strong>de</strong><br />

é menos importante que<br />

a otimização <strong>de</strong> performance.<br />

Deixarmo-nos hipnotizar<br />

pela tecnologia não nos faz<br />

mais mo<strong>de</strong>rnos, nem mais<br />

humanos: seria como alguém<br />

acreditar que ficará mais belo<br />

apaixonando-se pelo espelho.<br />

Por isso, “o fim do hype”<br />

é minha principal previsão-<br />

-<strong>de</strong>sejo.<br />

Assim, todos nós que lidamos<br />

com marcas jamais esqueceremos<br />

que, por trás da<br />

cortina <strong>de</strong> fumaça, moram as<br />

disciplinas que nunca vão obsoletar:<br />

o pensamento intuitivo<br />

e o raciocínio estratégico.<br />

Ken Fujioka é sócio e<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> planejamento<br />

da Loducca e presi<strong>de</strong>nte do<br />

GP (Grupo <strong>de</strong> Planejamento)<br />

País continuará<br />

valorizando<br />

a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> expressão<br />

comercial<br />

GilbeRto leiFeRt<br />

- especial para o PRoPMaRK<br />

O Brasil, <strong>de</strong>finitivamente,<br />

valoriza a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />

e o ano novo não <strong>de</strong>ve<br />

alterar essa nossa certeza! Isso<br />

não significa que ela estará<br />

imune a pressões e agravos.<br />

No tocante à liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />

comercial, o Conar seguirá<br />

empenhado na sua intransigente<br />

<strong>de</strong>fesa, com mais ânimo<br />

até, em face da recente manifestação<br />

do Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral.<br />

Com um magistral voto da<br />

ministra Cármen Lúcia, secundada<br />

por outros ministros, a Corte<br />

ratificou a constitucionalida<strong>de</strong><br />

do tratamento dado pelo Congresso<br />

Nacional à propaganda <strong>de</strong><br />

bebidas alcoólicas, valorizando<br />

o eficaz sistema misto <strong>de</strong> legislação<br />

e autorregulamentação vigente<br />

no país.<br />

A ministra chegou a reproduzir<br />

em seu voto trechos extensos<br />

do Código Brasileiro <strong>de</strong> Autorregulamentação<br />

Publicitária.<br />

Mais do que tratar <strong>de</strong> um setor<br />

anunciante reconhecidamente<br />

sensível e sob crítica constante,<br />

saliente-se que o mais elevado<br />

tribunal do país reconheceu o<br />

valor da autorregulamentação,<br />

a <strong>de</strong>monstrar que as normas voluntárias<br />

específicas (no caso, os<br />

Anexos A e P) são acatados, tornando<br />

<strong>de</strong>snecessária a <strong>edição</strong> <strong>de</strong><br />

novas leis.<br />

O mundo se abriu para as diferenças<br />

culturais e individuais<br />

e, ao mesmo tempo, se tornou<br />

menos tolerante. Teremos <strong>de</strong><br />

conviver com aqueles que se<br />

incomodam com as escolhas feitas<br />

pelos outros, muitas vezes a<br />

partir <strong>de</strong> um simples anúncio. E<br />

o Conar <strong>de</strong>verá estar atento para<br />

não sucumbir ao “politicamente<br />

correto” nem esmorecer na <strong>de</strong>fesa<br />

da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />

comercial, caso o ambiente institucional<br />

no Brasil venha a ser<br />

contaminado por viés pseudomoralista.<br />

Quando isso ocorre, a<br />

publicida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> sair per<strong>de</strong>ndo.<br />

Gilberto Leifert é<br />

presi<strong>de</strong>nte do Conar<br />

20 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


perspectivas 2016<br />

Gestores das boas<br />

marcas vão tirar<br />

aprendizados<br />

Empresas ruins vão seguir fazendo<br />

mais do mesmo e vão morrer<br />

Campos: “algumas tendências vão simplesmente prosseguir. Uma <strong>de</strong>las diz respeito à legitimida<strong>de</strong>”<br />

Fernando Campos<br />

- especial para o propmarK<br />

As perguntas mais difíceis<br />

<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r são justamente<br />

as mais abertas.<br />

A não ser, claro, que você utilize<br />

o protocolo extremo da cretinice<br />

e produza uma resposta<br />

ainda mais aberta, criando novas<br />

perguntas e tornando o ciclo<br />

da dúvida infinito e irritante.<br />

Protesto registrado, vamos<br />

à minha tentativa <strong>de</strong> resposta.<br />

Que, prometo, tentará não<br />

ce<strong>de</strong>r ao truque supracitado e<br />

tentará trazer algo <strong>de</strong> concreto.<br />

Bom, algumas tendências<br />

vão simplesmente prosseguir.<br />

Uma <strong>de</strong>las diz respeito à legitimida<strong>de</strong>.<br />

As boas marcas vão – e <strong>de</strong>vem,<br />

para seu próprio bem –<br />

seguir num processo <strong>de</strong> autoconhecimento<br />

profundo para<br />

“as marcas<br />

mais corajosas<br />

vão começar<br />

a apren<strong>de</strong>r o<br />

valor <strong>de</strong> ter<br />

uma opinião e<br />

expressá-la”<br />

Alê Oliveira<br />

garantir que sua relação com o<br />

consumidor tenha suporte na<br />

sua história, nas suas crenças,<br />

enfim, que sejam valores seus<br />

e não capturados em pesquisas<br />

sobre “o que querem os consumidores”.<br />

Os gestores das boas marcas<br />

vão tirar aprendizados <strong>de</strong> prototipagens<br />

cada vez mais intensas.<br />

Inovação já <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser diferencial<br />

competitivo, virou ferramenta<br />

básica <strong>de</strong> sobrevivência.<br />

As marcas mais corajosas vão<br />

começar a apren<strong>de</strong>r o valor <strong>de</strong><br />

ter uma opinião e expressá-la<br />

<strong>de</strong> forma simples e inequívoca,<br />

enten<strong>de</strong>ndo que a intensida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> a<strong>de</strong>são e engajamento produzida<br />

pelos que concordam<br />

substitui com sobra o <strong>de</strong>scolamento<br />

e mesmo o abandono<br />

dos que discordam.<br />

E as marcas ruins? Essas<br />

vão seguir fazendo mais do<br />

mesmo e vão morrer sem procriar,<br />

sucumbindo continuamente<br />

à lei do velho Darwin,<br />

essa sim uma tendência que<br />

nunca sairá <strong>de</strong> moda.<br />

Fernando Campos é presi<strong>de</strong>nte da<br />

Santa Clara e do Clube <strong>de</strong> Criação<br />

teremos um<br />

ano pesado<br />

para a economia<br />

e a propaganda<br />

GlauCio Bin<strong>de</strong>r<br />

- especial para o propmarK<br />

ano que vem será difícil <strong>de</strong><br />

O prever: uma forma simpática<br />

<strong>de</strong> dizer que teremos um ano<br />

pesado para a economia brasileira<br />

e para nossa propaganda.<br />

Estamos no auge <strong>de</strong> uma<br />

crise e não conseguimos afirmar<br />

on<strong>de</strong> a razão começa na<br />

política ou na economia.<br />

No mundo, convive-se com<br />

uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformações<br />

sem prece<strong>de</strong>ntes. Categorias<br />

surgem e <strong>de</strong>saparecem todos<br />

os dia.<br />

As relações são reestabelecidas<br />

via o mundo digital, os<br />

anseios se tornaram mais particulares,<br />

nunca o tailor ma<strong>de</strong><br />

foi tão necessário, alterando<br />

completamente a lógica da economia<br />

<strong>de</strong> escala. Vale também<br />

para a comunicação.<br />

Ontem a mensagem genérica<br />

atendia a um grupo gran<strong>de</strong><br />

que chamávamos <strong>de</strong> target.<br />

Hoje os targets se fragmentaram<br />

por uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

características. E, claro, fica<br />

mais complexo e mais caro<br />

produzir tantas diferentes<br />

mensagens.<br />

O resultado mais tangível é<br />

que as participações nas categorias<br />

se aproximaram muito.<br />

Gran<strong>de</strong>s shares ten<strong>de</strong>m a rarear.<br />

Para nós, significa que construção<br />

<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong>s passa a ser<br />

tarefa prioritária.<br />

Cresce a importância das estratégias,<br />

das i<strong>de</strong>ias, do conhecimento<br />

<strong>de</strong> cada mercado e dos<br />

consumidores.<br />

Cresce a importância da sinergia<br />

das diferentes plataformas<br />

<strong>de</strong> comunicação. Cresce a<br />

importância da qualida<strong>de</strong> na li<strong>de</strong>rança<br />

do processo. Papel que<br />

po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser ocupado pelo<br />

que chamamos hoje <strong>de</strong> agência<br />

<strong>de</strong> propaganda e quem sabe<br />

que nome terá amanhã?<br />

Precisamos <strong>de</strong> interlocutores<br />

mais preparados para esta li<strong>de</strong>rança<br />

<strong>de</strong> processo, nas agências<br />

e nos clientes.<br />

Glaucio Bin<strong>de</strong>r é presi<strong>de</strong>nte da<br />

Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional<br />

das Agências <strong>de</strong> Propaganda)<br />

22 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


perspectivAs 2016<br />

É hora <strong>de</strong> buscar novas<br />

soluções <strong>de</strong> comunicação<br />

Profissionais têm à disposição quantida<strong>de</strong> enorme <strong>de</strong> ferramentas<br />

Fabio Coelho<br />

- especial para o PRoPMaRK<br />

crise econômica do Brasil é<br />

A uma gran<strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

para as empresas buscarem novas<br />

soluções <strong>de</strong> comunicação, especialmente<br />

aquelas que geram<br />

mais eficiência. Hoje, os profissionais<br />

<strong>de</strong> marketing têm à disposição<br />

uma quantida<strong>de</strong> enorme<br />

<strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> dados<br />

que os permite compreen<strong>de</strong>r<br />

profundamente os hábitos<br />

e necessida<strong>de</strong>s do consumidor.<br />

Fazer uso <strong>de</strong>sses assets para <strong>de</strong>senvolver<br />

produtos e serviços<br />

relevantes e engajar pessoas, em<br />

especial os mais jovens, nascidos<br />

imersos no mundo digital e on<br />

<strong>de</strong>mand, será a chave do sucesso<br />

para prosperar num ano que, tudo<br />

indica, po<strong>de</strong> ser repleto <strong>de</strong> incertezas<br />

políticas e econômicas.<br />

Não há como <strong>de</strong>sviar o foco do<br />

crescimento do ví<strong>de</strong>o digital, do<br />

mobile e da mídia programática,<br />

em especial graças à eficiência<br />

gerada pelas campanhas online<br />

num cenário <strong>de</strong> contenção <strong>de</strong><br />

gastos.<br />

Como as marcas vão trabalhar<br />

esta oportunida<strong>de</strong> que se apresenta<br />

pela afinida<strong>de</strong> dos brasileiros<br />

em consumir ví<strong>de</strong>os online,<br />

como as campanhas publicitárias<br />

se apo<strong>de</strong>rarão <strong>de</strong>ste espaço, fará<br />

parte <strong>de</strong> um processo estratégico<br />

<strong>de</strong> planejamento. Engajar com<br />

estas novas audiências do You-<br />

Tube e outras plataformas digitais<br />

e reconhecer o protagonismo<br />

dos smartphones como meio <strong>de</strong><br />

acesso à internet, <strong>de</strong>senvolvendo<br />

produtos específicos para mobile,<br />

é fundamental para o sucesso.<br />

O comportamento das pessoas na<br />

busca por informações, produtos<br />

e experiências é imediatista. Esta<br />

audiência não tem tempo a per<strong>de</strong>r.<br />

Além disto, a mídia programática<br />

nos permite uma escala<br />

e foco até pouco tempo atrás inimagináveis,<br />

com benefícios tanto<br />

para os produtores <strong>de</strong> conteúdo<br />

como para os consumidores<br />

<strong>de</strong> conteúdo.<br />

Mais do que tudo, é durante<br />

tempos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s problemas<br />

que precisam ser resolvidos,<br />

como este que vivemos hoje no<br />

Brasil, que surgem as melhores<br />

e mais criativas idéias e se vê o<br />

gran<strong>de</strong> espírito empreen<strong>de</strong>dor<br />

do brasileiro. O Google espera<br />

po<strong>de</strong>r continuar ampliando<br />

seu apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do país na esfera da tecnologia<br />

e do empo<strong>de</strong>ramento digital,<br />

não apenas com a abertura do<br />

Campus São Paulo, um espaço<br />

para o nascimento <strong>de</strong> startups,<br />

e do YouTube Space Rio, para<br />

criadores cariocas, mas sendo<br />

uma plataforma que enxerga<br />

no futuro muitas e revolucionárias<br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um<br />

mundo melhor.<br />

Fabio Coelho é presi<strong>de</strong>nte do<br />

Google Brasil e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Google Inc<br />

Divulgação<br />

Fabio Coelho: “Não há como <strong>de</strong>sviar o foco<br />

do crescimento do ví<strong>de</strong>o digital, do mobile e<br />

da mídia programática, em especial graças à<br />

eficiência gerada pelas campanhas online”<br />

Ano novo será <strong>de</strong> muita inteligência e reorganização<br />

Seja como for, os negócios não po<strong>de</strong>m nem <strong>de</strong>vem estagnar<br />

Paulo RobeRto SChMidt<br />

- especial para o PRoPMaRK<br />

ano <strong>de</strong> 2016 será difícil. Enquanto<br />

o Brasil estiver en-<br />

O<br />

frentando as turbulências políticas<br />

pelas quais vem passando,<br />

a economia ten<strong>de</strong> a se ressentir,<br />

consequemente, com reflexos<br />

<strong>de</strong>sastrosos para o mercado<br />

publicitário. Acredito que será<br />

um ano <strong>de</strong> muita inteligência e<br />

reorganização dos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />

negócios dos diversos players<br />

que atuam neste mercado.<br />

De qualquer forma, o fato é<br />

que, no âmbito da comunicação,<br />

os negócios não po<strong>de</strong>m<br />

nem <strong>de</strong>vem estagnar. As empresas<br />

precisam falar com os<br />

consumidores. Sem isso, vendas<br />

não se realizam. Sendo assim,<br />

por mais que estejam receosas,<br />

não <strong>de</strong>vem suspen<strong>de</strong>r os<br />

investimentos em propaganda.<br />

Em relação à produção, temos<br />

algumas sinalizações importantes<br />

que po<strong>de</strong>m, sobremaneira,<br />

salvar o ano <strong>de</strong> 2016.<br />

Já em <strong>2015</strong>, estamos constatando<br />

um aumento nas produções<br />

internacionais, motivado pela<br />

alta do dólar. E isso, com certeza,<br />

<strong>de</strong>ve se intensificar no próximo<br />

ano. Apesar do <strong>de</strong>sgaste<br />

da imagem brasileira no exterior,<br />

por conta da efervescência<br />

do momento político-econômico,<br />

o Brasil volta a se apresentar<br />

como uma excelente opção<br />

para os players internacionais.<br />

Isso, graças à combinação <strong>de</strong><br />

variação cambial com qualida<strong>de</strong><br />

comprovada da produção<br />

e dos serviços <strong>de</strong> produção<br />

brasileiros. Além disso, 2016 é<br />

ano <strong>de</strong> Olimpíadas no Brasil.<br />

Um evento <strong>de</strong>ssa magnitu<strong>de</strong><br />

cria uma <strong>de</strong>manda significativa<br />

<strong>de</strong> produções para anunciantes<br />

nacionais e internacionais.<br />

Estejam elas direta ou indiretamente<br />

envolvidas, sejam ou<br />

não patrocinadoras oficiais, as<br />

marcas não passam imunes a<br />

um único tema que mobiliza<br />

tantas janelas <strong>de</strong> mídia.<br />

Por fim, a transformação da<br />

comunicação no mundo também<br />

cria musculatura no Brasil.<br />

Dada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manter<br />

e intensificar o diálogo com o<br />

público, as empresas <strong>de</strong>vem<br />

apostar em uma comunicação<br />

mais assertiva e personalizada,<br />

alinhada com causas e que passe<br />

<strong>de</strong> maneira menos intrusiva<br />

a mensagem, conectando-se<br />

com as pautas mais relevantes<br />

do momento. Em tempos<br />

<strong>de</strong> ampliação dos formatos <strong>de</strong><br />

mídia e dos pontos <strong>de</strong> contato<br />

com o público, bran<strong>de</strong>d content<br />

e bran<strong>de</strong>d entertainment<br />

po<strong>de</strong>m ser gran<strong>de</strong>s aliados para<br />

falar com o consumidor. Portanto,<br />

a produção <strong>de</strong> conteúdo<br />

parece ser uma ótima solução<br />

<strong>de</strong> comunicação para as marcas,<br />

além <strong>de</strong> o investimento ser<br />

muito menor, se comparado<br />

com os valores <strong>de</strong> mídia.<br />

Esses fatores fazem com que<br />

tenhamos a esperança que, no<br />

âmbito da produção, o <strong>de</strong>saquecimento<br />

não se mostre tão<br />

severo. Dessa forma, esperamos<br />

que o impacto em nosso<br />

setor, especificamente, seja minimizado.<br />

Paulo Roberto Schmidt é presi<strong>de</strong>nte<br />

da Apro (Associação Brasileira da<br />

Produção <strong>de</strong> Obras Audiovisuais) e<br />

produtor da Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Filmes<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 23


perspectivas 2016<br />

OOH prevê <strong>de</strong>safios e reorganização<br />

Palavra reengenharia administrativa terá forte presença no ano que vem<br />

Marcelo Marcon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Moura<br />

- especial para o ProPMarK<br />

Temos certeza que, assim como<br />

<strong>2015</strong>, com a sua gran<strong>de</strong><br />

inconstância por parte dos investidores<br />

e da economia no Brasil,<br />

2016 não será muito diferente.<br />

Teremos um ano <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>safios e <strong>de</strong> reestruturação <strong>de</strong><br />

todas as áreas do negócio. A palavra<br />

reengenharia administrativa,<br />

que fez parte <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, terá<br />

forte presença também em 2016.<br />

Acreditamos que a criativida<strong>de</strong><br />

na gestão das empresas estará<br />

em pauta.<br />

Teremos <strong>de</strong> rever todos os<br />

conceitos no modo <strong>de</strong> comercialização<br />

e geração <strong>de</strong> negócios.<br />

Um gran<strong>de</strong> passo será aliar a tecnologia,<br />

agregando banco <strong>de</strong> dados<br />

<strong>de</strong> todos os tipos, perfis <strong>de</strong><br />

consumo, audiência e comprovação<br />

<strong>de</strong> retorno do investimento.<br />

A mídia programática será primordial<br />

para a sobrevivência das<br />

exibidoras, tornando as relações<br />

mais transparentes, confiáveis<br />

e tangíveis, com maior avanço<br />

nas relações anunciante/agência/<br />

veículo. Essa transformação no<br />

Painel com mensagem publicitária: Central <strong>de</strong> Outdoor enfatiza importância no respeito às políticas urbanas<br />

outdoor ocorre há mais <strong>de</strong> dois<br />

anos, mas, agora, será crucial<br />

para mantermos a posição <strong>de</strong><br />

alta, na participação no mercado<br />

publicitário.<br />

Nosso foco é alcançar os patamares<br />

<strong>de</strong> participação do OOH<br />

próximos aos <strong>de</strong> alguns países<br />

da Europa, que ultrapassam os<br />

15% <strong>de</strong> share. Depois <strong>de</strong> alguns<br />

sobressaltos, como os da última<br />

década, estamos mais atentos à<br />

nossa responsabilida<strong>de</strong> na vida<br />

cotidiana das pessoas nas cida<strong>de</strong>s.<br />

Continuamos a enfatizar a<br />

importância no respeito às polí-<br />

ticas urbanas, valorizando assim<br />

mais a mídia e a presença dos<br />

anúncios nos centros urbanos.<br />

Marcelo Marcon<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Moura é<br />

presi<strong>de</strong>nte nacional da Central <strong>de</strong><br />

Outdoor e sócio-diretor da Aurum<br />

Comunicação & Marketing<br />

Divulgação<br />

O futuro aos dados pertence<br />

Abemd está publicando estudo realizado com associações <strong>de</strong> marketing<br />

efraiM KaPulsKi<br />

- especial para o ProPMarK<br />

Você já leu The Wisdom of<br />

Crowds? É um livro do jornalista<br />

americano James Surowiecki,<br />

que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a tese <strong>de</strong><br />

que a agregação <strong>de</strong> informação<br />

em grupo resulta em <strong>de</strong>cisões<br />

melhores do que as tomadas<br />

individualmente.<br />

Lembrei <strong>de</strong>le quando o PRO-<br />

PMARK me pediu para escrever<br />

previsões sobre o marketing<br />

no Brasil e no mundo em 2016.<br />

Porque, coinci<strong>de</strong>nte ou sincronisticamente,<br />

a Abemd está publicando,<br />

ao mesmo tempo em<br />

que as outras 16 associações <strong>de</strong><br />

marketing orientado por dados,<br />

o marketing diálogo, que compõem<br />

a Global DMA, os resultados<br />

da segunda <strong>edição</strong> <strong>de</strong> um<br />

estudo que ouviu mais <strong>de</strong> 3.000<br />

profissionais <strong>de</strong> todo o mundo e<br />

que, basicamente, pediu a mesma<br />

coisa a eles.<br />

Ou seja, em vez <strong>de</strong> oferecer<br />

um exercício <strong>de</strong> fútil arrogância<br />

<strong>de</strong> minha parte, eu teria a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> compartilhar com<br />

vocês algumas pitadas da sabedoria<br />

agregada por esses milhares<br />

<strong>de</strong> profissionais, executivos<br />

<strong>de</strong> anunciantes, <strong>de</strong> agências e<br />

outras empresas prestadoras <strong>de</strong><br />

serviços <strong>de</strong> marketing, e <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvedores<br />

<strong>de</strong> tecnologia.<br />

Um fato me orgulha particularmente:<br />

com 523 respon<strong>de</strong>ntes,<br />

o Brasil foi o país que teve o<br />

maior número <strong>de</strong> executivos envolvidos<br />

com as pesquisas que<br />

“empresas estão<br />

cada vez mais<br />

interessadas<br />

em se tornar<br />

‘customer-<br />

-centrics’”<br />

formaram o estudo. Essa vitória<br />

<strong>de</strong>veu-se ao fato <strong>de</strong> a Abemd ter<br />

contado com a colaboração <strong>de</strong><br />

outras importantes associações<br />

que também têm os dados como<br />

insumos fundamentais, como<br />

Abap, Abradi, Abrarec e IAB.<br />

Se pudéssemos sintetizar o<br />

estudo em uma frase, diríamos<br />

que, <strong>de</strong> acordo com a opinião dos<br />

entrevistados, os dados não apenas<br />

já fazem a diferença como<br />

representam cada vez mais um<br />

pilar central do marketing, da<br />

publicida<strong>de</strong> e da experiência<br />

prática do consumidor em todo<br />

o mundo. E, em 2016, inclusive.<br />

Quantitativamente, 81,3% disseram<br />

que dados são importantes<br />

para os seus negócios. E 93,1%<br />

disseram acreditar que eles <strong>de</strong>sempenharão<br />

um papel ainda<br />

mais importante no futuro.<br />

Outra conclusão fundamental<br />

do estudo: o consumidor é<br />

rei! As empresas, disseram os<br />

entrevistados, estão cada vez<br />

mais interessadas em se tornar<br />

“customer-centrics”, com<br />

90,2% afirmando estarem focadas<br />

na implementação <strong>de</strong> análises<br />

preditivas e segmentação,<br />

com o objetivo <strong>de</strong> entregarem<br />

mensagens mais precisas, mais<br />

relevantes e capazes <strong>de</strong> engajar<br />

suas audiências.<br />

Em consequência, veremos<br />

em 2016 a continuida<strong>de</strong> da migração<br />

das verbas para as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> marketing orientado<br />

por dados: 68,6% dos entrevistados<br />

têm a expectativa <strong>de</strong> que<br />

no ano que vem as suas empresas<br />

utilizarão mais verbas nessa<br />

direção. O estudo completo<br />

po<strong>de</strong> ser acessado no portal da<br />

Abemd: http://www.abemd.<br />

org.br/pagina.php?id=98<br />

Efraim Kapulski é presi<strong>de</strong>nte da<br />

Abemd (Associação Brasileira <strong>de</strong><br />

Marketing Direto)<br />

24 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


perspectivAs 2016<br />

“As coisas precisam fazer sentido”<br />

Será um ano dos mais<br />

<strong>de</strong>safiadores pela<br />

exigência que teremos<br />

<strong>de</strong> nos impor<br />

Divulgação<br />

Glen Valente<br />

– especial para o PROPMaRK<br />

Acredito que a virada <strong>de</strong> ano <strong>de</strong> 2016<br />

não será igual a nenhuma até então.<br />

Olho ao meu redor e vejo uma sensação<br />

coletiva <strong>de</strong> esforço para não <strong>de</strong>ixar a situação<br />

política e econômica nos paralisar e<br />

roubar as conquistas dos últimos anos.<br />

Não po<strong>de</strong>mos!<br />

Nunca vivenciei tanto trabalho e empenho,<br />

oportunida<strong>de</strong>s geradas pela criativida<strong>de</strong><br />

da insegurança, flexibilida<strong>de</strong> para as<br />

novas sinergias.<br />

Estamos encarando um estreitamento<br />

das incoerências consolidadas por arbitrarieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> interesses.<br />

Em 2016, as coisas precisam fazer sentido,<br />

se justificar.<br />

Será um dos anos mais <strong>de</strong>safiadores<br />

que já tivemos. E não digo isso pelas dificulda<strong>de</strong>s,<br />

que até já foram mais intensas<br />

no passado, mas pela exigência que teremos<br />

<strong>de</strong> nos impor dia após dia, para não<br />

ficarmos à espreita das lamentações e limitações.<br />

Temos nas mãos um forte sentimento<br />

cultural e social que precisa <strong>de</strong> resposta,<br />

que foi empon<strong>de</strong>rado e quer continuar<br />

com fôlego nos próximos anos.<br />

O marketing <strong>de</strong> 2016 precisará trabalhar<br />

para aten<strong>de</strong>r a esse chamado.<br />

Temos uma nova geração que consome<br />

diferente e outras tantas que precisam ser<br />

amparadas e conduzidas com segurança<br />

pelos novos tempos.<br />

A boa notícia é que vejo motivação<br />

e entusiasmos em todos nesse sentido.<br />

Cabe às marcas e companhias assumirem<br />

o protagonismo nessa história, “amarrando”<br />

todas as pontas com verda<strong>de</strong> e propósito.<br />

Hoje, mais do que nunca, as pessoas<br />

vão atrás <strong>de</strong> um benefício real, não <strong>de</strong> um<br />

discurso.<br />

Terá a audiência em 2016 quem melhor<br />

simplificar, quem melhor entreter, quem<br />

melhor amparar, quem melhor conduzir<br />

uma entrega pertinente, coerente e atual.<br />

Neste jogo cabe às marcas assumir o protagonismo nessa história, “amarrando” todas as pontas<br />

Glen Valente é diretor-comercial<br />

e <strong>de</strong> marketing do SBT<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 25


PERsPEctivas 2016<br />

Desejo pelo extremo<br />

é uma tendência visual<br />

Em estudo feito pela Getty Images conceito sobre<br />

engajamento social também se <strong>de</strong>staca<br />

Claudia Penteado<br />

partir da análise <strong>de</strong> uso das<br />

A imagens do próprio banco<br />

<strong>de</strong> dados e inputs da sua equipe<br />

global <strong>de</strong> antropólogos visuais<br />

e diretores <strong>de</strong> arte, a Getty Images<br />

traçou algumas tendências<br />

visuais e as principais i<strong>de</strong>ias<br />

que influenciarão o <strong>de</strong>sign, a<br />

publicida<strong>de</strong> e as comunicações<br />

<strong>de</strong> marcas em 2016. Aparecem<br />

com força o <strong>de</strong>sejo pelo extremo<br />

e sair do mainstream, mas<br />

também o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> buscar<br />

uma comunida<strong>de</strong> e engajar-se<br />

para o bem social mais amplo.<br />

“As tendências abordam o lado<br />

social e cultural da linguagem visual<br />

do futuro, e procuram antever<br />

para quais imagens os consumidores<br />

serão mais responsivos<br />

no próximo ano”, explica Pamela<br />

Grossman, diretora <strong>de</strong> tendências<br />

visuais da Getty Images.<br />

Segundo o estudo, serão tendências<br />

visuais e movimentos<br />

criativos no próximo ano a existência<br />

divina, a extensão humana,<br />

a insurgente (outsi<strong>de</strong>r in), o<br />

caos estético, o silêncio x barulho<br />

e o surrealismo. A tendência<br />

visual da existência divina tem<br />

a ver, segundo Pamela, com as<br />

imagens e as mensagens que possuem<br />

um elemento <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong>,<br />

contemplação e bonda<strong>de</strong>,<br />

que estão ressoando entre os<br />

consumidores. Tem a ver com a<br />

busca <strong>de</strong> propósito no centro das<br />

narrativas das marcas e a um senso<br />

<strong>de</strong> valor “<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora”.<br />

“Temos visto muitas marcas<br />

<strong>de</strong> luxo usando imagens com significados<br />

<strong>de</strong> religião, santida<strong>de</strong>,<br />

misticismo e reverência. Os consumidores<br />

estão buscando experiências<br />

significativas e procuram<br />

conectar-se com algo maior<br />

do que eles mesmos, buscando<br />

propósito e iluminação. Temos<br />

visto imagens com tratamento <strong>de</strong><br />

luz suave e celestial, que usam<br />

uma iconografia quase religiosa<br />

ou espiritual, ou ainda que são<br />

retratadas a partir do “ponto <strong>de</strong><br />

vista <strong>de</strong> Deus”, do alto, fazendo<br />

o mundo parecer milagroso e um<br />

local do qual vale a pena cuidar”,<br />

diz Pamela.<br />

Segunda tendência visual para<br />

2016, a extensão humana é reflexo<br />

<strong>de</strong> como a tecnologia está mudando<br />

o jeito que vivemos nossa<br />

vida, compartilhamos nossas experiências<br />

e assimilamos nossos<br />

arredores. A tendência explora<br />

como a tecnologia se torna uma<br />

26 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Fotos: Divulgação<br />

extensão das pessoas, <strong>de</strong>safiando<br />

os conceitos do que significa<br />

ser humano ao otimizar os corpos,<br />

expandir a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

memória e criativida<strong>de</strong> e oferecer<br />

conectivida<strong>de</strong> total.<br />

A tendência insurgente tem<br />

a ver com o <strong>de</strong>safio aos limites:<br />

imagens que rompem com a<br />

tradição e o gosto popular mais<br />

audacioso. Aumenta o apetite<br />

por um ponto <strong>de</strong> vista único e<br />

elementos visuais que se <strong>de</strong>stacam.<br />

Analisa o modo <strong>de</strong> pensar<br />

não convencional e a ruptura que<br />

vem dos outsi<strong>de</strong>rs na forma <strong>de</strong><br />

rebel<strong>de</strong>s, excêntricos, não conformistas<br />

e anti-heróis.<br />

“Essa tendência abraça os personagens<br />

rebel<strong>de</strong>s que não se<br />

parecem com mo<strong>de</strong>los perfeitos.<br />

Ela retrata vigilantes, ativistas,<br />

iconoclastas. Eles são únicos,<br />

corajosos, não conformadores,<br />

marginais ou até mesmo totalmente<br />

estranhos. A tendência<br />

também celebra os estilos irreverentes,<br />

as sugestões contraculturais<br />

e o pensamento fora da<br />

caixa. Das seis tendências que<br />

iniciam uma nova era <strong>de</strong> ousadia<br />

e mindfulness essa é minha<br />

favorita, juntamente com caos<br />

estético. Sou gran<strong>de</strong> fã do pensamento<br />

e do visual audacioso que<br />

fazem com que as pessoas acor<strong>de</strong>m<br />

e prestem atenção”, observa<br />

Pamela.<br />

Outro movimento que<br />

<strong>de</strong>ve se <strong>de</strong>senhar<br />

no ano que vem é o<br />

místico. As imagens com<br />

tratamento <strong>de</strong> luz suave<br />

e celestial, que usam<br />

uma iconografia quase<br />

religiosa, representam<br />

essa tendência, como a<br />

assinada por Andy Lo Pò<br />

O Yagi Studio retrata o surrealismo, apontado<br />

pelo estudo como uma tendência para 2016<br />

“As tendênciAs<br />

AbordAm o<br />

lAdo sociAl e<br />

culturAl dA<br />

linguAgem<br />

visuAl do<br />

futuro”<br />

Passo além<br />

O caos estético é um passo<br />

além da previsibilida<strong>de</strong> e uma<br />

reação à perfeição muitas vezes<br />

prevista nas imagens publicitárias.<br />

A abordagem do caos<br />

estético à produção <strong>de</strong> imagens<br />

<strong>de</strong>staca-se em meio a um movimentado<br />

mercado <strong>de</strong> mesmices.<br />

As imagens são bagunçadas, sujas,<br />

suadas, viscerais, maravilhosas<br />

e horríveis ao mesmo tempo,<br />

e surgem do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> fugir da<br />

higienização e da previsibilida<strong>de</strong><br />

da vida cotidiana e <strong>de</strong>leitar-se<br />

com o aspecto físico da natureza<br />

humana.<br />

Da mesma forma, a tendência<br />

silêncio x barulho: o ano <strong>de</strong> 2016<br />

promete ser cheio <strong>de</strong> extremos<br />

visuais, gran<strong>de</strong>s contrastes e<br />

contradições estilísticas, e po<strong>de</strong><br />

ser visto como um contraponto<br />

ao caos estético. As imagens são<br />

simples e minimalistas e abrem<br />

espaço para mensagens similares:<br />

suscintas e <strong>de</strong>scomplicadas,<br />

mas lindamente executadas <strong>de</strong><br />

forma a se sobressaírem quando<br />

contrastadas às imagens mais<br />

frenéticas. Visualmente é o “menos<br />

é mais”, tanto na composição<br />

sobre obter um respiro, uma<br />

pausa, da sujeira visual e focar<br />

em uma imagem forte e pequena<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um espaço amplo e silencioso.<br />

Surrealismo é uma tendência<br />

que se conecta, por exemplo,<br />

com fotógrafos usando um novo<br />

tipo <strong>de</strong> manipulação <strong>de</strong> fotografia<br />

para criar imagens lúdicas e<br />

muitas vezes surreais, aparentando,<br />

às vezes, uma versão do<br />

século 21 da psico<strong>de</strong>lia dos anos<br />

1960. As imagens também são<br />

influenciadas por sonhos, pelo<br />

subconsciente e pelo movimento<br />

surrealista original. Em resposta<br />

a uma década dominada pela<br />

autenticida<strong>de</strong> e pelo realismo, há<br />

um apetite enorme pelo surreal e<br />

pelo inesperado.<br />

“Eu sou uma nerd da história<br />

A tendência<br />

insurgente tem a<br />

ver com imagens<br />

que rompem com<br />

a tradição. Analisa<br />

o modo <strong>de</strong> pensar<br />

não convencional e a<br />

ruptura que vem dos<br />

outsi<strong>de</strong>rs, como a<br />

<strong>de</strong> Felicity McCabe<br />

da arte e sempre amei o movimento<br />

surrealista, que surgiu<br />

entre as duas guerras mundiais.<br />

Ele surge a partir dos sonhos,<br />

do inconsciente, do autoexame<br />

e da vida <strong>de</strong> fantasia. Acho que<br />

ele oferece um jeito <strong>de</strong> sentir o<br />

maravilhoso e o mágico em tempos<br />

<strong>de</strong> perturbação. A tendência<br />

surrealista segue esse padrão,<br />

mas adiciona a ele uma camada<br />

<strong>de</strong> tecnologia e vida contemporânea.<br />

Trata-se <strong>de</strong> manipulação<br />

fotográfica, replicação, multiplicação<br />

e construção <strong>de</strong> mundos”,<br />

conclui Pamela.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 27


inspiração<br />

Luiz Rocha/Shutterstock<br />

Criativida<strong>de</strong> para o sabor<br />

A feijoada é resultado <strong>de</strong> uma realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escassez. Os escravos<br />

souberam aproveitar partes rejeitadas do porco com feijão preto<br />

sobre dificulda<strong>de</strong>s e amigos<br />

Das pernas tortas do Garrincha à feijoada em época <strong>de</strong> escassez,<br />

Fabio Seidl, da 360i, relaciona inspiração ao que não é fácil<br />

28 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Fabio Seidl é Group Creative<br />

Director da 360i NY<br />

FABIO SEIDL<br />

– Especial para o PROPMARK<br />

feijoada foi inventada na escassez. Na<br />

A falta <strong>de</strong> coisa melhor, os escravos resolveram<br />

aproveitar as partes dos porcos que<br />

seus senhores não comiam e acrescentá-las<br />

ao feijão preto.<br />

Aleijadinho, filho <strong>de</strong> escravos, tinha uma<br />

doença <strong>de</strong>generativa nas articulações, o que<br />

não o impediu <strong>de</strong> continuar sendo artista, um<br />

dos maiores do seu país.<br />

Garrincha, artista <strong>de</strong> outra área, tinha as<br />

pernas tortas. Ronaldo voltou a ser um fenômeno<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter uma perna quebrada, dilacerada<br />

e <strong>de</strong>pois reconstruída.<br />

Alguns dos maiores craques da música brasileira<br />

surgiram em tempos complicados <strong>de</strong> repressão:<br />

Caetano Veloso, da Tropicália, Mutantes,<br />

Chico, Raul e Tim Maia.<br />

Foi também nos anos <strong>de</strong> chumbo que surgiram<br />

os punks das canetas e máquinas <strong>de</strong> escrever:<br />

o Pasquim <strong>de</strong> Jaguar, Millôr, Ziraldo,<br />

Henfil, a maioria <strong>de</strong>les, aliás, acabou presa.<br />

Quando José Padilha meteu na cabeça que<br />

queria fazer um documentário sobre o Bope<br />

<strong>de</strong>scobriu que nenhum policial queria dar <strong>de</strong>poimentos.<br />

Mesmo sem nenhuma experiência<br />

na área <strong>de</strong> ficção, ele não <strong>de</strong>sistiu e filmou<br />

Tropa <strong>de</strong> Elite, o filme mais bem-sucedido da<br />

história do cinema brasileiro.<br />

É. Nada inspira como a dificulda<strong>de</strong>.<br />

Foi ela quem lançou o homem ao mar e<br />

<strong>de</strong>pois ao espaço. Essa fixação pela inconsequência<br />

<strong>de</strong> mostrar o que só você está vendo.<br />

O alarme <strong>de</strong>spertador que toca na cabeça<br />

quando alguém usa a palavra “impossível”. A<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer primeiro e <strong>de</strong> apagar o sorrisinho<br />

preguiçoso daquele incompetente que<br />

prefere dizer que você é teimoso, maluco e<br />

não dá para fazer.<br />

Quando me falam que não dá para fazer alguma<br />

coisa que eu acho que dá, aí é que eu<br />

quero fazer mesmo.<br />

Só é maluco quem acha que dá para fazer<br />

sozinho.<br />

Padilha <strong>de</strong>scobriu apenas na <strong>edição</strong> que<br />

seu filme, que foi inteiro filmado com o personagem<br />

André Mathias como protagonista,<br />

ficaria melhor se fosse montado <strong>de</strong> novo em<br />

volta da história do Capitão Nascimento, interpretado<br />

por Wagner Moura. Foi sugestão<br />

da mulher <strong>de</strong> um dos roteiristas e contou com<br />

um <strong>de</strong>bate com os produtores.<br />

No Pasquim, <strong>de</strong>pois da prisão dos seus editores,<br />

mais gente boa se juntou a eles. E os leitores<br />

do jornal fizeram ele ser mais vendido<br />

que as duas maiores revistas do país juntas na<br />

época: a Manchete e uma tal <strong>de</strong> Veja.<br />

Quando vários músicos brasileiros saíram<br />

do cárcere ou voltaram do exílio encontraram<br />

outros músicos, produtores e radialistas que<br />

acreditaram neles.<br />

Garrincha teve Pelé. Ronaldo teve Rivaldo.<br />

E mais 20 no time e no banco.<br />

Aleijadinho teve um amigo e ajudante que<br />

amarrava as ferramentas nas suas mãos.<br />

E feijoadas, como sabemos, são impossíveis<br />

<strong>de</strong> comer sem amigos, que sempre trazem<br />

uma cervejinha gelada. E tem sempre<br />

aquele que faz a melhor caipirinha.<br />

Nada inspira como a dificulda<strong>de</strong> e os parceiros,<br />

companheiros e amigos que estão ao<br />

seu lado na hora da dificulda<strong>de</strong>. Criativos,<br />

atendimentos, planejamentos, mídias, clientes,<br />

produtores, chefes, gente que acredita<br />

que, se fosse fácil, a gente tinha escolhido outra<br />

profissão.<br />

Alê Oliveira<br />

Acreditar no outro<br />

Pelé é mencionado como quem<br />

acreditou em Garrincha, da mesma<br />

maneira que Ronaldo teve Rivaldo.<br />

E mais 20 no time e no banco<br />

Arquivo PROPMARK<br />

Craques<br />

musicais<br />

Alguns dos maiores<br />

nomes da música<br />

brasileira, como<br />

Caetano Veloso<br />

(foto), da Tropicália,<br />

Mutantes, Chico,<br />

Raul e Tim Maia,<br />

surgiram em tempos<br />

<strong>de</strong> repressão<br />

Divulgação<br />

Primeira vez<br />

Quando José Padilha <strong>de</strong>cidiu fazer um<br />

documentário sobre o Bope, <strong>de</strong>scobriu que<br />

nenhum policial queria dar <strong>de</strong>poimentos. Mesmo<br />

sem nenhuma experiência na área <strong>de</strong> ficção, ele<br />

não <strong>de</strong>sistiu e filmou Tropa <strong>de</strong> Elite, com Wagner<br />

Moura (foto) no papel do Capitão Nascimento<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 29


Mídia<br />

Otima cresce e planeja<br />

expansão geográfica<br />

Concessionária <strong>de</strong> mobiliários urbanos aumentou<br />

em mais <strong>de</strong> 20% seu faturamento neste ano<br />

Fotos: Alê Oliveira e Divulgação<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

crescimento da Otima em<br />

O <strong>2015</strong> atingiu a casa dos dois<br />

dígitos em duas esferas: no faturamento,<br />

com incremento <strong>de</strong><br />

21,6% em relação ao ano passado,<br />

e no número <strong>de</strong> campanhas<br />

veiculadas, que foi 49% maior.<br />

Os números positivos foram<br />

atribuídos pela presi<strong>de</strong>nte da<br />

concessionária <strong>de</strong> mobiliários<br />

urbanos, Violeta Noya, ao perfil<br />

inovador da empresa, que, mais<br />

do que propaganda, busca levar<br />

às ruas experiências para o consumidor<br />

se aproximar das marcas.<br />

Com esse perfil, o ano <strong>de</strong><br />

2016 promete ainda mais inovação<br />

na mídia exterior <strong>de</strong>senvolvida<br />

pela Otima, que planeja<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> atuar exclusivamente<br />

em na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo e inicia<br />

seu plano <strong>de</strong> expansão geográfica<br />

pelo Brasil.<br />

Segundo Violeta, ainda no<br />

primeiro semestre, outra cida<strong>de</strong><br />

passa a ser atendida pela empresa<br />

– o en<strong>de</strong>reço permanece em<br />

sigilo. No novo contrato, a comunicação<br />

da Otima <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />

restrita aos abrigos <strong>de</strong> ônibus,<br />

caso <strong>de</strong> São Paulo, e é expandida<br />

para outras peças <strong>de</strong> mobiliário<br />

urbano, como relógios.<br />

Também para 2016, a Otima<br />

encerra a substituição dos pontos<br />

<strong>de</strong> ônibus da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São<br />

Paulo, o que era previsto para o<br />

fim <strong>de</strong>ste ano. Até o momento,<br />

6 mil abrigos já foram substituídos,<br />

faltando somente 500 do<br />

total estabelecido no contrato<br />

que entrou em vigor em janeiro<br />

<strong>de</strong> 2013 e tem duração <strong>de</strong><br />

25 anos – o que coloca a Otima<br />

como a maior concessionária <strong>de</strong><br />

mobiliários urbanos do Brasil.<br />

“O prazo inicial era <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong>sse ano, mas a Prefeitura pediu<br />

para esticar esse prazo em<br />

razão <strong>de</strong> novas obras. Surgiram<br />

novos corredores <strong>de</strong> ônibus na<br />

cida<strong>de</strong> e é importante que eles<br />

tenham novos pontos. As obras<br />

da Prefeitura seguem até maio e<br />

Violeta Noya, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Otima, fala que padrão<br />

<strong>de</strong> inovação das ações<br />

out of home oferecidas<br />

pela empresa é superior a<br />

referências internacionais<br />

30 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


por isso nós fizemos essa adaptação,<br />

ajustando nosso cronograma<br />

ao das obras dos corredores”,<br />

explica Violeta.<br />

ExpansãO<br />

Quando fala que a expansão<br />

da Otima será primeiro nacional,<br />

Violeta se refere às referências<br />

que busca no exterior para<br />

colocar a empresa em patamar<br />

internacional <strong>de</strong> competitivida<strong>de</strong>.<br />

“Não somos uma empresa<br />

<strong>de</strong> mídia exterior, somos uma<br />

plataforma <strong>de</strong> mídia. Eu me<br />

preocupo muito além da Otima,<br />

mas com o mercado <strong>de</strong> mídia<br />

exterior como um todo, em aumentar<br />

nossa participação no<br />

bolo publicitário. Nossos clientes<br />

sabem que a Otima topa inovar<br />

com eles, tomar o risco. Não<br />

é qualquer empresa que topa colocar<br />

skate na rua (case <strong>de</strong> Desperados,<br />

marca da Heineken),<br />

refrigerar uma caixa e distribuir<br />

sorvete, como fizemos com Kibon.<br />

Mas a gente vai na frente,<br />

pensando em novas i<strong>de</strong>ias, em<br />

referências inovadoras, e estamos<br />

virando referência lá fora”,<br />

acrescenta. “A Otima, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o primeiro dia <strong>de</strong> empresa, se<br />

posicionou como a empresa <strong>de</strong><br />

mídia exterior mais inovadora<br />

do Brasil e acredito até que<br />

mais inovadora do mundo. Nós<br />

já largamos com um posicionamento<br />

muito forte <strong>de</strong> inovação<br />

e <strong>2015</strong> teve um volume muito<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> projetos diferenciados.<br />

Quando viajo eu não vejo,<br />

em Paris, Londres, Nova York,<br />

a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inovações que<br />

estão sendo feitas pela Otima<br />

aqui”, complementa.<br />

Para a executiva, alguns fatores<br />

contribuem para o mo<strong>de</strong>lo<br />

em ascensão da Otima, entre<br />

eles a jornada das pessoas que<br />

vivem em São Paulo, que passam,<br />

em média, 12 horas por dia<br />

na rua, e as transformações <strong>de</strong><br />

mobilida<strong>de</strong> urbana pelas quais<br />

a cida<strong>de</strong> vem passando. “Hoje,<br />

em São Paulo, eu só perco em<br />

audiência para a TV Globo. Out<br />

of home é o segundo meio disparado<br />

em atenção e nosso resultado<br />

é consolidado pelo consumidor<br />

cada vez mais na rua,<br />

mudando seus hábitos. Hoje o<br />

paulistano médio acorda cedo<br />

para trabalhar, vai para aca<strong>de</strong>mia,<br />

volta e tem um tempo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong>, no mínimo,<br />

cinco horas por dia, ficando na<br />

rua no mínimo 12 horas”, <strong>de</strong>talha<br />

a executiva.<br />

núMErOs<br />

Em <strong>2015</strong>, a Otima conquistou<br />

110 novos clientes e veiculou<br />

457 campanhas. Em quase<br />

três anos <strong>de</strong> mercado, a empresa<br />

soma 282 anunciantes<br />

e 774 marcas com campanhas<br />

veiculadas nos mobiliários <strong>de</strong><br />

Ação para divulgar luta <strong>de</strong> UFC no Brasil convidava público a nocautear painel da Otima<br />

e, assim, enviar emojis para interagir com os lutadores no Twitter<br />

“SomoS uma<br />

plataforma<br />

<strong>de</strong> mídia”<br />

A marca <strong>de</strong> batata Lay’s<br />

colocou nas ruas um painel<br />

que i<strong>de</strong>ntificava o sorriso<br />

do consumidor e, como<br />

recompensa, o presenteava<br />

com amostras do produto:<br />

mais <strong>de</strong> 3,5 mil unida<strong>de</strong>s foram<br />

distribuídas em duas semanas<br />

São Paulo. Só neste ano, foram<br />

34 projetos diferenciados,<br />

o que representa uma alta <strong>de</strong><br />

161% em relação ao ano passado.<br />

Marcas <strong>de</strong> vários segmentos<br />

aceitaram o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong><br />

inovar nas ruas e em parceria<br />

com a Otima, como a Kibon,<br />

que transformou um painel<br />

convencional em uma cabine<br />

refrigerada para a distribuição<br />

<strong>de</strong> sorvetes em duas<br />

ocasiões, no lançamento do<br />

Fruttare Mousse <strong>de</strong> Morango e<br />

do Tablito Chococo. Somando<br />

as duas ações, cada uma com<br />

duas semanas <strong>de</strong> duração, foram<br />

distribuídos aproximadamente<br />

12 mil sorvetes em pontos<br />

estratégicos da cida<strong>de</strong>. Já a<br />

marca <strong>de</strong> batatas Lay’s promoveu<br />

nos painéis da Otima uma<br />

ação que uniu interativida<strong>de</strong> e<br />

sampling machine na Avenida<br />

Paulista. A ação, intitulada Dê<br />

um sorriso e ganhe uma Lay’s,<br />

criou um software que reconhecia<br />

o rosto e media a intensida<strong>de</strong><br />

do sorriso do usuário,<br />

batizado <strong>de</strong> sorrisômetro.<br />

Assim que o dispositivo reconhecia<br />

o sorriso, o consumidor<br />

ganhava uma amostra <strong>de</strong><br />

Lay’s: mais <strong>de</strong> 3,5 mil batatas<br />

foram distribuídas em duas<br />

semanas.<br />

Para 2016, Violeta adianta<br />

que esses projetos <strong>de</strong>vem ser<br />

ampliados a partir <strong>de</strong> um maior<br />

investimento em tecnologias<br />

que permitam oferecer uma<br />

plataforma integrada <strong>de</strong> mídias,<br />

por meio <strong>de</strong> wifi, touch-screen<br />

e realida<strong>de</strong> aumentada. Um<br />

exemplo do que po<strong>de</strong> ser feito<br />

foi a ação criada pela Pereira &<br />

O’Dell e <strong>de</strong>senvolvida pela Otima<br />

para o confronto entre Vitor<br />

Belfort e Dan Hen<strong>de</strong>rson, no<br />

UFC, em outubro. Com a ajuda<br />

dos fãs, os socos dados nos painéis<br />

da Otima eram convertidos<br />

em emojis e enviados para a timeline<br />

dos lutadores no Twitter:<br />

foram mais <strong>de</strong> 35 mil socos<br />

e 10 mil tweets em <strong>de</strong>z dias.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 31


MíDiA<br />

Novo PROPMARK oferece mais<br />

oportunida<strong>de</strong>s para anunciantes<br />

Com formato tabloi<strong>de</strong> e impressão em papel couché, a publicação<br />

possibilita ações diferenciadas, como sobrecapa, encartes e cintas<br />

Vinícius noVaes<br />

PROPMARK está <strong>de</strong> roupa nova <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />

O <strong>edição</strong> do dia 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Mas, com<br />

essa roupa, surgem também novas perspectivas<br />

comerciais, favorecidas pelo novo<br />

formato e pelo papel couché, que oferece<br />

mais qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrega ao conteúdo<br />

editorial e às mensagens dos anunciantes.<br />

Renato Resston, diretor-comercial da<br />

Editora Referência, que edita o jornal PRO-<br />

PMARK e as revistas Propaganda e Marketing,<br />

afirma que a repercussão do mercado<br />

foi acima das expectativas. “Nesta primeira<br />

<strong>edição</strong> do novo formato, tivemos 34 anunciantes”,<br />

exemplificou ao citar o sucesso<br />

do produto.<br />

A equipe <strong>de</strong> Resston é composta pelos<br />

gerentes Monserrat Mirró e Sergio Ricardo,<br />

pela coor<strong>de</strong>nadora Regina Sumaya e pela<br />

assistente Larissa Queiroz.<br />

Resston falou ainda sobre os elogios que<br />

o mercado publicitário fez à novida<strong>de</strong>. “Nós<br />

fizemos mais <strong>de</strong> 60 apresentações do novo<br />

projeto para o mercado e 100% dos participantes<br />

adoraram e falaram que a gente estava<br />

no caminho certo”, afirmou.<br />

Para ele, a mudança no formato do PRO-<br />

PMARK era algo necessário. “Houve testemunhais<br />

<strong>de</strong> alguns anunciantes que nos<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> fora algumas vezes por conta<br />

da qualida<strong>de</strong> do papel e da impressão”,<br />

<strong>de</strong>stacou o executivo. A escolha do formato,<br />

inclusive, foi acertada, <strong>de</strong> acordo com<br />

Resston. “Agora, o PROPMARK cabe muito<br />

bem na mesa <strong>de</strong> trabalho e na mochila, ao<br />

lado do notebook”, disse.<br />

A mudança no formato, avalia o diretor-<br />

-comercial da Editora Referência, também<br />

vai alcançar um novo público. “Os mais jovens,<br />

que antes não liam o jornal por conta<br />

do formato, certamente passarão a ler”,<br />

apostou.<br />

Segundo ele, o formato antigo não conversava<br />

com os mais jovens. “Nas ações que<br />

a gente fazia <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s, isso<br />

era muito claro: os alunos passavam e pegavam<br />

as revistas Propaganda e Marketing e<br />

não pegavam o jornal, por causa do formato”,<br />

complementou.<br />

Outro ponto <strong>de</strong>stacado por Renato Resston<br />

foi a logística do produto. Antes o PROP-<br />

MARK era impresso na gráfica do jornal O<br />

Alê Oliveira<br />

Equipe comercial (da esq. para dir.): Larissa Queiroz, Sergio Ricardo, Renato Resston, Monserrat Mirró e Regina Sumaya<br />

Estado <strong>de</strong> S.Paulo. Com a mudança, a publicação<br />

passa a ser impressa na própria Referência<br />

Gráfica – o que, na opinião <strong>de</strong> Resston,<br />

possibilita uma série <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

aos anunciantes.<br />

“Por ser impresso, agora, na nossa gráfica,<br />

o novo PROPMARK possibilita novas<br />

ações, como sobrecapa, encartes e cintas,<br />

entre outras tantas oportunida<strong>de</strong>s aos nossos<br />

anunciantes”, revelou.<br />

Para dar início ao novo projeto, a Editora<br />

Referência precisou investir em novo maquinário<br />

para sua gráfica, com a importação<br />

da Alemanha <strong>de</strong> uma impressora offset Hei<strong>de</strong>lberg<br />

Speedmaster.<br />

MUDANÇA<br />

Em maio <strong>de</strong>ste ano, o PROPMARK completou<br />

50 anos <strong>de</strong> existência e, como parte<br />

das comemorações do aniversário, fez<br />

uma <strong>edição</strong> especial que trazia as maiores<br />

inovações das últimas cinco décadas. A celebração<br />

da inovação continua com o novo<br />

projeto gráfico. O trabalho foi assinado pela<br />

Africa, capitaneado pelo copresi<strong>de</strong>nte e<br />

diretor-geral <strong>de</strong> criação da agência, Sergio<br />

Gordilho.<br />

Outras mudanças importantes no jornal<br />

são o logotipo, que agora aparece todo em<br />

caixa alta para ressaltar o peso da marca, a<br />

presença <strong>de</strong> ícones para i<strong>de</strong>ntificar as seções<br />

e a capa com menos texto. Do ponto<br />

<strong>de</strong> vista editorial, o conteúdo acompanha a<br />

mudança gráfica com a implantação <strong>de</strong> novas<br />

seções e a valorização das imagens.<br />

O PROPMARK nasceu como uma coluna<br />

no antigo Diário Popular. Depois <strong>de</strong> 19 anos<br />

sendo publicada no jornal, a Asterisco foi<br />

transformada, então, em Ca<strong>de</strong>rno Propaganda<br />

& Marketing e passou a circular como<br />

suplemento dos jornais Gazeta Esportiva<br />

e Folha da Tar<strong>de</strong>. Com o fim do jornal da<br />

empresa Folha da Manhã, em 1999, o Propaganda<br />

& Marketing <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser ca<strong>de</strong>rno<br />

e passou a ter circulação in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />

Em 2007, nova mudança: o jornal teve sua<br />

marca simplificada e passou a ser chamado<br />

apenas propmark.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 33


mídia<br />

Divulgação<br />

Os sócios-diretores<br />

da EnterPlay Fabio<br />

Vilardo, Jorge Salles<br />

e Fabio Golmia<br />

Conteúdo em um só lugar<br />

Com tecnologia 100% brasileira, EnterPlay dá acesso<br />

a TV aberta e paga, VOD, música, web, apps e jogos<br />

KELLY DORES<br />

Não é Netflix. Não é Apple<br />

TV. Mas é um pouco dos<br />

dois. Está sendo lançado no<br />

mercado brasileiro um serviço<br />

que dá acesso a TV aberta e paga,<br />

ví<strong>de</strong>o sob <strong>de</strong>manda, música,<br />

internet, jogos e aplicativos<br />

numa mesma interface. Trata-<br />

-se da EnterPlay – www.enterplay.com.br<br />

–, plataforma com<br />

tecnologia 100% brasileira que<br />

po<strong>de</strong> ser acessada por computador,<br />

tablet, smartphone,<br />

set-top-box e TV. Acompanha<br />

a novida<strong>de</strong> um set-top-box,<br />

batizado <strong>de</strong> EnterPlay TV, que<br />

funciona como um conversor<br />

digital, com acesso wi-fi, on<strong>de</strong><br />

é possível acessar o conteúdo<br />

por meio <strong>de</strong> qualquer televisor<br />

– incluindo as TVs <strong>de</strong> tubo.<br />

O valor da ‘caixa’ é <strong>de</strong> R$ 899<br />

(mais R$ 179 do teclado). O mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong> negócios é <strong>de</strong> assinatura<br />

mensal. Com planos <strong>de</strong> iP-<br />

TV, a partir <strong>de</strong> R$ 19,90 o usuário<br />

web tem acesso a pacotes<br />

com 15 canais <strong>de</strong> TV em alta<br />

<strong>de</strong>finição. O preço é consi<strong>de</strong>rado<br />

agressivo, sendo que um<br />

dos focos do serviço é atrair a<br />

classe C, que ainda consome<br />

pouco TV paga.<br />

“O nosso foco é a classe C,<br />

que ainda tem uma penetração<br />

baixa na TV por assinatura, <strong>de</strong><br />

34%. Estamos apostando em<br />

preços baixos e em volume<br />

para entrar na classe C”, contou<br />

Jorge Salles, ex-executivo<br />

da Microsoft e COO da Enter-<br />

Play.<br />

Com um discurso <strong>de</strong> que<br />

preten<strong>de</strong> facilitar a experiência<br />

<strong>de</strong> entretenimento digital<br />

do brasileiro, a EnterPlay também<br />

oferece como vantagem a<br />

flexibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o usuário compor<br />

a gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação <strong>de</strong><br />

acordo com a suas preferências<br />

e seu orçamento. É nesse ponto<br />

que o executivo consi<strong>de</strong>ra<br />

que a plataforma possuiu um<br />

viés <strong>de</strong> mídia segmentada para<br />

anunciantes. A propaganda<br />

programática é uma das possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> formato <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />

Na própria gra<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> programação, a EnterPlay<br />

po<strong>de</strong> oferecer espaço para a<br />

inserção <strong>de</strong> marcas, por exemplo.<br />

“Vamos oferecer transparência<br />

para os anunciantes<br />

sobre o perfil dos usuários”,<br />

falou Salles.<br />

Para o lançamento, a nova<br />

plataforma está com uma parceria<br />

com o Grupo Casino, que<br />

abrange o Ponto Frio, o Extra e<br />

a Casas Bahia. Além da venda<br />

por meio das lojas virtuais <strong>de</strong>sses<br />

varejistas, a EnterPlay tem<br />

também um acordo para exi-<br />

bir a sua marca nos sites. Inicialmente,<br />

não haverá campanha<br />

publicitária na mídia para<br />

anunciar a novida<strong>de</strong>. Segundo<br />

Salles, haverá ações nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais.<br />

Nesta fase inicial <strong>de</strong> lançamento,<br />

também haverá um<br />

período <strong>de</strong> <strong>de</strong>gustação. Até o<br />

dia 31 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2016, os<br />

usuários po<strong>de</strong>rão acessar a alguns<br />

conteúdos da EnterPlay,<br />

incluindo canais <strong>de</strong> TV e títulos<br />

<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o sob <strong>de</strong>manda, gratuitamente,<br />

mediante um cadastro<br />

no site. De acordo com<br />

o CTO Fabio Vilardo, a expectativa<br />

<strong>de</strong> vendas para o próximo<br />

ano é <strong>de</strong> 100 mil usuários e <strong>de</strong><br />

1 milhão <strong>de</strong> usuários em três<br />

anos. “Essa é uma expectativa<br />

conservadora”, falou Vilardo,<br />

citando o crescimento <strong>de</strong> ‘concorrentes’<br />

como Netflix. O investimento<br />

não foi <strong>de</strong>clarado.<br />

34 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


mídia<br />

Globo assegura transmissão dos<br />

Jogos Olímpicos por mais 16 anos<br />

Exclusivida<strong>de</strong> não inclui TVs abertas, apenas cabo, mobile e internet<br />

Fotos: Divulgação<br />

As Olimpíadas ren<strong>de</strong>m imagens marcantes para as emissoras <strong>de</strong> TV, como as corridas nos estádios<br />

Os Jogos Olímpicos vão ficar<br />

colados na gra<strong>de</strong> da Re<strong>de</strong><br />

Globo <strong>de</strong> Televisão até 2032.<br />

Porém, a emissora não terá exclusivida<strong>de</strong><br />

na transmissão <strong>de</strong><br />

sinal aberto. A licença para regime<br />

exclusivo envolve <strong>de</strong>vices<br />

móveis, <strong>de</strong>sktops e TVs <strong>de</strong> sinal<br />

fechado.<br />

A emissora já teve direito<br />

integral <strong>de</strong>sse conteúdo, mas<br />

hoje divi<strong>de</strong> com a Re<strong>de</strong> Record,<br />

que assegurou a exclusivida<strong>de</strong><br />

dos Jogos <strong>de</strong> Londres e<br />

os <strong>de</strong> inverno em Vancouver,<br />

no Canadá; e Sochi, na Rússia.<br />

“Estamos muito orgulhosos<br />

<strong>de</strong> ser encarregados <strong>de</strong><br />

transmitir os Jogos Olímpicos,<br />

maior acontecimento esportivo<br />

do mundo, até 2032. Nosso<br />

relacionamento com o COI e<br />

com o movimento olímpico<br />

vem <strong>de</strong> muitos anos e a renovação<br />

<strong>de</strong>ste acordo <strong>de</strong> longo<br />

A renovação do compromisso,<br />

que vai até o ano <strong>de</strong> 2032, foi<br />

assinada por Roberto Irineu<br />

Marinho, principal executivo<br />

das Organizações Globo,<br />

diretamente com Thomas<br />

Bach, presi<strong>de</strong>nte do Comitê<br />

Olímpico Internacional<br />

prazo mostra a crença que o<br />

Grupo Globo tem no país, no<br />

espírito olímpico e no futuro.<br />

Acreditamos que os Jogos<br />

Olímpicos, além <strong>de</strong> um<br />

evento esportivo, são o maior<br />

exemplo mundial <strong>de</strong> inspiração<br />

e superação <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios.<br />

Trazer os valores olímpicos<br />

para os brasileiros em diferentes<br />

plataformas é um <strong>de</strong>safio<br />

que o Grupo Globo está<br />

orgulhoso em assumir. Por<br />

meio da Agenda Olímpica <strong>de</strong><br />

2020, o COI estabeleceu uma<br />

visão estratégica clara para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do esporte<br />

e para a promoção dos valores<br />

olímpicos no mundo todo.<br />

Temos toda a confiança no futuro<br />

brilhante do movimento<br />

olímpico”, <strong>de</strong>stacou Roberto<br />

Irineu Marinho, presi<strong>de</strong>mte<br />

do Grupo Globo.<br />

“Além <strong>de</strong> transmitir os Jogos<br />

Olímpicos até 2032, a Globo<br />

se comprometeu em promover,<br />

durante todo o ano,<br />

o esporte e os valores olímpicos,<br />

o que contribuirá para<br />

assegurar um legado positivo<br />

a longo prazo dos Jogos Olímpicos<br />

do próximo ano”, ressaltou<br />

o presi<strong>de</strong>nte do COI, Thomas<br />

Bach.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 35


prêmios<br />

Africa é a Agência do Ano na Archive<br />

Empresa ficou à frente da BBDO <strong>de</strong> Nova York e da londrina AMV BBDO<br />

claudia PeNteado<br />

Africa é a Agência do Ano<br />

A em <strong>2015</strong> na prestigiada revista<br />

<strong>de</strong> propaganda Lürzer’s<br />

Archive. A agência emplacou 22<br />

campanhas na publicação durante<br />

este ano, ficando à frente<br />

das agências BBDO <strong>de</strong> Nova<br />

York e as londrinas AMV BBDO<br />

e adam&eveDDB.<br />

Sergio Gordilho, copresi<strong>de</strong>nte<br />

e CCO da agência, ficou em primeiro<br />

lugar no ranking dos diretores<br />

<strong>de</strong> criação mais reconhecidos<br />

<strong>de</strong>ntro da publicação. Logo<br />

atrás <strong>de</strong>le vêm David Lubars<br />

(chairman e CCO da BBDO North<br />

America), Greg Hahn (CCO da<br />

BBDO NY) e Rafael Pitanguy, vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> criação da Africa.<br />

“Consi<strong>de</strong>rando que entre as<br />

quatro primeiras estão algumas<br />

das agências mais conceituadas<br />

do mundo, dá para ter uma i<strong>de</strong>ia<br />

do orgulho que dá ter a Africa<br />

li<strong>de</strong>rando esse ranking”, disse<br />

Pitanguy.<br />

O diretor <strong>de</strong> criação associado<br />

Bernardo Romero <strong>de</strong>stacou-se<br />

na lista global como o diretor <strong>de</strong><br />

arte com mais peças publicadas<br />

nas edições da revista ao longo<br />

<strong>de</strong>ste ano, totalizando nove<br />

campanhas. Este foi um ano importante<br />

para a agência e para<br />

seus profissionais. Gordilho,<br />

além <strong>de</strong> ter entrado para o Hall<br />

da Fama do Marketing Nacional,<br />

por meio da Abramark (Aca<strong>de</strong>mia<br />

Brasileira <strong>de</strong> Marketing),<br />

foi selecionado como um dos 20<br />

publicitários mais influentes do<br />

Brasil pela revista GQ.<br />

Do Cannes Lions, a Africa<br />

trouxe para casa 13 Leões e ficou<br />

entre as agências brasileiras<br />

mais premiadas. Foi pelo sétimo<br />

ano consecutivo a agência mais<br />

admirada do país pela Carta-<br />

Capital, e foi a Agência do Ano<br />

Lusófona <strong>de</strong> Propaganda, além<br />

<strong>de</strong> Agência do Ano brasileira <strong>de</strong><br />

propaganda no Festival Anual <strong>de</strong><br />

Lusos <strong>de</strong> Lisboa, os Prêmios Lusófonos<br />

<strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong>.<br />

Também teve <strong>de</strong>staque nos<br />

festivais D&AD; One Show; Clio<br />

Awards; Prêmio Abril <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>;<br />

Profissionais do Ano, da<br />

Re<strong>de</strong> Globo; Clube <strong>de</strong> Criação e<br />

El Ojo <strong>de</strong> Iberoamerica. A agência<br />

foi apontada como número<br />

um em investimento digital no<br />

Brasil, <strong>de</strong> acordo com o Ibope.<br />

Entre as conquistas <strong>de</strong> contas<br />

estão Dr. Oetker, Cyrela, 99Taxis,<br />

ANJ e Bacardi.<br />

Para Gordilho, a Archive é a<br />

referência mundial e um artigo<br />

presente em 100 <strong>de</strong> cada 100<br />

mesas dos principais criativos<br />

do mundo. “Ser Agência do Ano,<br />

ser o diretor <strong>de</strong> criação número<br />

1 e termos o diretor <strong>de</strong> arte também<br />

número 1 à frente <strong>de</strong> agências<br />

como a adam&eve, BBDO<br />

NY e outros criativos que tanto<br />

admiramos é um fato que nos<br />

<strong>de</strong>ixa muito orgulhosos e coroa<br />

o gran<strong>de</strong> ano que tivemos. Vai<br />

faltar Brahma e Bud para comemorar”.<br />

Entre as campanhas publicadas<br />

na Archive este ano estão<br />

Stop Guessing, a campanha que<br />

divulgou o novo Outlan<strong>de</strong>r, da<br />

Mitsubishi, com câmera traseira;<br />

os anúncios Western e Ninja, para<br />

o Festival <strong>de</strong> Cinema Judaico,<br />

sendo que Ninja quase foi capa<br />

da publicação, e o projeto Ticket<br />

Books, para a L&PM Pocket, criado<br />

par estimular a leitura e comemorar<br />

o Dia do Livro, distribuindo<br />

1.500 livros a passageiros do<br />

metrô. Desses, 300 traziam uma<br />

surpresa: funcionavam como bilhetes<br />

<strong>de</strong> metrô, pois possuíam<br />

integrados às suas capas um chip<br />

com tecnologia equivalente à do<br />

Bilhete Único, o que os tornava<br />

inclusive recarregáveis.<br />

CurAdoriA <strong>de</strong> inspirAção<br />

A revista bimensal Archive foi<br />

criada em Frankfurt, na Alemanha,<br />

por um redator publicitário<br />

que sentia falta <strong>de</strong> uma publicação<br />

que apontasse as melhores<br />

campanhas publicitárias do<br />

mundo. Walter Lürzer, cofundador<br />

da TBWA Frankfurt, acabou<br />

criando um gran<strong>de</strong> negócio: a<br />

revista hoje tem mais 150 mil leitores<br />

e conquistou prestígio no<br />

mundo inteiro. A se<strong>de</strong> da empresa<br />

foi transferida para Viena, na<br />

Áustria, em 2008. Lürzer faleceu<br />

em 2011 e quem assumiu o seu<br />

lugar como publisher e editor foi<br />

Michael Weinzettl. Des<strong>de</strong> 2004,<br />

a Archive publica rankings com<br />

os melhores trabalhos em <strong>de</strong>sign<br />

e publicida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>fine seu papel<br />

como uma curadoria <strong>de</strong> inspiração.<br />

Hoje publica a revista em<br />

papel e a disponibiliza no site<br />

e em aplicativos para iPhone e<br />

iPad.<br />

Bernardo Romero e Sergio Gordilho, que são <strong>de</strong>staques na revista<br />

Fotos: Divulgação<br />

Stop Guessing, criada<br />

para o Outlan<strong>de</strong>r,<br />

da Mitsubishi, uma<br />

das campanhas da<br />

Africa na Archive<br />

<strong>de</strong>ste ano; e o anúncio<br />

Ninja, feito para o<br />

Festival <strong>de</strong> Cinema<br />

Judaico, que quase<br />

foi capa da<br />

publicação<br />

36 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


eyond the line<br />

Edosn Rosa<br />

Momento<br />

<strong>de</strong> união<br />

Precisamos nos <strong>de</strong>scolar<br />

do baixo-astral e criar<br />

mecanismos para sobreviver<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

Na semana passada, a Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração<br />

Nacional das Agências <strong>de</strong> Propaganda)<br />

reuniu os Sinapros (Sindicatos das<br />

Agências <strong>de</strong> Propaganda) para seu último<br />

encontro do ano. Foi a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

repassar as principais ativida<strong>de</strong>s do ano e<br />

pensar no futuro. Tudo focado nas agências<br />

<strong>de</strong> propaganda, que são a razão da existência<br />

<strong>de</strong>ssas instituições. Os <strong>de</strong>staques do<br />

encontro foram as apresentações <strong>de</strong> resultados<br />

da primeira pesquisa nacional <strong>de</strong><br />

perfil das agências <strong>de</strong> propaganda (realizada<br />

em <strong>14</strong> mercados) e do Design Thinking<br />

Propaganda, processo <strong>de</strong> brainstorming<br />

realizado em quatro sessões regionais, em<br />

São Paulo, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Norte/Nor<strong>de</strong>ste e<br />

Minas Gerais. O resultado <strong>de</strong>sses estudos<br />

teve ampla cobertura <strong>de</strong>ste jornal e não<br />

<strong>de</strong>scerei a <strong>de</strong>talhes.<br />

O que eu gostaria <strong>de</strong> enfatizar é o po<strong>de</strong>r<br />

– muitas vezes subestimado – da união das<br />

pessoas em torno <strong>de</strong> objetivos comuns. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

do resultado do Design<br />

Thinking Propaganda, o simples fato <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> publicitários <strong>de</strong>dicarem um dia<br />

e meio exclusivamente para uma reflexão<br />

conjunta sobre seus problemas comuns e<br />

tentarem chegar juntos a conclusões que os<br />

aju<strong>de</strong>m a perseguir a sustentabilida<strong>de</strong> dos<br />

seus negócios foi algo elogiado por todos.<br />

Parece incrível, mas todos foram enfáticos<br />

em afirmar que a categoria, embora seja caracterizada<br />

pela criativida<strong>de</strong> e a comunicação,<br />

se reúne pouco.<br />

E nunca foi tão importante a união, a<br />

colaboração e o compartilhamento <strong>de</strong> anseios<br />

e preocupações. Perante um quadro<br />

macroeconômico e político para lá <strong>de</strong> complicado,<br />

mais do que nunca, o momento<br />

é <strong>de</strong> união. União <strong>de</strong> esforços, <strong>de</strong> luta por<br />

propósitos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da categoria.<br />

Até cinco meses atrás, eu era presi<strong>de</strong>nte<br />

do capítulo brasileiro <strong>de</strong> uma associação<br />

internacional, a MPI (Meeting Professionals<br />

International), e o mote da instituição<br />

é “When we meet, we change the world”.<br />

Nada mais verda<strong>de</strong>iro: quando nos reunimos,<br />

nós mudamos o mundo. E nós nos esquecemos<br />

disso. O dia a dia nos consome e<br />

nos exige em tempo integral e o momento<br />

<strong>de</strong> reflexão parece “perfumaria”. Ledo engano!<br />

A pausa para reflexão, principalmente<br />

em conjunto, é riquíssima e gera resultados<br />

sensíveis.<br />

Numa <strong>de</strong>ssas reuniões, feita numa agência<br />

tocada com competência por um dos<br />

ícones da propaganda brasileira – vá lá,<br />

vamos dar os nomes: refiro-me à Full Jazz,<br />

<strong>de</strong> Christina Carvalho Pinto –, todos ouvimos<br />

uma música que ecoa pela agência e<br />

somos convidados a ficar em silêncio por<br />

um minuto. Isso acontece toda hora. Você<br />

po<strong>de</strong>rá pensar que é apenas uma jogada <strong>de</strong><br />

diferenciação. Não é não! Quem conhece a<br />

Christina sabe dos seus hábitos autênticos.<br />

Pois é... esse é apenas um exemplo para<br />

enfatizar a importância dos momentos <strong>de</strong><br />

reflexão e, principalmente, <strong>de</strong> união.<br />

Precisamos, mais do que nunca, nos<br />

<strong>de</strong>scolar do baixo-astral que assola o país<br />

e criar mecanismos para sobreviver e sairmos<br />

mais fortes <strong>de</strong>pois que a tormenta passar.<br />

E ela vai passar. Elas sempre passam.<br />

Este artigo, portanto, é uma convocação<br />

geral. Por coincidência, hoje, eu faço parte<br />

<strong>de</strong> uma instituição <strong>de</strong>dicada a uma categoria,<br />

mas, se eu fosse você, eu encarava os<br />

encontros com os seus pares como uma<br />

ativida<strong>de</strong> estratégica, vital para seus negócios.<br />

Se ainda não participa <strong>de</strong> um grupo,<br />

junte-se a um ou forme um novo. Veja as<br />

associações e as instituições representativas<br />

<strong>de</strong> um segmento como catalizadoras <strong>de</strong><br />

um processo <strong>de</strong> união. Não tente resolver<br />

tudo sozinho. Estamos em plena era da colaboração.<br />

E isso não é só falácia. Acredite<br />

nisso! Você vai se surpreen<strong>de</strong>r. Puxando a<br />

brasa para a nossa sardinha, se você toca<br />

uma agência, procure se engajar nas ações<br />

do Sinapro, da Fenapro, das associações<br />

que gravitam em torno da nossa ativida<strong>de</strong>.<br />

“Roubando” o slogan da MPI: quando a<br />

gente se reúne, a gente muda o mundo!<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 37


marcas<br />

Plenitud <strong>de</strong>smistifica<br />

uso <strong>de</strong> fraldas geriátricas<br />

Webfilme criado pela VML mostra que pessoas com<br />

incontinência po<strong>de</strong>m ter sonhos na terceira ida<strong>de</strong><br />

PAULO MACEDO<br />

incontinência urinária é<br />

A um mal que incomoda.<br />

Uma série <strong>de</strong> estereótipos são<br />

criados para quem necessita<br />

<strong>de</strong> cuidados especiais na ida<strong>de</strong><br />

geriátrica. Mas isso não significa<br />

abdicar da vida. A linha <strong>de</strong><br />

fraldas e roupas íntimas <strong>de</strong>scartáveis<br />

Plenitud (fraldas, calcinhas<br />

e cuecas), da Kimberly-<br />

-Clark, como <strong>de</strong>staca a gerente<br />

<strong>de</strong> marketing Carolina Gormezano,<br />

é um acessório capaz <strong>de</strong><br />

empo<strong>de</strong>rar esse público com<br />

o objetivo <strong>de</strong> levantar uma reflexão<br />

positiva sobre a maturida<strong>de</strong>.<br />

Sob o conceito “Vonta<strong>de</strong><br />

plena”, a marca investe em um<br />

reposicionamento estratégico<br />

que enfatiza sua intenção <strong>de</strong><br />

estar sintonizada com a população<br />

que está envelhecendo<br />

com incentivo à busca da liberda<strong>de</strong><br />

e realização <strong>de</strong> sonhos.<br />

A ação <strong>de</strong>senvolvida pela VML<br />

não contempla ida<strong>de</strong>. A vida<br />

po<strong>de</strong> começar aos 50 anos ou na<br />

hora que um problema <strong>de</strong>sses é<br />

i<strong>de</strong>ntificado. O tom do webfilme,<br />

que começou a ser exibido<br />

nos canais digitais no dia 4 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro, tem como pano <strong>de</strong><br />

fundo histórias reais capazes<br />

<strong>de</strong> conectar, engajar e motivar o<br />

público-alvo. Nicéia é uma cozinheira<br />

que ven<strong>de</strong>u seu acor<strong>de</strong>ão<br />

para comprar o enxoval do seu<br />

casamento. Quarenta anos <strong>de</strong>pois,<br />

o sonho <strong>de</strong> <strong>de</strong>dilhar as teclas<br />

e botões do instrumento foi<br />

realizado, com direito a integrar a<br />

Orquestra Sinfônica no concerto<br />

“Casa <strong>de</strong> Francisca”.<br />

“A linha Plenitud vem mudando<br />

a forma <strong>de</strong> lidar com o consumidor<br />

e preten<strong>de</strong>mos, com esta<br />

campanha, incentivar a quebra<br />

<strong>de</strong> preconceitos ou receios em<br />

relação a essa etapa da vida”,<br />

diz Carolina. “Construímos uma<br />

ação inteiramente baseada em<br />

pessoas reais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o conteúdo<br />

dos posts até o filme publicitário.<br />

Queremos revolucionar a forma<br />

<strong>de</strong> atingir um público que as marcas<br />

ainda possuem dificulda<strong>de</strong><br />

para representar”, completa.<br />

Fotos: Divulgação<br />

Marca<br />

incentiva<br />

busca da<br />

liberda<strong>de</strong> e<br />

realização<br />

<strong>de</strong> sonhos<br />

“Incentivar quebra<br />

<strong>de</strong> preconceitos<br />

em relação a<br />

essa etapa da<br />

vida”, diz Carolina<br />

Gormezano, da<br />

Kimberly-Clark<br />

Os posts a que Carolina se<br />

refere, fazem parte da primeira<br />

fase da campanha que estimulava<br />

clientes a visitar a ‘landing<br />

page’ do projeto. “Foram mais<br />

<strong>de</strong> 300 postagens e mais <strong>de</strong> mil<br />

comentários. Pessoas com mais<br />

<strong>de</strong> 60 anos comentavam realizações<br />

quase inimagináveis para<br />

pessoas <strong>de</strong> 30. Muita gente está<br />

abrindo um negócio novo, fazendo<br />

viagens e ativida<strong>de</strong>s físicas.<br />

Saímos do estereótipo negativo<br />

e optamos pela alegria. Uma<br />

pesquisa realizada em vários<br />

países, pedindo para pessoas<br />

Niceia voltou a tocar<br />

acor<strong>de</strong>ão 40 anos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

ter vendido seu instrumento<br />

para comprar enxoval <strong>de</strong><br />

casamento, uma história <strong>de</strong><br />

superação que comprova<br />

que a vida também começa<br />

aos 50 anos<br />

com mais <strong>de</strong> 50 anos uma resposta<br />

sobre como elas se veem,<br />

mostra que o brasileiro é o povo<br />

mais alegre e com o pensamento<br />

mais jovial. Plenitud trouxe<br />

essa imagem mais rejuvenescida”,<br />

<strong>de</strong>talha Carolina lembrando<br />

que, dos usuários dos produtos,<br />

a maioria é ca<strong>de</strong>irante e necessita<br />

<strong>de</strong> atendimento sistemático.<br />

“Mas outros têm mobilida<strong>de</strong> e,<br />

com cuecas e calcinhas higiênicas<br />

que substituem a fralda, ganham<br />

maior autoestima”, diz a<br />

executiva.<br />

A marca computou dados do<br />

IBGE (Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia<br />

e Estatística), mostrando<br />

que “a expectativa <strong>de</strong> vida da população<br />

brasileira subiu para 75,2<br />

anos em 20<strong>14</strong>. A estimativa é <strong>de</strong><br />

que, em 2040, aproximadamente<br />

54 milhões <strong>de</strong> brasileiros (23%<br />

da população) terão 60 anos ou<br />

mais. Este crescimento coinci<strong>de</strong><br />

com uma mudança do próprio<br />

conceito <strong>de</strong> envelhecimento, <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>de</strong> ser associado a <strong>de</strong>pendência,<br />

solidão ou fragilida<strong>de</strong>, e<br />

sim a uma etapa da vida com novos<br />

<strong>de</strong>safios”. Carolina finaliza:<br />

“Apren<strong>de</strong>mos que o mais simples<br />

era o que mais emocionava”.<br />

38 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


marcas<br />

Honda investe na área<br />

<strong>de</strong> aviação executiva<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> entrada tem valor<br />

<strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> US$ 4,5<br />

milhões. Plano é expandir<br />

a operação comercial aos<br />

países da América Latina para<br />

aproveitar a capilarida<strong>de</strong> da<br />

lí<strong>de</strong>r na região<br />

Campanha da F/Nazca posiciona empresa<br />

que tem tradição em automóveis<br />

PAULO MACEDO<br />

Com representação comercial<br />

da Lí<strong>de</strong>r Aviação, tradicional<br />

player do segmento <strong>de</strong><br />

fretamento aéreo, a Honda Aircraft<br />

Company chega ao país<br />

para disputar uma fatia <strong>de</strong> um<br />

mercado que funciona como<br />

um dos termômetros da economia,<br />

o da aviação executiva.<br />

Se a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> voos empresariais<br />

cresce, significa que<br />

o volume <strong>de</strong> negócios está em<br />

expansão ou pelo menos que<br />

a prospecção está em alta. Estimativas<br />

da Abag (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Aviação Geral)<br />

dão conta que “80% das viagens<br />

<strong>de</strong> aviões executivos refletem<br />

a ativida<strong>de</strong> dos empresários”.<br />

O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> entrada é o<br />

HondaJet, apresentado na feira<br />

Labace (Latin American Business<br />

Aviation & Conference),<br />

realizada há três meses,<br />

em São Paulo, cujo valor é <strong>de</strong><br />

US$ 4,5 milhões. Após ações<br />

<strong>de</strong>stinadas ao tra<strong>de</strong>, a F/Nazca<br />

Saatchi & Saatchi começou<br />

a veicular, em revistas como<br />

a Veja, um anúncio <strong>de</strong> página<br />

dupla com o título “HondaJet.<br />

O jato executivo da Honda,<br />

agora no Brasil”. O bólido tem<br />

capacida<strong>de</strong> para seis passageiros,<br />

voa a <strong>14</strong> mil metros <strong>de</strong><br />

altitu<strong>de</strong> e com velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

778 km.<br />

“O segmento <strong>de</strong> aviação em<br />

geral tem obtido<br />

crescimento expressivo<br />

no Brasil.<br />

O país é o segundo<br />

maior mercado<br />

mundial para vendas<br />

<strong>de</strong> jatos executivos<br />

novos”, explicou<br />

o presi<strong>de</strong>nte e<br />

CEO da Honda Aircraft,<br />

Michimasa<br />

Fujino. “Expandir<br />

as vendas para este<br />

“O país é O<br />

segundO<br />

maiOr<br />

mercadO<br />

para vendas<br />

<strong>de</strong> jatOs<br />

executivOs<br />

nOvOs”<br />

importante mercado é parte<br />

da nossa estratégia global <strong>de</strong><br />

vendas para o HondaJet”. Fujino<br />

disse ainda que o Brasil é<br />

a porta <strong>de</strong> entrada da marca<br />

na América Latina. A i<strong>de</strong>ia é<br />

aproveitar a capilarida<strong>de</strong> da<br />

Lí<strong>de</strong>r, que atua em 11 países<br />

da América do Norte, na Europa<br />

e na América Latina.<br />

O executivo acrescenta:<br />

“Estamos animados em lançar<br />

o HondaJet no Brasil, em<br />

parceria com<br />

uma empresa<br />

que compartilha da<br />

nossa paixão em<br />

criar um novo e superior<br />

padrão para<br />

os clientes da aviação<br />

executiva. A<br />

Lí<strong>de</strong>r tem <strong>de</strong>monstrado<br />

li<strong>de</strong>rança no<br />

segmento <strong>de</strong> aviação<br />

e suas bases<br />

operacionais estabelecidas<br />

fazem<br />

<strong>de</strong>la um parceiro<br />

capacitado para entregar serviços<br />

<strong>de</strong> excelência aos clientes”.<br />

Eduardo Vaz, principal<br />

executivo da Lí<strong>de</strong>r Aviação,<br />

completa: “A Lí<strong>de</strong>r e a Honda<br />

Aircraft são uma combinação<br />

natural. O HondaJet incorpora<br />

tecnologias avançadas e é<br />

o jato executivo i<strong>de</strong>al para o<br />

mercado brasileiro. Com os<br />

serviços da Lí<strong>de</strong>r, os proprietários<br />

do HondaJet terão uma<br />

experiência excepcional em<br />

atendimento a clientes <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o primeiro dia <strong>de</strong> relacionamento.<br />

Estamos entusiasmados<br />

para representar o jato<br />

executivo mais avançado do<br />

mundo no Brasil”, prosseguiu.<br />

Dados da Abag posicionam<br />

o Brasil como a segunda maior<br />

frota do mundo <strong>de</strong> aviação geral,<br />

atrás dos Estados Unidos,<br />

tendo um parque com mais <strong>de</strong><br />

15 mil aeronaves, conjunto avaliado<br />

em US$ 12,7 bilhões.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 39


MARCAS<br />

Inspirado no estilo <strong>de</strong> vida japonês,<br />

Hirota faz ações voltadas à saú<strong>de</strong><br />

Estratégia <strong>de</strong> relacionamento é realizada nas lojas da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

supermercados durante <strong>de</strong>zembro com objetivo <strong>de</strong> combater a obesida<strong>de</strong><br />

AnA PAulA Jung<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> supermercados<br />

A <strong>de</strong> origem japonesa Hirota,<br />

que conta com 15 lojas<br />

na Gran<strong>de</strong> São Paulo, está realizando<br />

mais um capítulo<br />

da ação voltada para saú<strong>de</strong> e<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Depois <strong>de</strong><br />

fazer eventos para combater<br />

osteoporose e diabetes, o novo<br />

foco da re<strong>de</strong> é contra a obesida<strong>de</strong>,<br />

com a promoção <strong>de</strong><br />

orientações <strong>de</strong> profissionais<br />

<strong>de</strong> nutrição.<br />

A marca Hirota, segundo a<br />

gerente <strong>de</strong> marketing Eugênia<br />

Fonseca, está associada<br />

ao conceito <strong>de</strong> alimentação<br />

saudável e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. “Estamos<br />

dando sequência à ação<br />

iniciada em outubro. A i<strong>de</strong>ia<br />

é fazer com que os brasileiros<br />

vivam mais e com melhor qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vida. No Japão, quase<br />

não há pessoas obesas. Os<br />

orientais têm outro estilo <strong>de</strong><br />

vida, com meditação, alimentação<br />

balanceada e prática <strong>de</strong><br />

exercícios. Queremos trazer<br />

este conceito <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida e saú<strong>de</strong> para o ponto <strong>de</strong><br />

venda”, explicou Eugênia.<br />

A cada R$ 50 <strong>de</strong> compras, o<br />

consumidor tem direito a realizar<br />

o teste <strong>de</strong> bioimpedância<br />

para conhecer melhor seu<br />

corpo e cuidar mais da saú<strong>de</strong>.<br />

O exame, que custa mais <strong>de</strong><br />

R$ 200 em clínicas especializadas,<br />

faz uma avaliação da<br />

composição corporal, mostrando<br />

a porcentagem <strong>de</strong> gordura,<br />

água e músculo do organismo<br />

e o funcionamento do<br />

metabolismo. Profissionais <strong>de</strong><br />

nutrição tiram dúvidas sobre<br />

alimentação e distribuem cartilhas,<br />

mostrando como uma<br />

dieta equilibrada e ativida<strong>de</strong><br />

física contribuem na prevenção<br />

da doença e na melhora da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

De acordo com a nutricionista<br />

da re<strong>de</strong> Hirota, Adriana<br />

Miyuki Koizumi, o teste ajuda<br />

na conscientização da importância<br />

da boa nutrição e da ativida<strong>de</strong><br />

física para a saú<strong>de</strong>.<br />

A ação <strong>de</strong> relacionamento<br />

faz parte do Projeto Muito Mais<br />

Vida Hirota, que tem a missão<br />

<strong>de</strong> propagar os bons hábitos<br />

da cultura oriental por meio <strong>de</strong><br />

dicas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, gastronomia<br />

saudável, exercícios<br />

Eugênia Fonseca: “No Japão, quase não há pessoas obesas. Os orientais têm outro<br />

estilo <strong>de</strong> vida, com meditação, alimentação balanceada e prática <strong>de</strong> exercícios”<br />

físicos e lazer, entre outros temas.<br />

Criada pela Target Estratégia<br />

em Comunicação, a ação <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> com cunho educativo foi<br />

realizada pela primeira vez em<br />

outubro, com dicas sobre a prevenção<br />

da osteoporose, e em<br />

novembro, contra o diabetes.<br />

“O público tem se mostrado<br />

muito interessado. Tem tido<br />

fila para fazer o teste e ouvir as<br />

dicas da nutricionista. A procura<br />

foi tão gran<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> nos<br />

Alê Oliveira<br />

primeiros dias que resolvemos<br />

ampliar a ação durante uma semana<br />

por loja, em vez <strong>de</strong> apenas<br />

uns dias”, conta Eugênia.<br />

Paralelamente, a re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

supermercados Hirota lança a<br />

campanha Natal com tudo. Até o<br />

dia 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro cada R$ 50<br />

em compras, no mesmo tíquete,<br />

po<strong>de</strong> ser trocado por um cupom<br />

que dá direito a concorrer a um<br />

kit com pratos prontos para a<br />

ceia <strong>de</strong> Natal, no valor <strong>de</strong> R$ 770.<br />

Dow e DuPont<br />

negociam fusão<br />

Juntas, as duas empresas norte-americanas<br />

formariam a segunda maior companhia química<br />

do mundo, atrás apenas da alemã Basf<br />

Duas das maiores e mais antigas<br />

companhias norte-<br />

-americanas da indústria química,<br />

a Dow Chemical e a Du-<br />

Pont, estão em conversas avançadas<br />

para negociar uma fusão.<br />

A informação circulou no mercado,<br />

na semana passada.<br />

Se concretizado, o negócio<br />

entre as empresas será uma das<br />

maiores transações neste ano<br />

que já teve várias gran<strong>de</strong>s uniões,<br />

como a recente compra da<br />

Sab Miller pela AB Inbev, que<br />

une as duas maiores cervejarias<br />

do mundo.<br />

Tanto a Dow Chemical quanto<br />

a DuPont estão avaliadas em<br />

valores <strong>de</strong> mercado próximos a<br />

US$ 60 bilhões cada uma. Juntas,<br />

as duas companhias formariam<br />

a segunda maior empresa<br />

química do mundo, atrás<br />

apenas da alemã Basf.<br />

A previsão é que, caso a fusão<br />

seja realizada, a empresa<br />

seja fragmentada em três gran<strong>de</strong>s<br />

áreas: química agrícola,<br />

produtos especiais e materiais,<br />

em que entram produtos como<br />

o plástico, por exemplo.<br />

Procurada pelo PROPMARK,<br />

a DuPont informou que “a política<br />

da empresa não permite<br />

comentar sobre especulações<br />

<strong>de</strong> mercado”. Por e-mail, a Dow<br />

Chemical também afirmou que<br />

“não comenta sobre rumores<br />

ou especulações, conforme a<br />

política da empresa”.<br />

40 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


MARCAS<br />

Natura elege Africa para coor<strong>de</strong>nar<br />

comunicação da área institucional<br />

Anunciante, cuja verba é <strong>de</strong> R$ 150 milhões, mantém produtos na DPZ&T<br />

Paulo Macedo<br />

Africa reforçou seu portfólio <strong>de</strong> negócios<br />

na semana passada com a conquis-<br />

A<br />

ta da conta institucional da Natura, que estava<br />

concentrada na DPZ&T - uma herança<br />

da antiga Taterka, que teve sua operação<br />

fundida este ano com a DPZ por <strong>de</strong>cisão<br />

do Publicis Groupe. O orçamento anual <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> da companhia <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> beleza<br />

é estimado por fontes do mercado em<br />

R$ 150 milhões. Não houve processo <strong>de</strong> concorrência<br />

para a tomada da <strong>de</strong>cisão.<br />

A DPZ&T continua aten<strong>de</strong>ndo à família<br />

<strong>de</strong> marcas da Natura, inclusive à linha SOU,<br />

que teve seu lançamento coor<strong>de</strong>nado pela<br />

Peralta. Aliás, a movimentação em torno <strong>de</strong><br />

a Africa ingressar no atendimento à Natura<br />

teve início com a suposta conquista da SOU,<br />

que estaria em processo <strong>de</strong> mudança para a<br />

Africa Zero.<br />

“Estou emocionado <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r trabalhar<br />

com essa marca sagrada e essa empresa que<br />

o Brasil tanto admira e ama”, celebra Nizan<br />

Guanaes, sócio e fundador do Grupo ABC,<br />

que abriga a Africa e foi recentemente negociado<br />

para a holding americana Omnicom.<br />

Responsável por alguns produtos da<br />

Procter & Gamble, como Head & Shoul<strong>de</strong>rs,<br />

a Africa não precisou abrir mão do<br />

cliente <strong>de</strong>vido a um provável conflito com<br />

a Natura. Como a agência não vai aten<strong>de</strong>r<br />

produtos, mas apenas a comunicação institucional,<br />

houve consenso sobre o relacionamento<br />

comercial com as marcas.<br />

Em comunicado oficial divulgado na semana<br />

passada, a Natura informou que a <strong>de</strong>cisão<br />

é resultado da conclusão do seu processo<br />

interno <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> ações <strong>de</strong><br />

comunicação para a temporada <strong>de</strong> 2016 e<br />

<strong>de</strong>cidiu adotar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atendimento<br />

com duas agências.<br />

“A conta, hoje atendida integralmente<br />

pela DPZ&T, terá as campanhas institucionais<br />

a cargo da Africa. A DPZ&T, que faz<br />

um trabalho consistente há oito anos para<br />

a Natura, continua responsável por todas as<br />

marcas da companhia”.<br />

A empresa disputa a li<strong>de</strong>rança do mercado<br />

nacional <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> higiene pessoal,<br />

perfumaria e cosméticos. A Natura trabalha<br />

com cerca <strong>de</strong> 1,4 milhão <strong>de</strong> reven<strong>de</strong>doras<br />

que comercializam os seus produtos no<br />

país. Pelo seu relatório <strong>de</strong> 20<strong>14</strong>, está listada<br />

como sendo a 6ª maior empresa global <strong>de</strong><br />

venda direta, segundo o ranking da revista<br />

Direct Selling News. No exterior, a empresa<br />

tem 400 mil reven<strong>de</strong>doras em países da<br />

América Latina, Europa, Oceania e América<br />

do Norte.<br />

Cena <strong>de</strong> campanha da<br />

DPZ&T para Natura, que tem<br />

1,4 milhão <strong>de</strong> reven<strong>de</strong>doras<br />

porta a porta no Brasil<br />

Divulgação<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 41


AgênciAs<br />

Link tem expertise no setor público<br />

Empresa, que completa 25 anos, também contempla marketing político<br />

Divulgação<br />

Barbosa: “Provamos que é possível ter o mesmo padrão da propaganda brasileira da iniciativa privada”<br />

AnA PAulA Jung<br />

Link Comunicação se especializou principalmente<br />

no marketing político e no<br />

A<br />

atendimento ao setor público. Com atuação<br />

nacional e internacional, a agência, que<br />

surgiu há 25 anos, exatamente no dia 13 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>zembro, em Salvador, acumulou cases como<br />

o marketing político do PSB <strong>de</strong> Eduardo<br />

Campos e do governo <strong>de</strong> Pernambuco, além<br />

da comunicação do Ministério da Educação,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gestão <strong>de</strong> Fernando Haddad.<br />

A operação se expandiu e buscou um<br />

foco. “O nosso negócio é imagem. O setor<br />

público é tão importante quanto o setor privado.<br />

Provamos que é possível ter o mesmo<br />

padrão da propaganda brasileira da iniciativa<br />

privada, que sempre fez muito sucesso e<br />

é tão premiada. Eu penso que nós conseguimos”,<br />

afirma Edson Barbosa, sócio-presi<strong>de</strong>nte<br />

da agência.<br />

Atualmente a Link aten<strong>de</strong> Correios; Ministério<br />

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;<br />

Ministério da Integração Nacional;<br />

Ministério dos Transportes; Governo do Estado<br />

<strong>de</strong> Pernambuco e Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Medicina. “Nós concorremos com gigantes,<br />

mas temos uma atitu<strong>de</strong> low profile e singular”,<br />

conta Barbosa.<br />

A Link não aceita todos os clientes que a<br />

procuram. De acordo com Barbosa, é preciso<br />

ter afinida<strong>de</strong>. “Não fazemos por dinheiro.<br />

Fazemos por acreditar. Precisa ter relevância,<br />

qualida<strong>de</strong> pública, compromisso”, fala<br />

Edson. “O nosso objetivo é fazer algo que<br />

transforme. Só é possível fazer isso com envolvimento<br />

profundo”, explica.<br />

Para dar certo, Edson afirma que é preciso<br />

um conhecimento aprofundado dos temas<br />

tratados. “Somos uma agência com característica<br />

muito forte em administrar crise <strong>de</strong><br />

imagem e em cuidar <strong>de</strong> toda essa complexida<strong>de</strong><br />

da opinião pública”, fala. Em 2005, por<br />

exemplo, quando o PT sofreu uma crise que<br />

acabou virando a CPI dos Correios, a Link<br />

que fez todo o gerenciamento. No ano seguinte,<br />

também fez a pré-campanha do PT<br />

para o candidato Lula.<br />

Barbosa classifica o atual momento político<br />

do país como “muito confuso e nebuloso”<br />

para todos. “Mesmo os setores mais<br />

esclarecidos têm uma dificulda<strong>de</strong> enorme<br />

para compreen<strong>de</strong>r a conjuntura. De modo<br />

geral, as pesquisas apontam uma crescente<br />

rejeição aos políticos”, opina.<br />

Em momentos como este, segundo Barbosa,<br />

cabe ao marketing político <strong>de</strong>dicar atenção<br />

total ao entendimento do que pensa a<br />

socieda<strong>de</strong>. “Creio que teremos mais algum<br />

tempo sem luz no fim do túnel. A minha percepção<br />

é <strong>de</strong> que algo novo surgirá no horizonte<br />

e quem dispuser <strong>de</strong> mais informação, análise<br />

qualificada e plano <strong>de</strong> ação engatilhado<br />

vai protagonizar o novo momento”, avalia.<br />

42 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


agências<br />

nova/sb usa métricas<br />

próprias para comunicação pública<br />

Popsynergy, Data Taxi e Pulso i<strong>de</strong>ntificam calor da<br />

socieda<strong>de</strong> para inspirar ações <strong>de</strong> ONGs e governos<br />

PAULO MACEDO<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> dar consistência<br />

à publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

utilida<strong>de</strong> pública, um universo<br />

que envolve contas <strong>de</strong><br />

governos, ONGs e empresas<br />

que abraçam causas, a nova/<br />

sb <strong>de</strong>senvolveu uma série <strong>de</strong><br />

métricas proprietárias que<br />

funcionam como termômetro<br />

que orienta suas equipes <strong>de</strong><br />

criação, planejamento e mídia,<br />

por exemplo. A agência<br />

é responsável pela comunicação<br />

da Secom (Secretaria <strong>de</strong><br />

Comunicação da Presidência<br />

da República), Sebrae Nacional,<br />

Banco Central, Metrô <strong>de</strong><br />

São Paulo, Caixa Econômica<br />

Fe<strong>de</strong>ral, Governo do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

e Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Sem mencionar que realiza<br />

ações para a OMS (Organização<br />

Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>) e a OIT<br />

(Organização Internacional do<br />

Trabalho).<br />

Fazer medições capazes <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar o que po<strong>de</strong> gerar<br />

impactos, o que é importante<br />

para as pessoas e o que conduz<br />

à popularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma ação<br />

é a base da Popsynergy, que,<br />

na expressão <strong>de</strong> Bob Vieira da<br />

Costa, CEO da agência, trabalha<br />

com evidências científicas,<br />

como neuromarketing, psicometria<br />

e etnografia urbana,<br />

além <strong>de</strong> tecnológicas, como<br />

big data. “Já temos 18 segmentos<br />

pesquisados, que contam<br />

com seis mil entrevistas feitas<br />

com ajuda do Instituto Ilumeo”,<br />

resume Bob.<br />

O Data Taxi é uma pesquisa<br />

literalmente feita <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

um táxi na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.<br />

O motorista aborda o passageiro<br />

que, se respon<strong>de</strong>r ao<br />

questionário, tem como bônus<br />

o não pagamento da corrida.<br />

A terceira pesquisa é o Pulso,<br />

que mergulha em tempo real<br />

em temáticas como mudanças<br />

<strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> consumo, chegada<br />

do Uber, implantação <strong>de</strong><br />

ciclovias, reforma educacional<br />

e crescimento da crise. O Pulso<br />

A nova/sb tem expertise em comunicação pública como na ação que orienta pe<strong>de</strong>stres<br />

Bob Vieira da<br />

Costa <strong>de</strong>staca<br />

papel da pesquisa<br />

na agência<br />

InvestImento <strong>de</strong><br />

R$ 2,5 mIlhões<br />

paRa consolIdaR<br />

a pesquIsa<br />

estRatégIca<br />

popsyneRgy<br />

teve início em 20<strong>14</strong> e contabiliza<br />

156 grupos <strong>de</strong> pesquisa da<br />

classe C paulistana.<br />

“A agência vem passando<br />

por um amplo processo <strong>de</strong> reorganização<br />

nos últimos dois<br />

anos. Fizemos um investimento<br />

<strong>de</strong> aproximadamente R$ 2,5<br />

Fotos: Divulgação<br />

milhões apenas na pesquisa<br />

Popsynergy, que envolveu 130<br />

especialistas. Apesar do clima<br />

político, não tivemos perdas<br />

<strong>de</strong> negócios neste ano. Nossas<br />

contas governamentais continuam<br />

ativas. Caso haja uma<br />

ruptura institucional, porém,<br />

o impacto é previsível”, diz<br />

Bob enfatizando que a expertise<br />

em comunicação pública da<br />

nova/sb não se resume à publicida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> governos e órgãos<br />

públicos.<br />

“Muitos prêmios em Cannes<br />

são <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública,<br />

como a campanha “Dumb<br />

ways to die”, criada para uma<br />

questão <strong>de</strong> segurança do Metrô<br />

<strong>de</strong> Melbourne. A nova/sb<br />

criou o “Feirão da Casa Própria”,<br />

para a Caixa, que em 10<br />

anos saltou <strong>de</strong> um orçamento<br />

<strong>de</strong> R$ 5,8 bilhões para R$ 120<br />

bilhões, e isso é comunicação<br />

<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública. Orientar<br />

o trânsito está nesse elenco.<br />

As ações <strong>de</strong> conscientização<br />

sobre o uso <strong>de</strong> cigarro ou doação<br />

<strong>de</strong> sangue para a OMS ou<br />

contra o trabalho infantil, para<br />

a OIT, também estão nesse cenário”.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 43


agêNciaS<br />

DM9DDB promove diretor <strong>de</strong> arte<br />

Vinícius noVaes<br />

Paulo Coelho foi promovido<br />

na DM9DDB e agora<br />

é diretor <strong>de</strong> criação executivo<br />

na agência. Na função,<br />

recém-criada na estrutura<br />

da empresa, o diretor <strong>de</strong> arte<br />

atuará <strong>de</strong> forma matricial<br />

contribuindo com Aricio Fortes,<br />

VP <strong>de</strong> criação, na gestão<br />

da criação <strong>de</strong> todas as contas<br />

da casa.<br />

Segundo Coelho, a promoção<br />

é a oportunida<strong>de</strong> para a<br />

realização <strong>de</strong> mais um projeto<br />

<strong>de</strong> vida. “Agora eu passo<br />

entrar na vida <strong>de</strong> todos os<br />

clientes”, diz. “Eu subo para<br />

po<strong>de</strong>r ajudar na criação, mas,<br />

claro, sentado na ca<strong>de</strong>ira e<br />

trabalhando, pois aqui é uma<br />

agência na qual o presi<strong>de</strong>nte<br />

também põe a mão na massa”,<br />

complementa.<br />

Ele também <strong>de</strong>stacou o orgulho<br />

que sente em trabalhar<br />

na DM9DDB. “É um orgulho<br />

muito gran<strong>de</strong> estar nesta<br />

agência, eu sempre sonhei<br />

em trabalhar aqui. Po<strong>de</strong>r estar<br />

sentado numa ca<strong>de</strong>ira da<br />

DM9 é um orgulho, esse lugar<br />

é uma lenda da publicida<strong>de</strong>”.<br />

Fortes, por sua vez, disse<br />

que Coelho é a pessoa certa<br />

para o atual momento da<br />

agência. “Tive a honra <strong>de</strong> trabalhar<br />

com Paulo Coelho nas<br />

últimas três agências pelas<br />

quais passei. Ele é a pessoa<br />

certa para contribuir no movimento<br />

que estamos fazendo<br />

para resgatar e fortalecer a<br />

excelência criativa que faz da<br />

DM9 uma das agências mais<br />

respeitadas do mundo”, afirma<br />

o VP <strong>de</strong> criação.<br />

Eles trabalharam juntos<br />

pela primeira vez na Pereira &<br />

O’Dell, agência do Grupo ABC<br />

em São Francisco (EUA), em<br />

2011.<br />

Ao retornarem ao Brasil<br />

Fortes e Coelho, que trabalham juntos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2011<br />

“ElE é a pEssoa<br />

cErta para o<br />

atual momEnto<br />

da agência”<br />

Divulgação<br />

continuaram como diretores<br />

<strong>de</strong> criação da Africa até irem<br />

para Ogilvy, on<strong>de</strong> Fortes assumiu<br />

a função <strong>de</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> criação e Coelho, a <strong>de</strong><br />

diretor <strong>de</strong> criação executivo.<br />

Em agosto <strong>de</strong> <strong>2015</strong>, Fortes<br />

assumiu a vice-presidência<br />

<strong>de</strong> criação da DM9. Coelho<br />

foi contratado em setembro,<br />

como diretor <strong>de</strong> criação.<br />

Dupla li<strong>de</strong>ra atendimento na<br />

F/Nazca Saatchi & Saatchi<br />

ana Paula Jung<br />

área <strong>de</strong> atendimento da F/<br />

A Nazca Saatchi & Saatchi começa<br />

2016 com nova estruturação.<br />

Com a saída <strong>de</strong> Marcello<br />

Penna, que estava na agência<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2007 e foi para a Y&R, os<br />

profissionais Saulo Sanchez e<br />

Ricardo Forli, que já atuavam<br />

no <strong>de</strong>partamento, foram promovidos.<br />

Com isso, a agência<br />

passa a ter um comando duplo<br />

na área. Os dois dividirão a responsabilida<strong>de</strong><br />

pelo atendimento<br />

das 17 marcas que compõem<br />

o portfólio da agência, como<br />

Sadia, Ambev e P&G. Cada um<br />

<strong>de</strong>les tem cerca <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong><br />

experiência.<br />

“Estamos muito felizes com<br />

este formato em dupla, diferentemente<br />

do que vínhamos<br />

fazendo antes. Os dois já estão<br />

com a gente há algum tempo<br />

e estamos muito seguros com<br />

esta <strong>de</strong>cisão. É uma forma <strong>de</strong><br />

criar um ambiente interno<br />

bastante favorável. Estamos<br />

felizes por eles e pelo clima da<br />

agência”, comenta Ivan Marques,<br />

sócio-diretor da F/Nazca<br />

Saatchi & Saachti.<br />

Fabio Fernan<strong>de</strong>s, presi<strong>de</strong>nte<br />

e diretor-geral <strong>de</strong> criação, complementa<br />

que a agência raramente<br />

busca profissionais para<br />

postos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança no mercado.<br />

A opção é investir nos talentos<br />

que já estejam na agência e<br />

se i<strong>de</strong>ntificam com a cultura da<br />

F/Nazca. “Forli e Saulo são dois<br />

exemplos muito bem acabados<br />

<strong>de</strong>ssa política. Fora daqui, nós<br />

dificilmente encontraríamos<br />

dois profissionais <strong>de</strong> atendimento<br />

tão especiais”, diz Fernan<strong>de</strong>s.<br />

Ivan avalia que o ano <strong>de</strong> <strong>2015</strong><br />

foi bem difícil para todo o mercado.<br />

“As coisas muito truncadas,<br />

falta <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong>,<br />

cenário político muito conturbado.<br />

Foi um ano muito difícil.<br />

Não lembro <strong>de</strong> outro tão difícil<br />

como este, mas, apesar disso,<br />

conseguimos atravessá-lo, ter<br />

essa visão acertada e começar<br />

2016 com perspectivas melhores”,<br />

finaliza Marques.<br />

Divulgação<br />

Ricardo Forli e Saulo Sanchez assumem o comando geral da área <strong>de</strong> atendimento;<br />

agência costuma dar priorida<strong>de</strong> na promoção <strong>de</strong> talentos internos em vez <strong>de</strong> buscar<br />

novos nomes no mercado para os cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

44 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


i<strong>de</strong>ias<br />

Ciclofaixas ampliam<br />

pedaladas e mobilida<strong>de</strong><br />

Mercado cresce, Itaú ganha relevância e Bra<strong>de</strong>sco<br />

Seguros celebra seis anos com pistas para bikes<br />

PAULO MACEDO<br />

Não se esqueça da minha Caloi,<br />

campanha criada pela<br />

house agency Novo Ciclo nos<br />

anos 1970, ficou gravada no<br />

imaginário infantil e popular e<br />

faz remissão a pais esquecidos<br />

<strong>de</strong> um dos presentes mais emblemáticos<br />

na cesta <strong>de</strong> fim <strong>de</strong><br />

ano. Hoje, bike é sinônimo <strong>de</strong><br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, mobilida<strong>de</strong><br />

urbana no trânsito caótico <strong>de</strong><br />

cida<strong>de</strong>s como São Paulo e Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Ciclofaixas e ciclovias estão<br />

em ascensão. A pioneira Bra<strong>de</strong>sco<br />

Seguros está comemorando seis<br />

anos do seu projeto “CicloFaixa<br />

<strong>de</strong> Lazer”, que contabiliza 120,7<br />

quilômetros <strong>de</strong> vias <strong>de</strong>marcadas<br />

na capital paulista, uma média<br />

<strong>de</strong> 120 mil pessoas pedalando aos<br />

domingos e feriados, cerca <strong>de</strong> 19<br />

mil cones <strong>de</strong> segurança e pontos<br />

estratégicos com o serviço SOS<br />

Bike, que faz consertos gratuitos<br />

para os praticantes das pedaladas<br />

do bem.<br />

O Itaú disponibiliza aluguel<br />

<strong>de</strong> bicicletas na cor laranja em<br />

São Paulo e no Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />

com preço subsidiado. O projeto<br />

teve início na capital fluminense<br />

e ajudou a marca a estreitar<br />

o relacionamento com a cida<strong>de</strong>,<br />

como costuma enfatizar o<br />

publicitário Nizan Guanaes, um<br />

entusiasta da i<strong>de</strong>ia, que ajudou<br />

a construir o branding do banco<br />

nos últimos 20 anos.<br />

Em São Paulo, a bicicleta não<br />

<strong>de</strong>sfila apenas pelos espaços <strong>de</strong>stinados<br />

ao veículo. Ela é tema <strong>de</strong><br />

discussões que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> segurança,<br />

subtração <strong>de</strong> vagas, lojas<br />

que alegam ter perdido clientela<br />

com as ciclofaixas, críticas ao<br />

prefeito Fernando Haddad etc.<br />

Uma pesquisa encomendada<br />

pela nova/sb ao Instituto Ilumeo<br />

apurou esse contraditório. O diretor<br />

<strong>de</strong> planejamento da agência<br />

nova/sb, o executivo Sergio Silva,<br />

elenca alguns itens que provocam<br />

questionamentos: ciclistas<br />

vão ser alvos fáceis <strong>de</strong> bandidos,<br />

Banco Itaú conquistou espaço com locação <strong>de</strong> bikes disponibilizadas em pontos estratégicos <strong>de</strong> São Paulo e Rio e reforça branding<br />

respiram mais poluição, aqui<br />

(São Paulo) não é Europa, projeto<br />

elitista, topografia péssima e<br />

algo para longo prazo.<br />

“As pessoas <strong>de</strong>monstram que<br />

a preocupação com mobilida<strong>de</strong><br />

nas metrópoles causa estresse.<br />

Quem tem smartphone usa Waze<br />

e Google Maps, para ver o melhor<br />

<strong>de</strong>slocamento. Em ônibus, utiliza<br />

o Moovitz, que indica o tempo<br />

da viagem, o horário <strong>de</strong> chegada<br />

nos terminais e o trajeto. As ciclovias<br />

são necessárias. Em São<br />

Paulo, elas começam a ser ocupadas.<br />

É um processo irreversível.<br />

Em Bogotá, já são 359 km <strong>de</strong><br />

ciclovias; a Cida<strong>de</strong> do México já<br />

ultrapassou os 100 km. Não po<strong>de</strong>mos<br />

esquecer que a Holanda<br />

e a Dinamarca, países que são<br />

i<strong>de</strong>ntificados como amigáveis<br />

à bicicleta, foram radicalmente<br />

contrários à implantação. O legal<br />

é que a ciclovia se integra a outros<br />

meios <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>”, diz<br />

Silva, que aten<strong>de</strong>, na agência, à<br />

Prefeitura <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Por outro lado, ambientalistas<br />

e especialistas em mobilida<strong>de</strong><br />

urbana consi<strong>de</strong>ram inevitável a<br />

consolidação da bicicleta como<br />

meio <strong>de</strong> transporte. “A aceitação<br />

é progressiva. O ponto <strong>de</strong> partida<br />

vai conduzir à humanização.<br />

Como o trânsito só piora, a bicicleta<br />

vai ser alternativa. A estação<br />

Fradique Coutinho do metrô<br />

paulistano foi inaugurada com<br />

bicicletário. Outras estações estão<br />

adotando o mo<strong>de</strong>lo. São Paulo<br />

e outras cida<strong>de</strong>s passaram a ter<br />

bares temáticos. Não tem volta”,<br />

acrescenta o diretor da nova/sb.<br />

Assim como o skate, a bike<br />

está introduzindo um novo conceito<br />

<strong>de</strong> cultura urbana. Bares,<br />

Frota nacional<br />

é superior a<br />

70 milhões <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s e<br />

venda anual<br />

é <strong>de</strong> cinco<br />

milhões<br />

Divulgação<br />

lojas, parques e cafés passaram<br />

a servir <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong> encontro e<br />

convivência. O Las Magrelas, no<br />

bairro <strong>de</strong> Pinheiros, em São Paulo,<br />

é um espaço multidisciplinar<br />

com café, oficina, bar e galeria <strong>de</strong><br />

arte. Esse coletivo ainda incrementa<br />

festas, gincanas e rodadas<br />

<strong>de</strong> vi<strong>de</strong>ogame. No mesmo bairro,<br />

tem o KOF (King of the Fork), um<br />

café que une bike-lovers. Pertinho<br />

<strong>de</strong>sses espaços foi inaugurado,<br />

há dois meses, um bicicletário<br />

no Largo da Batata.<br />

A frota nacional <strong>de</strong> bicicletas<br />

é superior a 70 milhões <strong>de</strong><br />

unida<strong>de</strong>s. São comercializadas<br />

cerca <strong>de</strong> cinco milhões por ano.<br />

A tendência é <strong>de</strong> crescimento.<br />

O modismo ampliou o volume<br />

<strong>de</strong> bike-entregas em pizzarias,<br />

restaurantes e farmácias. Em<br />

São Paulo, o fechamento da Av.<br />

Paulista aos domingos intensificou<br />

o volume <strong>de</strong> clientes em<br />

lanchonetes, shoppings e food<br />

trucks. A So<strong>de</strong>xo passou a patrocinar<br />

o Papai Noel <strong>de</strong> Bike<br />

em São Paulo.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 45


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

DelíCias<br />

Já no clima das festas <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano, a LOV<br />

assina a campanha Receitas <strong>de</strong> Natal Fiz com<br />

Oreo. São quatro filmes que mostram produções<br />

tradicionais com um toque diferente<br />

acrescentado com o biscoito da Mon<strong>de</strong>lez. As<br />

receitas são panettone, cheesecake, brownie<br />

e briga<strong>de</strong>iro. As peças direcionam para o site<br />

www.fizcomoreo.com.br.<br />

lOV<br />

MOn<strong>de</strong>lez<br />

Fotos: divulgação<br />

Título: Oreo Natal Azul; produto: Oreo; diretor <strong>de</strong><br />

criação: Rafael Con<strong>de</strong>; direção <strong>de</strong> arte: Rafael Ponzini<br />

e Zezé Me<strong>de</strong>iros; produtora <strong>de</strong> filme: Cia <strong>de</strong> Cinema;<br />

direção <strong>de</strong> cena: Dupla Iê; produtora <strong>de</strong><br />

som: Mugshot; aprovação do cliente: Rafael Esposto<br />

e Marcelo Laks<br />

Direto ao ponto<br />

No filme Depoimentos, criado pela WMc-<br />

Cann e produzido pela BossaNovaFilms, a<br />

TIM divulga o novo plano pós da operadora<br />

com pacote <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> 2 a 20 GB <strong>de</strong> internet<br />

e mil minutos <strong>de</strong> ligações para qualquer<br />

operadora. Além do filme, a campanha tem<br />

mídia impressa, mídia exterior, mídia digital<br />

e spots <strong>de</strong> rádio.<br />

WMccann<br />

TiM<br />

Título: Depoimentos; produto: TIM Pós; criação:<br />

Gustavo Giorelli, Vinícius Siepierski; produtora <strong>de</strong><br />

filme: BossaNovaFilms; direção <strong>de</strong> cena: Thiago<br />

Eva e Fábio Soares; aprovação do cliente: Livia Marquez,<br />

André Borges, Mariana Junqueira, Luiza Vasconcelos<br />

Dantas, Camillie Gerasso e Patricia Diniz<br />

Cerveja<br />

A Talent Marcel assina a campanha <strong>de</strong> lançamento<br />

da cerveja Amstel no Brasil. Com o tema<br />

Seu copo <strong>de</strong> boteco nunca foi tão bem tratado,<br />

o filme <strong>de</strong>staca os diferenciais do produto:<br />

receita europeia, criada em 1870 e produzida<br />

sem aditivos e com ingredientes naturais. A<br />

campanha é composta por filmes para re<strong>de</strong>s<br />

sociais e peças <strong>de</strong> mídia exterior.<br />

TalenT Marcel<br />

Cervejaria Heineken Brasil<br />

Título: Copo <strong>de</strong> Boteco; produto: Cerveja Amstel;<br />

criação: Eduardo Martins, Rodrigo Scapolan, Lucas<br />

Silva e Sidney Freitas; produtora <strong>de</strong> filme: Vetor Zero;<br />

direção <strong>de</strong> cena: Ricardo Carelli; produtora <strong>de</strong> som:<br />

Instituto; aprovação do cliente: Daniela Cachich, Antonio<br />

Marchese, Renan Ciccone e Andrea Rubim<br />

46 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


natureza<br />

O lado extremo da natureza, ilustrado pelo<br />

funcionamento da ca<strong>de</strong>ia alimentar, dá o toque<br />

<strong>de</strong> humor aos filmes que a Leo Burnett<br />

Tailor Ma<strong>de</strong> criou para divulgar a Série Especial<br />

Extreme da Fiat, composta pelas versões<br />

Adventure dos mo<strong>de</strong>los Strada, Weekend, I<strong>de</strong>a<br />

e Doblô. Ao todo serão quatro filmes, cada um<br />

com um animal diferente. O primeiro <strong>de</strong>les<br />

mostra um ratinho <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um tronco <strong>de</strong><br />

árvore, que logo é <strong>de</strong>vorado. A campanha continua<br />

no digital. A Isobar fez uma página especial<br />

com os animais apresentados nos filmes.<br />

leO BurneTT TailOr Ma<strong>de</strong><br />

FCa FiaT CHrysler<br />

Título: Bichinhos; produto: SE Extreme; diretor <strong>de</strong> arte:<br />

Henri Honda; redator: Bruno Godinho e Carla Cancellara;<br />

produtora <strong>de</strong> filme: Vetor Zero; direção <strong>de</strong><br />

cena: Mateus <strong>de</strong> Paula Santos e Nando Cohen; produtora<br />

<strong>de</strong> som: A9 áudio; aprovação do cliente: C. Belini,<br />

Lélio Ramos, João Ciaco, Malú Antônio e Sarah Albuquerque<br />

Queijo<br />

A LBN Comunicação assina a nova fase da campanha para a<br />

Kroon. Os três filmes apresentam curiosida<strong>de</strong>s sobre cada<br />

queijo da marca e dão dicas <strong>de</strong> receitas e <strong>de</strong> harmonização com<br />

os produtos. Além dos ví<strong>de</strong>os, que serão exibidos na GNT, a<br />

campanha tem ações nas re<strong>de</strong>s sociais e anúncio na revista <strong>de</strong><br />

bordo da TAM.<br />

lBn cOMunicaçãO<br />

FrieslandCaMPina<br />

Título: Queijos Kroon; produto: Queijos Kroon; criação: Patricia Andra<strong>de</strong><br />

e Thaya Marcon<strong>de</strong>s; produtora <strong>de</strong> filme: José Almeida Design &<br />

Produções; aprovação do cliente: Ana Luísa Miklas e Vinicius Viana<br />

passeio<br />

A campanha Descubra lugares que não cabem em um click,<br />

criada pela Mood para a Secretaria <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> São Paulo,<br />

incentiva os paulistanos a conhecerem as diversas cida<strong>de</strong>s do<br />

Estado. Os anúncios para revista foram inspirados nas milhares<br />

<strong>de</strong> fotos reunidas pela secretaria que mostram paisagens<br />

incríveis pouco conhecidas.<br />

MOOd<br />

GOvernO dO esTadO <strong>de</strong> sãO PaulO<br />

Título: Descubra lugares que não cabem em um click; produto: institucional;<br />

criação: PH Gomes, Hugo Cacique e Hugo Seixas; aprovação do<br />

cliente: Márcio Aith e Mariana Montoro<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 47


we<br />

mkt<br />

Hoje é um<br />

novo dia...<br />

“Brasil, con<strong>de</strong>nado<br />

à esperança”<br />

Millôr Fernan<strong>de</strong>s<br />

Daniel Leitão<br />

Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />

Outubro <strong>de</strong> 1971. Toca o telefone. É o<br />

Celso <strong>de</strong> Castro. “Madia, temos um<br />

projeto arrasador para apresentar para o<br />

Itaú; posso dar um pulinho aí. Já conversei<br />

com o Aluisio da DPZ”. Reunião marcada.<br />

Desembarquei no Itaú em meados <strong>de</strong><br />

1971. Comigo o Alfredo Rosa Borges para<br />

cuidar da comunicação. Um banco <strong>de</strong><br />

300 agências, carecendo <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pensamento e ação e convivendo com<br />

um amontoado <strong>de</strong> marcas. Mais que necessitado<br />

<strong>de</strong> um posicionamento e <strong>de</strong> um<br />

processo consistente e radical <strong>de</strong> branding.<br />

Chega o Celso para a reunião. “O projeto<br />

é o seguinte. A Globo <strong>de</strong>cidiu fazer<br />

uma mensagem <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano. Gostaria<br />

<strong>de</strong> ter alguém junto assinando e gostaria<br />

que fosse o Itaú (na época ainda se chamava<br />

Itaú América). Todos os artistas<br />

principais do elenco vão participar, cantando<br />

e dançando com a música composta<br />

pelos irmãos Valle – Marcos e Paulo<br />

Sergio – mais o Nelson Motta. Em princípio,<br />

a mensagem terá 100 veiculações<br />

nos principais espaços da emissora. Se<br />

fizer sucesso, aí não tem limite. O preço<br />

é <strong>de</strong> R$ 10 milhões (a valores <strong>de</strong> hoje) e<br />

tenho certeza que vocês vão fazer um excelente<br />

investimento”.<br />

Peço 48 horas para pensar e <strong>de</strong>cidir<br />

junto com o Alfredo, e com o Alex Cerqueira<br />

Leite Thiele, nosso chefe.<br />

A verba toda do Itaú era <strong>de</strong> R$ 30 milhões<br />

e ficamos preocupados em, logo na<br />

chegada, topar um <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>ssa dimensão<br />

e natureza. 24 horas <strong>de</strong>pois o Celso<br />

manda uma relação <strong>de</strong> nomes do casting<br />

da Globo que participariam da gravação:<br />

Elis Regina, Francisco Cuoco, Chico Anísio,<br />

Regina Duarte, Glória Menezes, Renata<br />

Sorrah, Tarcísio Meira, Claudio Marzo...<br />

E a lista não acabava mais. E no PS,<br />

dizia, “Madia, toparam fazer <strong>de</strong> graça por<br />

ser o primeiro e como manifestação <strong>de</strong><br />

apreço e carinho que têm pela Globo. Se<br />

fossem cobrar não teríamos como fazer a<br />

mensagem com patrocinador”.<br />

48 horas <strong>de</strong>pois, reunião marcada.<br />

Além do Celso; pela Globo, Dionisio Poli e<br />

Yves Alves; pelo Itaú, Alex, Alfredo e eu;<br />

pela DPZ, Aluisio. Todos nós muito preocupados<br />

em investir um terço <strong>de</strong> toda a<br />

verba numa única ação, que seria realizada<br />

pela primeira vez. A área <strong>de</strong> marketing<br />

nem completara seu primeiro ano e, assim,<br />

o risco <strong>de</strong> um fracasso po<strong>de</strong>ria comprometer<br />

a sequência da implantação.<br />

Depois <strong>de</strong> quase duas horas <strong>de</strong> dúvidas,<br />

discussões, consi<strong>de</strong>rações, cuidados,<br />

a tendência era agra<strong>de</strong>cer e dizer<br />

não. Sentindo esse clima, Dionísio disse:<br />

“Madia, o Boni pediu que eu ligasse para<br />

ele se sentisse que vocês ainda tinham<br />

alguma dúvida. Posso ligar?”. Concor<strong>de</strong>i<br />

e a ligação foi feita.<br />

“Madia, Boni, tudo bem? E então, vamos<br />

nessa?”. Fiz todas as pon<strong>de</strong>rações,<br />

Boni ouviu, e disse: “entendo, mas quero<br />

e preciso ter o Itaú junto com a Globo. Garanto<br />

– e repetiu – garanto que vocês vão<br />

adorar e vai ser o maior sucesso. Assim,<br />

fica acertado o seguinte: se vocês gostarem,<br />

vocês pagam; se não gostarem, não<br />

pagam nada”... E assim foi feita a autorização.<br />

No início <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, a mensagem <strong>de</strong><br />

fim <strong>de</strong> ano estava no ar: “Hoje é um novo<br />

dia <strong>de</strong> um novo tempo que começou...<br />

Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa, é<br />

<strong>de</strong> quem quiser, quem vier...”.<br />

Ainda <strong>de</strong>u tempo para produzirmos fi-<br />

tas com as gravações e mandarmos para<br />

todos os gerentes do então Itaú América.<br />

Fizeram cópias e distribuíram para os<br />

amigos e vizinhos. Sucesso absoluto, o<br />

melhor investimento realizado por uma<br />

organização que engatinhava, ainda <strong>de</strong>sunida,<br />

com uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> em processo<br />

<strong>de</strong> construção. Uma espécie <strong>de</strong> hino<br />

que iluminou o banco, iluminou o Brasil<br />

e entrou para a história do marketing e<br />

da propaganda <strong>de</strong> nosso país.<br />

Tomara que, no próximo dia 1º <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 2016, comecemos a viver um novo<br />

dia <strong>de</strong> um novo tempo que começou.<br />

De um Brasil verda<strong>de</strong>iramente novo, <strong>de</strong>mocrático,<br />

ético e comandado por pessoas<br />

cuja única i<strong>de</strong>ologia seja a <strong>de</strong> fazer<br />

<strong>de</strong> nosso país uma socieda<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rna,<br />

ética e socialmente justa e responsável.<br />

O Brasil merece. A quase totalida<strong>de</strong> dos<br />

brasileiros também.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza é consultor<br />

<strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

48 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


MERCADO<br />

Cenp cria comitê <strong>de</strong> negociação<br />

para <strong>de</strong>bater crise com a ABA<br />

Priorida<strong>de</strong> da entida<strong>de</strong> é a manutenção da autorregulação comercial<br />

PAULO MACEDO<br />

Na próxima sexta-feira (18)<br />

será realizada a primeira<br />

reunião do Comitê <strong>de</strong> Negociação<br />

organizado pelo Cenp<br />

(Conselho Executivo das Normas-Padrão),<br />

cuja diretoria é<br />

li<strong>de</strong>rada pelo executivo Caio<br />

Barsotti. A formalização do<br />

comitê foi realizada na primeira<br />

semana <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro.<br />

O grupo multidisciplinar é<br />

formado por Orlando Marques<br />

(presi<strong>de</strong>nte da Abap – Associação<br />

Brasileira das Agências <strong>de</strong><br />

Publicida<strong>de</strong> e conselheiro do<br />

Grupo Publicis), Enio Vergeiro<br />

(presi<strong>de</strong>nte da APP – Associação<br />

dos Profissionais <strong>de</strong> Propaganda<br />

e da Mundo Mídia),<br />

Glaucio Bin<strong>de</strong>r (presi<strong>de</strong>nte da<br />

Fenapro – Fe<strong>de</strong>ração Nacional<br />

das Agências <strong>de</strong> Propaganda<br />

e da Bin<strong>de</strong>r), Renato Pereira<br />

(diretor da APP e executivo da<br />

área <strong>de</strong> relações institucionais<br />

da Re<strong>de</strong> Globo <strong>de</strong> Televisão),<br />

Sergio Pompilio (vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

jurídico e <strong>de</strong> relações<br />

corporativas da Johnson &<br />

Johnson) e Antonio Totaro<br />

(diretor das áreas jurídica e <strong>de</strong><br />

associações da Ambev).<br />

Segundo Barsotti, esse comitê<br />

terá liberda<strong>de</strong> para refletir<br />

os caminhos para a discussão<br />

envolvendo a ABA, que<br />

recorreu ao Ca<strong>de</strong> (Conselho<br />

Administrativo <strong>de</strong> Defesa da<br />

Economia) para questionar<br />

as regras <strong>de</strong> remuneração das<br />

agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, consolidadas<br />

pela Lei 12.232, que<br />

reconheceu as normas-padrão<br />

do Cenp como parâmetro <strong>de</strong><br />

negociação comercial e como<br />

instrumento ético para monitorar<br />

discussões.<br />

“O Cenp sempre tem crise<br />

para administrar. Não é a primeira<br />

discussão que temos<br />

com a ABA. Aguardamos o andamento<br />

do processo no Ca<strong>de</strong>.<br />

Esse comitê foi estruturado<br />

para formalizar argumentos e<br />

envolve entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> agências,<br />

veículos e representantes dos<br />

anunciantes”, resumiu Bar-<br />

Caio Barsotti: “A entida<strong>de</strong> é a favor da competitivida<strong>de</strong>. O seu papel não é restritivo e nem impositivo”<br />

Primeira<br />

reunião do<br />

comitê será<br />

realizada<br />

nesta semana<br />

Para <strong>de</strong>bater<br />

futuro do cenP<br />

Alê Oliveira<br />

sotti, enfatizando ainda que a<br />

gran<strong>de</strong> missão do Cenp é justamente<br />

manter “a autorregulação”<br />

que une o tripé que envolve<br />

investidores (anunciantes),<br />

gestores <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias (agências) e<br />

logística (veículos).<br />

“A entida<strong>de</strong> é a favor da<br />

competitivida<strong>de</strong>. O seu papel<br />

não é restritivo, nem impositivo.<br />

As únicas respostas que<br />

procuramos são as relacionadas<br />

às questões oriundas do<br />

ambiente <strong>de</strong> negócios. Com<br />

a autorregulação, evitamos<br />

uma série <strong>de</strong> problemas. É<br />

hora <strong>de</strong> fazer alguns ajustes<br />

normativos e o Comitê <strong>de</strong> Negociação<br />

vai formular sugestões.<br />

O Cenp vem passando<br />

por transformações ao longo<br />

<strong>de</strong> seus 16 anos. E vai continuar<br />

sendo assim”, finalizou<br />

Barsotti.<br />

O processo é embrionário<br />

e vai além dos problemas relacionados<br />

ao Ca<strong>de</strong>. O Comitê<br />

<strong>de</strong> Negociação preten<strong>de</strong> indicar<br />

grupos específicos <strong>de</strong> estudos<br />

para pon<strong>de</strong>rar questões<br />

que po<strong>de</strong>rão resultar numa<br />

revisão do Cenp, especialmente<br />

pelo ambiente digital<br />

que trouxe um novo cenário<br />

para o mercado <strong>de</strong> comunicação.<br />

Ao receber o questionamento<br />

da ABA, o Ca<strong>de</strong> quis<br />

saber <strong>de</strong> cada entida<strong>de</strong> fundadora<br />

e mantenedora do Cenp,<br />

entre as quais a própria representante<br />

dos anunciantes, sobre<br />

o papel da autorregulação.<br />

Não houve convergência <strong>de</strong><br />

raciocínio.<br />

50 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


mErcaDo<br />

Varejo é 51% da receita <strong>de</strong> agências<br />

Estudo mostra ainda que contratos por fee regular cresceram<br />

Vinícius noVaes<br />

varejo se mantém como o<br />

O gran<strong>de</strong> protagonista na vida<br />

das agências brasileiras. De<br />

acordo com estudo feito pela<br />

Toledo & Associados e apresentado<br />

pela Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração<br />

Nacional das Agências <strong>de</strong> Propaganda)<br />

em parceria com os<br />

Sinapros (Sindicatos das Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda), o segmento<br />

respon<strong>de</strong> por 51% da receita<br />

e compõe o portfólio <strong>de</strong> clientes<br />

<strong>de</strong> 80% das agências entrevistadas.<br />

O varejo também se <strong>de</strong>staca<br />

como o setor que mais <strong>de</strong>ve<br />

impulsionar o crescimento das<br />

agências em 2016, na opinião <strong>de</strong><br />

42% dos entrevistados.<br />

A pesquisa abrangeu 747 agências,<br />

das quais 63% na região Su<strong>de</strong>ste,<br />

15% na região Sul; 9% no<br />

Centro-Oeste, 11% no Nor<strong>de</strong>ste e<br />

2% na região Norte. São agências<br />

<strong>de</strong> diferentes portes e estrutura,<br />

que contam com 16 anos em<br />

média <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s; 90% não<br />

integram qualquer grupo empresarial;<br />

86% não possuem filiais<br />

em outros Estados; seu portfólio<br />

inclui 15 clientes e 16 contas em<br />

média, com uma estrutura média<br />

<strong>de</strong> 20 pessoas por agência.<br />

Segundo a pesquisa, a remuneração<br />

das agências já vem crescendo<br />

na direção dos contratos<br />

por fee regular (estabelecimento<br />

<strong>de</strong> valor mensal, baseado no volume<br />

<strong>de</strong> serviços a ser entregue<br />

ao cliente) e success fee (bônus<br />

repassado pelo cliente à agência,<br />

condicionado à superação <strong>de</strong><br />

metas) e também da cobrança <strong>de</strong><br />

outros serviços.<br />

Atualmente, a receita obtida<br />

com taxa <strong>de</strong> veiculação representa<br />

33% do total, enquanto serviços<br />

internos já são 20% da receita;<br />

contratos por fee e success<br />

fee são 17% e honorários sobre<br />

produção externa, <strong>14</strong>%. No Estado<br />

<strong>de</strong> São Paulo, os contratos por<br />

fee e success fee já são a principal<br />

fonte <strong>de</strong> receita.<br />

Já o segmento do governo e<br />

contas públicas, embora tenha<br />

li<strong>de</strong>rado o crescimento da receita<br />

em <strong>2015</strong> em 52% das agências, só<br />

compõe o portfólio <strong>de</strong> clientes <strong>de</strong><br />

44% <strong>de</strong>las e é apontado por apenas<br />

18% dos entrevistados como<br />

Glaucio Bin<strong>de</strong>r, presi<strong>de</strong>nte da Fenapro:<br />

estudo <strong>de</strong>u uma radiografia do setor e<br />

apontou caminhos para o futuro do mercado<br />

34% das agências<br />

preveem manter<br />

sua receita para<br />

o próximo ano,<br />

<strong>de</strong> acordo com o<br />

estudo<br />

potencial para impulsionar da receita<br />

em 2016.<br />

Os setores que mais influenciaram<br />

o <strong>de</strong>clínio da receita das<br />

agências em <strong>2015</strong> foram os produtos<br />

<strong>de</strong> consumo, o setor imobiliário<br />

e a indústria, segundo<br />

a opinião, respectivamente, <strong>de</strong><br />

69%, 66% e 58% das agências entrevistadas.<br />

Estes também são os<br />

setores com menor potencial <strong>de</strong><br />

crescimento da receita em 2016.<br />

DESIGN THINKING<br />

O estudo foi divulgado com<br />

o projeto Design Thinking Propaganda,<br />

que mostrou que as<br />

agências po<strong>de</strong>rão per<strong>de</strong>r o protagonismo<br />

no campo estratégico<br />

dos clientes se forem vistas mais<br />

como produtoras <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> comunicação<br />

ou intermediárias <strong>de</strong><br />

veiculação do que agências capazes<br />

<strong>de</strong> prover soluções completas<br />

<strong>de</strong> comunicação.<br />

Este <strong>de</strong>safio se apresenta em<br />

um cenário <strong>de</strong>sfavorável, em que<br />

apenas 31% das agências preveem<br />

ampliar sua receita em <strong>2015</strong>;<br />

Marçal Neto/Divulgação<br />

outras 34% estimam manter e<br />

36%, reduzir, o que amplia os <strong>de</strong>safios<br />

do setor, já acentuados em<br />

função da migração da comunicação<br />

para o digital.<br />

“As duas iniciativas nos permitiram<br />

obter uma radiografia do<br />

setor hoje e apontar os caminhos<br />

futuros que visam assegurar a<br />

sustentabilida<strong>de</strong> dos seus negócios”,<br />

afirmou Glaucio Bin<strong>de</strong>r,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Fenapro. “A principal<br />

conclusão dos dois trabalhos<br />

é que as agências já estão ampliando<br />

seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócios<br />

para manter sua relevância e os<br />

resultados no longo prazo”, completou<br />

o executivo.<br />

Alexis Pagliarini, superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro e i<strong>de</strong>alizador<br />

do Design Thinking Propaganda,<br />

disse que a comissão <strong>de</strong> mídia<br />

e <strong>de</strong> produção tem sido algo<br />

bom para garantir uma rentabilida<strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>quada às agências.<br />

“Mas sua <strong>de</strong>pendência teve,<br />

como efeito colateral, uma <strong>de</strong>svalorização<br />

da criação e do planejamento”,<br />

disse.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 51


STORYTELLER<br />

Papéis velhos,<br />

Millôr e cachorros<br />

Henrique Folster<br />

Numa pasta esquecida,<br />

encontrei um email do escritor<br />

a respeito <strong>de</strong> um artigo sobre<br />

a morte do meu cachorro<br />

LuLa Vieira<br />

Estou arrumando meu escritório. Numa pasta esquecida, encontrei<br />

a cópia <strong>de</strong> um email do Millôr Fernan<strong>de</strong>s a respeito <strong>de</strong><br />

um artigo que escrevi aqui no PROPMARK sobre a morte do meu<br />

cachorro. Evi<strong>de</strong>ntemente eu falava <strong>de</strong>ssa relação entre gente e<br />

cachorro que só quem vive com intensida<strong>de</strong> sabe como é. Neste<br />

email, Millôr quis, com imensa generosida<strong>de</strong>, me oferecer um consolo.<br />

Só para contextualizar um pouco, um ministro do governo<br />

Collor tinha acabado <strong>de</strong> afirmar, tentando justificar o uso <strong>de</strong> um<br />

carro oficial para levar sua cachorra ao médico, que “um cão é um<br />

ser humano como outro qualquer”.<br />

Millôr escreveu: “Magri andou perto, mas não tinha razão total<br />

quando afirmou que o cão é um ser humano como outro qualquer.<br />

Na afetivida<strong>de</strong> e na lealda<strong>de</strong>, o cão é muito mais do que qualquer<br />

ser humano. Igor, poodle <strong>de</strong> minha filha Paula, consequentemente<br />

meu, é uma paixão feita <strong>de</strong> ternura <strong>de</strong>nsa e permanente. Sem querer<br />

nada em troca, a não ser carinho, conversa e mais do que tudo,<br />

presença. Seus olhos dizem sempre: ‘Por favor, não me <strong>de</strong>ixa. Nem<br />

um minuto. Não sei viver sem você’. Logo <strong>de</strong>pois que ganhamos o<br />

poodle, olhando para ele um dia e, sabendo que cada ano da minha<br />

vida correspon<strong>de</strong> a aproximadamente sete da <strong>de</strong>le, veio-me incontida<br />

angústia: ‘Céus! Se eu tiver mais <strong>de</strong>z anos, esse cão, essa graça,<br />

será mais velho do que eu’.<br />

Ulrich Klever, zoólogo especializado e apaixonado por cães, e<br />

Monika Klever, extraordinária fotógrafa, fizeram um belo livro, ao<br />

mesmo tempo científico e amoroso, sobre 60 das espécies mais populares<br />

<strong>de</strong> cães: The Complete Book of Dog Care (Barron’s, 178 págs.,<br />

U$ 12,95).<br />

Traduzo, concordando plenamente: ‘As <strong>de</strong>z coisas que um cão<br />

quer <strong>de</strong> sua gente’. Gente, vejam bem, não somos os donos. Somos<br />

<strong>de</strong>les, como eles são nossos:<br />

1 - Minha vida <strong>de</strong>ve durar entre <strong>de</strong>z e 15 anos. Qualquer separação<br />

<strong>de</strong> vocês será muito dolorosa para mim.<br />

2 - Dê-me algum tempo para enten<strong>de</strong>r o que você quer <strong>de</strong> mim.<br />

3 - Tenha confiança em mim, é fundamental para o meu bem-<br />

-estar.<br />

4 - Não fique zangado comigo por muito tempo. E não me prenda<br />

em nenhum lugar como punição. Você tem seu trabalho, seus amigos,<br />

suas diversões. Eu só tenho você.<br />

5 - Fale comigo <strong>de</strong> vez em quando. Mesmo que eu não entenda as<br />

suas palavras, compreendo muito bem a sua voz e sinto o que você<br />

está me dizendo.<br />

6 - Esteja certo <strong>de</strong> que, seja como for que você me trate, isso ficará<br />

gravado em mim pra sempre.<br />

7 - Antes <strong>de</strong> me bater, lembre sempre que eu tenho <strong>de</strong>ntes que<br />

po<strong>de</strong>riam feri-lo seriamente, <strong>de</strong>ntes que eu nunca vou usar contra<br />

você.<br />

8 - Antes <strong>de</strong> me censurar por estar sendo vadio, preguiçoso ou<br />

teimoso, pergunte se não há alguma coisa me incomodando. Talvez<br />

não esteja me alimentando bem. Po<strong>de</strong> ser que eu esteja resfriado.<br />

Ou é apenas o meu coração que está ficando velho e cansado.<br />

9 - Cui<strong>de</strong> bem <strong>de</strong> mim quando eu ficar velho; você também vai<br />

ficar.<br />

10 - Não se afaste <strong>de</strong> mim em meus momentos difíceis ou dolorosos.<br />

Nunca diga: ‘Prefiro não ver’ ou ‘Faz quando eu não estiver<br />

presente’. Tudo é mais fácil pra mim com você ao lado.<br />

Comentários sobre os itens um e cinco:<br />

1 - Sempre atento a que cada hora tua correspon<strong>de</strong> a sete do poodle,<br />

não esqueça que, quando você sai <strong>de</strong> casa, vai a um cinema<br />

e <strong>de</strong>pois vai jantar levando sete horas nesse afastamento, para o<br />

teu solitário amigo se passaram dois dias. Bom, ainda bem que pro<br />

meu Igor existe a encantadora Natasha, que fica enchendo ele o<br />

tempo todo e, por isso, apeli<strong>de</strong>i <strong>de</strong> Nachata.<br />

5 - Deve-se falar sempre com o cão, conversar com ele o tempo<br />

todo, zombar <strong>de</strong>le, enfim, fazer com ele tudo que uma pessoa <strong>de</strong><br />

sensibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> bom humor faz normalmente com as pessoas<br />

que ama. Ele enten<strong>de</strong> muito mais do que qualquer Ja<strong>de</strong>r Barbalho<br />

<strong>de</strong>sses que dirigem nosso <strong>de</strong>stino. O poodle praticamente não se<br />

interessa por outros cães. Gosta <strong>de</strong> gente e <strong>de</strong> ser o centro das atenções.<br />

O escritor austríaco Peter Scheitlen escreveu sobre ele, há um<br />

século: ‘É o cão mais perfeito. Tem personalida<strong>de</strong>, originalida<strong>de</strong>,<br />

jovialida<strong>de</strong>. E toda alma’.”<br />

Feliz Natal!<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

52 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Parabéns<br />

pela brilhante conquista do<br />

CamPeonato<br />

brasileiro <strong>2015</strong><br />

a maior pontuação da<br />

era dos pontos corridos<br />

UMA HOMENAGEM DO<br />

50 anos<br />

91PM0712.indd 2 04/12/15 18:23


cONSUMO<br />

J.Walter Thompson antecipa<br />

tendências globais para 2016<br />

The Future 100 mostra assuntos que serão <strong>de</strong>staque<br />

no próximo ano - inclusive a cachaça brasileira<br />

BárBara BarBosa<br />

Mais do que fazer um balanço<br />

dos dias que ficaram<br />

para trás, o fim do ano é a<br />

época na qual todos começam a<br />

listar as promessas e os planos<br />

para encarar o próximo ciclo.<br />

No mercado, o olhar está voltado<br />

para o que é tendência. Mas,<br />

afinal, o que vai estar nas rodas<br />

<strong>de</strong> conversa em 2016? Para respon<strong>de</strong>r<br />

à pergunta, a J.Walter<br />

Thompson lançou mais uma<br />

<strong>edição</strong> do The Future 100 –<br />

Trends and Change to Watch in<br />

2016, um estudo global conduzido,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2010, pelo Innovation<br />

Group JWT – uma célula <strong>de</strong><br />

futurismo da agência sediada<br />

em Nova York – que aponta <strong>de</strong>z<br />

macrotendências para o próximo<br />

ano, com <strong>de</strong>z exemplos <strong>de</strong><br />

cada uma.<br />

“O objetivo do estudo é po<strong>de</strong>r<br />

fazer um mapeamento daquilo<br />

que começaremos a ver acontecer<br />

na socieda<strong>de</strong> no próximo<br />

ano e antecipar alguns movimentos<br />

para nossos clientes, seja do<br />

ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> comunicação,<br />

seja do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> produtos e inovação.<br />

Mostramos as principais<br />

tendências mundiais em diversas<br />

categorias <strong>de</strong> produtos, serviços<br />

e comportamento”, diz Isabella<br />

Mulholland, head of planning da<br />

J.Walter Thompson Brasil. “Um<br />

grupo pequeno <strong>de</strong> planners do<br />

mundo todo contribui com levantamento<br />

<strong>de</strong> tendências locais<br />

e, então, o estudo é aprimorado<br />

com <strong>de</strong>sk research e entrevistas<br />

em profundida<strong>de</strong> com especialistas”,<br />

acrescenta a executiva.<br />

Dividido em cultura, tecnologia<br />

e inovação, viagem, marcas<br />

e marketing, comida e bebida,<br />

beleza, varejo, saú<strong>de</strong>, estilo <strong>de</strong><br />

vida e luxo, o estudo passeia por<br />

questões já bastante discutidas<br />

ao longo <strong>de</strong>ste ano, como o novo<br />

perfil da mulher e formas <strong>de</strong> comunicar<br />

com esse público, inclusive<br />

a cachaça, que <strong>de</strong>verá ser a<br />

menina dos olhos entre as bebidas,<br />

muito em razão da Rio 2016.<br />

Fotos: Divulgação<br />

A cachaça, ainda não tão conhecida em outros mercados, <strong>de</strong>ve ganhar <strong>de</strong>staque no<br />

próximo ano, muito pela atenção que o Brasil receberá com a Rio 2016<br />

No material, a cachaça é <strong>de</strong>scrita<br />

como uma bebida barata no<br />

Brasil e, até então, pouco conhecida<br />

em outras partes do mundo<br />

– ao mesmo tempo em que a<br />

<strong>de</strong>svalorização do real diante <strong>de</strong><br />

outras moedas teria ajudado a<br />

bebida a ser exportada. Por aqui,<br />

os fabricantes passam a investir<br />

em versões premium da cachaça,<br />

à espera dos visitantes internacionais<br />

que chegam ao país no<br />

próximo ano. Segundo o estudo,<br />

é bom ficar <strong>de</strong> olho também em<br />

outros ingredientes da culinária<br />

brasileira.<br />

Falar <strong>de</strong> comida e bebida, aliás,<br />

é uma tendência bastante<br />

<strong>de</strong>stacada no estudo. Hoje comer<br />

e beber é assunto relevante, não<br />

apenas do ponto <strong>de</strong> vista cultural<br />

e da experiência gastronômica,<br />

mas também para quem busca<br />

hábitos para ter uma vida mais<br />

“A indústriA dA<br />

comunicAção<br />

como um todo<br />

<strong>de</strong>ve estAr<br />

AtentA Ao fAto<br />

<strong>de</strong> que estAmos<br />

vivendo um<br />

momento no<br />

quAl controle<br />

e plAnejAmento<br />

<strong>de</strong>vem ser feitos<br />

quAse reAl time”<br />

54 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Bogotá, capital da Colômbia: país<br />

está na lista das <strong>de</strong>z economias mais<br />

promissoras para os próximo anos<br />

saudável e se preocupa com a<br />

produção sustentável para suprir<br />

a população que cresce.<br />

Outra tendência apontada<br />

pelo estudo é o uso do Instagram<br />

como plataforma para contar<br />

histórias, <strong>de</strong> forma que imagem<br />

e texto possam coexistir – são<br />

as chamadas instastories. Atualmente,<br />

o Instagram tem uma<br />

base <strong>de</strong> 400 milhões <strong>de</strong> usuário<br />

– só no Brasil, segundo país para<br />

a re<strong>de</strong> social, são 29 milhões <strong>de</strong><br />

pessoas ativas todos os meses.<br />

Apesar do número surpreen<strong>de</strong>nte,<br />

fazer propaganda na re<strong>de</strong><br />

ainda é algo novo – no Brasil, por<br />

exemplo, somente este ano a plataforma<br />

permitiu a veiculação <strong>de</strong><br />

anúncios – e as marcas têm como<br />

<strong>de</strong>safio produzir conteúdo nativo<br />

e relevante.<br />

A produção <strong>de</strong> conteúdo relevante<br />

surge como algo importante<br />

também porque o bloqueio a<br />

anúncios no meio digital cresce.<br />

Segundo informações do estudo,<br />

ferramentas <strong>de</strong> ad blocking cresceram<br />

globalmente 41% no ano<br />

e 48% só nos Estados Unidos,<br />

resultando em 198 milhões <strong>de</strong><br />

ad blockers ativos. Diante do cenário,<br />

marcas terão <strong>de</strong> trabalhar<br />

cada vez mais <strong>de</strong> forma transparente<br />

para superar esse <strong>de</strong>safio.<br />

O relatório aborda ainda a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um olhar mais atento<br />

para a geração Z, formada por<br />

jovens muito mais conscientes e<br />

empáticos, além <strong>de</strong> mais conectados<br />

e a<strong>de</strong>ptos às re<strong>de</strong>s sociais.<br />

É no ambiente digital, inclusive,<br />

que estão os ídolos e influenciadores<br />

<strong>de</strong>sta parte da população –<br />

como youtubers e a vencedora do<br />

Nobel da Paz, Malala Yousafzai,<br />

que no estudo da JWT aparece à<br />

frente da cantora Beyoncé como<br />

ícone da geração Z.<br />

E por falar em empatia, a palavra<br />

(sua importância, seus benefícios<br />

e virtu<strong>de</strong>s) é a buzzword<br />

para 2016. As marcas que se colocarem<br />

no lugar do outro, dando<br />

mais valor à experiência do consumidor<br />

e também às diversida<strong>de</strong>s,<br />

serão melhores vistas.<br />

“Acredito que a indústria da<br />

comunicação como um todo<br />

<strong>de</strong>ve estar atenta ao fato <strong>de</strong> que<br />

estamos vivendo um momento<br />

no qual controle e planejamento<br />

<strong>de</strong>vem ser feitos quase real time.<br />

Muito do conteúdo produzido<br />

pelas marcas está vindo <strong>de</strong> consumidores,<br />

muitas das críticas<br />

i<strong>de</strong>m. Os anunciantes <strong>de</strong>vem estar<br />

dispostos a, cada vez mais,<br />

<strong>de</strong>ixar a sua marca nas mãos das<br />

pessoas e viver em um estado<br />

constante <strong>de</strong> beta mo<strong>de</strong> e transformação.<br />

O diálogo é absolutamente<br />

necessário e é isso que vai<br />

enriquecer o contato das pessoas<br />

com as marcas”, diz Isabella.<br />

Entre vários outros aspectos<br />

também abordados, o estudo<br />

aponta, por fim, olhares para<br />

novas culturas. O mesmo Brasil<br />

que iniciou o texto sendo tendência<br />

começa a per<strong>de</strong>r atenção<br />

no mercado <strong>de</strong> luxo, assim como<br />

os <strong>de</strong>mais países do BRIC (Brasil,<br />

Rússia, Índia e China), para economias<br />

que estão para explodir.<br />

Marcas <strong>de</strong>vem ficar atentas à cultura<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>z <strong>de</strong>stinos: Peru, Colômbia,<br />

Etiópia, Zâmbia, Quênia,<br />

Tanzânia, Bangla<strong>de</strong>sh, Filipinas,<br />

Sri Lanka e Indonésia.<br />

Geração Z: jovens mais conectados e a<strong>de</strong>ptos às re<strong>de</strong>s sociais<br />

encontram os seus ídolos e influenciadores na internet<br />

Isabella Mulholland, head of<br />

planning da J. Walter Thompson<br />

Brasil: estudo é publicado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2010, como forma <strong>de</strong> antecipar<br />

tendências e ajudar clientes no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos<br />

e ações <strong>de</strong> comunicação<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 55


sul online<br />

Divulgação<br />

sinapro/Rs<br />

tem novo<br />

presi<strong>de</strong>nte<br />

Fernando Silveira, da Integrada Comunicação Total, é o novo presi<strong>de</strong>nte do Sinapro/RS<br />

para o período 2016/2018. Silveira substituiu Delmar Gentil, do Sistema Dez, à frente da<br />

entida<strong>de</strong>. Com mais <strong>de</strong> 20 anos <strong>de</strong> carreira, Silveira já trabalhou como redator na Martins &<br />

Andra<strong>de</strong>, na extinta Símbolo e, em Florianópolis, passou pela Artplan Sul (Prime DBB), WG<br />

(atual OneWG) e Quadra Comunicação. No ano 2000, retornou ao Rio Gran<strong>de</strong> do Sul para<br />

fundar a Integrada Comunicação Total, da qual é sócio majoritário e atua como diretor-<br />

-geral com foco em planejamento e novos negócios. “O principal compromisso é dar continuida<strong>de</strong><br />

ao trabalho <strong>de</strong> Delmar, que foi incrível. Antes era uma entida<strong>de</strong> que não estava<br />

sendo atuante como <strong>de</strong>veria ser e Delmar fez um excelente trabalho <strong>de</strong> construção e união<br />

das entida<strong>de</strong>s locais”, comenta Silveira.<br />

Fernando Silveira: “O<br />

principal compromisso<br />

é dar continuida<strong>de</strong> ao<br />

trabalho”<br />

Menos pRedatóRio<br />

O novo presi<strong>de</strong>nte do Sinapro/RS preten<strong>de</strong><br />

unir as agências gaúchas a fim <strong>de</strong> acabar<br />

com a concorrência predatória. “Quero<br />

conseguir unir as agências em torno <strong>de</strong><br />

uma i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócio menos predatório. A<br />

batalha por clientes e prospecções sempre<br />

vai existir, mas não po<strong>de</strong> ser pelo preço<br />

mais baixo. O mercado precisa se organizar<br />

para que não perca valor. Estamos vivendo<br />

uma fase <strong>de</strong> transição, em meio a uma<br />

gran<strong>de</strong> virada”, opina.<br />

nova se<strong>de</strong><br />

Na quinta-feira (17), haverá a posse da<br />

nova diretoria do Sinapro/RS e a inauguração<br />

da nova se<strong>de</strong>, na Rua Viscon<strong>de</strong> do Rio<br />

Branco. O local é uma das iniciativas do<br />

presi<strong>de</strong>nte anterior, que permanece como<br />

VP da entida<strong>de</strong>. Também integram a diretoria<br />

Ligia Lyrio, da Martins+Andra<strong>de</strong>, como<br />

diretora-financeira, e Arthur Ben<strong>de</strong>r,<br />

da Selling, como secretário-geral.<br />

núcleo <strong>de</strong> Moda da e21<br />

Dudu Vanoni está <strong>de</strong> volta à e21 como novo<br />

diretor <strong>de</strong> criação do núcleo <strong>de</strong> moda e<br />

comportamento. O criativo teve passagem<br />

pela agência entre 2008 a 2011 e retorna para<br />

reforçar a e21 em um novo momento <strong>de</strong><br />

trabalho. “O convite para retornar foi uma<br />

<strong>de</strong>liciosa surpresa. A agência está muito<br />

gran<strong>de</strong> e precisava <strong>de</strong> novo reativar o núcleo”,<br />

comenta Dudu. A unida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />

aten<strong>de</strong>r Brandili, Kildare, Água da Pedra e<br />

Conselho <strong>de</strong> Arquitetura e Urbanismo, tem<br />

contas novas para fechar em breve.<br />

BoM huMoR<br />

Para veicular na internet, a Competence<br />

criou o filme <strong>de</strong> Natal da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> farmácias<br />

Panvel. Toda em animação, a peça Magia<br />

do Natal foi <strong>de</strong>senvolvida pela Produtora<br />

Tribbo, <strong>de</strong> São Paulo, em três meses <strong>de</strong><br />

trabalho. Tem uma versão bem-humorada<br />

que mostra, no final, os “erros <strong>de</strong> gravação”.<br />

A direção <strong>de</strong> criação é <strong>de</strong> João Pedro<br />

Vargas e <strong>de</strong> Ricardo Soletti. A Panvel é hoje<br />

a maior re<strong>de</strong> <strong>de</strong> farmácias da Região Sul e<br />

possui mais <strong>de</strong> 300 lojas.<br />

ocean dRive<br />

O Grupo Ma<strong>de</strong>ro, do Paraná, inaugurou<br />

sua primeira unida<strong>de</strong> em Miami, e a GhFly,<br />

agência especializada em mídia <strong>de</strong> performance,<br />

está fazendo toda estratégia <strong>de</strong><br />

divulgação do novo empreendimento com<br />

diversas ações, entre elas uma campanha<br />

no aplicativo Waze para promover o novo<br />

restaurante. Em 2016, o grupo paranaense<br />

preten<strong>de</strong> inaugurar mais uma unida<strong>de</strong> internacional<br />

em Sidney, na Austrália.<br />

Ana Paula Jung<br />

propsul@uol.com.br<br />

56 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


mercado<br />

marketing valoriza dados,<br />

revela pesquisa da abemd<br />

Levantamento foi realizado por consórcio global <strong>de</strong><br />

associações que representam o setor no mundo todo<br />

Claudia Penteado<br />

Decisões orientadas por dados<br />

são fortemente valorizadas<br />

por profissionais <strong>de</strong> marketing<br />

do mundo inteiro, segundo<br />

resultados da segunda<br />

<strong>edição</strong> da pesquisa The Global<br />

Review of Data-Driven Marketing<br />

and Advertising realizada<br />

com três mil profissionais <strong>de</strong><br />

marketing <strong>de</strong> anunciantes, empresas<br />

prestadores <strong>de</strong> serviços<br />

e <strong>de</strong>senvolvedores <strong>de</strong> tecnologia<br />

<strong>de</strong> 17 países.<br />

O levantamento foi realizado<br />

por um consórcio global <strong>de</strong><br />

associações <strong>de</strong> marketing e coor<strong>de</strong>nado<br />

pela Abemd (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Marketing<br />

Direto) no Brasil, que colaborou<br />

com 523 respon<strong>de</strong>ntes.<br />

O principal resultado: 81,3%<br />

dos profissionais (número<br />

maior do que o do ano passado,<br />

80,4%) indicaram que dados<br />

são muito importantes para o<br />

seu negócio. E 59,3% (contra<br />

57,1% do ano passado) consi<strong>de</strong>ram<br />

que o marketing orientado<br />

por dados é crítico para os seus<br />

negócios. Os resultados estão<br />

publicados no relatório The<br />

Global Review of Data-Driven<br />

Marketing and Advertising, da<br />

Global DMA (aliança <strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> 25 associações <strong>de</strong> marketing<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes ao redor<br />

do mundo) e do Winterberry<br />

Group (consultoria estratégica<br />

especializada em publicida<strong>de</strong>,<br />

marketing, mídia e informação,<br />

81,3%<br />

Dos entrevistados disseram que<br />

dados são importantes para suas<br />

iniciativas <strong>de</strong> marketing<br />

90,2%<br />

Afirmaram estarem focados<br />

na implementação <strong>de</strong> análises<br />

preditivas e segmentação (em 20<strong>14</strong><br />

apenas 43,8% tinham esse foco)<br />

93,1%<br />

Acreditam que dados <strong>de</strong>sempenharão<br />

um papel importante no futuro<br />

56,3%<br />

Relataram aumento nos investimentos<br />

em marketing orientados por dados este ano<br />

35,9%<br />

Afirmaram que, no Brasil, os<br />

investimentos em marketing<br />

orientado por dados aumentarão<br />

significativamente em 2016<br />

com se<strong>de</strong> nos EUA).<br />

O relatório apurou, entre julho<br />

e setembro, as práticas nos<br />

seguintes mercados: Argentina,<br />

Alemanha, Austrália, Bélgica,<br />

Brasil, Chile, Cingapura, Estados<br />

Unidos, França, Holanda,<br />

Hong Kong, Hungria, Índia, Itália,<br />

Nova Zelândia, Reino Unido<br />

e Suécia. Efraim Kapulski,<br />

presi<strong>de</strong>nte da Abemd, fala que<br />

foi uma gran<strong>de</strong> conquista ter<br />

tantos profissionais e empresas<br />

<strong>de</strong> todo o mundo participando<br />

<strong>de</strong> um estudo tão abrangente.<br />

“Nós fizemos isso para ajudar<br />

empresas e anunciantes a terem<br />

benchmarks claros para<br />

suas campanhas e, assim, analisar<br />

alocações <strong>de</strong> verbas em<br />

conformida<strong>de</strong> com as melhores<br />

práticas globais, <strong>de</strong>senvolvendo<br />

estratégias para a utilização<br />

dos dados disponíveis <strong>de</strong> maneira<br />

significativa, responsável<br />

e <strong>de</strong> fácil acesso”, disse.<br />

Algumas informações se <strong>de</strong>stacam<br />

no mercado brasileiro. O<br />

crescimento dos investimentos<br />

em marketing orientado por<br />

dados no Brasil durante o ano<br />

passado continuou a aumentar,<br />

inclusive em taxas maiores que<br />

as médias globais: 73,3% dos<br />

entrevistados brasileiros <strong>de</strong>clararam<br />

que dados são importantes<br />

para seus esforços <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

e marketing e 83,6%<br />

disseram que vão ficar ainda<br />

mais importantes.<br />

A confiança do profissional<br />

brasileiro em relação ao marketing<br />

orientado por dados<br />

e seu crescimento potencial<br />

continuou alta e praticamente<br />

na média global: 4.10 vs 4.<strong>14</strong>,<br />

em uma escala <strong>de</strong> 1 a 5, on<strong>de</strong><br />

5 representa confiança “extrema”.<br />

Em relação aos fatores<br />

impulsionadores e inibidores<br />

do crescimento da ativida<strong>de</strong>, os<br />

brasileiros <strong>de</strong>stoaram apenas<br />

no quesito “condições econômicas<br />

gerais”, no qual manifestaram<br />

um claro temor <strong>de</strong> que a<br />

situação da economia brasileira<br />

possa afetar o <strong>de</strong>sempenho do<br />

marketing orientado por dados.<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 57


Marcas & Produtos<br />

Neusa Spaulucci nspaulucci@propmark.com.br<br />

intimida<strong>de</strong><br />

O Grupo Hope lançou a marca<br />

NU. A i<strong>de</strong>ia é remeter à liberda<strong>de</strong><br />

total, como se a mulher estivesse<br />

sem roupa íntima. Assinada pelo<br />

estilista brasileiro André Lima, a<br />

coleção tem cerca <strong>de</strong> 480 opções<br />

<strong>de</strong> produtos beachwear, fitness e<br />

ballet. De acordo com a diretora<br />

<strong>de</strong> marketing da re<strong>de</strong>, Sandra<br />

Chayo, a criação da marca é uma<br />

das estratégias para atingir outros nichos. “Inovação faz parte da nossa trajetória. No<br />

<strong>de</strong>correr <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, vamos inaugurar a primeira loja NU no shopping Higienópolis, em<br />

São Paulo, on<strong>de</strong> serão vendidas apenas as peças da grife. Em 2016, a i<strong>de</strong>ia é expandir<br />

com esse novo mo<strong>de</strong>lo por meio <strong>de</strong> lojas próprias e franquias”.<br />

SaBor<br />

A Heinz colocou no mercado o<br />

novo sabor da sua maionese.<br />

Segundo a marca, o produto<br />

é <strong>de</strong>senvolvido no Brasil com<br />

ovos <strong>de</strong> galinha caipira. A<br />

embalagem também ganhou<br />

nova roupagem. Ficou mais<br />

prática e mo<strong>de</strong>rna, e po<strong>de</strong> ser<br />

encontrada nos tamanhos<br />

215 g, 390 g e 400 g.<br />

Fotos: Divulgação<br />

Brin<strong>de</strong><br />

A Vinícola Aurora colocou no<br />

mercado um kit para presentear,<br />

com taças coloridas, <strong>de</strong> vidro e <strong>de</strong><br />

acrílico, que acompanha alguns dos<br />

espumantes mais premiados da<br />

vinícola em estojos personalizados<br />

com os grafismos das linhas.<br />

“Optamos por incorporar as taças<br />

<strong>de</strong> acrílico pela segurança que<br />

representam e a praticida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r levar para o tradicional brin<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ano novo na praia, na piscina e<br />

em outras situações fora <strong>de</strong> casa”,<br />

diz Lour<strong>de</strong>s Conci da Silva, gerente<br />

<strong>de</strong> marketing da companhia.<br />

arteSanal<br />

A massa Premium grano duro da Santa Amália também<br />

ganhou visual novo. Embalada em papel kraft reforçado, a i<strong>de</strong>ia<br />

é apresentar o produto com ar <strong>de</strong> artesanal. Outra novida<strong>de</strong><br />

da empresa é Geneo, achocolatado em pó com complexo<br />

nutritivo Neuron-B, direcionado a crianças e jovens.<br />

na caixa<br />

O Grupo Concha y Toro<br />

apresenta o Clos <strong>de</strong> Pirque, vinho<br />

vendido em caixa Tetra Pak <strong>de</strong><br />

um litro, que, segundo a empresa,<br />

representa cerca <strong>de</strong> 50% dos<br />

vinhos <strong>de</strong> mesa dos mercados<br />

argentino e chileno. A novida<strong>de</strong><br />

se <strong>de</strong>staca pela praticida<strong>de</strong> da<br />

embalagem. Fácil <strong>de</strong> transportar,<br />

o produto tem maior durabilida<strong>de</strong><br />

e é sustentável, já que a<br />

embalagem é 100% reciclável.<br />

Fabricado no Chile, é feito com a<br />

uva cabernet sauvignon.<br />

58 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Marcas<br />

Johnson & Johnson gera conteúdo<br />

O diretor <strong>de</strong> marketing da empresa, José Cirilo,<br />

direciona estratégia <strong>de</strong> marketing para inovação<br />

BÁRBARA BARBOSA<br />

Após pouco mais <strong>de</strong> um ano<br />

na direção <strong>de</strong> marketing da<br />

Johnson & Johnson, José Cirilo,<br />

ex-P&G que assumiu o novo <strong>de</strong>safio<br />

em agosto do ano passado,<br />

está satisfeito. Mesmo diante<br />

<strong>de</strong> um ano economicamente<br />

<strong>de</strong>safiador, a empresa conseguiu<br />

crescer mais que em 20<strong>14</strong>.<br />

Embora não abra números <strong>de</strong><br />

faturamento, o executivo assegura<br />

o crescimento e a li<strong>de</strong>rança<br />

<strong>de</strong> mercado para algumas<br />

marcas do portfólio, como Listerine<br />

e Johnson’s Baby, que se<br />

manteve no topo mesmo com a<br />

chegada ao mercado <strong>de</strong> novos<br />

concorrentes, como a linha Baby<br />

Dove, lançada em <strong>de</strong>zembro<br />

passado. Para 2016, lançamentos<br />

e big i<strong>de</strong>as, aquelas que são<br />

exportadas para outros países,<br />

<strong>de</strong>vem marcar o primeiro semestre<br />

da J & J.<br />

Para seguir em ascensão,<br />

Cirilo se apoia em cinco pilares,<br />

os quais chama <strong>de</strong> “inovação,<br />

novo marketing, produtivida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />

talentos e nova forma <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r”.<br />

Em relação ao novo marketing,<br />

a estratégia do executivo<br />

é bastante direcionada<br />

para a inovação, por meio do<br />

uso do meio digital e ações <strong>de</strong><br />

PR. “Tudo que a gente faz é<br />

para gerar conteúdo. Sempre<br />

quis e sempre vou querer ganhar<br />

um (Leão em) Cannes,<br />

mas eu gosto <strong>de</strong> fazer marketing<br />

que o consumidor vai falar”,<br />

disse o executivo durante<br />

encontro com jornalistas<br />

em São Paulo. “Procuramos<br />

trazer o digital <strong>de</strong> uma forma<br />

mais estratégica no jeito como<br />

comunicamos com o consumidor.<br />

Porque o digital não é<br />

só eficiência, mas ele também<br />

te ajuda a falar no seu target<br />

Linha Johnson’s Baby se mantém lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> mercado, mesmo após lançamento, no ano passado, da concorrente Baby Dove<br />

“Sempre quiS<br />

e Sempre<br />

vou querer<br />

ganhar<br />

um leão <strong>de</strong><br />

canneS”<br />

específico. A gente teve claro<br />

o papel <strong>de</strong> cada veículo na<br />

comunicação por marca este<br />

ano. Em Baby, por exemplo,<br />

a gente sabia que precisava<br />

muito <strong>de</strong> TV para falar com<br />

muita gente”, exemplificou.<br />

Apesar do uso acelerado das<br />

plataformas digitais, como<br />

o YouTube, bastante citado<br />

no encontro, Cirilo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

a integração entre os meios e<br />

mantém em seu plano a presença<br />

<strong>de</strong> meios impressos,<br />

além da televisão. “Não acredito<br />

que o impresso vá morrer,<br />

apesar <strong>de</strong> ser um gran<strong>de</strong><br />

fã <strong>de</strong> digital”, comentou o<br />

executivo. Segundo ele, este<br />

ano o investimento em digital<br />

foi o mesmo do ano passado,<br />

quando houve aumento nesta<br />

área por conta da Copa do<br />

Mundo.<br />

O executivo citou a campanha<br />

feita com Neutrogena,<br />

linha feminina <strong>de</strong> cuidados<br />

Divulgação<br />

para a pele, como exemplo<br />

<strong>de</strong> ação no meio impresso.<br />

Em julho, a DM9DDB criou<br />

para a marca uma capa na revista<br />

Caras que trazia a atriz<br />

Giovanna Ewbank maquiada<br />

e uma amostra <strong>de</strong> lenço removedor<br />

<strong>de</strong> maquiagem da<br />

Neutrogena para que o consumidor<br />

pu<strong>de</strong>sse testar na garota-propaganda<br />

e, assim, vê-la<br />

<strong>de</strong> cara limpa.<br />

Por falar em agência, Cirilo<br />

garante no próximo ano<br />

a continuida<strong>de</strong> da DM9 e da<br />

J.Walter Thompson aten<strong>de</strong>ndo<br />

às marcas <strong>de</strong> J & J, além <strong>de</strong><br />

AG2 Nurun e Sunset exclusivamente<br />

na área digital.<br />

O mercado brasileiro é o segundo<br />

mais importante para a<br />

Johnson & Johnson, que está<br />

presente no país há mais <strong>de</strong><br />

80 anos. A principal área para<br />

a companhia é a <strong>de</strong> Consumer<br />

Care, que representa 80% do<br />

total.<br />

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(11) 3040-2211 - WWW.TODAY.AG<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 59


supercenas<br />

Marcello Queiroz mqueiroz@propmark.com.br<br />

Da esquerda para a direita, os luchadores Renato Castro, Paulinho Corcione, Sergio Bartolo, Igor Ferreira, Arthur Decloedt, Daniela Celer, Danilo Barbalaco (<strong>de</strong>itado) e Dricka Lima<br />

LUCHADORES DE SONS<br />

A produtora <strong>de</strong> áudio Lucha Libre fez duas contratações: Sergio Bartolo, para o cargo <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> criação, e Arthur Decloedt, que<br />

entra na equipe <strong>de</strong> produtores. Bartolo, um dos fundadores e baixista da banda Funk Como Le Gusta, e também baixista da Karnak, já<br />

passou pela A Voz do Brasil, YB, Dr. DD, MTV e Sony. O produtor musical Decloedt, ex-Tentáculo, assina a produção <strong>de</strong> vários longas com<br />

estreia prevista para o próximo semestre, entre eles A Bruta flor do Querer (Filmes da Lata), Olhar Instigado (Bossa Nova Films) e Vai Guarulhos.<br />

A Lucha Libre é comandada pelos sócios Igor Ferreira e Paulinho Corcione. Na equipe da produtora também estão Daniela Celer<br />

(atendimento), Renato Castro (coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> produção), Dricka Lima (assistente <strong>de</strong> produção) e Danilo Barbalaco (produtor).<br />

60 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Victor Almeida/Divulgação<br />

VENDA TOTAL<br />

Apesar <strong>de</strong> Roberto Justus<br />

afirmar categoricamente que<br />

ven<strong>de</strong>u 80% <strong>de</strong> suas ações<br />

do Newcomm para o WPP,<br />

há informações no mercado<br />

apontando diferença <strong>de</strong><br />

porcentagem. O volume,<br />

segundo uma fonte bem<br />

próxima ao publicitário,<br />

teria sido <strong>de</strong> 100%.<br />

WISH COM APEX (I)<br />

A Apex-Brasil realizou<br />

semana passada, em São<br />

Francisco, mais uma <strong>edição</strong><br />

do Demo Day, programa para<br />

atrair capital estrangeiro<br />

para startups brasileiras.<br />

Desta vez, o trabalho contou<br />

com coor<strong>de</strong>nação da Wish<br />

International Management<br />

com uma série <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

na região do Vale do Silício.<br />

Cerca <strong>de</strong> 10 mil empresas se<br />

inscreveram no programa,<br />

sendo que 170 <strong>de</strong>las se<br />

classificaram em um processo<br />

<strong>de</strong> avaliação que selecionou<br />

68 para programas <strong>de</strong><br />

“aceleração” <strong>de</strong>senvolvidos no<br />

Brasil. Entre as 68, 10 foram<br />

escolhidas para treinamentos<br />

especiais na Califórnia.<br />

WISH COM APEX (II)<br />

Os treinamentos, organizados<br />

pela Wish, incluíram visitas<br />

especiais a empresas como<br />

Facebook, LinkedIn, Twitter<br />

e Evernote para cursos <strong>de</strong><br />

mídia programática, retenção<br />

<strong>de</strong> talentos, novas tendências<br />

e big data. Também houve<br />

programas <strong>de</strong> treinamento na<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Berkeley e na<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Stanford. No<br />

Demo Day especificamente,<br />

em 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro,<br />

representantes da 10 startups<br />

selecionadas se apresentaram<br />

para cerca <strong>de</strong> 170 investidores.<br />

“A Apex ajuda <strong>de</strong> uma maneira<br />

muito forte. O interessante é<br />

que essas startups mostram<br />

uma geração <strong>de</strong> jovens que<br />

conseguem ver oportunida<strong>de</strong>s<br />

em tempos <strong>de</strong> crise, criando<br />

soluções para ajudar o Brasil<br />

na criação <strong>de</strong> divisas e<br />

empregos”, avalia Natasha <strong>de</strong><br />

Castro Caiado, sócia da Wish.<br />

LIGAÇÕES PERIGOSAS<br />

Estreia em 4 <strong>de</strong> janeiro, na<br />

Globo, a minissérie Ligações<br />

Perigosas. É a primeira<br />

inteiramente produzida em<br />

tecnologia 4K, <strong>de</strong> ultra-alta<br />

<strong>de</strong>finição. O trabalho tem<br />

direção geral <strong>de</strong> Vinícius<br />

Coimbra e direção <strong>de</strong> fotografia<br />

<strong>de</strong> Jean Benoît Crépon.<br />

A minissérie, <strong>de</strong> Manuela<br />

Dias, é uma adaptação do<br />

clássico francês Les Liaisons<br />

Dangereuses, <strong>de</strong> Cho<strong>de</strong>rlos<br />

<strong>de</strong> Laclos.<br />

Ziraldo, com língua <strong>de</strong> Einstein, entre Galverna e Ana Paula, da OCA Animation: longa <strong>de</strong> O Menino Maluquinho<br />

MALUQUINHO ANIMADO<br />

Durante a Comic Com Experience, no último dia 6, em São Paulo,<br />

o cartunista Ziraldo apresentou seu mais novo projeto: um<br />

longa em animação do seu famoso personagem O Menino Maluquinho.<br />

O trabalho será feito com o estúdio Oca Animation, que<br />

tem como sócio o ilustrador Guilherme Alvernaz, o Galverna. A<br />

Oca também vai criar e produzir séries para TV inspiradas em<br />

outras obras <strong>de</strong> Ziraldo como O Bebê Maluquinho e O Bichinho<br />

da Maçã. Além <strong>de</strong> Galverna, a Oca tem como sócios a produtora<br />

executiva Ana Paula Catarino e o diretor Gustavo Amaral. Na<br />

área <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, a empresa já trabalhou para Africa, Almap-<br />

BBDO, DM9DDB, Neogama/BBH e Wun<strong>de</strong>rman.<br />

Fotos: Vtao Takayama/Divulgação<br />

Sofia Angeli, André Ferezini, Bruno Pirozzi, Vandreia Ribeiro, Marcela Santos, Guto Lins e Gotacx<br />

Massimo, Mariana Valentini, Alberto Lopes e Ricardo Carelli<br />

FESTA DOS 50<br />

Cerca <strong>de</strong> 1.400 pessoas passaram na festa <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano da Vetor<br />

Zero semana passada, em São Paulo. Rolou um 50 em 1, ou seja,<br />

comemoração para os 28 anos <strong>de</strong> atuação da Vetor Zero, 21 da Lobo<br />

e um da Vetor Filmes. Juntas, elas produziram 171 filmes em 2016.<br />

Entre os <strong>de</strong>staques do ano está a reabertura do escritório da Lobo<br />

em Nova York, uma oficina stop motion em São Paulo, além <strong>de</strong> prêmios<br />

em Cannes, El Ojo e outros festivais internacionais.<br />

AMAZON<br />

Em <strong>de</strong>staque no Financial<br />

Times, semana passada,<br />

a empresa incrementa<br />

serviço <strong>de</strong> logística para<br />

entregas no mesmo dia ou<br />

em uma hora. Ela po<strong>de</strong>rá<br />

disputar mercado com<br />

FedEx e UPS<br />

NARCOS<br />

Produzido para a Netflix,<br />

trabalho foi indicado ao<br />

prêmio <strong>de</strong> melhor seriado<br />

dramático do Globo <strong>de</strong><br />

Ouro. Wagner Moura,<br />

como Pablo Escobar,<br />

disputa o <strong>de</strong> melhor ator<br />

em série <strong>de</strong> drama<br />

FRANGO<br />

Devido à crise econômica,<br />

ele <strong>de</strong>verá tomar o lugar<br />

do peru, nas festas <strong>de</strong><br />

Natal, nas respostas <strong>de</strong><br />

meta<strong>de</strong> dos entrevistados<br />

ouvidos pela Dunnhumby<br />

no Brasil<br />

MÍDIA DIGITAL<br />

Estudo do Warc prevê que<br />

ela vai enfrentar “revolta”<br />

mercadológica em 2016<br />

diante dos softwares <strong>de</strong><br />

bloqueio <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>,<br />

frau<strong>de</strong>s e problemas com<br />

métricas <strong>de</strong> visualização<br />

SMARTPHONE<br />

As vendas do aparelho<br />

registraram queda <strong>de</strong><br />

25,8% no mercado<br />

brasileiro durante<br />

o terceiro trimestre<br />

segundo a IDC.<br />

No anterior, redução<br />

foi <strong>de</strong> 13%<br />

INFORMÁTICA<br />

Em <strong>2015</strong>, ela representa<br />

segmento com maior<br />

queda <strong>de</strong> faturamento,<br />

19%, no setor <strong>de</strong><br />

eletroeletrônicos, que<br />

<strong>de</strong>ve encolher 10%,<br />

segundo a Abinee<br />

Vania Delpoio/Divulgação<br />

jornal propmark - <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> 61


última página<br />

Qual é o futuro da propaganda?<br />

Claudia Penteado<br />

Outro dia me convidaram para dar um<br />

<strong>de</strong>poimento sobre como eu vejo o futuro<br />

da propaganda, confesso que amarelei.<br />

Gosto <strong>de</strong> fazer essa pergunta aos meus entrevistados<br />

publicitários. É um enigma interessantíssimo<br />

<strong>de</strong> conjecturar a respeito,<br />

principalmente no Brasil, on<strong>de</strong> há tantas<br />

peculiarida<strong>de</strong>s em torno da profissão, entre<br />

oportunida<strong>de</strong>s e limitações.<br />

Curiosa, acabei passando a semana da<br />

propaganda – essa homenagem criada pela<br />

Fenapro – assistindo às especulações em<br />

ví<strong>de</strong>o enviadas por profissionais à própria<br />

entida<strong>de</strong> e também revendo algumas das<br />

respostas dadas pelos meus ilustres entrevistados<br />

nos últimos tempos.<br />

O que dificulta qualquer previsão é, naturalmente,<br />

o fato <strong>de</strong> estarmos <strong>de</strong>ntro da<br />

nave na qual os ajustes estão sendo feitos<br />

em pleno voo. Nela, mo<strong>de</strong>los novos convivem<br />

com antigos, radicais convivem com<br />

mo<strong>de</strong>rados e muitas vezes me parece que<br />

sobra para escanteio a verda<strong>de</strong>ira razão pela<br />

qual estamos passando por tudo isso.<br />

Outro dia perguntei a uma diretora da<br />

Nissan se ela acha que os mo<strong>de</strong>los elétricos<br />

da Nissan tomarão conta, um dia, do<br />

portfólio da montadora, eliminando por<br />

completo veículos movidos a combustíveis<br />

fósseis. A sua resposta foi rápida: isso está<br />

nas mãos do consumidor. Ele fará essa escolha.<br />

Sua resposta bateu com o que, no fundo,<br />

eu penso a respeito do futuro da propaganda:<br />

eu, você e todo mundo, os “consumidores”,<br />

as pessoas que consomem, que<br />

compram “coisas”, é que vão <strong>de</strong>cidir o futuro<br />

da propaganda. A partir daquilo que<br />

nos emociona, nos motiva para “comprar”<br />

algo – seja um produto, um serviço ou uma<br />

i<strong>de</strong>ia, uma filosofia.<br />

Cansamos, cansamos todos, dos mo<strong>de</strong>los<br />

tradicionais interruptivos e invasivos<br />

da propaganda. É fato. Não é essa entida<strong>de</strong><br />

etérea, “o consumidor”, que cansou. Somos<br />

eu e você. Uma matéria recente com<br />

profissionais <strong>de</strong> mídia <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque no Ad<br />

Age me chamou muita atenção porque perguntava<br />

a eles se eles pulavam comerciais<br />

ao assistir seus programas. Todos confessaram<br />

que sim. E todos se digladiam, diariamente,<br />

em suas estratégias, com o fato<br />

<strong>de</strong> que “os consumidores” andam preferindo<br />

pular comerciais.<br />

Portanto, os consumidores somos nós e<br />

eu diria, quase filosoficamente, que olhar<br />

para nós mesmos po<strong>de</strong> ajudar um bocado<br />

a olhar para o mundo ao nosso redor. Mudamos,<br />

isso certamente vale para o cara ao<br />

nosso lado e para um bocado <strong>de</strong> gente. Boa<br />

parte do planeta. Mudamos porque temos<br />

finalmente escolha. Antes, não tínhamos.<br />

Havia o sofá. Havia a TV no meio da sala.<br />

Havia o momento <strong>de</strong> sentar e ver um programa.<br />

Havia mais tempo? Nem sei, mas<br />

não havia muita escolha. Era isso ou um livro,<br />

folhear uma revista e ouvir música, ler<br />

o jornal, ir pra rua.<br />

Estamos, sempre estivemos e possivelmente<br />

sempre estaremos, buscando conteúdo<br />

para preencher nossas expectativas<br />

e necessida<strong>de</strong>s. Buscamos informações e<br />

narrativas <strong>de</strong> todos os tipos e gêneros. Patricia<br />

Weiss, especialista que vem se <strong>de</strong>dicando<br />

a analisar essa nossa bela nave que<br />

se transforma em pleno voo, costuma dizer<br />

que as pessoas não consomem conteúdo<br />

porque ele pertence a uma <strong>de</strong>terminada<br />

marca. Consomem porque ele é interessante,<br />

relevante, faz sentido no imenso hall<br />

<strong>de</strong> escolhas que fazemos o tempo todo. Se<br />

esse conteúdo for <strong>de</strong> uma marca e isso causar<br />

empatia em quem consumiu, foi feita<br />

a conexão nesse admirável mundo novo.<br />

Para marcas, sim, ficou mais difícil ganhar<br />

a atenção das pessoas. Mas isso tornou esse<br />

negócio – a propaganda – infinitamente<br />

mais interessante.<br />

Ao tentar traçar o futuro da propaganda,<br />

algumas pessoas ficam nostálgicas,<br />

recordam os anos 1960 ou falam das novas<br />

plataformas e comentam os budgets limitados,<br />

a pressão por resultados e a consequente<br />

perda <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e relevância da<br />

propaganda. Falam <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong> fazer a diferença no planeta. Olivetto<br />

disse que a gran<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia é o que moveu,<br />

move e moverá a propaganda para frente –<br />

o que certamente é verda<strong>de</strong>. Acredito que<br />

a Big I<strong>de</strong>a nasce, hoje mais do que nunca,<br />

do olhar cuidadoso para o que leva hoje eu,<br />

você e “os consumidores” a se conectarem<br />

com as marcas. A gran<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia é o que “dá<br />

liga”. Prestar atenção nisso a partir daquilo<br />

que uma marca tem <strong>de</strong> genuíno para comunicar<br />

ou oferecer, creio que é o mais próximo<br />

que se po<strong>de</strong> chegar do tão almejado<br />

“Oráculo <strong>de</strong> Delfos da propaganda”.<br />

ne3p/ShutterStock<br />

“Cansamos,<br />

Cansamos todos,<br />

dos mo<strong>de</strong>los<br />

tradiCionais<br />

interruptivos<br />

e invasivos da<br />

propaganda”<br />

62 <strong>14</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>2015</strong> - jornal propmark


Estamos comemorando. Só essa frase<br />

já seria motivo suficiente <strong>de</strong> surpresa<br />

num ano duro como este. Mas tem mais.<br />

Apesar do ano tão difícil, em <strong>2015</strong> a Dentsu<br />

está comemorando o melhor resultado<br />

da sua breve história aqui no Brasil.<br />

Ganhamos cinco novas contas durante o ano :<br />

Talharim, da Nissin, Teacher’s, Lexus, Toyota<br />

Varejo Rio <strong>de</strong> Janeiro e Toyota Varejo Nor<strong>de</strong>ste.<br />

A gente tem<br />

muita notícia boa<br />

para contar<br />

sobre <strong>2015</strong>.<br />

Inclusive esta:<br />

ter notícia boa<br />

sobre <strong>2015</strong>.<br />

Além disso, lançamos gran<strong>de</strong>s trabalhos, como<br />

a ação Prius Challenge, a Cup Noodles Machine ,<br />

a campanha para o Dia das Mães Canon ,<br />

o filme <strong>de</strong> Talharim com a Grazi Massafera<br />

e a campanha para a Placar que homenageia<br />

a Seleção Brasileira, entre muitos outros.<br />

Ganhamos prêmios internacionais .<br />

Ganhamos reconhecimento aqui e lá fora.<br />

Enfim, ganhamos <strong>de</strong> <strong>2015</strong>. Que venha 2016.<br />

Brasil<br />

Good Innovation


Anda errando<br />

na hora <strong>de</strong> atingir<br />

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*Fonte: ComScore Media Metrix, Total Unique Visitors, Brazil Audience 6+ PC Only (Home & Work Locations), August <strong>2015</strong>.<br />

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