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edição de 13 de novembro de 2017

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especial tv paga<br />

Fruto <strong>de</strong> investimento em conteúdo,<br />

meio segue firme e forte no Brasil<br />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação às muitas telas tem sido a gran<strong>de</strong> vantagem<br />

competitiva do setor, além da agilida<strong>de</strong> do noticiário e produções variadas<br />

Claudia Penteado<br />

que dá força, afinal <strong>de</strong> contas, à TV paga<br />

hoje no Brasil? Apesar da crise e da<br />

O<br />

queda no volume <strong>de</strong> assinaturas, a TV por<br />

assinatura segue fortalecida pelo incremento<br />

<strong>de</strong> sua audiência, fruto, entre outras<br />

coisas, <strong>de</strong> investimentos incontestáveis em<br />

conteúdo <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />

O PROPMARK ouviu (veja <strong>de</strong>poimentos<br />

nas duas próximas páginas) a indústria sobre<br />

o que move esse meio para a frente, e o<br />

que ficou claro é que a TV paga tem hoje a<br />

seu favor - para além do fascínio que a televisão<br />

exerce, nacionalmente - o incremento<br />

exponencial do interesse por conteúdo audiovisual.<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação do meio às<br />

muitas telas tem sido uma vantagem competitiva,<br />

bem como a agilida<strong>de</strong> na cobertura<br />

<strong>de</strong> eventos jornalísticos e produção <strong>de</strong><br />

conteúdos para os mais diversos públicos,<br />

aprofundando os temas e <strong>de</strong>bates mais atuais<br />

do mundo contemporâneo.<br />

Não há, na prática, nenhum milagre: cada<br />

ponto <strong>de</strong> audiência conquistado é fruto da<br />

equação equilibrada entre oferta e procura,<br />

pois no mundo <strong>de</strong> hoje o que não faltam são<br />

opções <strong>de</strong> conteúdo, nos mais diferentes<br />

meios. As pessoas estão, continuamente,<br />

fazendo escolhas. Minuto a minuto.<br />

Roberto Nascimento, coor<strong>de</strong>nador do<br />

comitê <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da ABTA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> TV por Assinatura) e também<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vendas da Discovery,<br />

afirma que nunca se assistiu tanta TV<br />

como no último ano. Nunca se produziu e<br />

consumiu tanto ví<strong>de</strong>o como atualmente.<br />

“Num ano tão difícil, mais <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong><br />

pessoas por minuto assistindo televisão é<br />

um dado relevante e importante. A curva é<br />

ascen<strong>de</strong>nte e nunca esteve tão forte”, diz.<br />

A crise funciona como algoz e benfeitor,<br />

um pouco <strong>de</strong> cada: se por um lado há menos<br />

dinheiro disponível para investir em<br />

entretenimento, ficar mais em casa leva<br />

as pessoas, invariavelmente, para a TV, e<br />

ao aumento das audiências - que ajudam o<br />

meio a faturar mais em publicida<strong>de</strong> (essencialmente<br />

tradicional). E também produzindo<br />

conteúdos em parceria com os canais<br />

abertos, por exemplo.<br />

Entre as forças, além do jornalismo, estão<br />

as transmissões ao vivo e as muitas possibilida<strong>de</strong>s<br />

do segmento infantil, este uma<br />

espécie <strong>de</strong> “trunfo” do meio, que cresce e<br />

apresenta inúmeras oportunida<strong>de</strong>s. “Apesar<br />

da dificulda<strong>de</strong>, o meio segue encontran-<br />

Fotos: Divulgação<br />

Roberto Nascimento: “Em um ano difícil, mais <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> pessoas por minuto assistindo TV é um dado relevante”<br />

do caminhos <strong>de</strong> crescimento, porque entrega<br />

audiência, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisor <strong>de</strong> mídia. O<br />

meio entrega os pontos <strong>de</strong> contato, o que<br />

há <strong>de</strong> mais importante para o anunciante e<br />

para as marcas”, analisa o executivo.<br />

A queda na base <strong>de</strong> assinantes não impacta,<br />

segundo Nascimento, o negócio <strong>de</strong><br />

maneira negativa. Novas entregas e novos<br />

formatos não lineares seguem no radar, respeitando<br />

o mo<strong>de</strong>lo - rentável - vigente no<br />

Brasil. Mas “se jogar no abismo pela próxima<br />

tendência” é, segundo o executivo, colocar<br />

em risco a sustentabilida<strong>de</strong> da indústria<br />

como um todo.<br />

“Consi<strong>de</strong>ramos todas as possibilida<strong>de</strong>s<br />

do nosso meio e seguimos buscando<br />

mo<strong>de</strong>los comerciais que os farão funcionar.<br />

O nosso negócio é feito por formatos<br />

comerciais, geramos receita <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

ligadas a assinantes e publicida<strong>de</strong>.<br />

Sem ser cínico nem otimista, mas simplesmente<br />

realista, é preciso consi<strong>de</strong>rar<br />

uma série <strong>de</strong> características do país em<br />

relação à maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado, acessibilida<strong>de</strong><br />

e po<strong>de</strong>r aquisitivo. Não se encontrou,<br />

ainda, nenhum outro mo<strong>de</strong>lo<br />

que sustente a indústria em pé”, conclui<br />

Nascimento.<br />

18 <strong>13</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2017</strong> - jornal propmark

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