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edição de 20 de novembro de 2017

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propmark.com.br<br />

ANO 53 - Nº 2672 - <strong>20</strong> <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 R$ 15,00<br />

istocksdaily/iStock<br />

gestão compartilhada cresce em agências<br />

Africa, beTC, Grey, Leo burnett Tailor ma<strong>de</strong> e Publicis adotaram o comando compartilhado, que <strong>de</strong>ve se sobrepor ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “rain<br />

maker”. Uma série <strong>de</strong> fatores diferentes tem levado agências a optarem por esse caminho. A copresidência não é necessariamente uma<br />

tendência. mas é fato que ela surge <strong>de</strong> maneira mais natural como opção em uma era muito mais colaborativa que no passado. pág. 12<br />

HugO ROdRigues<br />

Assume wmccANN<br />

Grupo tem gran<strong>de</strong><br />

expectativa com a<br />

gestão do publicitário,<br />

que é o novo<br />

chairman e CEO da<br />

agência. Ele ocupa a<br />

vaga <strong>de</strong> Washington<br />

Olivetto. pág. 8<br />

sONiA RAcy AmpliA<br />

RelAçãO cOm O li<strong>de</strong><br />

Substituta <strong>de</strong> João<br />

Doria no programa<br />

Show Business, Sonia<br />

Racy vai ser a mo<strong>de</strong>radora<br />

do seminário<br />

Panorama Brasileiro<br />

<strong>20</strong>18, do Li<strong>de</strong> Mulheres.<br />

pág. 43<br />

meRcAdO publicitáRiO<br />

sOfRe cOm AssédiO<br />

Grupo <strong>de</strong> Planejamento, em<br />

parceria com o Instituto Qualibest,<br />

traz pesquisa apontando<br />

que 90% das mulheres e 76%<br />

dos homens afirmam ter sofrido<br />

abusos no trabalho, seja<br />

ele moral ou sexual. O fato<br />

<strong>de</strong>safia a indústria. pág. 36<br />

ORgANizAçãO dO cANNes liONs<br />

ReestRutuRA festivAl pARA <strong>20</strong>18<br />

José Papa Neto e Philip Thomas anunciaram<br />

semana passada, em Londres, mudanças<br />

no festival. Alterações como renovação <strong>de</strong><br />

categorias e redução da duração do evento<br />

agradaram <strong>de</strong> maneira geral. pág. 16


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

Quando o menos é mais<br />

Em boa hora e graças a dois fatores prepon<strong>de</strong>rantes, em meio<br />

a muitos outros pontuais, o Cannes Lions resolveu tomar sérias<br />

providências já a partir da próxima versão do festival (18 a<br />

22/6/18), no sentido <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r à comunida<strong>de</strong> publicitária mundial<br />

que <strong>de</strong>le participa anualmente, consagrando-o até aqui<br />

como o mais importante evento <strong>de</strong> premiações e palestras do<br />

setor em todo o planeta.<br />

O PROPMARK, anteriormente Asteriscos, cobre o famoso festival<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o fim dos anos 1960 e, nesse longo período, só o viu<br />

crescer. Para os que não o acompanham <strong>de</strong> lá para cá, sempre é<br />

bom lembrar que teve início premiando apenas comerciais (filmes),<br />

em uma réplica ao famoso Festival do Cinema <strong>de</strong> Cannes<br />

e criado pela junção <strong>de</strong> produtores, exibidores e distribuidores<br />

em uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sigla SAWA (Screen Advertising World Association).<br />

Havia também um movimento político no surgimento do festival,<br />

criando uma força <strong>de</strong> combate à proibição <strong>de</strong> muitos países<br />

europeus à projeção <strong>de</strong> comerciais nas salas <strong>de</strong> cinemas.<br />

A Itália era mais rigorosa nessa proibição e muito por isso o festival<br />

no seu início passou a se realizar um ano em Cannes, outro<br />

em Veneza. Mas a crise política vivida pela Itália nesse período<br />

fez eclodir uma greve geral durante o festival <strong>de</strong> 1973 e os <strong>de</strong>legados<br />

<strong>de</strong> outros países viram-se em palpos <strong>de</strong> aranha com o país<br />

paralisado. A partir daí, a<strong>de</strong>us Veneza.<br />

O primeiro país sul-americano a participar do festival foi<br />

a Argentina, cujas vitórias no mesmo e a mudança <strong>de</strong> um<br />

empresário alemão que atuava nesse país, vindo morar no<br />

Brasil, forjaram nosso interesse na competição. Refiro-me<br />

ao saudoso Victor Petersen, da CP Cinema e Publicida<strong>de</strong> do<br />

Brasil, cujos sócios majoritários eram os membros da família<br />

Severiano Ribeiro.<br />

o seu po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fogo através da revolução proporcionada ao<br />

advertising pela mídia digital.<br />

A fixação <strong>de</strong>finitiva do festival em Cannes acelerou o seu processo<br />

<strong>de</strong> expansão, com a criação <strong>de</strong> novas categorias nas competições,<br />

a multiplicação <strong>de</strong> palestras <strong>de</strong> notáveis, com filas<br />

imensas às portas dos auditórios e a expansão do seu lado social,<br />

com <strong>de</strong>slumbrantes recepções ocupando os salões dos hotéis<br />

célebres da região, seus restaurantes campeões do Michelin<br />

e até mesmo uma invasão, embora controlada, das restritas<br />

areias das praias <strong>de</strong> Cannes.<br />

O crescimento do Cannes Lions não se <strong>de</strong>teve, proporcionando<br />

à sua empresa concessionária lucros jamais revelados, mas facilmente<br />

imaginados.<br />

O aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>legados <strong>de</strong> todo o planeta trouxe um novo/velho<br />

problema que circunda esses megaeventos famosos: a falta<br />

<strong>de</strong> acomodações para todos os inscritos no festival. Isso acabou<br />

por se transformar em “somente” mais um dos gran<strong>de</strong>s problemas<br />

do Cannes Lions.<br />

Mais recentemente, com a crise econômica mundial atingindo<br />

em cheio o setor publicitário, os financeiros das agências, produtoras<br />

e anunciantes passaram a apertar os responsáveis pelos<br />

diversos setores <strong>de</strong>ssas empresas, pedindo contenção, algo<br />

difícil <strong>de</strong> ser atendido em uma ativida<strong>de</strong> ainda glamorosa, que<br />

muito <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter seus players bem representados, em qualida<strong>de</strong>,<br />

mas também em quantida<strong>de</strong>.<br />

Caberia a um grupo hoje mundial, mas <strong>de</strong> origem francesa, alertar<br />

os organizadores do festival para o risco do mais ser menos.<br />

O Publicis Group <strong>de</strong>u o alerta durante o Cannes Lions <strong>de</strong>ste ano:<br />

até <strong>20</strong>18 não participará <strong>de</strong> premiações onerosas, inclusive o<br />

Cannes Lions.<br />

Agências e produtoras passaram a inscrever seus primeiros filmes<br />

em Cannes e poucos foram os prêmios nesse início da participação<br />

brasileira. Já se disse aqui que tínhamos problemas<br />

sérios <strong>de</strong> produção e dublagem para o inglês, apesar das nossas<br />

boas i<strong>de</strong>ias e roteiros.<br />

Vaias para alguns comerciais brasileiros mexeram com nossos<br />

brios e a partir daí aumentou-se o cuidado com a finalização dos<br />

comerciais, inclusive com as produtoras investindo muito em<br />

novos equipamentos.<br />

Quando o Cannes Lions resolveu abrir para outras mídias, o<br />

Brasil transformou-se em concorrente respeitado no festival.<br />

Nossos avanços em outras mídias já estavam solidificados,<br />

tínhamos uma população profissional <strong>de</strong> excelentes ilustradores<br />

nas agências, um respeitável parque gráfico e, principalmente,<br />

doses elevadas <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>, no que o brasileiro<br />

sempre foi <strong>de</strong>stacado.<br />

Os anunciantes, que antes <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nhavam <strong>de</strong> Cannes, passaram<br />

a frequentá-lo, po<strong>de</strong>ndo assim não só exigir mais das suas<br />

agências, como também serem mais rigorosos na aprovação<br />

dos trabalhos.<br />

Afinal, havia material lá fora para ser comparado.<br />

Por outro lado, se o Cannes Lions já havia abrangido todas as<br />

mídias publicitárias, mudando <strong>de</strong> mãos resolveu abocanhar<br />

outros segmentos da comunicação, aumentando ainda mais<br />

Enten<strong>de</strong>ndo o recado, o novo presi<strong>de</strong>nte da empresa organizadora<br />

do festival, o brasileiro José Papa Neto, até pela<br />

sua origem <strong>de</strong> um país que não se resolve entre a glória dos<br />

gran<strong>de</strong>s feitos e a tragédia atomizada da nossa miséria diária,<br />

arregaçou as mangas e pôs-se a trabalhar para não só trazer<br />

o Publicis Group <strong>de</strong> volta a Cannes, como evitar que outros<br />

conglomerados multinacionais seguissem o tradicional comedimento<br />

francês.<br />

Assim, viajaremos a Cannes em <strong>20</strong>18, saindo <strong>de</strong> todas as partes<br />

do planeta, na certeza <strong>de</strong> que cinco dias serão suficientes para<br />

nos aprimorarmos em relação a tudo o que a comunicação do<br />

marketing mundial exibirá no Palais. Com a garantia <strong>de</strong> que voltaremos<br />

a rever tão somente o creme <strong>de</strong> la creme mundial, sem<br />

a gaiatice <strong>de</strong> figurantes inscritos apenas para fazer número, colaborando<br />

com o excesso e não com a vantagem fundamental<br />

que somente os ótimos po<strong>de</strong>m oferecer.<br />

Porque não foram reduzidos apenas os dias do Cannes Lions,<br />

mas algumas categorias criadas muito provavelmente para aumentar<br />

a arrecadação dos organizadores.<br />

***<br />

Este Editorial é em homenagem a João Livi, que tem mantido<br />

nos produtos finais da Talent Marcel a qualida<strong>de</strong> criativa brasileira<br />

que encanta o mundo. Exemplos <strong>de</strong>ssa assertiva são os<br />

seus recentes trabalhos, como os anteriores, para Postos Ipiranga<br />

e Tubos e Conexões Tigre.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 3


conexões<br />

Editorial<br />

“Escrevo em nome da família Salles<br />

para agra<strong>de</strong>cer a homenagem<br />

que o PROPMARK prestou a meu<br />

avô, Mauro Salles, no editorial da<br />

edição 2670 do PROPMARK. É<br />

emocionante ver que, tantos anos<br />

após a doença que forçou sua<br />

aposentadoria precoce, seu legado<br />

ainda vive e gera frutos como<br />

essa homenagem. ”<br />

Luiz Felipe Salles <strong>de</strong> Mello<br />

São Paulo - SP<br />

“Muito obrigado pelas lembranças<br />

elogiosas a meu pai no Editorial da<br />

edição 2671 do PROPMARK. A homenagem<br />

é da maior importância<br />

por se tratar <strong>de</strong> um dos mais criativos<br />

e talentosos publicitários <strong>de</strong> todos<br />

os tempos.”<br />

Geraldo Alonso Filho<br />

São Paulo - SP<br />

Coluna<br />

“Muito bom o artigo A TV é o oxigênio<br />

das gran<strong>de</strong>s marcas, na<br />

coluna Marketing & Negócios, da<br />

edição 2671 do PROPMARK. É<br />

inegável e inexorável que o mundo<br />

digital rompe fronteiras, mexe com<br />

o establishment e gera inúmeras<br />

novas possibilida<strong>de</strong>s. Só que isso<br />

não significa, muitas vezes, a morte<br />

<strong>de</strong> algo.“<br />

José Roberto Maciel<br />

SBT<br />

São Paulo - SP<br />

Facebook<br />

Post: O presi<strong>de</strong>nte da Cacau<br />

Show, Alexandre Costa, recebeu<br />

gran<strong>de</strong>s empresários, lí<strong>de</strong>res<br />

do mercado <strong>de</strong> comunicação,<br />

celebrida<strong>de</strong>s e jornalistas<br />

para a inauguração <strong>de</strong> seu novo<br />

complexo fabril em Itapevi, em<br />

São Paulo<br />

“Meu sonho se tornou realida<strong>de</strong>!”<br />

Adriana Alvarez<br />

Post: Publicis não é mais a agência<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> da CVC<br />

“Saída do Hugo já refletindo no dia a<br />

dia da agência?”<br />

Henrique Silva<br />

Post: A estranha inércia e impessoalida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> uma categoria<br />

“Continue <strong>de</strong> Cabify.”<br />

Bruno Villas-Bôas<br />

“E a Tesla segue crescendo...”<br />

Hugo Monteiro<br />

“Estou vivendo esse problema. Fui<br />

em algumas concessionárias e tive o<br />

mesmo tratamento. Temos dois carros<br />

em casa e estou tentando ficar só<br />

com um, mas os valores que recebo<br />

pelos meus são irrisórios, meta<strong>de</strong> da<br />

tabela Fipe, e os zeros com preços<br />

exorbitantes. Isso sem falar nos novos<br />

custos dos seguros <strong>de</strong> automóveis.”<br />

Antonio Carlos Accioly<br />

“Na propaganda, a gente até vê uma<br />

tentativa <strong>de</strong> storytelling interessante,<br />

mas se isso não encontra a vida real<br />

vai tudo por água abaixo mesmo.”<br />

Carla Said<br />

“Relevante. Oportuno.”<br />

Decio Vomero<br />

“Muito boa visão do mercado, que se<br />

aplica a diversas categorias. O mercado<br />

imobiliário está no mesmo nível.”<br />

Orlando Castro<br />

Disqus (comentários no site <strong>de</strong> 11<br />

a 17 <strong>de</strong> <strong>novembro</strong>)<br />

Post: Perda do Bra<strong>de</strong>sco foi <strong>de</strong>cisiva<br />

para mudanças na WMcCann<br />

“O W vai permanecer na i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> marca da agência no país.”... Mas<br />

cortá-lo da imagem não foi nada sugestivo/intencional.”<br />

Marcos Paulo<br />

Post: Smurfs chegam ao Burger<br />

King<br />

“Gostaria <strong>de</strong> saber como adquirir os<br />

bonecos esgotados do Burguer King.”<br />

Nercy Kmetz<br />

Post: Asus quer se consolidar no<br />

mercado <strong>de</strong> smartphones<br />

“Tomara que invistam em assistência<br />

técnica. Tive péssima experiência<br />

com celular e tablet.”<br />

Zi<br />

Errata<br />

Na chamada <strong>de</strong> capa Após período<br />

tenso, ABA e Abap estreitam relacionamento,<br />

da edição 2671, o nome do<br />

executivo João Branco saiu grafado<br />

errado. Branco, que é diretor <strong>de</strong> marketing<br />

do McDonald’s e presi<strong>de</strong>nte<br />

da ABA, aparece na foto ao lado <strong>de</strong><br />

Mario D’Andrea, presi<strong>de</strong>nte da Abap.<br />

última Hora<br />

EMPREENDEDORISMO<br />

No próximo sábado (25),<br />

no espaço Unibes Cultural,<br />

em São Paulo, a Re<strong>de</strong><br />

Globo promove a terceira<br />

edição do festival Menos<br />

30 Fest, este ano sob o<br />

conceito A diversida<strong>de</strong><br />

que nos une. O Brasil conta<br />

com aproximadamente<br />

50 milhões com ida<strong>de</strong><br />

inferior a 30 anos e abrir o<br />

próprio negócio é <strong>de</strong>sejo<br />

da maioria. O evento é<br />

gratuito, mas é preciso<br />

fazer inscrição em www.<br />

menos30feswt.globo.com.<br />

PRÊMIO<br />

O jornal Zero Hora recebeu o<br />

prêmio <strong>de</strong> melhor projeto <strong>de</strong><br />

visualização <strong>de</strong> dados com o<br />

trabalho ZH Ouro, para a Rio<br />

<strong>20</strong>16, no Digital Mídia Latam<br />

da Associação Mundial <strong>de</strong><br />

Jornais.<br />

dorinHo<br />

ROCK<br />

Inaugurada em 1963 e point<br />

em São Paulo, a Galeria do<br />

Rock terá espaços <strong>de</strong> mídia<br />

que serão comercializados<br />

pela Contato Brasil. O fluxo<br />

no local é <strong>de</strong> 10 milhões <strong>de</strong><br />

pessoas por ano, dos quais<br />

75% na faixa entre 16 e 35<br />

anos. O projeto <strong>de</strong> mídia<br />

da Galeria do Rock terá<br />

inicialmente oito ativos,<br />

além <strong>de</strong> projetos especiais:<br />

fachadas, elevadores,<br />

paineis, mega banners<br />

e escadas rolantes, por<br />

exemplo.<br />

CONCORRÊNCIA<br />

Com verba anual <strong>de</strong><br />

R$ 80 milhões, a CVC abriu<br />

processo <strong>de</strong> concorrência<br />

após saída da Publicis. Serão<br />

convidadas cinco agências,<br />

entre as quais WMcCann e<br />

Artplan.<br />

4 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


Melhor que vencer<br />

o prêmio é vencer<br />

o preconceito.<br />

O filme “True Colors”, criado para o Grupo Gay da Bahia, que mostrou pela primeira<br />

vez um transgênero comemorando o Dia dos Pais, conquistou um troféu <strong>de</strong> bronze na<br />

categoria Film do El Ojo <strong>de</strong> Iberoamérica. A Propeg ainda levou para casa mais dois<br />

bronzes com a campanha “Plus Size”, criada para a VK Moda Plus Size, que mostrou<br />

as agressões causadas por roupas apertadas ao corpo da mulher. Mais do que<br />

campanhas, essas são causas que a Propeg tem muito orgulho <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r.


AgênciAs<br />

OFEREciMEnTO<br />

iProspect tem planos para ampliar<br />

atuação na América Latina em <strong>20</strong>18<br />

Brasil, no entanto, não <strong>de</strong>ve ser alvo <strong>de</strong> novas aquisições da re<strong>de</strong>,<br />

segundo Philippe Seignol, presi<strong>de</strong>nte da operação para a região<br />

Cristiane Marsola<br />

iProspect, agência <strong>de</strong> mar-<br />

A keting digital do Dentsu<br />

Aegis Network, quer aumentar<br />

a presença na América Latina e<br />

preten<strong>de</strong> colocar os planos em<br />

práticas já em <strong>20</strong>18. “Temos planos<br />

bastante agressivos, que <strong>de</strong>vem<br />

estar completos até o meio<br />

do ano que vem. Vamos mudar<br />

em escala, talentos locais, novos<br />

clientes… vai ser, provavelmente,<br />

a maior organização <strong>de</strong><br />

digital da América Latina. Nossa<br />

presença vai ser mais consistente,<br />

se tivermos sucesso em nosso<br />

plano”, conta Philippe Seignol,<br />

presi<strong>de</strong>nte da iProspect para<br />

América Latina. As aquisições,<br />

no entanto, não incluem empresas<br />

brasileiras. “Já somos gran<strong>de</strong>s<br />

no Brasil”, avisa o executivo.<br />

A agência <strong>de</strong> marketing digital<br />

do Dentsu Aegis Network apresentou<br />

dois cases em parceria<br />

com a P&G, no mês passado, durante<br />

o Festival of Media Latam,<br />

realizado em Miami. “A P&G é<br />

ótima para nós porque nos <strong>de</strong>u<br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trazer à vida<br />

o que nós sabemos fazer e toda<br />

a experiência que temos. No Brasil,<br />

foi o nosso primeiro cliente a<br />

nos <strong>de</strong>ixar usar o quanto <strong>de</strong> dados<br />

a gente queria. Usamos esses<br />

dados interligados para estarmos<br />

certos <strong>de</strong> que estamos abordando<br />

o consumidor no momento<br />

certo, com o produto certo e a<br />

oferta certa. É um círculo virtuoso.<br />

Se estamos performando eles<br />

colocam mais dinheiro”, afirma.<br />

De acordo com Seignol, apesar<br />

<strong>de</strong> recente, a presença da agência<br />

na região é importante. “Já estávamos<br />

antes, mas em <strong>20</strong>04 foi o<br />

gran<strong>de</strong> movimento que fizemos<br />

em digital nesta região. Nosso<br />

Misty Locke, global CMO da iProspect<br />

crescimento tem sido bem maior<br />

que dos concorrentes porque nós<br />

queremos acelerar”, fala.<br />

Os mercados emergentes estão<br />

entre os objetivos da re<strong>de</strong>.<br />

“Um dos nossos maiores focos<br />

é ter excelência local nos mercados<br />

em crescimento. Não po<strong>de</strong>mos<br />

ter excelência global se<br />

não tivermos excelência local”,<br />

fala a global CMO da iProspect,<br />

Misty Locke<br />

A executiva <strong>de</strong>staca que a<br />

região, às vezes, <strong>de</strong>mora mais<br />

para receber as novida<strong>de</strong>s. “A<br />

América Latina po<strong>de</strong>, sim, ter<br />

insights a partir <strong>de</strong> outros mercados,<br />

mas não necessariamente<br />

porque é um mercado que<br />

Fotos: Divulgação<br />

Philippe Seignol, presi<strong>de</strong>nte da agência para América Latina<br />

“vai ser,<br />

provavelmente,<br />

a maior<br />

organização<br />

<strong>de</strong> digital da<br />

américa latina”<br />

está sempre atrás. Eu não acho<br />

que seja uma questão <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong><br />

ou <strong>de</strong>sejo, mas um hiato<br />

<strong>de</strong> tecnologia”, diz.<br />

Ela lembra que uma das vantagens<br />

da região é a tendência<br />

a ser mais social. “Há algumas<br />

áreas em que vocês têm habilida<strong>de</strong><br />

autêntica <strong>de</strong> avançar, além<br />

<strong>de</strong> outros mercados. Por natureza,<br />

vocês se adaptam ao social<br />

primeiro”, conta.<br />

Seignol também abordou<br />

os pontos positivos da crise.<br />

“Anunciantes costumam ser<br />

muito tradicionais, não costumam<br />

arriscar, e agora é tempo<br />

para mudar um pouco”, pon<strong>de</strong>ra<br />

Seignol.<br />

INFORMAÇÃO PARA VOCÊ CRESCER<br />

CANAIS:<br />

SP 42.1 | RJ 42.1 | BH 27.1 | DF 46.1 | SC 6.1<br />

14 CLARO TV | 78 NET | 19 SKY | 255 E 586 VIVO<br />

Demais localida<strong>de</strong>s e operadoras, consulte o site: ww.recordnews.com.br<br />

6 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


Paulo Macedo<br />

McCann Worldgroup tem<br />

O gran<strong>de</strong> expectativa com<br />

a gestão <strong>de</strong> Hugo Rodrigos na<br />

WMcCann. O executivo assumiu<br />

oficialmente no último<br />

dia 14 a posição <strong>de</strong> chairman e<br />

CEO da agência que foi comandada<br />

por Washington Olivetto<br />

durante sete anos. As negociações<br />

entre Luca Lindner e<br />

Rob Reilly, respectivamente<br />

presi<strong>de</strong>nte e global creative<br />

chairman da re<strong>de</strong> que integra<br />

a holding Interpublic, tiveram<br />

início há cerca <strong>de</strong> cinco meses<br />

durante o Cannes Lions. Mas,<br />

Rodrigues admitiu que mantivera<br />

conversas com Olivetto há<br />

três anos. Também disse que é<br />

uma responsabilida<strong>de</strong> substituí-lo,<br />

em sua opinião, um ícone,<br />

uma lenda e que faz parte<br />

da história da profissão no país.<br />

“Se trabalhei muito até hoje, é<br />

pouco perto do que vou ter <strong>de</strong><br />

trabalhar daqui por diante”.<br />

Lindner, que atuou no Brasil<br />

por seis anos e foi responsável<br />

pela aquisição da W/Brasil, disse<br />

que não haverá alteração na<br />

marca WMccann e que a perda<br />

do Bra<strong>de</strong>sco, uma conta <strong>de</strong><br />

aproximadamente R$ 400 milhões,<br />

foi <strong>de</strong>cisiva para a busca<br />

<strong>de</strong> uma nova orientação gerencial<br />

no país.<br />

“Era o nosso maior cliente”,<br />

resumiu Lindner. Ele disse<br />

ainda que a mudança é um<br />

momento especial e Rodrigues<br />

tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relançar<br />

a WMcCann com alguns<br />

pontos que consi<strong>de</strong>ra cruciais<br />

para o sucesso do projeto: criativida<strong>de</strong>,<br />

efetivida<strong>de</strong> estratégica,<br />

novos negócios e li<strong>de</strong>rança.<br />

“Esse profissional tem um<br />

olhar atento para criativida<strong>de</strong><br />

e negócios; uma velocida<strong>de</strong> incrível<br />

para a execução e honestida<strong>de</strong>”,<br />

afirmou Lindner. “Outro<br />

ponto interessante é que ele<br />

vai estabelecer conexão com os<br />

26 escritórios da América Latina.<br />

Sua chegada tem a ver com<br />

o futuro da região”, acrescenagênCias<br />

WMcCann busca nova fase com<br />

Hugo Rodrigues no comando<br />

A expectativa é que o <strong>de</strong>sempenho seja marcado pelo tripé criativida<strong>de</strong>,<br />

efetivida<strong>de</strong> e geração <strong>de</strong> novos negócios, sobretudo nos clientes atuais<br />

Luca Lindner, à esquerda, Rob Reilly e Hugo Rodrigues: mercado brasileiro está entre os prioritários do McCann Worldgroup<br />

“Seria <strong>de</strong>magogo<br />

da minha parte<br />

dizer que<br />

não penSo em<br />

proSpectar o<br />

varejo da gm,<br />

maS também Seria<br />

muito pretenSioSo<br />

da minha parte”<br />

Alê Oliveira<br />

tou Fernando Fascioli, presi<strong>de</strong>nte<br />

do grupo para a América<br />

Latina. Lindner também enfatizou<br />

que o Brasil está entre os 10<br />

maiores mercados do McCann<br />

Worldgroup e, junto com Inglaterra,<br />

China e Japão, tem mais<br />

chances <strong>de</strong> crescimento.<br />

Rodrigues <strong>de</strong>ve fazer alterações<br />

importantes na estrutura<br />

da WMcCann. Para as áreas <strong>de</strong><br />

mídia e criação precisa i<strong>de</strong>ntificar<br />

profissionais para substituir<br />

os vice-presi<strong>de</strong>ntes Yara Aparício<br />

e Guime Davidson. Mas promete<br />

analisar individualmente<br />

cada situação. Uma <strong>de</strong>las foi<br />

a da VP <strong>de</strong> planejamento Debora<br />

Nitta. “Já tivemos uma conversa<br />

e ela vai ficar”, <strong>de</strong>stacou<br />

Rodrigues. Ela trabalha diretamente<br />

com Suzanne Powers,<br />

global chief strategy officer do<br />

Mccann Worldgroup, e é uma<br />

das responsáveis pelo projeto<br />

Truth About Street, que nasceu<br />

no Brasil e ganhou dimensão<br />

global.<br />

O primeiro vetor <strong>de</strong> crescimento,<br />

nas palavras <strong>de</strong> Rodrigues,<br />

será entre os próprios<br />

clientes da agência. Coca-Cola<br />

e General Motors estariam no<br />

foco inicial por terem contas divididas<br />

com outras agências? O<br />

novo chairman e CEO da WMccann<br />

respon<strong>de</strong>:<br />

“A GM faz parte da minha<br />

vida. São 18 anos <strong>de</strong> trabalho<br />

intenso. Foi com essa marca<br />

que ganhei meu primeiro Leão<br />

em Cannes e também participei<br />

do trabalho que a levou à<br />

li<strong>de</strong>rança do mercado <strong>de</strong> automóveis.<br />

Mas esse é o lado <strong>de</strong><br />

varejo. Agora, atuar na agência<br />

que tem o branding, é muito<br />

sedutor e me dá um pouco <strong>de</strong><br />

paz. Seria <strong>de</strong>magogo da minha<br />

parte dizer que não penso em<br />

prospectar o varejo da GM, mas<br />

também seria muito pretensioso<br />

da minha parte. Agora é hora<br />

<strong>de</strong> me apresentar aos clientes e<br />

dar continuida<strong>de</strong> ao que já vem<br />

sendo feito. A WMcCann está<br />

entre as lí<strong>de</strong>res do ranking global<br />

do Effies”, finaliza.<br />

8 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


agêNCias<br />

“McCann sem Brasil é como jogar<br />

sem Neymar”, diz diretor-geral<br />

Chavo D’Emílio, que li<strong>de</strong>ra criação da empresa para América Latina<br />

e Caribe, fala sobre a reestruturação <strong>de</strong> comando na re<strong>de</strong><br />

Danúbia Paraizo<br />

posição da McCann não era<br />

A das mais animadoras há<br />

quatro anos, quando <strong>de</strong>u início<br />

ao processo <strong>de</strong> reestruturação.<br />

Nas palavras do diretor-geral <strong>de</strong><br />

criação para América Latina e<br />

Caribe, Chavo D’Emílio, a re<strong>de</strong><br />

andava apática na região, <strong>de</strong>sprestigiada<br />

e refém <strong>de</strong> ambiente<br />

egocêntrico. Como resultado<br />

<strong>de</strong> uma operação em que reinava<br />

o “eu criativo” e não a coletivida<strong>de</strong>,<br />

a agência era consi<strong>de</strong>rada<br />

segura e confortável pelos<br />

clientes, mas pouco ousada,<br />

criativa e inovadora na visão da<br />

indústria. Era o sinal amarelo<br />

sendo acionado.<br />

O executivo trouxe o relato<br />

durante o Festival Internacional<br />

El Ojo <strong>de</strong> Iberoamerica, no<br />

começo <strong>de</strong>ste mês, em Buenos<br />

Aires, ressaltando que <strong>20</strong>13 ficou<br />

marcado como momento<br />

<strong>de</strong> reestruturação na operação.<br />

A partir daí, a re<strong>de</strong> passou a<br />

olhar mais para <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa<br />

para resgatar seu brilho criativo.<br />

Passados quatro anos <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a mudança, a McCann se vê em<br />

outro patamar.<br />

Em <strong>20</strong>16, foi eleita a re<strong>de</strong> do<br />

Ano no El Ojo, e somou quatro<br />

Grand Prix no Festival Internacional<br />

<strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong> Cannes<br />

Lions, em <strong>20</strong>17, com a garotinha<br />

<strong>de</strong>stemida que encara o touro<br />

<strong>de</strong> Wall Street em Fearless Girl,<br />

da McCann <strong>de</strong> Nova York. Para<br />

o executivo, o resultado está diretamente<br />

relacionado à reestruturação<br />

<strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças, mais<br />

focada na horizontalização do<br />

comando.<br />

Pedra da Coroa para a re<strong>de</strong>,<br />

o Brasil está vivendo à flor da<br />

pele as mudanças que já têm<br />

sido feitas em menor ou maior<br />

escala nas <strong>de</strong>mais operações<br />

na região, como Argentina, Colômbia<br />

e Peru. Com a recém-<br />

-chegada <strong>de</strong> Hugo Rodrigues<br />

como chairman e CEO no lugar<br />

<strong>de</strong> Washington Olivetto, o negócio<br />

brasileiro está às vésperas<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s transformações<br />

D’Emílio (à dir.), em Buenos Aires, compara o mercado brasileiro à alma da inovação e aposta no atual cenário <strong>de</strong> mudanças da re<strong>de</strong><br />

observadas com lupa por toda a<br />

re<strong>de</strong>, ainda que seja “um mundo<br />

em si mesma <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong>”,<br />

como pontuou D’Emílio em entrevista<br />

ao PROPMARK.<br />

O executivo <strong>de</strong>stacou a relevância<br />

do mercado nacional,<br />

visto como “a alma da<br />

inovação na América Latina”.<br />

Fazendo paralelo entre um <strong>de</strong><br />

nossos principais produtos<br />

<strong>de</strong> exportação, o criativo foi<br />

categórico: “A McCann sem o<br />

Brasil é como jogar sem Neymar”.<br />

“Nos últimos anos temos<br />

focado nossas energias no<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro, com apoio do<br />

Nico (Nicolás Romanó, diretor<br />

criativo da W/McCann), além<br />

da operação em São Paulo, há<br />

até pouco tempo li<strong>de</strong>rada por<br />

Olivetto. Agora, a chegada do<br />

Hugo é parte <strong>de</strong> um processo<br />

<strong>de</strong> reorganização que a Mc-<br />

Cann já vem trabalhando há algum<br />

tempo”, afirma D’Emílio.<br />

ReNasCiMeNto e MudaNças<br />

De fato, o movimento em busca<br />

<strong>de</strong> mais criativida<strong>de</strong> e inovação<br />

po<strong>de</strong> ser observado em toda<br />

a operação na América Latina e<br />

Caribe. Em Lima, no Peru, por<br />

exemplo, Christian Caldwell, VP<br />

<strong>de</strong> criação local, <strong>de</strong>stacou que o<br />

trabalho tem sido feito com objetivo<br />

<strong>de</strong> empo<strong>de</strong>rar toda a equipe,<br />

para que se sintam responsáveis<br />

pelo trabalho coletivo.<br />

“Olhamos a agência <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro<br />

para vermos se tínhamos talentos<br />

suficientes para essa gran<strong>de</strong><br />

mudança. O que ficou claro é<br />

que era preciso acordar esses talentos,<br />

recuperar a fome e acreditar<br />

que podíamos fazer a mudança”,<br />

<strong>de</strong>stacou o executivo.<br />

Responsáveis por trabalhos<br />

como The hijacked highway,<br />

maior experiência em realida<strong>de</strong><br />

virtual do Peru, para a Sodimac,<br />

eleita a melhor i<strong>de</strong>ia local no El<br />

Ojo este ano, a McCann Peru<br />

Divulgação<br />

vive o momento em que não<br />

tem mais medo <strong>de</strong> falhar, como<br />

<strong>de</strong>staca seu executivo. “Era importante<br />

compartilhar com a<br />

equipe que era possível fazer a<br />

mudança. Pedimos licença para<br />

falhar e um voto <strong>de</strong> confiança<br />

para os clientes. Cuidamos do<br />

empo<strong>de</strong>ramento das pessoas”.<br />

De volta ao Brasil, D’Emílio<br />

espera cenário semelhante <strong>de</strong><br />

renascimento e mudança. Fã<br />

do craft e direção <strong>de</strong> arte brasileiros,<br />

o criativo está com<br />

gran<strong>de</strong>s expectativas sobre as<br />

novida<strong>de</strong>s. “A i<strong>de</strong>ia é que Hugo<br />

vá trazer tudo isso que estamos<br />

falando, esse é o pulso do momento<br />

que vivemos. O Brasil é<br />

um mundo em si mesmo, mas<br />

obviamente está conectado a<br />

McCann América Latina”, <strong>de</strong>stacou.<br />

“Hugo vai ajudar muito<br />

a McCann a recuperar o lugar<br />

que <strong>de</strong>ve manter no Brasil. Não<br />

tenho dúvidas”, finalizou.<br />

10 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


AgênciAs<br />

“A criativida<strong>de</strong><br />

é o gran<strong>de</strong><br />

diferencial da<br />

propaganda”<br />

Divulgação<br />

Um dos nomes mais conhecidos no meio<br />

digital, Pedro Cabral, CEO da Ampfy, acredita<br />

que as agências com cultura digital no core<br />

do negócio serão as gran<strong>de</strong>s agências daqui<br />

para frente. Mesmo com a enorme transformação do<br />

mercado, em que vê “que um bom trabalho online está<br />

no centro para medir a eficiência do offline”, ele afirma<br />

que a criativida<strong>de</strong> continua sendo o gran<strong>de</strong> diferencial<br />

da propaganda. “Aqui a gente introduz muito mais<br />

tecnologia, algo mais mo<strong>de</strong>rno, mas o gran<strong>de</strong> fio<br />

condutor <strong>de</strong>ssa história é a criativida<strong>de</strong>”, diz Cabral.<br />

Nesta entrevista, o executivo fala <strong>de</strong> otimismo para<br />

<strong>20</strong>18 e que está feliz com os seis anos da Ampfy<br />

e sua parceria com Alexandre Hohagen (que também<br />

é seu sócio na Nobox, <strong>de</strong> Miami).<br />

Pedro Cabral: “A Ampfy hoje é uma das principais agências digitais brasileiras”<br />

KELLY DORES<br />

EsTRUTURA<br />

Agora estamos com 110 pessoas<br />

e <strong>de</strong>vemos contratar mais<br />

umas <strong>de</strong>z até o fim do ano, em<br />

função dos próprios projetos<br />

dos clientes com coisas novas.<br />

Estamos com uma previsão <strong>de</strong><br />

começar <strong>20</strong>18 num ritmo melhor<br />

do que a gente começou em <strong>20</strong>17.<br />

Estamos terminando nosso orçamento<br />

<strong>de</strong> <strong>20</strong>18 e colocamos um<br />

foco gran<strong>de</strong> em conversar com<br />

os clientes. Sempre falo para o<br />

pessoal, que se quiser trabalhar<br />

bem em janeiro e fevereiro, tem<br />

<strong>de</strong> trabalhar em <strong>novembro</strong>.<br />

BALAnÇO<br />

<strong>20</strong>17 foi um ano <strong>de</strong> consolidação<br />

<strong>de</strong> um crescimento bastante<br />

acelerado que a agência vinha<br />

tendo. Em <strong>20</strong>16, crescemos 42%.<br />

Este ano, a gente <strong>de</strong>ve fechar um<br />

crescimento em torno <strong>de</strong> 10%. A<br />

gente gostaria <strong>de</strong> crescer mais,<br />

em torno <strong>de</strong> 25%, 30%, que é<br />

possível fazer isso neste mercado,<br />

mas são três anos <strong>de</strong> crise, e<br />

o ano começou muito travado,<br />

agora as coisas estão mais legais.<br />

cOnTAs nOVAs<br />

Este ano ganhamos as contas<br />

digitais <strong>de</strong> cinco marcas da Coty<br />

(Risqué, Cenoura & Bronze, Bozzano,<br />

Monange e Paixão) e três<br />

da General Mills (Yoki, Kitano<br />

e Mais Vita), além <strong>de</strong> Bra<strong>de</strong>sco<br />

Seguros e Udacity. A maioria<br />

dos clientes entra na casa com<br />

uma operação exclusivamente<br />

digital, mas acaba aumentando<br />

o volume e escopo <strong>de</strong> serviço.<br />

Dos nossos clientes, que são <strong>20</strong><br />

marcas aproximadamente, três<br />

fazem tudo com a Ampfy, do social<br />

ao offline. A gente trabalha<br />

muito bem com as agências que<br />

eventualmente nossos clientes<br />

tenham, mas o que ocorre é que<br />

hoje até quando você faz mídia<br />

offline, se não está muito bem<br />

articulado com o digital, per<strong>de</strong><br />

eficiência.<br />

EVOLUÇÃO<br />

Estou tão feliz com a evolução<br />

da Ampfy e com a maturida<strong>de</strong><br />

que a agência tem quanto<br />

na melhor época da AgênciaClick<br />

(na qual foi um dos fundadores<br />

e hoje virou Isobar). A gente<br />

conseguiu montar uma equipe<br />

sênior, com pessoas muito experientes<br />

do mercado. Parte<br />

<strong>de</strong>sta equipe, que são os meus<br />

sócios, é <strong>de</strong> pessoas com quem<br />

já trabalhei antes (André Chue-<br />

ri, presi<strong>de</strong>nte; Gabriel Borges,<br />

CSO; Fred Siqueira, CCO; e<br />

Douglas Bocalão, COO).<br />

cRiATiViDADE<br />

A criativida<strong>de</strong> é o gran<strong>de</strong><br />

diferencial <strong>de</strong>sse negócio chamado<br />

propaganda. O nome<br />

agência talvez nem faça mais<br />

sentido. Aqui a gente introduz<br />

muito mais tecnologia, algo<br />

mais mo<strong>de</strong>rno, mas o gran<strong>de</strong><br />

fio condutor <strong>de</strong>ssa história é a<br />

criativida<strong>de</strong>.<br />

DnA DigiTAL<br />

A Ampfy hoje é uma das<br />

principais agências digitais<br />

brasileiras. Ela nasceu com<br />

essa cultura digital, focada em<br />

social, busca, mobile e performance.<br />

Acho que agências com<br />

essa cultura digital no core serão<br />

as gran<strong>de</strong>s agências daqui<br />

para frente. Eu tenho dúvida<br />

se as agências mais tradicionais<br />

vão se transformar porque isso<br />

não aconteceu no mundo. Elas<br />

po<strong>de</strong>m fazer bons trabalhos<br />

na área digital, mas fazer essa<br />

execução que a gente faz acho<br />

muito difícil. Não vi gran<strong>de</strong>s<br />

agências tradicionais serem supereficientes<br />

no mundo digital.<br />

Po<strong>de</strong> ser que aconteça.<br />

<strong>20</strong>18<br />

Estou muito otimista em relação<br />

a <strong>20</strong>18. Acho que o cenário<br />

político não é mais o gran<strong>de</strong><br />

termômetro da economia, isso<br />

é uma coisa positiva. Acredito<br />

que po<strong>de</strong>mos ter dois anos <strong>de</strong><br />

aceleração bem positiva. <strong>20</strong>18<br />

já aponta assim e <strong>20</strong>19 mais ainda,<br />

com um governo novo.<br />

MUDAnÇAs<br />

A gente está num momento<br />

<strong>de</strong> transição dramática no<br />

Brasil. Eu trabalhei nos Estados<br />

Unidos, em <strong>20</strong>10. Naquela<br />

época, vi uma migração gran<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> verbas para as empresas<br />

serem cada vez mais digitais.<br />

Tanto que hoje o maior investimento<br />

nos EUA já é digital. E<br />

na Europa também. Neste ano,<br />

estou vendo ocorrer isso no<br />

Brasil. Em <strong>20</strong>18, isso será mais<br />

forte. Não é que acho que tudo<br />

vai virar digital, mas vejo uma<br />

preocupação com ROI muito<br />

gran<strong>de</strong>, em que um bom trabalho<br />

digital está no centro <strong>de</strong>ssa<br />

medição, inclusive para medir<br />

eficiência do offline e a combinação<br />

<strong>de</strong>ssas duas coisas. A<br />

Ampfy se posiciona bem nesse<br />

negócio, mas não somos só nós,<br />

há vários players.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 11


AgênCiAs<br />

Peshkov/iStock<br />

Uma série <strong>de</strong> fatores diferentes tem levado agências a optarem pela copresidência e cada uma tem suas razões circunstanciais, mas não é necessariamente uma tendência<br />

Copresidência reflete geração<br />

com pensamento colaborativo<br />

Africa, BETC, Grey, Leo Burnett Tailor Ma<strong>de</strong> e Publicis adotaram o<br />

comando compartilhado, que <strong>de</strong>ve se sobrepor a mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “rain maker”<br />

Felipe Turlão<br />

especial para o propMArK<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> copresidência<br />

não é uma novida-<br />

O<br />

<strong>de</strong> no mercado, acostumado a<br />

parcerias duradouras como a <strong>de</strong><br />

Marcello Serpa e José Luiz Ma<strong>de</strong>ira,<br />

na AlmapBBDO - ambos<br />

citados como referência <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

compartilhada por quase<br />

todos os entrevistados para esta<br />

reportagem. Mesmo em cargos<br />

mais iniciais, a visão colaborativa<br />

sempre se fez presente<br />

em um setor acostumado com a<br />

estrutura <strong>de</strong> dupla <strong>de</strong> redator e<br />

diretor <strong>de</strong> arte na criação há várias<br />

décadas.<br />

Mas o movimento <strong>de</strong> copresidências<br />

tem se intensificado nos<br />

últimos anos. Em outubro, com<br />

espaço <strong>de</strong> 15 dias, duas das mais<br />

importantes agências do Brasil<br />

adotaram essa estrutura <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança.<br />

Na Publicis Brasil, após a<br />

saída <strong>de</strong> Hugo Rodrigues para a<br />

WMcCann no fim <strong>de</strong> outubro, a<br />

solução foi promover o head <strong>de</strong><br />

planejamento Eduardo Lorenzi<br />

e a head <strong>de</strong> mídia Miriam Shirley<br />

a co-CEOs. Alguns dias antes, a<br />

Grey oficializou Marcia Esteves,<br />

COO, e Rodrigo Jatene, CCO,<br />

como copresi<strong>de</strong>ntes da operação<br />

brasileira. Eles já ocupavam<br />

o posto na prática <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a saída<br />

do ex-CEO Sérgio Prandini, no<br />

fim <strong>de</strong> <strong>20</strong>16, mas <strong>de</strong> lá para cá,<br />

era ventilada a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

contratação <strong>de</strong> um novo chefe<br />

executivo. Opção preterida em<br />

Marcia e Jatene: “Vivemos em um mundo cada vez mais conectado e colaborativo”<br />

Divulgação<br />

12 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


elação ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

compartilhada.<br />

Uma série <strong>de</strong> fatores diferentes<br />

tem levado agências a optarem<br />

por esse caminho e cada<br />

uma tem suas razões circunstanciais.<br />

A copresidência não é<br />

necessariamente uma tendência<br />

que vai ser dominante no mercado.<br />

Mas é fato que ela surge<br />

<strong>de</strong> maneira mais natural como<br />

opção em uma era muito mais<br />

colaborativa que no passado.<br />

“Por ser um reflexo imediato das<br />

transformações da socieda<strong>de</strong>, a<br />

indústria da comunicação sempre<br />

precisou ter flexibilida<strong>de</strong> e<br />

se adaptar a novos formatos com<br />

muita agilida<strong>de</strong>. Isso faz com<br />

que as agências sejam abertas<br />

a testar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão que<br />

fogem da pirâmi<strong>de</strong> tradicional.<br />

A copresidência permite somar<br />

competências, dividir tarefas,<br />

multiplicar as possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> solução e, ao mesmo tempo,<br />

ameniza a pressão sobre um<br />

único lí<strong>de</strong>r”, reconhece Eduardo<br />

Lorenzi, da Publicis. “Os <strong>de</strong>safios<br />

não mudam, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong> termos um ou dois<br />

lí<strong>de</strong>res. O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> copresidência<br />

apresenta uma série <strong>de</strong><br />

vantagens para a gestão <strong>de</strong> uma<br />

agência. No nosso caso específico,<br />

existe uma complementarida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> skills e <strong>de</strong> trajetórias<br />

que traz consistência para a linha<br />

<strong>de</strong> frente da Publicis. Além<br />

disso, a pon<strong>de</strong>ração entre as visões<br />

feminina e masculina ten<strong>de</strong><br />

a ser muito enriquecedora, especialmente<br />

se consi<strong>de</strong>rarmos o<br />

atual cenário que a indústria da<br />

comunicação vive”, argumenta<br />

Miriam Shirley.<br />

A questão <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong><br />

gêneros foi consi<strong>de</strong>rada nos casos<br />

recentes <strong>de</strong> Publicis. “Ter<br />

uma mulher como copresi<strong>de</strong>nte<br />

é uma mensagem muito importante<br />

para o mercado e reflete a<br />

nossa filosofia. Mais <strong>de</strong> 50% dos<br />

colaboradores da Publicis são<br />

mulheres e nos cargos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<br />

este número chega a 60%.<br />

Agora esse equilíbrio se reflete<br />

também na mais alta li<strong>de</strong>rança”,<br />

argumenta Lorenzi.<br />

Fim dos “rAin mAkers”<br />

Um grupo <strong>de</strong> pessoas unidas<br />

por um propósito, gerando negócios,<br />

contando histórias enten<strong>de</strong>ndo<br />

e engajando pessoas vai<br />

se sobrepor ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> “rain<br />

maker”, ou “uma pessoa que faz<br />

chover” no mercado. Pelo menos<br />

é essa a análise <strong>de</strong> Rodrigo<br />

Jatene, da Grey. “O mercado <strong>de</strong><br />

comunicação mudou. Vivemos<br />

em um mundo cada vez mais<br />

conectado e colaborativo. Com<br />

Gal Barradas e Erh Ray: “Sempre existe o outro lado”<br />

a comunicação não é diferente e<br />

esse movimento po<strong>de</strong> chegar na<br />

gestão dos negócios, facilitando<br />

a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s<br />

e aumentamos as chances <strong>de</strong><br />

acerto”, avalia.<br />

No caso da parceria entre Jatene<br />

e Marcia Esteves, eles ficaram<br />

por quase um ano no cargo <strong>de</strong><br />

forma “extraoficial”, período no<br />

qual um dos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios do<br />

mo<strong>de</strong>lo foi se resolvendo: quem<br />

faz o quê. “Acreditamos na complementação<br />

<strong>de</strong> perfis, experiências<br />

e expertises para ter um<br />

olhar cuidadoso e experiente em<br />

todas as partes da agência. Juntamos<br />

as experiências minhas<br />

Divulgação<br />

“Os <strong>de</strong>safiOs<br />

nãO mudam,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong> termOs um Ou<br />

dOis lí<strong>de</strong>res”<br />

para auxiliar nas diretrizes criativas,<br />

com as da Marcia com a<br />

gestão <strong>de</strong> negócios e ponte com<br />

o cliente. Somos complementares:<br />

negócios e criativida<strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>rando juntos o trabalho da<br />

agência. Trabalhamos há muito<br />

tempo juntos, crescemos e nos<br />

Divulgação<br />

Miriam e Lorenzi: “Agências abertas a testar mo<strong>de</strong>los que fogem da pirâmi<strong>de</strong> tradicional”<br />

conhecemos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> adolescentes.<br />

Coincidências ou não, crenças<br />

e visões são as mesmas”,<br />

analisa Jatene.<br />

Na prática do dia a dia, Marcia<br />

Esteves é representante institucional<br />

da Grey, incluindo assuntos<br />

corporativos que envolvam<br />

o negócio, além da li<strong>de</strong>rança<br />

direta das áreas <strong>de</strong> operação,<br />

planejamento, mídia e atendimento;<br />

Jatene é o representante<br />

Institucional criativo, incluindo<br />

assuntos relacionados a inovação,<br />

criativida<strong>de</strong> e tendências<br />

do mercado, além da li<strong>de</strong>rança<br />

direta das áreas <strong>de</strong> criação e<br />

produção. “Duas pessoas normalmente<br />

significam dois diferentes<br />

pontos <strong>de</strong> vista, e chegar<br />

em um acordo po<strong>de</strong> não ser tão<br />

fácil. Buscamos a verda<strong>de</strong> em<br />

tudo o que fazemos e em todas<br />

as <strong>de</strong>cisões que tomamos. Provocamos<br />

o conflito olho no olho,<br />

se preciso, até chegarmos a um<br />

acordo. Juntos e felizes. É <strong>de</strong>safiador<br />

porque não gerimos para<br />

agradar e sim para que todos se<br />

tornem melhores, a cada reunião<br />

e a cada <strong>de</strong>cisão. No nosso<br />

caso, como nos conhecemos há<br />

muito tempo, muitos anos trabalhando<br />

juntos permite que se<br />

chegue mais fácil a um acordo.<br />

O alinhamento <strong>de</strong> discursos e<br />

diretrizes se faz mais fácil com<br />

os anos <strong>de</strong> convivência”, acredita<br />

Jatene.<br />

TrAnsFormAção inexorável<br />

Alguns mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> copresidência<br />

têm duração mais longa<br />

no mercado e um perfil bastante<br />

consolidado. Parcerias mais<br />

conhecidas, como as <strong>de</strong> Erh Ray<br />

e Gal Barradas, que abriram a<br />

BETC São Paulo em <strong>20</strong>14, copresidindo<br />

a operação <strong>de</strong> lá para cá.<br />

Em <strong>20</strong>16, tornaram-se presi<strong>de</strong>ntes<br />

da Havas Creative, que une,<br />

além da BETC, a Havas, a Havas<br />

Life e a Havas Digital. Ou <strong>de</strong> Márcio<br />

Santoro e Sérgio Gordilho,<br />

copresi<strong>de</strong>ntes da Africa <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

<strong>20</strong>10, quando suce<strong>de</strong>ram a Nizan<br />

Guanaes. Ou, mais recente, <strong>de</strong><br />

Marcio Toscani e Marcelo Reis,<br />

copresi<strong>de</strong>ntes da Leo Burnett<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> <strong>20</strong>14. Compartilharam<br />

a gestão da agência com<br />

Paulo Giovanni, que manteve-se<br />

como chairman até fevereiro <strong>de</strong><br />

<strong>20</strong>17. “Foi um processo <strong>de</strong> transição<br />

natural, que já vinha sendo<br />

estudado pela agência em função<br />

da complexida<strong>de</strong> com que<br />

o mercado se encontra hoje em<br />

dia”, relembra Toscani, que representa<br />

o perfil <strong>de</strong> finanças e<br />

operações ao lado <strong>de</strong> um criativo<br />

- o que ele chama <strong>de</strong> “equilíbrio<br />

entre razão e emoção”.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 13


AgênCiAs<br />

O copresi<strong>de</strong>nte e COO da Leo<br />

Burnett afirma que o mo<strong>de</strong>lo é<br />

uma resposta a um “inexorável<br />

processo <strong>de</strong> transformação da<br />

indústria da comunicação que<br />

passou a impor novos mo<strong>de</strong>los<br />

<strong>de</strong> negócio”. Uma das importantes<br />

lições que ele dá a quem esteja<br />

pensando nesse mo<strong>de</strong>lo é que<br />

não se perca o DNA da empresa.<br />

“Cada agência está buscando se<br />

ajustar a este novo momento <strong>de</strong><br />

mercado, sem abrir mão do seu<br />

perfil. No caso da Leo Burnett,<br />

nosso DNA é a criativida<strong>de</strong> e ter<br />

um criativo à frente do negócio<br />

é imprescindível. Por outro lado,<br />

um mundo <strong>de</strong> inovações constantes<br />

e <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> crescente<br />

bate à porta, exigindo das<br />

agências <strong>de</strong>senvolverem estratégias<br />

<strong>de</strong> atuação mais em sintonia<br />

com o negócio dos clientes.<br />

E para ampliar esta interlocução<br />

com o marketing das empresas, é<br />

preciso ir além do elaborar campanhas<br />

publicitárias. Exige-se<br />

ter uma agência apta a fazer um<br />

diagnóstico preciso do problema<br />

e ou oportunida<strong>de</strong> para chegar<br />

à performance almejada, para<br />

ambos os lados”, afirma. “Essa<br />

revolução na indústria tem levado<br />

as agências a reverem seus<br />

mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> entrega, começando<br />

por uma gestão coautoral e complementar,<br />

em que boas i<strong>de</strong>ias<br />

e bons resultados an<strong>de</strong>m lado a<br />

lado”, analisa Toscani.<br />

A relação entre os dois exige<br />

muito diálogo e afinida<strong>de</strong>.<br />

“para que a parceria dê certo, é<br />

importante, além da sintonia e<br />

a complementarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funções,<br />

ter transparência, flexibilida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>ixar vaida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lado<br />

para o bem comum, pensando<br />

no sucesso do negócio”, afirma<br />

Toscani. Assim, resume, estratégia,<br />

gestão e direcionamento<br />

da agência precisam estar muito<br />

bem embalados em um discurso<br />

unificado.<br />

respeiTo Como AliCerCe<br />

A parceria entre Marcio Santoro<br />

e Sergio Gordilho está prestes<br />

a completar oito anos - em<br />

março <strong>de</strong> <strong>20</strong>18. Os papéis bem<br />

<strong>de</strong>finidos são uma parte importante<br />

para o sucesso da dupla,<br />

e <strong>de</strong>vem ser sempre esclarecidos<br />

às equipes. Mas a principal<br />

questão é outra. “Nos conhecemos<br />

há <strong>20</strong> anos. É preciso ter<br />

um profundo respeito, que é o<br />

alicerce <strong>de</strong> tudo. Deve-se ter cuidado<br />

para não brigar ou levantar<br />

a voz. A partir disso, se constrói<br />

o mo<strong>de</strong>lo da copresidência”, receita<br />

Santoro.<br />

Os anos foram importantes<br />

para <strong>de</strong>linear as funções <strong>de</strong> cada<br />

Sergio Gordilho e Marcio Santoro: “On<strong>de</strong> temos uma <strong>de</strong>ficiência, o outro supera”<br />

CEO. Naturalmente, Gordilho<br />

foi li<strong>de</strong>rando assuntos como<br />

inovação, criação e produção,<br />

enquanto Santoro assumiu as<br />

<strong>de</strong>cisões sobre dados, estratégia<br />

e planejamento. Mas ouvir<br />

o outro ponto <strong>de</strong> vista é fundamental<br />

para garantir que as melhores<br />

<strong>de</strong>cisões sejam tomadas.<br />

“Quando é algo ligado ao produto<br />

criativo, eu apoio <strong>de</strong>cisões<br />

do Gordilho. E quando se trata<br />

<strong>de</strong> questões financeiras e administrativas,<br />

ele também dá esse<br />

suporte. Claro que há momentos<br />

em que se tem <strong>de</strong> negociar, rever<br />

<strong>de</strong>cisões, mas temos isso <strong>de</strong><br />

forma muito clara, o que facilita<br />

a equalização. O dados <strong>de</strong> business<br />

intelligence ajudam a dar o<br />

suporte para as <strong>de</strong>cisões”, analisa<br />

Santoro.<br />

Eles concordam que as mudanças<br />

na indústria da publicida<strong>de</strong><br />

ten<strong>de</strong>m a gerar mais mo-<br />

Reis e Toscani: “Inexorável processo <strong>de</strong> transformação impõe novos mo<strong>de</strong>los”<br />

Divulgação<br />

“Cada agênCia<br />

está busCandO<br />

se ajustar a este<br />

nOvO mOmentO,<br />

sem abrir mãO dO<br />

seu perfil”<br />

<strong>de</strong>los <strong>de</strong> copresidência. “Nossa<br />

indústria é muito complexa e<br />

enfrenta uma gran<strong>de</strong> revolução<br />

<strong>de</strong> tecnologia, e outra do<br />

comportamento humano. Nesse<br />

cenário, é difícil ter controle<br />

absoluto sobre a estrutura <strong>de</strong><br />

uma agência. On<strong>de</strong> temos uma<br />

<strong>de</strong>ficiência, o outro supera. As<br />

pessoas precisam ter a mesma<br />

visão sobre o negócio, <strong>de</strong> prestar<br />

um serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para as<br />

Divulgação<br />

marcas, mas expertises complementares<br />

agregam muito”, afirma<br />

Gordilho. “A copresidência<br />

precisa ser baseada na cultura e<br />

DNA da empresa em que se vai<br />

atuar. No caso, temos a visão <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong> e business. Se os<br />

executivos fossem só <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>,<br />

talvez não <strong>de</strong>sse certo,<br />

e vice-versa”, analisa o copresi<strong>de</strong>nte<br />

e criativo.<br />

A divisão <strong>de</strong> tarefas permite<br />

que Erh Ray e Gal Barradas<br />

empreguem seus melhores<br />

potenciais a serviço da Havas<br />

Creative, mas algumas funções<br />

acabam sendo divididas. O que<br />

é positivo. Ray explica que o<br />

relacionamento com clientes<br />

é facilitado, já que cada executivo<br />

tem melhor entrada com<br />

<strong>de</strong>terminado grupo <strong>de</strong> contas.<br />

“Você precisa confiar na pessoa<br />

e se jogar <strong>de</strong> olhos fechados.<br />

Tem <strong>de</strong> ser uma relação<br />

visceral”, afirma Ray.<br />

“Eu e Erh Ray somos muito<br />

complementares, mas dividimos<br />

a mesma visão entre nós e<br />

a agência. A principal questão<br />

é ter esse alinhamento <strong>de</strong> valores<br />

e crenças, porque, <strong>de</strong> resto,<br />

é apenas um alinhamento disciplinar,<br />

pois não tomaria uma<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> criação sem ele e ele<br />

não tomaria uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> estratégia<br />

sem mim”, explica Gal<br />

Barradas.<br />

O tempo ajudou a dupla a<br />

moldar o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> copresidência.<br />

Des<strong>de</strong> o começo, adotam<br />

alguns métodos como o <strong>de</strong><br />

sentar juntos na mesma sala.<br />

“Estamos sempre conversando<br />

sobre <strong>de</strong>cisões. Não precisamos<br />

<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> momento para<br />

discutir as coisas. É um mo<strong>de</strong>lo<br />

interessante também porque,<br />

sempre que houver dois assuntos<br />

importantes ao mesmo<br />

tempo, haverá uma li<strong>de</strong>rança<br />

para aquele momento”, explica<br />

Gal Barradas. Claro que o caminho<br />

da copresidência é bastante<br />

árduo e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> muita<br />

confiança para funcionar. É um<br />

<strong>de</strong>safio diário. “Já é difícil manter<br />

a presidência da agência por<br />

sete anos, imagina uma copresidência”,<br />

brinca Marcio Santoro,<br />

da Africa. “Só a convivência<br />

<strong>de</strong>snuda a pessoa. Estamos juntos<br />

o tempo todo, dividindo a<br />

mesma sala. Hoje, já sabemos,<br />

mais ou menos, que tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

a outra pessoa tomaria”,<br />

afirma Gal sobre a parceria com<br />

Ray. “Quando há diferenças,<br />

é preciso questionar, ce<strong>de</strong>r e<br />

compreen<strong>de</strong>r que sempre existe<br />

o outro lado. Só com muita<br />

confiança para a copresidência<br />

funcionar”, resume Ray.<br />

14 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


470979_DM9DDB_DM9DDB_142x314<br />

14/11/<strong>20</strong>17 - 14:39<br />

agências<br />

Today ganha<br />

conta <strong>de</strong> carne<br />

da Marfrig<br />

Marca Montana será<br />

relançada no mercado<br />

com nova campanha<br />

Divulgação<br />

“Profissional antenado e sempre<br />

atualizado com as transformações<br />

da mídia e da comunicação.<br />

Excelente parceiro.<br />

É muito bom trabalhar com ele!<br />

Muito merecida essa indicação.<br />

A coruja tem que ser <strong>de</strong>le.”<br />

Maria Elena Lioi<br />

Executive Media Manager BRF<br />

Today vai fazer reposicionamento <strong>de</strong> Montana<br />

Montana, marca <strong>de</strong> carnes da Marfrig,<br />

A finalizou o processo <strong>de</strong> concorrência<br />

por sua conta <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> e escolheu<br />

a Today como sua nova agência. A marca<br />

estava sem agência. Segundo fonte do<br />

PROPMARK, a concorrência envolveu seis<br />

empresas e na final estavam a Today e a Tudo,<br />

do Grupo ABC. O anunciante tem uma<br />

verba publicitária <strong>de</strong> R$ 15 milhões.<br />

A Today, <strong>de</strong> Adilson Batista, já começou<br />

a trabalhar no novo job para reposicionar a<br />

marca e relançá-la no mercado brasileiro.<br />

A campanha está prevista para entrar no ar<br />

em janeiro <strong>de</strong> <strong>20</strong>18. A Marfrig Global Foods<br />

é uma das maiores companhias <strong>de</strong> alimentos<br />

à base <strong>de</strong> proteína animal do mundo e<br />

controla, além da Montana, marcas como<br />

Bassi, Angus e Pampeano.<br />

Ao contrário da maioria das agências,<br />

que são divididas em áreas como criação,<br />

atendimento e planejamento, a Today<br />

adotou nomenclaturas diferentes para a<br />

sua estrutura. A agência, hoje, se baseia<br />

em quatro áreas: heart, heartbeat, insi<strong>de</strong><br />

e backoffice. Com uma estrutura enxuta, a<br />

Today é focada em serviços <strong>de</strong> comunicação<br />

integrada, com <strong>de</strong>staque para o digital.<br />

“Damos muito enfoque à estratégia”,<br />

diz Batista.<br />

Neste ano, a agência ganhou contas como<br />

Avis (comunicação integrada), Pague Seguro<br />

(conta <strong>de</strong> CRM) e a construtora Moura<br />

Dubeux, além <strong>de</strong> Montana. Conectada aos<br />

novos tempos, <strong>de</strong> orçamentos mais enxutos<br />

e <strong>de</strong> cultura compartilhada, o escritório<br />

da Today está localizado no WeWork, da<br />

Avenida Paulista, um espaço <strong>de</strong> coworking<br />

em que há várias startups instaladas, como<br />

o Groupon, por exemplo. “Acabamos fazendo<br />

negócios com outras empresas que<br />

divi<strong>de</strong>m o espaço, trocando i<strong>de</strong>ias e visões<br />

diferentes. É muito interessante”, <strong>de</strong>staca<br />

Batista, que tem Claudio Xavier como sócio<br />

e diretor-financeiro.<br />

“O Vicente, na minha opinião,<br />

é o mais talentoso mídia<br />

da nova geração.”<br />

Paulo Queiroz<br />

Presi<strong>de</strong>nte da DM9DDB; vencedor do Prêmio Caboré<br />

360443-002 ANU VARELA CABORE PROPMARK 14,2X31,4.indd 1 11/14/17 2:41 PM<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 15


pRêMIos<br />

Mudanças promovidas pelo Cannes<br />

Lions agradam mercado publicitário<br />

Evento renova categorias, reduz tempo <strong>de</strong> duração e programação,<br />

e cria <strong>de</strong>scontos para <strong>de</strong>legados já para a competição <strong>de</strong> <strong>20</strong>18<br />

Claudia Penteado<br />

tradicional e sexagenário<br />

O Cannes Lions <strong>de</strong>cidiu mudar.<br />

Depois que o americano<br />

Andy Awards anunciou que no<br />

ano que vem vai premiar apenas<br />

i<strong>de</strong>ias e não categorias como<br />

filme, outdoor ou peça <strong>de</strong><br />

rádio, os dirigentes do maior<br />

festival <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> do<br />

mundo anunciaram transformações<br />

menos radicais, mas<br />

que agradaram o mercado <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira geral.<br />

Foram cerca <strong>de</strong> três anos <strong>de</strong><br />

muitas conversas, consultas,<br />

avaliações e também um bocado<br />

<strong>de</strong> pressão do mercado<br />

mundial <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> que levaram<br />

a organização do festival<br />

a reestruturar completamente<br />

o evento para o ano que vem.<br />

As mudanças foram anunciadas<br />

em uma coletiva transmitida<br />

via streaming <strong>de</strong> Londres,<br />

pelo diretor-geral <strong>de</strong> Cannes,<br />

José Papa Neto, e o CEO da Ascential<br />

Events, Philip Thomas.<br />

O festival reduziu a sua duração:<br />

passa a ter apenas cinco<br />

dias no lugar <strong>de</strong> oito, e será realizado<br />

entre 18 e 22 <strong>de</strong> junho<br />

<strong>de</strong> <strong>20</strong>18. Ao mesmo tempo, as<br />

sessões <strong>de</strong> premiações e algumas<br />

palestras se tornarão<br />

acessíveis, gratuitamente, via<br />

streaming, em <strong>de</strong>vices e também<br />

diversos pontos da cida<strong>de</strong>,<br />

inclusive um cinema montado<br />

na praia. Isso <strong>de</strong>ve melhorar a<br />

vida <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> <strong>de</strong>legados<br />

que se acotovelam para acompanhar<br />

os principais eventos.<br />

Tanto seminários como trabalhos<br />

inscritos passam a estar<br />

organizados sob um novo<br />

guarda-chuva <strong>de</strong> áreas: Reach,<br />

Comms, Craft, Experience, Innovation,<br />

Impact, Good, Entertainment<br />

e Health.<br />

Ao todo, 1<strong>20</strong> subcategorias<br />

foram extintas. Os Leões Cyber,<br />

Integrated e Promo + Activation<br />

também <strong>de</strong>saparecem<br />

dando lugar a novida<strong>de</strong>s como<br />

Brand Experience + Activation<br />

Lions, Creative e-Commerce<br />

Papa Neto: cada um dos novos Leões reflete os <strong>de</strong>safios contemporâneos do marketing criativo<br />

Lions e Digital Social & Influencer<br />

Lions. Segundo Papa Neto,<br />

cada um <strong>de</strong>sses novos Leões<br />

reflete os <strong>de</strong>safios contemporâneos<br />

do marketing criativo.<br />

“Acho que Cannes já <strong>de</strong>u um<br />

passo correto, mas ainda falta<br />

muito. Para mim o exemplo <strong>de</strong><br />

um compromisso com a criativida<strong>de</strong><br />

e o nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> um prêmio é o que o Andy<br />

Awards acaba <strong>de</strong> fazer: eliminou<br />

todas as categorias. Assim<br />

se julgará cada i<strong>de</strong>ia como se<br />

fosse única. Para mim foram<br />

muito corajosos, porque isso<br />

acarreta perda <strong>de</strong> lucro ao princípio.<br />

Mas estou convencido<br />

que o Andy ganhará mais prestígio<br />

no futuro por ter <strong>de</strong>cidido<br />

apostar por esta mudança radical”,<br />

analisa Miguel Bemfica,<br />

CCO da MRM//McCann <strong>de</strong> Madri,<br />

na Espanha.<br />

REALIDADE<br />

Patricia Weiss, diretora <strong>de</strong><br />

bran<strong>de</strong>d content do núcleo da<br />

“Fica diFícil para<br />

Festivais como<br />

cannes no sentido<br />

Financeiro. mas<br />

a questão é: como<br />

estava, já não<br />

ia dar mais”<br />

Editora Abril, fala que as mudanças<br />

trazem o festival mais<br />

próximo da realida<strong>de</strong> do mercado.<br />

“Acho fundamental reduzirem<br />

as categorias em nove<br />

essenciais e eliminarem tantas<br />

subcategorias que existiam<br />

(para quem já foi jurado como<br />

eu, era exaustivo, repetitivo e,<br />

em alguns casos, até sem muita<br />

lógica. Agora ficou mais justo e<br />

a<strong>de</strong>quado”, disse Patricia.<br />

Os concorridos Grand Prix<br />

passam a valer mais: antes valiam<br />

<strong>de</strong>z pontos, a partir <strong>de</strong><br />

<strong>20</strong>18, valem 30. “Acredito que<br />

Fotos: Alê Oliveira e Divulgação<br />

teremos um festival mais equilibrado<br />

e justo, principalmente<br />

porque a pontuação do GP agora<br />

vai separar os homens dos<br />

meninos”, opina André Felix,<br />

diretor <strong>de</strong> criação na The Walt<br />

Disney Company, em Los Angeles.<br />

Acabou a distribuição farta<br />

<strong>de</strong> estatuetas que vinha se tornando<br />

cada vez mais polêmica<br />

nos últimos anos: cada peça<br />

ou campanha po<strong>de</strong>rá conquistar<br />

um máximo <strong>de</strong> seis Leões.<br />

“Tudo o que é escasso tem mais<br />

valor”, observa Adilson Xavier,<br />

sócio da produtora Zola e frequentador<br />

do Cannes Lions há<br />

muitos anos.<br />

Fabio Seidl, diretor <strong>de</strong> criação<br />

executivo da VML <strong>de</strong> Nova<br />

York, afirma que havia muita<br />

gente com a sensação que o<br />

excesso <strong>de</strong> prêmios e <strong>de</strong> conteúdo<br />

estava tirando o foco das<br />

gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias e das boas trocas<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias. Com as mudanças,<br />

ele acredita que o festival<br />

16 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


Patricia Weiss: “Agora ficou mais justo e a<strong>de</strong>quado”<br />

Álvaro Rodrigues: “Iniciativas promoverão um maior acesso <strong>de</strong> profissionais ao festival”<br />

se torna mais focado, acessível<br />

e compreensível não só para os<br />

criativos como para outras disciplinas<br />

e os clientes.<br />

Gustavo Bastos, sócio e diretor<br />

da 11:21, acredita que o<br />

limite ao número <strong>de</strong> Leões que<br />

cada trabalho po<strong>de</strong> ganhar trará<br />

mais competitivida<strong>de</strong> ao<br />

festival. “Acho que o menos é<br />

mais. Vai valorizar o Leão e, ao<br />

mesmo tempo, <strong>de</strong>ixar o festival<br />

mais palatável por ter menos<br />

palestras mais interessantes”,<br />

opina Bastos.<br />

MAIs BARATo<br />

A i<strong>de</strong>ia é cortar custos para<br />

quem participa, portanto, além<br />

da semana mais curta, o festival<br />

negociou <strong>de</strong>scontos com<br />

a prefeitura <strong>de</strong> Cannes, como<br />

em restaurantes e corridas <strong>de</strong><br />

táxi, e <strong>de</strong>mandou a instalação<br />

<strong>de</strong> um wi-fi gratuito nos arredores<br />

do Palácio dos Festivais<br />

durante a semana, entre outras<br />

novida<strong>de</strong>s para reduzir os custos<br />

<strong>de</strong> quem passa a semana<br />

em uma das cida<strong>de</strong>s mais caras<br />

do mundo.<br />

“A integração <strong>de</strong> categorias<br />

faz sentido para as agências, e<br />

outros players que não são só<br />

agências. Estamos falando <strong>de</strong><br />

entretenimento, <strong>de</strong> tech e <strong>de</strong><br />

data. Acho o caminho válido.<br />

Mas acho que temos mesmo <strong>de</strong><br />

esperar pra ver. Se vai funcionar,<br />

se será economicamente<br />

viável para Cannes. E se, <strong>de</strong> repente,<br />

vai melhorar custo para<br />

as agências e grupos. Fica difícil<br />

para festivais como Cannes<br />

no sentido financeiro. Mas a<br />

questão é: como estava, já não<br />

ia dar mais”, analisou Guilherme<br />

Jahara, da F/Biz.<br />

Isso po<strong>de</strong> fazer com que os<br />

grupos <strong>de</strong> comunicação que<br />

Marcelo Felício: “Vai ser mais fácil para os jovens talentos irem ao festival”<br />

“Fico Feliz <strong>de</strong><br />

ver que o maior<br />

Festival <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong><br />

ouviu o mercado e<br />

respon<strong>de</strong>u <strong>de</strong> uma<br />

Forma bem ampla”<br />

vêm questionando os altos<br />

custos <strong>de</strong> festivais continuem<br />

inscrevendo suas peças e profissionais.<br />

O grupo Publicis confirmou<br />

recentemente que <strong>20</strong>18 será<br />

mesmo um ano sabático <strong>de</strong><br />

prêmios, e preten<strong>de</strong> voltar apenas<br />

em <strong>20</strong>19. Para estimular a<br />

participação no festival, toda<br />

agência ou empresa que inscrever<br />

acima <strong>de</strong> 15 peças ganhará<br />

a inscrição <strong>de</strong> um <strong>de</strong>legado<br />

Young no festival: ao todo <strong>de</strong>ssas<br />

656 inscrições gratuitas serão<br />

dadas.<br />

Marcelo Felício, redator sênior<br />

da TV Globo, fala que a<br />

i<strong>de</strong>ia dos Youngs foi a que mais<br />

gostou <strong>de</strong>ntre as mudanças.<br />

“Vai ser mais fácil para os jovens<br />

talentos irem ao festival,<br />

o que é importantíssimo para<br />

continuarmos entre os países<br />

mais criativos do mundo”, diz.<br />

Outra novida<strong>de</strong> que agradou:<br />

trabalhos <strong>de</strong> cunho social<br />

serão julgados separadamente<br />

e entregues separadamente,<br />

totalmente <strong>de</strong>stacados dos <strong>de</strong>mais<br />

trabalhos. A intenção é<br />

valorizar mais os trabalhos que<br />

fazem diferença nos negócios<br />

das empresas.<br />

Álvaro Rodrigues, diretor<br />

<strong>de</strong> criação da Fullpack, afirma<br />

que a competição <strong>de</strong> trabalhos<br />

humanitários, criados<br />

para ONGs, entre si, evitará<br />

distorções em resultados. Boas<br />

mudanças, que dão novo frescor<br />

e mais prestígio ao Cannes<br />

Lions”, opinou. “Todas essas<br />

iniciativas promoverão um<br />

maior acesso <strong>de</strong> profissionais<br />

ao festival, tão importante para<br />

nosso mercado, pois estimula<br />

criativida<strong>de</strong>, eficiência, competitivida<strong>de</strong>,<br />

relacionamento e<br />

conhecimento”, afirma Sandra<br />

Martinelli presi<strong>de</strong>nte-executiva<br />

da ABA.<br />

Faz tempo o festival dava<br />

sinais <strong>de</strong> que precisava promover<br />

transformações radicais<br />

pra sobreviver. E não havia alternativa:<br />

era mudar ou mudar.<br />

Para alguns profissionais, ainda<br />

falta para o festival espelhar<br />

a realida<strong>de</strong> do mercado <strong>de</strong> fato.<br />

Mas foi um começo. “São mudanças<br />

que refletem o cenário<br />

que a publicida<strong>de</strong> mundial está<br />

passando: revisão do mo<strong>de</strong>lo<br />

tradicional. Não sei se serão<br />

suficientes para estarem a<strong>de</strong>quadas<br />

à nova realida<strong>de</strong>, mas<br />

é uma mudança e isso já é importante”,<br />

disse Bruno Dreux,<br />

sócio da Amo.<br />

André Pedroso, diretor <strong>de</strong><br />

criação da Fischer, acredita<br />

que é preciso aguardar para ver<br />

como tudo funcionará. “Fico<br />

feliz <strong>de</strong> ver que o maior festival<br />

<strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> ouviu o mercado<br />

e respon<strong>de</strong>u <strong>de</strong> forma bem<br />

ampla, com mudanças bem<br />

profundas. É uma excelente<br />

<strong>de</strong>monstração do festival <strong>de</strong><br />

que está pensando em um novo<br />

formato da indústria”, disse.<br />

E há quem sequer tome conhecimento<br />

do Cannes Lions,<br />

optando por não participar da<br />

festa anual dos Leões, como<br />

Rodrigo Leão, sócio e criativo<br />

da Casa Darwin. “Para nós,<br />

Cannes é tipo Stranger Things:<br />

uma celebração dos anos 1980,<br />

com muitas referências, diversão<br />

e surpresas que ocorrem<br />

enquanto um monstro está <strong>de</strong>vorando<br />

todo mundo”.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 17


STORYTELLER<br />

Aleem_kahan/iStock<br />

A favor do<br />

photoshop<br />

Examinando livros <strong>de</strong> crônicas <strong>de</strong> Stanislaw<br />

Ponte Preta a gente tem uma visão perfeita<br />

da infinitu<strong>de</strong> da estupi<strong>de</strong>z humana<br />

LuLa Vieira<br />

Nesse <strong>de</strong>lírio do estado-babá que a França<br />

preten<strong>de</strong> cometer obrigando que as<br />

fotos retocadas com photoshop indiquem<br />

a existência <strong>de</strong> retoques é um verda<strong>de</strong>iro<br />

exemplar do Febeamundo, uma extensão<br />

planetária do Febeapá, criação <strong>de</strong> Stanislaw<br />

Ponte Preta.<br />

O Febeapá – Festival <strong>de</strong> Besteiras que<br />

Assola o País – pretendia homenagear todos<br />

os cocorocas eventualmente no po<strong>de</strong>r<br />

que brindavam a nação com i<strong>de</strong>ias e ações<br />

que primavam pela absoluta burrice.<br />

Foi uma brilhante criação <strong>de</strong> Sérgio<br />

Porto, o Stanislaw Ponte Preta, que assim<br />

cutucava os rompantes das autorida<strong>de</strong>s civis,<br />

militares e eclesiásticas surpreendidas<br />

falando ou fazendo merda.<br />

Examinando os livros <strong>de</strong> crônicas do<br />

ilustre sobrinho <strong>de</strong> tia Zulmira a gente tem<br />

uma visão perfeita da infinitu<strong>de</strong> da estupi<strong>de</strong>z<br />

humana. Uma autorida<strong>de</strong> da época,<br />

por exemplo, <strong>de</strong>terminou a prisão imediata<br />

do escritor subversivo Sófocles, sem perceber<br />

que estava atrasado em mais <strong>de</strong> dois<br />

milênios.<br />

Um almirante folclórico, Pena Boto, em<br />

pleno entusiasmo anticomunista certo<br />

dia conclamou o Brasil a invadir a Rússia.<br />

Stanislaw, em vez <strong>de</strong> ridicularizar a ilustre<br />

figura apenas comentou: “Deixa ele ir, <strong>de</strong>ixa<br />

ele ir!”<br />

Mas, perguntará a amada leitora e o prezado<br />

leitor, o que tem a ver isso tudo com a<br />

França e o photoshop? Muito, e me permitam<br />

explicar.<br />

Em primeiro lugar, o arrazoado que recomenda<br />

a tal advertência quanto ao retoque<br />

nas fotografias, é uma agressão às mulheres,<br />

pois a providência visa a protegê-las<br />

da tentação <strong>de</strong> parecer com as mo<strong>de</strong>los fotografadas,<br />

o que po<strong>de</strong> levá-las à <strong>de</strong>pressão<br />

e até mesmo ao suicídio.<br />

Ou seja, se a gente não avisar que não<br />

existem mulheres como as que aparecem<br />

nos anúncios, as coitadas das francesinhas<br />

vão cortar os pulsos diante da impossibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se parecer com as mo<strong>de</strong>los.<br />

É não é digno <strong>de</strong> figurar nos anais do Febeamundo?<br />

E os homens, como ficam? Será<br />

que são mais sábios e sabem distinguir,<br />

sem precisar advertência, entre um bonitão<br />

retocado e um mais aunaturel?<br />

Aqui no Brasil já existe a picaretagem <strong>de</strong><br />

se colocar nas fotos <strong>de</strong> produtos a legenda<br />

“foto meramente ilustrativa” que no fundo<br />

no fundo significa que o anunciante<br />

não se responsabiliza pelo que está mostrando.<br />

A continuar por aí, brevemente teremos<br />

o aviso <strong>de</strong> que os textos também são apenas<br />

ilustrativos e necessariamente não <strong>de</strong>vem<br />

ser tomados ao pé da letra.<br />

Ou então, na propaganda partidária<br />

obrigatória, uma tarja no ví<strong>de</strong>o po<strong>de</strong>ria<br />

informar “texto retocado por marqueteiros”,<br />

o que nos ajudaria a não levar muito<br />

a sério a nova fase do Bolsonaro, agora comedido,<br />

e <strong>de</strong> Lula, agora <strong>de</strong> novo revolucionário.<br />

São atitu<strong>de</strong>s meramente ilustrativas,<br />

que po<strong>de</strong>rão mudar conforme o momento<br />

político. Para terminar, eu me lembro da<br />

finada revista Ele&Ela, versão brasileira<br />

da Playboy, que conseguia fazer brava<br />

concorrência à gringa graças à falta <strong>de</strong> recursos.<br />

Explico: com muito menos verba, a<br />

Ele&Ela não retocava as mulheres nuas que<br />

fotografava. E, para os onanistas mais ortodoxos,<br />

eram muito mais incentivadoras<br />

as fotos <strong>de</strong> mulheres com aparência real<br />

do que as inalcançáveis <strong>de</strong>usas da Playboy.<br />

Para encerrar, eu sou a favor do photoshop<br />

em tudo.<br />

A vida fica uma porcaria sem retoques.<br />

Lula Vieira é publicitário, diretor da<br />

Mesa Consultoria <strong>de</strong> Comunicação,<br />

radialista, escritor, editor e professor<br />

lulavieira@grupomesa.com.br<br />

18 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


PRODUTORAS<br />

Divulgação<br />

Rezen<strong>de</strong>, da Comando S: “A música é um prato cheio para as produtoras, que têm gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios para gerar a conexão da marca com o público”<br />

Jingle completa 85 anos como parte<br />

essencial da propaganda brasileira<br />

Comando S relembra ações inesquecíveis, como para Antarctica e Caixa,<br />

e acredita em aproximação maior entre publicida<strong>de</strong> e entretenimento<br />

Felipe Turlão<br />

especial para o propMArK<br />

Neste mês, o jingle está completando<br />

85 anos como<br />

componente fundamental da<br />

publicida<strong>de</strong> brasileira. A primeira<br />

ação <strong>de</strong>sse tipo nasceu<br />

nos anos 1930, na época <strong>de</strong> ouro<br />

do rádio, por iniciativa <strong>de</strong><br />

Adhemar Casé (avô da apresentadora<br />

Regina Casé), que veiculou<br />

em seu Programa Casé, na<br />

Rádio Philips, uma composição<br />

<strong>de</strong> Antônio Nássara para a padaria<br />

Bragança. O relato está no<br />

livro MPB na Era do Rádio, <strong>de</strong><br />

Sérgio Cabral.<br />

Não há dúvidas quanto à importância<br />

histórica do jingle na<br />

propaganda. A Comando S fez<br />

na semana passada uma lista<br />

com seis ações <strong>de</strong>sse tipo que,<br />

segundo seus critérios, “são<br />

cantados pelas pessoas do início<br />

ao fim, provando a força<br />

do jingle”. Os selecionados incluem<br />

clássicos como Poupança<br />

Bamerindus, com o bordão<br />

O tempo passa, o tempo voa, e<br />

a poupança Bamerindus conti-<br />

nário, a relevância das trilhas e<br />

jingles não diminuiu. Na verda<strong>de</strong>,<br />

provavelmente aumentou”,<br />

afirma Serginho Rezen<strong>de</strong>, fundador<br />

e diretor musical da Comando<br />

S.<br />

Uma das gran<strong>de</strong>s tendências<br />

para o futuro dos jingles, diz o<br />

produtor, é a mistura com as<br />

peças artísticas, diferindo das<br />

canções originalmente criadas<br />

para a publicida<strong>de</strong> no passado.<br />

“Fazemos releituras ou até<br />

usamos o fonograma original<br />

para marcar campanhas, como<br />

num caso recente para Claro.<br />

As campanhas da Vivo, da mesma<br />

forma, também costumam<br />

seguir esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> utilizar<br />

composições já consagradas.<br />

Recentemente, usamos músicas<br />

da Rosana e do José Augusto<br />

em campanha para a Brahma”,<br />

diz Rezen<strong>de</strong>, acrescentando:<br />

“Precisamos <strong>de</strong> um conteúdo<br />

que a pessoa queira assistir. Temos<br />

muitos artistas conhecidos<br />

cantando jingles nessa nova era<br />

e interagindo com as marcas.<br />

A NET lançou campanha com<br />

uma paródia da música da Ka-<br />

nua numa boa, ainda lembrado<br />

mesmo após ter saído <strong>de</strong> cena,<br />

quando o banco foi vendido na<br />

década <strong>de</strong> 1990 para o Grupo<br />

HSBC; Vem pra Caixa você também<br />

(Caixa), jingle clássico dos<br />

anos 1980, que voltou a ser usado<br />

no início da década <strong>de</strong> <strong>20</strong>10;<br />

e Pipoca com guaraná (Guaraná<br />

Antarctica), com uma canção<br />

sobre combinação <strong>de</strong> sabores<br />

que explodiu entre o público<br />

em geral no início dos anos<br />

1990. A Comando S também<br />

selecionou peças mais atuais,<br />

como Vem pro lado NET da vida<br />

(NET), Pôneis malditos (Nissan)<br />

e Iogurte Grego (Vigor).<br />

Com o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> manter o<br />

sucesso <strong>de</strong>ssas iniciativas do<br />

passado, o jingle procura se<br />

adaptar aos novos tempos. “A<br />

publicida<strong>de</strong> está mudando para<br />

ser, cada vez mais, uma peça <strong>de</strong><br />

entretenimento. A melhor forma<br />

<strong>de</strong> chegar ao público hoje<br />

é com bom conteúdo. Vivemos<br />

a chamada síndrome dos cinco<br />

segundos na internet e até na<br />

TV. O <strong>de</strong>safio é ser interessante<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o princípio e, nesse cerol<br />

Conka. Essa música, aliás,<br />

se tornou famosa na versão da<br />

NET. Não era tão conhecida<br />

antes. O entretenimento ganha<br />

cada vez mais força e essa mistura<br />

é uma tendência”.<br />

A convergência entre música<br />

e jingle cria um cenário em<br />

que ninguém mais vai perceber<br />

quem faz o quê. “Já estamos<br />

próximos disso. O público<br />

terá o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o<br />

que é um trabalho original <strong>de</strong><br />

um artista e on<strong>de</strong> está a criação<br />

para uma marca”, afirma<br />

Rezen<strong>de</strong>. Isso, ressalta, é natural<br />

em um país apaixonado<br />

pela música e on<strong>de</strong> ela ocupa<br />

um papel fundamental para o<br />

entretenimento. “A música é<br />

um prato cheio para as produtoras,<br />

que têm gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios<br />

para gerar a conexão da marca<br />

com o público. Temos <strong>de</strong> seguir<br />

inovando. Novas tecnologias,<br />

novas formas <strong>de</strong> gravação,<br />

novas maneiras <strong>de</strong> composição,<br />

arranjo e mixagem. Releituras.<br />

Há muita coisa divertida para<br />

fazer aí pela frente”, resume o<br />

produtor.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 19


POR QUE<br />

ALE GUERRERO<br />

MERECE<br />

CABORÉ <strong>20</strong>17?<br />

FAZER O NEGÓCIO DO<br />

CLIENTE DAR CERTO É A<br />

ESPECIALIDADE DO GUERRERO<br />

DANIEL<br />

SIMÕES<br />

ELETROMIDIA<br />

ELE TEM TUDO A VER COM<br />

ESSE MOMENTO ESPECIAL QUE O<br />

SETOR DO OOH VEM VIVENDO. DE<br />

CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO<br />

E PROFISSIONALISMO<br />

EDUARDO<br />

ALVARENGA<br />

ELEMIDIA/ABOOH<br />

ELE AMA PROPAGANDA, FAZ<br />

COM AMOR E QUEM FAZ COM<br />

AMOR SEMPRE FAZ BEM FEITO<br />

PB<br />

JWT


V O T E<br />

ALE GUERRERO<br />

Profissional <strong>de</strong> veículo<br />

Caboré <strong>20</strong>17


entrevistA<br />

João Appolinário<br />

A polishop<br />

tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

criAr novAs<br />

cAtegoriAs <strong>de</strong><br />

produtos<br />

O<br />

presi<strong>de</strong>nte da Polishop João Appolinário<br />

trilhou um caminho diferente. Empreen<strong>de</strong>r<br />

não era sua única opção para ganhar a<br />

vida, já que a família <strong>de</strong>le tinha um negócio<br />

consolidado na área <strong>de</strong> varejo <strong>de</strong> automóveis.<br />

O empresário, no entanto, resolveu <strong>de</strong>ixar a empresa<br />

familiar para fundar a Polishop, em 1999. Nesta<br />

entrevista concedida ao PROPMARK, Appolinário<br />

conta por que sua empresa é verda<strong>de</strong>iramente<br />

omnichannel e quais os diferenciais da marca.<br />

“É o tipo <strong>de</strong> produto que você quer mostrar para<br />

o cunhado no almoço <strong>de</strong> domingo”, afirma.<br />

Cristiane Marsola<br />

De on<strong>de</strong> veio a sua i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fundar a<br />

Polishop?<br />

Eu vim <strong>de</strong> uma família do varejo.<br />

Isso está no meu sangue.<br />

Mas, na verda<strong>de</strong>, eu gostava muito<br />

do formato <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r por televisão,<br />

<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r benefício e não<br />

produto, <strong>de</strong>safiando um pouco<br />

as leis tradicionais do varejo. Não<br />

porque eu sou melhor que outras<br />

pessoas, mas porque eu me<br />

ponho como consumidor. O que<br />

eu quero? Isso que estão falando<br />

hoje, o retail 3.0, que é a loja<br />

<strong>de</strong> experimentação, é uma coisa<br />

que eu sempre achei que <strong>de</strong>veria<br />

ter. Não é novo. Nos Estados<br />

Unidos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que eu sou criança,<br />

as pessoas são maquiadas nas<br />

lojas. Eu transformei minha loja<br />

em um parque <strong>de</strong> diversões. Até<br />

hoje, tem loja que proíbe o cliente<br />

<strong>de</strong> entrar no estabelecimento<br />

tomando sorvete. Eu sirvo sorvete,<br />

café... Tem loja <strong>de</strong> sofá em<br />

que você não po<strong>de</strong> se sentar. Eu<br />

tenho ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> R$ 16 mil que<br />

as pessoas ficam lá sentadas e eu<br />

acho graça.<br />

Isso leva as pessoas à loja...<br />

O mundo mudou. A i<strong>de</strong>ia era<br />

ter um varejo diferenciado, emque<br />

as pessoas não compram produtos,<br />

mas compram benefícios.<br />

A pessoa tem cada vez menos<br />

vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter trabalho e menos<br />

tempo para fazer as coisas. Tem<br />

uma revolução digital. Há um<br />

tempo, as pessoas buscavam as<br />

Páginas Amarelas para qualquer<br />

coisa, hoje eu começo a conversar<br />

com meu filho e ele começa a<br />

me contestar, com o Google aberto.<br />

Não tem mais conversinha. O<br />

mundo antes era linear na forma<br />

como tudo era conduzido e agora<br />

é não-linear. As pessoas mudaram<br />

seus comportamentos, mudaram<br />

como vão para os lugares,<br />

mudaram tudo, inclusive o que<br />

vão consumir. Eu <strong>de</strong>fendo que o<br />

e-commerce, no mundo, começou<br />

no caminho errado.<br />

Por quê?<br />

O e-commerce nasceu para<br />

trazer facilida<strong>de</strong>, praticida<strong>de</strong>... E<br />

ele virou um lugar para promoção,<br />

comprar barato, e essa não<br />

é a vocação <strong>de</strong>le. Você tem <strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r ir à loja, comprar no site,<br />

mandar entregar, passar na loja<br />

para buscar... Tanto faz o canal<br />

porque o preço é o mesmo. Isso é<br />

omnichannel. Quando ainda não<br />

existia a palavra omnichannel,<br />

nós, na Polishop, adotamos a expressão<br />

“verda<strong>de</strong>iramente multicanal”.<br />

Esse verda<strong>de</strong>iramente<br />

significa omnichannel porque<br />

está atrelado à experiência. A<br />

maior diferença que eu tinha era<br />

o que as pessoas diziam que não<br />

ia dar certo: eu tinha um negócio<br />

<strong>de</strong> venda direta, por televisão,<br />

e estava abrindo loja física. Se o<br />

cliente for buscar na loja é maravilhoso<br />

porque a coisa mais difícil<br />

é levar o cliente à loja.<br />

Poucos varejistas fazem essa integração?<br />

Os caras montam um site com<br />

o mesmo nome da loja, mas com<br />

tudo separado. Não tem sinergia<br />

<strong>de</strong> nada e aí ocorre o que já vimos<br />

com várias empresas que se<br />

fundiram, são estruturas iguais,<br />

mas não ganham com a sinergia.<br />

Integrar é difícil. O <strong>de</strong>safio em<br />

qualquer empresa é você conseguir<br />

introduzir ou manter uma<br />

cultura. Todo mundo acha que<br />

meu <strong>de</strong>safio é produto, isso não é<br />

<strong>de</strong>safio. Desafio é não <strong>de</strong>ixar que<br />

o tempo nos curve a outro negócio<br />

que não o nosso. “O ano que<br />

vem, vão ven<strong>de</strong>r 3 milhões <strong>de</strong><br />

tablets”, “vai estourar <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r<br />

celular”... <strong>de</strong>ixa os caras lá, este<br />

não é meu negócio.<br />

Você tem outros produtos...<br />

É (a teoria do) oceano azul.<br />

Como funcionam as parcerias das<br />

marcas com a Polishop?<br />

Todas querem ser Polishop,<br />

mas para isso tem <strong>de</strong> obe<strong>de</strong>cer<br />

três critérios: ser um produto inovador,<br />

ter exclusivida<strong>de</strong> e oferecer<br />

qualida<strong>de</strong>. Não é só não quebrar,<br />

é ter funcionalida<strong>de</strong>.<br />

Não po<strong>de</strong> a pessoa olhar os produtos<br />

na TV e chegar em casa e ele não funcionar<br />

igual?<br />

Pior, chegar na loja e ele não<br />

funcionar. A Philips Walita tem<br />

bastante parceria com a gente<br />

porque tem muita qualida<strong>de</strong> e<br />

inovação. Tanto que essa linha <strong>de</strong><br />

eletroportáteis <strong>de</strong>les é pequena.<br />

O negócio <strong>de</strong>les é iluminação e<br />

saú<strong>de</strong>. Várias empresas querem<br />

fazer parceria conosco, mas precisam<br />

ter um produto que atenda<br />

a esses princípios. Para ter inovação<br />

precisa investir milhões em<br />

<strong>de</strong>senvolvimento. E <strong>de</strong>pois vem<br />

o segundo o problema: introduzir<br />

uma inovação nos hábitos do<br />

consumidor.<br />

Não são produtos baratos...<br />

Por ter muita tecnologia, é<br />

muito mais caro. Um ferro <strong>de</strong> passar<br />

roupa está posicionado <strong>de</strong> R$<br />

30 a R$ 300. Eu tive <strong>de</strong> introduzir<br />

um ferro <strong>de</strong> R$ 500. A Polishop,<br />

hoje, já é vista perante as indústrias<br />

como uma excelente plataforma<br />

<strong>de</strong> lançamento <strong>de</strong> ações do<br />

varejo. As nossas ferramentas <strong>de</strong><br />

testes são muito mais eficientes<br />

do que as do varejo tradicional.<br />

Você entra em uma loja Polishop<br />

e as pessoas sabem explicar os<br />

produtos. Nossos filmes são<br />

muito explicativos, tanto para o<br />

consumidor como para o ven<strong>de</strong>dor.<br />

É o tipo <strong>de</strong> produto que você<br />

quer mostrar para o cunhado no<br />

almoço <strong>de</strong> domingo. São objetos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo. A pessoa não acorda <strong>de</strong><br />

manhã querendo comprar uma<br />

centrífuga, mas ela acorda querendo<br />

um suco natural, fresquinho,<br />

feito na hora, fácil e rápido.<br />

E é isso que a gente <strong>de</strong>monstra no<br />

nosso comercial. Se eu fizesse um<br />

filme focado em ven<strong>de</strong>r uma centrífuga<br />

ninguém ia querer comprar.<br />

É a questão <strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar o<br />

<strong>de</strong>sejo e ele ser atendido.<br />

O apelo é a solução?<br />

A gente tem <strong>de</strong> mostrar os problemas<br />

e a solução para eles. Você<br />

está introduzindo um novo jeito<br />

para uma coisa que você achava<br />

que não tinha solução. Se custa<br />

R$ 1.000, R$ 1.500, R$ 2.000, não<br />

importa. Se cabe no seu bolso,<br />

você vai comprar. Esse é o ponto.<br />

E tem algo bastante curioso que<br />

acontece nas lojas. Você vai ao<br />

shopping antes <strong>de</strong> abrir e várias<br />

ven<strong>de</strong>doras <strong>de</strong> outras lojas estão<br />

lá se maquiando, fazendo o cabe-<br />

22 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


lo, passando chapinha. A gente<br />

quer isso. Não é uma coisa proibida<br />

porque aquela ven<strong>de</strong>dora é<br />

uma cliente também e um amplificador.<br />

Significa que ela gostou<br />

do produto e só vai falar bem. Eu<br />

quero uma fila <strong>de</strong> pessoas fazendo<br />

o cabelo.<br />

Como é feito o treinamento dos ven<strong>de</strong>dores<br />

das lojas?<br />

Tem a Universida<strong>de</strong> Polishop<br />

e temos ferramentas pelas quais<br />

eles são monitorados para sabermos<br />

se assistiram até o final, se<br />

não <strong>de</strong>ixaram o filme passando e<br />

foram tomar banho, por exemplo.<br />

O treinamento é todo online?<br />

Tem presencial também, mas é<br />

mais para o comportamental.<br />

Como estão os negócios este ano?<br />

Está melhor do que o ano passado<br />

e o ano passado foi melhor<br />

que o ano retrasado. Lógico, ainda<br />

é um ano difícil, mas a gente<br />

tomou várias medidas já no ano<br />

passado, então a gente vem surfando<br />

nessas medidas. Um canal<br />

sente mais que o outro. As lojas<br />

físicas são as que mais sentem,<br />

mas como tem outros que crescem,<br />

conseguimos compensar.<br />

Essa é a tese do multicanal.<br />

Vocês estão expandido lojas físicas<br />

este ano?<br />

Vamos abrir 25 lojas, muitas em<br />

regiões que não estávamos, mas<br />

também fechamos duas em shoppings<br />

no ano passado e duas neste<br />

ano. Decidimos fechar algumas<br />

para baixar o custo <strong>de</strong> operação.<br />

É só equacionar: venda/custo <strong>de</strong><br />

ocupação e <strong>de</strong> operação.<br />

Vocês têm um canal próprio para divulgar<br />

os produtos?<br />

A gente po<strong>de</strong> dizer que são<br />

quatro canais porque são quatro<br />

programações diferentes. São<br />

perfis diferentes <strong>de</strong> público. Por<br />

exemplo, na NET o perfil é <strong>de</strong><br />

centros urbanos, classe média<br />

alta; enquanto em parabólica, o<br />

público está fora <strong>de</strong> centros urbanos.<br />

A gente coloca os anúncios<br />

<strong>de</strong> acordo. Não adianta pôr uma<br />

ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> R$ 16 mil na parabólica.<br />

Então temos quatro canais,<br />

“Se eu fizeSSe<br />

um filme<br />

focado em<br />

ven<strong>de</strong>r uma<br />

centrífuga<br />

ninguém<br />

ia querer<br />

comprar”<br />

Divulgação<br />

mas é um canal só: Polishop TV.<br />

E a gente compra entre 90 e 100<br />

horas <strong>de</strong> televisão por dia em outros<br />

canais.<br />

O material é feito por vocês ou têm<br />

agências e produtoras parceiras?<br />

Agência interna, produtora<br />

interna, geração interna, ponto<br />

<strong>de</strong> subida <strong>de</strong> sinal interno... tudo<br />

interno. Só na área <strong>de</strong> comunicação,<br />

que é um prédio separado,<br />

tem 85 pessoas. É um varejista<br />

completamente diferente. Eu tenho,<br />

por exemplo, um <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> engenharia que testa<br />

não só a qualida<strong>de</strong>, mas também<br />

a performance dos produtos.<br />

Vocês só põem na loja o que já foi testado?<br />

Isso nos dá subsídio inclusive<br />

para fazer os comerciais. Sabemos<br />

mais do que normalmente a<br />

equipe <strong>de</strong> vendas daquelas multinacionais<br />

porque a equipe técnica<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento do produto<br />

está lá na Holanda, na China,<br />

na França... sei lá on<strong>de</strong>. Chegam a<br />

se assustar com algumas informações<br />

que a gente tem quando faz o<br />

comercial.<br />

O que é o Polishop com.vc?<br />

É um sistema <strong>de</strong> venda direta,<br />

que usa como forma <strong>de</strong> remuneração<br />

o multinível. É apenas mais<br />

um canal.<br />

“eu<br />

tranSformei<br />

minha<br />

loja em um<br />

parque <strong>de</strong><br />

diverSõeS”<br />

Por que a Polishop comprou os direitos<br />

do Miss Brasil?<br />

Essa foi uma empreitada da<br />

marca Be Emotion. A Polishop<br />

tem o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> criar novas categorias<br />

<strong>de</strong> produtos, como o grill<br />

elétrico, com George Foreman, ou<br />

frita<strong>de</strong>iras elétricas a ar, com a Air<br />

Fry. Também temos po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> criar<br />

marcas e estamos usando isso<br />

com a Be Emotion. Queremos que<br />

a marca seja sinônimo <strong>de</strong> produto<br />

<strong>de</strong> beleza e vimos uma oportunida<strong>de</strong><br />

no maior concurso <strong>de</strong> beleza<br />

do Brasil, que estava abandonado,<br />

<strong>de</strong>sconectado com o mundo<br />

da moda e do glamour. Estamos<br />

criando também uma marca <strong>de</strong><br />

nutrição inteligente, a Vida, e a<br />

Genis Fitness, <strong>de</strong> equipamentos<br />

<strong>de</strong> ginástica. Mas o que tem a ver<br />

Polishop com Miss Brasil? Tudo<br />

é 360. Não po<strong>de</strong> fazer um caminho<br />

só. Tem <strong>de</strong> olhar para o lado<br />

oposto <strong>de</strong> on<strong>de</strong> está todo mundo<br />

olhando. É aí que vem a oportunida<strong>de</strong>.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 23


inspiração<br />

a casa <strong>de</strong> múltiplas mulheres<br />

A criação em um lar com mãe, avô e tias exerceu influência<br />

nas escolhas <strong>de</strong> Anne Conti, como buscar um ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho mais igualitário nas agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

24 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


Fotos: Divulgação<br />

Anne Conti é gerente <strong>de</strong><br />

planejamento na Salve Tribal<br />

Anne Conti<br />

especial para o PRoPMARK<br />

acaso não <strong>de</strong>cepcionou quando colocou no<br />

O meu caminho virtual um artigo. Foi através<br />

<strong>de</strong> um link compartilhado no LinkedIn<br />

pela Nana Lima, do Think Olga, que eu tive a<br />

certeza.<br />

Veja bem: sou nascida e fui criada em uma<br />

casa <strong>de</strong> mulheres. Éramos eu, minha mãe, minha<br />

avó e minhas tias. Elas, forças da natureza,<br />

cada uma à sua maneira. Eu, um pouquinho <strong>de</strong><br />

cada uma <strong>de</strong>las e com um mapa astral todo estranho.<br />

Voltemos ao artigo que me trouxe até aqui.<br />

É uma análise <strong>de</strong> Karen Knowlton, surfista cana<strong>de</strong>nse,<br />

sobre a repercussão <strong>de</strong> um texto que<br />

ela escreveu no Medium, em que xinga muito a<br />

Billabong por causa das imagens da nova campanha<br />

da marca.<br />

De um lado, vemos o surfista australiano Otis<br />

Carey voando sobre uma onda e, do outro, uma<br />

mo<strong>de</strong>lo estirada na areia, com seu corpinho tamanho<br />

34 ao sol. Aquela objetificação básica <strong>de</strong><br />

sempre. O texto <strong>de</strong> Karen faz uma crítica feroz<br />

a esse hábito publicitário e gerou uma onda<br />

<strong>de</strong> compartilhamentos que fez a marca rever a<br />

campanha. Essa história me lembrou <strong>de</strong> outras<br />

mulheres que, como a autora, se cansaram dos<br />

vícios da publicida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ixaram claro seu <strong>de</strong>scontentamento.<br />

Olhando com carinho nosso meio <strong>de</strong> trabalho,<br />

temos mulheres encabeçando projetos como<br />

o Think Eva e o 65/10, que ajudam o mercado<br />

publicitário a enxergar com mais serieda<strong>de</strong> o<br />

problema da igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> gêneros - <strong>de</strong>ntro e<br />

fora das agências.<br />

Isso me inspira a buscar, <strong>de</strong>ntro da estrutura<br />

da agência, construir um espaço mais igualitário<br />

e fortalecedor para as mulheres. Seja dando<br />

preferência para a contratação <strong>de</strong> mulheres ou<br />

servindo como escudo nos momentos frequentes<br />

<strong>de</strong> mansplannings.<br />

Conseguimos enten<strong>de</strong>r a profundida<strong>de</strong> e a<br />

potência <strong>de</strong>ssa corrente feminina quando olhamos<br />

para Hollywood e a série <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias que<br />

estão sendo feitas por mulheres, como Rose<br />

McGowan, que se mantêm firmes em não <strong>de</strong>ixar<br />

o assunto morrer mesmo diante <strong>de</strong> tantas<br />

negativas anteriores.<br />

O próprio autor do artigo que expôs Harvey<br />

Weinstein, Ronan Farrow, já havia escrito sobre<br />

o histórico <strong>de</strong> assédio <strong>de</strong> seu pai - Woody Allen<br />

-, com menor repercussão. Por causa da insistência<br />

<strong>de</strong> Rose McGowan em falar sobre o assunto<br />

no Twitter, a <strong>de</strong>núncia ganhou volume,<br />

novas acusações foram feitas, e mulheres como<br />

Gwyneth Paltrow, Lupita Nyong’o e Cara Delevingne<br />

contaram suas histórias. Hoje, temos<br />

um assediador a menos utilizando as estruturas<br />

<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r para sair impune.<br />

As mulheres estão por aí, travando batalhas<br />

on<strong>de</strong> quer que elas estejam, e é maravilhoso<br />

po<strong>de</strong>r ser inspirada por mulheres tão diferentes<br />

o tempo todo. Ver tantas <strong>de</strong> nós falando, se<br />

expondo, tomando locais <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r.<br />

São exemplos que inspiram e dão força para<br />

as pequenas mudanças cotidianas. Reconhecer<br />

e dar espaço é apenas uma <strong>de</strong>las.<br />

E apesar <strong>de</strong> estarmos tomando rumos sombrios<br />

na política, quando olhamos para como a<br />

socieda<strong>de</strong> está se reorganizando - e como nós,<br />

mulheres, estamos encontrando nossos caminhos<br />

umas para as outras - o futuro parece quase<br />

promissor e cada vez mais female.<br />

E para o que me inspira inspirar você também,<br />

pergunto: você já se inspirou em alguma<br />

mulher hoje?<br />

Profundida<strong>de</strong><br />

Elas são inspiradoras. O futuro está cada vez mais female.<br />

Clichês são insuportáveis. Mulheres <strong>de</strong> todos os tons (foto<br />

acima à esquerda) não pe<strong>de</strong>m mais passagem. Ocupam o seu<br />

lugar li<strong>de</strong>rando projetos como o Think Eva. Nas fotos acima,<br />

apenas o sexo feminino. Sem a vulgarida<strong>de</strong> dos parâmetros.<br />

Vozes que gritam e expõem assédios inapropriados.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 25


marketiNg & Negócios<br />

ArtmannWitte/iStock<br />

Na retomada, timing<br />

e aceleração são vitais<br />

A <strong>de</strong>mora em mudar <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong> levar marcas retardatárias<br />

a per<strong>de</strong>r ótimas oportunida<strong>de</strong>s<br />

Rafael Sampaio<br />

Neste momento <strong>de</strong> retomada do mercado,<br />

quando os sinais <strong>de</strong> recuperação estão<br />

mais evi<strong>de</strong>ntes, é preciso que os empresários<br />

e dirigentes <strong>de</strong> marketing tenham em<br />

mente a importância vital <strong>de</strong> saber qual é o<br />

timing certo para voltar a investir em ações<br />

mercadológicas e publicitárias, para as marcas<br />

que se afastaram da mídia, ou <strong>de</strong> acelerar<br />

na velocida<strong>de</strong> certa, para aquelas que se<br />

mantiveram no ar, mas sem muita ênfase.<br />

Um erro fácil <strong>de</strong> ser cometido é o <strong>de</strong> esperar<br />

<strong>de</strong>mais para se mexer neste momento,<br />

no aguardo <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> “certificado<br />

formal” do fim da recessão e da volta dos<br />

bons tempos. Isso, na real, não vai acontecer.<br />

Pois o mercado não opera <strong>de</strong> forma assim<br />

tão cartesiana e mecânica e não existe<br />

uma “data oficial” <strong>de</strong> mudança.<br />

É sempre um processo típico <strong>de</strong> aurora,<br />

no qual as luzes do novo dia vão se imiscuindo<br />

como fimbrias na noite até que, em<br />

algum momento <strong>de</strong>ssa transformação, é<br />

dia novamente e o sol brilha com vigor no<br />

horizonte. Neste momento os consumidores<br />

estão se perguntando como empregarão<br />

os recursos financeiros que voltam ou<br />

estão na iminência <strong>de</strong> voltar: se para amortizar<br />

dívidas, investir no futuro ou aten<strong>de</strong>r<br />

às <strong>de</strong>mandas reprimidas nas mais variadas<br />

categorias <strong>de</strong> consumo.<br />

Este fato <strong>de</strong>termina que as empresas –<br />

que disputam pagamento das dívidas, investimentos<br />

ou consumo – estejam mais<br />

ativas do que nunca, para não per<strong>de</strong>r seu<br />

lugar na maratona que atinge uma situação<br />

<strong>de</strong> campo plano ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>clive, que aumenta<br />

a velocida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> competição.<br />

É essencial, neste momento, levar em<br />

conta as lições <strong>de</strong> Richard Thaler, Nobel<br />

<strong>de</strong> economia <strong>de</strong>ste ano. Ele <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a vida<br />

toda que os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão dos<br />

consumidores são mais emocionais do que<br />

racionais – o que explica por que a publicida<strong>de</strong><br />

e outros “truques” <strong>de</strong> marketing funcionam<br />

tão bem há tanto tempo.<br />

O conceito <strong>de</strong> nudges (empurrar, cutucar),<br />

tema <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> suas teorias, é<br />

fundamental nestes tempos <strong>de</strong> hipercompetição<br />

e <strong>de</strong> justificada confusão e<br />

in<strong>de</strong>cisão dos consumidores diante <strong>de</strong><br />

um espectro <strong>de</strong> oferta muito maior e profundo<br />

do que sua mente e capacida<strong>de</strong> financeira<br />

– e até mesmo <strong>de</strong>sejos – são capazes<br />

<strong>de</strong> abarcar.<br />

A leitura <strong>de</strong> Nudge: Melhorar as <strong>de</strong>cisões<br />

sobre saú<strong>de</strong>, riqueza e felicida<strong>de</strong>, aliás,<br />

é uma obrigação <strong>de</strong> quem trabalha em<br />

marketing e publicida<strong>de</strong> e po<strong>de</strong> estar simplificando<br />

seus <strong>de</strong>safios acreditando que<br />

a vida nesses campos é hoje mais fácil do<br />

que antes, pela pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrumentos<br />

mercadológicos e <strong>de</strong> mídias. A realida<strong>de</strong><br />

nunca foi tão complexa e a tendência é<br />

complicar ainda mais...<br />

Vale lembrar que o livro, escrito por Thaler<br />

e o advogado Cass R. Sunstein, foi publicado<br />

em <strong>20</strong>08, sendo muito bem recebido<br />

pela intelligenzia em geral, mas não circulou<br />

nas áreas <strong>de</strong> marketing e publicida<strong>de</strong><br />

na intensida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>veria – provavelmente<br />

por não trazer receitas fáceis <strong>de</strong> sucesso,<br />

mas por abordar as questões que <strong>de</strong>terminam<br />

as forças tectônicas dos mercados <strong>de</strong><br />

modo mais abrangente e profundo.<br />

Para os leitores mais sofisticados, porém,<br />

o livro <strong>de</strong>monstra que o mercado presente<br />

tem dois aspectos essenciais, aparentemente<br />

antagônicos, mas que convivem<br />

perfeitamente: penetrar e agir nas mentes<br />

e corações das pessoas é cada vez mais difícil,<br />

pois a forma com que elas/eles operam<br />

e as “receitas” não são mais tão óbvias e os<br />

resultados não fluem <strong>de</strong> forma automática;<br />

mas essa complexida<strong>de</strong>, por outro lado, faz<br />

com que as posições ocupadas pelas marcas<br />

não sejam imutáveis e sempre será possível<br />

quebrar a inércia com outras proposições<br />

e formatos <strong>de</strong> atuação e linguagens.<br />

O que faz do marketing e da comunicação<br />

dois instrumentos <strong>de</strong> gestão e negócios<br />

ainda mais relevantes no limiar <strong>de</strong>ssa fronteira<br />

plena <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> avanço.<br />

Rafael Sampaio é consultor em propaganda<br />

rafael.sampaio@uol.com.br<br />

26 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


O livro brasileiro<br />

<strong>de</strong> marketing mais<br />

vendido no país.<br />

Agora em nova<br />

edição, ampliada<br />

e revisada, à venda<br />

nas melhores<br />

livrarias.<br />

Transcrito do livro Fazer Acontecer:<br />

A DIFERENÇA ENTRE O MÁGICO E O BRUXO<br />

O mágico está no palco para realizar um número e não para fazer<br />

acontecer. Sua matéria-prima é a ilusão. Quando ele serra uma loira<br />

ao meio, ninguém vai conferir se saiu muito sangue. O mágico é um<br />

escravo do truque.<br />

O bruxo é diferente. É pago pelo resultado. Se algum marido<br />

contratar um bruxo para fazer com que a sogra morra e <strong>de</strong>ixe uma<br />

bela herança para a esposa, só paga o combinado no velório.<br />

Quando se está na luta para divulgar i<strong>de</strong>ias, conquistar mercados<br />

ou sair <strong>de</strong> uma crise, o importante é fazer as coisas acontecerem.<br />

As empresas às vezes ficam fascinadas pela elaboração dos seus<br />

planos estratégicos e negligenciam a parte mais importante, que é<br />

fazê-los acontecer.<br />

Nos dias <strong>de</strong> hoje, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um executivo se me<strong>de</strong> muito<br />

mais pelos resultados que apresentar do que pela capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fazer relatórios elaborados e análises estatísticas da situação.<br />

No mundo globalizado, as pessoas e as instituições não se<br />

contentam mais com palavras e promessas vagas. Exigem resultados.<br />

Quando se faz acontecer, a legitimida<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> outra prova.<br />

O muro <strong>de</strong> Berlim e todo o sistema socialista ruíram não por razões<br />

i<strong>de</strong>ológicas, e sim pela incapacida<strong>de</strong> dos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> proporcionar<br />

no presente o bem-estar prometido para o futuro in<strong>de</strong>finido. Em<br />

vez das palavras <strong>de</strong> Lênin, o trabalhador alemão oriental sonhava<br />

com liberda<strong>de</strong> e um BMW na porta da sua casa. As palavras não<br />

seguraram. Caiu tudo <strong>de</strong> uma vez.<br />

Anos atrás, os presi<strong>de</strong>ntes da General Motors, Chrysler, IBM e<br />

Goodyear foram substituídos quase ao mesmo tempo. Quem tomou<br />

o lugar <strong>de</strong> Lee Iacocca? Uma pessoa vinda <strong>de</strong> fora da empresa. Sua<br />

principal qualificação? Ter conseguido fazer a divisão europeia da<br />

GM tornar-se lucrativa.<br />

Os mágicos realizam o número; os bruxos fazem acontecer.<br />

O mundo está vivendo a era <strong>de</strong> resultados. O perfil do executivo do<br />

futuro está cada vez mais <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> ser acadêmico. Da mesma<br />

forma, o profissional <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong>ntro da empresa está mudando.<br />

Está <strong>de</strong>ixando a área intelectual <strong>de</strong> análise, assessoria e informação<br />

para assumir, <strong>de</strong> mangas arregaçadas, a missão <strong>de</strong> fazer as coisas<br />

acontecerem no mercado.<br />

Fazer acontecer não significa agredir o mercado com golpes <strong>de</strong><br />

truculência explícita, como redução <strong>de</strong> preços ou promoções.<br />

Embora necessária, a promoção não é solução permanente para<br />

nenhum problema. É como uma injeção <strong>de</strong> adrenalina num cavalo.<br />

De fato, ele corre mais. Mas só por algum tempo.<br />

Fazer acontecer implica maximizar o resultado que se po<strong>de</strong> obter<br />

usando os recursos da empresa.<br />

Esses diferenciais po<strong>de</strong>m ser as marcas, a comunicação, a<br />

competência da equipe <strong>de</strong> vendas, as oportuninda<strong>de</strong>s, as i<strong>de</strong>ias<br />

promocionais ou a exploração das fraquezas da concorrência.<br />

A bruxaria em marketing po<strong>de</strong> ser resumida numa frase: fazer<br />

acontecer o que foi planejado.<br />

E esse é o mal <strong>de</strong> que pa<strong>de</strong>cem quase todos os planos neste<br />

país. Gran<strong>de</strong> talento para imaginar e redigir, inaptidão total para<br />

implementar.<br />

O Brasil é um país <strong>de</strong> mágicos, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ias e gran<strong>de</strong>s shows.<br />

O Japão é um país muito menos criativo, mas espetacular em termos<br />

<strong>de</strong> implementação. Quando faltam i<strong>de</strong>ias, eles não se constrangem<br />

em utilizar as alheias. Mas as colocam em funcionamento.<br />

No mundo dos negócios, a arte pela arte e o brilho pelo prazer<br />

<strong>de</strong> brilhar constituem uma levianda<strong>de</strong> cara e perigosa. Às vezes,<br />

acabam com a empresa.<br />

Nas agências <strong>de</strong> propaganda, também. Ser apenas mágico é uma<br />

atitu<strong>de</strong> questionável até sob o ponto <strong>de</strong> vista ético, porque se lida<br />

com o dinheiro alheio.<br />

A finalida<strong>de</strong> da agência é fazer coisas acontecerem. O talento e o<br />

brilho são instrumentos <strong>de</strong>sse objetivo.<br />

Ao mágico loquaz, prefira o bruxo competente.<br />

O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> fazer acontecer coisas implica fazer uma profunda<br />

imersão nos fatos. E também nas características das pessoas e<br />

do mercado em que se está operando. É indispensável enten<strong>de</strong>r<br />

os mecanismos das leis que num <strong>de</strong>terminado momento regem a<br />

realida<strong>de</strong>.<br />

Essas leis raramente são óbvias. Mais do que a razão, é a<br />

sensibilida<strong>de</strong> que tece o nexo entre os fenômenos. A sensibilida<strong>de</strong> é<br />

o instrumento fundamental na <strong>de</strong>scoberta dos segredos que regem<br />

a realida<strong>de</strong>.<br />

Ser bruxo é complicado. Exige principalmente renúncia à tentação<br />

<strong>de</strong> parecer brilhante em benefício da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser competente.<br />

Ser bruxo é não ce<strong>de</strong>r à facilida<strong>de</strong> do truque. Afinal, a mulher<br />

serrada, mais cedo ou mais tar<strong>de</strong>, reaparecerá inteira. A realida<strong>de</strong><br />

sempre voltará a se impor, e quem vir o show pela segunda vez talvez<br />

se canse. A recompensa do bruxo é paga sempre na contra-entrega.<br />

Se você quer brilhar no seu negócio, faça acontecer. E crie na sua<br />

equipe o valor <strong>de</strong> fazer acontecer. É um caminho complicado, mas as<br />

recompensas são sensacionais.<br />

SE VOCÊ QUER TRANSFORMAR SUA EMPRESA<br />

NUMA MARCA DESEJADA, FALE COM A GENTE.<br />

A NOVA<br />

AGENCIA<br />

ˆ<br />

DO JULIO<br />

RIBEIRO<br />

E DO<br />

ROBERTO<br />

LAUTERT.<br />

Praça João Duran Alonso, 34/91 | Tel.: 11 5506-0435 | jrpropaganda.com | facebook.com/jrpagencia


arena do esporte<br />

Danúbia Paraizo danubia@propmark.com.br<br />

Fotos: Divulgação<br />

we could be heroes<br />

A aproximação entre cinema e futebol já é uma velha conhecida<br />

no mercado <strong>de</strong> entretenimento. Mais recentemente, para divulgar<br />

Esquadrão Suicida, a Warner recorreu à partida entre Corinthians<br />

e São Paulo para transformar os jogadores em supervilões. O clássico<br />

entre Santos e Corinthians também foi utilizado para ativação<br />

<strong>de</strong> Batman vs Superman. Dessa vez, foram os jogadores do PSG<br />

que se tornaram os mocinhos para divulgar a estreia <strong>de</strong> Liga da<br />

Justiça, no último dia 15. Na animação divulgada nas re<strong>de</strong>s sociais<br />

do clube francês, Neymar aparece ao lado <strong>de</strong> Batman (foto), Edinson<br />

Cavani como o Aquaman e Laure Boulleau como a Mulher-Maravilha,<br />

entre outros jogadores estrelando os <strong>de</strong>mais super-heróis.<br />

O PSG também oferece aos seus fãs a experiência <strong>de</strong> assistir ao<br />

filme em uma sessão <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seu estádio, o Parc <strong>de</strong>s Princes.<br />

endorfina criativa<br />

sons do barça<br />

Iniesta, Piqué, Suarez, Messi e toda a trupe do Barcelona agora contam com um ambiente<br />

digital para compartilharem seus artistas favoritos. Em parceria com o Deezer,<br />

o clube espanhol acaba <strong>de</strong> lançar a plataforma Barça Sound (barcasound.fcbarcelona.<br />

com), que reúne playlists dos jogadores, hino do clube e músicas <strong>de</strong> momentos históricos,<br />

entre outros conteúdos. O canal está disponível no próprio Deezer e nos aplicativos<br />

oficiais do Barcelona.<br />

olho no lance<br />

Torcedores do Corinthians, Palmeiras, Fluminense e Flamengo po<strong>de</strong>rão acompanhar<br />

as partidas do time do coração sob um novo olhar. A Chevrolet, uma das patrocinadoras<br />

das transmissões do Campeonato Brasileiro pela TV Globo, promove com a Isobar<br />

no digital ação que veicula os melhores lances dos jogos com imagens em realida<strong>de</strong><br />

virtual. O conteúdo, em parceria com a emissora, dá a sensação ao público <strong>de</strong> estar<br />

em campo e po<strong>de</strong> ser acessado no site torcedor360.globoesporte.globo.com. O último<br />

ví<strong>de</strong>o vai ao ar nesta quarta-feira (22).<br />

A gente não foi feito para<br />

passar o dia sentado no computador.<br />

As técnicas <strong>de</strong> muay<br />

thai são muito úteis em propaganda.<br />

Por exemplo, na hora <strong>de</strong> negociar prazos.<br />

Criação não é moleza. Nada parece<br />

muito difícil <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um treino <strong>de</strong><br />

muay thai. Dá a sensação <strong>de</strong> que o pior<br />

já passou. E é uma gran<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>.<br />

Deixa o dia na agência mais leve e,<br />

por que não, mais divertido?<br />

Bruno Pinaud, campeão pan-americano<br />

e sul-americano <strong>de</strong> K1; campeão estadual<br />

<strong>de</strong> muay thai e redator da NBS Rio.<br />

28 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


mARCAs<br />

Banco do Brasil e Google firmam<br />

parceria para uso do Android Pay<br />

Carrefour é a primeira re<strong>de</strong> <strong>de</strong> varejo cre<strong>de</strong>nciada a receber pagamentos<br />

por meio da solução, que funciona como uma autêntica carteira virtual<br />

Paulo Macedo<br />

Os clientes do Banco do Brasil<br />

e os portadores <strong>de</strong> cartões<br />

Ourocard Visa passaram a<br />

ter acesso ao sistema Android<br />

Pay, solução <strong>de</strong> pagamentos<br />

lançada pelo Google no último<br />

dia 14, em São Paulo. O executivo<br />

Rogério Panca, diretor <strong>de</strong><br />

meios <strong>de</strong> pagamento da instituição<br />

financeira, explicou<br />

a essência do projeto: “A parceria<br />

com o Google foi construída<br />

com muita <strong>de</strong>dicação<br />

<strong>de</strong> nossas equipes e permitirá<br />

que os nossos clientes experimentem<br />

o Android Pay pela<br />

primeira vez no Brasil. A agilida<strong>de</strong><br />

e a praticida<strong>de</strong> que essa<br />

tecnologia oferece melhora a<br />

experiência dos nossos clientes<br />

na hora <strong>de</strong> fazer seus pagamentos<br />

com cartão e contribui<br />

para fortalecer ainda mais a<br />

nossa estratégia #maisquedigi-<br />

Caixa tem verba <strong>de</strong> R$ 450 mi para<br />

<strong>20</strong>18, dividida entre três agências<br />

Estatal publicou edital que vai monitorar processo seletivo <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>;<br />

entrega dos projetos está marcada para o dia 12 <strong>de</strong> janeiro, em Brasília<br />

Atualmente na carteira <strong>de</strong><br />

clientes das agências nova/sb,<br />

Propeg (que assumiu o<br />

lugar da Mullen Lowe), Heads<br />

e Artplan, a Caixa divulgou<br />

edital com as exigências que<br />

vão nortear o processo concorrencial<br />

para sua área <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.<br />

A verba anual é <strong>de</strong><br />

R$ 450 milhões e esse orçamento<br />

será dividido por três<br />

agências. O contrato inicial será<br />

<strong>de</strong> um anos, mas com possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> prorrogação por<br />

mais quatro vezes. O montante<br />

<strong>de</strong>finido no edital po<strong>de</strong> ser<br />

acrescido em até 25% a cada período<br />

<strong>de</strong> 12 meses.<br />

Além disso, apesar <strong>de</strong> o valor<br />

Os clientes do Banco do Brasil e do cartão Ourocard já po<strong>de</strong>m usar o sistema do Google<br />

tal”, <strong>de</strong>stacou Panca.<br />

O Android Pay é uma resposta<br />

do Google ao Apple Pay.<br />

É uma espécie <strong>de</strong> carteira digital<br />

que permite ao consumidor<br />

Processo seletivo da Caixa para publicida<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar três agências<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

cadastrar seus cartões <strong>de</strong> crédito,<br />

débito e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, por<br />

exemplo, para pagar contas<br />

pelo seu smartphone. O que<br />

garante essa facilida<strong>de</strong> é o sistema<br />

NFC (Near Field Communication),<br />

sem nenhum custo<br />

para o usuário nas compras<br />

feitas em lojas físicas, market<br />

places e aplicativos.<br />

O Carrefour foi a primeira<br />

re<strong>de</strong> do segmento <strong>de</strong> varejo a<br />

se habilitar a receber pagamentos<br />

por meio do sistema Android<br />

Pay. Por enquanto, está<br />

disponível apenas em 130 lojas<br />

<strong>de</strong> São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

“A previsão é que, entre o<br />

fim <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 e início do próximo<br />

ano, todas as <strong>de</strong>mais lojas<br />

do Carrefour aceitem pagamento<br />

por essa plataforma.<br />

Para dar suporte à iniciativa,<br />

os colaboradores da re<strong>de</strong> passam<br />

por intenso treinamento<br />

e as lojas recebem comunicação<br />

visual a fim <strong>de</strong> estimular<br />

e orientar os clientes a utilizar<br />

a nova tecnologia”, enfatiza o<br />

comunicado distribuído pela<br />

re<strong>de</strong> francesa.<br />

ser menor do que o disponibilizado<br />

às agências com contratos<br />

vigentes, o compromisso futuro<br />

será para três agências, o que,<br />

em tese, aumenta o bolo para<br />

cada uma das fornecedoras do<br />

serviço. A verba atual do anunciante<br />

é <strong>de</strong> R$ 500 milhões.<br />

O edital pe<strong>de</strong> às agências interessadas<br />

em coor<strong>de</strong>nar a comunicação<br />

da Caixa estarem<br />

em conformida<strong>de</strong> com as leis<br />

vigentes. Além das atuais fornecedoras,<br />

agências que não<br />

aten<strong>de</strong>m o segmento bancário<br />

po<strong>de</strong>m se habilitar para gerir a<br />

comunicação da estatal. A entrega<br />

das propostas será no dia<br />

12 <strong>de</strong> janeiro, em Brasília. PM<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 29


MaRCaS<br />

Com aporte <strong>de</strong> R$ 130 milhões,<br />

Cacau Show inaugura nova fábrica<br />

Empresa dobra capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção e oferece aos consumidores<br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer o processo <strong>de</strong> fabricação dos chocolates<br />

Alisson Fernán<strong>de</strong>z<br />

Se na ficção dos anos 1970,<br />

Willy Wonka, personagem<br />

interpretado por Gene Wil<strong>de</strong>r<br />

no filme A Fantástica Fábrica<br />

<strong>de</strong> Chocolate, criou alvoroço<br />

com a promoção dos convites<br />

dourados para conhecer a sua<br />

fábrica, na vida real, Alexandre<br />

Costa, presi<strong>de</strong>nte da Cacau<br />

Show, não <strong>de</strong>ixou por menos<br />

e surpreen<strong>de</strong>u os mais <strong>de</strong> <strong>20</strong>0<br />

convidados que estiveram presentes<br />

na inauguração <strong>de</strong> seu<br />

novo complexo fabril no último<br />

dia 13, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Itapevi, em<br />

São Paulo.<br />

Cercado por gran<strong>de</strong>s empresários,<br />

lí<strong>de</strong>res do mercado <strong>de</strong><br />

comunicação, celebrida<strong>de</strong>s e<br />

jornalistas, Costa mostrou aos<br />

presentes cada um dos <strong>de</strong>talhes<br />

do empreendimento, que conta<br />

com uma área <strong>de</strong> 52 mil metros<br />

quadrados e vai abrigar a nova<br />

se<strong>de</strong> administrativa, novas linhas<br />

<strong>de</strong> produção, mais salas<br />

da Universida<strong>de</strong> do Cacau e um<br />

amplo centro <strong>de</strong> distribuição<br />

e logística com potencial para<br />

dobrar a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção<br />

e armazenamento.<br />

“Hoje <strong>de</strong>mos o pontapé inicial<br />

para as comemorações dos<br />

nossos 30 anos <strong>de</strong> história.<br />

Sonhei e acompanhei cada <strong>de</strong>talhe<br />

<strong>de</strong>sse projeto. Em menos<br />

<strong>de</strong> seis meses conseguimos<br />

construir esse escritório para<br />

que a gente pu<strong>de</strong>sse levar o<br />

nosso propósito, que é tocar<br />

a vida das pessoas através <strong>de</strong><br />

experiências, oportunida<strong>de</strong>s e<br />

impactos relevantes, atuando<br />

com senso <strong>de</strong> dono e orgulho<br />

por po<strong>de</strong>r pertencer”, explica<br />

Costa.<br />

O projeto da companhia <strong>de</strong>senvolvido<br />

pelo escritório <strong>de</strong><br />

arquitetura Athié | Wohnrath,<br />

que contou com um aporte <strong>de</strong><br />

R$ 130 milhões, está longe <strong>de</strong><br />

parecer um complexo fabril comum.<br />

Logo na entrada os visitante<br />

po<strong>de</strong>m conferir o mural<br />

do artista brasileiro Eduardo<br />

Kobra, inscrito no Guinness<br />

Alexandre Costa, da Cacau Show, se diverte com diversos convidados famosos no carrossel instalado no novo complexo fabril<br />

“Hoje <strong>de</strong>mos<br />

o pontapé<br />

inicial para as<br />

comemorações dos<br />

nossos 30 anos<br />

<strong>de</strong> História”<br />

Divulgação<br />

Book e já consi<strong>de</strong>rado o maior<br />

grafite do mundo, uma estufa<br />

com pés <strong>de</strong> cacau e uma megaloja<br />

com 2 mil metros quadrados<br />

que contará com miniparque<br />

temático, o Cacau Parque,<br />

o Cacau Bar, a Fábrica Bendito e<br />

a Aca<strong>de</strong>mia do Chocolate.<br />

O espaço tem capacida<strong>de</strong><br />

para receber até mil pessoas e o<br />

ingresso vai ser gratuito. “Muitas<br />

pessoas têm complexo <strong>de</strong><br />

inferiorida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong>,<br />

nós temos complexo <strong>de</strong><br />

intensida<strong>de</strong>. Em tudo o que a<br />

gente faz aqui a gente se joga.<br />

Colocamos em cada dia toda a<br />

nossa energia. Por isso, <strong>de</strong>nominamos<br />

esse espaço como o<br />

complexo <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>”, afirma<br />

Costa.<br />

Ainda segundo o executivo,<br />

no escritório antigo, a equipe<br />

trabalhava olhando para a fábrica,<br />

para a cozinha da empresa.<br />

Agora, com um conceito<br />

aberto, o novo escritório, que<br />

possui até um tobogã que leva<br />

do espaço <strong>de</strong> coffee-break direto<br />

para a megaloja, os funcionários<br />

têm vista para os clientes.<br />

“Olhamos para o chefe <strong>de</strong> nós<br />

todos, que são os consumidores,<br />

aqueles que todos os dias<br />

nos procuram em nossas lojas.<br />

Queremos com esse complexo<br />

ter uma maior proximida<strong>de</strong><br />

com o consumidor e criar novas<br />

experiências”, reforça Costa.<br />

InteRnaCIonalIzação<br />

Durante o jantar, que foi assinado<br />

pelo chef Erick Jacquin,<br />

o vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> operações<br />

da Cacau Show, Marco Aurélio<br />

Lauria, revelou ao PROPMARK<br />

que no plano da companhia<br />

<strong>de</strong>senhado até <strong>20</strong><strong>20</strong> há um projeto<br />

<strong>de</strong> internacionalização da<br />

marca. “Com uma capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produção maior, ficará mais<br />

fácil fazer essa internacionalização.<br />

Temos planos <strong>de</strong> abrir 30<br />

lojas até <strong>20</strong><strong>20</strong>. Muito provavelmente<br />

<strong>de</strong>vemos abrir a nossa<br />

primeira loja fora do Brasil em<br />

<strong>20</strong>18, na América do Sul”, afirmou<br />

Lauria.<br />

30 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


Marcas<br />

Mizuno investe em co-branding e<br />

experimentação em busca <strong>de</strong> share<br />

Parceria com o Ironman já está sendo estudada em outros mercados.<br />

Plataformas Talks e Experience apresentam marca para novos públicos<br />

Danúbia Paraizo<br />

Ao observar o <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>de</strong> brasileiros como Igor<br />

Amorelli, campeão do Ironman<br />

Brasil em <strong>20</strong>14, a primeira impressão<br />

é a <strong>de</strong> que a Mizuno está<br />

diretamente associada à performance.<br />

Patrocinadora oficial<br />

do triatleta e da competição há<br />

quatro anos (e acaba <strong>de</strong> renovar<br />

por mais cinco), a marca tem<br />

trabalhado para ser reconhecida<br />

muito além da performance,<br />

elemento primordial para atletas<br />

<strong>de</strong> elite. E, para isso, tem<br />

investido em plataformas gratuitas<br />

<strong>de</strong> experimentação e <strong>de</strong><br />

conteúdo para disseminar seus<br />

atributos.<br />

“Quando a gente fala que a<br />

marca é para quem busca performance,<br />

não estou falando<br />

<strong>de</strong> atletas profissionais <strong>de</strong> elite.<br />

Buscamos performance <strong>de</strong><br />

produto. Nesse sentido, experimentação<br />

é superimportante<br />

porque o cliente não quer arriscar<br />

gastar dinheiro, precisa<br />

fazer uma compra mais assertiva”,<br />

<strong>de</strong>staca Felipe Gentil,<br />

gerente-geral da Mizuno.<br />

Aliando-se a competições<br />

fortes como o próprio Ironman,<br />

segunda marca mais tatuada do<br />

mundo, a companhia japonesa,<br />

operada pela Alpargatas no<br />

Brasil há 21 anos, agora busca<br />

projetos 360 graus que possam<br />

propagar conhecimento <strong>de</strong><br />

marca, alcance e engajamento.<br />

Uma <strong>de</strong> suas principais plataformas<br />

nesse sentido é a Mizuno<br />

Running Experience, que dá<br />

ao consumidor a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> testar por 15 dias qualquer<br />

produto e, <strong>de</strong> quebra, garante<br />

um <strong>de</strong>sconto se for comprar<br />

o mo<strong>de</strong>lo no e-commerce da<br />

companhia. Já no Mizuno Run<br />

Talks, ao longo do ano, os corredores<br />

têm acesso a palestras<br />

gratuitas com treinadores,<br />

nutricionistas e especialistas<br />

sobre as principais provas do<br />

mundo. “Esses são projetos que<br />

a gente acredita muito. A corrida<br />

é o esporte mais <strong>de</strong>mocráti-<br />

Felipe Gentil, que <strong>de</strong>staca interesse no setor <strong>de</strong> casual; para <strong>20</strong>18, marca prepara coleção <strong>de</strong> sport style<br />

co que existe, então, faz parte<br />

da nossa missão dar esse apoio,<br />

esse suporte com informação.<br />

Acreditamos tanto na qualida<strong>de</strong><br />

do nosso produto que se<br />

o consumidor experimentar,<br />

a chance <strong>de</strong> ele se converter é<br />

enorme”, ressalta Gentil.<br />

Baseada na proposta <strong>de</strong> combinar<br />

experimentação com experiência<br />

<strong>de</strong> marca e conteúdo,<br />

a Mizuno promoveu recentemente<br />

a campanha <strong>de</strong> lançamento<br />

do Sky Wave, assinada<br />

pela agência F/Nazca. Na ação<br />

Bem-vindos ao paraíso, 40 influenciadores<br />

foram levados a<br />

Boituva, no interior <strong>de</strong> São Paulo,<br />

para serem apresentados ao<br />

novo calçado. “Sua tecnologia é<br />

a cloud wave, é um produto superconfortável,<br />

então fez todo<br />

sentido levá-los para andar <strong>de</strong><br />

balão, que remete a leveza e<br />

conforto”, relata Gentil. Os influenciadores<br />

também participaram<br />

<strong>de</strong> um treino, receberam<br />

orientações sobre o produto e<br />

ao final do evento, a marca jogou<br />

calçados <strong>de</strong> para-quedas e<br />

convidou os participantes a saltarem<br />

também. Atrelado a isso<br />

a marca veiculou o anúncio em<br />

mídia out of home e impresso.<br />

Ma<strong>de</strong> in Brazil<br />

Consi<strong>de</strong>rado um dos três<br />

maiores mercados no mundo,<br />

o Brasil tem posição estratégica<br />

no negócio, além <strong>de</strong> autonomia<br />

para ditar tendências e <strong>de</strong>mandar<br />

produtos para a matriz. Não<br />

à toa, a equipe <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

vai à Ásia quatro vezes<br />

ao ano para trocar insights e<br />

propor projetos.<br />

Os lançamentos do Mizuno<br />

Wave Sky Iroman e Mizuno<br />

Wave Sonic Iroman, neste ano,<br />

são exemplos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias nascidas<br />

no Brasil, que em breve<br />

serão exportadas. A Austrália<br />

é uma das operações que se<br />

interessam pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> licenciamento.<br />

Mas não é apenas<br />

no segmento <strong>de</strong> corrida, on<strong>de</strong> a<br />

Divulgação<br />

concorrência com Nike, Asics e<br />

Adidas é implacável, que Mizuno<br />

busca mais relevância.<br />

A partir <strong>de</strong> <strong>20</strong>18, a marca<br />

chega com força na categoria<br />

<strong>de</strong> Sport style, linha <strong>de</strong> vestuário<br />

casual inspirada no esporte.<br />

Serão três coleções: Tec Sneaker,<br />

com releitura do primeiro<br />

calçado a utilizar a placa wave;<br />

Heritage, que traz as raízes da<br />

marca; e Leisure, mais ligada<br />

ao dia a dia. Segundo Gentil,<br />

a i<strong>de</strong>ia é, já a partir <strong>de</strong>ste ano,<br />

lançar produtos a cada semestre,<br />

trazendo a proposta <strong>de</strong> inovação,<br />

que é um dos principais<br />

assets da marca. “Os japoneses<br />

são superestudiosos, criteriosos,<br />

só lançam uma tecnologia<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muita experimentação,<br />

então, está sendo um <strong>de</strong>safio<br />

acelerar um pouco esse processo.<br />

Já conseguimos acertar<br />

com eles um colendário global<br />

<strong>de</strong> forma que a cada semestre a<br />

gente tenha lançamentos para<br />

os próximos cinco anos”.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 31


eyond the line<br />

Quando a propaganda<br />

é a atração<br />

É inegável a eficácia <strong>de</strong> uma comunicação <strong>de</strong><br />

marketing que “persegue” as pessoas<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

esperado comercial <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano da<br />

O John Lewis, loja <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamentos britânica,<br />

chegou e já virou trend topic nas<br />

re<strong>de</strong>s sociais. Depois que resolveu tratar o<br />

Natal como motivo para uma superprodução<br />

comercial, a empresa tem conseguido<br />

gerar uma enorme expectativa em torno<br />

da sua campanha natalina, sempre com<br />

temas emotivos, envolvendo sonhos infantis<br />

e personagens que caem nas graças do<br />

público.<br />

Foi assim com o Monty The Pengin,<br />

campanha <strong>de</strong> <strong>20</strong>14, ganhadora <strong>de</strong> Grand<br />

Prix no Cannes Lions <strong>20</strong>15. Além <strong>de</strong> encantar<br />

a todos, o simpático pinguim presente<br />

no comercial acabou se tornando<br />

tema <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> produtos, com excelente<br />

resultado comercial.<br />

De lá para cá, as campanhas natalinas<br />

da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> lojas, carregadas <strong>de</strong> emoção,<br />

fazem muito sucesso e são ansiosamente<br />

aguardadas pelo consumidor.<br />

Em <strong>20</strong>15, o tema foi Man on The Moon,<br />

com a interação imaginária <strong>de</strong> uma garotinha<br />

com um simpático velhinho, morador<br />

da lua.<br />

No ano passado, foi Busterthe Boxer,<br />

tendo como personagem principal um<br />

cachorro boxer, que se <strong>de</strong>licia na cama<br />

elástica comprada como presente <strong>de</strong> Natal<br />

para a garotinha da história. E, agora,<br />

o personagem é Moz the Monster, um simpático<br />

monstro que habita os sonhos <strong>de</strong><br />

um garotinho.<br />

Não tenho dúvida <strong>de</strong> que o monstrão<br />

vai virar um novo personagem <strong>de</strong> sucesso,<br />

inspirando mais uma linha <strong>de</strong> produtos<br />

da John Lewis. Acompanhando essa<br />

história <strong>de</strong> sucesso, foi inevitável a minha<br />

reflexão sobre campanhas publicitárias<br />

que se tornam talk of the town e se multiplicam<br />

em espontâneos compartilhamentos<br />

pelas re<strong>de</strong>s sociais.<br />

A propaganda brasileira e mundial têm<br />

um monte <strong>de</strong> cases como esses na sua<br />

história. Personagens como o Garoto Bom<br />

Bril, protagonizado por Carlos Moreno, ou<br />

o Baixinho da Kaiser, por exemplo, sempre<br />

viravam tema <strong>de</strong> papos entre amigos,<br />

e não só entre publicitários. As suas histórias<br />

eram comentadas como se fossem<br />

novelas seguidas pelas pessoas.<br />

Os mais velhos se lembrarão dos filmes<br />

da Varig, retratando japoneses, portugueses,<br />

em torno <strong>de</strong> músicas que ficavam<br />

na nossa cabeça. Isso é propaganda! Esse<br />

buzz e a consequente potencialização do<br />

efeito <strong>de</strong> uma campanha são impagáveis!<br />

E não precisa ser uma campanha ou um<br />

belo comercial. É só nos lembrarmos dos<br />

dois cases mais premiados em Cannes este<br />

ano.<br />

Embora não sejam percebidos naturalmente<br />

como “propaganda”, a Fearless<br />

Girl e o Graham, ambas esculturas, tiveram<br />

o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> gerar ampla repercussão<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais, pelo inusitado das suas<br />

formas, mas também pela i<strong>de</strong>ia por trás<br />

<strong>de</strong>sses cases.<br />

Acho essa reflexão pertinente nesses<br />

tempos em que se sobrevaloriza os algoritmos<br />

e a matemática por trás <strong>de</strong> campanhas.<br />

Entendo perfeitamente a reação<br />

do lendário John Hegarty, uns três anos<br />

atrás, no Cannes Lions, quando se contrapunha<br />

ferozmente ao excesso <strong>de</strong> valorização<br />

dada ao uso massivo <strong>de</strong> dados<br />

e do chamado “matemarketing”. “Fuck<br />

programatic! Fuck mathematics!”, vociferou<br />

o criativo, ao ser questionado sobre a<br />

força da propaganda baseada em dados.<br />

De fato, é inegável a eficácia <strong>de</strong> uma comunicação<br />

<strong>de</strong> marketing que “persegue”<br />

as pessoas – uma a uma – usando recursos<br />

que permitem acompanhar com precisão<br />

a jornada <strong>de</strong> cada potencial consumidor,<br />

“atacando-o” <strong>de</strong> forma precisa e preditiva,<br />

coerente com seus hábitos e atitu<strong>de</strong>s.<br />

Mas, que me <strong>de</strong>sculpem os <strong>de</strong>fensores<br />

<strong>de</strong>sses processos matemáticos da comunicação,<br />

não dá para tirar o valor <strong>de</strong> uma<br />

propaganda que vira conversa do dia seguinte,<br />

que impacta as pessoas mais pela<br />

emoção do que pela razão.<br />

Infelizmente não é fácil fazer uma propaganda<br />

com esse po<strong>de</strong>r. Talvez por isso,<br />

alguns marqueteiros, como uma reconhecida<br />

profissional que ouvi em evento<br />

recente, admitam que muitas vezes “se<br />

escon<strong>de</strong>m atrás dos dados”.<br />

É uma atitu<strong>de</strong> mais segura, mais <strong>de</strong>fensável.<br />

Mas não gera peças memoráveis como<br />

as campanhas da John Lewis.<br />

lizzyhayman/iStock<br />

Alexis Thuller Pagliarini é superinten<strong>de</strong>nte<br />

da Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda)<br />

alexis@fenapro.org.br<br />

32 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


New York Festivals Publicida<strong>de</strong> no Brasil.<br />

Mostra, <strong>de</strong>bate e tendências para <strong>20</strong>18.<br />

Pela primeira vez no país, o New York Festivals Advertising<br />

Awards em parceria com o jornal PROPMARK realiza<br />

um evento que irá reunir os criativos das principais<br />

agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> do Brasil, clientes e anunciantes,<br />

para uma mostra dos filmes mais premiados <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 em<br />

Nova York. O evento também irá promover um <strong>de</strong>bate<br />

entre os criativos brasileiros, que foram jurados no festival<br />

este ano, através <strong>de</strong> um talk show on<strong>de</strong> irão discutir as<br />

tendências para <strong>20</strong>18.<br />

Mediadora:<br />

Kelly Dores – Editora-Chefe - PROPMARK<br />

Debatedores:<br />

Erh Ray - Co-CEO - Betc<br />

Pedro Burneiko - Head of Innovation - AlmapBBDO<br />

Márcio Fritzen - Creative Director - Ogilvy Brasil<br />

Ricardo Sciammarella - Creative Director - Ogilvy Brasil<br />

Dia: 23.11.17<br />

Local: Restaurante Praça São Lourenço<br />

Evento fechado para convidados.<br />

Informações: newyorkfestivals@propmark.com.br<br />

Realização:


quem fez<br />

Cristiane Marsola cristiane@propmark.com.br<br />

apoio<br />

A ONG Orientavida, que capacita mulheres<br />

em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> e risco social,<br />

ganha o apoio <strong>de</strong> Fernanda Paes Leme.<br />

Na campanha, a atriz conta que fez parte da<br />

história <strong>de</strong>ssas mulheres ao comprar produtos<br />

da entida<strong>de</strong>. A agência MKTG fez a ativação,<br />

enviando produtos feitos pela ONG para<br />

influenciadores, como Astrid, Chris Tamer e<br />

Fernanda Rodrigues.<br />

ISobar braSIl<br />

Ong OrientAvidA<br />

Fotos: divulgação<br />

Título: Orientavida; redator: Augusto Barros e Natalia<br />

Horta; direção <strong>de</strong> arte: Emanuel Oliveira; produtora<br />

<strong>de</strong> imagem: Cine; direção <strong>de</strong> cena: Cris Vida;<br />

produtora <strong>de</strong> som: Charlotte; aprovação do<br />

cliente: Maria Celeste Chad.<br />

promoção<br />

O Mercado Livre usa o humor na campanha<br />

<strong>de</strong> Black Friday. Composta por oito filmes,<br />

as peças trazem smartphones personificados,<br />

que <strong>de</strong>spertam a felicida<strong>de</strong> dos consumidores<br />

ao exibir promoções que parecem<br />

feitas sob medida para eles.<br />

rEF+<br />

Cliente<br />

Título: Black Friday/<strong>20</strong>17; produto: e-commerce;<br />

criação: Fernando Pereira, Rodrigo Coletto, Cássio<br />

Guiot, Vinnícius Vespoli, Rafael Brandão, Nathalia<br />

Chiarotti, Lucas Lazzaro e Deny Zatariano;<br />

produtora <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o: Vapt Filmes; diretor <strong>de</strong> cena:<br />

Ricardo Sampaio; produtora <strong>de</strong> áudio: Lira<br />

Música; aprovação no cliente: Daniel Aguiar,<br />

Marcela Gimenez e Rafaela Condolo.<br />

duas versões<br />

Para diferenciar o verão redondo do quadrado,<br />

a Skol investiu em interação na campanha<br />

assinada pela F/Nazca. A música Cola Quem<br />

Quiser, interpretada por Jesse, foi lançada no<br />

canal do YouTube do produtor KondZilla e<br />

ganhou um clipe com uma versão interativa<br />

no link skol.com.br/quadradoeredondo.<br />

F/Nazca S&S<br />

Ambev<br />

Título: Chega Quem Quiser; produto: Skol; criação:<br />

Theo Rocha; conteúdo: Fernanda Fontes, Rafael<br />

Venturelli, Gabriela Moura, Ana Paula Martinelli;<br />

produtora do filme: Conspiração Filmes; direção<br />

<strong>de</strong> cena: Fred Ouro Preto; aprovação do cliente:<br />

Paula Lin<strong>de</strong>nberg, Maria Fernanda Albuquerque, Daniel<br />

Feitoza e Kim Moraes.<br />

34 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


Turma<br />

A DPZ&T apresenta mais um sanduíche<br />

da linha Signature do McDonald’s. O filme<br />

que divulga o lançamento do Qu4ttro<br />

Formaggi <strong>de</strong>staca que são as companhias<br />

que tornam os momentos mais especiais.<br />

Com imagens que <strong>de</strong>spertam o apetite,<br />

a peça mostra uma turma <strong>de</strong> amigos experimentando<br />

diversos sabores durante<br />

uma viagem. O grupo volta a se encontrar<br />

no McDonald’s para saborear a novida<strong>de</strong> e<br />

relembrar os bons momentos do passeio.<br />

DPz&T<br />

mCdOnAld's<br />

Título: Qu4ttro Formaggi; produto: Qu4ttro Formaggi;<br />

criação: Daniel Motta, Daniel Mattos,<br />

Tiago Zanatta, Marcel Manzano e Luciano Fonseca;<br />

produtora <strong>de</strong> imagem: Oriental Films/Landia;<br />

direção <strong>de</strong> cena: Robert Llauró; produtora<br />

<strong>de</strong> áudio: Lucha Libre Audio´; aprovação do<br />

cliente: Roberto Gnypek, João Branco, Gabriel<br />

Ferrari e Eloiza Zerneri.<br />

me dê moTivos<br />

A TracyLocke Brasil focou atenção na experiência<br />

do usuário do app <strong>de</strong> transporte 99<br />

para <strong>de</strong>senvolver a campanha nacional da<br />

marca. A comunicação traz uma lista <strong>de</strong> 99<br />

motivos para usar o serviço da empresa. A<br />

campanha é composta por spots para rádio,<br />

filme para digital e TV, além <strong>de</strong> peças no formato<br />

GIF, que, segundo a agência, tem uso<br />

inédito para o OOH no Brasil.<br />

TracylockE braSIl<br />

99<br />

Título: 99 Razões pra Ir <strong>de</strong> 99; direção <strong>de</strong> criação:<br />

Erica Igue; criação: Luiz Siqueira e Ana Beatriz<br />

Ragosta; produtora <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o: Bubble Gum; aprovação<br />

do cliente: Jason Radisson, Flavia Barros,<br />

Renata Blay e Pedro Gil.<br />

inovação<br />

Quem nunca acreditou que a lasanha<br />

estava quente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns minutos<br />

no micro-ondas, mas se <strong>de</strong>parou com o<br />

meio do prato bem gelado? A Seara investiu<br />

na tecnologia das ban<strong>de</strong>jas para<br />

evitar o problema e usa o bom humor<br />

para divulgar a novida<strong>de</strong>.<br />

WMccaNN<br />

seArA<br />

Título: Miolo; produto: lasanha; criação:<br />

João Pires, Caio Machado, Leonardo Brito,<br />

Ryan Bussi e Rodolfo Bento; produtora do filme:<br />

Cine; direção <strong>de</strong> cena: Clovis Mello e Cris<br />

Vida; produtora <strong>de</strong> som: H.A.M.nyc; aprovação<br />

pelo cliente: Eduardo Bernstein, Tannia<br />

Fukuda Bruno e Veridiana Lemos Borghi.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 35


mercAdo<br />

Assédio no trabalho atinge 90%<br />

das mulheres e 76% dos homens<br />

Grupo <strong>de</strong> Planejamento apresenta estudo que mostra abusos morais e<br />

sexuais sofridos pelos profissionais <strong>de</strong> agências, veículos e produtoras<br />

AntonioGuillem/iStock<br />

Tanto o assédio moral quanto o sexual são apontados pelos 1.400 profissionais que respon<strong>de</strong>ram ao questionário aplicado pela Qualibest na região metropolitana <strong>de</strong> São Paulo<br />

Mariana Zirondi<br />

Combater o assédio, seja ele moral ou sexual,<br />

tem sido um dos maiores <strong>de</strong>safios<br />

da indústria <strong>de</strong> comunicação. Os números<br />

para o setor não são nada animadores: 90%<br />

das mulheres e 76% dos homens afirmam<br />

já ter sofrido abusos no ambiente <strong>de</strong> trabalho.<br />

Essas porcentagens fazem parte do<br />

estudo Assédio: realida<strong>de</strong>, consequências e<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mudança, <strong>de</strong>senvolvido pelo<br />

Grupo <strong>de</strong> Planejamento em parceria com<br />

o Instituto Qualibest.<br />

Ao todo, 1.400 pessoas respon<strong>de</strong>ram ao<br />

questionário, que foi enviado para todas as<br />

agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong> produtoras<br />

e veículos.<br />

A comissão organizadora da pesquisa<br />

faz parte do GP, que é presidido por Renata<br />

d’Ávila, CSO da F.biz, além dos conselheiros<br />

Ana Cortat, Ken Fujioka e Ulisses Zamboni,<br />

sócio e head <strong>de</strong> planejamento da Santa Clara.<br />

A iniciativa tem o objetivo <strong>de</strong> mapear os<br />

abusos sofridos pelos profissionais. A consciência<br />

<strong>de</strong> que o assédio ocorre na categoria<br />

é <strong>de</strong> quase 100%, o que justifica a mobilização<br />

do Grupo <strong>de</strong> Planejamento para alertar<br />

agências, anunciantes, veículos e produtoras<br />

sobre a gravida<strong>de</strong> do problema.<br />

“Era uma pesquisa apenas com mulheres<br />

e assédio sexual, mas <strong>de</strong>pois vimos<br />

que existia uma necessida<strong>de</strong> latente do<br />

mercado <strong>de</strong> ouvir mais, e ampliamos para<br />

homens e assédio moral, que acaba sendo<br />

frequente e tão grave quanto o sexual”, esclarece<br />

Zamboni.<br />

“Não po<strong>de</strong>mos apenas levantar o assunto<br />

sem questionar, precisamos trazer para<br />

a mesa e provocar um diálogo verda<strong>de</strong>iro.<br />

Todo mundo tem história, mas não é sobre<br />

“Números mostram<br />

histórias e precisam ser<br />

usados para traNsformar<br />

a realida<strong>de</strong>”<br />

36 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


o culpado, mas <strong>de</strong> fato enxergar uma realida<strong>de</strong><br />

e como transformá-la”, afirma Renata.<br />

O assédio moral, por exemplo, atinge<br />

tanto as mulheres quanto os homens <strong>de</strong><br />

forma equivalente. Isso ocorre frequentemente<br />

no ambiente <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> acordo<br />

com 89% das mulheres e 85% dos homens.<br />

O sexual, por sua vez, é apontado por 67%<br />

das mulheres e 52% dos homens como existente<br />

no ambiente profissional.<br />

Uma pergunta aberta <strong>de</strong>u a oportunida<strong>de</strong><br />

para que os participantes compartilhassem<br />

histórias <strong>de</strong> assédio. Como resultado,<br />

35% apontaram marcação <strong>de</strong> tarefas com<br />

prazos impossíveis, provocando extensão<br />

do horário <strong>de</strong> trabalho. Isso também ressaltou<br />

o reforço da cultura da hostilida<strong>de</strong>,<br />

em que presi<strong>de</strong>ntes e sócios são apontados<br />

como assediadores por 22% dos estagiários<br />

e assistentes.<br />

“Em nossa postura como lí<strong>de</strong>res, enxergamos<br />

que rever o lugar das corporações<br />

<strong>de</strong>ntro da socieda<strong>de</strong> é muito importante.<br />

No ambiente <strong>de</strong> trabalho, toda a hostilida<strong>de</strong><br />

que por ventura você sofrer ou então felicida<strong>de</strong>,<br />

ele vai para <strong>de</strong>ntro das famílias, que<br />

acaba sendo reproduzido <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> casa.<br />

Por isso precisamos tratar as consequências”,<br />

comenta Ana.<br />

Além disso, essa cultura é reforçada nas<br />

relações com os clientes, que pressionam<br />

os contratados em busca <strong>de</strong> resultados.<br />

47% e 42% dos homens disseram já ter<br />

sido assediados moralmente por clientes<br />

<strong>de</strong> nível hierárquico superior e por clientes<br />

<strong>de</strong> nível equivalente, respectivamente.<br />

Esse mesmo cenário se aplica para as mulheres<br />

em relação ao assédio sexual, em<br />

que 16% sofreram com o nível hierárquico<br />

superior e 9% com nível equivalente.<br />

uma em cada duas<br />

mulheres afirma<br />

já ter sofrido No<br />

ambieNte profissioNal.<br />

a porceNtagem é <strong>de</strong><br />

39% <strong>de</strong> assediadas com<br />

coNtato físico, saltaNdo<br />

para 64% eNtre as<br />

profissioNais <strong>de</strong> criação<br />

Assédio sexuAl<br />

As mulheres são as mais atingidas pelo<br />

assédio sexual. Uma em cada duas afirma já<br />

terem sofrido no ambiente profissional. A<br />

porcentagem é <strong>de</strong> 39% entre as assediadas<br />

com contato físico, saltando para 64% entre<br />

as profissionais <strong>de</strong> criação. Entre os 9%<br />

<strong>de</strong> homens que revelaram já terem passado<br />

por abuso sexual, 72% afirmam que isso<br />

ocorreu em <strong>de</strong>corrência da atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> outro<br />

homem.<br />

“O assédio é sobre po<strong>de</strong>r. Ele po<strong>de</strong> falar<br />

mal das pessoas, po<strong>de</strong> acabar com as carreiras,<br />

po<strong>de</strong> perseguir. Muitas vezes fica claro<br />

a cultura <strong>de</strong> não ter opção por ser reprimido”,<br />

ressalta Renata.<br />

Essa situação vivida no ambiente <strong>de</strong> trabalho<br />

tem resultado em problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

dos profissionais. O assédio moral gerou<br />

sintomas em 62% das mulheres e 51% dos<br />

homens. Entre as mulheres, eles são: crises<br />

<strong>de</strong> choro (75%), síndrome <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong><br />

(72%), sentimento <strong>de</strong> inutilida<strong>de</strong> (68%),<br />

abuso <strong>de</strong> bebida alcoólica (32%) e diminuição<br />

da libido (30%). Entre os que respon<strong>de</strong>ram,<br />

10% afirmaram ter tido pensamentos<br />

suicidas.<br />

“Precisamos que o sistema comece<br />

a implementar mudanças. Se as pessoas<br />

continuarem vendo que nada está<br />

sendo feito sobre o que está acontecendo,<br />

a hostilida<strong>de</strong> só vai aumentar. O<br />

sistema e os lí<strong>de</strong>res precisam dar uma<br />

resposta, criando apoio, educação, segurança<br />

e <strong>de</strong>núncia”, reforça Ana. “Números<br />

mostram histórias e precisam ser<br />

usados para transformar a realida<strong>de</strong>”.<br />

repercussão<br />

Os profissionais do GP compartilharam<br />

a importância não apenas <strong>de</strong> trazer os dados,<br />

como mobilizar ações concretas. A<br />

Abap (Associação Brasileira <strong>de</strong> Agências <strong>de</strong><br />

Propaganda), assim como Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração<br />

Nacional das Agências <strong>de</strong> Propaganda),<br />

Grupo <strong>de</strong> Atendimento, Grupo <strong>de</strong> Mídia,<br />

Clube <strong>de</strong> Criação, Apro (Associação Brasileira<br />

da Produção <strong>de</strong> Obras Audiovisuais) e<br />

a ABA (Associação Brasileira dos Anunciantes)<br />

já se manifestaram dispostos a discutir<br />

os resultados e estratégias para tratar o assédio<br />

no mercado.<br />

A Abap, por exemplo, se manifestou dizendo<br />

que o mercado como um todo não<br />

po<strong>de</strong> ficar alheio à esse grave problema e<br />

não po<strong>de</strong> tolerar uma situação tão absurda.<br />

“A Abap vai apoiar e participar ativamente<br />

<strong>de</strong> discussões entre todas as entida<strong>de</strong>s do<br />

mercado para encontrar formas inteligentes<br />

e eficientes <strong>de</strong> enfrentar o problema”,<br />

afirma em comunicado.<br />

“A pesquisa mostra que esse ambiente<br />

não se restringe à bolha das agências, ele<br />

extrapola e está relacionado com a relação<br />

dos clientes, eles precisam se reconhecer<br />

parte dos problemas. A chance não é zero<br />

<strong>de</strong> resolver o problema quando o assédio é<br />

reportado, mas o constrangimento, o medo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>missão, fazem as <strong>de</strong>núncias diminuírem”,<br />

afirma Fujioka.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 37


MERCADO<br />

New York Festivals reúne criativos<br />

no Brasil para <strong>de</strong>bater tendências<br />

Encontro será realizado na quinta (23), em parceria com o PROPMARK, e<br />

também vai mostrar o rolo dos filmes vencedores da premiação em <strong>20</strong>17<br />

Pela primeira vez, o New York Festivals<br />

International Advertising Awards realiza<br />

no Brasil um evento para mostrar o rolo<br />

<strong>de</strong> filmes premiados no ano e promover<br />

um <strong>de</strong>bate entre publicitários. Programado<br />

para esta quinta-feira (23), o encontro New<br />

York Festivals Publicida<strong>de</strong> no Brasil. Mostra,<br />

<strong>de</strong>bate e tendências para <strong>20</strong>18 será realizado<br />

no Praça São Lourenço, em São Paulo,<br />

em parceria com o PROPMARK. Evento<br />

semelhante foi feito no ano passado em<br />

países como a Índia e a Itália, por exemplo.<br />

Os criativos confirmados para o <strong>de</strong>bate<br />

são: Erh Ray, sócio e co-CEO da BETC São<br />

Paulo, que participou do Grand Jury do<br />

New York Festivals <strong>20</strong>17; Pedro Burneiko,<br />

head of art <strong>de</strong> digital e inovação na Almap-<br />

BBDO; Márcio Fritzen e Ricardo Sciammarella,<br />

ambos diretores <strong>de</strong> criação da Ogilvy<br />

Brasil. A mediação do <strong>de</strong>bate será <strong>de</strong> Kelly<br />

Dores, editora-chefe do PROPMARK.<br />

Criado em 1957, o New York Festivals<br />

reconhece o melhor da criativida<strong>de</strong> publicitária<br />

e da comunicação do marketing no<br />

mundo. O prêmio recebe inscrições <strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> 80 países. Para <strong>20</strong>18, o NYF vai ampliar<br />

as competições. A seleção dos jurados também<br />

está em andamento. As incrições para<br />

a edição <strong>20</strong>18 já estão abertas. A cerimônia<br />

<strong>de</strong> premiação será realizada no dia 17<br />

<strong>de</strong> maio, em Nova York. Nos últimos cinco<br />

anos mais <strong>de</strong> 75 criativos brasileiros participaram<br />

do Grand Jury e 142 nos <strong>de</strong>z últimos<br />

anos. “Nossa i<strong>de</strong>ia é manter o apoio<br />

contínuo e a participação das agências <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> brasileiras”, disse Michael Demetria<strong>de</strong>s,<br />

presi<strong>de</strong>nte e diretor-executivo<br />

do New York Festivals.<br />

Divulgação<br />

Erh Ray, sócio e co-CEO da BETC, participa do evento<br />

38 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


MERCADO<br />

Pixel Show <strong>20</strong>17 <strong>de</strong>ve quebrar<br />

recor<strong>de</strong>s e ter mais interativida<strong>de</strong><br />

Em seu 13º ano, festival <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> em São Paulo espera movimentar<br />

R$ 15 milhões e atrair 35 mil pessoas em mais <strong>de</strong> 260 ativida<strong>de</strong>s<br />

JÉSSICA OLIVEIRA<br />

Pixel Show completa 13<br />

O anos em <strong>20</strong>17 e tem superado<br />

expectativas. Sob o tema<br />

central Tendências, Inspirações<br />

e Economia Criativa, o evento,<br />

que reúne feira <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores,<br />

palestras sobre economia<br />

criativa e <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

workshops, cresceu 150% em<br />

relação a <strong>20</strong>16 e espera superar<br />

a previsão <strong>de</strong> 35 mil visitantes,<br />

além <strong>de</strong> movimentar ao menos<br />

R$ 15 milhões no período.<br />

Organizado pela Editora<br />

Zupi, o evento será realizado<br />

entre os dias 2 e 3 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

e <strong>de</strong>ve ser ainda mais interativo<br />

e tecnológico, além <strong>de</strong> aumentar<br />

seu leque <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e<br />

segmentos. Símon Szacher, um<br />

dos i<strong>de</strong>alizadores da Zupi junto<br />

com seu irmão Allan Szacher,<br />

afirma que o Pixel Show tem<br />

conteúdo para todos os gostos<br />

e expandiu sua programação<br />

para aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> diferentes<br />

interesses.<br />

Pela primeira vez o festival<br />

terá simuladores, entre avião,<br />

asa-<strong>de</strong>lta e carro <strong>de</strong> corrida. Outra<br />

opção são os óculos <strong>de</strong> realida<strong>de</strong><br />

virtual para experiências<br />

imersivas em jogos e narrativas<br />

em cenários incomuns. Essas<br />

novida<strong>de</strong>s são gratuitas e fazem<br />

parte dos quase 80% <strong>de</strong> conteúdo<br />

sem custo do evento, concentrado<br />

na Feira <strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong>,<br />

que tem ativida<strong>de</strong>s como<br />

exposições, o Espaço Makers e<br />

a Arena Musical, com cerca <strong>de</strong><br />

15 apresentações por dia. O festival<br />

tem ainda pela primeira<br />

vez performances <strong>de</strong> live painting<br />

e pelo terceiro ano o Tattoo<br />

Festival, um espaço com tatuadores<br />

fazendo trabalhos exclusivos.<br />

Outra opção gratuita é a<br />

tradicional Sharp Talks, série<br />

<strong>de</strong> palestras com convidados<br />

<strong>de</strong> diferentes segmentos, como<br />

escolas <strong>de</strong> arte, faculda<strong>de</strong>s,<br />

<strong>de</strong>signers, músicos, empreen<strong>de</strong>dores<br />

e cineastas. Divididos<br />

em três palcos (Tendências,<br />

Business - elaborado com a co-<br />

Símon Szacher: “Temos uma excelente expectativa para a edição atual”<br />

curadoria do Sebrae -, e Música<br />

e Tecnologia), cada dia tem <strong>de</strong><br />

25 a 30 palestras <strong>de</strong> 15 minutos.<br />

Já no conteúdo pago estão os<br />

workshops e a programação do<br />

auditório principal, que recebe<br />

sete palestras por dia. O espaço<br />

tem capacida<strong>de</strong> para três mil<br />

pessoas e já tem 97% dos ingressos<br />

vendidos.<br />

Entre palestrantes confirmados<br />

estão Ricardo Laganaro, diretor<br />

responsável por projetos<br />

em realida<strong>de</strong> virtual e 360˚da<br />

O2 Filmes; Stefan Sagmeister,<br />

<strong>de</strong>signer gráfico austríaco que<br />

já fez projetos para Rolling Stones,<br />

Talking Heads, Lou Reed<br />

e Museu Guggenheim; e Michael<br />

Aneto, diretor da agência<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sign digital Perfect Fools,<br />

que já trabalhou com Nike ID,<br />

Nike + e Fiat eco: Drive, Adidas<br />

e Nikon.<br />

Também com vagas limitadas,<br />

os cerca <strong>de</strong> 40 workshops<br />

criativos <strong>de</strong>senvolvidos pela<br />

Zupi Aca<strong>de</strong>my, da Editora Zupi,<br />

têm temas como Animação,<br />

“O Pixel ShOw tem<br />

cOnteúdO Para<br />

tOdOS OS gOStOS<br />

e exPandiu Sua<br />

PrOgramaçãO Para<br />

aten<strong>de</strong>r à <strong>de</strong>manda<br />

<strong>de</strong> diferenteS<br />

intereSSeS”<br />

Alê Oliveira<br />

Aquarela, Caligrafia, Design,<br />

Design Thinking, Diagramação,<br />

Estamparia, Ilustração Publicitária,<br />

Moda, Quadrinhos, Stop<br />

Motion, Terrário e Toy Art.<br />

O evento é feito na capital<br />

paulista anualmente <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

<strong>20</strong>05, teve duas edições em<br />

Porto Alegre, uma em Salvador<br />

e uma em Recife, totalizando 16<br />

festivais. Até o fechamento da<br />

edição, os patrocinadores eram<br />

Hering, TNT Energy Drink, Cerâmica<br />

Atlas e Escola Britânica<br />

<strong>de</strong> Artes Criativas (EBAC), e o<br />

apoio é do governo do Estado<br />

<strong>de</strong> SP, por meio do Programa <strong>de</strong><br />

Ação Cultural (ProAC), <strong>de</strong>ntro<br />

da Lei <strong>de</strong> Incentivo à Cultura.<br />

Fechando mais parcerias e<br />

conteúdo, Símon Szacher, que<br />

também é CEO da Zupi, comenta<br />

que o festival já tem planos<br />

para <strong>20</strong>18 e estuda chegar aos<br />

Estados Unidos. “Por enquanto<br />

temos uma excelente expectativa<br />

para a edição atual. Sempre<br />

nos preparamos para um ano<br />

melhor que o outro”.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 39


DM9 ganha a maior concorrência privada do ano, Walmart, e mais<br />

Também obtém crescimento histórico na pesquisa <strong>de</strong> satisfação<br />

festivais, como uma das 3 agências mais premiadas do Brasil em


6 novas contas. Deu um salto expressivo no ranking <strong>de</strong> agências.<br />

dos seus atuais clientes. Volta com força total aos palcos dos<br />

Cannes e no El Ojo, na América Latina. Um ano brilhante.


mídiA<br />

Publicitário Walter Longo <strong>de</strong>ixa<br />

a presidência do Grupo Abril<br />

Arnaldo Figueiredo Tibyriçá, vice-presi<strong>de</strong>nte jurídico da empresa há<br />

15 anos, assume a vaga do executivo, que cumpriu contrato <strong>de</strong> dois anos<br />

Claudia Penteado<br />

Walter Longo <strong>de</strong>ixou a presidência<br />

executiva do<br />

Grupo Abril, que ocupava <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

março <strong>de</strong> <strong>20</strong>16, e passa a<br />

atuar como conselheiro ligado<br />

a Giancarlo Civita, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

da AbrilPar, nas áreas <strong>de</strong> estratégia<br />

e inovação. Em seu lugar,<br />

assume Arnaldo Figueiredo Tibyriçá,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte jurídico<br />

da Abril há 15 anos. Longo era<br />

responsável pelas operações<br />

<strong>de</strong> mídia, gráfica e distribuição.<br />

“Continuo ligado ao Grupo<br />

Abril, numa posição <strong>de</strong> staff e<br />

não <strong>de</strong> linha. Isso muda tudo:<br />

muda a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, o nível<br />

<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, o volume<br />

<strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>dicado. Estou<br />

feliz <strong>de</strong> ter, nos últimos dois<br />

anos, feito muito, mas na vida<br />

é preciso saber a hora certa <strong>de</strong><br />

entrar e <strong>de</strong> sair das coisas. Muitas<br />

pessoas erram por não ter a<br />

coragem <strong>de</strong> fazer isso”, disse.<br />

O PROPMARK apurou que há<br />

diversas mudanças para ocorrer<br />

daqui para frente na Abril.<br />

Um aporte <strong>de</strong> capital levará a<br />

uma série <strong>de</strong> transformações<br />

e ajustes que, possivelmente,<br />

precisarão ter à frente um profissional<br />

com perfil diferente <strong>de</strong><br />

Longo. Ele não comenta as informações,<br />

e diz ter cumprido<br />

sua missão.<br />

O executivo teve inúmeros<br />

<strong>de</strong>safios pela frente, em uma<br />

estrutura conservadora, muito<br />

gran<strong>de</strong> (com 4 mil funcionários)<br />

com obstáculos que, segundo<br />

ele, “pareciam intransponíveis<br />

no começo”. “Quando entrei<br />

na empresa, ainda na época da<br />

Dilma Rousseff, <strong>de</strong>smentimos<br />

os que não acreditaram que seguiríamos<br />

em frente, e <strong>de</strong>mos<br />

razão aos que torciam e tinham<br />

fé no nosso futuro. Mais do<br />

que capital financeiro, naquela<br />

época, a Abril precisava <strong>de</strong><br />

um capital percentual. De uma<br />

visão <strong>de</strong> que teria futuro e continuida<strong>de</strong>.<br />

Atravessamos uma<br />

das fases mais difíceis da histó-<br />

Walter Longo, que saiu da Editora Abril e será conselheiro da empresa: “Foi uma das fases mais difíceis da história da empresa”<br />

ria da empresa com coragem e<br />

criativida<strong>de</strong>”, disse Longo.<br />

Sob sua batuta, a empresa<br />

lançou produtos, como o GoRead<br />

e o GoBox, comprou revistas<br />

<strong>de</strong> volta - como Placar e Você<br />

S.A. -, <strong>de</strong>senvolveu ferramentas<br />

para se aproximar do mercado<br />

publicitário, investiu em big<br />

data - área estratégica para o<br />

futuro do Grupo, segundo Longo<br />

-, criou e ampliou eventos. A<br />

estrutura foi enxugada, níveis<br />

hierárquicos foram simplificados<br />

e a empresa fez parcerias<br />

através do mo<strong>de</strong>lo “media for<br />

equity”, tornando-se sócia <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> oito startups, entre<br />

elas, NerdMonster e Guiato. Segundo<br />

ele, a empresa mais inventou<br />

e inovou do que <strong>de</strong> fato<br />

mudou estruturalmente. “Fizemos<br />

tudo isso com recursos<br />

esparsos, mas procurando dar<br />

uma <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> vigor e<br />

entusiasmo, que nos manteve<br />

na li<strong>de</strong>rança do setor. Ou seja:<br />

apesar da <strong>de</strong>scrença no setor <strong>de</strong><br />

mídia impressa, Veja alcançou<br />

“A mudAnçA<br />

constAnte <strong>de</strong>ve<br />

continuAr, espero,<br />

pois o setor <strong>de</strong><br />

mídiA é cAdA vez<br />

mAis <strong>de</strong>sAfiAdor e<br />

vAi exigir <strong>de</strong> cAdA<br />

um revisão totAl<br />

<strong>de</strong> pArAdigmAs<br />

e conceitos”<br />

1,2 milhão <strong>de</strong> exemplares e se<br />

manteve nesse patamar, levamos<br />

para o grupo pessoas importantes<br />

como a Ana Paula Padrão,<br />

para cuidar <strong>de</strong> Claudia. A<br />

mudança constante <strong>de</strong>ve continuar,<br />

espero, pois o setor <strong>de</strong> mídia<br />

é cada vez mais <strong>de</strong>safiador<br />

e vai exigir <strong>de</strong> cada um dos colaboradores,<br />

profissionais e sócios<br />

uma revisão total <strong>de</strong> paradigmas<br />

e conceitos. Preferi sair<br />

Alê Oliveira<br />

porque é bom mudar o comando.<br />

As pessoas fazem diferença<br />

por um tempo”, conclui.<br />

Com mais “perfil <strong>de</strong> startup”,<br />

Longo afirma que não tem o<br />

perfil para promover transformações<br />

estruturais mais robustas<br />

na nova fase da Abril<br />

que começa, e nem gostaria <strong>de</strong><br />

permanecer por mais dois anos<br />

no ritmo que manteve ao longo<br />

dos últimos dois. Fala que, daqui<br />

para frente, vai participar<br />

<strong>de</strong> outros conselhos <strong>de</strong> empresas,<br />

dar palestras, investir na<br />

sua empresa <strong>de</strong> mentoria - Unimark<br />

- e esquiar em janeiro <strong>de</strong><br />

<strong>20</strong>18, algo que não faz com a<br />

<strong>de</strong>vida calma há tempo. “Neste<br />

momento, quero uma vida<br />

com mais liberda<strong>de</strong>. Torço pela<br />

Abril e estarei sempre à disposição<br />

para colaborar no que for<br />

preciso, especialmente porque<br />

muitos acordos e parcerias que<br />

fiz estão em andamento. Trabalhar<br />

com Roberto Civita por <strong>20</strong><br />

anos e mais recentemente com<br />

o Giancarlo foi um privilégio”.<br />

42 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


mídia<br />

Show Business completa 25 anos<br />

com mais <strong>de</strong> cinco mil entrevistas<br />

Com a eleição <strong>de</strong> João<br />

Doria à Prefeitura <strong>de</strong><br />

SP, programa passou<br />

a ser comandado pela<br />

jornalista Sonia Racy<br />

Responsável há 25 anos pela coluna Direto<br />

da Fonte, publicada diariamente<br />

no jornal O Estado <strong>de</strong> S.Paulo, a jornalista<br />

Sonia Racy está completando um ano como<br />

âncora do Show Business, atração que<br />

é exibida na gra<strong>de</strong> da Band aos domingos.<br />

Ela substitui o criador do programa, João<br />

Doria, prefeito da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo. Foram<br />

gravadas mais <strong>de</strong> cinco mil entrevistas<br />

nesse período.<br />

Escolhida por Doria para assumir a bancada<br />

do programa, Sonia tem uma relação<br />

histórica com o apresentador, empresário<br />

e político. Sua primeira participação no<br />

meio televisão foi como colunista na sua<br />

estreia na Band quando ainda se chamava<br />

apenas Business. Ela consi<strong>de</strong>ra uma responsabilida<strong>de</strong><br />

“enorme” substituir Doria,<br />

nas suas palavras, “a pessoa mais multifuncional<br />

que conheço”.<br />

Sonia explica: “Ele faz tudo ao mesmo<br />

tempo e muito bem”, resume. “A maior diferença<br />

entre nós é que o João troca mais<br />

i<strong>de</strong>ias; eu sou mais perguntadora”, acrescenta.<br />

No seu primeiro ano, Sonia entrevistou<br />

empresários como Abílio Diniz (BRF),<br />

Nizan Guanaes (Grupo ABC), Pedro Parente<br />

(Petrobras) e Sergio Rial (Banco Santan<strong>de</strong>r).<br />

Especializada no jornalismo econômico,<br />

Sonia pauta seu comportamento por uma<br />

inquietu<strong>de</strong> e necessida<strong>de</strong> por conhecimento.<br />

“Gosto <strong>de</strong> ter dúvida e muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

apren<strong>de</strong>r. No programa, falta tempo para<br />

eu perguntar tudo que tenho para perguntar<br />

aos entrevistados, não só do programa,<br />

mas também do jornal”, relata a jornalista,<br />

que mostra muita <strong>de</strong>senvoltura nas gravações<br />

no estúdio da Band. A executiva Paula<br />

Bellizia, presi<strong>de</strong>nte da Microsoft no Brasil,<br />

por exemplo, revelou no último dia 17 a visão<br />

estratégica da empresa e também novida<strong>de</strong>s<br />

da tecnologia. “Faço perguntas, mas<br />

sou tecno<strong>de</strong>ficiente”, diz Sonia.<br />

Além das atribuições na TV, a jornalista<br />

passa a atuar como mo<strong>de</strong>radora <strong>de</strong> eventos<br />

do Li<strong>de</strong> (Grupo <strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>res Empresariais). O<br />

primeiro projeto será no próximo dia 29 <strong>de</strong><br />

<strong>novembro</strong> no Seminário Li<strong>de</strong> Mulheres, em<br />

São Paulo, sob o tema Panorama Brasileiro<br />

<strong>20</strong>18. Segundo Sonia, o tema empo<strong>de</strong>ramento<br />

feminino está meio batido. “A mulher<br />

está além disso”, finaliza.<br />

Alê Oliveira<br />

A jornalista Sonia Racy<br />

apresenta o Show Business<br />

e vai ser mo<strong>de</strong>radora do<br />

evento Panorama Brasileiro<br />

<strong>20</strong>18, do Li<strong>de</strong> Mulheres<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 43


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mídia<br />

STF libera compra internacional<br />

<strong>de</strong> espaço na TV por assinatura<br />

Decisão preocupa o mercado, pois abre prece<strong>de</strong>nte para<br />

canais veicularem comerciais sem intermediação das agências<br />

Claudia Penteado<br />

Uma <strong>de</strong>cisão do STF (Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral), no<br />

último dia 8, <strong>de</strong> revogar um dos<br />

artigos do marco regulatório das<br />

TVs por assinatura que proibia<br />

a veiculação, em canais pagos,<br />

<strong>de</strong> propaganda contratada por<br />

agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> estrangeira,<br />

vem causando <strong>de</strong>sconforto<br />

no mercado publicitário. O<br />

Sinapro <strong>de</strong> São Paulo divulgou<br />

circular entre os seus associados<br />

sobre a <strong>de</strong>cisão, explicando que<br />

o entendimento do STF é <strong>de</strong> que<br />

hoje o porte das agências brasileiras<br />

lhes dá condições <strong>de</strong> competir<br />

em pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> com<br />

agências estrangeiras, tornando<br />

a pretensa reserva <strong>de</strong> mercado<br />

uma ofensa ao princípio da isonomia.<br />

A <strong>de</strong>cisão do STF se limitou a<br />

permitir a compra <strong>de</strong> mídia realizada<br />

fora do Brasil, no entanto,<br />

ficam mantidas as exigências<br />

impostas aos anunciantes estrangeiros,<br />

que <strong>de</strong>verão continuar<br />

realizando a adaptação da<br />

obra publicitária, seu prévio registro<br />

na Ancine e pagar a taxa<br />

Con<strong>de</strong>cine aplicável às obras<br />

estrangeiras com veiculação em<br />

TV paga. Ainda sem compreen<strong>de</strong>r<br />

exatamente as consequências<br />

da medida, a Fenapro (Fe<strong>de</strong>ração<br />

Nacional <strong>de</strong> Agências<br />

<strong>de</strong> Propaganda) preferiu não se<br />

pronunciar a respeito. “Precisamos<br />

estudar melhor o assunto”,<br />

disse Glaucio Bin<strong>de</strong>r, presi<strong>de</strong>nte<br />

Dudu Godoy: “Trabalho das agências brasileiras não é só <strong>de</strong> realizar a compra <strong>de</strong> mídia”<br />

da entida<strong>de</strong>.<br />

A Abap (Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> Agências <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>)<br />

e a ABTA (Associação Brasileira<br />

<strong>de</strong> TV por Assinatura) também<br />

preferiram não comentar o assunto,<br />

bem como a ABA (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Anunciantes).<br />

Dudu Godoy, presi<strong>de</strong>nte<br />

do Sinapro <strong>de</strong> São Paulo, afirma<br />

Divulgação<br />

que a <strong>de</strong>cisão abre um prece<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>licado para as agências<br />

instaladas no Brasil, porque na<br />

prática os canais por assinatura<br />

ficam livres para veicular propagandas<br />

<strong>de</strong>stinadas aos brasileiros<br />

que tenham sido produzidas<br />

por agências estrangeiras, sem<br />

que a veiculação passe pelos critérios<br />

<strong>de</strong> uma agência nacional.<br />

“Contudo, o trabalho das<br />

agências brasileiras não é só o<br />

<strong>de</strong> realizar a compra <strong>de</strong> mídia,<br />

sendo apenas uma intermediária<br />

do processo <strong>de</strong> compra entre<br />

estrangeiras e os canais, mas<br />

sim o <strong>de</strong> verificar e qualificar o<br />

espaço que é comprado para ser<br />

utilizado como veículo da mensagem<br />

dos anunciantes. Com a<br />

<strong>de</strong>cisão do STF, os anunciantes<br />

estrangeiros passam a comprar<br />

diretamente espaço dos canais,<br />

tendo <strong>de</strong> confiar nos dados que<br />

lhes forem mostrados pelos veículos,<br />

sem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma checagem mais <strong>de</strong>talhada,<br />

trabalho realizado pelas agências<br />

nacionais”, comenta.<br />

Na opinião <strong>de</strong>le, as agências<br />

nacionais competem, sim, em<br />

pé <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> com as estrangeiras,<br />

mas a “quebra <strong>de</strong> isonomia”<br />

não se dá pelo perfil das<br />

agências, mas sim pelas condições<br />

<strong>de</strong>siguais impostas ao mercado,<br />

uma vez que em mercados<br />

como EUA e Europa a compra <strong>de</strong><br />

mídia é feita por agências especializadas.<br />

“Se formos pensar<br />

em condições isonômicas, seria<br />

o equivalente a dizer que, lá<br />

fora, a compra <strong>de</strong> mídia na TV<br />

paga não seria mais feita pelas<br />

agências <strong>de</strong> mídia. Seria uma<br />

mudança drástica <strong>de</strong> regra, que<br />

impactaria o mercado”, observou.<br />

O risco, acredita Godoy,<br />

é que o prece<strong>de</strong>nte seja aberto<br />

para outros tipos <strong>de</strong> mídia para<br />

além da TV paga, o que po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sestabilizar<br />

toda uma indústria.<br />

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46 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


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Ansieda<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong>pressão<br />

“Nada é tão lamentável e nocivo<br />

como antecipar <strong>de</strong>sgraças”<br />

Sêneca<br />

Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />

Somos ansiosos, nós, brasileiros, por natureza,<br />

segundo os dados e estatísticas.<br />

E muitos, agora, mergulhados na <strong>de</strong>pressão<br />

e em <strong>de</strong>corrência da crise. Assim, nos<br />

últimos anos, todos procuraram preservar<br />

as aparências. Até on<strong>de</strong> suportável e possível.<br />

Nos primeiros meses muitos chegam a<br />

afirmar: “essa crise eu tiro <strong>de</strong> letra”.<br />

Outros, por razões que até a razão <strong>de</strong>sconhece,<br />

vão mais adiante, mesmo antes<br />

<strong>de</strong> enfrentar, já dizem: “já superamos a<br />

crise...”. Ou, mais alienados, ainda: “que<br />

crise?”.<br />

Os dias, semanas e meses passam, a situação<br />

se agrava, as primeiras vítimas não<br />

resistem e vão tombando pelo caminho.<br />

Sensações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sânimo, <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> rumo,<br />

tonturas, raciocínio embaralhado e, mais<br />

cedo ou mais tar<strong>de</strong>, acabam recorrendo aos<br />

socorros e orientação médica.<br />

E assim se passaram três anos. Des<strong>de</strong><br />

as primeiras manifestações e até agora.<br />

E per<strong>de</strong>mos queridos amigos que não suportaram<br />

e <strong>de</strong>ram um fim a tudo. E o que<br />

aconteceu <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>? On<strong>de</strong> se encontra a<br />

fotografia da dimensão da crise, tirando-se<br />

essas poucas e tristes exceções que não resistiram<br />

à pressão? Nos remédios. Nos anti<strong>de</strong>pressivos,<br />

especialmente, e também nos<br />

ansiolíticos.<br />

Mas vamos nos ater aos primeiros. Os<br />

anti<strong>de</strong>pressivos. Segundo a “mãe dos<br />

burros”, a Wikipédia, são fármacos eficazes<br />

para tratar transtornos <strong>de</strong>pressivos...<br />

Transtornos <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>, distúrbios <strong>de</strong><br />

sono e outros problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />

No ano em que a crise finca sua marca,<br />

<strong>20</strong>15, ven<strong>de</strong>u-se 5,4 milhões <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> anti<strong>de</strong>pressivos no primeiro semestre.<br />

Em <strong>20</strong>16, 5,2 milhões; e, em <strong>20</strong>17, 5,4 milhões<br />

– tudo no primeiro semestre, <strong>de</strong> ja-<br />

neiro a junho <strong>de</strong>sses anos.<br />

Primeira reação. Praticamente nenhum<br />

acréscimo, se a foto é essa a crise não foi<br />

tão gran<strong>de</strong> assim. Do que será que o Madia<br />

está falando? Calma. Estou me referindo<br />

aos anti<strong>de</strong>pressivos referências, os <strong>de</strong> marca.<br />

Agora vamos dar uma consultada nos<br />

genéricos. Foram 11,6 milhões <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<br />

no primeiro semestre <strong>de</strong> <strong>20</strong>15; 13,6 milhões,<br />

em <strong>20</strong>16; e, agora, 16,5 milhões no primeiro<br />

semestre <strong>de</strong>ste ano.<br />

É essa a verda<strong>de</strong>ira fotografia. A partir<br />

<strong>de</strong>ste segundo semestre a crise vai arrefecendo<br />

e já se sente no ar uma suave brisa <strong>de</strong><br />

recuperação. Que ganhará força em <strong>20</strong>18,<br />

e recolocará a economia do país em plena<br />

ativida<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> <strong>20</strong>19, e anos seguintes.<br />

Em meu entendimento, talvez, viveremos,<br />

a partir <strong>de</strong> <strong>20</strong>18, os cinco melhores anos <strong>de</strong><br />

nossas vidas porque, mais que acredito, finalmente,<br />

acordamos.<br />

Voltando ao comentário, parcela expressiva<br />

dos que mergulharam <strong>de</strong> cabeça na<br />

<strong>de</strong>pressão em função da crise e nos últimos<br />

três anos conseguirão superar e voltar a<br />

uma situação <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong>.<br />

Outros tantos, no entanto, carregarão<br />

consigo e para sempre o hábito <strong>de</strong> medicar-<br />

-se com regularida<strong>de</strong>.<br />

Segundo a OMS – Organização Mundial<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – a <strong>de</strong>pressão afeta hoje 4,4% da<br />

população mundial. No Brasil a taxa é <strong>de</strong><br />

5,8%. Mas on<strong>de</strong> os brasileiros são campeões<br />

absolutos é nas taxas <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong>.<br />

9,3% da população, em menor ou maior<br />

intensida<strong>de</strong>, é ansiosa! Não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um<br />

tipo <strong>de</strong> energia. E como, aparentemente,<br />

não conseguimos nos livrar <strong>de</strong>ssa característica,<br />

que ao menos convertamos a ansieda<strong>de</strong><br />

numa energia re<strong>de</strong>ntora, construtiva<br />

e positiva. É do que precisamos; é do que<br />

nosso país carece.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

48 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


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Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director<br />

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cuRtas<br />

Publicis Brasil produz<br />

campanha <strong>de</strong> Natal<br />

para Ferrero Rocher<br />

Fotos: Divulgação<br />

A marca <strong>de</strong> chocolates italianos Ferrero<br />

Rocher dá o pontapé inicial para sua<br />

campanha <strong>de</strong> Natal. Criado pela Publicis <strong>de</strong><br />

Londres e produzido pela Publicis Brasil,<br />

o filme <strong>de</strong> 30 segundos, que será veiculado<br />

na TV, reforça a expertise e a <strong>de</strong>dicação da<br />

marca na confecção <strong>de</strong> seus produtos.<br />

Para comemorar a data, o anunciante<br />

também traz algumas novida<strong>de</strong>s em seu<br />

portfólio. Os lançamentos po<strong>de</strong>rão ser<br />

encontrados em embalagens prontas para<br />

presentear e também em uma edição especial<br />

em formato <strong>de</strong> árvore <strong>de</strong> Natal.<br />

Além disso, o tradicional Grand Ferrero<br />

Rocher, que é composto por chocolate ao<br />

leite com pedaços <strong>de</strong> avelãs e com ferrero<br />

rocher <strong>de</strong>ntro, está <strong>de</strong> volta ao mercado<br />

como uma interessante opção <strong>de</strong> presente<br />

neste fim <strong>de</strong> ano.<br />

Ferrero Rocher lança campanha, assinada pela Publicis, e produtos para comemorar o Natal<br />

Caoa Chery inaugura formato<br />

Caoa Chery anuncia no Estadão<br />

A Caoa Chery, montadora fruto da<br />

parceria entre a distribuidora brasileira e<br />

a fabricante chinesa, estreou o formato<br />

<strong>de</strong> anúncio tetraimpacto no Estadão, na<br />

semana passada. O anúncio nas quatro primeiras<br />

páginas do jornal foi assinado pela<br />

agência Z515 para comunicar o negócio no<br />

setor automotivo. Essa foi a primeira vez<br />

que um jornal impresso brasileiro utilizou<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> propaganda. “Criamos o<br />

formato pensando em aumentar o impacto<br />

<strong>de</strong> mensagens importantes para os nossos<br />

leitores, bem em linha com o objetivo<br />

da Caoa nesse caso”, explicou Marcelo<br />

Moraes, diretor <strong>de</strong> marketing publicitário<br />

do Estadão. Em uma das duplas, a campanha<br />

traz a inscrição Caoa Chery. Nasce um<br />

gigante brasileiro.<br />

morre tom eisenlohr<br />

O publicitário Tom Eisenlohr morreu,<br />

aos 83 anos, no último dia 17, em Campos<br />

do Jordão (SP). Ele fixou residência na<br />

cida<strong>de</strong> após se aposentar. A cerimônia <strong>de</strong><br />

cremação aconteceu no dia 18, em São<br />

José dos Campos (SP). Eisenlohr estava<br />

com problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> agravados pelo<br />

diabetes. O profissional teve longa carreira<br />

na DPZ, atualmente DPZ&T. Sua principal<br />

expertise era em contas públicas, licitações<br />

e marketing político. Entre os trabalhos<br />

<strong>de</strong>senvolvidos estava a campanha <strong>de</strong> Tancredo<br />

Neves à Presidência, em 1984.<br />

Juliana elia troCa <strong>de</strong> agÊnCia<br />

As mudanças continuam na Publicis.<br />

Juliana elia chega à agência como a nova<br />

diretora <strong>de</strong> planejamento. A profissional,<br />

que é formada em publicida<strong>de</strong> e propaganda<br />

pela FAAP, com mestrado em comunicação<br />

pela Birkbeck London University,<br />

trabalhará com contas <strong>de</strong> GM, Carrefour,<br />

Nescafé, Dolce Gusto e Medley. Ela passou<br />

pela Fischer, Joint London e TBWA/Tequila.<br />

“Juliana tem uma visão contemporânea<br />

e inovadora da comunicação, em que a estratégia<br />

<strong>de</strong> mensagem e a <strong>de</strong> canais é uma<br />

coisa só. Esse perfil contribui muito para<br />

a construção das estratégias <strong>de</strong> negócio e<br />

comunicação das empresas hoje”, diz Eduardo<br />

Lorenzi, copresi<strong>de</strong>nte da Publicis.<br />

Corinthians Comemora hePta<br />

Camiseta tem o número 7 no lugar da letra T<br />

Para comemorar a conquista do Campeonato<br />

Brasileiro, que ocorreu antecipadamente<br />

no último dia 15, a Tech and Soul<br />

criou uma camisa do hepta para o Sport<br />

Club Corinthians Paulista. Com as tradicionais<br />

cores preto e branco, a peça tem um<br />

número sete no meio do nome do time, em<br />

substituição ao “T”. “O <strong>de</strong>sign foi pensado<br />

para que o corintiano eternize a importância<br />

<strong>de</strong>ssa gran<strong>de</strong> conquista, a sétima<br />

da história do clube. Os torcedores estão<br />

muito felizes com mais essa façanha do<br />

Corinthians e nós, da Tech and Soul, mais<br />

ainda em po<strong>de</strong>r vesti-los nesse momento<br />

<strong>de</strong> alegria”, afirma Cláudio Kalim, sócio e<br />

presi<strong>de</strong>nte da agência. A camisa chega às<br />

lojas físicas oficiais Po<strong>de</strong>roso Timão e no<br />

e-commerce Shop Timão por R$ 59,90.<br />

Diretor e Jor na lis ta Res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Editora-chefe: Kelly Dores<br />

Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo Macedo,<br />

Alê Oliveira (Fotografia)<br />

Editoras-assistentes: Cristiane Marsola,<br />

Mariana Zirondi<br />

Repórteres: Alisson Fernán<strong>de</strong>z (SP),<br />

Danúbia Paraizo (SP), Jéssica Oliveira (SP),<br />

Claudia Penteado (RJ)<br />

Editor <strong>de</strong> Arte: Adu nias Bis po da Luz<br />

Assistente <strong>de</strong> Arte: Lucas Boccatto<br />

Revisor: José Carlos Boanerges<br />

Site: propmark.com.br<br />

Redação: Rua Fran çois Coty, 228<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) <strong>20</strong>65-0772 e <strong>20</strong>65-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

Departamento Comercial<br />

Diretor: Renato Resston<br />

resston@editorareferencia.com.br<br />

Tels.: (11) <strong>20</strong>65-0743 e (11) 94783-1<strong>20</strong>8<br />

Gerentes: Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) <strong>20</strong>65-0744<br />

Sergio Ricardo<br />

sergio@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) <strong>20</strong>65-0750<br />

Diretor Executivo: Tiago A. Milani Ferrentini<br />

tferrentini@editorareferencia.com.br<br />

Consultora <strong>de</strong> Marketing: Tatiana Milani<br />

Ferrentini<br />

tatiana@editorareferencia.com.br<br />

Departamento <strong>de</strong> Assinaturas<br />

Coor<strong>de</strong>nadora: Regina Sumaya<br />

regina-sumaya@editorareferencia.com.br<br />

Assinaturas/Renovação/<br />

Atendimento a assinantes<br />

assinatura@editorareferencia.com.br<br />

São Paulo (11) <strong>20</strong>65-0738<br />

Demais estados: 0800 704 4149<br />

O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia<br />

Ltda. rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) <strong>20</strong>65-0766<br />

as ma té rias as si na das não re pre sen tam<br />

ne ces sa ria men te a opi nião <strong>de</strong>s te jor nal,<br />

po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />

50 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


supercenas<br />

Paulo Macedo paulo@propmark.com.br<br />

Geraldo Fontenelle, no alto à esquerda, e Matheus Zingano, agachado, formam a dupla <strong>de</strong> diretores Manimou, que passa a integrar o elenco da produtora Corazón Filmes, do sócio Igor Ferreira (fund<br />

INCUBADORA<br />

Após temporada no elenco <strong>de</strong> diretores da Dogs Can Fly, o coletivo<br />

Manimou está <strong>de</strong> casa nova, a Corazón Filmes. Geraldo Fontenelle,<br />

ex-assistente <strong>de</strong> direção e montador, e Matheus Zingano, músico<br />

e compositor, se conheceram em <strong>20</strong>13 e <strong>de</strong> lá para cá combinaram<br />

suas expertises para oferecer um olhar mais dinâmico à linguagem<br />

da publicida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> conteúdo. Com a chegada dos profissionais, nas<br />

palavras do sócio Igor Ferreira, a produtora reforça o posicionamento<br />

<strong>de</strong> atuar como uma incubadora <strong>de</strong> talentos e investir em revelações<br />

com potencial criativo. “Eles têm um olhar <strong>de</strong>nso, gran<strong>de</strong> apelo estético<br />

e trabalham muito bem com comédia e a direção <strong>de</strong> atores. É<br />

uma energia que combina perfeitamente com os projetos robustos<br />

e inovadores que gostamos <strong>de</strong> entregar”, justifica Ferreira. Um dos<br />

trabalhos recentes da dupla é a série Santa Clarita Diet, da Netflix,<br />

com participação <strong>de</strong> Fábio Júnior. E também a campanha Tão, tão,<br />

para Ypioca, criação da Crispin Porter + Bogusky.<br />

RETORNO<br />

A pena <strong>de</strong> Eduardo Bueno produz textos eloquentes. Mas não é por<br />

isso que o autor <strong>de</strong> livros disruptivos como a A viagem do <strong>de</strong>scobrimento<br />

e Náufragos, traficantes e <strong>de</strong>gredados é conhecido como Peninha.<br />

O apelido surgiu quando, aos 17 anos, ingressou no jornal gaúcho<br />

Zero Hora como repórter. A turma logo trolou o guri. Bá, tchê! E<br />

ele não rejeitou ser chamado pelos colegas com o nome do famoso<br />

personagem da Disney. Bueno retorna ao diário gaúcho, agora como<br />

colunista. Sua estreia será na próxima sexta-feira (24). “Quase meio<br />

século <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter iniciado minha carreira na ZH, e 25 anos após ter<br />

tomado parte da gran<strong>de</strong> reforma pela qual o jornal passou em 1992,<br />

estou <strong>de</strong> volta ao lugar em que, para mim, tudo começou. Agora, retorno<br />

como colunista. Ou seja, dono <strong>de</strong> um minifúndio que espero<br />

ser um fértil terreno para plantar buenas i<strong>de</strong>ias. Tomara que você me<br />

aju<strong>de</strong> a regá-las”, ele celebra.<br />

O jornalista, escritor e tradutor Eduardo Bueno retorna ao jornal Zero Hora, agora como colunista<br />

52 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


Divulgação<br />

Fernanda Guimarães está há pouco mais <strong>de</strong> um mês na direção executiva <strong>de</strong> criação da Mutato, do sócio e CEO Eduardo Camargo<br />

o), após uma temporada na Dogs Can Fly<br />

Divulgação<br />

Nicolas Camargo/Divulgação<br />

CONTEÚDO<br />

Os jovens talentos estão ganhando cada vez mais responsabilida<strong>de</strong>s<br />

no mercado <strong>de</strong> comunicação. A Mutato, que integra a re<strong>de</strong> J.<br />

Walter Thompson e é especialista na produção <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d content<br />

e social engagement, também caminha nessa direção. Um exemplo<br />

é a chegada à direção executiva <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> Fernanda Guimarães.<br />

Ela se reporta diretamente ao sócio e CEO Eduardo Camargo.<br />

Fernanda comenta como está sendo sua experiência. “Esse período<br />

inicial <strong>de</strong> trabalho li<strong>de</strong>rando a criação da Mutato tem sido muito<br />

enriquecedor, especialmente porque temos conseguido unir aos<br />

nossos processos áreas fundamentais para se pensar em conteúdo<br />

interessante hoje - como mídia, insights e audiovisual - e, assim,<br />

entregar ainda mais relevância para nossos clientes.”<br />

VOLUME<br />

De acordo com a análise Retrospectiva & Perspectiva, do Kantar<br />

Ibope Media, sobre o investimento publicitário no Brasil em<br />

<strong>20</strong>16, cerca <strong>de</strong> 30 mil novos anunciantes passaram a comprar<br />

espaços <strong>de</strong> mídia. O aporte <strong>de</strong>sse novo grupo é equivalente<br />

a R$ 5,2 bilhões, ou 4% do bolo publicitário que contabilizou<br />

R$ 132 bi no ano passado. O dado é impressionante porque, ainda<br />

segundo o instituto <strong>de</strong> pesquisa e sua métrica proprietária, o<br />

país teve no ano passado 63 mil anunciantes.<br />

Marçal Neto/Divulgação<br />

MAMÍFEROS<br />

A BETC/Havas fez<br />

releitura bacana da<br />

icônica campanha<br />

Mamíferos, agora para<br />

apresentar o produto<br />

Parmalat/Max.<br />

ASSÉDIO<br />

Criado por Elie Horn,<br />

fundador da Cyrela, o<br />

Instituto Liberta está<br />

com a segunda fase da<br />

campanha, que alerta<br />

para o assédio sexual<br />

infantil. A ação, com o<br />

tema Escolhas, é assinada<br />

pela Cucumber. Mais<br />

<strong>de</strong> 500 mil crianças<br />

são vítimas por ano.<br />

VAI<br />

Corinthians leva o título<br />

do Brasileirão. Time a ser<br />

batido em <strong>20</strong>18.<br />

COPA<br />

A ausência da Itália no<br />

mundial da Rússia no ano<br />

que vem, e também da<br />

Holanda, vai ser sentida.<br />

Reflexo <strong>de</strong> um futebol<br />

nivelado por conceitos<br />

táticos frágeis e sem<br />

craques.<br />

CREDIBILIDADE<br />

Pesquisa realizada pelo<br />

professor Alberto Guerra,<br />

da FGV, mostra que<br />

74% dos consumidores<br />

ouvidos acreditam que<br />

poucas promoções são<br />

reais na Black Friday.<br />

O empresário Fernando Guntovitch, CEO da The Group Comunicação, comprou a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> levar o clima da agência para a se<strong>de</strong> da ABA<br />

NAMING RIGHTS<br />

Junto com as marcas Kantar, Mullen Lowe e GfK, a The Group Comunicação ocupou um dos espaços<br />

da ABA com sua marca. O contrato <strong>de</strong> naming right termina no fim <strong>de</strong>ste ano, mas Fernando<br />

Guntovitch, presi<strong>de</strong>nte da agência, afirma que os resultados superaram as expectativas. “Ter<br />

um espaço na ABA é uma forma <strong>de</strong> juntos po<strong>de</strong>rmos atuar ao lado da missão da entida<strong>de</strong> e nos<br />

tornarmos agentes transformadores <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> valor, além <strong>de</strong> impactar e encantar potenciais<br />

clientes que passaram pelo nosso espaço”, justificou o executivo.<br />

CRÉDITO<br />

Matéria <strong>de</strong> Decio Trujilo,<br />

da Agência Brasil, indica<br />

que cartões <strong>de</strong> lojas são<br />

responsáveis por 80% da<br />

inadimplência no país.<br />

jornal propmark - <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 53


última página<br />

Filograph/iStock<br />

William chutou<br />

a santa<br />

Stalimir Vieira<br />

caso do William Waack não é uma<br />

O questão <strong>de</strong> Justiça, mas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.<br />

Que a Globo teve e ele não. Tampouco<br />

é uma questão i<strong>de</strong>ológica (como li em<br />

nossas fabulosas re<strong>de</strong>s sociais, Waack foi<br />

afastado porque é <strong>de</strong> direita e a Globo, comunista).<br />

O afastamento do apresentador<br />

constitui uma questão meramente operacional.<br />

Nisso, Globo e Record têm alguma<br />

coisa em comum, inclusive. Lembram do<br />

bispo que chutou a santa no ar? Foi afastado.<br />

E olha que ele apenas levou a extremos<br />

o pensamento do próprio dono<br />

da emissora. Mas a empresa<br />

esteve acima disso. Edir Macedo<br />

sabe que o seu negócio tem<br />

clientes católicos, umbandistas,<br />

mórmons...<br />

A família Marinho sabe que<br />

tem clientes brancos, negros,<br />

pardos, amarelos... A tentativa<br />

<strong>de</strong> atribuir ao momento <strong>de</strong> extremismos<br />

estúpidos em que<br />

vivemos a <strong>de</strong>cisão da Globo é produto da<br />

cegueira <strong>de</strong> quem não quer ver o lado pragmático<br />

e mercadológico da questão. Li <strong>de</strong>zenas<br />

<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> jornalistas famosos, alguns<br />

bem respeitados, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo Waack.<br />

Gastaram vocabulário <strong>de</strong> primeira <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo<br />

o in<strong>de</strong>fensável ou sugerindo o óbvio.<br />

É óbvio que William Waack é um profissional<br />

culto, talentoso e brilhante. É óbvio que<br />

seu afastamento é uma perda para a gra<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> programação <strong>de</strong> qualquer canal <strong>de</strong> televisão.<br />

É óbvio que (provavelmente) ele não<br />

seja dado a práticas racistas. Mas Waack cometeu<br />

uma infração administrativa grave<br />

na empresa em que trabalha. Sem falar no<br />

<strong>de</strong>lito legal confesso.<br />

“Gastaram<br />

vocabulário<br />

<strong>de</strong> primeira<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo o<br />

in<strong>de</strong>fensável<br />

ou suGerindo<br />

o óbvio”<br />

Uniram-se, ainda, a nomes consagrados<br />

no vozerio que atribuiu a <strong>de</strong>cisão da Globo<br />

à “hipocrisia do politicamente correto”,<br />

apresentadores <strong>de</strong> programas, contratados<br />

por algumas emissoras <strong>de</strong> rádio para<br />

interpretar personagens fomentadoras <strong>de</strong><br />

polêmica. Uma <strong>de</strong>las, ocupando microfone<br />

com história e audiência, chamava <strong>de</strong>spudoradamente<br />

<strong>de</strong> “babacas” os que concordavam<br />

com o afastamento <strong>de</strong> William<br />

Waack do Jornal da Globo e da GloboNews.<br />

Só não respondo que a babaca é ela porque<br />

suponho que falar <strong>de</strong>sse jeito é o seu<br />

ganha-pão.<br />

O fato é que qualquer um <strong>de</strong> nós no papel<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir a sorte do apresentador,<br />

se movido pelo bom senso,<br />

teria <strong>de</strong> afastá-lo. Nem que fosse<br />

para esperar a poeira baixar e<br />

estudar, no mínimo, uma retratação.<br />

Fora isso, po<strong>de</strong>mos tratar<br />

do secundário. William Waack<br />

é antipático, fez uma porção <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>safetos e armaram para ele.<br />

Ok, se você é antipático e faz um<br />

monte <strong>de</strong> <strong>de</strong>safetos precisa redobrar<br />

o cuidado para não dar a<br />

barbada <strong>de</strong> armarem contra você.<br />

A vaida<strong>de</strong> e a soberba são péssimas conselheiras<br />

e extremamente mentirosas com<br />

relação à nossa sensação <strong>de</strong> inatingibilida<strong>de</strong>.<br />

E, sob esse aspecto, a Globo é uma<br />

tremenda casca <strong>de</strong> banana. Muito bem retratada,<br />

aliás, por Chico Anysio no inesquecível<br />

Bozó. Agora, se quiserem, falemos <strong>de</strong><br />

racismo.<br />

O que é ser racista? O que eu preciso fazer<br />

para provar que sou racista? Verbalizar<br />

expressões <strong>de</strong> cunho preconceituoso com<br />

os negros não seria por acaso uma forma<br />

bem contun<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar claro o meu racismo?<br />

Era uma conversa privada, alega-se.<br />

Mas, afinal, é verda<strong>de</strong>ira ou não aquela máxima<br />

que fala que ética é aquilo que a gente<br />

faz quando não tem ninguém olhando?<br />

Stalimir Vieira é diretor da Base Marketing<br />

stalimircom@gmail.com<br />

54 <strong>20</strong> <strong>de</strong> <strong>novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>20</strong>17 - jornal propmark


“De Real pra Realida<strong>de</strong>”:<br />

um conversor<br />

dos números da<br />

corrupção criado<br />

pelo Media Lab<br />

Estadão e premiado<br />

em Cannes e nos<br />

principais festivais<br />

<strong>de</strong> propaganda do<br />

mundo.<br />

“EZTADÃO”: projeto<br />

em parceria com a<br />

Motorola e F.biz em que<br />

a redação do Estadão<br />

utilizou aparelhos<br />

MotoZ com MotoSnaps<br />

para fotografar e<br />

Credibilida<strong>de</strong><br />

reconhecida pelos<br />

seus assinantes<br />

e também pelo<br />

mercado: pela 14 a<br />

vez vencedor do<br />

prêmio “Veículos<br />

Mais Admirados”.<br />

O Estadão inova<br />

para crescer ainda<br />

mais: <strong>de</strong> noticiário<br />

no Instagram e<br />

novos canais no<br />

YouTube a um<br />

e-commerce <strong>de</strong><br />

Postura inovadora<br />

em todos os meios e<br />

que faz a diferença:<br />

crescimento <strong>de</strong> 27%*<br />

nas assinaturas<br />

digitais em <strong>20</strong>17 e<br />

li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> engajamento<br />

nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais em set/17**.<br />

“Capa Pack”: uma<br />

embalagem do<br />

Café Pelé feita<br />

com a capa do<br />

Estadão do dia,<br />

para mostrar o<br />

quão fresco era o<br />

* Fonte IVC – jan-jun/17 (84.140) x jan-jun/16 (66.391) - Edição Digital – média semanal – Total Geral - set/17 (86.956).<br />

**Fonte TORABIT - No mês <strong>de</strong> setembro o Estadão foi lí<strong>de</strong>r no ranking <strong>de</strong> engajamento nas re<strong>de</strong>s sociais, com uma média diária <strong>de</strong> 3,31.<br />

gravar seus conteúdos.<br />

gastronomia do<br />

produto.<br />

Vencedor do Grand Prix<br />

Paladar.<br />

<strong>de</strong> Bran<strong>de</strong>d Content no<br />

Wave Festival <strong>20</strong>17.<br />

Acreditar e investir<br />

Em menos <strong>de</strong> dois<br />

O Estadão inova<br />

no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

anos <strong>de</strong> existência,<br />

para levar o melhor<br />

do mercado publicitário<br />

o Media Lab<br />

conteúdo para<br />

é uma das marcas do<br />

Estadão, plata-<br />

além do jornal,<br />

Estadão, por isso ele<br />

forma <strong>de</strong> projetos<br />

com cursos, fóruns,<br />

representa no Brasil o<br />

especiais, já<br />

<strong>de</strong>bates e revistas; e<br />

Cannes Lions Festival<br />

conquistou 8 Leões<br />

também <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

e criou sua própria<br />

no festival <strong>de</strong><br />

projetos <strong>de</strong> Bran<strong>de</strong>d<br />

premiação, o “Desafio<br />

Cannes.<br />

Content.<br />

Estadão Cannes”.<br />

“Músicas <strong>de</strong> Violência”:<br />

parceria com o<br />

Disque-Denúncia para<br />

combater a banalização<br />

da violência contra<br />

a mulher. Vencedor <strong>de</strong> 5<br />

Leões em Cannes.

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